determinação de açucares redutores em mel

Upload: marcos5513

Post on 29-Mar-2016

23 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Relatório apresentado sobre a matéria do laboratório de quimica biológica. Experiência sobre a determinação de Açucares Redutores em mel

TRANSCRIPT

Universidade Federal de Santa CatarinaCentro de Cincias Fsicas e MatemticasDepartamento de QumicaQMC5219 Orgnica Biolgica tericaProfessor: Ricardo J. Nunes

Determinao de Aucares Redutores

Nome: Amanda Paula Cardozo Marcos PereiraGabriela Borba Mondo Alvaro Prudencio da Silva

Florianpolis, 04 de outubro de 2013Resumo

Neste experimento, foi estimada a concentrao de acares redutores presentes em uma amostra de mel, utilizando uma curva de calibrao padro.

Introduo

O mel usado como alimento pelo homem desde a pr-histria. Este alimento foi retirado dos enxames de forma extrativista e predatria por vrios sculos, causando danos ao meio ambiente e matando as abelhas. Com isso o homem iniciou a proteger os enxames, instalando colmeias racionais e manejando de forma que se houvesse maior produo de mel sem causar prejuzo para as abelhas. Desse modo nasceu a apicultura.O mel um alimento produzido pelas abelhas a partir do nctar recolhido de flores e processado pelas enzimas digestivas desses insetos. o nico produto doce que contm protenas e diversos sais minerais e vitaminas essenciais nossa sade. A composio mdia do mel pode ser resumida em trs componentes principais: acares, gua e diversos . Os compostos presentes em maior quantidade no mel so os acares, sendo que os monossacardeos frutose e glicose representam 80% da quantidade total. J os dissacardeos sacarose e maltose somam 10% . Porm ainda pode se encontrar em alguns tipos de mel acares incomuns como a isomaltose, nigerose, leucarose e turanose 4. Todos esses diferentes tipos de acar so responsveis por diversas propriedades fsicas do mel, como: higroscopicidade , viscosidade, capacidade de granulao (cristalizao), densidade e valores calricos .A gua no mel tambm uma caracterstica muito importante, influenciando sua viscosidade, sabor, maturidade, peso especfico, conservao, cristalizao e palatabilidade. A forte interao da gua com as molculas dos acares deixa poucas molculas de gua disponveis para os micro-organismos 5. A legislao brasileira permite no mximo 20% de gua no mel, porm valores acima de 18% j comprometem sua qualidade 6. Mesmo assim o contedo de gua varia entre 15% a 21%, onde normalmente encontram-se no comrcio produtos com nveis de 17% 7.Para os aucares totais a legislao brasileira prev que a concentrao permitida seja de no mximo 65g/100g e para a sacarose 6g/100g de mel 6. Esses valores sero usados como base para identificar se a amostra de mel est de acordo com a legislao brasileira.

Procedimento Experimental

1. PREPARO DAS SOLUES

1.1 SRIE PADRO DE GLICOSE:- Diluir a glicose (estoque) de modo a ter uma concentrao de concentrao de 100 g/ml- Pipetar em duplicata e transferir para tubos de ensaio(1, 2, 3, 4) limpos e secos, devidamente marcados, 0,25; 0,50; 0,75 e 1,0 ml de soluo padro de glicose. Completar o volume para 1,0 ml com gua destilada. Em outro tubo marcado (5), pipetar 1,0 ml de gua destilada.1.2 PREPARAO DA AMOSTRA:A amostra dever ser diluda com gua destilada de modo a conter concentrao de 100 g de acar redutor por ml da soluo. Quando no se tem ideia do contedo redutor do material em anlise, pode-se, numa primeira tentativa, fazer diluies progressivas do material e analisar pores (alquotas) entre 0,2 e 1,0 ml de cada uma das diluies. Pipetar (em duplicata) 1,0 ml da soluo amostra e transferir para um tubo de ensaio (6) seco e limpo. 2. REAO DE OXI-REDUO:Adicionar a todos os tubos (Srie padro e amostra) 1,0 ml do reativo cupro-alcalino. Colocar num banho de gua fervente depois de bem homogeneizados e tapados com um filme plstico. Deixar por 30-35 minutos.3. REAO COM ARSENOMOLIBDATO E FOTOMETRIA:Aps retirar os tubos do banho fervente, esfriar e adicionar 1,0 ml do reativo arsenomolbdico a todos. Agite bem. Se as cores forem muito intensas, diluir adicionando gua destilada. Medir a Absorbncia ou Transmitncia com o espectrofotmetro dos contedos da srie padro e da amostra, usando o solvente como referncia. O comprimento de onda () do espectrofotmetro deve estar entre 530-550 nm.Para cada concentrao voc ter duas medidas, j que foram feitas em duplicata. Calcular a mdia para cada ponto.

Resultados Experimentais e Discusses

Concentrao de glicose: TuboVolume Cu2+Volume glicoseConcentrao

11,00E-032,50E-040,00371

21,00E-035,00E-040,00743

31,00E-037,50E-040,01114

41,00E-031,00E-030,01486

Absorbncia no espectrofotmetro:TuboAbs1Abs2Absmdia

10,3560,2760,316

20,5690,5530,561

30,8540,8540,854

41,0971,0461,0715

500,0040,002

60,6580,6990,6785

Com os dados da concentrao e da absorbncia feita no espectrofotmetro, foi construda uma curva padro de glicose, e por ela pode-se encontrar a concentrao de glicose no mel.

Absorbncia vs. concentrao em g/LNossa amostra de mel apresentou uma absorbncia de 0, 678 e sua concentrao, pela equao da reta foi:y = 68,91x + 0,06080,678 = 68,91x + 0,0608(0,678 0,0608)/68,91 = xx = 0,00896 g/L

A diluio inicialmente foi feita com 6 ml de gua. Logo atravs da frmula:M1 . V1 = M2 . V2encontramos, 0,00896 g/l . 6 ml = M2 . 1 mlM2 = 0,0537 g/l

A soluo inicial da amostra era de 0,105 g/l de mel, sendo a concentrao de acar redutor de 0,0537 g/l. Assim podemos concluir que para cada 100 g de mel, haver 51,1 g de aucares redutores.

Concluso

O mel analisado neste experimento respeita a legislao brasileira, tendo em vista que encontrou-se um valor de 51,1 g de aucares redutores por 100 g de mel, sendo o limite de 65 g de acar pra cada 100 g de mel. O procedimento de determinao de aucares redutores apresentou-se como um mtodo analtico muito simples, onde o uso do espectrofotmetro se mostrou bastante eficiente para anlise quantitativa dos acares presentes no mel, uma vez que obter a curva padro e obter a concentrao dos aucares um procedimento sem maiores complicaes, mesmo para um discente sem muita experincia no laboratrio.

Referncias Bibliogrficas

DE SOUZA, Julio S. I., PEIXOTO, Aristeu M., DE TOLEDO, Francisco F.; Enciclopdia Agrcola Brasileira, So Paulo: Editora Edusp, 2002, vol 4 I-M, pg. 468 CAMPOS, R. G. M. Contribio para o estudo do mel, plen, gelia real e prpolis. Boletim da Faculdade de Farmacia de Coimbra, vol.11, n.2, p.17-47, 1987. WHITE, J.W. Physical characteristics of honey. In: CRANE, E. Honey a comprehensive survey. London: Heinemann, 1975. Cap.6, p.207-39. 4 WHITE, J.W. & SICILIANO, J. Hydroximetilfurfural and honey adulteration. Journal of the Association of Official Analytical Chemists, Philadelphia, v.63, n.1, p.7-10, 1980. 5 VERISSIMO, M.T.L. Porque o mel cristaliza. Apicultura no Brasil, v.3, n.18, p.14, 1987. 6 BRASIL. Ministrio da Agricultura e Abastecimento. Instruo Normativa n. 11. Dirio Oficial da Unio, 23 de outubro de 2000, seo 1, p.16-17. 7 MENDES, B. A. & COELHO, E. M. Consideraes sobre caractersticas de mel de abelhas Anlises e critrios de inspeo. Informe Agropecario, v.9, n.106, p. 56-67, 1983.