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Valéria Pero (IE-UFRJ) Artigo elaborado com: Adriana Fontes (Pesquisadora do IETS e consultora da Macroplan) Camila Ferraz (Técnica do IPP) Rio, 5 de novembro de 2014 Desigualdade de renda e mercado de trabalho na metrópole e no interior do Rio de Janeiro

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Valéria Pero (IE-UFRJ) Artigo elaborado com: Adriana Fontes (Pesquisadora do IETS e consultora da Macroplan) Camila Ferraz (Técnica do IPP)

Rio, 5 de novembro de 2014

Desigualdade de renda e mercado de trabalho na metrópole e no interior do Rio de Janeiro

PANORAMA GERAL

• Estado do Rio de Janeiro (ERJ) vive um processo de recuperação econômica.

• Alguns fatores:

• expansão dos setores vinculados à produção de óleo e gás, • melhora das contas públicas e gestão compartilhada entre o

Estado e as esferas Municipal e Federal, • processo de pacificação das favelas e • sede de grandes eventos internacionais como a Copa do Mundo e

as Olimpíadas.

• Investimentos recordes

PANORAMA GERAL

Duas características estruturais do nosso Estado que o tornam mais complexo e desigual:

i) Crescimento econômico: dependente de uma lógica industrial

baseada em setores, como o de óleo e gás, intensivos em capital e com menor desdobramento junto às micro e pequenas empresas.

CRESCIMENTO ECONÔMICO

Fonte: IETS com base nos dados do Ipeadata.

De 2002 a 2010, a RMRJ (2% a.a.) e a RMSP (4,1% a.a.) cresceram menos do que a média brasileira (4,6% a.a.). A RMRJ puxou para baixo o crescimento do ERJ (3,5%)

Evolução do PIB (R$ de 2000)

90

95

100

105

110

115

120

125

130

135

140

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Estado de São Paulo Estado do Rio de Janeiro Brasil RMRJ RMSP

CRESCIMENTO ECONÔMICO

PANORAMA GERAL

Duas características estruturais do nosso Estado que o tornam mais complexo e desigual:

ii) Distribuição espacial: o Rio de Janeiro é o quarto menor território e

abriga a terceira maior população do Brasil. É também o mais metropolitano dos estados.

DEMOGRAFIA

*ERJ tem o quarto menor território e a terceira maior população do Brasil (16,3 milhões de habitantes). * Densidade demográfica de 365 pessoas por km2 * Sua população está distribuída da seguinte forma:

40% na capital (5.420 habitantes por km2) 34% nos outros municípios da região metropolitana (1.151 habitantes por km2) 26% na área não metropolitana (114 habitantes por km2)

* ¾ da população está concentrada na região metropolitana * Estado mais urbano e metropolitano do país: 97,4% de sua população vive em áreas urbanas e ¾ dela está concentrada na região metropolitana.

DEMOGRAFIA

*População fluminense cresceu 1% na última década, 2/3 do observado no Brasil. *Estado possui a menor taxa de fecundidade do Brasil, que já está abaixo de sua taxa de reposição; * Estado mais feminino ( 53% de pessoas do sexo feminino ) e mais experiente (10% de pessoas idosas e índice de envelhecimento de 2 idosos para cada criança) do Brasil.

PANORAMA GERAL

• Esse processo traz desafios enormes, que exigirão um esforço extraordinário, para

que as oportunidades que estão aparecendo não sejam desperdiçadas...

• Evolução da desigualdade no Rio de Janeiro na última década?

• Características marcantes do Rio:

Renda, pobreza e desigualdade

Trabalho e Rendimento

MPE

Escolaridade

Renda Domiciliar per Capita

609

950

766

1121

865

1245

818

1216

R$ 550

R$ 650

R$ 750

R$ 850

R$ 950

R$ 1.050

R$ 1.150

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Renda mensal domiciliar per capita (R$ 2013)

BR SE ESP ERJ RMRJ

Fonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.

DESIGUALDADE DE RENDA

0,587

0,523

0,560

0,501

0,551

0,489

0,548 0,539

0,531

0,47

0,49

0,51

0,53

0,55

0,57

0,59

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Coeficiente de Gini

BR SE ESP ERJ RMRJ

Fonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.

Pobreza

A combinação de desaceleração do crescimento da renda, com avanços lentos na redução da desigualdade resultou na diminuição mais tímida do número de pobres na metrópole fluminense

38%

18%17%

25,5%

10%9%

23%

9%

15%13%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Porcentagem de pobres

BR SE ESP ERJ RMRJ

Fonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.

Extrema pobreza

16%

6%6%

8%

3% 3%

7%

2%

4%4%5%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Porcentagem de extremamente pobres

BR SE ESP ERJ RMRJ

Fonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.

Decomposição da diferença de renda

Renda mensal

domiciliar per

capita

Porcentagem de

adultos1 por

domicílio

Renda não

derivada do

trabalho por

adulto

Taxa de

ocupação2

Remuneração do

trabalho por

ocupado

ERJ R$ 1.026 79% R$ 344 56% R$ 1.709

ESP R$ 1.134 79% R$ 285 63% R$ 1.826

Diferencial em relação ao ERJ:

ESP 11% 0% -17% 13% 7%

Contribuição para o diferencial:

ESP 100% -1% -43% 91% 54%

Diferencial da renda mensal domiciliar per capita de ESP

em relação à do ERJ e seus determinantes - 2012

Fonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.

Nota: 1 Foram cons iderados adultos todas as pessoas com 15 anos ou mais , a lém do chefe do domicíl io.

2 Definida como a proporção de adultos ocupados por domicíl io.

Decomposição da diferença de renda

Determinantes ERJ ESP Diferencial Contribuição

Renda mensal domiciliar per capita R$ 290 R$ 377 30% 100%

Porcentagem de adultos1 por domicílio 67% 68% 1% 4%

Renda não derivada do trabalho por adulto R$ 88 R$ 92 5% 4%

Taxa de ocupação2 45% 53% 17% 45%

Remuneração do trabalho por ocupado R$ 762 R$ 876 15% 48%

Determinantes do diferencial da renda mensal domiciliar per capita dos 40% mais pobres -

2012

Fonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.

Nota: 1 Foram cons iderados adultos todas as pessoas com 15 anos ou mais , a lém do chefe do domicíl io.

2 Definida como a proporção de adultos ocupados por domicíl io.

Decomposição da diferença de renda

Determinantes ERJ ESP Diferencial Contribuição

Renda mensal domiciliar per capita R$ 4.363 R$ 4.463 2% 100%

Porcentagem de adultos1 por domicílio 91% 90% -1% -59%

Renda não derivada do trabalho por adulto R$ 1.339 R$ 944 -30% -356%

Taxa de ocupação2 64% 74% 16% 493%

Remuneração do trabalho por ocupado R$ 5.371 R$ 5.404 1% 22%

Determinantes do diferencial da renda mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos -

2012

Fonte: IETS, com base nos dados da PNAD/IBGE.

Nota: 1 Foram cons iderados adultos todas as pessoas com 15 anos ou mais , a lém do chefe do domicíl io.

2 Definida como a proporção de adultos ocupados por domicíl io.

Mercado de trabalho metropolitano

• Condições no mercado de trabalho metropolitano no Rio de Janeiro

• Desigualdade de renda no mercado de trabalho é alta?

• A estrutura ocupacional mudou com aumento do emprego com carteira?

• Quais potenciais explicações do mercado de trabalho para elevada

desigualdade de renda?

Desigualdade de Renda

Fonte: IETS, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013.

0,44

0,46

0,48

0,50

0,52

0,54

0,56

0,58

Curitiba Belém Recife Fortaleza Belo Horizonte

Porto Alegre

São Paulo Rio de Janeiro

Salvador

Coeficiente de Gini - Regiões Metropolitanas(PNAD 2013)

Brasil: 0,522

Mercado de Trabalho

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Taxa de desocupação (%)

Brasil metropolitano RMRJ RMSP

Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego - IBGE. Nota: Para o ano de 2002 a média foi calculada utilizando os meses de março a dezembro, já para o ano de 2013 a média do primeiro semestre.

A taxa de desocupação da RMRJ é inferior a do Brasil Metropolitano e a de São Paulo (terceira menor das 6 RMs da PME)

Mercado de Trabalho

Dentre as 6 RM consideradas pela PME, a RMRJ apresenta a segunda mais baixa taxa de participação, a saber, de 54,9%.

Taxa de participação (%) – Regiões metropolitanas e Brasil - 2013

Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE

Nota: Para o ano de 2012 a média foi calculada utilizando os meses de março a dezembro, já para o ano de 2013 a média foi calculada utilizando o primeiro trimestre.

46

48

50

52

54

56

58

60

62

São Paulo Belo Horizonte Rio Grande doSul

Salvador Rio de Janeiro Recife

Brasil: 57,16%

Mercado de Trabalho

Os rendimentos do trabalho na RMRJ (38%) apresentaram desempenho superior ao da RMSP (17%) e do Brasil (27%)

Fonte: IETS, com base na Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE

Nota: Estimativas referentes ao rendimento habitualmente recebido no trabalho principal (média dos 12 meses). Para 2002 foram considerados apenas os meses de

março a dezembro e em 2013 os meses de janeiro a maio.

1200

1300

1400

1500

1600

1700

1800

1900

2000

2100

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

R$ d

e 2

013

Rendimento médio real dos ocupados

Brasil metropolitano RMRJ RMSP

Desigualdade de renda do trabalho

0,433

0,456 0,4570,460

0,469

0,477

0,489

Porto Alegre Recife São Paulo Salvador Brasil BeloHorizonte

Rio de Janeiro

Coeficiente de Gini dos rendimentos do trabalho -regiões metropolitanas

Fonte: IETS com base na PME/IBGE. Nota: Estimativas considerando ao rendimento habitualmente recebido nos meses de janeiro a maio de 2013.

Mercado de trabalho

A queda na desigualdade de renda do trabalho também foi menor na RMRJ e nos últimos 3 anos o Gini ultrapassou o Brasil Metropolitano e a RMSP

Fonte: PME/IBGE. Nota: Estimativas referentes ao rendimento habitualmente recebido no trabalho principal (média dos 12 meses). Para 2002 foram considerados apenas

os meses de março a dezembro e em 2013 os meses de janeiro a maio.

0,40

0,42

0,44

0,46

0,48

0,50

0,52

0,54

0,56

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Coeficiente de Gini dos rendimentos do trabalho

Brasil Metropolitano RMRJ RMSP

Uma das possíveis explicações para a persistência da desigualdade de renda nos últimos anos reside na trajetória dos diferenciais salariais por nível educacional no Rio de Janeiro

Fonte: IETS a partir de dado da PNAD/IBGE.

22,3

24,9

22,322,824,3 23,7

20,2

22,5

24,3

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Brasil RMSP RMRJ

2001

2005

2011

Diferencial salarial (%) dos ocupados com o ensino superior em relação aqueles com mesmas características, porém com ensino médio completo

DIFERENCIAL SALARIAL POR ESCOLARIDADE

Apesar da expansão do percentual de empregados com carteira assinada na última década, passando de 41% em 2002 para 48,4% dos ocupados, em 2012, a RMRJ permanece com um

dos menores índices, perdendo apenas para a do Recife (48,1%)

Fonte: IETS a partir de dados da Pesquisa Mensal de Emprego/IBGE. Nota: não estão incluídos os funcionários públicos.

48,1 48,4

51,3

53,955,1

57,7

Recife Rio deJaneiro

Salvador BeloHorizonte

Porto Alegre São Paulo

Proporção de empregados com carteira no total de ocupados - 2012

OCUPADOS

A RMRJ tem o mais alto percentual de trabalhadores por conta própria (21% dos ocupados) das regiões metropolitanas, porém baixa taxa de sucesso

Fonte: IETS a partir de dados da Pesquisa Mensal de Emprego/IBGE. Nota: Proporção de empregadores entre os empreendedores (conta-própria+empregador).

15,5%17,3% 17,3%

22,2% 22,9% 23,4%

Salvador Recife Rio deJaneiro

São Paulo Porto Alegre BeloHorizonte

Taxa de sucesso dos empreendedores - 2012

OCUPADOS

Destaca-se a maior participação da administração pública e pela menor representatividade dos segmentos industriais na RMRJ

Distribuição (%) dos ocupados por setor de atividade – 2012

12,0

7,7

18,0

15,9

19,1

6,5

20,3

0,5

19,4

6,8

18,0

16,9

14,4

5,8

18,2

0,4

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Indústriaextrativa e detransformação

Construção Comércio ereparação

Serviçosfinanceiros eprestados àempresas

Administraçãopública

Serviçosdomésticos

Outrosserviços

Outrasatividades

RMRJ

RMSP

Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE

OCUPADOS

• A evolução da região metropolitana do Rio tem sido aquém de outras metrópoles e do Brasil em termos de desigualdade, pobreza e informalidade

• Os avanços no combate à pobreza foram menores do que na RMSP e do que na média nacional porque a desigualdade caiu menos na RMRJ

• Características estruturais do mercado de trabalho: menor participação da indústria e maior da administração pública e do comércio e de serviços de mais baixa qualidade

• Modelo de crescimento econômico, ancorado em poucos setores e em grandes empresas, não foi capaz de alterar significativamente essas características

• Baixo desemprego, baixa taxa de participação no mercado de trabalho e elevada informalidade

• Rendimentos do trabalho têm crescido acima da média, porém a desigualdade dos rendimentos do trabalho é a maior das regiões metropolitanas

ENCRENCA METROPOLITANA

DESIGUALDADE TERRITORIALIZADA

Diferenças entre os recortes territoriais (RMRJ, Capital, RMRJ sem capital, área não metropolitana): • Renda, desigualdade e pobreza • Mercado de Trabalho • MPE

DESIGUALDADE DE RENDA

0,42

0,44

0,46

0,48

0,50

0,52

0,54

0,56

0,58

0,60

0,62

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Evolução do coeficiente de Gini

Capital RJ RMRJ sem capital Área não metropolitana RJ

Capital SP RMSP sem a Capital Área não metropolitana SP

Fonte: IETS com base nos dados da PNAD/IBGE.

RENDA E POBREZA

R$ 921

R$ 712 R$ 749

R$ 1.260

16%

15%

19%

13%

R$ 0

R$ 200

R$ 400

R$ 600

R$ 800

R$ 1.000

R$ 1.200

R$ 1.400

0%

5%

10%

15%

20%

25%

Estado Interior Periferia Capital

Renda domiciliar per capita % de pobres

Fonte: IETS a partir de dado da PNAD/IBGE.

MERCADO DE TRABALHO

Estado Interior Periferia Capital

Taxa de desemprego 8,2% 8,7% 9,7% 6,7%

% empregados com carteira 48,8% 44,7% 47,9% 52,1%

% conta-própria 20,9% 19,7% 23,3% 19,8%

Taxa de sucesso dos empreendedores 12,8% 12,4% 10,9% 14,7%

% de conta própria com CNPJ 15,2% 18,2% 13,7% 17,5%

% de empregador com CNPJ 77,2% 80,0% 71,5% 83,9%

Remuneração média do trabalho R$ 1.477 R$ 1.136 R$ 1.247 R$ 1.923

Resumo dos indicadores de mercado de trabalho - 2011

Fonte: IETS com base nos dados da PNAD/IBGE.

DIFERENCIAL DE RENDA POR ESCOLARIDADE

(%)

Brasil SudesteSão Paulo

MetropolitanoRio de Janeiro

Rio de Janeiro

Metropolitano

Rio de Janeiro

Interior

Rio de Janeiro

Capital

Rio de Janeiro

Periferia

8,3 6,1 5,5 5,5 5,1 6,0 5,7 4,0

1º ciclo do fundamental 8,2 2,7 0,3 0,3 -1,5 4,2 -2,3 -0,6

2º ciclo do fundamental 5,5 5,1 5,4 5,0 5,2 4,0 5,6 4,3

Ensino Médio 8,7 9,3 7,7 10,7 11,1 9,4 11,9 10,1

Ensino Superior 20,2 19,9 22,5 23,1 24,3 18,0 26,1 18,9

Diferencial salarial da população ocupada de 25 anos e mais por nível educacional

Nível educacional

Diferencial médio

Diferencial por nível

Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).

MPE – PARTICIPAÇÃO NO EMPREGO E NA MASSA SALARIAL

22%

32% 31%

36%

44%47%

20%

29%

26%

33%

41%

43%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Capital RMRJ semcapital

Área nãometropolitana

Capital RMRJ semcapital

Área nãometropolitana

Massa salarial Emprego formal

Participação das MPE no emprego formal e na massa salarial

2001 2011

Fonte: IETS com base nos dados da RAIS/MTE.

A participação das MPE no emprego formal e na massa salarial caiu nos três recortes analisados entre 2001 e 2011, sendo mais baixa na Capital

O diferencial salarial entre MPE e MGE são menores no estado de São Paulo, além de variarem menos entre distintos recortes territoriais

MPE – Diferencial salarial entre MPE e MGE

Fonte: IETS, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), 2001 e 2011

69 68 73

55

68

102 97

101

64

120

Estado RM Capital RM sem capital Área não metropolitana

Diferencial salarial (%) entre MPE e MGE - 2011

Diferencial salarial - São Paulo Diferencial salarial - Rio de Janeiro

Os menores salários tanto entre as MPE quanto nas MGE estão na Periferia ao passo que Capital do Rio de Janeiro apresenta os maiores salários médios

1292,0 1371,31469,5

1120,8 1191,0

2612,12705,5

2954,3

1835,2

2622,3

ERJ RMRJ Capital RMRJ semCapital

Área nãometropolitana

Salário médio - MPE Salário médio - MGE

Salário médio (R$/empregado) para os recortes do ERJ - 2011

Fonte: Dados extraídos da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), 2001 e 2011

REMUNERAÇÃO

• A capital concentra maiores níveis de renda per capita, maiores níveis de escolarização e maior formalização de seus postos de trabalho. É a líder em desigualdade

• A pobreza concentra-se sobretudo na periferia da Região Metropolitana do estado, que também reúne os piores indicadores de escolaridade, mobilidade urbana e desemprego

• Periferia e, principalmente, a capital não foram capazes de reduzir a alta desigualdade de renda na última década, como o interior

• A periferia tem maior participação das MPE na renda e no emprego do que a capital. No entanto, os empregos são de baixa qualidade, com rendimentos inferiores. O empreendedorismo é de baixa performance e predomina a informalidade

EM RESUMO

• Para o Estado do Rio de Janeiro avançar no seu desenvolvimento precisa encontrar soluções

para a sua região metropolitana que tem freado os avanços na redução da desigualdade de renda

• O enfrentamento dos problemas da metrópole na sua complexidade requer visão integrada da região metropolitana e coordenação dos esforços -> governança metropolitana

• Pontos da agenda metropolitana que merecem ser aprofundados para orientar as estratégias de atuação: • Desenvolvimento dos pequenos negócios • Acesso e qualidade da educação e qualificação (profissional e de gestão) a fim de

reduzir as distâncias entre as diferentes áreas • Avanços no ambiente de negócios • Ampliação da inserção produtiva dos jovens • Soluções de mobilidade urbana que possibilitem maior acesso ao mercado de trabalho e

maior qualidade de vida em toda a região metropolitana

CONSIDERAÇÕES FINAIS