desenvolvimento regional centro-oeste e ......2014/02/06 · distribuição dos ocupados por ramo...
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
CENTRO-OESTE E TOCANTINS
Relações de trabalho, movimento sindical e questão agrária
Agosto/2014
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APRESENTAÇÃO
Este estudo a apresenta informações socioeconômicas e trabalhistas que devem
subsidiar as discussões da Ação Regional da Central Única dos Trabalhadores na Região
Centro-Oeste e servir de referência para futuros debates sobre o desenvolvimento regional.
O documento foi elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (DIEESE) e pelo Instituto Observatório Social (IOS) com apoio da
Secretaria Geral, Secretária Nacional de Organização e da Secretaria Nacional de Formação
da CUT.
O estudo está dividido em 7 partes:
Na primeira parte, o mercado de trabalho na região com indicadores relativos ao
emprego, desemprego, remuneração dos trabalhadores (as) da região. Na segunda parte,
dinâmica das negociações coletivas na região, com os dados do balanço das negociações
coletivas do DIEESE. Na terceira parte, sindicalização e situação da CUT na representação
dos trabalhadores da região.
Na quarta parte, é apresentado um mapa das empresas, realizado pelo Observatório
Social, que atuam na Região Centro-Oeste e Tocantins. Este mapa contém informações das
maiores empresas por receita líquida na região e também um levantamento do número de
empresas e outras organizações em setores selecionados entre 2006 e 2012 verificando-se
aqui a evolução do número de empresas no período e na região.
Na quinta seção deste estudo, o tema do trabalho decente é abordado. São
apresentados diversos dados de indicadores de Trabalho Decente selecionados para a região
que mostram a qualidade dos empregos. Na sexta sessão são apresentadas as informações
sobre a organização sindical na região, com destaque para a situação da CUT. E na última
parte do trabalho são apresentadas as informações sobre conflitos agrários na região.
Esperamos que este documento colabore com o debate regional, propicie reflexões acerca do
mundo do trabalho e sirva de instrumento na luta pela melhoria das condições de vida e
trabalho da classe trabalhadora. Boa leitura.
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SUMÁRIO
1. Introdução 4
2. Mercado de Trabalho Geral 4
2.1 Mercado de trabalho formal 15
3. Dinâmica das Negociações Coletivas 20
4. Mapa das empresas na região Centro-Oeste e Tocantins 27
4.1 Número de empresas e outras organizações com atuação na região Centro-
Oeste e Tocantins 31
5. Agenda do trabalho Decente na região Centro-Oeste e Tocantins 35
5.1 Trabalho Inaceitável 35
5.2 Tratamento Digno 37
5.3 Jornada Decente 38
5.4 Equilíbrio entre Trabalho, Vida Pessoal e Familiar 39
5.5 Trabalho Seguro 40
5.6 Proteção Social 41
5.7 Negociação Coletiva e Liberdade Sindical 44
6. Organização CUTista na região Centro-Oeste e Tocantins 44
7. Impactos dos Programas Sociais na região Centro-Oeste e Tocantins: Bolsa Família 48
8. Conflitos agrários na região Centro-Oeste e Tocantins 48
Conclusões preliminares 57
Expediente 60
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Principais características do mercado de trabalho e dinâmica das negociações coletivas na
região Centro-Oeste e Tocantins
1. Introdução
As transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil na última década resultaram em
importantes mudanças no mercado de trabalho na região Centro-Oeste e Tocantins.
A região apresenta um mercado de trabalho bastante heterogêneo, concentrando tanto
trabalhadores de salários consideravelmente altos para média nacional (Brasília) como
aqueles que recebem muito abaixo da média nacional (Tocantins). Há também uma forte
concentração do mercado de trabalho formal em apenas 10 municípios (concentram 65% dos
trabalhadores) e, apesar do crescimento observado na ultima década na região, essa
concentração pouco mudou.
O objetivo deste texto é explorar esta heterogeneidade, assim como contrapor o verificado
nacionalmente, analisando como todas as transformações econômicas e sociais afetaram este
mercado de trabalho.
2. Mercado de trabalho geral
Considerando o período de 2003 a 2012, o total de ocupados da região Centro-Oeste e
Tocantins avançou de 6,42 para 8,15 milhões, representando 8,6% do total de ocupados do
Brasil. O estado que mais concentrava ocupados na região em 2012 era Goiás, com 3,2
milhões, seguido por Mato Grosso (1,6 milhão), Distrito Federal (1,32 milhão), Mato Grosso
do Sul (1,1 milhão) e Tocantins (694 mil ocupados). O maior crescimento no número de
ocupados entre 2003 e 2012 foi localizado no Distrito Federal (37,2%), muito acima da média
nacional (18,8%). A distribuição por gênero, considerando toda a região, era de 57,9% de
homens e 42,1% de mulheres em 2012, avançando estas últimas em relação a 2003, onde esta
mesma relação era 60,4% e 39,6%, respectivamente.
Este crescimento, por sua vez, se considerados os Ramos da CUT, se deu especialmente no
setor de Comércio e Serviços. Considerando o aumento do número de ocupados no período
(de 1,73 milhões), 53% (915 mil ocupados) estavam no ramo do Comércio e Serviços, com
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aumento considerável do número de mulheres ocupadas. Também houve crescimento
expressivo dos ramos da Construção e Madeira, Administração Pública, Transportes e
Educação. Por outro lado houve retração no número de ocupados no ramo Rural, assim como
verificado no restante do País.
TABELA 1
Distribuição dos ocupados por Ramo da CUT, região Centro-Oeste e Tocantins
(total), 2003 e 2012, em %
RAMOS CUT/ATIVIDADE ECONÔMICA 2012 2003 Saldo
COMÉRCIO E SERVIÇOS 3.539.935 2.624.951 914.984
CONSTRUÇÃO E MADEIRA 782.262 561.364 220.898
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 652.698 483.109 169.589
TRANSPORTES 351.584 216.455 135.129
EDUCAÇÃO 477.896 377.907 99.989
VESTUÁRIO 235.277 160.662 74.615
OUTRAS ATIVIDADES MAL DEFINIDAS 185.540 120.052 65.488
ALIMENTAÇÃO 215.623 158.088 57.535
SAÚDE PÚBLICA E SEGURIDADE SOCIAL 132.622 82.053 50.569
QUÍMICOS 150.790 106.971 43.819
FINANCEIRO 112.725 75.413 37.312
METALÚRGICOS 97.241 72.188 25.053
COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO 77.764 58.215 19.549
RECICLAGEM 7.053 2.958 4.095
EXTRAÇÃO MINERAL 31.053 28.687 2.366
URBANITÁRIOS 28.460 31.397 -2.937
RURAL 1.072.836 1.260.414 -187.578
TOTAL OCUPADOS 8.151.359 6.420.884 1.730.475
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT-Nacional a partir de microdados da PNAD.
Estas variações dos ocupados por Ramo da CUT, não foram completamente homogêneas, se
considerados os estados. Enquanto houve um crescimento no número de ocupados nos ramos
de Comércio e Serviços e da Construção e Madeira, por outro lado, em Goiás, por exemplo,
houve expansão do número de trabalhadores do ramo do Vestuário. Tanto em Goiás quanto
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no Mato Grosso do Sul, cresceu o número dos que atuavam no ramo dos transportes. Um
sumário deste comportamento do número de ocupados por ramo e por estado por ser
observado a seguir:
QUADRO 1
Ramo da CUT: observação da variação no período considerado por
unidade da federação
Unidade da Federação Ramos
TOCANTINS Crescimento no Comércio e Serviços, Construção
e Madeira e Administração Pública. Queda no Ramo Rural
MATO GROSSO DO SUL Crescimento no Comércio e Serviços, Construção e Madeira, Administração Pública e Transportes.
Queda no Ramo Rural
MATO GROSSO Crescimento no Comércio e Serviços, Transportes
e Alimentação. Queda no ramo Rural
GOIÁS Crescimento no Comércio e Serviços, Construção
e Madeira, Vestuário e Transportes. Queda no ramo Rural
DISTRITO FEDERAL Crescimento no Comércio e Serviços,
Administração Pública e Construção e Madeira. Queda na extração mineral
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT-Nacional
Considerando as atividades econômicas de forma mais agregada, a partir dos Macrossetores
da CUT1, observa-se que em todos os estados houve queda no número de ocupados no
1 Distribuição dos Macrossetores da CUT nos ramos: o rural contém o ramo rural, no Macrossetor da Indústria estão
contidos os ramos de extração mineral, químico, metalúrgico, construção e madeira, alimentação e vestuário. No
Macrossetor Comércio e Serviços estão contemplados os ramos Comunicação e Informação, Urbanitários, Comércio e
Serviços, Transportes, Financeiro e Educação e Saúde (a parte privada). E no Macrossetor Setor Público estão contidos o
ramo da Administração Pública, Educação e Saúde Públicas.
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Macrossetor Rural e aumento na indústria e no Comércio e Serviços (havendo variação na
intensidade conforme estado), além do comportamento do macrossetor setor público ter
observado comportamento diverso nas unidades da federação analisadas. Em todas as
localidades consideradas o macrossetor que concentra o maior número de ocupados é o de
Comércio e Serviços, mas sendo relevante o rural nos estados de Tocantins e Mato Grosso
(mesmo com queda nos anos considerados) e o Macrossetor Indústria com maior relevância
em Goiás e Mato Grosso do Sul, sendo que há um peso considerável do Macrossetor Setor
Público no Distrito Federal.
TABELA 2
Distribuição dos ocupados por Macrossetores da CUT, região Centro-Oeste e
Tocantins (total), 2003 e 2012, em % e o número total
Estado RURAL INDÚSTRIA
COMÉRCIO E SERVIÇOS
SETOR PÚBLICO
TOTAL (nº)
2012 2003 2012 2003 2012 2003 2012 2003 2012 2003
TOCANTINS 28,3% 37,3% 14,2% 12,7% 39,2% 33,8% 18,3% 16,2% 693.927 602.440
MATO GROSSO DO SUL
13,6% 18,9% 19,6% 19,3% 52,4% 51,2% 14,4% 10,7% 1.333.559 1.064.023
MATO GROSSO 20,6% 30,5% 17,6% 16,9% 50,5% 41,9% 11,3% 10,7% 1.597.130 1.270.162
GOIÁS 11,0% 17,3% 22,9% 19,6% 55,6% 52,0% 10,6% 11,2% 3.185.457 2.506.192
DISTRITO FEDERAL
1,3% 1,5% 11,1% 10,6% 68,1% 66,8% 19,5% 21,1% 1.341.286 978.067
TOTAL 13,2% 19,6% 18,6% 17,0% 54,7% 50,4% 13,5% 13,0% 8.151.359 6.420.884
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT Nacional a partir de microdados da PNAD
Este crescimento dos ocupados na região Centro-Oeste no ramo de Comércio e Serviços,
Construção e Madeira, Administração Pública, Transportes e Educação e o decréscimo do
ramo Rural tiveram efeitos evidentes na estrutura das ocupações: as que apresentaram maior
crescimento entre 2003 e 2012 são as relacionadas aos setores mais dinâmicos, assim como as
que observaram maior queda são as que possuem maior participação dentre o ramo Rural,
além do emprego doméstico e de professores com nível médio, conforme verificado no País
como um todo.
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TABELA 3
Ocupações de maior crescimento e maior queda, região Centro-Oeste e
Tocantins (total), 2003 e 2012, em nº de ocupados
Ocupações com maior crescimento 2012 2003 Saldo
TRABALHADORES DOS SERVIÇOS 1.188.404 830.425 357.979
TRABALHADORES DA INDÚSTRIA EXTRATIVA E DA CONSTRUÇÃO CIVIL
645.075 401.206 243.869
VENDEDORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS DO COMÉRCIO 823.554 606.719 216.835
ESCRITURÁRIOS 602.405 406.092 196.313
PROFISSIONAIS DO ENSINO (COM FORMAÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR)
293.656 130.301 163.355
Ocupações com maior queda 2012 2003 Saldo
TRABALHADORES NA EXPLORAÇÃO AGROPECUÁRIA 649.038 773.966 -124.928
PRODUTORES NA EXPLORAÇÃO AGROPECUÁRIA 254.998 324.534 -69.536
PROFESSORES LEIGOS E DE NÍVEL MÉDIO 49.784 106.260 -56.476
EMPREGO DOMÉSTICO 480.365 523.400 -43.035
TRABALHADORES DA FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO
68.041 86.321 -18.280
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT-Nacional a partir de microdados da PNAD
Quando observada as taxas de desocupação, o maior crescimento percentual de ocupação no
Distrito Federal não foi suficiente para retirar esta unidade da federação como detentora da
maior taxa de desocupação da região. Apesar da importante redução, a capital federal
permanece com a maior taxa, acima inclusive da média nacional, que em 2012 era de 6,2%. A
menor taxa de desocupação no mesmo ano era no Mato Grosso do Sul, com apenas 3,6%. A
região, como um todo, teve taxas de desocupação de 8,7% em 2003 e 5,2% em 2012.
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GRÁFICO 1
Taxa de desocupação da região Centro-Oeste, Tocantins e Brasil,
2003 e 2012, em %
Fonte: Microdados PNAD/IBGE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
Assim como verificado no restante do País, as taxas de formalização da ocupação cresceram
no Centro-Oeste no período de 2003 a 2012, passando de 38,7% em 2003 para 51,0% em
2012, sendo superior ao verificado no País como um todo (39,7% e 48,7%, respectivamente).
Por unidades da federação, o Distrito Federal novamente tem um papel de destaque: possui a
maior taxa de formalização, sendo em 2012 de 66,0%, muito acima da média nacional
verificada em 2012, ainda que, justamente por isso, tenha evoluído menos
proporcionalmente no período (conforme será visto no tópico a seguir). Por outro lado, a
menor taxa se concentra em Tocantins, 35,5% em 2012, refletindo a importante participação
do setor agropecuário (e a ainda grande informalidade da atividade) dentre o total de
ocupados do estado. Em 2003, a taxa de formalização nesta unidade da federação era de
22,2%, muito abaixo da média nacional para o ano ou mesmo da região.
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GRÁFICO 2
Taxa de formalização da região Centro-Oeste e Tocantins, 2003 e 2012 em %
Fonte: Microdados PNAD/IBGE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
Em relação às horas trabalhadas semanalmente, a região Centro-Oeste, em média,
permanece acima do Brasil em ambos os anos considerados, em especial em Mato Grosso e
Goiás. Saliente-se que, por outro lado, com exceção de Tocantins (que permaneceu
constante em 37 horas), todos os outros estados observaram redução da jornada semanal
média, da mesma forma que o observado no país como um todo, na comparação entre os
anos de 2003 e 2012.
GRÁFICO 3
Jornada média semanal do trabalho principal, Centro-Oeste e Tocantins e
Brasil, 2003 e 2012, em horas
Fonte: Microdados PNAD/IBGE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
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Em relação aos rendimentos médios, houve expressiva evolução entre 2003 e 2012. O Distrito
Federal continua a ser a unidade da federação que possui maior valor entre os estados
considerados, mas, no geral e novamente, com exceção de Tocantins, todos os outros estados
considerados possuem valores superiores à média nacional, que em 2012 foi de R$ 1.507,01.
GRÁFICO 4
Rendimento médio, Centro-Oeste e Tocantins e Brasil, 2003 e 2012, em Reais
(R$) de maio de 2014 (INPC-IBGE).
Fonte: Microdados PNAD/IBGE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
Esta análise do mercado de trabalho não se faria completa se não fossem observadas algumas
assimetrias presentes entre o conjunto dos ocupados na região Centro-Oeste e Tocantins.
Dentre as principais, podem ser citadas as relacionadas às diferenças de rendimento médio
dos ocupados - entre mulheres e negros e entre os jovens – em que se observam altas taxas
de desemprego em relação a outros grupos etários.
É fato conhecido que mulheres e negros auferem rendimentos inferiores aos que homens e
não negros, respectivamente, recebem. No caso da região Centro-Oeste e Tocantins, as
mulheres observaram um pequeno avanço em relação ao rendimento médio dos homens:
enquanto em 2003 o rendimento das mulheres correspondia a 68,2% das mulheres, em 2012
avançou para 70,6%. Mesmo assim, as mulheres recebiam em média 30% a menos que os
homens na região Centro-Oeste e Tocantins, recebendo abaixo da média da região.
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GRÁFICO 5
Rendimento médio, Centro-Oeste e Tocantins e Brasil, por gênero, 2003 e
2012, em Reais (R$) de maio de 2014 (INPC-IBGE)
Fonte: Microdados PNAD/IBGE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional
Para os negros, esta relação também era desigual em relação aos não negros. Porém, houve
uma pequena evolução de 2003 a 2012: se em 2003 o rendimento médio real dos negros da
região Centro-Oeste e Tocantins correspondia a 54,5% dos não negros, em 2012 esta relação
avançou para 62,4%, ainda com valores muito inferiores mesmo com este aumento.
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GRÁFICO 6
Rendimento médio, Centro-Oeste e Tocantins e Brasil, negros e não negros,
2003 e 2012, em Reais (R$) de maio de 2014 (INPC-IBGE)
Fonte: Microdados PNAD/IBGE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional
Ainda sobre as diferenças entre negros e não negros, as taxas de desemprego dos negros são
superiores as dos não negros: em 2003 era de 9,5% para uma taxa de 7,7% dos não negros e
em 2012 as mesmas taxas eram de, respectivamente, 5,8% e 4,4%. E esta pior inserção dos
ocupados negros se dá em um cenário onde se observou crescimento de sua participação no
mercado de trabalho. Se em 2003 os negros representavam 57,6%, em 2012 esta
participação aumentou para 59,7%.
Ainda sobre as taxas de desocupação, agora focada nos grupos etários, as diferenças dos
jovens para outros grupos etários são visíveis. Considerando uma divisão dos jovens ocupados
em duas faixas - uma que vai até 24 anos e outra de 25 a 29 anos, além dos demais, o
desemprego para as duas primeiras faixas etárias é muito superior às demais. Nos anos
comparados, a taxa de desocupação da faixa dos ocupados jovens até 24 anos é mais do que
o dobro da verificada no geral, cenário que pouco muda em 2012. Mesmo na faixa de jovem
imediatamente acima, na de 25 a 29 anos, nos dois anos analisados ela é superior à taxa da
região Centro-Oeste e Tocantins como um todo.
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TABELA 4
Taxa de desocupação por faixas etárias, região Centro Oeste e Tocantins,
2003 e 2012, em % ao ano
Faixa Etária 2003 2012
10 a 16 anos 21,5% 19,8%
17 a 18 anos 24,6% 20,4%
19 a 24 anos 14,4% 10,3%
25 a 29 anos 8,7% 5,3%
30 a 39 anos 6,3% 3,8%
40 a 49 anos 4,4% 2,4%
50 a 64 anos 3,7% 1,7%
65 anos ou mais 2,2% 1,3%
Até 24 anos 17,4% 13,3%
Fonte: Microdados PNAD/IBGE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional
Mesmo com a melhora do mercado de trabalho e a redução das taxas de desocupação para
os jovens, este grupo ainda padece de uma melhora ainda maior para que possa diminuir sua
inserção mais precária no mercado de trabalho. Mesmo porque este é um grupo de ocupados
que tem participação relevante no total de ocupados, mesmo que em queda: se em 2003 os
jovens de até 29 anos representavam 37,9%, em 2012 esta participação havia caído para
32,3%.
Além desta redução na participação dos jovens, ocorreram mudanças setoriais: houve queda
expressiva da participação dos jovens no emprego rural e cresceu ainda mais a concentração
destes atuando no Comércio e Serviços. Em 2012, este ramo ocupava 53,8% do total dos
jovens com até 24 anos e 46,1% dos com 25 a 29 anos; em seguida, o emprego no ramo da
Construção e Madeira e Rural que, mesmo com a queda, ainda permanece relevante.
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TABELA 5
Ramos da CUT por Faixas Etárias, Região Centro-Oeste e Tocantins, 2003 e
2012, em nº de ocupados
RAMOS CUT / ATIVIDADE ECONÔMICA
2003 2012
Até 24 anos 25 a 29 anos 30 anos ou
mais Até 24 anos 25 a 29 anos
30 anos ou mais
RURAIS 289.059 132.425 838.930 137.271 93.512 842.053
EXTRAÇÃO MINERAL 7.157 5.246 16.284 3.962 5.763 21.328
ALIMENTAÇÃO 44.570 28.009 85.509 56.546 44.645 114.432
VESTUÁRIO 31.427 19.767 109.468 53.944 25.077 156.256
CONSTRUÇÃO E MADEIRA 112.711 80.718 367.935 137.184 103.588 541.490
QUÍMICOS 30.074 16.886 60.011 36.067 28.297 86.426
COMUNIÇÃO E INFORMAÇÃO
14.930 14.368 28.917 20.230 13.928 43.606
METALÚRGICOS 20.326 12.094 39.768 27.611 10.899 58.731
URBANITÁRIOS 5.177 5.247 20.973 4.038 4.968 19.454
COMÉRCIO E SERVIÇOS 734.126 410.008 1.480.817 831.115 502.544 2.206.276
TRANSPORTE 31.854 28.190 156.411 31.536 42.589 277.459
FINANCEIRO 17.810 9.884 47.719 27.409 21.719 63.597
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 83.684 61.639 337.786 81.120 71.653 499.925
EDUCAÇÃO 59.802 56.974 261.131 48.945 61.565 367.386
SEGURIDADE SOCIAL E SAÚDE
34.173 32.638 135.294 46.919 57.893 213.350
RECICLAGEM 536 867 1.555 418 1.646 4.989
TOTAL 1.517.416 914.960 3.988.508 1.544.315 1.090.286 5.516.758
Fonte: Microdados PNAD/IBGE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional
2.1 Mercado de trabalho formal
Considerando especificamente o mercado de trabalho formal, os dados RAIS/CAGED do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam que, no período de 2003 até 2014, a
evolução especificamente do emprego formal nos estados do Centro-Oeste (incluindo aqui
Tocantins segundo distribuição considerada na CUT) indicam Mato Grosso do Sul e Tocantins
como líderes, sendo o que teve menor desempenho do emprego formal foi o Distrito Federal.
A justificativa é que, ao contrário do total de ocupados, onde Tocantins teve o menor
desempenho e o Distrito Federal a maior variação proporcional, o comportamento
do emprego formal se deu da seguinte forma: enquanto na capital federal a alta taxa de
formalização indicava que as contratações informais cresciam em ritmo mais intenso do que
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em outros estados considerados, em Tocantins, o baixo índice de formalização explica seu
grande crescimento no período, por possuir mais margem para variação.
GRÁFICO 7
Evolução do Emprego Formal (com carteira assinada) nos estados do Centro-
Oeste e Tocantins, em número índice (base: 2003=100)
Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
Em números absolutos, no ano de 2014 a maior concentração de empregados formais foi
observada em Goiás e no Distrito Federal, com mais de 50% do total do emprego formal da
região.
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GRÁFICO 8
Emprego Formal (com carteira assinada) nos estados do Centro Oeste e
Tocantins: distribuição por unidades da federação no ano de 2014,
em nº de empregados formais
Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
Considerando a expansão do emprego formal por quantidade de trabalhadores por
município na região Centro-Oeste e Tocantins, há uma expansão do emprego formal nos
municípios com até 499.999 trabalhadores, se comparada aos municípios com mais de 500
mil empregados formais. Esta expansão foi expressiva em especial nos municípios com até
49.999 trabalhadores, indicando um crescimento do emprego formal mais intenso nas
capitais de tamanho menor que Goiás e Distrito Federal assim como muitos localizados no
interior dos estados, como Aparecida de Goiás, Anápolis e Rio Verde no estado de Goiás,
Rondonópolis no Mato Grosso e Dourados no Mato Grosso do Sul.
Em abril de 2014, a maioria dos municípios - 519 dos 606 - possuíam até 5 mil trabalhadores
formais, enquanto que somente duas cidades – Brasília e Goiânia – superaram a faixa dos 500
mil (Figura 1).
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FIGURA 1
Distribuição do emprego formal por faixas de quantidade de trabalhadores
formais segundo município
Centro Oeste e Tocantins, abril de 2014
Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
Analisando a evolução da massa salarial e os rendimentos médios (em R$) nos estados do
Centro Oeste e Tocantins, observa-se que em todos os estados o crescimento do montante
total dos salários foi em intensidade muito superior ao salário individual, dada a grande
expansão do emprego formal e menor crescimento dos salários. Além disso, em ambos
observa-se uma queda a partir de 2012, refletindo a desaceleração da economia brasileira no
período.
19
GRÁFICO 9
Evolução da massa salarial e dos rendimentos médios do emprego formal,
Centro Oeste e Tocantins, 2003 a 2014, em número índice
(base: 2003=100)
Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
Por último, mas não menos importante, a representação geográfica dos salários médios pagos
na Região Centro-Oeste e Tocantins revela o baixo padrão salarial: em apenas 13 municípios,
dentre eles as capitais e Distrito Federal, apresentaram remuneração média superior a 3
salários mínimos e, no outro extremo, 220 municípios contabilizaram remuneração média de
até 1,5 salário mínimo.
FIGURA 2
Faixa de remuneração média em salários mínimos (SM) por município
Centro Oeste e Tocantins, abril de 2014.
Fonte: RAIS/CAGED-MTE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional.
20
3. Dinâmica das Negociações Coletivas
Em relação às negociações coletivas, uma observação deve ser realizada. Por motivos
metodológicos, não foi possível inserir as informações relativas de Tocantins ao Centro Oeste,
por isso, esta análise exclui o estado. Foram analisados 68 negociações em 2011, 66 em 2012
e 63 em 2013, segundo levantamentos realizados pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Nos anos analisados (2011, 2012 e 2013), na Região Centro-Oeste as negociações coletivas
tiveram oscilação no volume das que obtiveram ganhos reais: enquanto em 2011 o total das
que proporcionaram reajustes superiores ao INPC-IBGE foi de 79,4%, em 2012 este mesmo
percentual foi de 95,5% e em 2013 de 87,3%. Comparando a proporção de negociações com
reajuste com os resultados nacionais, enquanto em 2011 os resultados da região foram piores
(já que no Brasil
a porcentagem foi de 87,5%), por outro lado, nos anos seguintes, o Centro- Oeste teve
desempenho melhor (no país foram 95,1% em 2012 e 86,9% em 2013).
GRÁFICO 10
Distribuição dos reajustes salariais em comparação com o INPC-IBGE,
Centro Oeste, 2011 a 2013
Fonte: DIEESE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional
21
O desempenho das negociações que obtiveram ganhos acima do INPC-IBGE, no entanto,
tiveram comportamento diverso, considerando tanto a localidade como o ano. Enquanto em
2011 as localidades que tiveram comportamento inferior ao verificado na região como um
todo foram o Distrito Federal e o Mato Grosso do Sul, em 2012 o estado com desempenho
inferior à média da região foi o Mato Grosso. Em 2013, o último ano analisado, o Distrito
Federal e Goiás tiveram desempenho abaixo do restante, com porcentagem de acordos com
ganho real inferior aos demais.
GRÁFICO 11
Percentual de negociações com reajustes superiores ao INPC-IBGE
segundo UF - 2011 a 2013
Fonte: DIEESE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional
Em relação aos setores de atividade econômica (Indústria, Comércio e Serviços), somente as
negociações do comércio, considerando a região Centro-Oeste como um todo, observaram-
se 100% de ganho real (acima da inflação) todos os anos. Nas demais atividades econômicas,
enquanto nos serviços 2011 foi um ano onde apenas 60,7% das negociações observaram
22
ganhos reais, na indústria o ano de 2013 não foi dos melhores: aumentos reais em 76,0% das
negociações, número inferior à média da região para o mesmo período.
GRÁFICO 12
Percentual de negociações com reajustes superiores ao INPC-IBGE segundo
atividade econômica, Centro Oeste, 2011 a 2013
Fonte: DIEESE. Elaboração: Subseção DIEESE/CUT-Nacional
O crescimento do número de ocupados na região Centro-Oeste e Tocantins foi de 26,9%
entre os anos de 2003 e 2012, sendo superior ao verificado no País como um todo. Este
crescimento ocorreu especialmente nos ramos do Comércio e Serviços (mesmo com a queda
do Emprego Doméstico), Construção e Madeira, Transporte e Seguridade Social e Saúde,
sendo verificada expressiva queda no ramo Rural. Também foi observado um aumento da
participação das mulheres no mercado de trabalho da região, em torno principalmente do
Ramo do Comércio e Serviços e Vestuário.
Considerando somente a região Centro-Oeste e Tocantins, o principal aumento na ocupação
para o sexo masculino ocorreu no Ramo de Construção e Madeira, além do verificado (em
menor proporção) no ramo de Transportes. Comércio e Serviços, Construção e Madeira e
Rural continuam a ser os ramos mais relevantes. Para o
23
sexo feminino, cresceu a ocupação no ramo do Comércio e Serviços, mesmo com redução
considerável no Emprego Doméstico. Os ramos onde as trabalhadoras mais participam são
Comércio e Serviços, Educação e Administração Pública.
TABELA 6
Distribuição dos Ocupados por Ramo da CUT, Região Centro-Oeste e
Tocantins (total), em gênero e total, 2003 e 2012, em % do total de ocupados
RAMOS CUT/ATIVIDADE ECONÔMICA
2003 2012
Masculino Feminino TOTAL Masculino Feminino TOTAL
Rurais 25,2% 11,2% 19,6% 18,0% 6,5% 13,2%
Extração mineral 0,7% 0,1% 0,4% 0,6% 0,0% 0,4%
Alimentação 2,6% 2,3% 2,5% 3,1% 2,1% 2,6%
Vestuário 1,0% 4,8% 2,5% 1,3% 5,0% 2,9%
Construção e madeira 13,8% 1,0% 8,7% 15,6% 1,4% 9,6%
Químicos 2,3% 0,7% 1,7% 2,5% 1,0% 1,8%
Comunicação e informação 0,9% 0,8% 0,9% 1,1% 0,8% 1,0%
Metalúrgicos 1,6% 0,3% 1,1% 1,8% 0,3% 1,2%
Urbanitários 0,7% 0,1% 0,5% 0,5% 0,1% 0,3%
Comércio e serviços 33,5% 52,1% 40,9% 35,6% 54,1% 43,4%
Transporte 5,3% 0,5% 3,4% 7,0% 0,7% 4,3%
Financeiro 1,1% 1,4% 1,2% 1,3% 1,6% 1,4%
Administração Pública 7,6% 7,4% 7,5% 7,9% 8,2% 8,0%
Educação 2,3% 11,3% 5,9% 2,4% 10,6% 5,9%
Seguridade social e saúde 1,4% 5,9% 3,1% 1,3% 7,5% 3,9%
Outras atividades mal definidas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Reciclagem 0,1% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,1%
TOTAL 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Em nº de ocupados 3.875.632 2.545.252 6.420.884 4.722.243 3.429.116 8.151.359
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT-Nacional a partir de microdados da PNAD.
24
Quando observada a taxa de formalização, pode-se observar que todos os ramos tiveram
aumento de formalização, como verificado no restante do País. As mulheres permaneceram
como mais formalizadas do que os homens. Independentemente do ano, apesar de várias
diferenças de ramo e/ou gênero: por exemplo, as taxas variavam de 2,0% para as mulheres
rurais para vários com mais de 80% de formalização. No geral, o ramo mais formalização são
os urbanitários e da alimentação e o de menor formalização é o rural.
TABELA 7
Taxa de formalização por ramos e gênero, Região Centro-Oeste e Tocantins
(total), em gênero e total, 2003 e 2012, em % do total de ocupados
RAMOS CUT/ATIVIDADE
ECONÔMICA
2003 2012
MASCULINO FEMININO TOTAL MASCULINO FEMININO TOTAL
Rurais 15,5% 2,0% 12,5% 31,4% 10,2% 27,0%
Extração mineral 45,2% 19,8% 42,3% 82,5% 100,0% 83,2%
Alimentação 73,0% 53,6% 66,0% 91,4% 73,9% 85,6%
Vestuário 47,5% 21,7% 27,8% 52,5% 25,1% 32,5%
Construção e madeira 21,3% 33,8% 21,8% 30,0% 54,5% 31,5%
Químicos 63,5% 64,4% 63,7% 83,1% 86,6% 83,9%
Comunicação e informação 68,1% 80,8% 72,8% 79,4% 83,7% 81,0%
Metalúrgicos 44,3% 57,7% 46,0% 53,6% 59,2% 54,2%
Urbanitários 90,6% 90,4% 90,6% 92,5% 100,0% 93,8%
Comércio e serviços 38,9% 30,8% 34,8% 49,7% 44,7% 47,1%
Transporte 38,2% 65,4% 39,7% 57,7% 83,1% 59,4%
Financeiro 74,0% 73,6% 73,8% 84,0% 83,6% 83,8%
Administração Pública 81,7% 78,3% 80,4% 77,6% 77,0% 77,3%
Educação 68,9% 79,7% 77,2% 73,0% 73,4% 73,3%
Seguridade social e saúde 54,1% 71,7% 67,1% 68,3% 75,4% 74,1%
Reciclagem 45,8% 0,0% 40,6% 30,9% 28,7% 30,1%
TOTAL 37,4% 40,7% 38,7% 50,3% 51,9% 51,0%
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT-Nacional a partir de microdados da PNAD.
Sobre os rendimentos médios, a evolução destes na região Centro-Oeste e o estado de
Tocantins indica que houve um crescimento (em valores de maio de 2014) de
25
aproximadamente 55%, sendo que para as mulheres foi maior: 60%. Com isso, se antes o
rendimento médio das mulheres era equivalente a 68% dos homens, este percentual cresceu
para 71%. Os maiores crescimentos nos rendimentos médios das mulheres ocorreram no
ramo de Rurais, Químico, Comércio e Serviços, Transporte e Educação. Os maiores aumentos
para homens ocorreram entre os ocupados nos ramos de Rurais, Extração Mineral, Químicos,
Construção e Madeira e educação.
TABELA 8
Rendimento Médio, Região Centro-Oeste e Tocantins (total),
em gênero e total, 2003 e 2012, em reais de maio de 2014
(deflacionado pelo INPC-IBGE).
RAMOS DA CUT/ATIVIDADE
ECONÔMICA
2003 2012
Masculino Feminino TOTAL Masculino Feminino TOTAL
Rurais 806,70 130,16 653,66 1.480,30 295,76 1.233,24
Extração mineral 1.089,93 667,27 1.040,82 1.903,36 985,45 1.865,31
Alimentação 1.033,79 617,32 881,77 1.531,43 998,79 1.353,94
Vestuário 1.126,57 630,32 746,82 1.421,73 869,64 1.018,10
Construção e madeira 922,42 982,30 925,17 1.505,77 1.351,89 1.496,70
Químicos 1.128,84 745,49 1.062,13 1.916,95 1.640,53 1.855,60
Comunicação e informação 1.982,17 1.852,90 1.934,30 1.992,38 1.659,85 1.875,45
Metalúrgicos 1.287,25 1.625,07 1.328,44 1.917,57 2.213,53 1.949,27
Urbanitários 2.299,94 2.441,94 2.316,02 2.343,45 3.433,35 2.532,42
Comércio e serviços 1.446,33 715,37 1.076,68 2.014,33 1.172,80 1.571,22
Transporte 1.477,68 944,64 1.447,68 2.167,63 1.534,91 2.126,04
Financeiro 3.850,06 2.342,37 3.155,40 4.535,54 2.967,07 3.798,01
Administração Pública 2.616,45 2.279,41 2.484,47 4.117,89 3.183,05 3.716,98
Educação 1.778,95 1.288,06 1.403,73 2.969,89 2.112,46 2.315,71
Seguridade social e saúde 3.527,75 1.646,50 2.135,26 5.424,70 2.047,84 2.675,32
Reciclagem 1.290,87 532,28 1.204,18 2.519,77 1.214,06 2.033,69
TOTAL 1.349,33 920,74 1.179,10 2.085,05 1.472,76 1.827,19
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT-Nacional a partir de microdados da PNAD
Já em relação às taxas de sindicalização na região Centro-Oeste e Tocantins, da mesma forma
que o verificado no restante do País, verifica-se uma queda nas taxas de sindicalização, tanto
26
para homens como para mulheres e na geral, sendo que esta é inferior à verificada no País
como um todo. Porém, considerando-se os ramos da CUT separadamente, há ainda alguns
que observam movimento contrário, ainda que não suficiente para inverter a tendência de
queda: houve crescimento nas taxas de sindicalização nos ramos Rural, Extrativa Mineral,
Alimentação e Vestuário, para homens, mulheres e no geral. Nos demais ramos houve
quedas, justificando o resultado global da região.
TABELA 9
Taxa de Sindicalização por Ramo e Gênero, Região Centro-Oeste e Tocantins
(total), em gênero e total, 2003 e 2012,
em % do total de ocupados
RAMOS 2003 2012
Masculino Feminino TOTAL Masculino Feminino TOTAL
Rurais 12,1% 6,6% 10,9% 13,4% 13,8% 13,5%
Extração mineral 5,6% 0,0% 5,0% 15,3% 0,0% 14,7%
Alimentação 20,1% 8,7% 15,9% 21,1% 13,7% 18,7%
Vestuário 8,1% 6,1% 6,5% 16,2% 7,4% 9,8%
Construção e madeira 6,1% 16,0% 6,6% 4,9% 6,1% 5,0%
Químicos 17,6% 19,6% 17,9% 13,9% 12,4% 13,6%
Comunicação e informação 25,4% 25,3% 25,4% 20,6% 13,5% 18,1%
Metalúrgicos 13,1% 24,9% 14,5% 11,6% 18,7% 12,4%
Urbanitários 43,2% 43,3% 43,2% 25,1% 19,3% 24,1%
Comércio e serviços 12,8% 6,8% 9,8% 10,5% 6,5% 8,4%
Transporte 21,6% 23,8% 21,7% 17,5% 20,9% 17,7%
Financeiro 40,7% 33,6% 37,4% 39,8% 30,8% 35,5%
Administração Pública 25,4% 31,4% 27,8% 21,9% 24,8% 23,2%
Educação 32,2% 33,0% 32,8% 26,0% 26,6% 26,4%
Seguridade social e saúde 37,6% 29,0% 31,2% 32,0% 19,8% 22,1%
Reciclagem 12,9% 0,0% 11,4% 0,0% 0,0% 0,0%
TOTAL 14,8% 13,8% 14,4% 13,3% 12,4% 12,9%
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT-Nacional a partir de microdados da PNAD.
A importância da sindicalização pode ser verificada se consideradas as diferenças de
rendimento médio entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados: em 2012, um
27
trabalhador sindicalizado ganhava quase o dobro de um não sindicalizado, pelo menos na
região Centro-Oeste e no estado de Tocantins. E isso se aplica tanto nos dados gerais como
por ramos da CUT.
TABELA 10
Rendimento Médio, Região Centro-Oeste e Tocantins (total), Sindicalizados e
não sindicalizados, 2003 e 2012, em reais de maio de 2014
(deflacionado pelo INPC-IBGE).
RAMOS DA CUT
2003 2012
Sindicalizado? Sindicalizado?
Sim Não Sim Não
Rurais 1.206,77 586,15 2.102,89 1.097,86
Extração mineral 1.936,29 993,91 2.450,69 1.759,63
Alimentação 1.138,12 832,84 1.353,68 1.354,00
Vestuário 853,35 739,30 1.303,53 986,33
Construção e madeira 1.943,33 853,49 2.699,59 1.433,66
Químicos 1.475,92 973,10 2.671,13 1.725,50
Comunicação e informação 2.862,93 1.618,59 2.518,21 1.734,61
Metalúrgicos 2.233,21 1.173,18 2.406,94 1.884,37
Urbanitários 3.188,58 1.667,03 2.432,21 2.564,66
Comércio e serviços 2.171,56 958,08 2.665,59 1.471,49
Transporte 1.626,40 1.398,10 2.270,14 2.094,84
Financeiro 4.370,51 2.408,42 4.937,01 3.168,05
Administração Pública 3.697,94 2.018,21 5.415,70 3.203,50
Educação 2.135,70 1.047,97 3.244,86 1.980,10
Seguridade social e saúde 3.359,50 1.583,58 3.943,75 2.316,99
Reciclagem 1.153,27 1.210,74 - 2.033,69
TOTAL 2.325,05 986,93 3.111,23 1.636,84
Fonte: Elaboração Subseção DIEESE/CUT-Nacional a partir de microdados da PNAD
4. Mapa das empresas na região Centro-Oeste e Tocantins
Em relação às maiores empresas que atuam na região percebemos que há uma prevalência de
empresas públicas ou de economia mista. Das 28 listadas, 11 se enquadram nessa categoria: a
28
Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras S/A))2; na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), ou
Correios,3 na Itaipu Binacional a Eletrobrás e a Administración Nacional de Electricidad
(Ande) do Paraguai dividem a composição acionária4; na Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (Infraero)5; na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento6; na Companhia
Energética de Brasília (CEB)7; Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro)8; na
Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago); na Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab); Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) Governo do Distrito Federal
é o maior acionista seguido da Companhia Imobiliária de Brasília – Terracap, Companhia
Urbanizadora da Nova Capital – Novacap e da Sociedade de Abastecimento de Brasília –
SAB9; na Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev)10; a
Companhia Imobiliária de Brasília – Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal
(Terracap)11.
Das empresas listadas, exceto Itaipu, que é binacional, todas têm capital de origem nacional.
2 Disponível em: http://www.eletrobras.com/elb/data/Pages/LUMIS641DB632PTBRIE.htm . Acesso em
03/06/2014. 3 Disponível em: http://www.correios.com.br/sobre-correios/a-empresa/publicacoes/processos-de-contas-
anuais/pdf/2012/DemonstrativodaComposioAcionriadoCapitalSocialdaECT.pdf . Acesso em: 05/06/2014. 4 Disponível em: http://www.observabarragem.ippur.ufrj.br/barragens/28/itaipu .
5.Em 31/12/2012. Disponível em:
http://www.infraero.gov.br/images/stories/Infraero/Contas/Processos/2012/6_relatorio_gestao_2012_parte_v.pdf. Acesso em: 05/06/2014 6 Final exercício de 2011. Disponível em:
http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/haveres_uniao/downloads/Participacao_Acionaria.pdf . Acesso em: 06/06/2014 7 Disponível em: http://www.ceb.com.br/index.php/empresas-ceb/eficiencia-energitica . Acesso em:
04/06/2014 8 Final exercício de 2011. Disponível em:
http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/haveres_uniao/downloads/Participacao_Acionaria.pdf. Acesso em: 04/06/2014 9 CAESB. Relatório da administração 2013. Disponível em:
http://www.caesb.df.gov.br/images/arquivos_pdf/relatorio-anual-da-administracao.pdf . Acesso em: 06/06/2014 10
Final exercício de 2011. Disponível em: http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/haveres_uniao/downloads/Participacao_Acionaria.pdf . Acesso em: 03/06/2014 11
Disponível em: http://www.terracap.df.gov.br/portal/institucional/estatuto-social . Acesso em: 04/06/2014.
29
Quadro 2
Ranking maiores empresas Região Centro-Oeste por receita líquida - 2012
POSIÇÃO REGIONAL
EMPRESA SEDE SETOR ATIVIDADE
RECEITA LÍQUIDA (Em R$ milhões)
CAPITAL (Origem)
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA (Empresas públicas ou de economia mista)
1 Eletrobras DF Energia Elétrica
34064,5 BR 54,6% GF*
2 Correios DF Serviços especializados
13970,4 BR 100% GF
3 Itaipu Binacional
DF Energia Elétrica
7760,9 BR/PG 50% Eletrobras 50% Ande***
4 André Maggi Participações
MT Alimentação 5982,7 BR
5 Infraero DF Transporte e logísitica
4116,1 BR 97,3% GF
6 Caramuru Alimentos
GO Alimentos 2821,4 BR
7 Saga Brasil GO Comércio varejista
2657,0 BR
8 Cemat MT Energia Elétrica
2344,8 BR
9 Comigo GO Agropecuária 2070,4 BR
10 Embrapa DF Serviços Especializados
2043,8 BR 100% GF
11 CEB DF Energia Elétrica
1628,7 BR 69,1% GDF**
12 Serpro DF Tecnologia da informação
1583,0 BR 100% GF
13 Enersul MS Energia Elétrica
1517,4 BR
14 Redeflex MT Comércio Varejista
1494,8 BR
15 Saneago GO Água e saneamento
1372,9 BR 75,47% GGO*** 24,53% Fundo de Previdência Estadual
16 Via Engenharia
DF Construção e Engenharia
1354,4 BR
17 Renosa Participações
MT Bebida e fumo
1194,9 BR
19 Conab DF Comercio atacadista e exterior
1137,9 BR 100% GF
30
20 Caesb DF Água e saneamento
1085,6 BR 88,54% GDF Terracap Novacap
21 Fujioka GO Comércio varejista
1013,9 BR
20 Piracanjuba GO Alimentos 975,3 BR
21 Dataprev DF Tecnologia da Informação
912,0 BR
22 CTIS DF Tecnologia da Informação
837,7 BR
23 Arroz Tio Jorge
GO Alimentos 813,5 BR
24 Terracap DF Construção e Engenharia
799,0 BR 51% GDF 49% GF
25 Celtins TO Energia Elétrica
758,5 BR
26 Associação das Pioneiras Sociais
DF Serviços Médicos
716,3 BR
27 Adubos Sudoeste
GO Química e petroquímica
639,6 BR
28 Intersmart DF Comércio atacadista e exterior
596,9 BR
29 Grupo ASA DF Alimentos 590,2 BR *GF - Governo Federal **GDF – Governo do Distrito Federal ***GGO – Governo de Goiás FONTE: Valor 1000 2013 ELABORAÇÃO: Instituto Observatório Social
Além das empresas públicas, encontramos também empresas do setor de agronegócio,
ligadas principalmente à produção e comercialização de alimentos, entre outras atividades: a
André Maggi Participações atua na originação, comercialização de grãos e insumos,
produção agrícola e de semente de soja; opera também com operações portuárias,
transporte fluvial e geração e comercialização de energia elétrica12; a Caramuru Alimentos
atua no processamento de grãos, soja, milho e canola13; Cooperativa Industrial de Produtores
(Comigo) é uma cooperativa de beneficiamento, industrialização e beneficiamento de
produtos agrícolas14; Piracanjuba, trabalha com processamento de leite15, e o Grupo Asa que
atua no ramo da avicultura.16
12
Disponível em: http://amaggi.com.br/?page_id=1944 . Acesso em: 06/06/2014 13
Disponível em: http://www.caramuru.com/institucional/?page_id=48 . Acesso em: 06/06/2014 14
Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/painelsetorial/palestras/palestracomigo.pdf. Acesso em:
09/06/2014 15
Disponível em: http://www.piracanjuba.com.br/piracanjuba.php . Acesso em: 09/06/2014 16
Disponível em: http://www.asaalimentos.com.br/#!empresa/c1iwz
31
4.1 Número de empresas e outras organizações com atuação na região Centro-Oeste e
Tocantins
Em âmbito nacional, de 2006 a 2012, de acordo com os dados do IBGE conforme tabela
abaixo, houve um incremento de 20,66% no número de empresas e outras organizações
atuando em território nacional. Na região Centro-Oeste e no Tocantins o incremento foi um
pouco maior, o incremento do número de empresas e outras organizações atuando foi de
35,53%.
Nota-se que de 2006 a 2012 o crescimento de unidades atuando foi crescente, mesmo
levando-se em consideração a crise mundial que assolou os países capitalistas nos anos de
2008-2009. Como os dados do IBGE desagregados por região dizem respeito a empresas e
outras organizações, foram selecionadas para análise alguns setores que podem indicar
predominância de atividade empresarial.
Em âmbito nacional em todos os setores selecionados houve variação positiva no número de
empresas e outras organizações de 2006 a 2012: na agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura 216,5%; na indústria de transformação 11,40%; construção 98,41%;
comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas 7,88% alojamento e
alimentação 19,49%.
Estes mesmos setores analisados na região Centro-Oeste e no Tocantins tiveram o seguinte
incremento em número de empresas e outras organizações de 2006-2012: na agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 50,25%; na indústria de transformação
23,25%; construção 149,47%; comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas
19,16%; alojamento e alimentação 47,60%.
Percebe-se, portanto, que em número de empresas e outras organizações atuantes na região
Centro-Oeste entre 2006 e 2012, a região teve desempenho acima do território nacional em
todos os setores exceto na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. A
explicação pode estar na presença de grandes propriedades do agronegócio na região.17
17
Uma informação adicional que pode contribuir para o entendimento do fenômeno refere-se à liderança do Centro-Oeste e da Região Norte em áreas plantadas. De acordo com o Ipea, 1994 até 2010 houve um acréscimo de 24% em âmbito regional. Disponível em:
32
O crescimento de unidades dos outros setores, principalmente da construção civil, pode ser
creditado ao impulso que o próprio agronegócio deu na economia da região que exigiu a
construção de celeiros e obras de escoamento de produção, bem como atraiu grandes redes
supermercadistas e de shoppings centers e investimentos residenciais.18
TABELA 11 NÚMERO DE EMPRESAS E OUTRAS ORGANIZAÇÕES (UNIDADES), POR GRUPO DE CLASSIFICAÇÃO (CNAE 2.0), em 31/12
Brasil e Grande Região
Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE 2.0)
Ano
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Brasil
A - Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
31.829 36.911 51.990 84.861 97.355 100.414 100.745
B - Indústrias extrativas
10.034 9.937 10.113 10.200 10.583 10.279 10.653
C- Indústrias de transformação
391.659 398.181 408.030 418.904 441.148 435.547 436.329
D - Eletricidade e gás
973 1.100 1.381 1.573 1.795 2.079 2.297
E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
6.724 6.979 7.798 8.364 9.357 9.731 10.311
F - Construção
110.301
117.416
132.772
150.094
178.095
198.942
218.851
G - Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
2.011.891 2.034.920 2.093.235 2.157.618 2.243.421 2.194.266 2.170.617
H - Transporte, armazenagem e correio
153.673 161.171 172.060 183.809 201.610 210.200 222.056
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=21326&catid=9&Itemid=8. Acesso em 09/06/2014 18
Segundo a consultoria ITC (Inteligência Empresarial da Construção) em 2011 iniciaram 856 novas obras na Região, 15% a mais do que registrado em 2010. Dos 113 shoppings centers planejados no Brasil para 2011, 11 eram para a região Centro Oeste. Disponível em: http://www.obra24horas.com.br/noticias/centro-oeste-atrai-mais-lideres-da-construcao-civil .
33
I - Alojamento e alimentação
264.503 271.044 283.164 301.420 319.056 318.303 316.062
J - Informação e comunicação
133.043 131.561 135.661 140.186 145.375 145.045 147.422
K - Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
56.186 60.506 63.654 64.843 70.461 71.218 75.349
L - Atividades imobiliárias
28.765 31.191 35.102 40.012 46.140 51.028 59.294
M - Atividades profissionais, científicas e técnicas
169.052 181.328 197.080 215.679 235.333 242.617 255.179
N - Atividades administrativas e serviços complementares
324.657 336.804 353.856 371.367 398.101 411.245 432.920
O-Administração pública, defesa e seguridade social
14.528 14.432 14.896 15.480 16.361 17.630 17.625
P-Educação 104.078 111.364 113.219 123.841 128.753 118.787 123.559
Q -Saúde humana e serviços sociais
106.362 112.445 119.135 126.530 135.846 139.518 148.560
R -Artes, cultura, esporte e recreação
52.359 55.071 58.087 60.931 64.742 64.924 66.926
S -Outras atividades de serviços
334.810 347.810 355.829 370.707 384.794 387.190 380.248
T -Serviços domésticos
- - - - - - -
U -Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
151 174 199 220 242 242 247
TOTAL 4.305.578
4.420.345
4.607.261 4.846.639
5.128.568 5.129.205
5.195.250
Centro-Oeste + Tocantins
A -Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e
3.606 3.797 4.291 4.538 5.015 5.017 5.418
34
aquicultura
B -Indústrias extrativas
887 939 952 983 1.059 1.033 1.078
C -Indústrias de transformação
25.658 26.645 27.884 29.166 31.249 31.060 31.624
D -Eletricidade e gás
138 139 174 173 182 197 204
E -Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
574 608 705 762 890 928 972
F -Construção 7.671 8.621 9.899 11.661 14.410 16.694 19.137
G -Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
160.056 167.004 176.319 184.745 192.656 189.177 190.727
H -Transporte, armazenagem e correio
10.456 11.656 13.088 13.998 15.641 16.343 17.935
I -Alojamento e alimentação
16.645 17.853 19.446 21.633 23.715 24.190 24.569
J -Informação e comunicação
7.459 7.600 8.053 8.220 8.542 8.660 8.954
K -Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
3.144 3.467 3.663 3.830 4.186 4.138 4.576
L -Atividades imobiliárias
1.726 1.903 2.090 2.481 2.989 3.450 4.111
M -Atividades profissionais, científicas e técnicas
11.667 12.396 13.927 15.554 17.569 18.321 19.698
N -Atividades administrativas e serviços complementares
20.086 21.106 22.320 23.696 26.071 26.942 28.842
O -Administração pública, defesa e seguridade social
1.890 1.874 1.943 2.018 2.137 2.298 2.370
P -Educação 8.877 9.427 9.564 10.331 10.637 9.697 9.931
Q -Saúde humana e serviços sociais
8.483 9.104 9.763 10.577 11.484 11.811 12.902
35
R -Artes, cultura, esporte e recreação
3.102 3.380 3.693 4.043 4.265 4.282 4.587
S -Outras atividades de serviços
23.848 25234 25.828 27.235 28.753 28.624 29.182
T -Serviços domésticos
- - - - - - -
U -Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais TOTAL
59
316.032
68
332.821
81
353.683
91
375.735
100
401.550
106
402.968
115
416.932 Fonte: IBGE - Cadastro Central de Empresas Elaboração: IOS
É provável que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tenham
contribuído para o crescimento de unidades do setor da construção civil no Centro-Oeste: no
período assinalado são 17 rodovias em obras; investimentos de R$ 191,9 milhões para
contratação de empreendimentos para obras de saneamento; foram contratados 167
empreendimentos para obras em unidades básicas de saúde (junho 2012), 15 para unidades
de pronto-atendimento (junho 2012), 158 empreendimentos contratados para obras em
creches e pré-escolas (junho de 2012), 158 para empreendimentos contratados para obras
em quadras esportivas nas escolas, 26 para praças dos esportes e cultura; 311,4 milhões de
investimentos para urbanização de assentamentos precários em 2009.19
5. Agenda do trabalho Decente na região Centro-Oeste e Tocantins
5.1. Trabalho Inaceitável
Em 2012 um total de 2.750 trabalhadores foi encontrado em situação análoga a de escravo
no Brasil, sendo que, destes, 2.573 foram resgatados dessa condição em fiscalizações. Em
2011 haviam sido efetivados 2.491 resgates e, em 2010, 2.628 trabalhadores resgatados. Em
Goiás, 201 trabalhadores foram resgatados em 2012, o equivalente a mais de 60% do total de
resgatados na região Centro-Oeste. O estado apresentou o maior número de empregadores
flagrados explorando mão de obra escrava, inseridos na atualização de dezembro de 2012 da
19
Disponível em: http://www.pac.gov.br/pub/up/relatorio/11253a1ec7b6dfcc6217343076441f1f.pdf. Acesso em: 09/06/2014.
36
“lista suja” do trabalho escravo (elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República), com um total de 13 nomes –
seguido pelo Mato Grosso, com 8 casos. A pecuária bovina foi a atividade econômica com
mais inserções nessa atualização do documento, correspondendo a 35,7% do total de nomes
de empregadores incluídos em 2012, seguida da produção de carvão vegetal, respondendo
por 20% deste total20.
TABELA 12
Trabalhadores Resgatados em Condições Análogas à Escravidão nos meios Urbano e Rural – Região Centro-Oeste, por Unidade da Federação, e Tocantins, 2008
a 2013
2013 2012 2011 2010 2009 2008*
Ações Fiscais
Trab. Resg.
Ações Fiscais
Trab. Resg.
Ações Fiscais
Trab. Resg.
Ações Fiscais
Trab. Resg.
Ações Fiscais
Trab. Resg.
Ações Fiscais
Trab. Resg.
Tocantins 9 41 24 321 12 106 10 92 31 353 17 78
Centro-Oeste 67 320 48 333 60 790 67 473 99 658 79 1.681
Mato Grosso
do Sul
12 101 6 49 5 389 1 8 5 22 14 236
Mato Grosso 30 86 22 83 20 91 41 122 57 308 58 578
Goiás 25 133 20 201 35 310 25 343 37 328 7 867
Distrito
Federal
- - - - - - - - - - - -
Brasil 300 2.063 255 2.573 342 2.491 309 2.628 350 3.769 301 5.016
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nota: * Nº de fazendas fiscalizadas.
Em se tratando do trabalho infantil, o Centro-Oeste foi a grande região brasileira que
apresentou a menor proporção de pessoas de 10 a 17 anos ocupadas no Censo 2010 (8,3%) –
a Sul registrou 18,13%, a Norte 11,13%, a Sudeste 32,5% e a Nordeste 29,9%. Goiás chama
atenção por apresentar 23.067 crianças com idade entre 10 e 13 anos ocupadas no período, o
que representa quase a metade das crianças ocupadas na grande região para esta faixa
etária.
20
Fonte: Repórter Brasil. Disponível em: http://reporterbrasil.org.br/2013/04/duas-carvoarias-sao-flagradas-com-trabalho-escravo-em-goias/. Acesso em: 02/06/2014.
37
TABELA 13
Pessoas de 10 a 17 anos de idade, ocupadas na semana de referência, por grupos de idade e situação do domicílio – Região Centro-Oeste, por Unidade da
Federação, e Tocantins, 2010
Pessoas de 10 a 17 anos de idade, ocupadas na semana de referência
Total
Situação do domicílio
Grupos de idade
10 a 13 anos 14 ou 15 anos
Total
Situação do
domicílio
Total
Situação do
domicílio
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
Tocantins 30.305 22.892 7.413 6.681 4.187 2.493 8.059 5.922 2.137
Centro-Oeste 282.470 238.978 43.491 49.744 36.024 13.720 74.618 61.925 12.693
Mato Grosso do Sul 50.369 39.939 10.430 8.208 4.895 3.313 12.766 9.648 3.118
Mato Grosso 69.876 54.257 15.619 13.692 8.521 5.171 18.819 14.420 4.399
Goiás 132.606 117.232 15.374 23.067 18.434 4.633 36.975 32.275 4.700
Distrito Federal 29.619 27.551 2.068 4.776 4.174 602 6.058 5.581 477
Brasil 3.406.514 2.350.835 1.055.679 710.139 364.056 346.083 888.430 582.664 305.766
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010
5.2 Tratamento Digno
No primeiro trimestre de 2014, os salários médios reais de admissão apresentaram aumento
real de 2,49% no País, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Em todas as
grandes regiões brasileiras foram verificados aumentos reais no emprego formal, tendo a
região Centro-Oeste observado o segundo maior aumento relativo (3,42%), atrás apenas da
região Sul (4,12%). Comparativamente ao salário mínimo nacional21, a região de referência
apresentou salário médio real total no primeiro trimestre de 2014, equivalente a 1,48 salários
mínimos (para o Brasil tal relação é de 1,61). O Distrito Federal, com salário médio real de R$
1.191,99, ocupa a terceira posição no ranking nacional por unidade da federação, atrás de
São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Uma análise da discriminação de gênero na região aponta redução da proporção do salário
feminino em relação ao auferido pelos homens, passando de 88,29% deste no primeiro
21
O salário mínimo nacional é de R$ 724,00, estabelecido a partir de 1º de Janeiro de 2014.
38
trimestre de 2013 para 86,31% no mesmo período de 2014, ou seja, houve elevação da
desigualdade de remuneração entre mulheres e homens. Mato Grosso consiste no estado da
federação em que a proporção do salário médio real de admissão das mulheres
comparativamente àquele oferecido aos homens foi a menor do Brasil no primeiro trimestre
de 2014, equivalente a 81,27%:
TABELA 14
Salário Médio Real* de Admissão por Gênero – Região Centro-Oeste, por Unidade da Federação, e Tocantins, 1º Trimestre de 2014
Em Reais
1º Trimestre/2014 1º Trimestre/2013 Variação Relativa
Relação dos
Salários
Fem./Masc.
Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total Masc. Fem. Total 2014 2013
Tocantins 991,95 937,30 977,68 1.045,86 934,45 1.016,28 -5,15 0,31 -3,80 94,49 89,35
Centro-Oeste 1.124,55 970,61 1.073,84 1.078,81 952,43 1.038,30 4,24 1,91 3,42 86,31 88,29
Mato Grosso do
Sul 1.118,59 956,66 1.062,51
1.092,47 946,28 1.044,90 2,39 1,10 1,69 85,52 86,62
Mato Grosso 1.143,42 929,24 1.083,22 1.063,42 897,94 1.017,55 7,52 3,49 6,45 81,27 84,44
Goiás 1.062,55 910,82 1.012,05 1.019,78 874,43 973,29 4,19 4,16 3,98 85,72 85,75
Distrito Federal 1.230,79 1.125,87 1.191,99 1.228,83 1.154,76 1.200,99 016 -2,50 -0,75 91,47 93,97
Brasil 1.229,31 1.065,15 1.166,84 1.199,19 1.036,96 1.138,46 2,51 2,72 2,49 86,65 86,47
Fonte: CAGED. Nota: * Deflacionado pelo INPC médio de janeiro a março de 2014
5.3 Jornada Decente
A jornada semanal total observada em 2012 na região Centro-Oeste, independentemente do
sexo dos trabalhadores, foi idêntica à verificada no Brasil: 55,9 horas semanais. A média de
horas gastas em afazeres domésticos desempenhos pelas mulheres foi equivalente a mais que
o dobro da relativa aos homens. A crescente participação feminina no mercado de trabalho é
acompanhada pela persistência de uma diferenciação quanto às atribuições e papeis sociais
exercidos pelos diferentes sexos: as mulheres são penalizadas com um excedente de cerca de
4 horas na jornada total em comparação aos homens. No Distrito Federal, a discrepância é a
mais acentuada no recorte da grande região, com as mulheres desempenhando 6,4 horas
semanais a mais do que os homens, na jornada total.
39
TABELA 15
Média de Horas Semanais trabalhadas no Trabalho Principal, em Afazeres Domésticos e Jornada Total das pessoas de 16 anos ou mais de idade ocupadas
na semana de referência, por sexo – Região Centro-Oeste, por Unidade da Federação, e Tocantins, 2012
Média de horas semanais
trabalhadas no trabalho
principal
Média de horas gastas
em
afazeres domésticos
Jornada total
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Tocantins 37,7 41,5 32,4 18,6 11,7 24,3 56,3 53,2 56,7
Centro-Oeste 40,9 43,5 37,4 15,0 9,3 19,1 55,9 52,8 56,5
Mato Grosso do Sul 41,0 44,1 36,8 15,4 9,6 19,8 56,4 53,7 56,6
Mato Grosso 41,1 44,0 36,8 15,9 9,9 20,4 57,0 53,9 57,2
Goiás 41,3 44,0 37,5 14,5 8,7 18,6 55,8 52,7 56,1
Distrito Federal 39,7 40,9 38,4 14,7 9,6 18,5 54,4 50,5 56,9
Brasil 39,6 42,1 36,1 16,3 10,0 20,8 55,9 52,1 56,9
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012.
5.4 Equilíbrio entre Trabalho, Vida Pessoal e Familiar
Em Campo Grande (MS) e em Goiânia (GO), uma em cada quatro pessoas (25%) levam
habitualmente entre 30 e 60 minutos no deslocamento para o trabalho. No Distrito Federal
essa proporção equivale a 36,18%. Além disso, mais de 15% das pessoas na localidade
despendem mais de uma hora a até duas horas nesse trajeto:
40
TABELA 16
Pessoas Ocupadas na semana de referência, que trabalhavam fora do domicílio e retornavam para seu domicílio diariamente, por tempo habitual de deslocamento
para o trabalho – Região Centro-Oeste, por Unidade da Federação e Capital, e Tocantins, 2010
Tempo habitual de deslocamento para o trabalho (%)
Nº total
de pessoas Total (%)
Até 5
minutos
De 6 minutos
até meia
hora
Mais de meia
hora até uma
hora
Mais de
uma hora
até duas
horas
Mais de
duas
horas
Tocantins 402.591 100,00 22,30 61,37 12,45 2,97 0,91
Palmas 94.035 100,00 12,19 61,37 21,56 4,21 0,67
Centro-Oeste 4.857.950 100,00 14,70 52,81 22,13 9,24 1,13
Mato Grosso do Sul 817.371 100,00 17,93 59,59 16,26 5,25 0,97
Campo Grande 284.596 100,00 9,31 56,74 25,18 8,00 0,77
Mato Grosso 961.902 100,00 20,23 59,39 15,63 3,88 0,87
Cuiabá 201.890 100,00 8,10 53,09 30,56 7,56 0,70
Goiás 2.093.403 100,00 14,89 52,63 20,79 10,36 1,33
Goiânia 498.472 100,00 10,13 54,40 26,20 8,09 1,19
Distrito Federal 985.274 100,00 6,20 41,14 36,18 15,40 1,09
Brasil 61.589.232 100,00 13,06 52,21 23,33 9,62 1,78
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010
5.5 Trabalho Seguro
Apesar dos índices nacionais relativos aos acidentes de trabalho terem declinado em 2012
em relação ao ano precedente – e da problemática imposta às estatísticas em função da
subnotificação –, no Centro-Oeste houve elevação desse número: 788 acidentes a mais, em
números absolutos. A omissão do registro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
abrangeu aproximadamente 21% do total de acidentes de trabalho na região em 2012, sendo
que, no País, tal percentual foi de 23%.
41
TABELA 17
Quantidade de Acidentes do Trabalho, por situação do registro e motivo, no
Brasil e Região Centro-Oeste – 2010/2012
Ano
Quantidade de Acidentes do Trabalho
Total
Com CAT Registrada
Sem CAT
Registrada Total
Motivo
Típico Trajeto
Doença
do trabalho
Centro-Oeste
2010 47.722 36.187 27.568 7.618 1.001 11.535
2011 48.325 37.820 29.050 7.892 878 10.505
2012 49.113 38.740 30.060 7.949 731 10.373
Brasil
2010 709.474 529.793 417.295 95.321 17.177 179.681
2011 720.629 543.889 426.153 100.897 16.839 176.740
2012 705.239 541.286 423.935 102.396 14.955 163.953
Fonte: DATAPREV, CAT, SUB Nota: Os dados são preliminares, estando sujeitos a correções (segundo o Ministério da Previdência Social)
5.6 Proteção Social
A região Centro-Oeste englobou 6,7% do total de auxílios – que podem ser de três tipos:
auxílio-doença, auxílio-reclusão e auxílio-acidente, incluídos, como as aposentadorias, as
pensões por morte, o salário-família e o salário-maternidade nos benefícios previdenciários
do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) – ativos no meio urbano concedidos em todo o
Brasil em dezembro de 2012 e, em se tratando do meio rural, a participação nesse total de
auxílios é reduzida para somente 2,9%22.
22
Fonte: Ministério da Previdência Social. Anuário Estatístico da Previdência Social - 2012: p. 326.
42
Fonte: AEPS, 2012
Quanto à aposentadoria, em 2012, aproximadamente 93% do total dos benefícios ativos nas
zonas rurais do Centro-Oeste foram motivados pela idade do segurado, sendo que, no Mato
Grosso, a quantidade total superou em 86% a quantidade relativa às zonas urbanas neste
mesmo ano. Nas zonas urbanas da grande região, um em cada três aposentados (35%)
receberam o benefício por invalidez em 2012, enquanto esta proporção foi de 25% no Brasil.
43
TABELA 18
Quantidade de Aposentadorias Urbanas e Rurais Ativas, por grupos de espécies, na Região Centro-Oeste, por Unidade da Federação, e no Tocantins –
posição em Dezembro, 2010/2012
Ano
Quantidade de Aposentadorias Urbanas Ativas Quantidade de Aposentadorias Rurais Ativas
Total
Grupos de Espécies
Total
Grupos de Espécies
Tempo de
contribuição Idade Invalidez
Tempo de
contribuição Idade Invalidez
Tocantins
2010 13.154 2.807 5.293 5.054 66.007 5 61.302 4.700
2011 14.326 3.102 5.838 5.386 69.902 5 65.217 4.680
2012 15.523 3.398 6.451 5.674 73.715 6 68.983 4.726
Centro-Oeste
2010 389.333 112.141 133.258 143.934 317.151 199 294.455 22.497
2011 408.917 119.231 141.432 148.254 337.412 206 314.630 22.576
2012 432.741 127.043 152.361 153.337 355.134 216 331.958 22.960
Mato Grosso
do Sul
2010 68.831 18.790 24.481 25.560 64.218 81 59.798 4.339
2011 73.000 19.891 25.891 27.218 66.387 90 61.914 4.383
2012 77.725 20.999 27.726 29.000 68.711 100 64.066 4.545
Mato Grosso 2010 45.875 9.953 15.979 19.943 86.610 26 81.337 5.247
2011 49.457 10.738 17.404 21.315 93.223 26 87.781 5.416
2012 53.642 11.617 18.974 23.051 99.861 28 94.182 5.651
Goiás 2010 160.962 38.602 54.481 67.879 132.960 77 123.192 9.691
2011 167.384 41.300 57.721 68.363 142.929 76 133.280 9.573
2012 174.456 43.916 61.690 68.850 149.785 74 140.152 9.559
Distrito
Federal
2010 113.665 44.796 38.317 30.552 33.363 15 30.128 3.220
2011 119.076 47.302 40.416 31.358 34.873 14 31.655 3.204
2012 126.918 50.511 43.971 32.436 36.777 14 33.558 3.205
Brasil
2010 9.552.656 4.400.427 2.670.766 2.481.463 5.948.329 15.357 5.501.054 431.918
2011 9.923.854 4.585.098 2.809.757 2.528.999 6.105.570 16.358 5.655.293 433.919
2012 10.338.862 4.773.494 2.983.749 2.581.619 6.279.789 17.259 5.825.220 437.310
Fonte: DATAPREV, SUB, Plano Tabular da SVAI
44
5.7 Negociação Coletiva e Liberdade Sindical
As convenções e os acordos coletivos, além de aditivos ocasionais, registrados no Sistema
Mediador do MTE, no período de 1997 a 2008 na região Centro-Oeste, somaram 2.122
instrumentos em 2008, dos quais 1.002, o equivalente a 47%, referem-se ao Distrito Federal:
TABELA 19
Instrumentos Coletivos Registrados na Região Centro-Oeste,
por Unidade da Federação, e no Tocantins – 1997/2008
1997 1998 1999 2000 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Tocantins 19 57 59 68 - 81 54 104 67 70
Centro-Oeste 896 826 1.321 1.279 889 2.026 1.852 2.016 2.013 2.122
Mato Grosso do Sul 248 371 444 343 - 345 390 698 361 433
Mato Grosso 184 168 188 255 260 235 298 338 553 578
Goiás 184 287 254 238 629 675 633 457 564 542
Distrito Federal 280 - 435 443 - 771 531 523 896 1.002
Brasil 9.782 15.358 16.632 18.772 15.797 29.516 31.264 23.932 30.571 32.662
Fonte: Delegacias Regionais do Trabalho. Elaboração: Secretaria de Relações do Trabalho (MTE)
6. Organização CUTista na região Centro-Oeste e Tocantins
Segundo cadastro da Secretaria Geral da CUT, a região Centro-Oeste e o estado do
Tocantins somavam 7,8% do total de filiados da CUT, ou seja, pouco mais de 614 mil de um
total de 7.814.804 trabalhadores sindicalizados à Central. A maior concentração de sócios era
localizada no Distrito Federal, com pouco mais de 46%. Quanto à maior concentração de
entidades, o Mato Grosso do Sul aparecia com 32%.
45
TABELA 20
Distribuição dos sindicatos e dos sócios filiados a CUT, região Centro Oeste e
Tocantins, 2013.
UF Nº SIND % sindicatos SÓCIOS % sócios
DF 48 14,0% 283.085 46,1%
GO 92 26,7% 139.556 22,7%
MS 112 32,6% 64.617 10,5%
MT 41 11,9% 58.485 9,5%
TO 51 14,8% 68.549 11,2%
TOTAL 344 100,0% 614.292 100,0%
Fonte: Secretaria Nacional de Organização (SNO) – CUT
Considerando a distribuição por ramos da CUT, a região Centro-Oeste e o estado do
Tocantins possuem relevante quantidade de sindicatos no ramo rural: no ano de 2013 eram
126 de um total de 344, ou seja, mais de 36%. Educação e Administração Pública Municipal
são os outros ramos onde há quantidade considerável de sindicatos, com 40 e 38,
respectivamente. A questão que se coloca é que, no caso do tamanho dos sindicatos segundo
base, ainda que os filiados ao ramo da Educação possuam tamanho relevante, os de Rurais e
Administração Pública Municipal filiados à CUT são geralmente sindicatos com pequeno
tamanho de base.
Já em relação ao tamanho da base CUTista, de um total de quase 2 milhões de trabalhadores
na base da Central, 26%, 20,5% e 16,3% estavam concentrados no ramo Rural, da Educação e
do Comércio e Serviços, respectivamente. Quando se considera somente os sócios da CUT, os
ramos com maior predominância são os que possuem as maiores bases, os mesmos descritos
acima: os três concentram 60,7% do total de sócios.
Uma informação importante é quando se cruzam o tamanho da base e o número de sócios na
região Centro-Oeste e Tocantins, o que indicaria um índice de sindicalização do ramo,
observa-se que os ramos Rural, Educação e Comércio e Serviços apesar de possuírem as
maiores bases e número de sócios, não possuem os maiores índices. Estes estão localizados
entre os ramos Urbanitários, Financeiro, Vigilantes, Comunicação e Administração Pública
Federal.
46
TABELA 21
Distribuição dos Sindicatos, da Base Cutista e dos Sócios Filiados a CUT, Região
Centro Oeste e Tocantins, 2013
RAMO Nº
SINDICATOS BASE SOCIOS
Índice Sindicalização
Ramo na região
URBANITÁRIOS 3 5.453 4.029 73,89%
FINANCEIRO 7 35.851 25.723 71,75%
VIGILANTES 8 31.337 19.837 63,30%
COMUNICACAO 13 60.972 25.893 42,47%
ADM E SERV PUB FED 11 154.423 61.828 40,04%
SAUDE 17 108.508 40.016 36,88%
EDUCACAO 40 406.863 145.041 35,65%
RURAIS 126 517.386 154.619 29,88%
ADM E SERV PUB MUN 38 55.137 15.375 27,89%
TRANSPORTES 16 80.900 19.652 24,29%
ALIMENTACAO 14 26.150 5.967 22,82%
COMERCIO E SERVICOS 25 323.683 73.462 22,70%
PROFISSIONAIS LIBERAIS 2 3.012 638 21,18%
CONSTRUCAO CIVIL 9 23.500 3.680 15,66%
ADM E SERV PUB EST 6 103.440 14.194 13,72%
INFORMATICA 3 42.500 3.870 9,11%
QUIMICOS 3 1.900 118 6,21%
VESTUARIO 2 6.500 350 5,38%
METALURGICOS 1 0 0 0,00%
TOTAL 344 1.987.515 614.292 30,91%
Fonte: Secretaria Nacional de Organização (SNO) – CUT
Quando se observa a distribuição dos filiados a alguma central sindical na região Centro-
Oeste e Tocantins, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) apresenta grande predomínio na
região: sozinha concentra 41% dos filiados a sindicatos com registro no Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) e 21,8% dos sindicatos, sendo que o total de entidades
reconhecidas pelo MTE são 917 sindicatos, que concentram 479.916 sócios. Destaca-se
também o peso das entidades e dos filiados a sindicatos sem nenhuma central na região:
28,8% dos sindicatos e 15,5% dos filiados.
47
GRÁFICO 13
Distribuição dos Sindicatos, da Base CUTista e dos Sócios Filiados a CUT, Região
Centro-Oeste e Tocantins,
Somente sindicatos com registro no MTE, 2013.
Fonte: Secretaria Nacional de Organização (SNO) – CUT
A organização sindical da CUT segue a distribuição dos ocupados na região: concentração no
Comércio e Serviços, Rurais e Administração Pública. Conforme pode ser observado, o
predomínio da CUT é evidente em relação a outras centrais, com os indicadores CUTistas de
sindicalização muito superiores à média global da região na maioria dos casos, com exceção
de alguns ramos industriais, em especial químicos e metalúrgicos.
Há três observações que podem servir de suporte para uma melhor ação CUTista na região: 1)
o elevado número de sindicatos sem vinculação a nenhuma central; 2) as taxas de
sindicalização da central serem inferiores à média em entidades vinculadas ou ao ramo de
Informática ou Administração Pública Estadual; 3) há ramos com grande espaço de
crescimento, dado tamanho da base e baixo volume de filiações (em relação à média
CUTista), como Comércio e Serviços, Rurais e, especialmente, Administração Pública
Municipal que, apesar de fragmentado, possui grande quantidade de entidades e, assim, uma
base robusta, ainda que com baixa densidade local.
48
7. Impactos dos Programas Sociais na região Centro-Oeste e Tocantins: Bolsa Família
O “Bolsa Família” é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em
situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. O programa integra o Plano Brasil
Sem Miséria – cujo propósito é a garantia de renda, a inclusão produtiva e o acesso aos
serviços públicos – e apresenta como foco de atuação as famílias com renda familiar per
capita de até R$77,00 mensais (extremamente pobres) e renda familiar per capita entre
R$77,01 e R$154,00 (pobres).23 No Brasil, 75,4% dos beneficiários do Programa Bolsa Família
estão trabalhando, segundo o Portal Brasil, do Governo Federal, sendo que 1,7 milhão de
titulares já não mais recebem o benefício24. De acordo com o governo, no mês de abril de
2014 o benefício foi pago a 14.145.274 famílias, atingindo cerca de 50 milhões de pessoas.
Os valores do benefício são variáveis: o benefício básico é de R$70,00 mensais, concedido a
famílias em situação de extrema pobreza. No entanto, um dos valores mais elevados pagos a
uma família, de 19 membros, somou R$1.332,00.25
TABELA 22 Número de Beneficiários atendidos pelo Programa Bolsa Família - Região Centro-Oeste, por Unidade da Federação, e Tocantins, Folha de pagamento: maio/2014
Nº de municípios atendidos Nº de famílias* atendidas
Tocantins 139 135.699
Centro-Oeste 467 727.246
Mato Grosso do Sul 79 141.534
Mato Grosso 141 179.307
Goiás 246 320.213
Brasília (DF) 1 86.192
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social. Elaboração: IOS Nota: *Compõem as famílias a/o responsável e dependentes
8. Conflitos agrários na região Centro-Oeste e Tocantins
No Brasil houve um total de 1.266 conflitos no campo em 2013, envolvendo
573.118 pessoas. Além da disputa por terra (tabela 24), cujos conflitos específicos
23
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 24
Fonte: Portal Brasil. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2014/05/bolsa-familia-nao-gera-acomodacao.jpg/view (20/05/2014). Acesso em: 01/07/2014. 25
Fonte: Carta Capital. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/entenda-como-funciona-o-bolsa-familia-248.html (13/05/2014). Acesso em: 01/07/2014.
49
englobaram 435.075 pessoas (75,91% do total em conflitos no campo nesse ano) envolvidas
em 1.007 conflitos (79,55% do total), dos quais resultaram em 29 assassinatos no País (tabela
22), os conflitos acompanhados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) foram motivados por
questões relacionadas ao trabalho, à água e à seca. Os conflitos no campo motivados pelo
trabalho (tabela 23) abarcaram 1.858 pessoas, envolvidas em 154 conflitos, ainda em 2013,
no Brasil.
TABELA 23
Assassinatos em Conflitos no Campo na Região Centro-Oeste em 2013
Municípios Nome do Conflito Data Nome da Vítima Idade Categoria
Confresa (MT) Assent. Fartura/Faz. Roncador 25/10/2013 Reginaldo Alves Pereira
48 Assentado
Novo Mundo (MT) Gleba Nhandu/Faz. Belo Horizonte 16/04/2013 Josimar Lima Silva 39 Sem Terra
Vila Rica (MT)
Assassinato de Antônio Ferreira
19/07/2013
Antônio Ferreira Caetano,"Toinzinho"
44
Pequeno arrendatário
Caarapó (MS)
Aldeia Te Yikue/Te'yikue/Faz. Sta Helena/Faz. Sardinha
17/02/2013 Denilson Quevedo Barbosa
15 Índio
Paranhos (MS)
T. I. Arroio Korá/T. I. Takwarity/Aldeia Paraguassu/Faz. Eliane e Campina
12/06/2013 Celso Rodrigues 42 Índio
Sidrolândia (MS) T. I. Buriti/Faz. Buriti/Terena 30/05/2013 Oziel Gabriel 35 Índio
Fonte: COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Conflitos no Campo, Brasil - 2013.
TABELA 24 Conflitos no Campo Relacionados ao Trabalho no Tocantins e na
Região Centro-Oeste em 2013
MATO GROSSO - Conflitos relacionados ao trabalho
Motivação: Trabalho Escravo
Municípios Nome do Conflito Data Trab. na denúncia Libertos
Tipo de Trabalho
Itiquira Fazenda Cachoeira 23/04/2013 12 12 Reflorestamento
Itiquira Fazenda Cachoeira 23/04/2013 3 3 Reflorestamento
Matupá Área em Matupá 15/03/2013 19 15 Mineração
Paranaíta Fazenda Bragatti III 16/12/2013 8 8 Mineração
Paranatinga Fazenda Eucaflora 09/05/2013 5 5 Soja
Ribeirão Cascalheira Carvoaria na Faz. São Sebastião
15/04/2013 2 2 Carvoaria
Santo Antônio de Leverger Fazenda Flexas/Piuva 23/09/2013 4 4 Pecuária
São Félix do Araguaia Fazenda Reunidas 04/07/2013 15 Catação de raiz
Vila Rica Fazenda Taiaçu 19/08/2013 5 5 Pecuária
Subtotal 9 73 54
Motivação: Superexploração
Municípios Nome do Conflito Data Trab. na denúncia Libertos
Tipo de Trabalho
Porto Alegre do Norte Fazenda do Joel Medeiros 02/05/2013 1 Pecuária
Conflitos relacionados ao Trabalho – MT: Total 10 74
50
GOIÁS - Conflitos relacionados ao trabalho
Motivação: Trabalho Escravo
Municípios Nome do Conflito Data Trab. na denúncia Libertos
Tipo de Trabalho
Abadia de Goiás Fazenda Florasul 06/04/2013 15 15 Eucalipto
Campo Alegre de Goiás Fazenda Dois Rios 09/12/2013 7 7 Seringal
Cristalina Fazenda Capim Pubo 28/08/2013 2 Pecuária
Crixás Carvoaria na Faz. Lago Perdido
03/04/2013 4 4 Carvoaria
Crixás Carvoaria na Faz. Santa Bárbara
03/04/2013 12 12 Carvoaria
Goiânia Fazenda Palmital Hortaliças
21/01/2013 12 12 Hortaliças
Jaraguá Fazenda Curralinho 16/09/2013 11 11 Feijão
Subtotal 7 63 61
Conflitos relacionados ao Trabalho – GO: Total 7 63
MATO GROSSO DO SUL - Conflitos relacionados ao trabalho
Motivação: Trabalho Escravo
Municípios Nome do Conflito Data Trab. na denúncia Libertos
Tipo de Trabalho
Aquidauana Fazenda Pontal 23/07/2013 4 4 Pecuária
Corumbá Fazenda São Sebastião 17/12/2013 3 3 Pecuária
Dourados Fazenda Canaã
16/01/2013 11 11 Lavouras temporárias
Dourados Fazenda São Lourenço 23/04/2013 1 1 Pecuária
Itaquiraí Fazenda Dois Meninos 01/03/2013 34 34 Mandioca
Maracaju Retiro da Serra 16/04/2013 4 4 Eucalipto
Porto Murtinho Fazenda Barranco Branco 05/02/2013 5 5 Pecuária
Porto Murtinho Fazenda Bocajá 02/07/2013 8 8 Pecuária
Porto Murtinho Fazenda Quebracho 05/02/2013 12 12 Pecuária
Santa Rita do Pardo Fazenda Coroados 18/02/2013 9 9 Pecuária
Terenos Fazenda Santa Rita do Ipê 12/11/2013 10 10 Pecuária
Subtotal 11 101 101
Conflitos relacionados ao Trabalho – MS: Total 11 101
TOCANTINS - Conflitos relacionados ao trabalho
Motivação: Trabalho Escravo
Municípios Nome do Conflito Data Trab. na denúncia Libertos
Tipo de Trabalho
Aragominas Fazenda Altamira 03/04/2013 1 Pecuária
Bandeirantes do Tocantins Fazenda Baixa Verde 15/04/2013 6 4 Pecuária e agrotóxico
Bandeirantes do Tocantins Fazenda Ipanema 20/03/2013 15 Pecuária e agrotóxico
Bandeirantes do Tocantins Fazenda Pantera 19/03/2013 12 (1 menor
de idade) Pecuária e agrotóxico
Bandeirantes do Tocantins Fazenda Planalto 26/04/2013 12 Pecuária e agrotóxico
Colméia Fazenda Estação 25/05/2013 16 16 Pecuária
Darcinópolis Fazenda São Sebastião 15/08/2013 11 Lavoura
Goiatins Fazenda Ilha do Porto 21/05/2013 65 Eucalipto
Lagoa da Confusão Faz. Diamante/Tio Jorge 15/11/2013 43 43 Arroz
Luzinópolis Carvoaria da TS Lima 28/08/2013 18 Carvoaria
Muricilândia Rancho São Francisco 29/04/2013 3 Pecuária
51
Natividade
Faz. Pedra Branca/Carvoaria Dois Irmãos 10/08/2013 11 11 Carvoaria
Natividade Fazenda Boa Vista 09/09/2013 10 10 Pecuária
Nazaré Carvoaria da TS Lima na TO - 230 28/08/2013 4 Carvoaria
Nova Olinda Fazenda Samambaia 17/03/2013 10 Pecuária
Santa Maria do Tocantins Carvoaria do Sr. Sílvio Perez 05/06/2013 26 Carvoaria
Xambioá Faz. Nossa Senhora Aparecida 03/04/2013 3 Pecuária
Xambioá Fazenda Fortaleza 01/04/2013 10 Pecuária
Subtotal: 18 276 84
Motivação: Superexploração
Municípios Nome do Conflito Data Trab. na denúncia Libertos
Tipo de Trabalho
Araguaína Fazenda São Francisco 09/04/2013 3 Lavoura
Araguaína Granja Frango Americano 26/03/2013 12 Pecuária
Subtotal: 2 15
Conflitos relacionados ao Trabalho – TO: Total 20 291
Fonte: COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Conflitos no Campo, Brasil - 2013.
TABELA 25 Conflitos no Campo por Terra no Tocantins e na Região Centro-Oeste em 2013
DISTRITO FEDERAL - Conflitos por Terra
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Categoria
Brazlândia Núcleo Rural Alexandre Gusmão/ Faz. Jatobazinho
30/10/2013 350 Sem Terra
Subtotal 1 350
Ocupações/Retomadas
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Organização
Brazlândia Núcleo Rural Alexandre Gusmão/ Faz. Jatobazinho
07/04/2013 350 MST
Planaltina Acampamento Roseli Nunes/ Faz. Pipiripau 31/08/2013 250 MST
Planaltina Fazenda Lagoa Bonita Congado 03/05/2013 450 CUT/FAF/Fetraf/MATR/
MBST/MST/MTL
Sobradinho Fazenda Sávia/Sálvia 10/08/2013 - MBST/MLT/MST
Subtotal 4 1.050
Conflitos por Terra – DF: Total 4 1.400
MATO GROSSO - Conflitos por Terra
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Categoria
Alto da Boa Vista/ São Félix do
T. I. Marãiwatsedé/Xavante/Faz. Suiá-Missu 20/01/2013 Indígenas
52
Araguaia
Alto da Boa Vista/ São Félix do Araguaia
T. I. Marãiwatsedé/Xavante/Faz. Suiá-Missu 06/03/2013 Indígenas
Alto da Boa Vista/ São Félix do Araguaia
T. I. Marãiwatsedé/Xavante/Faz. Suiá-Missu 08/03/2013 Indígenas
Alto da Boa Vista/ São Félix do Araguaia
T. I. Marãiwatsedé/Xavante/Faz. Suiá-Missu 21/04/2013 Indígenas
Alto da Boa Vista/ São Félix do Araguaia
T. I. Marãiwatsedé/Xavante/Faz. Suiá-Missu 02/06/2013 Indígenas
Alto da Boa Vista/ São Félix do Araguaia
T. I. Marãiwatsedé/Xavante/Faz. Suiá-Missu 05/08/2013 153 Indígenas
Brasnorte T. I. Menku/Aldeia Japuía/Myky 12/05/2013 Indígenas
Brasnorte T.I. Irantxe/Manoki 10/11/2013 20 Indígenas
Castanheira Assentamento na Gleba Santa Luzia 24/06/2013 200 Assentados
Castanheira Fazenda Sumaré 15/11/2013 150 Sem Terra
Cláudia Assentamento Terra de Viver 13/11/2013 Assentados
Cláudia Assentamento Terra de Viver 21/11/2013 10 Assentados
Cláudia Assentamento Zumbi dos Palmares 01/08/2013 62 Assentados
Confresa/Porto Alegre do Norte Assent. Fartura/Faz. Roncador 30/09/2013 Assentados
Confresa/Porto Alegre do Norte Assent. Fartura/Faz. Roncador 25/10/2013 60 Assentados
Feliz Natal Assentamento Ena 11/01/2013 500 Assentados
Guiratinga Faz. Recreio Moreno/Acamp. Renascer Pe. Libânio 31/03/2013 Sem Terra
Guiratinga Faz. Recreio Moreno/Acamp. Renascer Pe. Libânio 28/05/2013 380 Sem Terra
Jaciara/Sinop Área da Usina Pantanal/Acamp. José Marti 21/09/2013 80 Sem Terra
Juína Faz. Tarciana/Assent. Vale do Juinão 28/02/2013 140 Assentados
Luciara Reserva Extrativista Retireira do Araguaia 18/09/2013 Retireiros
Luciara Reserva Extrativista Retireira do Araguaia 19/09/2013 Retireiros
Luciara Reserva Extrativista Retireira do Araguaia 22/09/2013 Retireiros
Luciara Reserva Extrativista Retireira do 23/09/2013 94 Retireiros
Araguaia
Nova Brasilândia/ Rosário do Oeste Fazenda Barreiro Branco 23/09/2013 78 Sem Terra
Nova Guarita Assentamento Raimundo Vieira 21/03/2013 Assentados
Nova Guarita Gleba Gama 11/03/2013 12 Assentados
Nova Guarita/ Peixoto de Azevedo Gleba do Gama/P. A. Renascer 11/03/2013 12 Assentados
Nova Maringá Assent. Arinos/Fertilizantes Mitsui S/A Indústria e Comércio 24/06/2013 26 Assentados
Nova Olímpia Assentamento Riozinho 10/05/2013 Assentados
Novo Mundo Acampamento União Recanto 26/06/2013 93 Sem Terra
Novo Mundo Gleba Nhandu/Faz. Belo Horizonte 16/04/2013 Sem Terra
Novo Mundo Gleba Nhandu/Faz. Belo Horizonte 14/06/2013 80 Sem Terra
Subtotal 33 2.150
Ocupações/Retomadas
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Organização
Jaciara Faz. Mestre/Triângulo/Us. Pantanal 19/01/2013 40 MST
Nova Brasilândia/ Rosário do Oeste Fazenda Barreiro Branco 03/09/2013 78 STR
Nova Ubiratã Gleba Capenha 14/10/2013 100 STR
53
Novo Mundo Faz. Araúna/Acamp. Nova Esperança/Gleba Nhandu 15/04/2013 80 SI
São José do Povo Faz. Brocotá/Acamp. Pe. Miguel 15/12/2013 100 MTAA/MT
Subtotal 5 398
Conflitos por Terra – MT: Total 38 2.548
MATO GROSSO DO SUL - Conflitos por Terra
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Categoria
Amambaí/Coronel Sapucaia
Faz. Madama/Kurussu Ambá/Acamp. às margens da MS-289 08/03/2013 130 Indígenas
Amambaí/Ponta Porã Acamp. Tekoha Guaiviry/MS-386 04/01/2013 Indígenas
Amambaí/Ponta Porã Acamp. Tekoha Guaiviry/MS-386 30/01/2013 60 Indígenas
Antônio João Antiga Faz. Mosquiteiro/T.I. Campestre 27/02/2013 Indígenas
Aquidauana Faz. Esperança/T. I. Taunay Ipeg 14/06/2013 100 Indígenas
Caarapó Aldeia Te Yikue/Te'yikue/Faz. Sta Helena/Faz. Sardinha 17/02/2013 Indígenas
Caarapó Aldeia Te Yikue/Te'yikue/Faz. Sta Helena/Faz. Sardinha 21/02/2013 Indígenas
Caarapó Aldeia Te Yikue/Te'yikue/Faz. Sta Helena/Faz. Sardinha 22/02/2013 Indígenas
Caarapó Aldeia Te Yikue/Te'yikue/Faz. Sta Helena/Faz. Sardinha 23/02/2013 Indígenas
Caarapó Aldeia Te Yikue/Te'yikue/Faz. Sta Helena/Faz. Sardinha 12/04/2013 40
Indígenas
Corumbá Com. em Porto Esperança/Agrop. Brahman Beef Show 14/12/2013 80 Ribeirinhos
Corumbá/Porto Murtinho T. I. Kadiwéu/Faz. Limoeiro 22/08/2013 60 Indígenas
Corumbá/Porto Murtinho T. I. Kadiwéu/Faz. Ressaco 22/08/2013 60 Indígenas
Dois Irmãos do Buriti/Sidrolândia Faz. São Sebastião/T. I. Buriti 04/06/2013 Indígenas
Douradina/Itaporã T. I. Lagoa Rica/Guarani-Kaiowá 10/04/2013 Indígenas
Douradina/Itaporã T. I. Lagoa Rica/Guarani-Kaiowá 12/04/2013 Indígenas Douradina/Itaporã T. I. Lagoa Rica/Guarani-Kaiowá 21/04/2013 Indígenas Douradina/Itaporã T. I. Lagoa Rica/Guarani-Kaiowá 12/06/2013 Indígenas Douradina/Itaporã T. I. Lagoa Rica/Guarani-Kaiowá 12/07/2013 Indígenas Douradina/Itaporã T. I. Lagoa Rica/Guarani-Kaiowá 14/07/2013 50 Indígenas
Dourados Acamp. Nhu Porã/Campo Bonito/Curral de Arame 28/01/2013 47 Indígenas
Dourados Aldeias Bororo e Jaguapiru/Guarani - Kaiowá 10/08/2013 Indígenas
Dourados
Com. Apyka'y/Acamp. na BR-463/Km 10/Próximo à Faz. Serrana 22/03/2013 Indígenas
Dourados
Com. Apyka'y/Acamp. na BR-463/Km 10/Próximo à Faz. Serrana 22/08/2013 Indígenas
Dourados
Com. Apyka'y/Acamp. na BR-463/Km 10/Próximo à Faz. Serrana 23/08/2013 Indígenas
Dourados
Com. Apyka'y/Acamp. na BR-463/Km 10/Próximo à Faz. Serrana 10/11/2013 Indígenas
Dourados Com. Apyka'y/Acamp. na BR-463/Km 10/Próximo à Faz. 21/11/2013 Indígenas
54
Serrana
Dourados
Com. Apyka'y/Acamp. na BR-463/Km 10/Próximo à Faz. Serrana 13/12/2013 30 Indígenas
Dourados Passo Piraju/Faz. Campo Belo 27/12/2013 70 Indígenas
Iguatemi Faz. Chaparral/T. I. Ivy Katu 03/11/2013 250 Indígenas
Iguatemi Tekohá Mbaraka'y-Pyelito Kue/Guarani Kaiowá 08/01/2013 Indígenas
Iguatemi Tekohá Mbaraka'y-Pyelito Kue/Guarani Kaiowá 10/02/2013 Indígenas
Iguatemi Tekohá Mbaraka'y-Pyelito Kue/Guarani Kaiowá 10/03/2013 170 Indígenas
Iguatemi/Japorã Chácara São Luiz/T. I. Ivy Katu 08/11/2013 50 Indígenas
Iguatemi/Japorã Estância Varago/T. I. Ivy Katu 08/11/2013 50 Indígenas
Iguatemi/Japorã Faz. São José/T. I. Ivy Katu 08/11/2013 30 Indígenas
Iguatemi/Japorã Faz. São José/T. I. Ivy Katu 08/11/2013 106 Indígenas
Japorã Faz. Remanso Guaçu/T. I. Ivy Katu 27/01/2013 Indígenas
Japorã Faz. Remanso Guaçu/T. I. Ivy Katu 08/11/2013 250 Indígenas
Japorã Faz. São Jorge/T. I. Ivy Katu 02/11/2013 30 Indígenas
Japorã Sítio São João/T. I. Ivy Katu 08/11/2013 50 Indígenas
Juti T. I. Guarani-Kaiowá/Aldeia Taquara/Faz. Brasília do Sul 29/01/2013 Indígenas
Juti T. I. Guarani-Kaiowá/Aldeia Taquara/Faz. Brasília do Sul 21/03/2013 Indígenas
Juti T. I. Guarani-Kaiowá/Aldeia Taquara/Faz. Brasília do Sul 29/03/2013 Indígenas
Juti T. I. Guarani-Kaiowá/Aldeia Taquara/Faz. Brasília do Sul 13/07/2013 64 Indígenas
Miranda Área não Identificada/Arrendada para a Criação de Gado/T. I. Pillad Rebuá 12/11/2013 50 Indígenas
Miranda Chácara Boa Esperança/T. I. Pillad Rebuá 09/10/2013 Indígenas
Miranda Chácara Boa Esperança/T. I. Pillad Rebuá 14/10/2013 Indígenas
Miranda Chácara Boa Esperança/T. I. Pillad Rebuá 28/11/2013 Indígenas
Miranda Chácara Boa Esperança/T. I. Pillad Rebuá 06/12/2013 50 Indígenas
Miranda Faz. Petrópolis/T. I. Cachoeirinha 04/02/2013 100 Indígenas
Miranda T. I. Pillad Rebuá/Aldeia Moreira 08/12/2013 Indígenas
Paranhos
T. I. Arroio Korá/T. I. Takwarity/Aldeia Paraguassu/Faz. Eliane e Campina 12/06/2013 127 Indígenas
Rio Brilhante
Faz. Sto. Antônio da Nova Esperança/Com. Laranjeira Nhanderu 04/01/2013 Indígenas
Rio Brilhante
Faz. Sto. Antônio da Nova Esperança/Com. Laranjeira Nhanderu 03/03/2013 35 Indígenas
Sete Quedas
T. I. Sombrerito/Guarani-Kaiowá /Faz. São Lucas/Floresta Negra 07/02/2013 200 Indígenas
Sidrolândia Fazenda Querência São José 07/02/2013 Indígenas
Sidrolândia Fazenda Querência São José 14/02/2013 60 Indígenas
Sidrolândia Sítio Santo Antônio 08/11/2013 200 Indígenas
Sidrolândia T. I. Buriti/Faz. Buriti/Terena 18/05/2013 Indígenas
Sidrolândia T. I. Buriti/Faz. Buriti/Terena 30/05/2013 40 Indígenas
Subtotal 61 2.639
Ocupações/Retomadas
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Organização
Amambaí/Coronel Sapucaia
Faz. Madama/Kurussu Ambá/Acamp. às margens da MS-289 07/03/2013 130 Índios
Aquidauana Faz. Esperança/T. I. Taunay Ipeg 31/05/2013 100 Índios
Aquidauana Faz. Esperança/T. I. Taunay Ipeg 24/06/2013 Índios
Aquidauana T. I. Limão Verde/Faz. Bonanza 12/09/2013 25 Índios
Aquidauana Aquidauana T. I. Limão Verde/Faz. da 12/09/2013 25 Índios
55
Mocinha
Caarapó Aldeia Te Yikue/Te'yikue/Faz. Sta Helena/Faz. Sardinha 18/02/2013 40 Índios
Campo Grande Aldeia Água Bonita 04/09/2013 104 Índios
Corumbá/Porto Murtinho T. I. Kadiwéu/Faz. Limoeiro 21/08/2013 60 Índios
Corumbá/Porto Murtinho T. I. Kadiwéu/Faz.
Ressaco 21/08/2013 60 Índios
Dois Irmãos do Buriti/Sidrolândia Faz. São Sebastião/T. I. Buriti 04/06/2013 Índios
Dourados Acamp. Nhu Porã/Campo Bonito/Curral de Arame 18/11/2013 95 Índios
Dourados
Com. Apyka'y/Acamp. na BR-463/Km 10/Próximo à Faz. Serrana 15/09/2013 30 Índios
Iguatemi Faz. Chaparral/T. I. Ivy Katu 23/10/2013 250 Índios
Iguatemi Sítio São Marcos/T. I. Ivy Katu 17/10/2013 15 Índios
Iguatemi Tekohá Mbaraka'y-Pyelito Kue/Guarani Kaiowá 05/08/2013 170 Índios
Iguatemi/Japorã Faz. São José/T. I. Ivy Katu 27/10/2013 30 Índios
Inocência Fazenda Boa Vista 01/01/2013 80 Terra Livre
Japorã Faz. São Jorge/T. I. Ivy Katu 13/10/2013 30 Índios
Juti T. I. Guarani-Kaiowá/Aldeia Taquara/Faz. Brasília do Sul 28/02/2013 64 Índios
Miranda
Área não Identificada/Arrendada para a Criação de Gado/T. I. Pillad Rebuá 09/10/2013 50 Índios
Miranda Chácara Boa Esperança/T. I. Pillad Rebuá 09/10/2013 50 Índios
Miranda T. I. Cachoeirinha/Faz. São Pedro de Paratudal 08/07/2013 Índios
Miranda T. I. Cachoeirinha/Faz. São Pedro de Paratudal 04/10/2013 30 Índios
Ponta Porã/Sidrolândia Faz. Cambará/T. I. Buriti 15/05/2013 Índios
Ponta Porã/Sidrolândia Faz. Cambará/T. I. Buriti 02/06/2013 60 Índios
Sidrolândia Faz. Água Clara/T. I. Buriti 22/06/2013 100 Índios
Sidrolândia Faz. Lindóia/T. I. Buriti 02/06/2013 Índios
Sidrolândia Fazenda Querência São José 05/02/2013 60 Índios
Sidrolândia T. I. Buriti/Faz. Buriti/Terena 15/05/2013 Índios
Sidrolândia T. I. Buriti/Faz. Buriti/Terena 31/05/2013 40 Índios
Sidrolândia T. I. Buriti/Faz. Santa Helena 15/05/2013 50 Índios
Subtotal 31 1.748
Conflitos por Terra – MS: Total 91 4.387
GOIÁS - Conflitos por Terra
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Categoria
Itauçu
Acamp. na GO-054/Próx. à Fazenda do Estado/Córrego Rico 22/05/2013 20 Sem Terra
Rio Verde P. A. Fazenda Pontal dos Buritis 03/05/2013 Assentados
Rio Verde P. A. Fazenda Pontal dos Buritis 19/09/2013 Assentados
Santa Cruz de Goiás Faz. Vala do Rio do Peixe/Di' Roma 11/05/2013 20 Posseiros
Subtotal 4 40
Ocupações/Retomadas
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Organização
Arenópolis Faz. das Pedras/Acamp. Renovar 17/10/2013 SI
Fazenda Nova Faz.Sta Ines/N.Sra de Fátima/Impertenente 05/12/2013 113 Fetraf
Israelândia Fazenda Itaipava 18/09/2013 123 Fetraf
56
Lagoa Santa Fazenda do Gaúcho 07/05/2013 120 Terra Livre
Lagoa Santa Fazenda Santa Maria 13/01/2013 70 Terra Livre
São Miguel do Araguaia Fazenda Rancho Alegre 11/08/2013 45 MVTC
Vila Propício Fazenda Caieiras 11/08/2013 300 MST
Subtotal 7 771
Acampamentos
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Organização
Aparecida de Goiânia/Aragoiânia Acamp. Santiago/GO- 040 02/09/2013 370 SI
Itauçu Acamp. na GO-054/Próx. à Fazenda do Estado/Córrego Rico 20/05/2013 20 Terra Livre
Subtotal 2 390
Conflitos por Terra – GO: Total 13 1.201
TOCANTINS - Conflitos por Terra
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Categoria
Araguaína Índios Krahô/Apinajé 20/03/2013 Indígenas
Barra do Ouro Gleba Tauá 26/06/2013 10 Sem Terra
Campos Lindos Área Região de Rancharia/Warre Engenharia 18/11/2013 Posseiros
Campos Lindos Área Região de Rancharia/Warre Engenharia 20/11/2013 60 Posseiros
Campos Lindos Serra do Centro/Proj. Campos Lindos 24/09/2013 82 Posseiros
Campos Lindos/Goiatins Gleba Santo Antônio 25/09/2013 135 Posseiros
Esperantina Fazenda São Judas Tadeu 03/05/2013 250 Sem Terra
Fortaleza do Tabocão Faz. Araguarina/Acamp. Olga Benário 18/11/2013 500 Sem Terra
Palmas Faz. Córrego Grande/Área da Agrotins 30/07/2013 125 Sem Terra
Palmeirante Assentamento Guariroba/Chácara Boa Vitória 16/04/2013 1 Assentados
Palmeirante Faz. Santo Reis/Brejão/Acamp. Vitória/Gleba Anajá 24/09/2013 19 Sem Terra
Paranã Faz. Sta. Maria/S. José/Vista Alegre 18/06/2013 2 Posseiros
Porto Nacional Faz. Dom Augusto/Acamp. Sebastião Bezerra
20/07/2013 Sem Terra Sem Terra
Porto Nacional Faz. Dom Augusto/Acamp. Sebastião Bezerra 31/07/2013 250 Sem Terra
São Bento do Tocantins P. A. Formosa/Faz. Marju 25/09/2013 56 Assentados
Tocantinópolis T. I. Apinajé/Apinayés/UHE Serra Quebrada/PAC 09/07/2013 227 Indígenas
Subtotal 16 1.717
Ocupações/Retomadas
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Organização
Aliança do Tocantins Fazenda Aliança 07/03/2013 100 MAB/MST
Esperantina Fazenda São Judas Tadeu 03/05/2013 250 MST
Fortaleza do Tabocão Faz. Araguarina/Acamp. Olga Benário 31/05/2013 500 MST
Muricilândia Assentamento Mato Azul 26/02/2013 90 MLST
Palmas Faz. Córrego Grande/Área da Agrotins 07/07/2013 125 MST
Palmas Fazenda Vargem Bonita 22/06/2013 400 MST
Subtotal 6 1.465
57
Acampamentos
Municípios Nome do Conflito Data Famílias Organização
Fortaleza do Tabocão Faz. Araguarina/Acamp. Olga Benário 01/05/2013 500 MST
Subtotal 1 500
Conflitos por Terra – TO: Total 23 3.682
Fonte: COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Conflitos no Campo, Brasil - 2013.
Conclusões preliminares:
Diante destes resultados, observa-se que o mercado de trabalho geral (considerando todos os
ocupados) na região Centro-Oeste apresentou comportamento semelhante ao observado no
País: crescimento baseado no Comércio e Serviços com queda dos ocupados em atividades
rurais. Isto teve evidente efeito nas ocupações, com queda das ligadas diretamente ao setor
rural e aumento das mais usuais no comércio e serviços. Também houve diminuição das taxas
de desocupação e aumento das taxas de formalização da mão de obra, com a região
permanecendo acima da média nacional, assim como o verificado por unidade da federação,
com exceção de Tocantins. Na verdade, no geral, em todas as variáveis observadas, Tocantins
apresenta desempenho muito díspar do restante dos estados analisados.
Especificamente no mercado de trabalho formal (somente aqueles com carteira de trabalho
assinada), as informações disponíveis nos mostram um aumento expressivo de emprego
formal na região, com os estados de Tocantins e Mato Grosso em destaque. No geral, Goiás e
Distrito Federal permanecem concentrando a maior parte dos trabalhadores formais. Houve
um aumento do emprego em outras capitais da região à exceção de Goiânia e do Distrito
Federal, assim como no interior dos estados, especialmente o goiano. O aumento de
emprego formal verificado na região significou um grande aumento da massa salarial e outro,
de menor intensidade, nos salários por trabalhador. Desde 2012, porém, ambos têm
apresentado trajetória declinante.
E em relação aos reajustes derivados das negociações coletivas, considerando o período de
2011 a 2013, no geral, nos últimos dois anos as negociações tem sido melhores na região
Centro Oeste do que no restante do país (quando observado o volume de negociações com
ganhos reais), ainda que, conforme observado anteriormente, saliente-se uma visível
heterogeneidade, expressa tanto no comportamento dos estados como dos setores.
58
Em 2013 foram resgatados 320 trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão
no Centro-Oeste e 41 no Tocantins. Em 2012, Goiás havia apresentado o maior número de
empregadores flagrados no Brasil explorando mão de obra escrava, com 13 nomes incluídos
na “lista suja” do trabalho escravo mantida pelo MTE. A pecuária bovina foi a atividade
econômica que liderou as inserções, seguida da produção de carvão vegetal.
A discriminação de gênero na região observada apontou que o Mato Grosso foi o estado da
federação que registrou a menor proporção do salário médio real de admissão das mulheres
comparativamente aos homens no primeiro trimestre de 2014: elas receberam 81,27% do
salário oferecido aos colegas. Ainda nessa temática, o Distrito Federal apresentou, em 2012,
a discrepância mais acentuada da grande região, em termos da jornada de trabalho de
mulheres e homens, tendo as mulheres desempenhado 6,4 horas semanais de jornada total a
mais do que os homens.
Em 2012 foram registrados 49.113 acidentes de trabalho na região Centro-Oeste,
contabilizando 788 acidentes a mais em comparação ao ano precedente. A omissão do
registro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) abrangeu aproximadamente 21%
do total desses acidentes, ou seja, um em cada cinco acidentes de trabalho não foi
formalmente registrado na região. No que se refere à aposentadoria, no Mato Grosso o total
de aposentadorias ativas em dezembro de 2012 nas zonas rurais superou em 86% as relativas
aos meios urbanos. No Tocantins, havia apenas 6 aposentadorias rurais ativas em dezembro
de 2012 concedidas por tempo de contribuição, de um total de 73.715 – o que pode sinalizar
que boa parte das trajetórias profissionais não tenha sido devidamente formalizada em
carteira de trabalho. Especificamente nas zonas urbanas da região Centro-Oeste, 35% dos
aposentados receberam o benefício por invalidez no mesmo período.
59
Na região Centro-Oeste ocorreram 6 assassinatos em conflitos no campo em 2013, por
disputa de terra, correspondendo a cerca de 20% do total de assassinatos no campo
ocorridos no Brasil. Do total de vítimas fatais no país, 61,3% pertencem a
grupos sociais caracterizados como populações tradicionais. Em se tratando dos povos
indígenas, no Mato Grosso do Sul a luta das tribos Terena e Guarani Kaiowá pela reconquista
de terras das quais foram espoliados obteve repercussão nacional, com mortes e prisões de
indígenas: foram 61 conflitos, com 31 movimentos de ocupação ou retomada.26
__________________________________________________________________________
26
Fonte: COMISSÃO PASTORAL DA TERRA. Conflitos no Campo, Brasil - 2013.
60
Direção Executiva Nacional – CUT Brasil Gestão 2012-2015
Presidente Vagner Freitas de Moraes Vice-presidenta Carmen Helena Ferreira Foro Secretário-Geral Sérgio Nobre Secretária-Geral Adjunta Maria Aparecida Faria Secretário de Administração e Finanças Quintino Marques Severo Secretário-Adjunto de Administração e Finanças Aparecido Donizeti da Silva Secretário de Relações Internacionais Antônio de Lisboa Amâncio Vale Secretário-Adjunto de Relações Internacionais João Antônio Felício Secretária de Combate ao Racismo Maria Júlia Reis Nogueira Secretária de Comunicação Rosane Bertotti Secretário de Formação José Celestino Lourenço (Tino) Secretário-Adjunto de Formação Admirson Medeiros Ferro Júnior (Greg) Secretário de Juventude Alfredo Santana Santos Júnior Secretário de Meio Ambiente Jasseir Alves Fernandes Secretária da Mulher Trabalhadora Rosane Silva
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Secretário de Organização Jacy Afonso de Melo Secretário-Adjunto de Organização Valeir Ertle Secretário de Políticas Sociais Expedito Solaney Pereira de Magalhães Secretária de Relações do Trabalho Maria das Graças Costa Secretário-Adjunto de Relações do Trabalho Pedro Armengol de Souza Secretária de Saúde do Trabalhador Junéia Martins Batista Secretário-Adjunto de Saúde do Trabalhador Eduardo Guterra Diretoras e Diretores Executivos Daniel Gaio Elisângela dos Santos Araújo (licenciada) Jandyra Uehara Júlio Turra Filho Rogério Pantoja Roni Barbosa Rosana Sousa Fernandes Shakespeare Martins de Jesus Vítor Carvalho Conselho Fiscal Antonio Guntzel Dulce Rodrigues Sena Mendonça Manoel Messias Vale Suplentes Raimunda Audinete de Araújo Severino Nascimento (Faustão) Simone Soares Lopes
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Expediente:
Coordenação:
Secretaria-Geral Nacional
Produção:
Dieese – Subsecção CUT Nacional
Instituto Observatório Social
Secretaria Nacional de Organização
Colaboração:
Secretaria Nacional de Formação
Secretaria Nacional de Comunicação
São Paulo, agosto de 2014.
CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES Rua Caetano Pinto, 575 – Brás CEP 3041-000 – São Paulo-SP
Tel.: (11) 2108.9200 www.cut.org.br