design de interiores

76
AN02FREV001/REV 4.0 54 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE DESIGN DE INTERIORES Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação

Upload: neto-correa

Post on 16-Apr-2016

149 views

Category:

Documents


9 download

DESCRIPTION

O profissional que antes era chamado de “decorador” teve suas funções modernizadas e ampliadas e agora é noemado de Designer de Interiores. Segundo o SENAC, o técnico nesta área “planeja, concebe e realiza projetos de interiores residenciais e espaços comerciais e públicos, como escritórios, hotéis, restaurantes. Estuda e propõe soluções adequadas tendo como referências a funcionalidade e uma melhor qualidade de vida.” Existem cursos técnicos integrados nesta área, para saber onde eles ficam entre em contato com a secretaria de educação do seu Estado. Nesta área existem o técnico, o tecnólogo e o bacharel. Várias instituições de ensino superior oferecem a formação nesta área. Entre em contato com alguns deles e pergunte a respeito da obrigatoriedade ou não do estágio para a conclusão do curso. No entanto o estágio pode der ser feito independente da obrigatoriedade formal, como iniciativa sua.

TRANSCRIPT

Page 1: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

54

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação

CURSO DE

DESIGN DE INTERIORES

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

Page 2: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

55

CURSO DE

DESIGN DE INTERIORES

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

Page 3: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

56

MÓDULO II

3 DESIGN DE INTERIORES PARA RESIDÊNCIAS E COMÉRCIOS

No Módulo I desse curso, conhecemos um pouco sobre a história do Design

de Interiores e a evolução do Design até os nossos dias. Conhecemos também um

pouco sobre o mundo das cores, e as diferentes sensações que podemos despertar

a partir do seu uso. Partindo dos tópicos já estudados no módulo anterior,

convidamos você a continuar criando os seus conceitos sobre as diversas maneiras

de se criar ambientes em Design de Interiores, observando com atenção as

particularidades de cada projeto.

Iniciaremos nossa explanação falando um pouco sobre as principais

diferenças entre se projetar ambientes residenciais e comerciais.

3.1 DESIGN DE INTERIORES RESIDENCIAL

A decoração de residências é algo bastante pessoal. Cada pessoa tem uma

maneira diferente de enxergar e apreciar a decoração, como vimos no processo de

percepção. Por isso mesmo é que o Designer de Interiores deve estar sempre atento

às necessidades e gostos de seu cliente, e não deixar-se simplesmente levar pelos

modismos e tendências do momento. Cada cliente é único, assim como todo projeto

de decoração de interiores deve ser.

Independente do perfil de cliente com quem você irá trabalhar é fato que

uma casa bem decorada faz toda a diferença. Um detalhe a mais, uma cor diferente,

a disposição dos móveis - cada item! – é capaz de motivar ideias e traduzir

sentimentos desejáveis em cada situação. É importante ressaltar que às vezes, a

tarefa de fazer um projeto residencial não é tão simples quanto parece. Como

Page 4: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

57

falamos no início, a decoração de uma casa é algo tão particular que é fácil

acontecer o que chamamos de “projetar para si mesmo”. Todo profissional deve

evitar isso!

Um profissional em Design de Interiores deve buscar conhecer seu cliente,

seu estilo e ritmo de vida. Deve perguntar exatamente o que deseja, conhecer o

espaço que dispõe para fazer o projeto, conhecer suas particularidades em relação

a cores, se o cliente é alguém mais clássico ou moderno, etc. Converse sempre,

anote tudo, faça suas anotações e rascunhos. Não descarte de todo as suas ideias

profissionais sobre o espaço que imaginou, pois muitas vezes o cliente não sabe ao

certo o que deseja. Juntando as suas ideias profissionais às necessidades de seu

cliente, será mais fácil identificar com exatidão aquilo que o que agrada, e assim

idealizar e projetar seu ambiente dos sonhos.

Voltando à base de tudo que é a questão do gosto pessoal, devemos

sempre lembrar que um projeto residencial deve ser sim, sobretudo, belo e

funcional, mas deve ter uma beleza mais discreta e menos específica em relação

aos ambientes comerciais. De nada adianta criar um ambiente moderno utilizando

materiais de ponta, exagerar nos apelos visuais, e esquecer-se de que o cliente irá

olhar todos os dias o mesmo cenário, e poderá enjoar facilmente dele. Pondere

sempre, e nunca insira mais elementos do que o ambiente permite. O ideal é pensar

em cada cômodo separadamente, pois cada um possui sua personalidade própria.

Há alguns quesitos que facilitam a obtenção de um ambiente agradável,

confortável, moderno e ergonomicamente correto. Para cada cômodo da casa

existem essas ressalvas, que serão apresentadas abaixo:

SALAS:

Ambientes pequenos devem ter móveis baixos em suas composições

(como racks, por exemplo), pois móveis altos “fecham” o ambiente, dando sensação

de “sufocamento”.

Sala de estar, jantar, televisão e escritório em um só lugar. Integrar

vários ambientes em um só é prático e está na moda. Ideal para aproveitar todo o

espaço disponível de forma bastante funcional, as salas versáteis são perfeitas para

você usar sua criatividade na decoração.

Page 5: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

58

Usar tons neutros nas paredes e nos móveis não sobrecarrega o visual

e permite que você ouse nas cores e nos detalhes na hora de decorar. Uma dica é

causar contrastes entre móveis e objetos decorativos. Assim, à elegância e a

sofisticação de um rack pode ser contrastadas com artigos coloridos, porta-retratos

ou pequenos vasos de flor.

Escritório na sala: tendência em alta e cada vez mais presente nos

projetos residenciais. Para expor o escritório na sala, a mesa deve causar boa

impressão. Madeiras e MDFs são bem-vindas, pois as mesas planejadas podem ser

feitas em qualquer espaço, por menor que seja. Para arrematar o desenho da mesa,

um armário multiuso prático para guardar seus documentos, trabalhos, livros e

objetos.

Os home theater são uma tendência que veio para ficar

definitivamente! As apostas são em móveis modernos, bonitos e práticos, que além

de atender às necessidades de um cinema em casa, também conferem total

aproveitamento dos espaços. Há projetos ainda mais inteligentes, em que uma face

do home atende à sala, e a face posterior transforma-se em um painel decorativo ou

até mesmo uma mesa de refeições, dividindo os ambientes com charme e conforto.

Para os ambientes mais claros e com estilo clean, uma estante de cor

branca é ideal para dar mais leveza à sala.

QUARTO DE CASAL:

É fato que os dormitórios dos apartamentos e casas estão cada vez

menores, mas nem por isso o conforto deve ser deixado de lado. Invista em

armários de correr, prateleiras e araras, que driblam com maestria a falta de espaço.

Os amadeirados são bem-vindos em dormitórios, assim como os

laminados, que conferem aconchego na medida certa. Carpetes não são pisos

práticos para quartos, devido a difícil manutenção e limpeza.

Page 6: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

59

Em relação às cores, as mais claras e suaves são as prediletas, pois

melhoram sensivelmente o sono. Porém, nada impede o uso de cores escuras ou

vibrantes, desde que combinadas de forma adequada.

QUARTO DAS CRIANÇAS

A preferência por tons suaves nos quartos infantis também prevalece,

mas devemos lembrar que criança pede alegria. Deve haver um cuidado extra ao

planejar esses ambientes, para não exagerar no uso excessivo das cores e nem

deixar o quarto monótono demais, com cores neutras. Uma boa opção é balancear

os tons suaves das paredes com cores vivas e vibrantes nos objetos, cortinas e

roupas de cama.

O conforto deve estar presente na acessibilidade dos móveis e também

na iluminação, que deve ser controlada em quartos de bebês.

Você pode incrementar seus projetos de dormitórios infantis com o uso

não apenas de cores, texturas e formas nos objetos, mas também em sons e música

para os pequenos. Isso estimula as conexões cerebrais das crianças.

Papel de parede e adesivos são escolhas interessantes, pois além de

enriquecer o projeto garantem uma economia significativa por dispensar a compra

de mais móveis. Quando a parede está decorada, dá-se a impressão de que o

ambiente está completo, e dispensa a aquisição de mobiliário extra.

COZINHA

Alie sofisticação e praticidade aos seus projetos, utilizando gavetas de

abertura mais fáceis, nichos para eletrodomésticos e bancadas mais amplas. A

integração entre a cozinha e outro ambiente sempre é interessante.

Em cozinhas menores, o ideal é o uso de mobiliário branco ou tons

neutros, que conferem a sensação de amplitude nos espaços.

Page 7: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

60

BANHEIROS

Com novos materiais de revestimento no mercado, já não existe a

obrigatoriedade de revestir todo o ambiente, mas há a liberdade de se fazer isso

apenas nas áreas molhadas (banho).

Na parte seca dos sanitários, vale a utilização de papel de paredes

vinílicos (emborrachados) e até imitações cerâmicas de amadeirados.

Banheiros e lavabos pequenos pedem cores e louças claras.

3.2 DESIGN DE INTERIORES COMERCIAL

Da mesma forma que os projetos para ambientes residenciais, os projetos

para os ambientes comerciais requer alguns cuidados e muito planejamento. Os

profissionais de design que apostam nesse tipo de trabalho precisam ter a proposta

do negócio muito bem definida para elaborar projetos com estilo, beleza, conforto e

que sejam coerentes com o público. Ainda, o projeto não deve fugir da proposta da

empresa, e nem daquilo que já é característico da marca.

Sem dúvida nenhuma os ambientes modernos e diferentes atraem a atenção

dos clientes, independente de seu ramo de atuação. Por isso, cada dia é crescente o

número de comerciantes que optam por inovar seus estabelecimentos comerciais,

investindo em projetos arrojados que venham a surpreender sua clientela.

Em ambientes comerciais as tendências costumam ser bem flexíveis, mas

deve-se sempre estabelecer os limites de cada projeto, optando sempre por agregar

cada conceito ao seu público-alvo. Observe a proposta geral do estabelecimento, e

invista em elementos característicos dos consumidores que compõem esse grupo.

Por exemplo: uma loja de artigos naturais poderá adotar uma decoração a partir de

materiais sustentáveis, unindo o rústico ao moderno, além de enfatizar a tônica do

estabelecimento. Aliás, a tematização é uma grande aliada para os profissionais,

pois é como se fosse um ponto de partida para iniciar qualquer projeto. Mas atente-

Page 8: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

61

se para um detalhe: a tematização jamais deve comprometer o conforto e bem-estar

de seus usuários. Para isso, reflita sobre o seguinte:

Inicie a organização de suas ideias a partir do produto oferecido por

esse estabelecimento comercial, pois essa será a sua base conceitual.

Defina com exatidão cada espaço que irá compor o projeto em sua

totalidade, escolhendo elementos que não tornem o ambiente carregado

visualmente.

Bares e Restaurantes podem apresentar características decorativas de

acordo com sua proposta cultural, como é o caso de estabelecimentos que oferecem

comida oriental, por exemplo.

FIGURA 40 – RESTAURANTE SOFISTICADO INVESTE EM CORES MODERNAS

E ILUMINAÇÃO ACOLHEDORA

FONTE: Disponível em: <//www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630.> Acesso em: 30 nov.

2012.

Page 9: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

62

FIGURA 41 – CORES VIVAS EM RESTAURANTE INFORMAL E DESCONTRAÍDO

FONTE: Disponível em: <http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov. 2012.

Escritórios e consultórios pedem uma decoração mais neutra e sóbria,

justamente por possuírem um público mais abrangente e de diferentes estilos.

Page 10: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

63

FIGURA 42 – DECORAÇÃO EM ESPAÇOS COMERCIAIS

FONTE: Disponível em: < http://acervodeinteriores.com.br/casa-cor-parana-2010/> Acesso em: 30

nov. 2012.

Page 11: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

64

FIGURA 43 – TONS SÓBRIOS E NEUTROS SÃO BEM-VINDOS EM AMBIENTES

FORMAIS

FONTE: Disponível em: <http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov. 2012.

Em lojas diversas, invista sempre em estruturas modernas, com

iluminação agradável e toda uma ambientação de forma a deixar o consumidor à

vontade. Faça uso da cromoterapia, pois afinal, sabemos o quanto as cores exercem

influências nos espaços.

Preocupe-se também com a questão espacial. A circulação das

pessoas é fundamental para criar um espaço agradável, onde se queira estar. Por

isso mesmo, sempre programe passagens, corredores e espaçamento adequado

entre o mobiliário, para que nada fique com aspecto de “amontoado”. Mais

importante que “encher” o projeto de móveis, é pensar que pessoas utilizarão aquele

espaço, e precisarão sentir-se confortáveis ali. Menos SEMPRE é mais em matéria

de Design de Interiores!

Page 12: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

65

FIGURA 44 – PROJETO DE MARCENARIA APOSTOU EM PRATELEIRAS

PESADAS E MODERNAS, REALÇANDO OS PRODUTOS EM EXPOSIÇÃO.

DESTAQUE PARA A DISPOSIÇÃO DOS MÓVEIS, OBJETIVANDO A

CIRCULAÇÃO E MOBILIDADE NO ESPAÇO

FONTE: Disponível em: < http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov.2012.

Page 13: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

66

FIGURA 45 – RUSTICIDADE, CORES E MATERIAIS FAZEM ALUSÃO AO

PÚBLICO MASCULINO DESSA LOJA

FONTE: Disponível em: <http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov.2012.

Ao projetar academias e áreas de lazer, faça uso também da

cromoterapia. As cores são muito importantes na elaboração de um espaço

dedicado à prática de exercícios físicos. Na área de alongamento, por exemplo, use

cores relaxantes como o azul, verde e lilás. Já na área dos exercícios intensos,

como musculação e exercícios aeróbicos, cores vibrantes são excelentes opções

para colorir uma das paredes.

Page 14: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

67

FIGURA 46 – CORES CALMAS NAS PAREDES E ILUMINAÇÃO PRIVELIGIAM

ESSA ÁREA PARA RELAXAMENTO E PILATES

FONTE: Disponível em: <http://www.victoriaincorp.com.br/blog/?p=1630>. Acesso em: 30 nov. 2012.

4 CARACTERES DO DESIGN DE INTERIORES: COMO PERSONALIZAR E

PLANEJAR A DECORAÇÃO

Depois de identificar a categoria do seu projeto – Residencial ou Comercial -,

é hora de planejar a decoração deste espaço. Somente com um planejamento será

possível criar um ambiente tal qual você e, especialmente seu cliente desejam.

Nesse sentido é imprescindível considerar três pontos bastante

específicos: praticidade, estética e conforto. Tudo em um projeto, desde os

móveis às cores das paredes e iluminação, deve contribuir para um ambiente mais

Page 15: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

68

funcional, harmonioso e acolhedor. Para conseguir tais efeitos, confira algumas

dicas válidas em cada uma dessas categorias.

No quesito praticidade, deve-se sempre pensar o projeto como um todo:

isso será viável? Usar esse ou aquele acabamento é possível? Ficará funcional e

prático? De quanto dispomos em caixa para iniciar o projeto? Essas questões são

importantes e indispensáveis, pois tendo em mente o orçamento disponível para a

reforma, fica mais fácil você “acertar em cheio” em sua composição. O valor é que

definirá um projeto mais ou menos sofisticado, com uso de menos ou mais itens.

Já no quesito estética, pense que as cores são grandes aliadas suas para

enriquecer suas composições de design. Por isso, o profissional deve perguntar-se:

Que ambiente é esse? Que impressões e sensações desejo criar nesse espaço? Ela

confere com o desejo do cliente?

Por último, o quesito conforto! Parece tão óbvio, mas uma regra está acima

de todas: faça seus projetos para serem usados pelas pessoas. De nada adianta

criar um ambiente lindo, mas talvez pouco ou muito iluminado, com pouco

espaçamento e móveis desconfortáveis, que absolutamente parecem não terem sido

criados para pessoas. Priorize sempre o conforto no seu projeto, pois os móveis

devem ser ergonômicos para proporcionar condições que não causem danos à

saúde dos seus utilitários.

Na fase inicial de um projeto, são feitas todas essas

considerações que acabamos de ver, e muitas outras além

dessas. O profissional em Design de Interiores necessita, além

de criar de fato o projeto, escolher os materiais que serão utilizados, os móveis

(planejados ou não), a equipe que realizará a obra, estabelecer qual será o custo e

ainda, em quanto tempo tudo vai ficar pronto. Isso tudo faz parte da etapa de

planejamento, objetivando sempre a racionalização, pois o planejamento adequado

Seguindo inicialmente esses conceitos, é possível fazer

deles os seus três grandes aliados para garantir o sucesso

do seu projeto de Design de Interiores!

Page 16: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

69

impede o erro e possibilita a efetivação da obra com exatidão, tal qual ela foi

concebida em projeto pelo profissional.

Ao planejar o projeto, o ideal é utilizar uma planilha para fazer o controle de

gastos da obra. O profissional deve listar todos os itens que precisam ser

comprados, dependendo da verba disponível. Dessa maneira não há o risco de

extrapolar a disponibilidade do caixa.

Agora que você já conheceu um pouco sobre a importância do planejamento

do projeto de Design de Interiores, iremos conversar mais um pouco, e prepará-lo

finalmente para iniciar seus projetos!

4.1 QUESTÕES IMPORTANTES PARA SE INICIAR O PROJETO

Antes de partirmos para a prática de projetar ambientes, algumas

considerações se fazem válidas. Essas considerações são variáveis muito

importantes, que deverão reger todo e qualquer projeto de Design de Interiores.

Você conhecerá sucintamente cada uma dessas variáveis a seguir.

4.1.1 Estilos e Tendências

Ditadores da moda em design de interiores, os estilos e tendências devem

sim ser admirados e usados pelo profissional. Contudo, não devem ser regra.

Lembre-se que você está projetando para um cliente específico, e nem sempre as

ultimas tendências fazem parte do seu gosto particular ou cabem em seu orçamento.

Procure sempre ser eclético, porém “antenado” nas novidades do mercado.

Cada dia mais é nítido que o design de interiores deixou de ser um serviço

de luxo supérfluo para ganhar funcionalidade. Novos conceitos surgem no universo

do design de interiores moldados ao estilo de vida e, assim, os espaços interagem

com as necessidades reais das pessoas. O comportamento do cliente deve sempre

ser observado atentamente pelo profissional de design no momento de idealizar um

Page 17: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

70

novo projeto. Grandes ideias e tendências devem basear-se na cultura popular. A

decoração de interiores busca referências no mundo da moda, na arte e no cotidiano

urbano.

Novos materiais e tecnologias “caíram” no gosto dos consumidores,

provando que muitas tendências transformaram-se em estilos, e vieram para ficar.

Confira algumas delas:

Gesso sempre! Esse material propicia um lindo acabamento no teto,

paredes e piso, deixando-os bonitos e super elegantes.

O porcelanato, “queridinho” na categoria dos pisos já há algum tempo,

também poderá “reinar” nas paredes, pois seu acabamento é moderno, liso e

protege a casa de infiltrações.

A combinação de cores suaves e vibrantes cria ambientes muito mais

interessantes e ecléticos.

Iluminação branca fornecida por lustres e luminárias modernas também

estão em alta.

O estilo vintage nunca esteve tão em alta, e seus conceitos estão

presentes em artigos diversos, como móveis, tecidos, acessórios, objetos

decorativos e papéis de parede. Experimente unir o moderno ao retrô, e certamente

você criará um ambiente charmoso e exclusivo.

Formas geométricas, curvas suaves, estampas de época relembrando

o estilo Art Noveau, quando combinados com uma decoração contemporânea

tornam o ambiente deslumbrante!

Cada estilo e tendência devem ser compreendidos e assimilados pelo

Designer de Interiores, que se sentirá livre e seguro para fazer uma releitura das

novidades em voga. Conhecer os lançamentos do mercado e manter-se atualizado é

importante, mas o essencial é você criar conceitos próprios com base nisso.

Muito mais que bonito, um projeto precisa necessariamente ser funcional e

também ergonomicamente confortável para os seus usuários. Que tal conhecer um

Page 18: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

71

pouco sobre a Ergonomia, e aplicar esses princípios aos seus futuros projetos?

Você verá tudo isso nos próximos tópicos.

4.1.2 Estudo do Espaço e Princípios Ergométricos

“Ergonomia” origina-se de duas palavras Gregas: “ergon” (que significa

trabalho) e “nomos” (que significa leis). De forma sucinta, a palavra é a ciência que

estuda e aplica teorias, princípios, dados e métodos para projetar o conforto, a

saúde e o bem-estar dos seres humanos. Relaciona o homem ao meio em que foi

inserido, e une diversas áreas de conhecimento como a anatomia, antropometria,

arquitetura, psicologia dentre outras.

A Ergonomia pode ser aplicada em vários setores de atividade, tais como a

indústria, comércio, hospitais, residências, escolas, transportes, sistemas

informatizados, etc. Em todos os setores ativos fazem-se necessárias intervenções

ergonômicas, a fim de melhorar significativamente a eficiência, a produtividade, a

segurança e a saúde de seus usuários. A Ergonomia está presente em todas as

ações que envolvem as pessoas, e sua tônica é a busca constante de adaptações

que propiciem mais conforto e adaptabilidade para todos os seres humanos.

O projeto de Design de Interiores está diretamente ligado à Ergonomia, e

deve obrigatoriamente objetivar o conforto máximo, prazer, satisfação das

necessidades básicas e até mesmo redução de gastos diversos desnecessários. Um

ambiente é mais valioso em si quando fornece a máxima satisfação em todos os

aspectos, quando se consideram em primeira instância os propósitos mencionados.

Lembre-se que o Designer de Interiores deve sempre se preocupar com a

qualidade ergonômica que oferece em seus projetos, voltando-se constantemente às

necessidades humanas tanto a nível fisiológico quanto psicológico. Veremos mais

detalhadamente como oferecer qualidade ergonômica nos projetos nos próximos

tópicos.

Page 19: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

72

4.1.2.1 Circulação e Medidas: Relação Homem/Objetos e Mobiliário

Questões como distribuição dos itens em um espaço, dimensionamento dos

móveis, condições adequadas de iluminação, acústica, temperatura e umidade

competem exclusivamente ao trabalho do Designer de Interiores. Cada espaço a ser

concebido pelo Designer de Interiores deve levar em conta algumas considerações

sobre padronizações e medidas, o que tornará o projeto muito mais confortável,

viável e ergonomicamente correto.

COZINHA:

Deve ser projetada de modo a adaptar as dimensões do mobiliário fixo e

móvel, prezando sempre a circulação adequada. Recomenda-se o uso mínimo das

seguintes medidas:

• 60 centímetros para passagem de uma pessoa;

• Altura da bancada da pia de 85 a 90 centímetros;

• 80 centímetros para baixar ou agachar;

• 120 centímetros em cozinhas com um layout de bancadas paralelas;

Page 20: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

73

FIGURA 47 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA COZINHAS

FONTE: TOMAZI, 2010.

FIGURA 48 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA COZINHAS

FONTE: TOMAZI, 2010.

Page 21: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

74

FIGURA 49 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA

COZINHAS

FONTE: Tomazi, 2010.

COZINHAS (ADAPTADAS PARA CADEIRANTES)

As dimensões ideais em cozinhas adaptadas são diferentes e, portanto, é

recomendado:

Colocar apenas tampo abaixo da pia, fogão e bancada de trabalho.

Não utilizar armários abaixo da pia.

Instalar prateleiras e módulos superiores em altura menor.

Passagem mínima usuário de muletas: 72 cm

Page 22: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

75

FIGURA 50 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA COZINHAS

ADAPTADAS

FONTE: TOMAZI, 2010.

BANHEIROS:

Em sanitários comuns, as dimensões mínimas usuais correspondem às da

imagem abaixo:

FIGURA 51 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA SANITÁRIOS

FONTE: TOMAZI, 2010.

Page 23: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

76

BANHEIROS ADAPTADOS:

Para banheiros adaptados, as indicações são as seguintes:

Essencial o uso de tapete antiderrapante.

Puxadores em forma de alça.

Barras de apoio no chuveiro e próximo ao vaso sanitário.

Espaçamento adequado para circulação.

FIGURA 52– MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA SANITÁRIOS

ADAPTADOS

FONTE: TOMAZI, p. 27 (2010).

Page 24: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

77

FIGURA 53 – MEDIDAS ERGONOMICAMENTE CORRETAS PARA SANITÁRIOS

ADAPTADOS

FONTE: TOMAZI, p. 27 (2010).

4.1.2.2 Regras de Ergonomia para Projetar Ambientes

Prezando sempre o bem-estar, saúde e segurança dos usuários, seguem

algumas regras de Ergonomia para ambientes diversos, os quais devem ser

aplicados por você, profissional em Design de Interiores. Todos os fragmentos foram

extraídos da obra “Ergonomia Aplicada à Arquitetura” (TOMAZI, 2010):

Page 25: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

78

• Decoração: instale fitas adesivas debaixo dos tapetes para fixá-los; os

tapetes devem ser evitados, mas caso permaneçam opte por aqueles de cerdas

baixas;

• Móveis: evite que o idoso tenha que se abaixar ou se esticar muito para

alcançar os objetos (utilize móveis com altura média); cadeiras e sofás com

assento médio e espaldar alto são mais confortáveis para se levantar; cantos

arredondados são mais seguros; mesas laterais devem ser fixas para permitir que

se apóiem quando necessário; gavetas devem ter travas de segurança para que

não caiam ao abrir; armários com portas de correr são melhores por não

interferirem na área de circulação; evite móveis de vidro;

• Cores: Paredes de cores claras refletem melhor a luz e detalhes com

cores mais fortes podem estimular os sentidos do idoso e tornar a rotina mais

dinâmica;

• Circulação: deve ser a mais livre possível e em geral no mínimo 80 cm;

• Acesso Escadas: o melhor é que ocorra através de rampas, com no

máximo 8% de inclinação; para maior proteção instale corrimão com 90 cm de

altura nas escadas e rampas; elevadores e plataformas elevatórias são uma boa

solução para evitar escadas e desníveis;

• Escadas: devem ter patamar entre 28 e 30 cm para que os pés tenham o

apoio necessário; marque o início e o fim da escada, o que pode ser feito

utilizando um material de cor e textura diferente; balizadores (pontos de

iluminação) em cada degrau facilitam sua visualização; evite desníveis pequenos

que podem provocar tropeços (prefira pequenas rampas);

• Piso: opte pelos antiderrapantes, como cerâmicas com textura tátil e pisos

emborrachados;

• Banheiro: adapte barras de apoio, vaso sanitário elevado e banco dentro do box

(pode-se utilizar o mesmo padrão do banheiro para deficientes motores

NBR9050 ABNT.

• Iluminação: deve ser abundante e uniforme, evitando pontos escuros que

Page 26: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

79

• Escadas: devem ter patamar entre 28 e 30 cm para que os pés tenham o

apoio necessário; marque o início e o fim da escada, o que pode ser feito

utilizando um material de cor e textura diferente; balizadores (pontos de

iluminação) em cada degrau facilitam sua visualização; evite desníveis pequenos

que podem provocar tropeços (prefira pequenas rampas);

• Piso: opte pelos antiderrapantes, como cerâmicas com textura tátil e

pisos emborrachados;

• Banheiro: adapte barras de apoio, vaso sanitário elevado e banco dentro

do box (pode-se utilizar o mesmo padrão do banheiro para deficientes motores

NBR9050 ABNT).

• Iluminação: deve ser abundante e uniforme, evitando pontos escuros que

possam esconder objetos compensando as dificuldades visuais; as lâmpadas

devem ser anti-ofuscante (lâmpadas leitosas permitem iluminação indireta);

facilite o acesso aos interruptores escolhendo os iluminados;

• Cozinha: torneira de monocomando ou alavanca facilitam o manuseio;

copos de plástico e de metal evitam cortes no caso de acidentes; ter um carrinho

com rodas facilita o transporte dos objetos de um ambiente para o outro;

• Quarto: deve ficar no andar térreo, com acesso fácil ao banheiro; a cama

deve ter altura que permita estar sentado e apoiar os pés no chão; colchão e

travesseiros devem estar de acordo com as necessidades de saúde da pessoa

(como o peso); deve haver lanterna, telefone e campainha próximos da cama; a

mesa lateral deve ter cantos arredondados;

• Jardim: deve ser bem iluminado para que quem esteja dentro da casa

enxergue bem o que há do lado de fora garantindo segurança física e psicológica;

• Portas: se possível sempre com vão de 80 cm, principalmente para o banheiro e

entrada da casa (esta pode ser maior, com 90 cm); maçanetas de alavanca (e

não redondas) são recomendadas;

Quanto às instalações e equipamentos em geral

• Previsão de instalação de luz de emergência nos corredores: facilita a circulação

Page 27: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

80

• Jardim: deve ser bem iluminado para que quem esteja dentro da casa

enxergue bem o que há do lado de fora garantindo segurança física e psicológica;

• Portas: se possível sempre com vão de 80 cm, principalmente para o

banheiro e entrada da casa (esta pode ser maior, com 90 cm); maçanetas de

alavanca (e não redondas) são recomendadas;

Quanto às instalações e equipamentos em geral

• Previsão de instalação de luz de emergência nos corredores: facilita a

circulação segura quando falta luz.

• Colocação de interruptor iluminado: facilita sua visualização evitando que

se ande no escuro sem acender a luz.

• Disposição de quadro de luz principal a 1,10m de altura – hoje, o padrão

é de 1,50m: com a altura de 1,10m o acesso fica facilitado a qualquer pessoa.

• Interruptores nas paredes para acionamento de abajures evitando a

circulação no escuro atem alcançá-los.

• Tomadas a 45 cm do piso, em vez de 30 cm – evita a pessoa ter que se

abaixar muito para ligar equipamentos.

• Interruptor a 1,05m do piso em vez de 1,10m, como é usado. Ficam mais

acessíveis a todas as pessoas.

• Instalações elétricas programadas para qualquer layout de mobiliário:

evita-se o uso de extensões e fios soltos que podem ocasionar tropeções e

quedas.

• Sistema de automação para acionamento de luz, portões, persianas e

eletroeletrônicos em geral, facilitando a vida do usuário e oferecendo mais

segurança.

Page 28: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

81

• Instalações elétricas programadas para qualquer layout de mobiliário:

evita-se o uso de extensões e fios soltos que podem ocasionar tropeções e

quedas.

• Sistema de automação para acionamento de luz, portões, persianas e

eletroeletrônicos em geral, facilitando a vida do usuário e oferecendo mais

segurança.

• Instalações hidráulicas que permitam a colocação de acessórios,

inclusive barras de segurança. Evitam-se transtornos causados por perfurações

em canos de água no momento em que o usuário necessitar usar as barras de

segurança.

Sala

• Previsão de iluminação extra – permite pontos focais de luz para diversas

atividades.

• Móveis com boa estabilidade, pesados e firmes – facilitam o apoio.

• As mesas não devem ter tampo transparente – pode atrapalhar a noção

de profundidade e causar acidentes.

• Cadeiras sem rodízio – dificultam o ato de sentar e levantar.

• As estantes devem ser fixas no chão ou nas paredes – o idoso pode

apoiar-se nelas em caso de queda.

Corredor interno

• Evitar o uso de janelas no fim do corredor – a iluminação direta na altura dos

olhos pode provocar ofuscamento.

• Evitar piso reflexivo – reflete a iluminação e provoca confusões temporárias.

Page 29: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

82

Corredor interno

• Evitar o uso de janelas no fim do corredor – a iluminação direta na altura

dos olhos pode provocar ofuscamento.

• Evitar piso reflexivo – reflete a iluminação e provoca confusões

temporárias.

• O corredor deve permitir, em algum trecho do seu percurso, o giro da

cadeira de rodas, tendo para isso uma largura não inferior a 1,50m.

• Em corredores longos, recomenda-se o uso de corrimãos.

Dormitório

• Utilização de senso de presença – evita locomoção no escuro a noite.

• Previsão de instalações de aparelhos e ar condicionado e aquecedores

fixos – evita-se o uso de extensões e fios soltos.

• Moveis fixos e com quinas arredondadas.

• Instalação para painel de alarme e controle de iluminação junto da

cabeceira.

• Ponto de telefone junto da cabeceira.

• Iluminação dentro de armários – permitindo boa visualização do seu

interior.

• Cama com 50 cm de altura – facilita a transferência de pessoas com mobilidade

reduzida.

• Guarda-roupas com portas de correr ou de rolar.

• Prateleiras e porta-cabides com altura de aproximadamente 1,20m. Facilita o

Page 30: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

83

• Cama com 50 cm de altura – facilita a transferência de pessoas com

mobilidade reduzida.

• Guarda-roupas com portas de correr ou de rolar.

• Prateleiras e porta-cabides com altura de aproximadamente 1,20m.

Facilita o uso para pessoas de baixa estatura e cadeirantes.

Cozinha

• Disposição de prateleiras mais baixas, evitando o uso de banquinhos

para acessá-las.

• Bancadas em dois níveis, ou mesmo reguláveis, possibilitando o uso por

pessoas sentadas.

• Colocação de tampos de apoio dos dois lados do fogão – permitindo o

apoio de panelas e objetos quentes.

• Tampo com 65 cm de profundidade em vez de 60 cm – facilita o encaixe

de cadeira de rodas.

• Torneiras de alvenaria ou com sensores – permitem uso por pessoas de

baixa estatura ou mesmo sentadas, sem necessidade de toque.

• Instalação de detectores sonoros e visuais de fumaça e de gás –

garantem mais segurança, inclusive a deficientes visuais ou auditivos, com olfato

reduzido.

• Cantos dos tampos com uma faixa de Cr contrastante – evita que pessoas com

a visão reduzida choquem-se.

• Forno a 90 cm do chão – evita que a pessoa se abaixe para colocar um prato.

• Botões dos fogões na parte de cima – facilitam a visão, diminuindo a

Page 31: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

84

• Cantos dos tampos com uma faixa de Cr contrastante – evita que

pessoas com a visão reduzida choquem-se.

• Forno a 90 cm do chão – evita que a pessoa se abaixe para colocar um

prato.

• Botões dos fogões na parte de cima – facilitam a visão, diminuindo a

possibilidade de erros.

Banheiros

• Acessível ao uso de cadeira de rodas.

• Posição de tubulação correta para não atrapalhar a instalação de

equipamentos, inclusive as barras de segurança, quando ou se for necessário.

• Piso antiderrapante.

• Portas abrindo para fora – facilitando o socorro quando necessário.

• Ralo do chuveiro distante do centro da ducha – evitando o acumulo de

água quando há tapete antiderrapante.

• Tubulação mínima na área dos joelhos, facilitando aos usuários de

cadeiras de rodas.

• Tampo do vaso sanitário ajustável – adequa-se a usuários de qualquer

altura.

• Espelhos levemente inclinados para baixo facilitando a visão para crianças,

pessoas de baixa estatura e usuários de cadeira de rodas.

• Cortina de plástico em vez de Box – as pessoas tendem a se apoiar no Box e

quebrá-lo.

Page 32: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

85

• Espelhos levemente inclinados para baixo facilitando a visão para

crianças, pessoas de baixa estatura e usuários de cadeira de rodas.

• Cortina de plástico em vez de Box – as pessoas tendem a se apoiar no

Box e quebrá-lo.

• Torneiras de monocomando e de alavanca – evitam que o usuário se

queime e permitem o acesso quando sentado.

Mobiliário e equipamentos

• Se forem pesados e firmes, facilitam o apoio sem se mexerem.

• Cantos arredondados.

• Ferros de passar que desligam automaticamente.

• Floreira com altura de aproximadamente 45 cm, para poder ser

manipulada por qualquer pessoa.

• Teclas closed-caption – ajudam pessoas com deficiência auditiva e

estrangeiros a acompanhar a TV.

Page 33: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

86

4.1.2.3 Medição de Ambientes e Cálculo de Área

Uma das primeiras coisas que costumeiramente se faz ao iniciar um projeto

de Design de Interiores é o cálculo da Área. Desse cálculo depende toda a

composição do projeto, pois não conseguiríamos fazer nada sem obtermos as

medidas reais de um ambiente, não é mesmo?

Mas, como calcular a área de um ambiente qualquer, como uma sala, por

exemplo? Vamos procurar explicar esses cálculos básicos de uma forma simples e

prática. Observe alguns conceitos vitais da geometria, que por sinal você já deve ter

aprendido algum dia na escola:

A) AMBIENTE RETANGULAR: No retângulo, basta multiplicar a base pela

altura.

B) AMBIENTE QUADRADO: No quadrado é só multiplicar lado vezes lado

(lado²).

C) AMBIENTE TRIANGULAR: No Triângulo basta só multiplicar a base

pela altura e dividir tudo por 2.

D) AMBIENTE TRIANGULAR (COM LADOS IGUAIS): No Triângulo

equilátero é só multiplicar lado vezes lado (lado²) e multiplicar pela raiz quadrada de

3, por fim, divida tudo isso por 4.

E) AMBIENTE PARALELOGRAMO: No Paralelogramo é só multiplicar a

base pela altura.

F) AMBIENTE TRAPEZOIDAL: No trapézio é só somar a base maior (B)

com a base menor(b) e multiplicar pela altura, por fim, é só dividir tudo por 2.

G) AMBIENTE LOSANGULAR: No losango é só multiplicar a base (D)

pela altura (d) e dividir tudo por 2.

Para exemplificar, observe a figura abaixo:

Page 34: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

87

FIGURA 54 – CÁLCULO DA ÁREA EM AMBIENTES DE FORMATOS DIVERSOS

FONTE: Disponível em: <http://www.entrouaprendeu.com.br/2009/04/aprenda-calcular-area-para

diversas.html>. Acesso em: 3 dez.2012

Page 35: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

88

FIGURA 55 – CÁLCULO DA ÁREA EM AMBIENTES DE FORMATOS DIVERSOS

FONTE: Disponível em: <http://www.entrouaprendeu.com.br/2009/04/aprenda-calcular-area-para-

diversas.html>. Acesso em: 3 dez 2012.

Page 36: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

89

Só para exemplificar a facilidade de se calcular à área de ambientes

retangulares vamos dar um exemplo. Imagine uma sala que tenha 3 metros de

largura por 4 metros de comprimento. Basta que você multiplique a largura pelo

comprimento, ou seja, a base vezes a altura.

Base (3) x Altura (4) = 12m²

Percebeu o quanto é simples? Ambientes complexos com ângulos, cantos e

demais componentes difíceis de calcular podem ser facilmente calculados em

softwares específicos para isso, como o Autocad por exemplo. Mas isso é um

assunto que veremos mais adiante!

Não se preocupe em decorar todas essas fórmulas! Esse

conteúdo está disponível apenas à titulo de conhecimento.

A grande maioria dos ambientes que você irá projetar

serão retangulares, e por isso mesmo, o cálculo é muito

simples e não precisa de fórmula alguma.

Não se preocupe em decorar todas essas fórmulas! Esse

conteúdo só está disponível a título de curiosidade. A

maioria dos ambientes que você irá planejar será

retangular, e por isso mesmo você não precisará utilizar

nenhuma fórmula para calcular a área.

Page 37: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

90

4.1.3 Iluminação Artificial e Natural

FIGURA 56 – PROJETO MESCLA ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL

FONTE: Disponível em: <http://www.engenhariacivil.com/iluminacao-natural-iluminacao-artificial-

engenharia>. Acesso em: 3 dez.2012.

Page 38: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

91

Não é por acaso que a iluminação em Design de Interiores é um dos

conceitos mais fascinantes! Cabe ao profissional dessa área analisar o ambiente a

ser feito o projeto, e extrair dele todo o seu potencial de iluminação, tanto natural

quanto artificial. Muitas vezes, um ambiente está mal iluminado por falta de

aproveitamento adequado da luz, e o Designer de Interiores tem todo o poder em

suas mãos para intervir e criar ali um ambiente interessante e cheio de luz.

Hoje, fala-se muito em sustentabilidade, e os projetos de Design têm

acompanhado essa tendência de aproveitamento de recursos naturais. Então, por

que não iniciarmos falando de iluminação natural? O reconhecimento da importância

da iluminação natural, bem como seu aproveitamento efetivo na iluminação dos

espaços interiores, nunca foi tão priorizado como hoje. Janelas maiores, caixinhas

de vidro e até soluções mais drásticas – como “rasgos” literais na alvenaria, são

intervenções que ganharam forças nos últimos tempos. E tudo em nome da

sustentabilidade, e da garantia do uso adequado dos recursos naturais e

consequente economia de energia.

Assim como as cores, não devemos nos esquecer de que a iluminação

possui um forte impacto psicofisiológico sobre os ocupantes dos espaços, e por isso

mesmo devemos usá-la adequadamente, buscando sempre melhorias em sua

utilização. Na iluminação, não existem regras fixas de quando e como utilizar a luz

natural e a artificial. O maior desafio, no entanto, consiste em se conseguir combinar

da melhor forma as duas, fazendo sua integração. E isso vai partir das necessidades

reais do cliente e do olhar profissional do Designer, que encontrará a solução mais

esteticamente harmônica, viável e, sobretudo econômica para cada projeto.

Além das aberturas convencionais para janelas ou vidros fixos, outros tipos

de aberturas contribuem muito para o aproveitamento da luz natural, a chamada

“iluminação zenital”. Sheds e claraboias são alguns exemplos dessa categoria de

iluminação, que se dão por meio de aberturas feitas na laje superior de um

ambiente.

Page 40: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

93

O uso de aberturas zenitais é válido, desde que se observe com atenção o

tipo de vidro que irá cobrir os caixilhos. Uma questão discutível sobre esse assunto é

o uso de vidros de baixa transmissão de luz, onde muitas vezes não há um

aproveitamento adequado da iluminação natural, impossibilitando uma melhor

gestão de energia utilizada nos ambientes.

Tão moderno e inteligente quanto às aberturas superiores, é agregar

iluminação artificial e natural. Quando feita adequadamente, essa mistura de luzes

valoriza ainda de forma única os espaços internos. Porém, não é tão simples fazer

um projeto de iluminação. Deve ser pensado nos efeitos dessa mistura, que podem

acarretar reflexos indesejáveis, comprometendo o conforto nos espaços.

Locais com paredes brancas, por exemplo, refletem melhor a luz natural, por

isso, não é aconselhável o uso de cores quentes. Essas só devem ser utilizadas

quando a luz natural é bastante reduzida. Devem-se considerar também as

mudanças climáticas e o clima predominante na região, pois todos esses fatores

podem influenciar na iluminação e temperatura do local, tanto para melhor quanto

para pior.

Como vimos, é grande a responsabilidade de um profissional em Design de

Interiores, e dele depende todo o sucesso do projeto e o bem-estar dos seus

usuários!

Page 41: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

94

FIGURA 58 – MISTO DE ILUMINAÇÃO NATURAL E ARTIFICIAL

FONTE: Disponível em: <http://www.engenhariacivil.com/iluminacao-natural-iluminacao-artificial-

engenharia>. Acesso em: 3 dez. 2012.

4.1.4 Conforto Ambiental

Depois de estudar os últimos tópicos sobre iluminação e ergonomia, acredito

que você já deve ter tido um bom vislumbre a respeito da importância do conforto

nos ambientes. O Conforto Ambiental nada mais é do que adequar os princípios

físicos envolvidos às necessidades de um ambiente, tais como temperatura, luz,

acústica e visual.

Você conhecerá cada um deles a seguir.

CONFORTO TÉRMICO

Está relacionado basicamente em duas reações do organismo humano,

quando submetido a ambientes quentes e frios. Ambas as situações, em extremo,

causam bastante desconforto e, portanto, devem ser evitadas ao máximo pelo

Page 42: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

95

profissional. Cores e aberturas mal utilizadas têm correlação direta com esses

efeitos.

Podemos afirmar que houve uma Reação ao frio quando as perdas de calor

são maiores que o necessário, expondo as pessoas a reações desconfortáveis de

arrepio e tiritar. Já a Reação ao calor ocorre quando as perdas de calor são

menores do que deveriam ser, caracterizada pelo desconforto da exsudação (suor).

CONFORTO LUMINOSO

A distribuição equilibrada da luz natural ou artificial deve ser racionalizada,

de forma a evitar desconfortos relacionados à sensação de ofuscamento ou

sombreamento excessivo.

CONFORTO ACÚSTICO

O desconforto acústico também é um elemento que deve ser evitado em

todos os casos. Esses problemas podem ser eliminados fazendo-se um tratamento

acústico adequado por meio de mantas isolantes acústicas. Esse tipo de tratamento

nas alvenarias e forros visa atenuar o nível de energia sonora, promovendo o

isolamento dos sons indesejáveis.

CONFORTO VISUAL

O conforto visual talvez seja um dos desafios mais importantes que um

Designer de Interiores tem para resolver. Nesse aspecto as cores, objetos, móveis,

revestimentos e tudo o mais que envolve apelo visual podem comprometer

seriamente o bem-estar das pessoas em um ambiente. Ainda, a ausência de

conforto visual, ou seja, a ausência de um ambiente visualmente tranquilo e

agradável pode trazer efeitos danosos resultantes dos impactos visuais

desnecessários.

Depois de tudo isso, podemos presumir que a busca pelo equilíbrio entre

temperatura, som, luminosidade e estudo visual do ambiente são primordiais em um

bom projeto de Design de Interiores, pois com esses conceitos em prática é possível

desenvolver ambientes que cada vez fiquem mais personalizados e agradáveis a

quem irá desfrutá-lo.

Page 43: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

96

5 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

Chegamos a um novo patamar do nosso curso de Design de Interiores! Até

aqui você aprendeu na prática alguns conceitos importantes para desenvolver um

bom projeto de decoração de interiores. Mas agora, chegou o momento de você

começar a ter uma noção prática do que é realmente, planejar um ambiente. Você

irá iniciar os seus estudos aprendendo uma noção básica de Desenho Técnico, e

sua importância para colocar suas primeiras ideias no papel!

Cabe dizer aqui que o Desenho Técnico é nada mais que a representação

gráfica do desenho em si, ou seja, a representação do seu projeto, regido por

normas específicas de desenho. No Brasil, as normas são editadas pela Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais:

NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura;

NBR-10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico.

Esse conjunto de normas estabelece a adequação dos projetos para serem

aceitos pela Prefeitura Municipal de cada cidade. Sem esse formato de

apresentação, o projeto não estaria enquadrado para ser aceito. Cabe dizer aqui que

um desenho técnico existe somente para fins de execução de um projeto. Não

para ser bonito, mas se fazer entender.

Por isso a primeira impressão é a de que é um desenho frio e sem vida, mas

faz-se necessário ser assim para que todos os detalhes de sua execução possam

ficar claros para todos: funcionários da prefeitura que lidam com aprovação de

projetos, mestre de obras, pedreiros, engenheiros, e quem mais se dispor a

trabalhar no processo de execução dessa obra. Enfim, é como se o desenho técnico

fosse uma linguagem, um idioma compreendido por todos os envolvidos nessa área.

Para se aprofundar mais nessa área, leia o Manual de Desenho Técnico

disponível na página:

http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/13869/material/Apresenta

%C3%A7%C3%A3o%20Normas%20ABNT%20Desenho%20T%C3%A9cnico.pdf

Page 44: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

97

5.1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS

Agora que você já conheceu a importância do Desenho Técnico, deve

aprender como ler e interpretar projetos técnicos. À primeira vista parece uma

confusão de informações, mas você verá que não é nada difícil ver e compreender

um desenho técnico. Primeiramente, é válido dizer que você precisa diferenciar as

duas entidades principais de um projeto técnico:

Uma é o próprio desenho, como por exemplo: a planta baixa de uma

casa, a projeção do telhado, a calçada, as árvores e arbustos do projeto de

paisagismo, os móveis, etc.

E a outra é o conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o

complementam, tais como indicadores de altura de piso, degraus e medidas

diversas, que você conhecerá de forma mais aprofundada a seguir.

Para que um projeto seja bem compreendido, faz-se o uso de diversos

instrumentos disponíveis no desenho técnico tradicional, como linhas e superfícies

preenchidas com tramas. As principais categorias de um desenho técnico são as

plantas, os cortes e seções e as elevações (vistas), que veremos mais adiante.

Nos próximos tópicos você terá um aprofundamento a respeito da leitura de

projetos, e já estará familiarizado para interpretar desenhos técnicos!

5.2 ESTUDO DE ESCALAS E COTAS (MEDIDAS)

Você já ouviu falar em escalas? As escalas servem para representar algo

em tamanho reduzido, sem alterar suas dimensões reais. Vamos supor que você

queira desenhar seu automóvel, e sabe que ele mede 2,5 metros e meio de largura

por 5 metros de comprimento. Você deseja desenhar exatamente o que vê, sem

alterar as proporções e medidas do seu “modelo”, em um papel tamanho A4. E

Page 45: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

98

como se faz isso? Utilizando medidas e padronizações de escala, que você está

prestes a conhecer.

Pegue uma régua qualquer que você tenha em casa. As réguas de uso

caseiro ou escolar possuem a escala 1:100, que é universal. E o que quer dizer

isso? Que 1 centímetro na escala 1:100 é igual a 1 metro do tamanho real. Logo, se

você for desenhar um automóvel de 2,5 metros de largura por 5 metros de

comprimento com sua régua, você vai marcar 2,5 centímetros de largura, por 5

centímetros de comprimento. Viu como é simples a lógica das escalas?

Mas nem sempre poderemos imprimir todos os nossos projetos na escala

1:100. Há em desenho técnico uma vasta opção de escalas, para você escolher

aquela que mais se adéqua ao tamanho do seu projeto, ou mesmo aquela que irá

enfatizar os pontos mais importantes que você queira destacar em seu desenho.

Arquitetos e desenhistas técnicos que apreciam realizar seus projetos técnicos à

mão, utilizam um equipamento de trabalho chamado “escalímetro”.

O escalímetro nada mais é que um conjunto de “réguas” em escalas

diferentes, para que seja possível efetuar um projeto em vários “tamanhos”

diferentes, sem alterar suas medidas reais. Fazem parte das escalas de um

escalímetro:

Escala 1:100

Escala 1:50

Escala 1:75

Escala 1:20

Escala 1:25

Page 46: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

99

FIGURA 59 – MODELO DE ESCALÍMETRO

FONTE: Disponível em: <http://loja.multcomercial.com.br/ecommerce_site/produto_17408_4689_Escalimetro-Trident-

N178301> Acesso em: 3 dez.2012

Um detalhe interessante em relação ao escalímetro é que essas escalas

padrões podem ser “readequadas”. Basta acrescentar um “0” ao final do valor da

escala, e seu desenho terá proporções maiores. Exemplo: Quero desenhar a quadra

da minha casa, e não cabe na escala 1:50. Mas na 1:500 cabe em meu papel. Como

assim? A lógica é simples: se na escala 1:50, 1 centímetro equivale a 1 metro da

medida real, na escala 1:500, 1 centímetro do seu escalímetro vai ser igual a 10

metros da medida real. Percebeu? Quanto maior o número da escala, menor o

desenho e seus detalhes.

Sugiro que antes de prosseguir em seus estudos, leia o texto sugerido

abaixo, a fim de reforçar os seus conhecimentos:

Page 47: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

100

Agora que você já compreendeu o conteúdo sobre escalas, falemos um

pouco sobre as cotas. Cotas nada mais são, de forma bem simplificada, as medidas

do seu projeto. Ou seja, a representação gráfica das dimensões no desenho técnico

de um elemento, por meio de linhas, símbolos, notas e valor numérico em uma

unidade de medida. As linhas de cotas são utilizadas sempre que você sentir a

necessidade de mostrar a medida de um elemento ou outro, como o comprimento de

uma parede, janela ou qualquer outro elemento visto em planta baixa. Observe:

FIGURA 60 – LINHAS DE COTAS

FONTE: Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABPz8AD/cap-7-des-mec>

Acesso em: 3 dez.2012

Uso da Escala em Desenho Técnico – NBR 8196

http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/a/a2/Escalas_e

m_Desenho_T%C3%A9cnico.pdf

Page 48: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

101

Já que estamos falando em medidas e cotas, seguem algumas dimensões

padrões para projetos. Prezando sempre a ergonomia e conforto dos espaços, é

interessante que você as memorize e sempre utilize em seus futuros projetos:

Pé-direito (Altura da parede): mínimo de 2.50m para banheiros e

corredores, e mínimo de 2,80m para as demais dependências.

Portas: Externas = Devem ter 0,90m; Internas = Devem ter 0,80 m;

Portas de banheiros, lavabos e áreas de serviço = Devem ter 0,70 m. Lembrando

que todas as portas possuem altura padrão de 2,10 m.

Largura dos corredores = mínimo 0,90 m.

Abertura mínima para ventilação / iluminação (janelas) = 1 / 6 da área

do piso. Exemplo: Se uma cozinha possui 12 m² de área, o tamanho mínimo da

janela deve ser de 1m de altura x 1 metro de largura (2 m²) ou seja, 1/6 do valor da

área total.

Inclinação dos telhados: Telhas de barro= mínimo de 30%. Telhas de

fibrocimento (“Eternit”) = mínimo de 12%.

Laje = Para representação em projetos, a espessura média deve

oscilar entre 10 e 12 cm, nunca menos que isso.

Paredes = Para representação em projetos, considerar sempre 0,15 m

(15 cm).

5.3 MATERIAIS PARA DESENHO

Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador e softwares

desenvolvidos especificamente para projetos de arquitetura e interiores, a lista de

materiais que tradicionalmente se usava para executar desenhos técnicos tem se

Page 49: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

102

tornado cada dia mais obsoleta. No entanto, esses materiais ainda são

eventualmente usados para verificar algum problema com os desenhos impressos,

como a conferência de medidas com o escalímetro, após a impressão do projeto.

Há ainda muitos desenhistas que não abrem mão dos desenhos à mão, o

que enriquece ainda mais o trabalho de um profissional e o torna único por isso.

Uma dica interessante a esse respeito é imprimir os projetos para que eles sirvam de

molde, e em seguida repassá-los para uma folha de papel manteiga, utilizando cores

e demais efeitos que tornam o trabalho muito mais valorizado e personalizado.

Veremos a humanização de projetos nos próximos tópicos.

Voltando à questão dos materiais, acompanhe a seguir os mais utilizados

por desenhistas técnicos, decoradores, arquitetos e áreas afins:

FIGURA 61 – LAPISEIRA E BORRACHA PARA DESENHO TÉCNICO

FONTE: SANTANA, p. 6 (2007).

Page 50: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

103

FIGURA 62 – ESQUADROS DE 30 / 60 E 45 GRAUS PARA DESENHO TÉCNICO

FONTE: SANTANA, p. 7 (2007).

FIGURA 63 – TRANSFERIDOR PARA DESENHO TÉCNICO

FONTE: SANTANA, p. 8 (2007).

Page 51: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

104

FIGURA 64 – COMPASSO PARA DESENHO TÉCNICO

FONTE: SANTANA, p. 9 (2007).

5.4 PADRONIZAÇÃO DAS PRANCHAS

Sempre que for apresentar um projeto a um cliente, preze pela padronização

das pranchas (folhas). Se uma for de tamanho A3, as outras devem ser também. Se

as margens de uma prancha estiverem em 1 centímetro, as demais também deverão

ter 1 centímetro de margem. Qualquer sinalização, tipo de letra e carimbo (que

veremos a seguir) devem ser idênticos em todas as folhas de projeto.

Hoje, existe uma gama variadíssima de tamanhos de papel para impressão

que, de acordo com a escala escolhida, será de tamanho maior ou menor. Confira

abaixo os principais tamanhos de papel, com suas respectivas medidas oficiais:

Page 52: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

105

FIGURA 65 – TAMANHOS OFICIAIS DE PAPEL PARA IMPRESSÃO

FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tamanho_de_papel>. Acesso em: 20

dez. 2012.

5.4.1 Caligradia Técnica

Procure sempre utilizar a mesma fonte e tipo de letra em todo o projeto. Se

iniciar escrevendo em “Arial”, prossiga assim até o fim. Jamais escreva de forma

diferente em seu projeto, pois isso o desqualifica. Em projetos técnicos, e em nível

de padronização universal, as fontes “Arial” e “Verdana” são as mais utilizadas por

profissionais da área.

A1 = 840 x 594 mm

A2 = 594 x 420 mm

A3 = 420 x 297 mm

A4 = 297 x 210 mm

Page 53: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

106

5.4.2 Margens, Selos e Carimbos

Considere também sempre padronizar as margens de suas pranchas, pois

elas é que criam um layout “limpo” e fácil de ser compreendido. Se iniciar com uma

margem de 2 centímetros para a primeira prancha, utilize 2 centímetros para as

demais.

Feitas as margens, você deve criar o selo ou carimbo. O carimbo nada mais

é que um conjunto de linhas utilizadas para informação, indicação e identificação do

desenho, a saber: designação da firma, projetista, local, data, assinatura, conteúdo

do desenho, escala, número do desenho, símbolo de projeção, logotipo da firma,

unidade empregada, escala, etc.

A legenda deve ter 178 m de comprimento nos formatos A2, A3 e A4, e 175

m nos formatos A0 e A1.

Page 54: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

107

FIGURA 66 – LOCAÇÃO DO CARIMBO NA PRANCHA

FONTE: Disponível em: <http://www.amocad.blog.br/>. Acesso em: 25 jan. 2013.

6 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

A representação gráfica é a suma de qualquer projeto técnico, incluindo os

projetos de Design de Interiores. Está relacionada aos tipos de linhas que usaremos

para representar cada elemento em um projeto. Os traços de um desenho

normatizado devem ser regulares, legíveis e devem possuir contraste razoável para

diferenciar um elemento do outro.

Page 55: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

108

6.1 TIPOS DE LINHAS E CONVENÇÕES APLICADAS EM PLANTAS BAIXAS

Para tornar mais claro o entendimento sobre tipos de linhas e convenções

de representação, vamos dar um exemplo: você concorda que para representar um

pilar de concreto, ou uma parede devemos usar uma linha mais forte e destacada,

em relação ao desenho de um piso, não é mesmo? Devemos imaginar que estamos

visualizando um ambiente de cima para baixo, quando pensamos em uma planta

baixa qualquer.

Logo, se hipoteticamente estamos olhando as coisas “lá do alto”, o piso é o

elemento que está mais longe do seu olhar, não é? Por isso mesmo, devemos

representá-lo com uma linha bem clarinha e fina, pois em linguagem técnica

entende-se que quanto mais longe do olhar estiver o elemento, com linhas mais

claras e finas ele deverá ser desenhado.

O mesmo vale para os elementos mais sólidos (como as paredes), ou os

elementos que estão mais próximos do olhar: devem ser automaticamente

representados com linhas mais fortes e espessas. Observe a imagem abaixo, que

traz uma notável diferenciação sobre as espessuras de linhas mais utilizadas em

projetos:

Page 56: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

109

FIGURA 67 – TIPOS DE LINHAS

FONTE: Disponível em: <http://vanialuis222.blogspot.com.br/2010/12/criacao-de-diferentes-tipos-

de.html>. Acesso em: 25 jan. 2013.

Tradicionalmente existe uma hierarquização das linhas de desenho, obtida

por meio da espessura dessas linhas. Vale a ressalva de que alguns profissionais

alteram ligeiramente essas espessuras a fim de obter efeitos diferentes em seus

projetos e nada os impede de fazê-lo. Mas deve-se sempre prezar pela regra que

vimos anteriormente: quanto mais próximo estiver o elemento, mas espessa e

marcada será sua representação.

Observe algumas convenções mais utilizadas:

• Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar

elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas, linhas

indicativas, linhas de projeção, etc.

• Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em

vista.

Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos

que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.

Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos

especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada para

representar também elementos em corte, como a pena anterior).

Page 57: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

110

OBS: Essas convenções são utilizáveis tanto para desenhos à mão livre

quanto para desenhos confeccionados no AutoCAD.

Em relação ao tipo de traços, podem ser:

Traço contínuo: São as linhas comuns.

Traço interrompido. Representa um elemento de desenho "invisível" (ou seja,

que esteja além do plano de corte), como os degraus de uma escada, por

exemplo.

Traço-ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de

planos de corte.

FIGURA 68 – DIFERENCIAÇÃO DOS TIPOS DE LINHAS DE UM PROJETO

FONTE: Disponível em: <http://blog.mcsx.net/projetos-plantas-de-casas-para-download/>

Acesso em: 25 jan.2013.

Page 58: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

111

Por último resta-nos dizer que além do traço mais espesso ou mais fino, os

elementos de um projeto podem ser preenchidos por tracejados ou tramas

(hachuras). Cada material é representado com uma trama diferente. Veremos mais

claramente esse conceito no próximo tópico.

6.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE ELEMENTOS CONSTRUÍDOS

6.2.1 Paredes

As paredes internas são representadas com espessura de 15 cm (ou 0.15

m), ainda que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes

externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não

obrigatório. No entanto, é obrigatório o uso de paredes de 20cm de espessura ela se

situa entre dois vizinhos, como paredes de apartamentos, salas comerciais, etc.

Para paredes altas, que vão do piso ao teto, é utilizado o traço grosso

contínuo, e para paredes a meia altura é usado o traço médio contínuo, indicando a

altura correspondente, conforme a imagem abaixo:

Page 59: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

112

FIGURA 69 – OBSERVE AS DIFERENÇAS ENTRE A LINHA ESPESSA E

CONTÍNUA DE UMA PAREDE ALTA E AS LINHAS CLARAS PARA BALCÕES E

“MEIAS PAREDES”. DEVE-SE SEMPRE INDICAR A ALTURA DAS “MEIA

PAREDES”

FONTE: Disponível em:

<http://www1.santosesantosarquitetura.com.br/cms/opencms/santos/projetos/a_ar_re/subsecao_mod

elo/0030.html>. Acesso em: 25 jan.2013.

Na representação de um projeto de design de interiores é indispensável

diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Essas

indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:

Page 60: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

113

FIGURA 70 – DIFERENCIAÇÃO NA REPRESENTAÇÃO DE PAREDES

CONSTRUÍDAS E DEMOLIDAS

FONTE: Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAKtoAH/curso-leitura-

projetos-arquitetura-desenho-tecnico>. Acesso em: 25 jan. 2013.

6.2.2 Portas e Janelas

A representação de portas em Desenho Técnico é feito da seguinte maneira:

Page 61: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

114

FIGURA 71 – REPRESENTAÇÃO DE PORTAS EM DESENHO TÉCNICO

FONTE: PUC, 2007.

A representação de janelas em Desenho Técnico é feita da seguinte

maneira:

Page 62: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

115

FIGURA 72 – REPRESENTAÇÃO DE JANELAS EM DESENHO TÉCNICO

FONTE: PUC, 2007.

6.2.3 Escadas

As escadas são elementos construtivos compostos por:

Pisos – De forma didática, é a parte em que pisamos na escada.

Espelhos – É a altura do degrau da escada.

Patamares – São pisos mais largos entre lances de escadas, com o

objetivo de facilitar a subida e o repouso temporário do usuário da escada.

Lances – É a sucessão de degraus divididos em grupos para facilitar a

subida.

Page 63: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

116

Guarda-corpo e corrimão – Guarda corpo é a proteção lateral da

escada localizada abaixo do corrimão, para garantir a segurança de quem sobe ou

desce.

FIGURA 73 – REPRESENTAÇÃO DE ESCADAS EM DESENHO TÉCNICO

FONTE: PUC, 2007.

Page 64: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

117

FIGURA 74 E 75 – REPRESENTAÇÃO SIMULTÂNEA DE UMA ESCADA EM

PLANTA BAIXA (ACIMA) E EM CORTE (ABAIXO). OBSERVE A SINALIZAÇÃO

DOS NÍVEIS 0 (NO INÍCIO DA ESCADA) E 2.56 (AO FIM DA ESCADA)

FONTE: PUC, 2007.

Observe com atenção algumas especificações de dimensionamento de

escadas segundo a NBR 9077 (Saídas de Emergência em Edificações) e a NBR

9050/2004 (Norma de Acessibilidade):

As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a

escada.

Page 65: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

118

Para serem acessíveis e confortáveis, os pisos em escadas devem ter

largura entre 28 e 32 cm, não menos que isso.

Já os espelhos (altura do degrau) devem ter entre 16 e 18 cm de altura.

A largura mínima admissível para as escadas fixas é de 1,20m.

As escadas fixas devem ter, no mínimo, um patamar a cada 1,20m de

desnível e também sempre que houver mudança de direção.

É obrigatória a instalação de corrimãos e guarda-corpos nos dois lados

das rampas e escadas fixas. Eles devem ser construídos em materiais rígidos,

firmemente fixados à parede ou às barras de suporte, oferecendo condições seguras

de utilização.

Os corrimãos devem permitir ser de seção circular entre 3,5cm e 4,5cm

de diâmetro. Deve ser, ainda, deixado espaço livre de 4cm, no mínimo, entre a

parede e o corrimão.

A altura de corrimãos recomendada é de 0,92m em relação ao piso

para adultos.

Diferente das escadas, as rampas devem ser meias de circulação acessíveis

a todos sem exceção. Entretanto, para que uma rampa possa atender a uma maior

gama de pessoas, é preciso dimensioná-la corretamente, de acordo com a norma de

acessibilidade NBR 9050/2004.

Essa norma observa as seguintes condições para o projeto de rampas

seguras:

A largura mínima admissível para uma rampa é de 1,20m, sendo

recomendada a largura de 1,50m. O fluxo de usuários é fator determinante para o

Page 66: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

119

dimensionamento dessa largura.

Na construção de uma rampa, quanto maior for a altura do desnível a

ser vencido, maior terá que ser o seu comprimento.

A inclinação das rampas deve ser calculada segundo a seguinte

equação: c = h x 100 e i = h x 100 i c i é a inclinação, em porcentagem; h é a altura

do desnível; c é o comprimento da projeção horizontal.

FIGURA 76 – DIMENSIONAMENTO DE RAMPAS

FONTE: Disponível em: <http://www.aulascad.com/2012/03/autocad-aula-19-calculando-e-

desenhando.html>. Acesso em: 25 jan. 2013.

Em reformas, quando esgotadas as possibilidades de soluções que

atendam integralmente à tabela, podem ser utilizadas inclinações superiores a 8,3%

(1:12), mas até no máximo 12,5% (1:8).

Em edificações existentes, quando a construção de rampas nas

larguras indicadas ou a adaptação da largura das rampas for impraticável, podem

ser executadas rampas com largura mínima de 0,90 m com segmentos de no

máximo 4,0 m, medidos na sua projeção horizontal.

Page 67: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

120

FIGURA 77 E 78 – VISTA SIMULTÂNEA DE UMA RAMPA EM PLANTA BAIXA

(ACIMA) E VISTA LATERAL (ABAIXO)

FONTE: PUC, 2007.

Para rampas em curva, a inclinação máxima admissível é de 8,3% e o

raio mínimo de 3,0 m.

Page 68: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

121

FIGURA 79 – PLANTA BAIXA DE UMA RAMPA EM CURVA

FONTE: PUC, 2007.

6.2.4 Representação e Simbologia de Diversos Elementos de Projetos (Pergolados,

Lareira, Desníveis, Louças Sanitárias, Móveis)

Observe abaixo mais algumas representações de elementos diversos, que

serão úteis para você em seus futuros projetos:

Page 69: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

122

FIGURA 80 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE PERGOLADOS

FONTE: Disponível em: <http://forumdacasa.com/discussion/18038/pergola-em-madeira-

laminada/>. Acesso em: 25 jan. 2012.

FIGURA 81 – REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE LAREIRAS

FONTE: Disponível em: <http://www.lflareiras.com.br>. Acesso em: 25 jan. 2012.

Page 70: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

123

FIGURA 82 – GABARITO SANITÁRIO PARA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE

ELEMENTOS HIDRÁULICOS

FONTE: Disponível em:

<http://www.japaartmaterial.com.br/pintela/interface/product.asp?template_id=61&partner_id=2&nome

=Gabarito+A23+%28Sanit%E1rios%29+-+TRIDENT&dept_id=6000&pf_id=06000147000.

Acesso em: 25 jan. 2013.

Os desníveis (ou níveis) de um projeto sempre devem ser indicados em um

desenho técnico. Muitas vezes o Designer de Interiores deseja criar um ambiente

qualquer com dois diferentes níveis de piso, um mais alto e outro mais baixo. Como

indicar isso em projeto? Simples! Basta sinalizar com o símbolo padrão para níveis

em arquitetura. Observe:

Page 71: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

124

FIGURA 83 – SIMBOLOGIA DE NÍVEL (ESQ.) E INDICAÇÃO DO NORTE (DR.)

FONTE: Disponível em: <http://www.clasicasa.com/fotos/anuncio/1217877>.

Acesso em: 25 jan. 2013.

A regra para utilizar esses símbolos não é difícil: Supomos que para a parte

externa de uma casa consideremos que o nível seja “0”. Você loca o símbolo de

nível próximo ao chão (no seu desenho) e altera o valor para zero. Suponha ainda

que o lado de dentro da casa seja 10 centímetros mais alto que o lado de fora.

Então, você novamente sinaliza com o símbolo de nível e altera o valor para “+.10”.

Sempre que for indicar qual o nível do ambiente desenhado, faça-o em

metros (nunca em centímetros), e posicione o símbolo na horizontal. Ao desenhar

escadarias, não indique o nível a cada novo degrau, pois isso é desnecessário.

Indique o nível no primeiro degrau e no último, conforme a figura anterior do tópico

sobre escadas e rampas.

Em relação à representação de móveis em projetos de Design de Interiores,

não existe nenhuma regra fixa para isso. O importante é que a escala e as medidas

estejam de acordo com as medidas reais. Há profissionais que sequer detalham

seus móveis em projetos, mas deixam apenas “quadrados” desenhados em escala,

representando simbolicamente os móveis de um espaço. De qualquer forma,

detalhes sempre são bem-vindos para que a apresentação de um projeto seja

compreensível.

Page 72: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

125

FIGURA 84 – REPRESENTAÇÃO TÉCNICA DE MOBILIÁRIO PARA DORMITÓRIO

FONTE: Disponível em: <http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/closet-aspectos-

construtivos/76> Acesso em: 25 jan.2013.

Com o tempo, representar qualquer elemento em projetos técnicos será

muito fácil para você! Cada profissional desenvolve traços e recursos próprios, e

caberá a você descobrir quais são as suas particularidades para detalhar e

representar graficamente um projeto!

6.2.5 Representação de Paginação de Piso

Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em: comuns ou

impermeáveis. Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas molhadas”,

tais como cozinhas, áreas de serviço e banheiros. Vale a ressalva de que o tamanho

do reticulado é apenas uma representação que diferencia áreas molhadas de áreas

comuns, e nada tem a ver com o tamanho real das lajotas ou pisos cerâmicos.

Page 73: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

126

FIGURA 85 – REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DE ÁREAS COMUNS (A) E ÁREAS

MOLHADAS (B)

FONTE: PUC, p. 103 (2007).

Obs: Lembramos que essa é apenas uma representação simbólica dos

pisos, que os diferencia em áreas comuns e áreas molhadas. A questão da

representação de pisos real, tais como o tipo e tamanho das placas cerâmicas,

amadeirados, paviflex, etc., são itens que veremos no próximo tópico, sobre

decoração de plantas baixas.

6.2.6 Decoração de Plantas Baixas

Um dos itens mais apreciados pelos profissionais em Design de Interiores é

a decoração de plantas baixas. Essa é, digamos a parte “gostosa” de um projeto.

Depois de detalhar tecnicamente um projeto, especificar medidas e criar soluções

funcionais, o profissional se preocupará em demonstrar todas as soluções estéticas

que criou para o seu projeto.

Page 74: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

127

A paginação de pisos é um dos principais itens detalhados em uma planta

baixa humanizada (ou decorada). Assim, é possível demonstrar exatamente quais

tipos de pisos serão utilizados, tamanhos das placas cerâmicas, tipos de recortes e

até desenhos criados com as composições de pisos. Observe:

FIGURA 86 – PAGINAÇÃO DE PISOS

FONTE: Disponível em: <http://scs-inc.us/Other/VectorWiki/images/0/0a/VectorTile.jpg>. Acesso em: 25 jan. 2013.

Materiais para os móveis, tipos de pisos, materiais, cores... Todos esses

itens tornam-se muito evidentes com a decoração das plantas baixas. Há programas

(softwares) excelentes para isso, tais como o Corel Draw e o Photoshop, em que é

possível criar com facilidade plantas baixas e decorá-las com perfeição,

demonstrando com exatidão cada elemento e material do projeto.

Page 75: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

128

FIGURA 87 – PLANTA BAIXA DECORADA NO COREL DRAW

FONTE: Disponível em: <http://www.jrrio.com.br/planta-humanizada/apartamentos-mobiliados-

planta3d.html>. Acesso em: 25 jan. 2013.

Ainda que vivamos na era da informática e tenhamos tantos softwares

específicos para Design de Interiores, nada valoriza mais que o traço único de cada

profissional. Há muitos Designers de Interiores e Arquitetos que prezam por isso e

oferecem trabalhos exclusivos para seus clientes, com detalhamentos feitos a mão

livre.

Page 76: Design de Interiores

AN02FREV001/REV 4.0

129

FIGURA 88 – PLANTA BAIXA DECORADA À MÃO LIVRE

FONTE: Disponível em: <http://oitodesign.wordpress.com/page/3/>. Acesso em: 25 jan. 2013.

Depois de conhecer um pouco sobre a elaboração de um projeto de Design

de Interiores, acredito que você possa estar se perguntando: e em relação aos

materiais, quais são os mais utilizados em decoração? Devo usar materiais

sustentáveis, ou o que realmente vale é a estética? Essas questões e muito mais

você verá no Módulo III desse curso!

FIM DO MÓDULO II