diagnóstico de necessidades de formação final
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PLANO DE FORMAÇÃO PARA UMA
EMPRESA
Noções de pedagogia
Trabalho Final
Trabalho realizado por:
Joana Martins
Formadora: Mafalda Vicente
Dia: 06-01-2011
Índice
1-Introdução
2-Diagnóstico de necessidades de formação
3-Designação da acção de formação
4-Definição do público-alvo
5-Definição dos objectivos da formação
6-Definição dos conteúdos programáticos e respectivas
cargas horárias
7-Métodos e técnicas pedagógicas a operacionalizar
8-Metodologia de avaliação da formação
9-Meios materiais e humanos necessário para o
desenvolvimento do curso de formação
10-Conclusão
11-Referências bibliográficas
1. INTRODUÇÃO
O trabalho que se segue foi proposto e realiza-se no âmbito do Módulo:
Noções de Pedagogia.
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Assim sendo, este tem por objectivo aplicar os métodos e técnicas de
identificação de necessidades de formação, tendo em conta os
conteúdos abordados ao longo das sessões de formação.
Um trabalho desta natureza pressupõe então a detecção de uma
necessidade e, consequentemente, a proposta de uma acção correctiva
de uma determinada área. E é sempre mais fácil detectar uma
necessidade nos espaços e nas realidades das quais nos vão chegando
informações.
2-DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES DE FORMAÇÃO
Constantemente, assistimos à divulgação, nomeadamente, através dos
órgãos de comunicação social e da ACT (Autoridade para as Condições
de Trabalho) do crescente aumento de sinistralidade laboral. Estes
acidentes de trabalho, na sua maioria, acontecem por culpa das
empresas que não cumprem as normas de segurança e não agem
preventivamente.
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Segundo estudos realizados e como se pode constatar através da
análise do gráfico 1, em Portugal, a profissão identificada como a
susceptível de maior risco de sinistralidade é a de operário da
construção civil (48%), seguida da de operário pirotécnico (18%),
operário metalúrgico (12%), e mineiro (10%).
Gráfico 1 - Profissões com maior risco de sinistralidade.
Podemos então constar que o sector da construção civil é o responsável
pelo maior número de acidentes de trabalho. Mas o elevado nível de
sinistralidade não se circunscreve à construção civil. Os ramos da
indústria transformadora são também causadores de inúmeras vítimas
mortais.
Gráfico 2 - Acidentes mortais segundo as causas.
Sendo que o esmagamento foi referido em primeiro lugar, seguido da
queda em
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altura como as principais causas desta sinistralidade. Estas surgem,
sobretudo, associadas ao não cumprimento das regras de segurança, à
não utilização de dispositivos de segurança, à utilização de forma
desadequada destes equipamentos ou ao seu mau estado de
conservação. Precisamente, numa época em que atravessamos um
período de crise económica e esta crise estar afectar o sector
empresarial. Contudo, isto não pode ser desculpa para tal desleixo.
Não devendo, no entanto, deixar de desresponsabilizar também os
trabalhadores uma vez que, a fadiga, a ingestão de bebidas alcoólicas e
as hipoglicémias, por exemplo, quando os trabalhadores não tomam o
pequeno-almoço, também são apontes como algumas das causas de
acidentes de trabalho.
A consciencialização e a formação dos trabalhadores no local de
trabalho e também do empregador são a melhor forma de prevenir
acidentes. Prevenir, quer na perspectiva do trabalhador quer na do
empregador, é a melhor forma de evitar que os acidentes aconteçam.
Neste sentido é importante adquirir conhecimentos ao nível da
segurança e higiene no trabalho, embora as acções e medidas
destinadas a evitar acidentes de trabalho estejam directamente
dependentes do tipo de actividade exercida, do ambiente de trabalho e
das tecnologias e técnicas utilizadas.
O programa de acção de Segurança e Higiene no Trabalho que ora se
apresenta procura então dar resposta actualizada a tais necessidades.
3. DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO
Segurança e Higiene no Trabalho
4. DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO
Esta acção de formação está indicada para ser ministrada a
trabalhadores da área da construção civil.
Tendo como pré-requisitos:5
. Idade igual ou superior a dezoito anos, do sexo masculino.
. 6º ano de escolaridade.
. Activos empregados.
5. DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS DE FORMAÇÃO
No final da acção de formação Segurança e Higiene no Trabalho os
formandos deverão ter adquirido conhecimentos a nível teórico-prático
necessários e imprescindíveis, no sentido de lhes permitir, um correcto
cumprimento do uso de equipamentos de protecção e regras básicas de
segurança.
Em termos específicos, os formandos deverão no final da acção ser
capazes de:
1. Identificar os fundamentos de segurança do trabalho;
2. Avaliar os riscos profissionais;
3. Identificar procedimentos de prevenção e correcção de potenciais
situações de acidente;
4. Aplicar os conhecimentos adquiridos no trabalho em obra.
6- DEFINIÇÃO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS E RESPECTIVAS CARGAS
HORÁRIAS
Módulos Carga horária
1.Responsabilidades dos trabalhadores e entidades patronais.
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2.Acidentes de trabalho e doenças profissionais na construção civil.
4
3.Trabalho em altura e riscos associados. 6
4.Utilização de máquinas e equipamentos de trabalho e legislação aplicável.
4
5. Movimentos de materiais (manual e mecânico). 4
6. Equipamentos de protecção colectiva. 4
7. Equipamentos de protecção individual.4
8.Fadiga, a ingestão de bebidas alcoólicas e hipoglicémia. 4
9.Procedimentos em caso de emergência 2
10.Regulamentos internos da empresa 2
TOTAL 36
7. MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS A OPERACIONALIZAR
Serão utilizados métodos e técnicas diversificadas, que envolverão
sessões teóricas e práticas.
Assim, está prevista a utilização do método expositivo ao longo de toda
a acção de formação, através de exposições teóricas com recurso a
meios audiovisuais.
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O conteúdo dos módulos de formação ao longo de toda a acção de
formação Segurança e Higiene no Trabalho será apresentado também
com recurso ao método interrogativo, por se considerar fundamental
que os formandos participem activamente, reflictam e também
fundamental para o formador uma vez que permite tomar consciência
do nível de conhecimentos de cada formando sobre a temática.
Nos módulos 4, 5, 6, 7 e 9 do curso de formação nos quais se prevê a
componente prática, utilizar-se-á o método activo. Componente prática
esta que comporta a simulação de casos reais, para que
individualmente e em grupo, se ponha à prova a capacidade de acção
de cada formando e em evidência as vantagens do trabalho de equipa.
O método demonstrativo será também uma constante ao longo de toda
acção de formação.
As técnicas a utilizar nesta acção de formação serão:
. Trabalho individual que consistirá na realização de pequenas
actividades individuais.
. Trabalho de grupo que pressupõe a realização de trabalhos de grupo.
. Simulação que consistirá na reprodução de uma ou várias situações de
trabalho no sentido de testar as capacidades técnicas ou os
conhecimentos obtidos pelos formandos, permitindo o aperfeiçoamento
de competências e aptidões.
O debate e a troca de experiências serão também uma constante ao
longo de toda a acção.
8. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO
A avaliação será contínua. Assim, no decurso de cada um dos módulos,
será aferida a apreensão de conhecimentos pelos formandos através da
realização de trabalhos individuais e em grupo.
As simulações efectuadas no local de trabalho serão, obviamente, as
mais valorizadas.
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No final de cada módulo haverá lugar à avaliação dos formandos.
No final da acção de formação, será também efectuada pelos formandos
uma apreciação geral à formação que incidirá sobre o desempenho dos
formadores, o modelo organizativo da acção, a estrutura do programa, a
metodologia e os recursos técnicos e materiais utilizados.
9. MEIOS MATERIAIS E HUMANOS NECESSÁRIOS PARA O
DESESENVOLVIMENTO DO CURSO DE FORMAÇÃO
A formação será ministrada nas instalações da empresa Máquinas e
Martelos Lda. Sendo necessária apenas a disponibilização de uma sala
onde irá decorrer a acção de formação. Deverá ser espaçosa,
climatizada e com luminosidade para poder garantir as condições
favoráveis à aprendizagem.
Com vista a facilitar o processo de aprendizagem dos formandos e a
dinamizar os conteúdos programáticos serão utilizados no decurso da
formação os seguintes recursos didácticos:
. Computador Portátil para o Formador com Programa Microsoft
PowerPoint
. Projector Multimédia
. Quadro branco.
Aos formandos será fornecida uma pasta contendo papel branco, o
cronograma, os conteúdos programáticos e o regulamento de
funcionamento da acção a desenvolver.
Aos formandos serão também fornecidas fotocópias dos conteúdos
desenvolvidos com recurso a diapositivos. Serão também fornecidas
fotocópias dos documentos de apoio à aprendizagem, actividades a
desenvolver e testes de avaliação.
Na sala de formação uma mesa quadrada para o Formador, Projector
Multimédia com bancada de apoio, mesas rectangulares do tipo escolar
para os formandos, distribuídas em forma de U, dezasseis cadeiras e
aquecedor.
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Uma resma de papel branco de escritório formato A4, quinze
esferográficas, dois furadores, apagador para utilização do quadro
branco e canetas para utilização do mesmo.
Tendo em conta a duração da formação, e sem perder de vista os
objectivos enunciados, a acção será desenvolvida com recurso a um
único formador, Joana Da Silva Martins. A formadora deverá ter
conhecimentos e experiência prática nas temáticas a ministrar, neste
caso Técnico de Segurança e Higiene no Trabalho.
A presente acção terá uma carga horária total de 36 horas/ 9 dias, em
sessões com a duração de 2, 4 e 6 horas. Irá decorrer todas as sextas-
feiras das 14 horas às 18 horas.
A acção funcionará com um número de 15 formandos (máximo).
10. CONCLUSÃO
Este projecto é uma solução fácil, e não muito dispendiosa, de
implementar um correcto cumprimento do uso de equipamentos de
protecção e regras básicas de segurança, visto que, como podemos
constatar as principais causas dos acidentes em construção civil são
não seguir as regras de segurança e não utilizar os dispositivos de
segurança ou utilizá-los de forma desadequada.
Muitas destas regras passam por:
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. Fazer com que o seu local de trabalho seja confortável;
. Ter muito cuidado e seguir todas as regras de segurança na realização
de actividades mais perigosas;
. Organizar o local de trabalho ou o seu posto de trabalho, não deixar
objectos fora dos seus lugares ou mal arrumados. Se tudo estiver no seu
lugar não precisa de improvisar perante imprevistos e isso reduz os
acidentes;
. Saber quais os riscos e cuidados que deve ter na actividade que
desenvolve e quais as formas de protecção para reduzir esses riscos;
. Participar sempre nas acções ou cursos de prevenção de acidentes que
a empresa lhe proporcionar;
. Aplicar as medidas e dispositivos de prevenção de acidentes que lhe
são facultados, designadamente o uso de vestuário de protecção
adequado, como as protecções auriculares para o ruído, óculos,
capacetes e dispositivos anti-queda, e equipamento de protecção
respiratória, entre outras;
. Não recear sugerir à empresa onde trabalha a realização de palestras,
seminários e acções de formação sobre prevenção de acidentes.
Concluindo, consciencializar e formar os trabalhadores no local de
trabalho são a melhor forma de prevenir acidentes, sendo esta acção de
Segurança e Higiene no Trabalho uma das melhores formas de formar e
informar os trabalhadores. Sendo que, a melhor forma de prevenir o
acidente é com informação.
Ao elaborar este trabalho foi-me permitido uma maior aprendizagem,
senti alguma dificuldade na concretização deste, pois as sessões foram
poucas e não nos permitiu aprofundar mais os conteúdos do módulo.
Foi um trabalho que implicou muita pesquisa e análise de gráficos, e
uma percepção do mercado de trabalho.
Escolhi a área da construção civil por ser uma área em termos de
segurança muito problemática onde se tem verificado muitos acidentes
de trabalho e por ser uma área que me suscita algum interesse.
Este trabalho irá ser muito útil para o meu futuro como técnico, pois
concerteza terei de aplicar os métodos acima referidos.
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11-Referências bibliográficas
http://segurancahigienetrabalho.com/index.php/historia-prevencao-acidentes/06-1-2011
http://www.act.gov.pt 05-1-2011
http://osha.europa.eu05-1-2011
http://segurancahigienetrabalho.com/index.php/historia-prevencao-acidentes/ 28-12-2010
Joana Martins
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