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HORÓSCOPO DE JUNHO A DEZEMBRO 2021 | Nº 43 | Semestral | Grátis Atualidades sobre: Candomblé, Umbanda, Caboclos, Espiritualidade Ecuménica, Esoterismo ARA YE YEU

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2021 | Nº 43 | Semestral | Grátis

Atualidades sobre: Candomblé, Umbanda, Caboclos, Espiritualidade Ecuménica, Esoterismo

ARA YE YEU

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SUMÁRIO

Notas: 1. Toda a imagem e conteúdos dos anúncios publicados nesta revista, são da

exclusiva responsabilidade dos respectivos anunciantes;2. A redação desta revista está elaborada segundo o novo acordo ortográfico.

editora

Documentário Informativo 4Osun 5O poder da Defumação 7Bàbáláwò 11A famosa Bruxa de Évora 13A Árvore da Jurema 16Viva Alégre Coma Saudável/Invocação/Ebó 19Espiritualidade Ecuménica 20Sincretismo religioso 22Página dedicada à Umbanda 27Freya 30Previsões Astrológicas 32Osun-Osogbo 34Hinduísmo 37Qual a melhor religião? 39Projeção Astral 40Mente sã em Corpo são 41ÒSÙPÁ – A LUA 45

FICHA TÉCNICA: Povo de Santo e AsèPropridade de: Lendas & CultosMorada: Rua Qta. das Padeiras - Viv. S. Jorge, nº 102815-795 Sobreda da Caparica - AlmadaNIF: 508 573 025Nº Registo na E.R.C: 125412Depósito Legal: 280080108 Director: J. Pinto, (Ogun)Director Adjunto: P. Fialho, (Yemanjá) Sede de Redacção:Rua Qta. das Padeiras - Viv. S. Jorge, nº 10 2815-795 Sobreda da Caparica - AlmadaPeriodicidade: SemestralCoordenador Gráfico: Rui Toscano, (Logun Odé)Redação: Miguel Dinis, (Ogun)Comercial: Licinia Marques, (Osun) 96 221 17 62Representante legal na Bahía /Brasil: Aristides de Oliveira Mascarenhas (Osalá Osaguian)Tel: 21 294 06 84 Fax: 21 295 17 43 TM: 96 275 40 40E-mail: [email protected]

EDITORIALHoje mais que nunca, o candomblé e os cultos afro brasileiros em geral, têm como temos observado uma batalha enorme de desrespeito contra si próprios.Depois de tanta intolerância no passado, de tanta luta, era justamente previsível que hoje os ventos sopras-sem como brisa… mas dentro de portas, nos acomo-dámos, nos tornámos “importantes” achando-nos mais importantes que os outros nossos irmãos! Demos es-paço para os que nos combatem ganhassem terreno e o desrespeito hoje, é esta evidência.Temos de procurar granjear entre portas o respeito , a sã convivência , o respeito pela hierarquia , pela nossa casa de asè, pelo nosso Pai/Mãe de santo, pelos mais velhos …Temos de deixar as estradas da maledicência, do egoís-mo da “pose” sem sentido!Ninguém deve sujar a água onde bebe!Se é que queremos ver renascer o respeito dos outros para connosco e entre nós!

Nós vamos continuar, assim Deus (Olorun) permita.

O DirectorDr. José Pinto

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Documentário Informativo

Os aros de metal dourado, prateado, de cobre ou de barro são muito usados nas religiões afro e também são insígnias. Significam jóias. Represen-tam a riqueza, a realeza, a beleza ligada aos Orixás.Representam a aliança inquebrável do homem com os Orixás. São o elo entre o material e o espiritual. Por isso os yawôs e neófitos em várias nações usam-na nos seus braços representan-do a energia do seu Orixá e de seu odu.Representam o círculo perfeito, que flui eterna-mente em todas as forças da natureza.Idé foi um dos filhos de Oxum e o mais amado, e com ela juntamente com Ogum Wari (a qua-lidade de Ogum de algumas casas dizem ser o responsável por tal trabalho), tem o segredo da forja dos idés, das jóias dos Orixás.Existem os idés de braço, os idés de igbá e tam-bém se usa o idé de pescoço. A cor do idé varia

conforme a cor do metal utilizado e da preferên-cia do Orixá da pessoa.Os de braço são aqueles maiores usados como pulseiras e podem ser de vários materiais além do ferro, variando de nação para nação e de axé para axé: de ouro, prata, cobre, chumbo, marfim, madrepérola, coral, de cristal, de barro entre outros. E estes também podem ser colo-cados nos igbás em alguns casos.Os de igbás são menores, e costumam ser ape-nas de ouro, prata, cobre, chumbo, e barro.Os idés de pescoço são grandes, curvados nas extremidades e usados como indumentária de orixá na maioria das vezes por pessoas gra-duadas hierarquicamente, ou orixás ligados à riqueza, à prosperidade e à beleza. Mas seu uso também é variável e algumas nações o yawô já sai com esse idé na sua primeira saída.

OS IDÉSO SÍMBOLO DE LIGAÇÃO

COM O ORISÁ

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Documentário Informativo Osun

Òrisà das águas doces, reina sobre os rios e ca-choeiras, sendo também um Òrisà ligado ao ouro…Coquete e vaidosa (numa das suas qualidades), mais guerreira em outras, carinhosa e muito afecta a crianças.Ela é ainda, amante da beleza, da harmonia e do adorno.Osun, é um dos Òrisàs mais belos do Candomblé.Pode-se dizer, que Osun é o Santo do Amor!Um dos seus Orikis, visto com atenção, revela o zelo de Osun para com os seus filhos.Osun representa a Lua, a Mãe, Esposa, e a Sa-cerdotisa.Qualidades:Apará, Aboto, Ipetu, Karé, Odo, Yepondá, etc, …

Personalidade dos filhos de Osun:São pessoas graciosas, simpáticas e em regra geral elegantes.São um símbolo de charme e beleza, são sensuais.

Sobre a sua aparência sedutora, escondem muitas vezes uma vontade e desejo de ascensão social.São ainda calmas, emotivas e choram facilmente.São astutos, conjugando tudo o que querem com imaginação e intriga.Estas pessoas às vezes são desconfiadas e pos-suidoras de grande intuição, que muitas vezes é posta ao serviço da astúcia.

Dia da semana: Sábado Número: 16Cores: Amarelo ouroSímbolos: AbébéElementos: Água doceMetal: Ouro amarelo Mineral: Topázio brilhante e âmbar etc…Flor: Rosas amarelasSaudação: Ara Ye Yeu (Au Fi Deliman)!Sincretismo: Todas as Nossas Senhoras (excepto N Sra. Candeias, Navegantes e Conceição)

OSUN

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Osun

Uma Lenda de Osun

As Lendas, mais do que contarem factos, têm sobretudo a parti-cularidade e nos transmitirem o conhecimento de uma determi-nada energia. È também nas lendas que percebemos o porquê de algumas formas de estar e de ser dos filhos de um determinado Orixá; da sua forma de se relacionar com os outros, com as coi-sas, situações e com o mundo.

Diz o mito que Oxum era a mais bela e amada filha de Oxalá. Dona de beleza e meiguice sem iguais, a todos seduzia pela graça e inteligência. Oxum era também extremamente curiosa e apaixonada. E quando certa vez se apaixonou por um dos Orixás, quis aprender com Orunmilá, o melhor amigo do seu pai, a ver o futuro. Como o cargo de oluô (dono do segredo) não podia ser ocupado por uma mulher, Orunmilá, já velho, recusou-se a ensinar o que sabia a Oxum.Oxum então seduziu Exu, que não pôde resistir ao encanto da sua beleza e pediu-lhe que roubasse o jogo de ikin (cascas de coco

de dendezeiro) que pertencia a Orunmilá. Para assegurar o seu empreendimento, Oxum partiu para a floresta em busca das Iyami Oshorongá, as perigosas feiticeiras africanas, a fim pedir que também estas a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar Exu fazia tempo, não ensinaram Oxum a ver o futuro, pois sabiam que Exu já havia roubado os segredos de Orunmilá, mas dedicaram-se a fazer inúmeros feitiços de forma a deixar a sua marca no processo.Tendo Exu conseguido roubar os segredos a Orunmilá, o Deus da adivinhação viu-se obrigado a partilhar com Oxum os segredos do oráculo entregando-lhe os 16 búzios com que até hoje as mulheres jogam. Oxum representa, assim a sabedoria e o poder feminino.Em agradecimento a Exu, Oxum concedeu – lhe a honra de ser o primeiro Orixá a ser louvado no jogo de búzios. Assim, Oxum é também a força da vidência feminina.

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O poder da Defumação

Muito utilizada há séculos, a defumação é uma poderosa arma de purificação e energização utilizada para purificar o ambiente e limpar o local das energias negativas que nos impedem de progredir. Isso porque as ervas em geral possuem uma grande energia natural, assim carregam em si vibrações puras e elevadas que podem elevar a energia dos ambientes e seres no campo mental, espiritual e físico.Um ambiente defumado facilita na abertura de bons caminhos e traz paz espiritual, maior con-centração e foco nos seus objetivos.Para fazer a defumação, primeiro deve-se esco-lher as ervas de acordo com a necessidade do ambiente. Vale lembrar que se podem misturar ervas conforme a necessidade.Tendo escolhido as ervas, é necessário carvão e um recipiente para a defumação que costuma ser uma tigela de barro ou de metal. Com tudo em mãos, deve-se acender o carvão e colocá-lo no recipiente escolhido, jogar aos poucos a erva por cima e percorrer o ambiente com o defuma-dor em mãos, mantendo o pensamento positivo e pedindo ao Criador a purificação do ambien-te. Ao fazer em todas as divisões, o defumador

deve ser pousado num lugar seguro até que as ervas terminem de queimar e está feito!Todas as ervas energizam o ambiente, porém, cada erva tem uma função energética dominan-te, conheça alguns tipos abaixo:

Abre caminhosQuando temos bloqueios energéticos na nossa vida, seja no âmbito pessoal, financeiro, amoro-so, espiritual ou familiar, podemos sempre con-tar com a ajuda da erva Abre caminhos.Essa erva é muito forte não somente para que-brar bloqueios energéticos na nossa vida mas também muito boa para abrir caminhos quan-do iniciamos algo novo como um emprego, um amor, ou uma mudança qualquer que esteja-mos fazendo na nossa vida e desejamos que tudo flua bem.Atrai bons fluidos, força e liderança.

AlecrimMuito conhecida como erva da alegria, o ale-crim contém óleos essenciais que estimulam a produção de neurotransmissores do bem estar, por essa razão, quando fazemos uma defuma-

O PODER DA DEFUMAÇÃO

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O poder da Defumação

ção no ambiente com o alecrim sentimos uma leveza, bem estar e alegria instantaneamente.Muitos xamãs acreditam também que o alecrim cura as doenças da alma e melhora as nossas atividades mentais, indicando-o sempre para estudiosos e pessoas com memória fraca.Defumando o ambiente com o alecrim fazemos a limpeza energética, criamos uma proteção no ambiente e usufruímos de elevação de humor, bom desenvolvimento intelectual e cura ener-gética.Traz força, vitalidade, faz um grande descarrego e defesa dos males em geral.

AlfazemaA Alfazema, também conhecida como Lavanda, é uma erva muito ligada à energia feminina, e com isso, traz-nos o sentimento de tranquili-dade, relaxamento, paz e segurança, como um colo de mãe.A erva restabelece o nosso equilíbrio energético, elimina larvas astrais, alinha os nossos chackras, traz-nos energia vital, entendimento, compreen-são, limpa e purifica o ambiente trazendo muita paz e harmonia ao local.Ligada ao feminino, deixa o ambiente leve, sua-ve, limpa, purifica, traz harmonia e paz ao am-biente.

Anis estreladoO Anis estrelado também é conhecido como Es-trela de anis.Essa erva traz-nos bom humor, eleva as nossas energias, traz sensação de leveza, atrai dinheiro, prosperidade e torna o ambiente agradável.Usada na defumação uma erva muito poderosa para fazer o descarrego de energias negativas nos ambientes e nos seres, proporcionando uma grande limpeza de energias e pensamen-tos negativos, afasta o olho gordo e a inveja e traz-nos grande bem estar, alivio imenso e fe-licidade.Eleva as nossas energias, atrai dinheiro, prospe-ridade, traz-nos alívio e felicidade.

ArrudaA Arruda é imbatível quando a intenção é pro-teção contra inveja e olho gordo, e combate a energias negativas.Essa erva é muito conhecida há tempos pelo seu poder ao promover uma forte limpeza es-piritual e emocional, afastar a negatividade, limpeza energética em ambientes, traz força e coragem, atrair sucesso, prosperidade, dinheiro e proporciona energias positivas no ambiente.Proteção contra inveja e olho gordo, forte limpe-za energética.

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O poder da Defumação

Comigo ninguém podeO próprio nome já diz muito sobre esta erva, que é uma poderosa arma contra mau olhado e energias negativas.Essa erva é capaz de limpar energias negativas de seres e ambientes, é muito eficaz ao agir con-tra azar, inveja e olho gordo, traz paz e muita tranquilidade.É uma forte aliada na proteção de qualquer ambiente, absorvendo energias negativas e libe-rando boas vibrações.Afasta inveja, cobiça, intriga, liberta energias po-sitivas e fortalece o ambiente.

Espada de Santa BárbaraÉ uma das melhores ervas de proteção usada há tempos para afastar a inveja, mau olhado, energias densas e promover sorte, proteção, prosperidade, abundância e dinheiro.Promove também a motivação e força para lu-tar.Essa erva possui forte poder de purificação, tor-nando o ambiente muito mais leve e harmonioso.Essa erva livra-nos de ataques energéticos e mau olhado. Traz força e purifica o ambiente e seres que ali estão.

Flor de laranjeiraA Flor de laranjeira é considerada a flor da boa sorte e do amor.Essa flor possui caráter calmante e afrodisíaco,

sendo muito utilizada para assuntos amorosos.O aroma da Flor de laranjeira inspira bons senti-mentos, combate a tristeza e traz tranquilidade.Atua também na prosperidade emocional e fi-nanceira, traz-nos disposição, entusiasmo, se-gurança e confiança e com isso, é uma forte aliada no desenvolvimento da autoestima e luta contra depressão.Promove auto estima, bons relacionamentos amorosos, entusiasmo pela vida e bons senti-mentos.

ManjericãoConsiderada na Índia uma planta sagrada, o Manjericão traz-nos muita calma, bom sono, paz de espírito e afasta os pensamentos negativos.No lar age como pacificador e integrador na fa-mília, sendo chamada por isso de Erva da har-monia.Abre a nossa mente para o que há de errado na nossa vida e estimula-nos a defendermos a nossa verdade.Traz riqueza, boa sorte, ajuda pessoas contidas a serem si mesmas e promove limpeza energé-tica, cura e saúde.Acalma muito, traz paz de espírito, harmonia e afasta pensamentos negativos.

MirraA Mirra foi um dos presentes recebidos por Je-sus dos três reis magos.

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O poder da Defumação

A Mirra é símbolo de força e resistência do amor, por ser de uma árvore que sobrevive a uma região de muita seca e escassez e ainda sim não secar.Representa a essência feminina do Cosmos e a manifestação do amor puro.Defumar o ambiente com Mirra traz purificação, proteção, cura, fraternidade, autoconhecimen-to, harmonia, renovação, calma e tranquilidade.Purifica o ambiente, traz calma, harmonia e bem-estar.

SálviaA Sálvia é uma erva que representa resistência pois pode sobreviver a qualquer clima.Essa erva é uma das mais poderosas ervas para purificação, usada há tempos para proteção e energização espiritual, promove cura, força, cla-reza, traz saúde, prosperidade.O fumo emitido pela sálvia na defumação pro-move a limpeza do ambiente e dos seres, trans-mutando energia negativa em positiva.Uma das mais poderosas ervas para purificação, limpa energias pesadas, promove cura, traz for-ça, clareza e traz uma energia pura ao ambiente.

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Bàbáláwò

Na lógica da Religião Yorùbá, Olódùnmarè, Deus maior, omnipotente e omnipresente dentro da sua imensa sabedoria quando criou o homem à sua semelhança e perfeição e determinou a sua vida na terra, deixou também uma forma para que pudéssemos conhecer a trajetória do nos-so destino e desta forma minimizar o sofrimen-to. Enquanto seres que desconectados do EU Divino, sozinhos, não temos noção das nossas

vidas, nem para onde ir, nem o que fazer diante das inúmeras situações que nos deparamos no nosso dia a dia.Esta bússola que nos conduz a ir em direção da-quilo que é o melhor para todos nós é Òrúnmìlà--Ifá aquele que Olódùnmarè permitiu que fosse a testemunha da criação de tudo o que na terra existe, portanto o “guardião dos segredos”, que estava presente na nossa criação e também a

BÀBÁLÁWÒ

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Bàbáláwò

cada vez que aqui retornamos no processo de evolução.Òrúnmìlà-Ifá, portanto é aquele que através do jogo divinatório fala o passado, presente e fu-turo. É o código decifrado do destino individual de cada ser humano, que trazemos quando nascemos, sendo um culto específico onde os portadores desta sabedoria são chamados de Bàbáláwò, “o Pai dos Segredos”.No Culto a Ifá, os Bàbáláwò são pessoas escolhi-das pela divindade através do jogo de Opele-Ifá, pois necessitam reunirna sua personalidade um caráter compatível com a missão que será desenvolvida, e onde não é permitido traição, falsidade, orgulho, vaidade; tendo assim que reunir uma forma de caráter muito especial, além da inteligência. Neste Culto as pessoas não se candidatam a Bàbáláwò. Em África, após o nascimento de uma criança ela é levada a um Bàbáláwò para que os pais saibam o que será melhor para o seu destino, e desta forma enca-

minhada para a missão para a qual nasceu. Os escolhidos, quando atingem a idade necessária são encaminhados então ao templo e ali com os anciãos serão iniciados no culto e passam a ad-quirir o conhecimento dos segredos, a conduta necessária para que nunca percam este poder e a forma de como ajudar aos outros em qual-quer tipo de aflição.Dentre estes escolhidos, alguns serão encami-nhados para ser Bàbáláwò, e outros para ser o Omo-Ifá, aqueles que acompanharão o Bàbá-láwò em tudo o que fizerem, mas que nunca poderão atingir o grau maior da sabedoria em-bora esteja presente e ciente de todos os rituais sagrados. Este código será decifrado através dos 16 Odù. Para cada caminho (destino) exis-tem inúmeras rezas e ensinamentos passados oralmente ao iniciado permitindo com isto que além de conhecer o nosso sofrimento, apresen-te também a sua solução. Olódùnmarè não nos deixaria aqui somente para sofrer e andarmos

desgovernados! Este cenário não está incluso na lógica da criação. A única ressalva é que o po-der do conhecimento não pode estar nas mãos de qualquer um, uma vez que os níveis do ca-ráter humano não são iguais, e que na maioria das vezes as pessoas vão moldando a sua forma de ser de acordo não com o seu código interior, mas sim refletindo a força externa da sociedade em que vive.Este treino requer muitos anos, de prática, ri-tuais, e absorção do conhecimento, até que re-cebam dos seus anciãos a autorização final para

também desempenhar a função de Bàbáláwò.Os Bàbáláwò adquirem poderes e como a pró-pria tradução diz “Guardião dos Segredos”, as capacidades sobrenaturais são inúmeras e chegam inclusivé além da morte. Posuem co-nhecimentos no preparo de magias para que tenhamos proteção contra a violência, aciden-tes, sucesso e prosperidade, resolver casos amorosos, trabalhando com as folhas (Ewé), conseguem passar de um elemento para o ou-tro o campo energético em prol da felicidade do ser humano.

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A famosa Bruxa de Évora

A feiticeira ou bruxa de Évora é uma das perso-nagens mais populares e misteriosas do folclore e das lendas da magia, especialmente na esfera da cultura popular. A sua biografia é dispersa, incerta, cheia de contradições. Até onde con-duzem as pesquisas, não pode ser considerada figura histórica; no entanto, a sua fama é sufi-ciente para considerá-la arquétipo mítico de um certo tipo de bruxa, de feiticeira.Sobre uma Bruxa de Évora, como pessoa locali-zada num tempo, sua identidade primeira e ver-dadeira, não há, nenhum registro que possa ser

considerado como Histórico, documental, de fonte confiável. Documentos referentes à Bruxa simplesmente inexistem.É difícil até mesmo determinar a época em que viveu. A maioria dos textos/livros sobre uma Bruxa de Évora afirma que ela viveu no século XII. Outros, dizem que viveu em meados da Ida-de Média. Todavia, um único de texto de refe-rência permite supor que, na verdade, essa Bru-xa é mais antiga, e que poderia perfeitamente ter vivido em pleno século III d.C.Mítica, é possível que a primeira bruxa de Évo-

BRUXADE ÉVORA

A FAMOSA

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A famosa Bruxa de Évora

ra tenha sido tão poderosa e influente que seu nome tornou-se sinônimo para praticantes da bruxaria que vieram muito depois e também fi-zeram fama desde o antigo oriente Médio, Ásia Menor. Uma ideia de bruxa que alcançou não somente a Península Ibérica mas também toda a região costeira do Mar Mediterrâneo, os Bál-cãs, as ilhas do mar Mediterrâneo: ao longo de séculos, a expressão "Bruxa de Évora", tornou--se algo como um título.Em Portugal A Bruxa de Évora é o modelo de bruxa. Mas não somente em Portugal: este mo-delo de bruxa está na fantasia de toda a Penín-sula Ibérica e nos territórios que foram desco-bertos e conquistados pelos grandes navegado-res ibéricos da Idade Moderna.É praticamente inexistente o material docu-mental sobre a pessoa específica de uma Bruxa relacionada, residente ou oriunda da região de Évora. Livros, biografias sobre essa personagem são poucos e contém informações de fonte du-vidosa ou desconhecida. Edições de obras bem conhecidas não mencionam datas ou originais. Dois livros destacam-se nessa bibliografia exí-

gua: O Livro da Bruxa ou Feiticeira de Évora de Amadeo de Santander e A Bruxa de Évora, de Maria Helena Farelli.No primeiro, no que se refere à biografia da Bru-xa, o que se encontra, logo no primeiro capítulo é uma reprodução ou tradução de outro texto de autor praticamente desconhecido: capítulo do Livro de São Cipriano, sabe-se lá em qual de suas repetitivas versões mas, muito possi-velmente da edição em espanhol Gran Libro de San Cipriano o los tesoros del hechicero.O capítulo, intitulado 'La Hechicera de Evora o Historia de La Siempre Novia' (Siempre Novia, referência uma das lendas mais difundidas so-bre a Bruxa) teria sido, supostamente, extraído de um manuscrito cujo autor é um certo, ou in-certo, Amador Patrício.No segundo, em A Bruxa de Évora, Maria Helena Farelli apresenta a personagem como arquétipo folclórico luso-hispano-brasileiro, com ênfase nas raízes portuguesas da lenda, já devidamen-te hibridizadas entre:1. O druidismo celtíbero doméstico.2. O culto romano à deusa Diana (correspon-

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A famosa Bruxa de Évora

dente à grega Ártemis), cujas ruínas do templo ainda podem ser visitadas em Évora.3. A figura mítica da moura feiticeira, frequente-mente apresentada, simplesmente e deprecia-tivamente como a Moura Torta, um modelo de bruxa, tudo isso misturado ao ritualismo cristão das orações e adoração dos santos e das relí-quias e nome sagrados.No livro de Farelli, a narrativa passa, como é necessário, pela história da nação lusitana, de-tendo-se em período em que a cultura popular mística-religiosa já tinha absorvido elementos que ficaram como herança do tempo da domi-nação islâmica-sarracena em toda a península Ibérica. Boa parte dessa herança consiste no universo misterioso na magia semita, caldaica, mesopotâmica: dos magos-alquimistas, astró-logos, videntes, quiromantes, necromantes – invocadores de gênios e espíritos dos mortos, magia-negra, também, sim, da mais antiga tra-dição árabe, pré-Islã, tornando o livro rico em conhecimentos mágicos de antigas tradições.

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A Árvore da Jurema

O nome “Jurema” vem do tupi-guarani:Ju significa “espinho”Remá, “cheiro ruim”.A jurema é uma planta da família da legumi-nosas. Os frutos das plantas leguminosas são vagens. Existem várias espécies de jurema, como por exemplo: Jureminha, Jurema Bran-ca, Jurema Preta, Jurema da Pedra e Jurema Mirim.Esta planta tem muita importância no culto

espiritual dos caboclos e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tanto que dá nome a um culto chamado de “Culto à Jurema”.Esse culto deve-se ao fato de que os índios en-terravam seus mortos junto a raiz da jurema. Daí passavam a cultuar esses mortos para que eles evoluíssem espiritualmente e habitassem o tronco da jurema ajudando a todos da tribo em suas necessidades.No Nordeste, este culto recebeu outros no-

A ÁRVORE DA JUREMA

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mes como: Toré, Curicurí Praiá e Juremado.Mas, o culto de caboclo não ficou restrito ape-nas ao índio brasileiro. Os negros de origem banto incorporaram os caboclos aos seus cul-tos e passaram a chamar este culto de “Can-domblé de Caboclo” ou “Samba de Caboclo”.Nos Juremados, o mestre utiliza-se de um ma-racá, espécie de chocalho e de um cachimbo feito às vezes de pinhão-roxo para soprar fumo para à esquerda ou para a direita.

UTILIZAÇÃO:A jurema é utilizada para tomar banho de descarga com as suas folhas. Serve como de-fumador para curar dor de dentes, doenças sexualmente transmissíveis, insónia, nervos, dores de cabeça. Faz ainda: figas, patuás, ro-sários. Utiliza-se para fazer rezas com suas fo-lhas contra mau-olhado e olho-grande.Serve ainda para fazer um dos maiores fun-damentos do Culto à Jurema, que é uma be-bida à base de infusão das folhas, com casca do tronco e da raiz misturados com mel de abelha, garapa de cana-de-açúcar e cachaça. Essa é a bebida preferida dos Encantados que baixam no Toré e no Culto à Jurema

O VINHO DA JUREMAO vinho de Jurema, preparado à base de va-riedades de jurema, principalmente a jurema--preta Mimosa hostilis, a jurema-embira ou vermelha (Mimosa ophthalmocentra) e a Jure-ma-branca (Mimosa verrucosa), é usado pelos remanescentes índios e caboclos do Brasil. Além de conhecido pelo interior do Brasil na farmacopeia popular como cicatrizante, tra-tamento de infecções é também utilizado nas cidades em rituais de Candomblé, combinado com diferentes ervas, com diversas formas de preparo (mantidas como segredo).Os efeitos do vinho de jurema são muito bem descritos por José de Alencar no romance Ira-cema. Para entender seu efeito psicoativo não basta analisar a composição molecular e com-parar com as denominadas drogas alucinó-genas é necessário situar-se no contexto de expectativas e formas de uso da substancia nos sistemas de crenças brasileiros. Deve-se considerar o processo aculturação, assimila-

A Árvore da Jurema

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ção resultante dos ´”aldeamentos” indígena da missões colonizadoras bem como o re-torno à identidade étnica, períodos quando não se registrou o hábito de beber a jurema e momentos em que os torés foram resgata-dos ou criados entre os grupos indígenas do Nordeste. Nos referidos grupos tanto a bebi-da da jurema voltou a se fazer presente, como permanece apenas sendo citada em suas can-ções, invocações, enquanto símbolo – alicerce de sua autoctonia.Apesar de parecer óbvia a suposição de que se drogas psicotrópicas afetam o sistema ner-voso central do homem de modo semelhante a estas deve ser associado um número finito de símbolos, a diversidade cultural e indivi-dualidade humana é sempre surpreendente. Assim tem procedido os especialistas em tal classe de psicotrópicos, promovendo o co-nhecimento do maior número possível de ri-tos e descrições individuais.Observe-se inclusive que por esse método de pesquisa já se denomina essas substancias como enterógenos opondo-se a classificação como alucinógeno ou psicotomimético com as descrições de estados oníricos, das psicoses

em vez de êxtase religioso e possessão divina como o nome enterógeno refere.A persistência do uso da jurema em rituais indígenas e religiões populares do Nordes-te do Brasil (Catimbó), apesar de combatida pela colonização católica, com os rigores da inquisição e da polícia, por si só indica sua importância farmacêutica e simbólica para grupos que possuem uma forma específica de organização social entre a sociedade tribal e as comunidades religiosas. Contudo pode--se atribuir a essa perseguição a diversidade no modo de uso e mesmo as dificuldades da identificação da espécie.Os índios do Nordeste apesar do processo de integração à sociedade nacional conservaram em algumas regiões organizações que sobre-vivem como grupos religiosos e entidades ci-vis tuteladas pelo estado identificadas em et-nias sobreviventes e Missões indígenas. Pelo menos 5 etnias ainda utilizam a Jurema em seus rituais: Kiriris, Tuxás, Pankararé no Nor-deste; Tupinambás de Olivença – Sul da Bahia; Atikun, Fulniôs, Xucuru-kiriri em Pernambuco e Kariris em Alagoas e os Xocós de Sergipe.Fonte: grupomazucadaquixaba.wordpress.com/Wikipedia.

A Árvore da Jurema

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Viva Alégre Coma Saudável | Ebó | Oferenda | Invocação

EBÓ | OFERENDA

INVOCAÇÃO

Cozer inhame e descascar. Amasse o inhame muito bem.Faça um refogado com cebola, epó pupá, camarão seco e sal.Junte a este refogado o inhame amassado, envol-vendo muito bem, de forma a ficar homogéneo. Coloque num prato /recipiente de forma harmo-niosa, enfeitando com cinco camarões.Entregue no assentamento ou num rio/cachoeira, agradecendo e fazendo os respetivos pedidos.

VIVA ALÉGRE, COMA SAUDÁVEL!

Senhora das águas doces, rios

e cachoeiras, banhai-nos com o

vosso amor de Mãe!!!

SOPA DE BELDROEGAS

INGREDIENTES 1 Molho de Beldroegas1 Cabeça de Alho1 Folha de Louro1 Pitada de Colorau I1 Cebola Média2 BatatasSal Qb1.5l Água QuenteQueijo curado Alentejano Qb4 Ovos frescosVinagre de vinho branco Qb

PREPARAÇÃO1. Aqueça um bom fio de azeite num tacho, junte 1 ca-beça de alho sem a pele exterior, uma folha de louro, uma pitada de colorau, uma cebola picada e deixe re-fogar.2. Tempere com sal, junte 2 batatas cortadas em fatias e deixe que fritem um pouco.3. Arranje as beldroegas, descarte os pés mais duros e aproveite as folhas e os caules mais tenros.4. Junte cerca de 1 litro e meio de água ao tacho e adi-cione as beldroegas.5. Corte em cubos 1 queijo de preferência alentejano e bem curado e junte ao tacho.6. Quando as batatas estiverem praticamente cozidas acrescente 2 ovos frescos e deixe escalfar em lume bai-xo por cerca de 5 minutos.7. Com tudo pronto é hora de servir, primeiro o caldo e as beldoregas, depois o ovo, o alho e mais umas fatias de queijo.8. Se gostar acrescente uma gota de vinagre. Vai ver que não fica nada mal.

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Espiritualidade Ecuménica

O Papa Francisco pediu hoje aos participantes na Assembleia-geral do Movimento dos Foco-lares, um empenho no diálogo e abertura da Igreja para todos.O Papa pediu “fidelidade dinâmica” que não esmorece perante a “queda numérica” e que mantém vivo o “carisma fundador”: um com-promisso de “permanecer fiel à fonte original, esforçando-se para repensá-la e expressá-la em diálogo com as novas situações sociais e culturais”, pode ler-se no discurso de Francis-co disponibilizado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.A audiência aconteceu no âmbito da Assem-bleia, que termina este domingo, que elegeu a nova presidente do Movimento, Margaret

Karram, sucedendo a Maria Voce, responsável pelos Focolares nos últimos 12 anos.A abertura a “diferentes contextos culturais, sociais e religiosos” foi sublinhada pelo Papa que indicou a necessidade de levar o Evan-gelho a todos, “não como proselitismo”, mas como novidade para a humanidade em “todos os lugares e tempos”.Nas palavras aos participantes na Assembleia, Francisco afirmou ainda que a abertura e diá-logo são um caminho para evitar a “autorrefe-rencialidade”.“Isto é o que esperamos para toda a Igreja: ter cuidado com o fechar-se em si mesma, o que sempre leva a defender a instituição em detri-mento das pessoas, e que também pode levar

MOVIMENTO FOCOLARESDIÁLOGO E ABERTURA

SÃO PEDIDOS DO PAPA FRANCISCO AO

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Espiritualidade Ecuménica

a justificar ou encobrir formas de abuso, com tanta dor que temos descoberto e experimen-tado nos últimos anos”, reconheceu.Enfrentar “com coragem e verdade” os diferen-tes problemas e seguir as “indicações da Igreja, que é verdadeira Mãe, e respondendo às exi-gências da justiça e da caridade”, apontou.O Papa convidou a olhar para as crises como forma de crescimento, como “bênçãos, para a vida das pessoas e também para a vida das instituições”.“A crise é uma oportunidade para uma nova maturidade; é um tempo do Espírito, que des-perta a necessidade de atualizar, sem desa-nimar diante da complexidade humana e de suas contradições. Hoje em dia, há muita ên-fase na importância da resiliência diante das dificuldades, ou seja, a capacidade de enfren-tá-las positivamente, tirando delas oportuni-dades”, explicou.

O Papa alertou para a importância de manter a organização institucional numa esfera diferen-te da “espera da consciência individual”.“A mistura da esfera de governo e da esfera de consciência dá origem aos abusos de poder e de outros dos quais fomos testemunhas”, in-dicou.Francisco sublinhou ainda o “caminho de pro-ximidade” como aquele que pode alcançar “to-das as condições humanas”, os “pobres e os últimos”, trabalhando a favor da “promoção da justiça e da paz”.Margaret Karram é católica, nascida em Hai-fa, Israel, oriunda de uma família de origem palestina e que, em Roma, foi conselheira do Movimento “para o diálogo entre instituições eclesiásticas, associações, grupos e movimen-tos, nascidos de carismas antigos e novos na Igreja Católica, colaborando ativamente para uma maior comunhão entre todos”.

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Sincretismo religioso

É comum ouvirmos dizer que o Brasil é um país caracterizado pelo sincretismo religioso.Esse processo teria se originado pela con-fluência de povos que constituíram o Brasil, como os europeus, africanos, indígenas e de-mais grupos que se somaram após a coloni-zação.Há uma diversidade muito grande de religiões em todo o mundo, e no Brasil não é diferente.Mesmo o Cristianismo, religião predominante no Brasil, possui vários tipos de correntes e movimentos teológicos.

Essa variedade de religiões influencia a cultura dos brasileiros, suas crenças, manifestações, festividades e modos de compreender a vida.É importante conhecer mais sobre o que é o sincretismo religioso, e como ele está presen-te em nossas vidas e na cultura do Brasil.Neste artigo, você conhecerá mais sobre as religiões do mundo, as religiões brasileiras e como se originou este sincretismo no Brasil.Além disso, vai entender o que significa a pa-lavra “sincrético” e, também, que há pessoas que não possuem religião alguma. Confira!

SINCRETISMO RELIGIOSO

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Sincretismo religioso

O QUE É SINCRETISMO RELIGIOSO?Ao longo do tempo, as religiões vão sofrendo algumas mudanças em suas estruturas, espe-cialmente influenciadas pelas transformações da própria sociedade.Estas religiões podem incorporar manifesta-ções e crenças de outras religiões, porém, sem deixar suas características básicas originais.Essa confluência entre várias religiões, onde os traços destas de mesclam, embora se mante-nham as condições que embasam cada uma delas, é chamada de sincretismo religiosoDe modo bastante claro, pode-se entender o sincretismo religioso como a reunião de vá-rias doutrinas religiosas diferentes. Porém, mantendo-se os principais traços de cada uma destas religiões.Essa mistura faz com que se torne difícil definir claramente quais são as crenças e manifesta-ções de cada uma das religiões, uma vez que estes elementos se inter-relacionam constan-temente.Algumas religiões se mantêm mais fechadas diante da influência de outras religiões e da própria sociedade. Estas religiões são chama-das de ortodoxas.A Ortodoxia é um sistema teológico conside-rado como o único verdadeiro, é uma espécie

de dogmatismo religioso, quando os preceitos desta religião são considerados como incon-testáveis.Existem correntes ortodoxas no Judaísmo, no Cristianismo, dentre outras.Quanto mais aberta está uma religião diante das influências de outras religiões e da própria sociedade, considera-se que mais secularizada ela é.A Secularidade possui relação com uma ade-quação às condições do século vigente, ou seja, uma inserção nas transformações que o momento atual apresenta para as pessoas.Considera-se que esta condição de secularida-de seja oposta aos tradicionalismos religiosos, uma vez que enquadra a religião às mudanças sociais, aos novos contextos vividos.

EXEMPLOS DE SINCRETISMO RELIGIOSODificilmente as pessoas conseguem definir como era originalmente a religião que elas seguem hoje. Isso porque, a religião também sofre com as mudanças sociais ao longo do tempo.Práticas que eram comuns em milênios passa-dos, hoje não se enquadram mais nos novos moldes da sociedade.O sincretismo ocorre quando um sistema de crenças incorpora manifestações de outro sis-

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Sincretismo religioso

tema de crenças, mas sem perder suas condi-ções básicas originais. O sincretismo é percebido através dos rituais, superstições, processos e ideologias.Um dos exemplos mais clássicos de sincretis-mo religioso no Brasil ocorreu durante a colo-nização do país, quando a religião Cristã (Ca-tólica) foi incorporada no conjunto de crenças indígenas.Isso ocorreu de várias formas, moldando o comportamento dos indígenas segundo os preceitos da religião dos europeus.Ainda assim, os povos nativos não deixaram to-talmente suas religiões originais.

GRUPO DE INDÍGENAS As tribos indígenas no Brasil foram alvos da doutrinação do Catolicismo (Foto: depositpho-tos)Os padres jesuítas da Companhia de Jesus rea-lizaram um trabalho de educação e catequiza-ção dos indígenas no território brasileiro no contexto da colonização.

Com isso, os povos nativos recebiam um ensino de base católica por parte da ordem religiosa.Neste processo, vários costumes dos indígenas foram abolidos e modificados, tudo visando enquadrá-los na lógica da religião dos coloni-zadores.Esse processo foi marcado por um profundo sincretismo religioso, pois incorporava-se pos-teriormente também a religião de origem afri-cana (várias matrizes).Esses contatos e relações formaram o caráter sincrético da religiosidade brasileira.

O QUE QUER DIZER A PALAVRA SINCRÉ-TICA?O termo sincrético está relacionado com a mis-tura de cultos e manifestações religiosas dife-rençadas.Esse processo fornece um novo sentido aos elementos de cada uma das religiões envolvi-das.Há uma fusão de ideologias, filosofias, sistemas

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Sincretismo religioso

sociais, crenças, elementos culturais e práticas. Apesar disso, entende-se que a confluência não elimina as características originais.Portanto, mesmo que várias religiões entrem em contato e misturem seus elementos, ainda assim elas preservam suas características origi-nais mais básicas.

IMPLICAÇÕES DESSE PROCESSOO sincretismo religioso é uma condição natural do processo de contato entre as religiões.Algumas religiões são mais flexíveis e abertas ao diálogo e relação com outras manifestações religiosas, outras são mais conservadoras e fe-chadas às influências externas.Um dos riscos que se considera em relação ao sincretismo é a perda da identidade original de uma religião, uma vez que a confluência de crenças e manifestações acarreta no desco-nhecimento dos elementos básicos que consti-tuíam aquela religião.Por outro lado, o sincretismo permite que as pessoas vivenciem experiências diversificadas

e manifestem sua religiosidade da forma que consideram mais apropriada ou profunda.Dentro de uma religião conservadora, mais fechada, as experiências ficam limitadas ao já conhecido.Quando há o contato com outras formas de re-ligião, as possibilidades se ampliam, e tem-se condições de optar por aquilo que mais pro-move o sentido sagrado.Considerar o sincretismo como bom ou ruim depende da forma como cada pessoa percebe a religião.

O QUE É SINCRETISMO RELIGIOSO NA BAHIA?Talvez o estado brasileiro onde o sincretismo religioso seja mais intensamente sentido é a Bahia.Isso porque ocorreu nesta, historicamente, en-contro e confluência de duas correntes religio-sas distintas, mas que mesclaram elementos durante o contato.De um lado o Cristianismo, que era a religião

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Sincretismo religioso

predominante dos portugueses. De outro, o Candomblé, religião predominante entre os negros enviados ao Brasil no contexto da es-cravidão.Uma das diferenças mais presentes entre as duas religiões é que o Cristianismo é monoteís-ta, ou seja, há apenas um Deus. Já o Candom-blé é panteísta (acredita-se que Deus esteja em todas as coisas).O Catolicismo da época não aceitava essa vi-são do Candomblé, então as ritualísticas eram reprimidas.No entanto, os santos eram bem aceitos pe-los Católicos, por isso, os africanos disfarçavam seus deuses em forma de santos, para que não sofressem punições.Hoje, as duas matrizes religiosas são muito presentes na Bahia, na figura das igrejas e dos terreiros.

CONCLUSÃOExistem muitas formas de manifestação da

religiosidade. Há pessoas que não acreditam em divindades, mas há também aqueles que creem na existência de muitos deuses. A ques-tão religiosa é bastante individual para cada pessoa.O Brasil é caracterizado pelo sincretismo reli-gioso, especialmente pela confluência entre as religiões Cristã (Catolicismo), africanas e as tra-dições indígenas. Somando-se a isso também as demais religiões que vieram posteriormente com outros povos.O sincretismo religioso é, basicamente, uma fu-são entre elementos de duas ou mais religiões.Porém, neste processo, há a manutenção de alguns elementos básicos de cada uma das re-ligiões, preservando sua identificação.É um processo que ocorreu naturalmente ao longo do tempo e que também foi influenciado pelas mudanças na sociedade. Essa mistura de crenças faz do Brasil um país rico em diversi-dade cultural.

Excerto do Artigo Escrito por Prof. Luana PolonEm 24/07/2019Texto original em Português do Brasil

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Página dedicada à Umbanda

ZÉ PILINTRANA UMBANDA

Zé Pilintra ou Zé Pelintra (como é conhecido em alguns lugares) faz parte da Linhas dos Malandros e possui uma grande importância para a repre-sentação daqueles que se encontraram durante as suas vidas marginalizados pela sociedade, pois prova através da sua ação como Guia Espiritual que o falso conceito de malandro nada mais é do que um esteriótipo criado por aqueles que não possuem a visão dos verdadeiros desafios no ca-minho dos humildes.Zé Pilintra é uma figura à parte e por isso preci-samos abordá-lo separadamente. Muitos desin-formados associam-no com imagens malignas e criaturas que fazem o mal, quando na verdade o seu espírito se desenvolveu de tal forma após

a desencarnação que voltou a este plano como Guia para benefício dos que o procuram.Zé Pilintra é muito adorado e respeitado como entidade espiritual de origem brasileira. Ele enche o coração de todos com alegria e a boa malan-dragem. Admirado na Umbanda, é considerado como um espírito humilde, de bondade plena, patrono dos bares, rei da vida noturna, boêmio e apaixonado por jogos e disputas.Ele é a lição para os menos informados de que nem todos os desafortunados no sistema de um país, representam alguma ameaça para a socieda-de, e que devemos respeitar e dar valor aos que mesmo perante tanta dificuldade, ainda pagam com um belo sorriso os mais julgadores olhares.

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O Sal Página dedicada à Umbanda

Para compreender melhor este espírito solidá-rio, devemos entender o conceito do que é mar-ginal, e do que é estar à margem da sociedade. Zé Pilintra como um Malandro da Umbanda, é alguém que teve condições de vida sofrida e que foi negligenciado como ser humano mas que não guardou rancor no seu peito ao desencarnar. Ao contrário, mesmo após a morte ainda acreditava na salvação e a prova maior disso é o sorriso sem-pre presente no seu semblante, devoção que lhe conferiu uma maior elevação espiritual pela força do entendimento e confiança no Divino.

HISTÓRIA DE ZÉ PILINTRAA história mais aceite desta entidade é que ele tenha nascido no povoado de Bodocó, sertão per-nambucano. A sua família precisou de se mudar para o Recife, devido a uma grande seca que de-vastou toda a região.Infelizmente, quando menos esperava, o menino José dos Anjos perdeu toda a sua família, vítima-da por uma doença desconhecida. Sem ter para onde ir, criou-se no rua no meio do porto, susten-tando-se como podia.Dormia no meio da malandragem e trabalhava como garoto de recados. Cresceu tendo a noite

nas suas mãos: amava os jogos e as mulheres.Zé possuía grande habilidade com facas; ninguém tinha coragem de enfrentá-lo. Era temido mesmo pela polícia. Na juventude, decidiu então mudar--se para o Rio de Janeiro, e passando a ser conhe-cido nas áreas boémias da cidade. Exímio conhecedor de tratamentos com ervas (adquirido entre o povo nordestino), temido nas mesas de jogos e apostas, e principalmente um grande galanteador, não se sabe ao certo como aconteceu o assassinato do Zé, mas pode-se afir-mar que foi pelas costas. Pois não havia ninguém no litoral carioca capaz de enfrentar o Pilintra frente a frente.

AS CARACTERÍSTICAS DE ZÉ PILINTRAZé Pilintra na Umbanda é a única entidade que é aceite em dois rituais – que são totalmente opos-tos – na Linha da Esquerda (Linha da sombra, regi-da pelo Orixá Exú, onde apresenta maior ligação e sintonia com as características humanas para en-tregar os aconselhamentos) surge como um tipo de Exú junto com os Exús e Pombagiras e na Linha da Direita, (lado da Luz, de onde regem todos os outros Orixás) ele se apresenta com os Malandros nos rituais de Caboclos e Pretos-Velhos.

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Página dedicada à UmbandaPágina dedicada à Umbanda

O Zé Pilintra aparece no terreiro – assim como todo Malandro – para tirar energias negativas, ex-pulsar ações malignas que são geradas pelo pre-conceito, trazer purificação para a alma dos que necessitam, cura para todos setores e abertura de caminhos para todo tipo de assuntos.Possui um linguajar simples, boémio. Faz referên-cias à vida como um jogo, pois nos seus conselhos procura orientar-nos de que este plano é uma fase e temos que simplesmente aprender a jogar, onde todas as vitórias devem ser comemoradas e as derrotas são para fortalecimento e conheci-mento para que não mais cometamos o mesmo erro.As suas vestimentas são bem conhecidas, e uma característica interessante é a de não usar pre-to. Desta forma é representado sempre trajando ternos brancos, sapatos cromo, gravata verme-lha e chapéu panamá de fita vermelha e muitas vezes também aparece de bengala. Uma das suas principais características é a elegância, mo-lejo e simpatia.

DIA DE ZÉ PILINTRADia 28 de outubro é comemorado em sua home-nagem, porém os dias da semana variam bastante por conta das Linhas diferentes em que atua. Os que estão a trabalho de quebra de demanda, pos-suem a terça-feira como principal dia, já os que surgem para a cura, o sábado é o melhore dia.

CORES DE ZÉ PILINTRAAs suas principais cores são vermelho e branco, lembrando que nunca usa o preto.

INSPIRAÇÕES EM FRASES”Moço, se a vida tá te batendo tanto, é porque tu aguenta, é porque tu é forte”;“Às vezes a maior sabedoria é parecer não saber nada”;”Moça, ter proteção não quer dizer necessaria-mente que tudo sempre vai dar certo. Ter prote-ção quer dizer que mesmo quando tudo dá erra-do, acaba bem”;”O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória”;”Escolho bem os meus inimigos, pois não dou a qualquer um a honra de me enfrentar”;”Você pode até não ter dinheiro, mas se te invejam é por que você tem valor"

““

ÀS VEZES A MAIOR SABEDORIA

É PARECER NÃO SABER NADA

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Freya

Freya ou também Freyja, é uma das Deusas nór-dicas mais amadas e adoradas por todo o mun-do. Representa a beleza, sabedoria, sedução e o amor. Muito conhecida pelas suas conquistas tanto no campo de batalha quanto nos relacio-namentos, ela na verdade é a expressão mais natural feminina. Onde a ternura da mulher só é entregue a quem ela julga merecedor, e a sua bravura é despertada sempre que necessária quando a questão é a defesa do que acredita e julga importante.Filha da gigante Skadir e do Deus do mar Njord, Freya é uma Deusa Vanir (grupo dos deuses que representam a multiplicação e fertilidade). Pos-sui um irmão gémeo chamado Freyr, e ambos complementam a ação do outro, sendo este responsável pelo tempo, prosperidade, paz, harmonia e alegria.Após um grande período de guerras, Freya que fazia parte da linhas dos Deuses da fertilidade, decidiu se mudar para Asgard e passar a viver junto com os Deuses da guerra, pois haviam

combatido juntos, lado a lado e devido a este motivo se tornaram tão próximos, a ponto de não conseguirem separar-se uns dos outros.Nas batalhas quando os bravos homens mor-riam, as almas dos mesmos eram levadas por Freya para um lugar chamado de Sessrumnir – um salão que Odin disponibilizou em Asgard –onde era dada atenção aos nobres guerreiros que mereciam reconhecimento pelos seus feitos.Essas valorosas almas são divididas entre a Deu-sa e o soberano Odin, pois quando chegar o dia do Ragnarok (Apocalipse), todos eles terão que entrar novamente em batalha pela humanidade.Por causa desse elo, Freya muitas vezes é erro-neamente confundida com a esposa de Odin, – Frigga – embora as duas possuem nomes pare-cidos e com o mesmo significado, elas não estão relacionadas, e a convivência de Freya com Odin limita-se a organização das almas para a forma-ção do novo exército e também, pela grande amizade.

FREYA

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FreyaFreya

O SIGNIFICADO DO NOMEFreya significa ” Senhora”. Por isso é associada a todas as mulheres e principalmente à indepen-dência feminina, representando um símbolo de força e liderança.

OS PODERES, OBJETOS E ANIMAIS SA-GRADOS DE FREYAConsiderada Deusa de grande beleza e sensuali-dade, apesar dos diversos relacionamentos que possuiu na sua vida e das suas conquistas (não há quem resistia aos encantos de Freya), o seu grande amor é Odur – Deus do Verão – e por ter optado não ficar em Asgard, estee Deus faz com que Freya se sinta sozinha e abandonada. Essa sensação tão única na vida desta poderosa Deu-sa, faz com que ela chore – algo que ninguém mais consegue despertar – e essas lágrimas por serem tão singelas e raras transformam-se em âmbar no fundo do mar e em ouro na terra, dando à Deusa também o título de portadora da riqueza.Detentora de magia natural, ela é a responsável por instruir todos os outros Deuses nessa área com a sua sabedoria. A Deusa possui a habilida-de de controlar diversos animais e também de se transformar em qualquer um deles, sendo já representada na forma de aves e de uma cabra branca que voa pelos céus ao anoitecer. Dia da semana em honra a FreyaEssa Deusa é regente das sexta-feiras.

FREYA E AS RUNASFreya foi quem descobriu como poderiam ser

criadas as Runas, e usou de todo o conheci-mento e sabedoria para influenciar o destino de Odin, que se sacrificou por nove dias na Árvore da Vida e depois doou um dos seus olhos para a geração deste Oráculo.Conta a lenda que, somente as sacerdotisas de Freya eram capazes de ler as Runas no começo do uso do Oráculo.Por este motivo dentre as Runas há uma linha que carrega a energia de Freya e Freyr, elas re-presentam os conceitos de criação e de fertilidade.

CURIOSIDADESDiversas palavras nórdicas derivam do nome da Deusa, como fru, que significa: mulher que domina os seus bens; em islandês, a mesma palavra acima passou com o tempo a ser o sig-nificado de mulher; as palavras frowe e poste-riormente frau em alemão significam senhora e derivam do nome de Freya; as gotas de orvalho na região nórdica eram chamadas de “olhos de Freya”;as plantas mais belas que nasciam na mesma região, recebiam o nome de “cabelos de Freya”;até hoje, mulheres que não conseguem engravi-dar procuram por Orações e Invocações à Freya para obterem fertilidade;apesar da sua representação de guerreira, Freya é muito vaidosa e adora riquezas, roupas e joias raras;Freya é de elemento terra e sua grande paixão Odur, é o Sol. Por isso a Deusa só encontra fe-licidade em seus braços e a terra só fica bela e florescida quando os dois estão juntos.

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Previsões Astrológicas

PREVISÕES PARA OS MESES DE

JUNHO A NOVEMBROCARNEIRO 21|03 a 20|04Está a desenvolver uma fase de grande prosperidade. A estrela di-vina aparece a iluminar e ajudar o seu caminho criando todas as possibilidades para realizar alguns

empreendimentos que pretende fazer. No plano fa-miliar mantém-se o equilíbrio e a harmonia. Na vida profissional, se lhe fizerem novas propostas de traba-lho, aceite e avance sem receios. No amor existe es-tabilidade e entendimento. Aproveite a brisa marítima fazendo passeios ao longo da praia. Medite e usufrua da tranquilidade do mar. Com a saúde recomenda-se restrições com a alimentação. Não abuse, faça uma alimentação cuidada.

TOURO 21|04 a 20|05Vai atravessar um óptimo percurso este semestre. Chegou o momento de fazer todas as transformações na sua vida porque está a sofrer

toda a intensidade da energia solar que será muito benéfica para si. A família estará também a viver um ambiente favorável. Se estiver sozinho tem possibili-dade de encontrar o seu parceiro, se estiver enamora-do, avance, usufruindo da plenitude deste momento. No campo profissional tudo se encaminha para obter bons resultados. Coloque flores brancas na sua casa. Na saúde dê atenção ao aparelho reprodutor.

GEMEOS 21|05 a 20|06Psicologicamente encontra-se com a força necessária para fazer todas as transformações que quiser. Na família permanece a harmonia e a

estabilidade, no entanto, não permita que os ciúmes e desconfiança cortem o ambiente que vive. Atenção aos gastos supérfluos. Financeiramente é preciso cui-dado. Não use as poupanças que tem feito em despe-sas desnecessárias. Profissionalmente não está a viver um bom período é conveniente esforçar-se. Deve ir à luta e criar novos critérios e outros métodos para cultivar os seus objectivos. Para renovar o ambiente queime incensos de canela.

CARANGUEJO 21|06 a 20|07Vive um momento de grande equilí-brio emocional de grande avanço pro-fissional e de óptimos resultados em todos os campos da vida. No aspecto financeiro, é um semestre muito posi-

tivo. Surge o engrandecimento do seu trabalho que o leva-rá a uma boa situação económica. Desfrute e desenvolva qualquer investimento. Na profissão também se encontra motivado para o avanço e para o crescimento. No amor, viva a vida. Usufrua do clima e ofereça ao companheiro aquilo que ele gosta. Mime-o. As flores são um bonito pre-sente. Em família verifica-se o equilíbrio e o entendimento que são o pilar do bem estar e tranquilidade.

LEÃO 21|07 a 20|08Atravessa um período de grande ins-tabilidade. Cuidado com as decisões impensadas. Não seja prepotente e egoísta, estes sentimentos são sem-pre nefastos e não o conduzem aos

melhores resultados. Financeiramente vive uma fase muito favorável. Os resultados são positivos. No traba-lho, desenvolve as suas actividades com mérito e com su-cesso . Em família encontrará o fruto da sua auto-estima. Procure dialogar e apresentar soluções para os factos menos positivos. Repense a sua vida. No amor, não seja obsessivo, nem possessivo. É preciso libertar-se e liber-tar. Deixe que os outros que estão à sua volta tenham o direito de ser eles próprios.

VIRGEM21|08 a 20|09Este semestre surgirá como um bál-samo em tudo que pretende realizar no campo amoroso, desenvolva o seu bem estar e as emoções. Viva a

vida com intensidade e alegria porque neste momento possui interiormente uma força dominadora para mu-dar qualquer decisão com a qual seja confrontado. A luz Divina protege-o. De qualquer modo deve ter algum cuidado com os gastos deve controlar os seus dinheiros. Na família reina a tranquilidade e a calma. Na profissão não há problemas. o progresso continua favorável. Ca-minhe sem receios. Na saúde dê atenção às vias uriná-rias e a outros indicadores do foro sexual. Consulte o médico se encontrar alterações neste campo.

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Previsões Astrológicas

LIBRA21|09 a 20|10Vai deparar-se-lhe um período de grande instabilidade psicológica. Portanto cuidado com atitudes demasiado impulsivas. No campo

financeiro não avance com negócios e não faça despe-sas que o podem conduzir a grandes dificuldades que lha trarão dores de cabeça. Previna-se com orçamen-tos adequados. No plano profissional tudo caminha sem problemas. Não tenha medo do futuro porque o progresso estará sempre na sua frente. Nada de ansiedades neste campo. Acalme-se. Não desista. Em família vive um período óptimo. Está numa fase muito protegida. Se tiver crianças dê-lhes apoio e atenção. Ornamente a sua casa com plantas.

ESCORPIÃO 21|10 a 20|11Avance e aceite tudo o que lhe for proposto, porque neste período todas as divindades o ajudam. No campo profissional ser-lhe-á pro-posto novos empreendimentos que o levarão ao progresso e conse-

quentemente à entrada de dinheiros. Em família, tire partido do ambiente agradável que possui, já que a negatividade está longe. Não repense as suas atitudes. Seja aberto, leal, sincero, porque estes sentimentos são seus. Não os perca. No amor não seja ditador. Tolere e aceite qualquer atitude menos própria e aprenda a desculpar para manter a harmonia e o bem estar inte-rior. Estabilidade na saúde, distraia-se, relaxe, aproveite o bom tempo, mas não abuse do açúcar.

SAGITÁRIO 21|11 a 20|12Mantenha a sua vida em segre-do. Não conte aos outros aquilo que deve ser só seu. As invejas perseguem-no e não é bom ser invejado. Viva o amor com cal-ma e serenidade. Neste capitu-lo os sentimentos não estão do

seu lado. Analise as suas atitudes e se achar conve-niente procure os amigos. Dialogue com a família, afaste-se de influências negativas e use de clareza e objectividade. Na profissão não discuta com os su-periores hierárquicos. Não seja impulsivo para evitar conflitos e atritos desagradáveis. Use de perspicácia e deixe o tempo rolar. Os dinheiros vão chegar no tempo certo. Na saúde atenção às vias respiratórias. Fuja de ambientes saturados. Atenção às alergias.

CAPRICÓRNIO 21|12 a 20|01Surgirá na sua vida uma profunda mudança no contexto geral. Previ-na-se. Não seja precipitado porque esta viragem, se usar de bom senso

e equilíbrio poderá trazer-lhe muitos benefícios. No plano profissional vislumbram-se alterações que o deixarão indeciso e instável. Mas insisto, poderá sair vitorioso. Na família viverá o reflexo das suas atitudes e auto-estima. Portanto use calma, tranquilidade e aprenda a viver sorrindo aos obstáculos. No campo amoroso também se aconselha reflexão. Oiça-se inte-riormente e caminhe. A razão é de todos e para todos. Analise os seus impulsos e deixe que os outros vivam em liberdade. Na saúde cuidado com a pele, proteja--se do sol e tenha cuidado com os ossos.

AQUÁRIO 21|01 a 20|02Atenção, está entrar num período de instabilidade psíquica, falta de equilíbrio e desorientação. Na família verifica-se alguns conflitos e algumas atitudes agressivas. Para manter o equilíbrio aconselha-se o uso de inte-

ligência e bom senso. Use o raciocínio para não entrar em dificuldades, para não sair desanimado. Na profissão desenvolve mérito e o sucesso surgirá. Não receie por-que este mês prevê bons resultados financeiros. Com o seu parceiro viva a harmonia. Tudo se conduz para o bom entendimento e criatividade. Utilize cristais e viva as transparências. Evite as discussões para não ser ator-mentado com dores de cabeça.

PEIXES 21|01 a 20|02Neste período será confrontado com ajuda divina. Aproveite o clima de bem estar e acompanhamento esclarecedor e de muitas energias favoráveis. Período gratificante em

decisões e encontros pessoais que lhe permitem o enriquecimento dos seus conhecimentos. Evite algum amigo indesejável. Nem todos são o que aparentam. Guarde a sua privacidade. Aprenda a calar. No plano profissional não há problemas. Aceite propostas de trabalho. Seja criativo. Na família tudo bem. Deixe crescer o amor e os afectos. As emoções farão o resto. Ofereça flores ao seu parceiro. Mima-o. Faça passeios ao ar livre, à beira mar, aproveite a natureza e relaxe.

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Osun-Osogbo

Ọsun-Osogbo ou Bosque Sagrado de Osun--Osogbo é uma floresta sagrada às margens do rio Osun que se encontra na cidade de Osogbo, no estado de Osun, Nigéria.È aí que fica localizado o Templo de Osun,

como é conhecido por todos os que pres-tam culto a Oxum (Osun) no Candomblé, uma das religiões afro-brasileiras.A floresta densa do Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, nos arredores da cidade de

OSUN-OSOGBO

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Osun-Osogbo

Osogbo, é uma das últimas áreas remanes-centes de floresta primária no sul da Nigé-ria. É considerada a casa de Osun, uma das divindades do panteão yoruba.Na floresta, corre o sinuoso rio Osún, por entre os santuários domésticos, esculturas e obras de arte erguidas em honra de Osun, Orixá da fertilidade e outras divindades. A floresta sagrada, agora vista pelos yorubas como um símbolo da identidade, é provavel-mente o último bosque sagrado na cultura

yoruba. Reflete o costume, uma vez difun-dido, que foi estabelecer lugares sagrados longe das habitações humanas.Anualmente na cidade de Osogbo é realiza-da uma festa conhecida mundialmente pelo nome "Osun-Osogbo Sacred Grove Festival" Festival de Osún onde são realizadas ofe-rendas e presentes ao Orixa Osun, no rio Osun com a participação de moradores e visitantes.A popularidade do festival aumentou signifi-cativamente nos últimos 30 anos, sobretudo devido à dedicação da artista Susanne Wen-ger, que reconstruiu os santuários e traba-lhou para que o bosque fosse considerado protegido, uma vez que especialistas em religiões tradicionais africanas da Nigéria di-zem que o Osun-Osogbo Sacred Grove Fes-tival que perdura à mais de 600 anos está ameaçado.Há mais de um século existiam muitos bos-ques sagrados nas terras Yoruba: pratica-mente cada cidade tinha um. A maioria des-tes bosques foram abandonados ou enco-lheram para pequenas áreas devido ao aba-te de árvores. O Templo de Osun, no cora-ção de Osogbo, a capital do Estado de Osun, foi fundado há cerca 400 anos, no sudoeste da Nigéria, a uma distância de 250 km de Lagos é o maior bosque sagrado que conse-guiu sobreviver e que ainda é reverenciado.A densa floresta de Osun, o seu Bosque Sagrado ergue-se como um dos últimos re-manescentes da floresta primária no sul da Nigéria, sendo que por toda a floresta e nos meandros do rio Osun, residea morada espiritual da Deusa do rio: Osun. Dentro da área sagrada da floresta existem mais de quarenta santuários, esculturas e obras de arte erigidos em honra de Osun e outras divindades iorubás, muitos criados nos últi-mos quarenta anos, dois palácios, cinco lu-gares sagrados e nove pontos de adoração espalhados ao longo das margens do rio, que contam com a presença de sacerdotes designados e sacerdotisas.A nova arte instalada no bosque também o diferenciou de outros bosques: Osogbo é agora o único a ter uma grande componente de escultura do século vinte, criada para re-forçar os laços entre as pessoas e o panteão ioruba, bem como a forma como as cidades Yoruba se encontram ligadas ao seu estabe-

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Osun-Osogbo

lecimento e crescimento sob influencia dos espíritos da floresta.A restauração do bosque por artistas tem--no revestido uma nova importância: tornou--se um lugar sagrado para os Yorubas, e um símbolo de identidade para toda a diáspora.A floresta é um local religioso ativo, onde ocorrem cultos diários, semanais e mensais. Além disso, tem lugar um festival anual para restabelecer os laços místicos entre a Orixá e as pessoas da cidade, que ocorre todos os anos e onde por mais de doze dias em Julho e Agosto se sustentam as tradições culturais de vida do povo Yoruba.A floresta é também uma farmácia de ervas naturais que contém mais de 400 espécies de plantas, algumas endémicas, das quais mais de 200 espécies são conhecidas por seus usos medicinais.O Bosque Sagrado de Osun é o maior e tal-vez o exemplo único remanescente de um fenómeno generalizado, uma vez que é uti-lizado para caracterizar cada assentamento Yoruba. Agora representa todos os sagrados bosques e a sua reflexão na Religião local.

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O hinduísmo, a principal religião da Índia, cuja grande massa da população é hindu, é como que uma federação de credos e de formas de vida, uma cultura religiosa pluralista e um agre-gado de tradições étnicas que oferece uma vas-ta gama de alternativas. São hindus todos aque-les que nasceram de pais hindus e assimilaram as tradições familiares.O hinduísmo atual resulta da confluência das diversas correntes culturais e religiosas a seguir referidas. Entre elas está o bramanismo védico, que consagrava a divisão da sociedade em qua-tro classes: os sacerdotes, os chefes, o povo e, por último, a população de origem não ariana. É daqui que provém o complexo sistema de cas-tas. Por outro lado,encontramos o xramanismo, doutrina de três grupos ascetas não bramâni-cos, dois dos quais, jainas e budistas, professam e popularizam a crença da reencarnação que é determinada pelas ações passadas e pela natu-reza efémera do mundo, pregando também a não violência, a bondade com todos, a veracida-de, o domínio das paixões, a castidade e o des-

prendimento. O hinduísmo purânico, por sua vez, é formado por todos os novos elementos resultantes do processo de encontro e de adap-tação seletiva que se foi desenrolando. Estes novos elementos são a teoria do avatara; a teo-ria da graça divina e correspondente devoção (bhakti), os cultos de Vishnu, Shiva e outras di-vindades; a interpolação hinduizantes nos poe-mas épicos; a composição de 18 puranas exal-tando Vishnu, Shiva e Brama; a elaboração de seis sistemas filosóficos; a assimilação da mora-lidade xramânica nos códigos brâmanes da lei; a organização de ordens religiosas sectárias; a sacralização da vaca cerca de 300 d. C.; e a geral aceitação da não violência como virtude funda-mental. O hinduísmo medieval, por seu lado, é caracterizado por uma enorme difusão popular da espiritualidade do bhakti (fé-devoção). Esta devoção caracteriza-se por uma entrega total à divindade escolhida por cada um, em especial Vishnu, Krishna ou Rama. Tende para o mono-teísmo; no entanto, sendo uma preferência pes-soal, dá origem a muitas seitas; professa, tam-

HINDUÍSMO

Hinduísmo

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Hinduísmo

bém, o culto das imagens. Foi este o hinduísmo mais humano, mais humilde e confiado na gra-ça divina. O hinduísmo reformado surgiu des-de o final do século XIV com novas seitas que rompem com o bramanismo. O neo-hinduísmo surgiu a partir do início do século XIX pelo con-tacto com o Cristianismo inglês e com as mo-dernas ideias ocidentais. Este neo-hinduísmo é uma forma de hinduísmo muito simplificado, enriquecido, no entanto, com a adoção dos en-sinamentos morais de Jesus Cristo e dos ideais da democracia ocidental. Este neo-hinduísmo exalta a tolerância, a autossuficiência, a univer-salidade e a espiritualidade idealista, sendo dele um exemplo a personalidade de Gandhi.As principais características do hinduísmo são o respeito pela antiguidade e tradição; a confian-

ça nos livros sagrados; a crença em Deus sob alguma forma e a sua adoração em algum as-peto; a persistência do sistema de castas, ape-sar da oposição vigorosa de alguns chefes e da sua existência ser negada pela constituição; a importância dos ritos, apesar de atualmente os hindus não fazerem tanto caso deles; confiança nos guias espirituais; a crença nas encarnações anteriores e futuras reencarnações.Atualmente, apesar da aspiração dos neo-hin-dus à universalidade e dos esforços missioná-rios de alguns deles, o hinduísmo permanece uma religião étnica. Nota-se hoje uma alteração da sua esfera de influência; as suas manifesta-ções são menos numerosas e relacionam-se so-bretudo com alguns aspetos da vida quotidiana, como casamentos e outras ocasiões festivas.

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Qual a melhor religião?

Leonardo Boff explica:“No intervalo de uma mesa-redonda sobre re-ligião e paz entre os povos, na qual ambos (eu e o Dalai Lama) participávamos, eu, maliciosa-mente, mas também com interesse teológico, perguntei:– “Santidade, qual é a melhor religião?Esperava que ele dissesse:“É o budismo tibetano” ou “São as religiões orien-tais, muito mais antigas do que o cristianismo.”O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, olhou-me bem nos olhos – o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta – e afirmou:“A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do Infinito. É aquela que te faz melhor.”Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:– “O que me faz melhor?”Respondeu ele:-“Aquilo que te faz mais compassivo”.(e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoís-

ta de sua resposta), aquilo que te faz mais sen-sível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável…Mais ético… A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião…”Calei, maravilhado, e até aos dias de hoje estou ruminando a sua resposta sábia e irrefutável…Não interessa a sua religião ou mesmo se tem ou não tem religião. O que realmente importa é a sua conduta perante o seu semelhante, a sua família, o seu trabalho, a sua comunidade, perante o mundo…Lembremos:“O Universo é o eco das nossas ações e dos nos-sos pensamentos”.A Lei da Ação e Reação não é exclusiva da Física.Ela está também nas relações humanas.Se eu ajo com o bem, receberei o bem.Se ajo com o mal, receberei o mal.Aquilo que os nossos avós nos disseram é a mais pura verdade: “terás sempre em dobro aquilo que desejares aos outros”.

QUAL A MELHOR RELIGIÃO?

Breve diálogo entre o teólogo brasileiro Leonardo Boff e o Dalai Lama.

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Projeção Astral

PROJEÇÃO ASTRAL“A Projeção Astral também conhecida por Via-gem Astral, Projeção da Consciência, Experiên-cia Fora do Corpo, Desdobramento, etc. é a ca-pacidade intrínseca que todo Ser Humano tem de se afastar do corpo físico de forma conscien-te, semi-consciente ou inconsciente.Saímos do corpo geralmente durante o sono, porque ficamos mais relaxados, facilitando as-sim esse processo; no entanto, geralmente permanecemos semi-conscientes ou incons-cientes, não tendo, assim, uma experiência pro-veitosa. Todavia, podemos sair também durante o estado de vigília, com plena lucidez, mediante alguns treinamentos. Tudo isso é possível por-que somos seres multidimensionais, isso quer dizer que temos vários corpos que atuam em diversas dimensões.A projeção pode ser voluntária ou involuntária. Na voluntária, a pessoa tenta sair através de de-terminadas técnicas. Enquanto na involuntária, o fenômeno pode ocorrer sem o desejo da pes-

soa, espontâneamente.A Projeção pode ocorrer com psicossoma (cor-po astral) ou com o mentalsoma (corpo mental). Porém, é mais freqüente com o psicossoma. Geralmente, apenas projetores conscientes veteranos, após muitos anos de treinamentos, realizam projeções com o corpo mental (men-talsoma).As sensações são muito agradáveis, podemos, por exemplo, flutuar, atravessar obstáculos físi-cos, visitar as colônias espirituais, o interior da Terra, o espaço sideral, etc.As vantagens são muitas, pois podemos conhe-cer outros seres, encontrar amigos ou parentes que já desencarnaram, visitar lugares remotos, realizar trabalhos assistenciais e principalmente saber, por experiência própria, que o espírito existe e que a vida continua mesmo depois da "morte".

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Mente sã em Corpo são

“Mente sã em corpo são”. Quem nunca ouviu fa-lar desta expressão? Mas como manter a mente saudável se a sociedade nos cria maior número de situações de stress, pressão e expectativas?Uma boa saúde mental depende da maneira como encaramos algumas situações na nossa vida. As situações difíceis que por vezes nos ba-tem à porta têm solução e, por isso, temos de aprender a lidar com elas para conseguirmos avançar.Uma boa saúde mental liga-se a pensamentos e sentimentos positivos sobre nós próprios, como pessoas e em relação às nossas aptidões. A mente tem uma relação direta ou indireta com o corpo. Assim, à medida que “alimentamos” bem a nossa saúde mental (com emoções positivas, pensamentos adequados, etc.), melhor será a nossa saúde física.

Está provado que problemas de saúde mental determinam frequentemente transtornos físicos. Os problemas podem ser fruto de diversas situa-ções ambientais consideradas graves por deter-minado indivíduo, suscetíveis de desencadearem transtornos disfuncionais no cérebro e alterarem o bem-estar e o comportamento da pessoa.Situações como o stress, a depressão, a ansie-dade, a raiva, entre outras, podem provocar vários problemas físicos. Dão origem às cha-madas doenças psicossomáticas (do termo psique=mente e soma=corpo), ou seja, distúr-bios físicos causados por transtornos psicológi-cos e sociais.Assim, é essencial que todos nós mantenhamos a nossa saúde mental em bom estado, relativi-zando algumas situações difíceis. Para isso, dei-xamos 8 dicas, que vão fazer toda a diferença:

MENTE SÃ EM CORPO SÃO

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Mente sã em Corpo são

1. Aprenda a dizer não!Este aspeto é importante para aquelas pessoas que vivem num espasmo constante de obriga-ção em relação às solicitações que lhes fazem. Cedo descobrem que não têm tempo para tudo, a não ser que andem permanentemente a exi-gir de si um esforço excessivo e desgastante. A fim de conservar a sua saúde e energia, não pode “dizer que sim” a tudo quanto lhe pedem. Aprender a dizer que “não” é um direito inerente à pessoa e não deve suscitar quaisquer culpabi-lizações pessoais.

2. Aprenda a delegarQuando alguém ocupa uma posição de chefia em determinada organização é muito útil que aprenda a delegar. Se a empresa onde trabalha for de grandes dimensões é natural que sobre si recaiam solicitações às quais é impossível dar sempre uma resposta aceitável. Saber delegar significa que o próprio aprende a atribuir a ou-tras pessoas funções que poderiam ser cum-pridas por si, mas que igualmente podem ser satisfeitas por terceiros. Esta atitude é útil em qualquer atividade que implique organização.3. Não leve trabalho para casaHá pessoas que estão constantemente envolvi-das no seu trabalho. Quando chegam a casa le-

vam consigo as suas obrigações profissionais e algumas vezes ocupam os seus tempos de lazer com tarefas inerentes à sua profissão. Este erro não deve ser cometido… a não ser que lhe dê um grande prazer. É necessário que a pessoa, ao chegar a casa, da mesma forma que pendura um casaco pendure igualmente o seu trabalho no “gancho do descanso”. Ao chegar a casa pre-cisa de interagir com a família.

4. Vá de fériasIndependentemente das “férias oficiais”, uma vez por ano, é útil que todos os dias, nos feria-dos e aos fins de semana, a pessoa “aprenda a retirar-se para férias”. Deve estabelecer planos e organizar os seus esforços de maneira tal que, chegada a casa, se possa dedicar a tarefas grati-ficantes, completamente diferentes das usuais, para que tenha ensejo de repousar e de recu-perar energia.

5. Não adie problemas/situaçõesChamam-se “procrastinadores” os indivíduos que estão sempre a adiar o que têm necessi-dade de fazer. Isto faz com que o volume de trabalho aumente e um esforço inicial que se-ria apenas ligeiro se transforme num enorme esforço. Habitue-se a diferenciar o essencial do acessório, hierarquize as prioridades da sua

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Mente sã em Corpo são

vida e resolva o que precisa de resolver. Crie ob-jetivos de curto prazo, metas a atingir em função das quais o que tem para fazer começa a ser ultrapassado ou, pelo menos, muito adiantado. Quando a certa altura dá por si comprova que avançou mais depressa do que a princípio ima-ginava e sente um grande alívio.

6. Pense com lógicaTodas as pessoas “pensam” e por isso admitem que “estão sempre a pensar bem”. Contudo, a perceção é um fenómeno ativo, influenciado com frequência pelas experiências que marca-ram o desenvolvimento do indivíduo. Nem sem-pre a avaliação que o indivíduo faz dos aconte-cimentos é realizada com lógica. Vários aspetos podem levar um indivíduo a extrair conclusões das ocorrências, sem provas suficientes para o poder fazer. Para pensar com lógica, é impor-tante conhecermos se o mundo de ideias que é erguido tem ponto de apoio que lhe sirva de suporte. Naturalmente que há acontecimentos que nem sempre acabam bem. Se, objetiva-mente, a pessoa tiver razões para se encontrar desanimada, deve evitar sobregeneralizar (“tudo me corre sempre mal”) e ao mesmo tempo tirar partido da circunstância: “Que posso aprender com o que me aconteceu para na próxima oca-sião fazer melhor”?

7. Melhore a sua autoestimaOs indivíduos de autoestima pobre não se su-põem capazes de lidar com as circunstâncias, reagem mal a críticas, mostram-se muito per-turbados quando são rejeitados, adotam uma atitude passiva perante a vida e sentem-se infe-riores quando se comparam aos outros.A primeira atitude a tomar por estas pessoas é deixarem de ter pena de si. Devem incentivar-se a mudar a perspetiva que concebem das ocor-rências e/ou o comportamento que usualmente desenvolvem perante elas. Para além disso, é igualmente benéfico que redefinam os objetivos das suas vidas, estabeleçam planos escalona-dos para os atingir e compreendam que é de-vido a si e ao seu esforço que surge o êxito em os alcançar.

8. Crie objetivos na vidaUma pessoa que vive sem objetivos assemelha--se a um barco que navega sem linha de rumo: circula ao sabor da corrente, sem a certeza de atingir o porto que quer. Criar objetivos não só o auxilia a sentir-se psicologicamente mais reali-

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Mente sã em Corpo são

zado como também pode ajudar a antecipar as exigências previsíveis no futuro.Uma forma de melhorar a autoestima, é levar um indivíduo a criar objetivos realistas que te-nha grande probabilidade em alcançar, através do seu esforço e aptidões. Na definição dos ob-jetivos a pessoa deve ser moderada no sentido de não estabelecer demasiados objetivos em tempo demasiado curto.Colocar objetivos excessivos com escassez de tempo pode constituir uma desculpa que se arranja de antemão para que não sejam cum-pridos. A organização do tempo deve ser ditada em função do que sobra após o cumprimento de obrigações inevitáveis. Para além de objeti-vos a longo prazo uma pessoa pode também habituar-se a organizá-los a curto prazo.

FORTALECER A AUTOESTIMAEntre as diversas mudanças que uma pessoa precisa de fazer para melhorar a sua autoesti-ma uma delas é aprender, a respeito de si e dos outros, três aspetos muito importantes:

CompreenderCompreender tem por finalidade levar uma pes-soa a perceber por que é que atua de determi-

nada maneira em determinada situação. Prepa-ra um indivíduo para mudar as suas atitudes e sentimentos. Compreender-se a si próprio é um princípio de ajuda.

Aceitar-se a si e aos outrosPara se aceitar, a pessoa deve aprender a co-nhecer os factos a seu respeito e a respeito das outras pessoas, de uma forma neutra e desprendida de juízos de valor. Aceitar-se a si próprio significa que o ser humano precisa de aprender a não ter pena de si. Se tiver pena de si acabará por negligenciar outros aspetos posi-tivos que circundam à sua volta.

Perdoar o passadoPerdoar é a consequência direta do compreen-der e do aceitar. Aquele que compreende e aceita está disposto a perdoar o passado e a de-senvolver uma atitude de respeito pelo presen-te e pelo futuro. Perdoar o passado não significa que o indivíduo o aprove, mas que o compreen-de e o aceita em função dos factos que consti-tuíram naquele tempo o seu ambiente natural. Esta atitude implica maleabilidade e a crença na capacidade de mudança e de desenvolvimento do próprio indivíduo.

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ÒSÙPÁ – A LUA

O termo Òsùpá esta averbado nos dicionários Yorubá – Português para a palavra “Lua”. Entre-tanto, dentro de um contexto religioso, não se refere apenas ao nome de um corpo celeste e sim de uma Divindade, cuja essência é pura-mente feminina.Essa enigmática Divindade, também conhecida por seu epíteto Ìkán Ọrún – Um Pingo no Fir-mamento [Odù Ọkànràn-Òfún] revela os seus poderes sobrenaturais por todos os cultos Afro--Brasileiros.

Os princípios metafísicos expressos nos Signos de Ifá, postulados da física hiperdimensional afirmam que os portais são abertos e fechados no Àiyé – Terra, como resultado da interação de outros planetas, do sol e da lua. A etimologia da palavra Òsùpá ainda se torna num mistério para a compreensão humana, do qual repousa na obscuridade.A maioria das sociedades tem honrado a pre-sença da Lua como um Ser Místico, sobretudo a Sociedade Gẹlẹdẹ, onde em noites de lua cres-

ÒSÙPÁ – A LUA

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ÒSÙPÁ – A LUA

cente e durante as reuniões denominadas Ọrọ Ẹfẹ, surgem dançarinos carregando mascaras, onde podemos notar claramente o símbolo da lua crescente, enquanto outros surgem com mascaras, onde a “meia lua” se apresenta numa posição invertida.A simbologia da lua crescente, durante o Ọrọ Ẹfẹ está associada ao fato de permitir que todos possam ver claramente e desfrutar desta sagra-da cerimónia, devido á luz emanadaOutro poder simbolizado pela lua crescente é também uma referencia ao “tempo do tempo” da cerimónia e da tradição de uma vigília; trata--se do momento mais apropriado para apelar às mulheres idosas e outras Divindades Anciãs, que são mais atentas durante as horas de es-curidão. “A afinidade sagrada entre a Lua e as Mulheres é encontrada dentro do nosso útero, aquele lugar escondido que se abre para revelar o nosso fluxo sagrado, seguindo em uníssono, o movimento da lua ou o surgir de um novo ser” [Ìyá Ademuyiwa].Durante o Ọrọ Ẹfẹ são recitados várias canções populares que fazem alusão à Òsùpá. Essas can-

ções são denominadas de Ẹka, que nem sempre são longas. Muitas vezes são breves, um tipo de condensado do texto mais longo, que pode ser repetido várias vezes, ou podem ser considera-dos imagens verbais sucintas que evocam um contexto mais amplo. Como um provérbio ioru-ba explica, “é necessário dar apenas metade do discurso, para a pessoa bem educada, dentro dele”, isto é, “um fragmento é suficiente para re-cordar um texto ou um contexto inteiro”. A relação entre Òsùpá e os Òrìsàs, principal-mente com as Divindades Fluviais é representa-da por uma Lua Crescente em miniatura, presa a uma corrente de elo, com vários outros em-blemas também em miniatura. A essa peça que complementa os “assentamentos” das nossas divindades é popularmente denominada entre o povo de santo de “penca”.Em algumas linhagens, ou seja, na minoria delas, antes de qualquer rito ou cerimónia, de pequeno ou grande porte, a Lua é consultada para saber em que fase lunar a mesma se encontra; enquan-to que para algumas linhagens isso não passa de meras superstições e crenças Europeias.

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“Sem pedra, sem Orixa”.

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“A raiz do Ilé Asè Opô Ajagunã”

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