design de interiores
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O profissional que antes era chamado de “decorador” teve suas funções modernizadas e ampliadas e agora é noemado de Designer de Interiores. Segundo o SENAC, o técnico nesta área “planeja, concebe e realiza projetos de interiores residenciais e espaços comerciais e públicos, como escritórios, hotéis, restaurantes. Estuda e propõe soluções adequadas tendo como referências a funcionalidade e uma melhor qualidade de vida.” Existem cursos técnicos integrados nesta área, para saber onde eles ficam entre em contato com a secretaria de educação do seu Estado. Nesta área existem o técnico, o tecnólogo e o bacharel. Várias instituições de ensino superior oferecem a formação nesta área. Entre em contato com alguns deles e pergunte a respeito da obrigatoriedade ou não do estágio para a conclusão do curso. No entanto o estágio pode der ser feito independente da obrigatoriedade formal, como iniciativa sua.TRANSCRIPT
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação
CURSO DE
DESIGN DE INTERIORES
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
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CURSO DE
DESIGN DE INTERIORES
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO II
3 DESIGN DE INTERIORES PARA RESIDÊNCIAS E COMÉRCIOS
No Módulo I desse curso, conhecemos um pouco sobre a história do Design
de Interiores e a evolução do Design até os nossos dias. Conhecemos também um
pouco sobre o mundo das cores, e as diferentes sensações que podemos despertar
a partir do seu uso. Partindo dos tópicos já estudados no módulo anterior,
convidamos você a continuar criando os seus conceitos sobre as diversas maneiras
de se criar ambientes em Design de Interiores, observando com atenção as
particularidades de cada projeto.
Iniciaremos nossa explanação falando um pouco sobre as principais
diferenças entre se projetar ambientes residenciais e comerciais.
3.1 DESIGN DE INTERIORES RESIDENCIAL
A decoração de residências é algo bastante pessoal. Cada pessoa tem uma
maneira diferente de enxergar e apreciar a decoração, como vimos no processo de
percepção. Por isso mesmo é que o Designer de Interiores deve estar sempre atento
às necessidades e gostos de seu cliente, e não deixar-se simplesmente levar pelos
modismos e tendências do momento. Cada cliente é único, assim como todo projeto
de decoração de interiores deve ser.
Independente do perfil de cliente com quem você irá trabalhar é fato que
uma casa bem decorada faz toda a diferença. Um detalhe a mais, uma cor diferente,
a disposição dos móveis - cada item! – é capaz de motivar ideias e traduzir
sentimentos desejáveis em cada situação. É importante ressaltar que às vezes, a
tarefa de fazer um projeto residencial não é tão simples quanto parece. Como
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falamos no início, a decoração de uma casa é algo tão particular que é fácil
acontecer o que chamamos de “projetar para si mesmo”. Todo profissional deve
evitar isso!
Um profissional em Design de Interiores deve buscar conhecer seu cliente,
seu estilo e ritmo de vida. Deve perguntar exatamente o que deseja, conhecer o
espaço que dispõe para fazer o projeto, conhecer suas particularidades em relação
a cores, se o cliente é alguém mais clássico ou moderno, etc. Converse sempre,
anote tudo, faça suas anotações e rascunhos. Não descarte de todo as suas ideias
profissionais sobre o espaço que imaginou, pois muitas vezes o cliente não sabe ao
certo o que deseja. Juntando as suas ideias profissionais às necessidades de seu
cliente, será mais fácil identificar com exatidão aquilo que o que agrada, e assim
idealizar e projetar seu ambiente dos sonhos.
Voltando à base de tudo que é a questão do gosto pessoal, devemos
sempre lembrar que um projeto residencial deve ser sim, sobretudo, belo e
funcional, mas deve ter uma beleza mais discreta e menos específica em relação
aos ambientes comerciais. De nada adianta criar um ambiente moderno utilizando
materiais de ponta, exagerar nos apelos visuais, e esquecer-se de que o cliente irá
olhar todos os dias o mesmo cenário, e poderá enjoar facilmente dele. Pondere
sempre, e nunca insira mais elementos do que o ambiente permite. O ideal é pensar
em cada cômodo separadamente, pois cada um possui sua personalidade própria.
Há alguns quesitos que facilitam a obtenção de um ambiente agradável,
confortável, moderno e ergonomicamente correto. Para cada cômodo da casa
existem essas ressalvas, que serão apresentadas abaixo:
SALAS:
Ambientes pequenos devem ter móveis baixos em suas composições
(como racks, por exemplo), pois móveis altos “fecham” o ambiente, dando sensação
de “sufocamento”.
Sala de estar, jantar, televisão e escritório em um só lugar. Integrar
vários ambientes em um só é prático e está na moda. Ideal para aproveitar todo o
espaço disponível de forma bastante funcional, as salas versáteis são perfeitas para
você usar sua criatividade na decoração.
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Usar tons neutros nas paredes e nos móveis não sobrecarrega o visual
e permite que você ouse nas cores e nos detalhes na hora de decorar. Uma dica é
causar contrastes entre móveis e objetos decorativos. Assim, à elegância e a
sofisticação de um rack pode ser contrastadas com artigos coloridos, porta-retratos
ou pequenos vasos de flor.
Escritório na sala: tendência em alta e cada vez mais presente nos
projetos residenciais. Para expor o escritório na sala, a mesa deve causar boa
impressão. Madeiras e MDFs são bem-vindas, pois as mesas planejadas podem ser
feitas em qualquer espaço, por menor que seja. Para arrematar o desenho da mesa,
um armário multiuso prático para guardar seus documentos, trabalhos, livros e
objetos.
Os home theater são uma tendência que veio para ficar
definitivamente! As apostas são em móveis modernos, bonitos e práticos, que além
de atender às necessidades de um cinema em casa, também conferem total
aproveitamento dos espaços. Há projetos ainda mais inteligentes, em que uma face
do home atende à sala, e a face posterior transforma-se em um painel decorativo ou
até mesmo uma mesa de refeições, dividindo os ambientes com charme e conforto.
Para os ambientes mais claros e com estilo clean, uma estante de cor
branca é ideal para dar mais leveza à sala.
QUARTO DE CASAL:
É fato que os dormitórios dos apartamentos e casas estão cada vez
menores, mas nem por isso o conforto deve ser deixado de lado. Invista em
armários de correr, prateleiras e araras, que driblam com maestria a falta de espaço.
Os amadeirados são bem-vindos em dormitórios, assim como os
laminados, que conferem aconchego na medida certa. Carpetes não são pisos
práticos para quartos, devido a difícil manutenção e limpeza.
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Em relação às cores, as mais claras e suaves são as prediletas, pois
melhoram sensivelmente o sono. Porém, nada impede o uso de cores escuras ou
vibrantes, desde que combinadas de forma adequada.
QUARTO DAS CRIANÇAS
A preferência por tons suaves nos quartos infantis também prevalece,
mas devemos lembrar que criança pede alegria. Deve haver um cuidado extra ao
planejar esses ambientes, para não exagerar no uso excessivo das cores e nem
deixar o quarto monótono demais, com cores neutras. Uma boa opção é balancear
os tons suaves das paredes com cores vivas e vibrantes nos objetos, cortinas e
roupas de cama.
O conforto deve estar presente na acessibilidade dos móveis e também
na iluminação, que deve ser controlada em quartos de bebês.
Você pode incrementar seus projetos de dormitórios infantis com o uso
não apenas de cores, texturas e formas nos objetos, mas também em sons e música
para os pequenos. Isso estimula as conexões cerebrais das crianças.
Papel de parede e adesivos são escolhas interessantes, pois além de
enriquecer o projeto garantem uma economia significativa por dispensar a compra
de mais móveis. Quando a parede está decorada, dá-se a impressão de que o
ambiente está completo, e dispensa a aquisição de mobiliário extra.
COZINHA
Alie sofisticação e praticidade aos seus projetos, utilizando gavetas de
abertura mais fáceis, nichos para eletrodomésticos e bancadas mais amplas. A
integração entre a cozinha e outro ambiente sempre é interessante.
Em cozinhas menores, o ideal é o uso de mobiliário branco ou tons
neutros, que conferem a sensação de amplitude nos espaços.
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BANHEIROS
Com novos materiais de revestimento no mercado, já não existe a
obrigatoriedade de revestir todo o ambiente, mas há a liberdade de se fazer isso
apenas nas áreas molhadas (banho).
Na parte seca dos sanitários, vale a utilização de papel de paredes
vinílicos (emborrachados) e até imitações cerâmicas de amadeirados.
Banheiros e lavabos pequenos pedem cores e louças claras.
3.2 DESIGN DE INTERIORES COMERCIAL
Da mesma forma que os projetos para ambientes residenciais, os projetos
para os ambientes comerciais requer alguns cuidados e muito planejamento. Os
profissionais de design que apostam nesse tipo de trabalho precisam ter a proposta
do negócio muito bem definida para elaborar projetos com estilo, beleza, conforto e
que sejam coerentes com o público. Ainda, o projeto não deve fugir da proposta da
empresa, e nem daquilo que já é característico da marca.
Sem dúvida nenhuma os ambientes modernos e diferentes atraem a atenção
dos clientes, independente de seu ramo de atuação. Por isso, cada dia é crescente o
número de comerciantes que optam por inovar seus estabelecimentos comerciais,
investindo em projetos arrojados que venham a surpreender sua clientela.
Em ambientes comerciais as tendências costumam ser bem flexíveis, mas
deve-se sempre estabelecer os limites de cada projeto, optando sempre por agregar
cada conceito ao seu público-alvo. Observe a proposta geral do estabelecimento, e
invista em elementos característicos dos consumidores que compõem esse grupo.
Por exemplo: uma loja de artigos naturais poderá adotar uma decoração a partir de
materiais sustentáveis, unindo o rústico ao moderno, além de enfatizar a tônica do
estabelecimento. Aliás, a tematização é uma grande aliada para os profissionais,
pois é como se fosse um ponto de partida para iniciar qualquer projeto. Mas atente-
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se para um detalhe: a tematização jamais deve comprometer o conforto e bem-estar
de seus usuários. Para isso, reflita sobre o seguinte:
Inicie a organização de suas ideias a partir do produto oferecido por
esse estabelecimento comercial, pois essa será a sua base conceitual.
Defina com exatidão cada espaço que irá compor o projeto em sua
totalidade, escolhendo elementos que não tornem o ambiente carregado
visualmente.
Bares e Restaurantes podem apresentar características decorativas de
acordo com sua proposta cultural, como é o caso de estabelecimentos que oferecem
comida oriental, por exemplo.
FIGURA 40 – RESTAURANTE SOFISTICADO INVESTE EM CORES MODERNAS
E ILUMINAÇÃO ACOLHEDORA
FONTE: Disponível em: <//www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630.> Acesso em: 30 nov.
2012.
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FIGURA 41 – CORES VIVAS EM RESTAURANTE INFORMAL E DESCONTRAÍDO
FONTE: Disponível em: <http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov. 2012.
Escritórios e consultórios pedem uma decoração mais neutra e sóbria,
justamente por possuírem um público mais abrangente e de diferentes estilos.
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FIGURA 42 – DECORAÇÃO EM ESPAÇOS COMERCIAIS
FONTE: Disponível em: < http://acervodeinteriores.com.br/casa-cor-parana-2010/> Acesso em: 30
nov. 2012.
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FIGURA 43 – TONS SÓBRIOS E NEUTROS SÃO BEM-VINDOS EM AMBIENTES
FORMAIS
FONTE: Disponível em: <http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov. 2012.
Em lojas diversas, invista sempre em estruturas modernas, com
iluminação agradável e toda uma ambientação de forma a deixar o consumidor à
vontade. Faça uso da cromoterapia, pois afinal, sabemos o quanto as cores exercem
influências nos espaços.
Preocupe-se também com a questão espacial. A circulação das
pessoas é fundamental para criar um espaço agradável, onde se queira estar. Por
isso mesmo, sempre programe passagens, corredores e espaçamento adequado
entre o mobiliário, para que nada fique com aspecto de “amontoado”. Mais
importante que “encher” o projeto de móveis, é pensar que pessoas utilizarão aquele
espaço, e precisarão sentir-se confortáveis ali. Menos SEMPRE é mais em matéria
de Design de Interiores!
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FIGURA 44 – PROJETO DE MARCENARIA APOSTOU EM PRATELEIRAS
PESADAS E MODERNAS, REALÇANDO OS PRODUTOS EM EXPOSIÇÃO.
DESTAQUE PARA A DISPOSIÇÃO DOS MÓVEIS, OBJETIVANDO A
CIRCULAÇÃO E MOBILIDADE NO ESPAÇO
FONTE: Disponível em: < http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov.2012.
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FIGURA 45 – RUSTICIDADE, CORES E MATERIAIS FAZEM ALUSÃO AO
PÚBLICO MASCULINO DESSA LOJA
FONTE: Disponível em: <http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov.2012.
Ao projetar academias e áreas de lazer, faça uso também da
cromoterapia. As cores são muito importantes na elaboração de um espaço
dedicado à prática de exercícios físicos. Na área de alongamento, por exemplo, use
cores relaxantes como o azul, verde e lilás. Já na área dos exercícios intensos,
como musculação e exercícios aeróbicos, cores vibrantes são excelentes opções
para colorir uma das paredes.
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FIGURA 46 – CORES CALMAS NAS PAREDES E ILUMINAÇÃO PRIVELIGIAM
ESSA ÁREA PARA RELAXAMENTO E PILATES
FONTE: Disponível em: <http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov. 2012.
4 CARACTERES DO DESIGN DE INTERIORES: COMO PERSONALIZAR E
PLANEJAR A DECORAÇÃO
Depois de identificar a categoria do seu projeto – Residencial ou Comercial -,
é hora de planejar a decoração deste espaço. Somente com um planejamento será
possível criar um ambiente tal qual você e, especialmente seu cliente desejam.
Nesse sentido é imprescindível considerar três pontos bastante
específicos: praticidade, estética e conforto. Tudo em um projeto, desde os
móveis às cores das paredes e iluminação, deve contribuir para um ambiente mais
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funcional, harmonioso e acolhedor. Para conseguir tais efeitos, confira algumas
dicas válidas em cada uma dessas categorias.
No quesito praticidade, deve-se sempre pensar o projeto como um todo:
isso será viável? Usar esse ou aquele acabamento é possível? Ficará funcional e
prático? De quanto dispomos em caixa para iniciar o projeto? Essas questões são
importantes e indispensáveis, pois tendo em mente o orçamento disponível para a
reforma, fica mais fácil você “acertar em cheio” em sua composição. O valor é que
definirá um projeto mais ou menos sofisticado, com uso de menos ou mais itens.
Já no quesito estética, pense que as cores são grandes aliadas suas para
enriquecer suas composições de design. Por isso, o profissional deve perguntar-se:
Que ambiente é esse? Que impressões e sensações desejo criar nesse espaço? Ela
confere com o desejo do cliente?
Por último, o quesito conforto! Parece tão óbvio, mas uma regra está acima
de todas: faça seus projetos para serem usados pelas pessoas. De nada adianta
criar um ambiente lindo, mas talvez pouco ou muito iluminado, com pouco
espaçamento e móveis desconfortáveis, que absolutamente parecem não terem sido
criados para pessoas. Priorize sempre o conforto no seu projeto, pois os móveis
devem ser ergonômicos para proporcionar condições que não causem danos à
saúde dos seus utilitários.
Na fase inicial de um projeto, são feitas todas essas
considerações que acabamos de ver, e muitas outras além
dessas. O profissional em Design de Interiores necessita, além
de criar de fato o projeto, escolher os materiais que serão utilizados, os móveis
(planejados ou não), a equipe que realizará a obra, estabelecer qual será o custo e
ainda, em quanto tempo tudo vai ficar pronto. Isso tudo faz parte da etapa de
planejamento, objetivando sempre a racionalização, pois o planejamento adequado
Seguindo inicialmente esses conceitos, é possível fazer
deles os seus três grandes aliados para garantir o sucesso
do seu projeto de Design de Interiores!
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impede o erro e possibilita a efetivação da obra com exatidão, tal qual ela foi
concebida em projeto pelo profissional.
Ao planejar o projeto, o ideal é utilizar uma planilha para fazer o controle de
gastos da obra. O profissional deve listar todos os itens que precisam ser
comprados, dependendo da verba disponível. Dessa maneira não há o risco de
extrapolar a disponibilidade do caixa.
Agora que você já conheceu um pouco sobre a importância do planejamento
do projeto de Design de Interiores, iremos conversar mais um pouco, e prepará-lo
finalmente para iniciar seus projetos!
4.1 QUESTÕES IMPORTANTES PARA SE INICIAR O PROJETO
Antes de partirmos para a prática de projetar ambientes, algumas
considerações se fazem válidas. Essas considerações são variáveis muito
importantes, que deverão reger todo e qualquer projeto de Design de Interiores.
Você conhecerá sucintamente cada uma dessas variáveis a seguir.
4.1.1 Estilos e Tendências
Ditadores da moda em design de interiores, os estilos e tendências devem
sim ser admirados e usados pelo profissional. Contudo, não devem ser regra.
Lembre-se que você está projetando para um cliente específico, e nem sempre as
ultimas tendências fazem parte do seu gosto particular ou cabem em seu orçamento.
Procure sempre ser eclético, porém “antenado” nas novidades do mercado.
Cada dia mais é nítido que o design de interiores deixou de ser um serviço
de luxo supérfluo para ganhar funcionalidade. Novos conceitos surgem no universo
do design de interiores moldados ao estilo de vida e, assim, os espaços interagem
com as necessidades reais das pessoas. O comportamento do cliente deve sempre
ser observado atentamente pelo profissional de design no momento de idealizar um
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novo projeto. Grandes ideias e tendências devem basear-se na cultura popular. A
decoração de interiores busca referências no mundo da moda, na arte e no cotidiano
urbano.
Novos materiais e tecnologias “caíram” no gosto dos consumidores,
provando que muitas tendências transformaram-se em estilos, e vieram para ficar.
Confira algumas delas:
Gesso sempre! Esse material propicia um lindo acabamento no teto,
paredes e piso, deixando-os bonitos e super elegantes.
O porcelanato, “queridinho” na categoria dos pisos já há algum tempo,
também poderá “reinar” nas paredes, pois seu acabamento é moderno, liso e
protege a casa de infiltrações.
A combinação de cores suaves e vibrantes cria ambientes muito mais
interessantes e ecléticos.
Iluminação branca fornecida por lustres e luminárias modernas também
estão em alta.
O estilo vintage nunca esteve tão em alta, e seus conceitos estão
presentes em artigos diversos, como móveis, tecidos, acessórios, objetos
decorativos e papéis de parede. Experimente unir o moderno ao retrô, e certamente
você criará um ambiente charmoso e exclusivo.
Formas geométricas, curvas suaves, estampas de época relembrando
o estilo Art Noveau, quando combinados com uma decoração contemporânea
tornam o ambiente deslumbrante!
Cada estilo e tendência devem ser compreendidos e assimilados pelo
Designer de Interiores, que se sentirá livre e seguro para fazer uma releitura das
novidades em voga. Conhecer os lançamentos do mercado e manter-se atualizado é
importante, mas o essencial é você criar conceitos próprios com base nisso.
Muito mais que bonito, um projeto precisa necessariamente ser funcional e
também ergonomicamente confortável para os seus usuários. Que tal conhecer um
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pouco sobre a Ergonomia, e aplicar esses princípios aos seus futuros projetos?
Você verá tudo isso nos próximos tópicos.
4.1.2 Estudo do Espaço e Princípios Ergométricos
“Ergonomia” origina-se de duas palavras Gregas: “ergon” (que significa
trabalho) e “nomos” (que significa leis). De forma sucinta, a palavra é a ciência que
estuda e aplica teorias, princípios, dados e métodos para projetar o conforto, a
saúde e o bem-estar dos seres humanos. Relaciona o homem ao meio em que foi
inserido, e une diversas áreas de conhecimento como a anatomia, antropometria,
arquitetura, psicologia dentre outras.
A Ergonomia pode ser aplicada em vários setores de atividade, tais como a
indústria, comércio, hospitais, residências, escolas, transportes, sistemas
informatizados, etc. Em todos os setores ativos fazem-se necessárias intervenções
ergonômicas, a fim de melhorar significativamente a eficiência, a produtividade, a
segurança e a saúde de seus usuários. A Ergonomia está presente em todas as
ações que envolvem as pessoas, e sua tônica é a busca constante de adaptações
que propiciem mais conforto e adaptabilidade para todos os seres humanos.
O projeto de Design de Interiores está diretamente ligado à Ergonomia, e
deve obrigatoriamente objetivar o conforto máximo, prazer, satisfação das
necessidades básicas e até mesmo redução de gastos diversos desnecessários. Um
ambiente é mais valioso em si quando fornece a máxima satisfação em todos os
aspectos, quando se consideram em primeira instância os propósitos mencionados.
Lembre-se que o Designer de Interiores deve sempre se preocupar com a
qualidade ergonômica que oferece em seus projetos, voltando-se constantemente às
necessidades humanas tanto a nível fisiológico quanto psicológico. Veremos mais
detalhadamente como oferecer qualidade ergonômica nos projetos nos próximos
tópicos.
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4.1.2.1 Circulação e Medidas: Relação Homem/Objetos e Mobiliário
Questões como distribuição dos itens em um espaço, dimensionamento dos
móveis, condições adequadas de iluminação, acústica, temperatura e umidade
competem exclusivamente ao trabalho do Designer de Interiores. Cada espaço a ser
concebido pelo Designer de Interiores deve levar em conta algumas considerações
sobre padronizações e medidas, o que tornará o projeto muito mais confortável,
viável e ergonomicamente correto.
COZINHA:
Deve ser projetada de modo a adaptar as dimensões do mobiliário fixo e
móvel, prezando sempre a circulação adequada. Recomenda-se o uso mínimo das
seguintes medidas:
• 60 centímetros para passagem de uma pessoa;
• Altura da bancada da pia de 85 a 90 centímetros;
• 80 centímetros para baixar ou agachar;
• 120 centímetros em cozinhas com um layout de bancadas paralelas;
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FIGURA 47 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA COZINHAS
FONTE: TOMAZI, 2010.
FIGURA 48 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA COZINHAS
FONTE: TOMAZI, 2010.
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FIGURA 49 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA
COZINHAS
FONTE: Tomazi, 2010.
COZINHAS (ADAPTADAS PARA CADEIRANTES)
As dimensões ideais em cozinhas adaptadas são diferentes e, portanto, é
recomendado:
Colocar apenas tampo abaixo da pia, fogão e bancada de trabalho.
Não utilizar armários abaixo da pia.
Instalar prateleiras e módulos superiores em altura menor.
Passagem mínima usuário de muletas: 72 cm
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FIGURA 50 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA COZINHAS
ADAPTADAS
FONTE: TOMAZI, 2010.
BANHEIROS:
Em sanitários comuns, as dimensões mínimas usuais correspondem às da
imagem abaixo:
FIGURA 51 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA SANITÁRIOS
FONTE: TOMAZI, 2010.
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BANHEIROS ADAPTADOS:
Para banheiros adaptados, as indicações são as seguintes:
Essencial o uso de tapete antiderrapante.
Puxadores em forma de alça.
Barras de apoio no chuveiro e próximo ao vaso sanitário.
Espaçamento adequado para circulação.
FIGURA 52– MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA SANITÁRIOS
ADAPTADOS
FONTE: TOMAZI, p. 27 (2010).
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FIGURA 53 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA SANITÁRIOS
ADAPTADOS
FONTE: TOMAZI, p. 27 (2010).
4.1.2.2 Regras de Ergonomia para Projetar Ambientes
Prezando sempre o bem-estar, saúde e segurança dos usuários, seguem
algumas regras de Ergonomia para ambientes diversos, os quais devem ser
aplicados por você, profissional em Design de Interiores. Todos os fragmentos foram
extraídos da obra “Ergonomia Aplicada à Arquitetura” (TOMAZI, 2010):
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• Decoração: instale fitas adesivas debaixo dos tapetes para fixá-los; os
tapetes devem ser evitados, mas caso permaneçam opte por aqueles de cerdas
baixas;
• Móveis: evite que o idoso tenha que se abaixar ou se esticar muito para
alcançar os objetos (utilize móveis com altura média); cadeiras e sofás com
assento médio e espaldar alto são mais confortáveis para se levantar; cantos
arredondados são mais seguros; mesas laterais devem ser fixas para permitir que
se apóiem quando necessário; gavetas devem ter travas de segurança para que
não caiam ao abrir; armários com portas de correr são melhores por não
interferirem na área de circulação; evite móveis de vidro;
• Cores: Paredes de cores claras refletem melhor a luz e detalhes com
cores mais fortes podem estimular os sentidos do idoso e tornar a rotina mais
dinâmica;
• Circulação: deve ser a mais livre possível e em geral no mínimo 80 cm;
• Acesso Escadas: o melhor é que ocorra através de rampas, com no
máximo 8% de inclinação; para maior proteção instale corrimão com 90 cm de
altura nas escadas e rampas; elevadores e plataformas elevatórias são uma boa
solução para evitar escadas e desníveis;
• Escadas: devem ter patamar entre 28 e 30 cm para que os pés tenham o
apoio necessário; marque o início e o fim da escada, o que pode ser feito
utilizando um material de cor e textura diferente; balizadores (pontos de
iluminação) em cada degrau facilitam sua visualização; evite desníveis pequenos
que podem provocar tropeços (prefira pequenas rampas);
• Piso: opte pelos antiderrapantes, como cerâmicas com textura tátil e pisos
emborrachados;
• Banheiro: adapte barras de apoio, vaso sanitário elevado e banco dentro do box
(pode-se utilizar o mesmo padrão do banheiro para deficientes motores
NBR9050 ABNT.
• Iluminação: deve ser abundante e uniforme, evitando pontos escuros que
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• Escadas: devem ter patamar entre 28 e 30 cm para que os pés tenham o
apoio necessário; marque o início e o fim da escada, o que pode ser feito
utilizando um material de cor e textura diferente; balizadores (pontos de
iluminação) em cada degrau facilitam sua visualização; evite desníveis pequenos
que podem provocar tropeços (prefira pequenas rampas);
• Piso: opte pelos antiderrapantes, como cerâmicas com textura tátil e
pisos emborrachados;
• Banheiro: adapte barras de apoio, vaso sanitário elevado e banco dentro
do box (pode-se utilizar o mesmo padrão do banheiro para deficientes motores
NBR9050 ABNT).
• Iluminação: deve ser abundante e uniforme, evitando pontos escuros que
possam esconder objetos compensando as dificuldades visuais; as lâmpadas
devem ser anti-ofuscante (lâmpadas leitosas permitem iluminação indireta);
facilite o acesso aos interruptores escolhendo os iluminados;
• Cozinha: torneira de monocomando ou alavanca facilitam o manuseio;
copos de plástico e de metal evitam cortes no caso de acidentes; ter um carrinho
com rodas facilita o transporte dos objetos de um ambiente para o outro;
• Quarto: deve ficar no andar térreo, com acesso fácil ao banheiro; a cama
deve ter altura que permita estar sentado e apoiar os pés no chão; colchão e
travesseiros devem estar de acordo com as necessidades de saúde da pessoa
(como o peso); deve haver lanterna, telefone e campainha próximos da cama; a
mesa lateral deve ter cantos arredondados;
• Jardim: deve ser bem iluminado para que quem esteja dentro da casa
enxergue bem o que há do lado de fora garantindo segurança física e psicológica;
• Portas: se possível sempre com vão de 80 cm, principalmente para o banheiro e
entrada da casa (esta pode ser maior, com 90 cm); maçanetas de alavanca (e
não redondas) são recomendadas;
Quanto às instalações e equipamentos em geral
• Previsão de instalação de luz de emergência nos corredores: facilita a circulação
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• Jardim: deve ser bem iluminado para que quem esteja dentro da casa
enxergue bem o que há do lado de fora garantindo segurança física e psicológica;
• Portas: se possível sempre com vão de 80 cm, principalmente para o
banheiro e entrada da casa (esta pode ser maior, com 90 cm); maçanetas de
alavanca (e não redondas) são recomendadas;
Quanto às instalações e equipamentos em geral
• Previsão de instalação de luz de emergência nos corredores: facilita a
circulação segura quando falta luz.
• Colocação de interruptor iluminado: facilita sua visualização evitando que
se ande no escuro sem acender a luz.
• Disposição de quadro de luz principal a 1,10m de altura – hoje, o padrão
é de 1,50m: com a altura de 1,10m o acesso fica facilitado a qualquer pessoa.
• Interruptores nas paredes para acionamento de abajures evitando a
circulação no escuro atem alcançá-los.
• Tomadas a 45 cm do piso, em vez de 30 cm – evita a pessoa ter que se
abaixar muito para ligar equipamentos.
• Interruptor a 1,05m do piso em vez de 1,10m, como é usado. Ficam mais
acessíveis a todas as pessoas.
• Instalações elétricas programadas para qualquer layout de mobiliário:
evita-se o uso de extensões e fios soltos que podem ocasionar tropeções e
quedas.
• Sistema de automação para acionamento de luz, portões, persianas e
eletroeletrônicos em geral, facilitando a vida do usuário e oferecendo mais
segurança.
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• Instalações elétricas programadas para qualquer layout de mobiliário:
evita-se o uso de extensões e fios soltos que podem ocasionar tropeções e
quedas.
• Sistema de automação para acionamento de luz, portões, persianas e
eletroeletrônicos em geral, facilitando a vida do usuário e oferecendo mais
segurança.
• Instalações hidráulicas que permitam a colocação de acessórios,
inclusive barras de segurança. Evitam-se transtornos causados por perfurações
em canos de água no momento em que o usuário necessitar usar as barras de
segurança.
Sala
• Previsão de iluminação extra – permite pontos focais de luz para diversas
atividades.
• Móveis com boa estabilidade, pesados e firmes – facilitam o apoio.
• As mesas não devem ter tampo transparente – pode atrapalhar a noção
de profundidade e causar acidentes.
• Cadeiras sem rodízio – dificultam o ato de sentar e levantar.
• As estantes devem ser fixas no chão ou nas paredes – o idoso pode
apoiar-se nelas em caso de queda.
Corredor interno
• Evitar o uso de janelas no fim do corredor – a iluminação direta na altura dos
olhos pode provocar ofuscamento.
• Evitar piso reflexivo – reflete a iluminação e provoca confusões temporárias.
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Corredor interno
• Evitar o uso de janelas no fim do corredor – a iluminação direta na altura
dos olhos pode provocar ofuscamento.
• Evitar piso reflexivo – reflete a iluminação e provoca confusões
temporárias.
• O corredor deve permitir, em algum trecho do seu percurso, o giro da
cadeira de rodas, tendo para isso uma largura não inferior a 1,50m.
• Em corredores longos, recomenda-se o uso de corrimãos.
Dormitório
• Utilização de senso de presença – evita locomoção no escuro a noite.
• Previsão de instalações de aparelhos e ar condicionado e aquecedores
fixos – evita-se o uso de extensões e fios soltos.
• Moveis fixos e com quinas arredondadas.
• Instalação para painel de alarme e controle de iluminação junto da
cabeceira.
• Ponto de telefone junto da cabeceira.
• Iluminação dentro de armários – permitindo boa visualização do seu
interior.
• Cama com 50 cm de altura – facilita a transferência de pessoas com mobilidade
reduzida.
• Guarda-roupas com portas de correr ou de rolar.
• Prateleiras e porta-cabides com altura de aproximadamente 1,20m. Facilita o
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• Cama com 50 cm de altura – facilita a transferência de pessoas com
mobilidade reduzida.
• Guarda-roupas com portas de correr ou de rolar.
• Prateleiras e porta-cabides com altura de aproximadamente 1,20m.
Facilita o uso para pessoas de baixa estatura e cadeirantes.
Cozinha
• Disposição de prateleiras mais baixas, evitando o uso de banquinhos
para acessá-las.
• Bancadas em dois níveis, ou mesmo reguláveis, possibilitando o uso por
pessoas sentadas.
• Colocação de tampos de apoio dos dois lados do fogão – permitindo o
apoio de panelas e objetos quentes.
• Tampo com 65 cm de profundidade em vez de 60 cm – facilita o encaixe
de cadeira de rodas.
• Torneiras de alvenaria ou com sensores – permitem uso por pessoas de
baixa estatura ou mesmo sentadas, sem necessidade de toque.
• Instalação de detectores sonoros e visuais de fumaça e de gás –
garantem mais segurança, inclusive a deficientes visuais ou auditivos, com olfato
reduzido.
• Cantos dos tampos com uma faixa de Cr contrastante – evita que pessoas com
a visão reduzida choquem-se.
• Forno a 90 cm do chão – evita que a pessoa se abaixe para colocar um prato.
• Botões dos fogões na parte de cima – facilitam a visão, diminuindo a
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• Cantos dos tampos com uma faixa de Cr contrastante – evita que
pessoas com a visão reduzida choquem-se.
• Forno a 90 cm do chão – evita que a pessoa se abaixe para colocar um
prato.
• Botões dos fogões na parte de cima – facilitam a visão, diminuindo a
possibilidade de erros.
Banheiros
• Acessível ao uso de cadeira de rodas.
• Posição de tubulação correta para não atrapalhar a instalação de
equipamentos, inclusive as barras de segurança, quando ou se for necessário.
• Piso antiderrapante.
• Portas abrindo para fora – facilitando o socorro quando necessário.
• Ralo do chuveiro distante do centro da ducha – evitando o acumulo de
água quando há tapete antiderrapante.
• Tubulação mínima na área dos joelhos, facilitando aos usuários de
cadeiras de rodas.
• Tampo do vaso sanitário ajustável – adequa-se a usuários de qualquer
altura.
• Espelhos levemente inclinados para baixo facilitando a visão para crianças,
pessoas de baixa estatura e usuários de cadeira de rodas.
• Cortina de plástico em vez de Box – as pessoas tendem a se apoiar no Box e
quebrá-lo.
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• Espelhos levemente inclinados para baixo facilitando a visão para
crianças, pessoas de baixa estatura e usuários de cadeira de rodas.
• Cortina de plástico em vez de Box – as pessoas tendem a se apoiar no
Box e quebrá-lo.
• Torneiras de monocomando e de alavanca – evitam que o usuário se
queime e permitem o acesso quando sentado.
Mobiliário e equipamentos
• Se forem pesados e firmes, facilitam o apoio sem se mexerem.
• Cantos arredondados.
• Ferros de passar que desligam automaticamente.
• Floreira com altura de aproximadamente 45 cm, para poder ser
manipulada por qualquer pessoa.
• Teclas closed-caption – ajudam pessoas com deficiência auditiva e
estrangeiros a acompanhar a TV.
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4.1.2.3 Medição de Ambientes e Cálculo de Área
Uma das primeiras coisas que costumeiramente se faz ao iniciar um projeto
de Design de Interiores é o cálculo da Área. Desse cálculo depende toda a
composição do projeto, pois não conseguiríamos fazer nada sem obtermos as
medidas reais de um ambiente, não é mesmo?
Mas, como calcular a área de um ambiente qualquer, como uma sala, por
exemplo? Vamos procurar explicar esses cálculos básicos de uma forma simples e
prática. Observe alguns conceitos vitais da geometria, que por sinal você já deve ter
aprendido algum dia na escola:
A) AMBIENTE RETANGULAR: No retângulo, basta multiplicar a base pela
altura.
B) AMBIENTE QUADRADO: No quadrado é só multiplicar lado vezes lado
(lado²).
C) AMBIENTE TRIANGULAR: No Triângulo basta só multiplicar a base
pela altura e dividir tudo por 2.
D) AMBIENTE TRIANGULAR (COM LADOS IGUAIS): No Triângulo
equilátero é só multiplicar lado vezes lado (lado²) e multiplicar pela raiz quadrada de
3, por fim, divida tudo isso por 4.
E) AMBIENTE PARALELOGRAMO: No Paralelogramo é só multiplicar a
base pela altura.
F) AMBIENTE TRAPEZOIDAL: No trapézio é só somar a base maior (B)
com a base menor(b) e multiplicar pela altura, por fim, é só dividir tudo por 2.
G) AMBIENTE LOSANGULAR: No losango é só multiplicar a base (D)
pela altura (d) e dividir tudo por 2.
Para exemplificar, observe a figura abaixo:
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FIGURA 54 – CÁLCULO DA ÁREA EM AMBIENTES DE FORMATOS DIVERSOS
FONTE: Disponível em: <http://www.entrouaprendeu.com.br/2009/04/aprenda-calcular-area-para
diversas.html>. Acesso em: 3 dez.2012
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FIGURA 55 – CÁLCULO DA ÁREA EM AMBIENTES DE FORMATOS DIVERSOS
FONTE: Disponível em: <http://www.entrouaprendeu.com.br/2009/04/aprenda-calcular-area-para-
diversas.html>. Acesso em: 3 dez 2012.
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Só para exemplificar a facilidade de se calcular à área de ambientes
retangulares vamos dar um exemplo. Imagine uma sala que tenha 3 metros de
largura por 4 metros de comprimento. Basta que você multiplique a largura pelo
comprimento, ou seja, a base vezes a altura.
Base (3) x Altura (4) = 12m²
Percebeu o quanto é simples? Ambientes complexos com ângulos, cantos e
demais componentes difíceis de calcular podem ser facilmente calculados em
softwares específicos para isso, como o Autocad por exemplo. Mas isso é um
assunto que veremos mais adiante!
Não se preocupe em decorar todas essas fórmulas! Esse
conteúdo está disponível apenas à titulo de conhecimento.
A grande maioria dos ambientes que você irá projetar
serão retangulares, e por isso mesmo, o cálculo é muito
simples e não precisa de fórmula alguma.
Não se preocupe em decorar todas essas fórmulas! Esse
conteúdo só está disponível a título de curiosidade. A
maioria dos ambientes que você irá planejar será
retangular, e por isso mesmo você não precisará utilizar
nenhuma fórmula para calcular a área.
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4.1.3 Iluminação Artificial e Natural
FIGURA 56 – PROJETO MESCLA ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL
FONTE: Disponível em: <http://www.engenhariacivil.com/iluminacao-natural-iluminacao-artificial-
engenharia>. Acesso em: 3 dez.2012.
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Não é por acaso que a iluminação em Design de Interiores é um dos
conceitos mais fascinantes! Cabe ao profissional dessa área analisar o ambiente a
ser feito o projeto, e extrair dele todo o seu potencial de iluminação, tanto natural
quanto artificial. Muitas vezes, um ambiente está mal iluminado por falta de
aproveitamento adequado da luz, e o Designer de Interiores tem todo o poder em
suas mãos para intervir e criar ali um ambiente interessante e cheio de luz.
Hoje, fala-se muito em sustentabilidade, e os projetos de Design têm
acompanhado essa tendência de aproveitamento de recursos naturais. Então, por
que não iniciarmos falando de iluminação natural? O reconhecimento da importância
da iluminação natural, bem como seu aproveitamento efetivo na iluminação dos
espaços interiores, nunca foi tão priorizado como hoje. Janelas maiores, caixinhas
de vidro e até soluções mais drásticas – como “rasgos” literais na alvenaria, são
intervenções que ganharam forças nos últimos tempos. E tudo em nome da
sustentabilidade, e da garantia do uso adequado dos recursos naturais e
consequente economia de energia.
Assim como as cores, não devemos nos esquecer de que a iluminação
possui um forte impacto psicofisiológico sobre os ocupantes dos espaços, e por isso
mesmo devemos usá-la adequadamente, buscando sempre melhorias em sua
utilização. Na iluminação, não existem regras fixas de quando e como utilizar a luz
natural e a artificial. O maior desafio, no entanto, consiste em se conseguir combinar
da melhor forma as duas, fazendo sua integração. E isso vai partir das necessidades
reais do cliente e do olhar profissional do Designer, que encontrará a solução mais
esteticamente harmônica, viável e, sobretudo econômica para cada projeto.
Além das aberturas convencionais para janelas ou vidros fixos, outros tipos
de aberturas contribuem muito para o aproveitamento da luz natural, a chamada
“iluminação zenital”. Sheds e claraboias são alguns exemplos dessa categoria de
iluminação, que se dão por meio de aberturas feitas na laje superior de um
ambiente.
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FIGURA 57 – ILUMINAÇÃO ZENITAL
FONTE: Disponível em: <http://www.engenhariacivil.com/iluminacao-natural-iluminacao-artificial-
engenharia>. Acesso em: 3 dez. 2012.
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O uso de aberturas zenitais é válido, desde que se observe com atenção o
tipo de vidro que irá cobrir os caixilhos. Uma questão discutível sobre esse assunto é
o uso de vidros de baixa transmissão de luz, onde muitas vezes não há um
aproveitamento adequado da iluminação natural, impossibilitando uma melhor
gestão de energia utilizada nos ambientes.
Tão moderno e inteligente quanto às aberturas superiores, é agregar
iluminação artificial e natural. Quando feita adequadamente, essa mistura de luzes
valoriza ainda de forma única os espaços internos. Porém, não é tão simples fazer
um projeto de iluminação. Deve ser pensado nos efeitos dessa mistura, que podem
acarretar reflexos indesejáveis, comprometendo o conforto nos espaços.
Locais com paredes brancas, por exemplo, refletem melhor a luz natural, por
isso, não é aconselhável o uso de cores quentes. Essas só devem ser utilizadas
quando a luz natural é bastante reduzida. Devem-se considerar também as
mudanças climáticas e o clima predominante na região, pois todos esses fatores
podem influenciar na iluminação e temperatura do local, tanto para melhor quanto
para pior.
Como vimos, é grande a responsabilidade de um profissional em Design de
Interiores, e dele depende todo o sucesso do projeto e o bem-estar dos seus
usuários!
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FIGURA 58 – MISTO DE ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL
FONTE: Disponível em: <http://www.engenhariacivil.com/iluminacao-natural-iluminacao-artificial-
engenharia>. Acesso em: 3 dez. 2012.
4.1.4 Conforto Ambiental
Depois de estudar os últimos tópicos sobre iluminação e ergonomia, acredito
que você já deve ter tido um bom vislumbre a respeito da importância do conforto
nos ambientes. O Conforto Ambiental nada mais é do que adequar os princípios
físicos envolvidos às necessidades de um ambiente, tais como temperatura, luz,
acústica e visual.
Você conhecerá cada um deles a seguir.
CONFORTO TÉRMICO
Está relacionado basicamente em duas reações do organismo humano,
quando submetido a ambientes quentes e frios. Ambas as situações, em extremo,
causam bastante desconforto e, portanto, devem ser evitadas ao máximo pelo
AN02FREV001/REV 4.0
95
profissional. Cores e aberturas mal utilizadas têm correlação direta com esses
efeitos.
Podemos afirmar que houve uma Reação ao frio quando as perdas de calor
são maiores que o necessário, expondo as pessoas a reações desconfortáveis de
arrepio e tiritar. Já a Reação ao calor ocorre quando as perdas de calor são
menores do que deveriam ser, caracterizada pelo desconforto da exsudação (suor).
CONFORTO LUMINOSO
A distribuição equilibrada da luz natural ou artificial deve ser racionalizada,
de forma a evitar desconfortos relacionados à sensação de ofuscamento ou
sombreamento excessivo.
CONFORTO ACÚSTICO
O desconforto acústico também é um elemento que deve ser evitado em
todos os casos. Esses problemas podem ser eliminados fazendo-se um tratamento
acústico adequado por meio de mantas isolantes acústicas. Esse tipo de tratamento
nas alvenarias e forros visa atenuar o nível de energia sonora, promovendo o
isolamento dos sons indesejáveis.
CONFORTO VISUAL
O conforto visual talvez seja um dos desafios mais importantes que um
Designer de Interiores tem para resolver. Nesse aspecto as cores, objetos, móveis,
revestimentos e tudo o mais que envolve apelo visual podem comprometer
seriamente o bem-estar das pessoas em um ambiente. Ainda, a ausência de
conforto visual, ou seja, a ausência de um ambiente visualmente tranquilo e
agradável pode trazer efeitos danosos resultantes dos impactos visuais
desnecessários.
Depois de tudo isso, podemos presumir que a busca pelo equilíbrio entre
temperatura, som, luminosidade e estudo visual do ambiente são primordiais em um
bom projeto de Design de Interiores, pois com esses conceitos em prática é possível
desenvolver ambientes que cada vez fiquem mais personalizados e agradáveis a
quem irá desfrutá-lo.
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96
5 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
Chegamos a um novo patamar do nosso curso de Design de Interiores! Até
aqui você aprendeu na prática alguns conceitos importantes para desenvolver um
bom projeto de decoração de interiores. Mas agora, chegou o momento de você
começar a ter uma noção prática do que é realmente, planejar um ambiente. Você
irá iniciar os seus estudos aprendendo uma noção básica de Desenho Técnico, e
sua importância para colocar suas primeiras ideias no papel!
Cabe dizer aqui que o Desenho Técnico é nada mais que a representação
gráfica do desenho em si, ou seja, a representação do seu projeto, regido por
normas específicas de desenho. No Brasil, as normas são editadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais:
NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura;
NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico.
Esse conjunto de normas estabelece a adequação dos projetos para serem
aceitos pela Prefeitura Municipal de cada cidade. Sem esse formato de
apresentação, o projeto não estaria enquadrado para ser aceito. Cabe dizer aqui que
um desenho técnico existe somente para fins de execução de um projeto. Não
para ser bonito, mas se fazer entender.
Por isso a primeira impressão é a de que é um desenho frio e sem vida, mas
faz-se necessário ser assim para que todos os detalhes de sua execução possam
ficar claros para todos: funcionários da prefeitura que lidam com aprovação de
projetos, mestre de obras, pedreiros, engenheiros, e quem mais se dispor a
trabalhar no processo de execução dessa obra. Enfim, é como se o desenho técnico
fosse uma linguagem, um idioma compreendido por todos os envolvidos nessa área.
Para se aprofundar mais nessa área, leia o Manual de Desenho Técnico
disponível na página:
http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13869/material/Apresenta
%C3%A7%C3%A3o%20Normas%20ABNT%20Desenho%20T%C3%A9cnico.pdf
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97
5.1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS
Agora que você já conheceu a importância do Desenho Técnico, deve
aprender como ler e interpretar projetos técnicos. À primeira vista parece uma
confusão de informações, mas você verá que não é nada difícil ver e compreender
um desenho técnico. Primeiramente, é válido dizer que você precisa diferenciar as
duas entidades principais de um projeto técnico:
Uma é o próprio desenho, como por exemplo: a planta baixa de uma
casa, a projeção do telhado, a calçada, as árvores e arbustos do projeto de
paisagismo, os móveis, etc.
E a outra é o conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o
complementam, tais como indicadores de altura de piso, degraus e medidas
diversas, que você conhecerá de forma mais aprofundada a seguir.
Para que um projeto seja bem compreendido, faz-se o uso de diversos
instrumentos disponíveis no desenho técnico tradicional, como linhas e superfícies
preenchidas com tramas. As principais categorias de um desenho técnico são as
plantas, os cortes e seções e as elevações (vistas), que veremos mais adiante.
Nos próximos tópicos você terá um aprofundamento a respeito da leitura de
projetos, e já estará familiarizado para interpretar desenhos técnicos!
5.2 ESTUDO DE ESCALAS E COTAS (MEDIDAS)
Você já ouviu falar em escalas? As escalas servem para representar algo
em tamanho reduzido, sem alterar suas dimensões reais. Vamos supor que você
queira desenhar seu automóvel, e sabe que ele mede 2,5 metros e meio de largura
por 5 metros de comprimento. Você deseja desenhar exatamente o que vê, sem
alterar as proporções e medidas do seu “modelo”, em um papel tamanho A4. E
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98
como se faz isso? Utilizando medidas e padronizações de escala, que você está
prestes a conhecer.
Pegue uma régua qualquer que você tenha em casa. As réguas de uso
caseiro ou escolar possuem a escala 1:100, que é universal. E o que quer dizer
isso? Que 1 centímetro na escala 1:100 é igual a 1 metro do tamanho real. Logo, se
você for desenhar um automóvel de 2,5 metros de largura por 5 metros de
comprimento com sua régua, você vai marcar 2,5 centímetros de largura, por 5
centímetros de comprimento. Viu como é simples a lógica das escalas?
Mas nem sempre poderemos imprimir todos os nossos projetos na escala
1:100. Há em desenho técnico uma vasta opção de escalas, para você escolher
aquela que mais se adéqua ao tamanho do seu projeto, ou mesmo aquela que irá
enfatizar os pontos mais importantes que você queira destacar em seu desenho.
Arquitetos e desenhistas técnicos que apreciam realizar seus projetos técnicos à
mão, utilizam um equipamento de trabalho chamado “escalímetro”.
O escalímetro nada mais é que um conjunto de “réguas” em escalas
diferentes, para que seja possível efetuar um projeto em vários “tamanhos”
diferentes, sem alterar suas medidas reais. Fazem parte das escalas de um
escalímetro:
Escala 1:100
Escala 1:50
Escala 1:75
Escala 1:20
Escala 1:25
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99
FIGURA 59 – MODELO DE ESCALÍMETRO
FONTE: Disponível em: <http://loja.multcomercial.com.br/ecommerce_site/produto_17408_4689_Escalimetro-Trident-
N178301> Acesso em: 3 dez.2012
Um detalhe interessante em relação ao escalímetro é que essas escalas
padrões podem ser “readequadas”. Basta acrescentar um “0” ao final do valor da
escala, e seu desenho terá proporções maiores. Exemplo: Quero desenhar a quadra
da minha casa, e não cabe na escala 1:50. Mas na 1:500 cabe em meu papel. Como
assim? A lógica é simples: se na escala 1:50, 1 centímetro equivale a 1 metro da
medida real, na escala 1:500, 1 centímetro do seu escalímetro vai ser igual a 10
metros da medida real. Percebeu? Quanto maior o número da escala, menor o
desenho e seus detalhes.
Sugiro que antes de prosseguir em seus estudos, leia o texto sugerido
abaixo, a fim de reforçar os seus conhecimentos:
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100
Agora que você já compreendeu o conteúdo sobre escalas, falemos um
pouco sobre as cotas. Cotas nada mais são, de forma bem simplificada, as medidas
do seu projeto. Ou seja, a representação gráfica das dimensões no desenho técnico
de um elemento, por meio de linhas, símbolos, notas e valor numérico em uma
unidade de medida. As linhas de cotas são utilizadas sempre que você sentir a
necessidade de mostrar a medida de um elemento ou outro, como o comprimento de
uma parede, janela ou qualquer outro elemento visto em planta baixa. Observe:
FIGURA 60 – LINHAS DE COTAS
FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPz8AD/cap-7-des-mec>
Acesso em: 3 dez.2012
Uso da Escala em Desenho Técnico – NBR 8196
http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/a/a2/Escalas_e
m_Desenho_T%C3%A9cnico.pdf
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101
Já que estamos falando em medidas e cotas, seguem algumas dimensões
padrões para projetos. Prezando sempre a ergonomia e conforto dos espaços, é
interessante que você as memorize e sempre utilize em seus futuros projetos:
Pé-direito (Altura da parede): mínimo de 2.50m para banheiros e
corredores, e mínimo de 2,80m para as demais dependências.
Portas: Externas = Devem ter 0,90m; Internas = Devem ter 0,80 m;
Portas de banheiros, lavabos e áreas de serviço = Devem ter 0,70 m. Lembrando
que todas as portas possuem altura padrão de 2,10 m.
Largura dos corredores = mínimo 0,90 m.
Abertura mínima para ventilação / iluminação (janelas) = 1 / 6 da área
do piso. Exemplo: Se uma cozinha possui 12 m² de área, o tamanho mínimo da
janela deve ser de 1m de altura x 1 metro de largura (2 m²) ou seja, 1/6 do valor da
área total.
Inclinação dos telhados: Telhas de barro= mínimo de 30%. Telhas de
fibrocimento (“Eternit”) = mínimo de 12%.
Laje = Para representação em projetos, a espessura média deve
oscilar entre 10 e 12 cm, nunca menos que isso.
Paredes = Para representação em projetos, considerar sempre 0,15 m
(15 cm).
5.3 MATERIAIS PARA DESENHO
Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador e softwares
desenvolvidos especificamente para projetos de arquitetura e interiores, a lista de
materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos técnicos tem se
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102
tornado cada dia mais obsoleta. No entanto, esses materiais ainda são
eventualmente usados para verificar algum problema com os desenhos impressos,
como a conferência de medidas com o escalímetro, após a impressão do projeto.
Há ainda muitos desenhistas que não abrem mão dos desenhos à mão, o
que enriquece ainda mais o trabalho de um profissional e o torna único por isso.
Uma dica interessante a esse respeito é imprimir os projetos para que eles sirvam de
molde, e em seguida repassá-los para uma folha de papel manteiga, utilizando cores
e demais efeitos que tornam o trabalho muito mais valorizado e personalizado.
Veremos a humanização de projetos nos próximos tópicos.
Voltando à questão dos materiais, acompanhe a seguir os mais utilizados
por desenhistas técnicos, decoradores, arquitetos e áreas afins:
FIGURA 61 – LAPISEIRA E BORRACHA PARA DESENHO TÉCNICO
FONTE: SANTANA, p. 6 (2007).
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FIGURA 62 – ESQUADROS DE 30 / 60 E 45 GRAUS PARA DESENHO TÉCNICO
FONTE: SANTANA, p. 7 (2007).
FIGURA 63 – TRANSFERIDOR PARA DESENHO TÉCNICO
FONTE: SANTANA, p. 8 (2007).
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FIGURA 64 – COMPASSO PARA DESENHO TÉCNICO
FONTE: SANTANA, p. 9 (2007).
5.4 PADRONIZAÇÃO DAS PRANCHAS
Sempre que for apresentar um projeto a um cliente, preze pela padronização
das pranchas (folhas). Se uma for de tamanho A3, as outras devem ser também. Se
as margens de uma prancha estiverem em 1 centímetro, as demais também deverão
ter 1 centímetro de margem. Qualquer sinalização, tipo de letra e carimbo (que
veremos a seguir) devem ser idênticos em todas as folhas de projeto.
Hoje, existe uma gama variadíssima de tamanhos de papel para impressão
que, de acordo com a escala escolhida, será de tamanho maior ou menor. Confira
abaixo os principais tamanhos de papel, com suas respectivas medidas oficiais:
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FIGURA 65 – TAMANHOS OFICIAIS DE PAPEL PARA IMPRESSÃO
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tamanho_de_papel>. Acesso em: 20
dez. 2012.
5.4.1 Caligradia Técnica
Procure sempre utilizar a mesma fonte e tipo de letra em todo o projeto. Se
iniciar escrevendo em “Arial”, prossiga assim até o fim. Jamais escreva de forma
diferente em seu projeto, pois isso o desqualifica. Em projetos técnicos, e em nível
de padronização universal, as fontes “Arial” e “Verdana” são as mais utilizadas por
profissionais da área.
A1 = 840 x 594 mm
A2 = 594 x 420 mm
A3 = 420 x 297 mm
A4 = 297 x 210 mm
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5.4.2 Margens, Selos e Carimbos
Considere também sempre padronizar as margens de suas pranchas, pois
elas é que criam um layout “limpo” e fácil de ser compreendido. Se iniciar com uma
margem de 2 centímetros para a primeira prancha, utilize 2 centímetros para as
demais.
Feitas as margens, você deve criar o selo ou carimbo. O carimbo nada mais
é que um conjunto de linhas utilizadas para informação, indicação e identificação do
desenho, a saber: designação da firma, projetista, local, data, assinatura, conteúdo
do desenho, escala, número do desenho, símbolo de projeção, logotipo da firma,
unidade empregada, escala, etc.
A legenda deve ter 178 m de comprimento nos formatos A2, A3 e A4, e 175
m nos formatos A0 e A1.
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FIGURA 66 – LOCAÇÃO DO CARIMBO NA PRANCHA
FONTE: Disponível em: <http://www.amocad.blog.br/>. Acesso em: 25 jan. 2013.
6 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
A representação gráfica é a suma de qualquer projeto técnico, incluindo os
projetos de Design de Interiores. Está relacionada aos tipos de linhas que usaremos
para representar cada elemento em um projeto. Os traços de um desenho
normatizado devem ser regulares, legíveis e devem possuir contraste razoável para
diferenciar um elemento do outro.
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6.1 TIPOS DE LINHAS E CONVENÇÕES APLICADAS EM PLANTAS BAIXAS
Para tornar mais claro o entendimento sobre tipos de linhas e convenções
de representação, vamos dar um exemplo: você concorda que para representar um
pilar de concreto, ou uma parede devemos usar uma linha mais forte e destacada,
em relação ao desenho de um piso, não é mesmo? Devemos imaginar que estamos
visualizando um ambiente de cima para baixo, quando pensamos em uma planta
baixa qualquer.
Logo, se hipoteticamente estamos olhando as coisas “lá do alto”, o piso é o
elemento que está mais longe do seu olhar, não é? Por isso mesmo, devemos
representá-lo com uma linha bem clarinha e fina, pois em linguagem técnica
entende-se que quanto mais longe do olhar estiver o elemento, com linhas mais
claras e finas ele deverá ser desenhado.
O mesmo vale para os elementos mais sólidos (como as paredes), ou os
elementos que estão mais próximos do olhar: devem ser automaticamente
representados com linhas mais fortes e espessas. Observe a imagem abaixo, que
traz uma notável diferenciação sobre as espessuras de linhas mais utilizadas em
projetos:
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FIGURA 67 – TIPOS DE LINHAS
FONTE: Disponível em: <http://vanialuis222.blogspot.com.br/2010/12/criacao-de-diferentes-tipos-
de.html>. Acesso em: 25 jan. 2013.
Tradicionalmente existe uma hierarquização das linhas de desenho, obtida
por meio da espessura dessas linhas. Vale a ressalva de que alguns profissionais
alteram ligeiramente essas espessuras a fim de obter efeitos diferentes em seus
projetos e nada os impede de fazê-lo. Mas deve-se sempre prezar pela regra que
vimos anteriormente: quanto mais próximo estiver o elemento, mas espessa e
marcada será sua representação.
Observe algumas convenções mais utilizadas:
• Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar
elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas
indicativas, linhas de projeção, etc.
• Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em
vista.
Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos
que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.
Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos
especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para
representar também elementos em corte, como a pena anterior).
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OBS: Essas convenções são utilizáveis tanto para desenhos à mão livre
quanto para desenhos confeccionados no AutoCAD.
Em relação ao tipo de traços, podem ser:
Traço contínuo: São as linhas comuns.
Traço interrompido. Representa um elemento de desenho "invisível" (ou seja,
que esteja além do plano de corte), como os degraus de uma escada, por
exemplo.
Traço-ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de
planos de corte.
FIGURA 68 – DIFERENCIAÇÃO DOS TIPOS DE LINHAS DE UM PROJETO
FONTE: Disponível em: <http://blog.mcsx.net/projetos-plantas-de-casas-para-download/>
Acesso em: 25 jan.2013.
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Por último resta-nos dizer que além do traço mais espesso ou mais fino, os
elementos de um projeto podem ser preenchidos por tracejados ou tramas
(hachuras). Cada material é representado com uma trama diferente. Veremos mais
claramente esse conceito no próximo tópico.
6.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE ELEMENTOS CONSTRUÍDOS
6.2.1 Paredes
As paredes internas são representadas com espessura de 15 cm (ou 0.15
m), ainda que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes
externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não
obrigatório. No entanto, é obrigatório o uso de paredes de 20cm de espessura ela se
situa entre dois vizinhos, como paredes de apartamentos, salas comerciais, etc.
Para paredes altas, que vão do piso ao teto, é utilizado o traço grosso
contínuo, e para paredes a meia altura é usado o traço médio contínuo, indicando a
altura correspondente, conforme a imagem abaixo:
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FIGURA 69 – OBSERVE AS DIFERENÇAS ENTRE A LINHA ESPESSA E
CONTÍNUA DE UMA PAREDE ALTA E AS LINHAS CLARAS PARA BALCÕES E
“MEIAS PAREDES”. DEVE-SE SEMPRE INDICAR A ALTURA DAS “MEIA
PAREDES”
FONTE: Disponível em:
<http://www1.santosesantosarquitetura.com.br/cms/opencms/santos/projetos/a_ar_re/subsecao_mod
elo/0030.html>. Acesso em: 25 jan.2013.
Na representação de um projeto de design de interiores é indispensável
diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Essas
indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:
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FIGURA 70 – DIFERENCIAÇÃO NA REPRESENTAÇÃO DE PAREDES
CONSTRUÍDAS E DEMOLIDAS
FONTE: Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAKtoAH/curso-leitura-
projetos-arquitetura-desenho-tecnico>. Acesso em: 25 jan. 2013.
6.2.2 Portas e Janelas
A representação de portas em Desenho Técnico é feito da seguinte maneira:
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FIGURA 71 – REPRESENTAÇÃO DE PORTAS EM DESENHO TÉCNICO
FONTE: PUC, 2007.
A representação de janelas em Desenho Técnico é feita da seguinte
maneira:
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FIGURA 72 – REPRESENTAÇÃO DE JANELAS EM DESENHO TÉCNICO
FONTE: PUC, 2007.
6.2.3 Escadas
As escadas são elementos construtivos compostos por:
Pisos – De forma didática, é a parte em que pisamos na escada.
Espelhos – É a altura do degrau da escada.
Patamares – São pisos mais largos entre lances de escadas, com o
objetivo de facilitar a subida e o repouso temporário do usuário da escada.
Lances – É a sucessão de degraus divididos em grupos para facilitar a
subida.
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Guarda-corpo e corrimão – Guarda corpo é a proteção lateral da
escada localizada abaixo do corrimão, para garantir a segurança de quem sobe ou
desce.
FIGURA 73 – REPRESENTAÇÃO DE ESCADAS EM DESENHO TÉCNICO
FONTE: PUC, 2007.
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FIGURA 74 E 75 – REPRESENTAÇÃO SIMULTÂNEA DE UMA ESCADA EM
PLANTA BAIXA (ACIMA) E EM CORTE (ABAIXO). OBSERVE A SINALIZAÇÃO
DOS NÍVEIS 0 (NO INÍCIO DA ESCADA) E 2.56 (AO FIM DA ESCADA)
FONTE: PUC, 2007.
Observe com atenção algumas especificações de dimensionamento de
escadas segundo a NBR 9077 (Saídas de Emergência em Edificações) e a NBR
9050/2004 (Norma de Acessibilidade):
As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a
escada.
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Para serem acessíveis e confortáveis, os pisos em escadas devem ter
largura entre 28 e 32 cm, não menos que isso.
Já os espelhos (altura do degrau) devem ter entre 16 e 18 cm de altura.
A largura mínima admissível para as escadas fixas é de 1,20m.
As escadas fixas devem ter, no mínimo, um patamar a cada 1,20m de
desnível e também sempre que houver mudança de direção.
É obrigatória a instalação de corrimãos e guarda-corpos nos dois lados
das rampas e escadas fixas. Eles devem ser construídos em materiais rígidos,
firmemente fixados à parede ou às barras de suporte, oferecendo condições seguras
de utilização.
Os corrimãos devem permitir ser de seção circular entre 3,5cm e 4,5cm
de diâmetro. Deve ser, ainda, deixado espaço livre de 4cm, no mínimo, entre a
parede e o corrimão.
A altura de corrimãos recomendada é de 0,92m em relação ao piso
para adultos.
Diferente das escadas, as rampas devem ser meias de circulação acessíveis
a todos sem exceção. Entretanto, para que uma rampa possa atender a uma maior
gama de pessoas, é preciso dimensioná-la corretamente, de acordo com a norma de
acessibilidade NBR 9050/2004.
Essa norma observa as seguintes condições para o projeto de rampas
seguras:
A largura mínima admissível para uma rampa é de 1,20m, sendo
recomendada a largura de 1,50m. O fluxo de usuários é fator determinante para o
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119
dimensionamento dessa largura.
Na construção de uma rampa, quanto maior for a altura do desnível a
ser vencido, maior terá que ser o seu comprimento.
A inclinação das rampas deve ser calculada segundo a seguinte
equação: c = h x 100 e i = h x 100 i c i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura
do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal.
FIGURA 76 – DIMENSIONAMENTO DE RAMPAS
FONTE: Disponível em: <http://www.aulascad.com/2012/03/autocad-aula-19-calculando-e-
desenhando.html>. Acesso em: 25 jan. 2013.
Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que
atendam integralmente à tabela, podem ser utilizadas inclinações superiores a 8,3%
(1:12), mas até no máximo 12,5% (1:8).
Em edificações existentes, quando a construção de rampas nas
larguras indicadas ou a adaptação da largura das rampas for impraticável, podem
ser executadas rampas com largura mínima de 0,90 m com segmentos de no
máximo 4,0 m, medidos na sua projeção horizontal.
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FIGURA 77 E 78 – VISTA SIMULTÂNEA DE UMA RAMPA EM PLANTA BAIXA
(ACIMA) E VISTA LATERAL (ABAIXO)
FONTE: PUC, 2007.
Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,3% e o
raio mínimo de 3,0 m.
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FIGURA 79 – PLANTA BAIXA DE UMA RAMPA EM CURVA
FONTE: PUC, 2007.
6.2.4 Representação e Simbologia de Diversos Elementos de Projetos (Pergolados,
Lareira, Desníveis, Louças Sanitárias, Móveis)
Observe abaixo mais algumas representações de elementos diversos, que
serão úteis para você em seus futuros projetos:
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FIGURA 80 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE PERGOLADOS
FONTE: Disponível em: <http://forumdacasa.com/discussion/18038/pergola-em-madeira-
laminada/>. Acesso em: 25 jan. 2012.
FIGURA 81 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE LAREIRAS
FONTE: Disponível em: <http://www.lflareiras.com.br>. Acesso em: 25 jan. 2012.
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FIGURA 82 – GABARITO SANITÁRIO PARA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE
ELEMENTOS HIDRÁULICOS
FONTE: Disponível em:
<http://www.japaartmaterial.com.br/pintela/interface/product.asp?template_id=61&partner_id=2&nome
=Gabarito+A23+%28Sanit%E1rios%29+-+TRIDENT&dept_id=6000&pf_id=06000147000.
Acesso em: 25 jan. 2013.
Os desníveis (ou níveis) de um projeto sempre devem ser indicados em um
desenho técnico. Muitas vezes o Designer de Interiores deseja criar um ambiente
qualquer com dois diferentes níveis de piso, um mais alto e outro mais baixo. Como
indicar isso em projeto? Simples! Basta sinalizar com o símbolo padrão para níveis
em arquitetura. Observe:
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FIGURA 83 – SIMBOLOGIA DE NÍVEL (ESQ.) E INDICAÇÃO DO NORTE (DR.)
FONTE: Disponível em: <http://www.clasicasa.com/fotos/anuncio/1217877>.
Acesso em: 25 jan. 2013.
A regra para utilizar esses símbolos não é difícil: Supomos que para a parte
externa de uma casa consideremos que o nível seja “0”. Você loca o símbolo de
nível próximo ao chão (no seu desenho) e altera o valor para zero. Suponha ainda
que o lado de dentro da casa seja 10 centímetros mais alto que o lado de fora.
Então, você novamente sinaliza com o símbolo de nível e altera o valor para “+.10”.
Sempre que for indicar qual o nível do ambiente desenhado, faça-o em
metros (nunca em centímetros), e posicione o símbolo na horizontal. Ao desenhar
escadarias, não indique o nível a cada novo degrau, pois isso é desnecessário.
Indique o nível no primeiro degrau e no último, conforme a figura anterior do tópico
sobre escadas e rampas.
Em relação à representação de móveis em projetos de Design de Interiores,
não existe nenhuma regra fixa para isso. O importante é que a escala e as medidas
estejam de acordo com as medidas reais. Há profissionais que sequer detalham
seus móveis em projetos, mas deixam apenas “quadrados” desenhados em escala,
representando simbolicamente os móveis de um espaço. De qualquer forma,
detalhes sempre são bem-vindos para que a apresentação de um projeto seja
compreensível.
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FIGURA 84 – REPRESENTAÇÃO TÉCNICA DE MOBILIÁRIO PARA DORMITÓRIO
FONTE: Disponível em: <http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/closet-aspectos-
construtivos/76> Acesso em: 25 jan.2013.
Com o tempo, representar qualquer elemento em projetos técnicos será
muito fácil para você! Cada profissional desenvolve traços e recursos próprios, e
caberá a você descobrir quais são as suas particularidades para detalhar e
representar graficamente um projeto!
6.2.5 Representação de Paginação de Piso
Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em: comuns ou
impermeáveis. Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas molhadas”,
tais como cozinhas, áreas de serviço e banheiros. Vale a ressalva de que o tamanho
do reticulado é apenas uma representação que diferencia áreas molhadas de áreas
comuns, e nada tem a ver com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos.
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FIGURA 85 – REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DE ÁREAS COMUNS (A) E ÁREAS
MOLHADAS (B)
FONTE: PUC, p. 103 (2007).
Obs: Lembramos que essa é apenas uma representação simbólica dos
pisos, que os diferencia em áreas comuns e áreas molhadas. A questão da
representação de pisos real, tais como o tipo e tamanho das placas cerâmicas,
amadeirados, paviflex, etc., são itens que veremos no próximo tópico, sobre
decoração de plantas baixas.
6.2.6 Decoração de Plantas Baixas
Um dos itens mais apreciados pelos profissionais em Design de Interiores é
a decoração de plantas baixas. Essa é, digamos a parte “gostosa” de um projeto.
Depois de detalhar tecnicamente um projeto, especificar medidas e criar soluções
funcionais, o profissional se preocupará em demonstrar todas as soluções estéticas
que criou para o seu projeto.
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127
A paginação de pisos é um dos principais itens detalhados em uma planta
baixa humanizada (ou decorada). Assim, é possível demonstrar exatamente quais
tipos de pisos serão utilizados, tamanhos das placas cerâmicas, tipos de recortes e
até desenhos criados com as composições de pisos. Observe:
FIGURA 86 – PAGINAÇÃO DE PISOS
FONTE: Disponível em: <http://scs-inc.us/Other/VectorWiki/images/0/0a/VectorTile.jpg>. Acesso em: 25 jan. 2013.
Materiais para os móveis, tipos de pisos, materiais, cores... Todos esses
itens tornam-se muito evidentes com a decoração das plantas baixas. Há programas
(softwares) excelentes para isso, tais como o Corel Draw e o Photoshop, em que é
possível criar com facilidade plantas baixas e decorá-las com perfeição,
demonstrando com exatidão cada elemento e material do projeto.
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FIGURA 87 – PLANTA BAIXA DECORADA NO COREL DRAW
FONTE: Disponível em: <http://www.jrrio.com.br/planta-humanizada/apartamentos-mobiliados-
planta3d.html>. Acesso em: 25 jan. 2013.
Ainda que vivamos na era da informática e tenhamos tantos softwares
específicos para Design de Interiores, nada valoriza mais que o traço único de cada
profissional. Há muitos Designers de Interiores e Arquitetos que prezam por isso e
oferecem trabalhos exclusivos para seus clientes, com detalhamentos feitos a mão
livre.
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FIGURA 88 – PLANTA BAIXA DECORADA À MÃO LIVRE
FONTE: Disponível em: <http://oitodesign.wordpress.com/page/3/>. Acesso em: 25 jan. 2013.
Depois de conhecer um pouco sobre a elaboração de um projeto de Design
de Interiores, acredito que você possa estar se perguntando: e em relação aos
materiais, quais são os mais utilizados em decoração? Devo usar materiais
sustentáveis, ou o que realmente vale é a estética? Essas questões e muito mais
você verá no Módulo III desse curso!
FIM DO MÓDULO II