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ARTE E DESIGN

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Page 1: Design e arte2

ARTE E DESIGN

Page 2: Design e arte2

Introdução

Esta revista tem como fundamentos básicos ajudar aos leitores a aprender sobre os conceitos das linguagens

visuais.A revista ensina sobre os elementos básicos da comu-

nicação visual, tecnicas de comunicações visuais e con-trastes de tons...

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Elementos Básicos da Comunicação Visual

Será possível definir Comunicação Visual? “Praticamente tudo o que os nossos olhos vêem é comunicação visual: uma nuvem, uma flor, um de-

senho técnico, um sapato, um cartaz,… Imagens que, como todas as out-ras, têm um valor diferente segundo o contexto em que estão inseridas, dando informações diferentes.” (MUNARI, Bruno / Design e Comuni-

cação Visual / Ed. 70, Lisboa, 1991, p 65).

A comunicação visual decorre por meio de mensagens visuais que nos atingem diariamente. Essas mensagens visuais adquirem sentido na nossa

capacidade de interpretação do mundo. A mensagem transmitida pode ser ainda mais poderosa e eficaz do que a ocorrida com outros tipos de

comunicação.

“Sempre que alguma coisa é projetada e feita, esboçada e pintada, desen-hada, rabiscada, construída, esculpida ou gesticulada, a substância visual

da obra é composta a partir de uma lista básica de elementos. Os ele-mentos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos, e seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, a tonalidade, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. Estes poucos elemen-

tos são a matéria-prima de toda informação visual em termos de opções e combinações seletivas. A estrutura da obra visual é a força que determina quais elementos visuais estão presentes, e com qual ênfase essa presença ocorre.” (DONDIS, A. D. / La sintaxis de la imagem, Introducción al al-fabeto visual / Ed. GG Diseño, Barcelona). De seguida apresentar-se-á

uma breve explicação dos elementos básicos da comunicação visual (com base no livro “La sintaxis de la imagem, Introducción al alfabeto visual”

de Donis A. Dondis)

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• O ponto

O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima. Qualquer ponto tem um grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha

sido colocado pelo homem em resposta a um qualquer objetivo.

Quando vistos, os pontos ligam-se, tornando-se capazes de nos dirigir o olhar. Quando em

grande número e o mais justapostos possível, criam a ilusão de cor.

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A linha

Quando os pontos estão tão próximos entre si que se torna impossível identificá-los individual-mente, aumenta a sensação de direção, e a cadeia de pontos transforma-se noutro elemento

visual distinto: a linha. A linha pode adotar diversas formas e expressões.

Nas artes visuais, a linha tem, por sua própria natureza, uma enorme energia. Nunca é estáti-ca; é o elemento visual inquieto. É o meio de apresentar, em forma palpável, aquilo que ainda

não existe, a não ser na imaginação.A linha é também um instrumento nos sistemas de notação, como, por exemplo, a escrita.

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A formaA linha descreve uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade

da forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero.

Ao quadrado associa-se enfado, honestidade, retidão e esmero; ao triângulo, ação, conflito, tensão; ao círculo, infinitude, calidez, proteção. A partir de combinações e variações infinitas

destas três formas básicas, derivamos todas as formas físicas da natureza e da imaginação hu-mana.

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A direçãoTodas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical (equilíbrio); o triângulo, a diagonal (é dinâmica); o círculo, a curva

(abrangência, à repetição e à calidez.). Todas as forças direcionais são de grande importância para a intenção compositiva voltada para um efeito e um significado definidos.

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A tonalidadeAs margens com que se usa a linha para representar um esboço rápido ou um minucioso proje-to mecânico aparecem, na maior parte dos casos, em forma de justaposição de tons, ou seja, de

intensidade da obscuridade ou claridade de qualquer coisa vista.O mundo em que vivemos é dimensional, e o tom é um dos melhores instrumentos de que

dispõe o visualizador para indicar e expressar essa dimensão.

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A cor

A cor tem afinidades com as emoções.

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A escalaTodos os elementos visuais são capazes de se modificar e de se definir uns aos outros. O proces-so constitui, em si, o elemento daquilo que chamamos de escala. A escala pode ser estabelecida não só através do tamanho relativo das pistas visuais, como também através das relações com o campo ou com o ambiente. Em termos de escala, os resultados visuais são fluídos e não absolu-

tos.

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A dimensão

A representação da dimensão em formatos visuais bidimensionais também depende da ilusão. A dimensão existe no mundo real. A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o

principal artifício para simulá-la é a convenção técnica da perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, através do claro-escuro, a

dramática enfatização de luz e sombra.

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A texturaA textura é o elemento visual que com frequência serve de substituto para as qualidades de outro sentido: o tato. Na verdade, porém, podemos apreciar e reconhecer a textura tanto at-

ravés do tato quanto da visão, ou ainda mediante uma conjugação de ambos.Onde há uma textura real, as qualidades táteis e óticas coexistem, não como tom e cor, que

são unificados em um valor comparável e uniforme, mas de uma forma única e específica, que permite à mão e ao olho uma sensação individual, ainda que projetemos sobre ambos um forte significado associativo. O aspecto da lixa e a sensação por ela provocada têm o mesmo signifi-

cado intelectual, mas não o mesmo valor.

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O movimentoO elemento visual do movimento encontra-se mais frequentemente implícito do que explícito

no modo visual. Contudo, o movimento talvez seja uma das forças visuais mais dominantes da experiência humana.

Todos estes elementos, o ponto, a linha, a forma, a direção, a tonalidade, a cor, a textura, a escala, a dimensão e o movimento são os componentes irredutíveis dos meios visuais. Con-

stituem os ingredientes básicos com os quais contamos para o desenvolvimento do pensamento e da comunicação visuais. Apresentam o dramático potencial de transmitir informações de for-ma fácil e direta, mensagens que podem ser apreendidas com naturalidade por qualquer pes-

soa capaz de ver. A linguagem separa, nacionaliza; o visual unifica. A linguagem é complexa e difícil; o visual tem a velocidade da luz, e pode expressar instantaneamente um grande número de ideias. Esses elementos básicos são os meios visuais essenciais. A compreensão adequada de sua natureza e do seu funcionamento constitui a base de uma linguagem que não conhecerá

nem fronteiras nem barreiras.

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Alfabeto visual

Expressamos e recebemos mensagens em três níveis:Representacional: Aquilo que vemos e identificamos com base no meio ambiente na experiên-

cia.Abstrato: A qualidade sinetésica de um fato visual reduzido a seus componentes visuais básicos e elementares, efatizando os meios mais diretos, emocionais e mesmo primitivos da criação de

mensagens.Simbólico: O vasto universo de sistema de simbólos codificado que o homem criou arbitraria-

mente e ao qual atribuiu significados.O alfabetismo visual tem sido e sempre será uma extensão da capacidade exclusiva que o

homem tem de criar mensagens.“De que maneira a comunicação visual pode ser entendida aprendida e expressa?

O visionárionão se detem diante do óbvio; através da superfície dos fatos visuais, vê mais além e chega as esferas muito mais amplas de significados.”

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Os 3 níveis

Representacional.Simbólica.Abstrata.

Esses níveis são interligados e se sobrepõem, mas é possível estabelecer distinções suficientes entre eles.

Permitem análises, a grosso modo, da criação de mensagens, bem como em termos de quali-dade no processo de visão.

Grande parte do processo de aprendizagem é vizual é nos permite:

Aprender e identificar todo material visual elementar de nossas vidas.

Aprender institivamente a compreender e a atuar psicofisiologicamente.

Aprender intelectualmente a conviver e operar os objetos do mundo complexo.

“A visão é o único elemento necessário à compreenção visual.”(DONDIS, 1997.)

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Representacional

Quando o homem deixa de ser nômade e passa a viver em locais fixos, sente a nescessidade de transformar seu ambiente.

A natureza que antes era percorrida, passa a ser manifestada e contemplada com as pinturas rupestres.

Surgem as primeiras manifestações artísticas / visuais.

Nível representacional é aquilo que vemos e identificamos baseados no meio ambiente e ex-periência; a realidade é a experiência visual básica e predominante.

Quanto mais representacional, mais especifica.

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Os desenhos de Audubon destinavam-se a ser usados como referências técnica, e por esse moti-vo são bastante realista.

“Audubon não estava apenas criando uma imagem, mas também registrando e oferencendo, aos alunos, dados que pudessem ser identificados com segurança, ou seja, ele colocava no papel

informações visuais que pudessem ter o valor de referências.De certo modo, a fotografia poderia ser considera mais semelhantes ao modelo natural, mas

argumenta-se tabém que o trabalho do artista é mais limpo e claro, uma vez que ele pode con-trola-lo e manipulá-lo. É o processo do começo de abstracção, que vai deixar de lado os detalhes

irrelevantes e enfatizar os traços distintivos.”(DONDIS, 1997).

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Se o que se pretende enfatizar é o movimento de um pássaro, os detalhes estáticos e o aca-bamento mais rigorososão ignorados, como se vê no esboçoda figura.

Na informação visual estão presentes do aspecto natural do pássaro suficientes para que a pes-soa capaz de reconhecer um pássaro possa identificá-lo nos esboços..

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Simbólico

Sistemas de símblos codificados criados arbitrariamente pelo homem com atribuição de signifi-cado convencionado.

“Para ser eficaz, uma simbolo não deve ser apenas visto e reconhecido; deve tembém ser lemb-rado, e mesmo reproduzido. Não pode, por definição, conter grande quantidade de informação

pormemorizada.”“Porém, quanto mais abstrato for o símbolo, mais intensa deverá ser sua penetração na mente

do público para educá-la quanto ao seu significado.”

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“Todos os sistemas foram desenvolvidos para condensar a informação, de tal modo que ela possa ser registrada e comunicada ao grande público.”

(DONDIS,1997.)

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Abstrato

A abstração não precisa não precisa ter nenhuma relação com a criação de símbolos.A redução de tudo aquilo que vemos aos elementos visuais básicos também é um processo de

abstração, que, na verdade, é muito mais importante para o entendimento e a estruturação das mensagens visuais.

Quanto mais representacional for a informação visual, mais especifica será sua referência; quan-to mais abstrata, mais geral e abrangente.

“Em termos visuais, a abstração é uma simplificação que busca um significado mais intenso e condensado.”

“A percepção humana elimina os detalhes superficiais.”

“Este último estilo visual estava apenas preocupado com questões de composição e com a essência do design.”

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“J.M.W.Turner,que, quando jovem, praticou sua arte como se fosse um repórter, usando sua pintura para o detalhamento e a preservação de sua própria época. O interesse de Turner, porém,

voltou-se para o método que usou para desenvolver sua pintura, principalmente quando esta ainda se encontrava no estágio de esboço. Aos poucos, sua obra evoluiu de uma técnica de rep-resentação magistral para uma sugestão indefinida e indagadora da realidade, para finalmente chegar a uma pintura quase inteiramente abstrata e caracterizada pela ausência quase absoluta

de pistas visuais sobre aquilo que estava sendo pintado.”

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“Os múltiplos níveis de expressão visual oferecem opções de estilos quanto de meios para a solução de problemas visuais são abstratos por sua própria natureza. Uma casa, uma moradia, o

abrigo mais simples ou mais complexo não se parecem com nada que existia na natureza.”

“Seus aspectos é determinado pelo objetivo que levou o homem a criá-la; sua forma segue sua função.”

“o lugar onde se constrói alguma coisa também influencia a disponibilidade de materiais.”

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A Representação: É o nível mais eficaz a ser utilizado na comunicação forte e direta dos detalhes visuais do meio ambiente.

A Abstração: Tem sido o instrumento fundamental para o desenvolvimento de um projeto visu-al. É um processo dinâmico, cheio de começo e falsos começos, mas livres e fácil por natureza.

O Símbolico: pode ser qualquer coisa de uma imagem simplificada a u sistema extremamente complexo de significados atribuídos, a exemplo da linguagem e dos números. Em todas as suas formulações,pode reforçar, de muitas maneiras, a mensagem é o significado na comunicação

visual.

“O interesse em encontrar soluções visuais através da livre experimentação constitui, contudo, um dever imprescendível de qualquer artista ou designer que parta da folha em branco com o

objetivo de chegar a composição e a finalização de um projeto visual.”(DONDIS,1997)

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Técnicas de Comunicação Visual

Após a aprendizagem dos elementos básicos de comunicação visual é preciso saber aplicá-los, logo é também necessário compreender que técnicas de comunicação visual existem, como as podemos utilizar e que resultados podemos obter com o uso destes métodos. Existem diversas

técnicas de comunicação visual.

Equilíbrio / Instabilidade, Simetria / Assimetria, Regularidade / Irregularidade, Simplicidade / Complexidade, Unidade / Fragmentação

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Equilíbrio / Instabilidade: O equilíbrio constitui um dos elementos mais importantes das técnicas visuais. É uma estratégia de design em que existe um centro de suspensão a meio caminho entre

dois pesos.

Por sua vez a instabilidade corresponde a uma ausência de equilíbrio, constituindo uma formu-lação visual extremamente inquietante e provocadora.

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Simetria / Assimetria: A simetria corresponde ao equilíbrio axial. É uma formulação visual totalmente resolvida, em que cada unidade situada de um lado de uma linha central é rigorosa-

mente repetida do outro lado.A assimetria é considerada um “equilíbrio precário”, e pode ser obtido através da variação de

elementos e posições que equivale a um equilíbrio de compensação.

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Regularidade / Irregularidade: A regularidade constitui o favorecimento da uniformidade dos elementos e o desenvolvimento de uma ordem baseada em algum princípio ou método constante

e invariável.Em oposição temos a irregularidade que, enquanto técnica visual, enfatiza

o inesperado e o insólito, sem ajustar-se a nenhum plano decifrável.

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Simplicidade / Complexidade: A simplicidade baseia-se numa técnica que compreende a unifor-midade das formas elementares, sem complicações ou elaborações exageradas.

Já a complexidade é construída com base em várias unidades elementares, resultando num difí-

cil processo de organização do significado no âmbito de um determinado padrão.

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Unidade / Fragmentação: A unidade é um equilíbrio adequado de elementos diversos numa to-talidade que se percebe visualmente. A junção de muitas unidades deve harmonizar-se de modo

tão completo que passe a ser vista e considerada como uma única coisa.A fragmentação é a decomposição dos elementos e unidades de uma composição visual em partes

separadas, que se relacionam entre si mas que conservam o seu carácter individual.

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Contraste de tons Obtemos contraste entre elementos que possuem tons (claridade-escuridão) opostos. Neste caso, o maior peso terá o elemento mais escuro, destacando o mais claro sobre ele com mais intensidade

quanto maior for a diferença tonal.

Conforme se diminui a tonalidade do elemento mais escuro o contraste vai perdendo intensidade, sendonecessário redimensioná-lo se quisermos manter o mesmo contraste.

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Contraste de cores

Dois elementos com cores complementares se reforçam entre si, assim como uma cor quente e outra fria.

O contraste criado entre duas cores será maior quanto mais afastadas estiverem no círculo cromático. As cores opostos contrastam muito, enquanto que as análogas apenas fazem, perden-

do importância visual ambas.

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Este efeito pode ser usado para dar maior dimensão ou sensação de proximidade a um elemento em uma composição, situando-o sobre uma cor que contraste com ele.

Este tipo de contraste é especialmente indicado para os conteúdos textuais, nos quais deve pri-mar pela facilidade de leitura. O ideal será o texto negro sobre fundo branco, já que é o que mais

contraste cria (contraste de tom). Porém, em certos elementos, nos quais este jogo de cores não for possível, haverá que buscar sempre um texto cálido sobre um fundo frio ou vice-versa.

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Contraste de contornos

Os contornos irregulares destacam de forma importante sobre os regulares ou reconhecíveis.

Este tipo de contrastes é adequado para dirigir a atenção do usuário a certos elementos de uma composição ou página web, como botões importantes, banners publicitários, etc. Não obstante, há que ser comedidos em seu uso, sobretudo se se combinam com outros tipos de contraste, já que podem ser um foco de atração visual potente demais. Além disso, criam muita tensão no

espaço que lhes rodeia.

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Contraste de escala

É o produzido pelo uso de elementos a diferentes escalas das normais ou de proporções irreais, conseguindo-se o contraste por negação da percepção aprendida.

Este sistema de contraste não é muito usado nas páginas web, onde se busca sempre a escala ad-equada, porém sim é freqüente em fotografia e pintura, conseguindo atrair a atenção do especta-

dor de forma muito efetiva.