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• O TREVO • MAIO/JUNHO20184

VIA

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DO A LEI DO CARMA

O PODER DE AÇÃO

Nos mundos baixos (e a Terra é um deles) o mal predomina com bases firmes nos instin-tos da animalidade inferior, ainda não supe-rada, e nas falhas do próprio Espírito, como

sejam: a ambição, o orgulho, o egoísmo, a brutalidade, o sensualismo, defeitos esses que caracterizam a sociedade atual, a despeito do grande progresso científico que for-mou a civilização tecnocrática.

Desta forma, vivendo nessa organização social viciada e impiedosa, os homens mais evoluí dos ficam muitas vezes marginalizados, desambientados, mal vistos como ana-crônicos; mas, para viver, apesar de tudo, realizando seus ideais evolutivos, livrarem-se de competições desiguais

não desejadas, são forçados a se desligarem e se absterem de grande parte das atividades sociais consideradas normais.

Mas as leis de Deus são tão perfeitas e justas que os pró-prios pensamentos e atos humanos contêm, em si mesmos, os resultados decorrentes que, infalivelmente, se fazem sen-tir, no tempo devido, dando a cada um segundo suas obras, colhendo cada um, segundo o que semeou. Esta é a Justiça de Deus, de cujas malhas apertadas ninguém pode furtar-se.

É o “carma” das religiões orientais; a lei de Causas e Efeitos, que não sofre interferências humanas por mais po-derosas ou hábeis que sejam. (Item 98 do livro Na Semeadura I - Edgard Armond)

Quando o homem está na plena posse de suas aptidões, gozando de saúde física e moral, é--lhe muito fácil tomar atitudes, utilizar suas faculdades e poderes e sobra-lhe coragem. Mas

quando está combalido por moléstias ou cansaço; quando sua mente se perturba por imprevistos ou desgostos, tudo se torna mais difícil e, às vezes, mesmo, impossível.

Quando a luta o enfraquece e o desânimo o domina, tornando-o inativo, apático, descrente de tudo, as sombras o envolvem e fecham-se para ele as possibilidades de vida no mundo exterior, como também, e consequentemente, não está mais em condições de arbítrio responsável.

Esta é a hora em que nos devemos lembrar dos pode-res intrínsecos que possuímos em potencial, como partículas divinas que somos, evoluindo na matéria densa e opressiva, poderes estes que, quando acionados pela vontade, ou por uma necessidade premente ou, em alguns casos, pelo deses-pero, atraem forças de apoio de grande valia.

Nestas circunstâncias basta que decidamos prosseguir na luta de qualquer maneira, desafiando as adversidades, com decisão e fé, para que a resposta do Alto se faça ouvir e, com

ela, a volta da força e da coragem.

Quando apelamos por motivos justos, nosso apelo nunca é feito em vão: essa é a lei.

Não encarnamos neste mundo inferior para ficar inati-vos ou derrotados, mas para lutar pela reabilitação própria, sofrendo provações e vencendo-as; muitas vezes os pontos altos dos sofrimentos e das crises são testes violentos, prova-ções de selecionamento, após os quais a tormenta amaina e galgamos um degrau a mais na escalada evolutiva.

Entretanto, não podem os benfeitores espirituais servir--nos de esteios permanentes, ou oráculos para detalhes de somenos e comumente se afastam, para que nos acostume-mos a empregar sozinhos as próprias forças, afirmando as conquistas que já fizemos e acumulando cabedal de auto-confiança para provas futuras, demonstrando assim que esta-mos em condições não só de utilizar nosso livre-arbítrio com sabedoria, como suportar com moderação e compreensivida-de, as limitações marcadas em nosso programa encarnativo. (Capítulo 47 do livro Enquanto é Tempo - Edgard Armond)

O TREVO • MAIO/JUNHO 2018 • 5

PRO

JETO

PA

ULO

DE

TARS

OECOANDO OS ENSINAMENTOS

Paulo de Tarso é um dos grandes propagadores do Evangelho pelo mundo. Em sua vida, pautada na força realizadora e fé incontestável, promulgou as palavras de Jesus ao coração dos homens; junto

com Barnabé, seu projeto para o mundo é o de evangelizar e melhorar as condições morais e de vida da humanidade com vertentes realizadoras.

O projeto Paulo de Tarso na Aliança não é diferente: é de auxílio ao plano espiritual na evolução moral e vivencial do homem na Terra.

Estejamos em comunhão com Jesus e Paulo em nossas tarefas de levar a palavra do Cristo onde for necessária. O amor move montanhas e dá o suporte a tudo que necessita-mos realizar, assim como o próprio Paulo colocou: “O amor nunca falha.” (primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, ca-pítulo 13).

Todo bem que venhamos emanar, independente de lu-gar, sempre irá de alguma maneira chegar onde e para quem tiver que chegar, conforme a vontade de Deus. E, quando o discípulo está disposto a servir, o trabalho sempre irá apare-cer. Que possamos todos por intermédio de nossas escolhas sermos os multiplicadores do bem.

A Campanha Evangelho do Lar continua com a distri-buição do folheto explicativo e do ensino da prática nos lares, em caravanas e em outras atividades que chegam a diversas famílias, espalhadas pelo país. Um dos relatos inspiradores é o de Vanderlei Giareta que viaja muito pelo Brasil e sem-pre leva consigo exemplares para distribuir aos novos amigos. Leia abaixo:

“Vou com muita frequência na região oeste do Paraná, mas na cidade de Dois Vizinhos acabo indo um pouco mais, pois tenho um cliente que atendo por lá. Me hospedo sempre no mesmo hotel da cidade e, em uma das minhas idas, en-treguei um exemplar de O Evangelho Segundo o Espiritismo para alguns dos funcionários com quem tive contato e deixei outros para que pudessem ser entregues a outras pessoas, funcionários ou hóspedes que quisessem.

Uma das funcionárias que eu encontrava no café da ma-nhã, sempre muito educada, me perguntou se havia sido eu que entregara o material. Ao explicar a ela do que se tratava e qual o meu propósito, ela quis saber mais como realizar o culto do Evangelho no Lar e, assim, expliquei e ela disse que iria começar a fazer em sua casa.

Meses depois, retornei e lá estava a minha nova amiga, uma senhora de semblante muito sereno e gentil. Ao me ver no café, ela logo abriu um grande sorriso, me perguntando como estava a distribuição dos Evangelhos e se eu tinha mais para dar a ela, pois tinha algumas amigas que participaram do culto do Evangelho no lar na casa dela e que queriam muito fazer também. Deixei três pacotes com cinco unidades cada.

Ela mal sabia a minha felicidade em ter tido esse retorno. Ela estava multiplicando o que eu apenas passei sem o intui-to de nada daquilo acontecer.

Passado mais ou menos um ano, estive novamente no mesmo hotel e lá estava minha amiga no café; agora, desta vez, aquela senhora não só sorriu como me deu um abraço cheio de energias boas.

Após os cumprimentos, entramos no assunto dos evan-gelhos, então ela disse que além de alguns amigos, ela tinha ensinado alguns parentes que moram na cidade de Cascavel e que estes parentes gostaram tanto de fazer o Evangelho que hoje estão participando de um grupo de estudos espíritas em uma Casa Espírita da Federação no Paraná e que ela estava se reunindo com algumas pessoas da cidade para estudarem o evangelho.

Deixei novamente mais exemplares para ela e, com mui-ta felicidade, me agradeceu, mas mal sabe que quem estava muito mais agradecido era eu, por ver o que um exemplar do Evangelho Segundo o Espiritismo faz na vida das pessoas.”

Miguel é do Projeto Paulo de Tarso

Miguel Moura

• O TREVO • MAIO/JUNHO20186

FDJ FDJ, UMA FRATERNIDADE DE

TRABALHOEm maio, a Escola de Aprendizes completa 68 anos de

existência e, para chegar até aqui muitos trabalharam para ela acontecer todos os dias, muitos se fortaleceram em

fraternidade, muitos lutaram consigo mesmos para cumprir o combinado e garantir que aqueles que passaram e que estão no programa, possam carregar a essência em suas almas e cumprir com o compromisso de passar adiante

“O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.” Emmanuel, Vinha de Luz - item 59.

Como discípulo pertencente a uma Fraternidade, é imprescindível nos esforçarmos diariamente para compreender a profundidade do que é fazer par-te dela e a nossa responsabilidade em auxiliar,

respeitar e trabalhar para que continue existindo.Adentramos a Fraternidade dos Discípulos de Jesus to-

cados e motivados pelo sentimento da passagem de grau e a cerimônia de ingresso. Sentimo-nos fortalecidos para executar o trabalho necessário, que colocamos como prio-ridade para que a divulgação e manutenção do ideal con-tinuem a existir para outras pessoas. No contexto espiritual, as Fraternidades ligadas ao bem têm por objetivo construir e manter um ponto de luz, um canal de comunicação entre o plano material e os espíritos que trabalham, sob a égide do Cristo, para disseminar o bem e colaborar na espiritualiza-ção e evangelização do mundo. Em nossa época, colaborar para atravessar o período de transição de mundo de provas e expiações para regenerado é uma das funções de nossa Fraternidade.

O que esperar da Fraternidade a que pertencemos?

O grau de discípulo em nossa Escola é um marco, um marco de consciência atingida, a consciência mínima para começar a compreender o que é essa Fraternidade e como ela serve a Jesus, assumindo o compromisso de continuar o processo de autoconhecimento, de auxílio ao próximo e o compromisso de preservar o canal com a espiritualidade superior e cuidar da Escola. Vejam, isso é um processo con-tínuo. Repetimos, é necessário um esforço constante para dilatar a nossa consciência e compreensão.

Denis Orth

Aprendemos na EAE que isso só pode ser feito conhecen-do a nós mesmos e vivendo as experiências. As casas espíritas têm nos oferecido a primeira oportunidade de vivenciar o processo, mas ele não se limita às paredes do centro, a vivên-cia nessa Fraternidade nos pede a expansão de nossa mente, de nossos conceitos, expansão do Evangelho, que olhemos para todos aqueles que passaram pela Escola e ingressaram como pessoas importantes para nós, mesmo que não as co-nheçamos, mesmo que tenham opiniões diferentes da nossa, mesmo que estejam em outro local realizando o trabalho do bem ou acamadas precisando de uma ligação. E se sentimos assim, então a Fraternidade também sente assim.

O alinhamento e encontro de nossas ações acontecem no instante que nos dispomos a estar juntos, quando os corações estão vibrando na mesma sintonia, quando os pensamen-tos estão voltados ao mesmo foco, o da evangelização, da reforma íntima, divulgação e manutenção da EAE, amplia-ção da fraternidade em nós mesmos. Em maio, a Escola de Aprendizes completa 68 anos de existência e, para chegar até aqui, para chegar até nós, muitos trabalharam para ela acon-tecer todos os dias, muitos se fortaleceram em fraternidade, muitos lutaram consigo mesmos para cumprir o combinado e garantir que aqueles que passaram e que estão no programa, possam carregar a essência em suas almas e cumprir com o compromisso de passar adiante.

Como integrantes da FDJ, nos auxiliemos, mutuamen-te, para estarmos atentos e para amparar a Fraternidade. Ela conta com cada um de seus membros para sustentá-la. Como discípulos, estamos comprometidos com o Mestre e com o Evangelho, nos sublimando na glória de servir ao ide-al, realizando o ministério que nos cabe.

Denis é da Equipe de Coordenação da FDJ

O TREVO • MAIO/JUNHO 2018 • 7

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tura espírita idônea, farto o suficiente para mudarmos nossa visão e melhorarmos a argumentação em nossas preleções, discursos, palestras e aulas.

Em especial, recomendamos estudo aprofundado das Obras Básicas, indicando, entre outros textos, o capítulo VI do Livro dos Espíritos - “Vida Espírita”, com realce ao item V - “Escolha das Provas”.

Há também o dever, por parte de servidores e discípulos, do estudo sistemático das obras de André Luiz, incluso na Plataforma da FDJ desde 2013, quando, entre outras pre-ciosas lições, se pode aprender de maneira detalhada o que é Planejamento Encarnatório e o quanto participamos de sua organização.

Pode ocorrer que no Centro que frequentamos ainda não sejam feitos os estudos acima propostos, porém não se pode perder de vista a necessidade de sua implantação.

Por ora, tenhamos sempre em mente, quanto ao tema, o precioso ensinamento de Emmanuel, em seu texto “Remuneração Espiritual”, no livro “Perante Jesus”: Toda vez que a Justiça Divina nos procura no endereço exato para execução das sentenças que lavramos contra nós próprios, segundo as leis de causa e efeito, se nos encontra em serviço ao próximo, manda a Divina Misericórdia que a execução seja suspensa, por tempo indeterminado.

Milton é do C. E. Energia e Amor/Regional São Paulo Sul e integrante da Equipe Mediunidade

Milton Antunes

ESTUDO CONTÍNUO PARA A COMPREENSÃO DO CARMA

Atuando na Assistência Espiritual dentro do pro-grama da AEE, recepcionamos, encaminhamos, entrevistamos, enfim, acolhemos muitos irmãos que nos procuram na momentânea condição de

assistidos. Ao longo do tempo, ouvimos deles os mais diversos entendimentos sobre o que é CARMA e notamos a ignorância sobre a possibilidade de nossa participação no planejamento da reencarnação que nos diz respeito.

As opiniões sobre o que seja o carma variam entre os extremos da resignação e da revolta, mas seus conteúdos nos dão a ideia de CASTIGO DE DEUS.

Os resignados arrematam seus comentários dizendo que “este é meu carma, preciso sorvê-lo até o fim”, ou “Deus quis assim, então vamos aceitar”; e os revoltados declaram--se eternos injustiçados, duvidando até da ação benéfica de seus mentores e amigos espirituais.

Com certo espanto, observamos que entrevistadores, preletores e expositores apresentam posições análogas ou que, pelo menos, no momento de suas argumentações, não se fazem claros o suficiente para elucidar raciocínios. Percebemos que há certa confusão entre carma, determi-nismo, livre-arbítrio e planejamento encarnatório. A opinião mais comum é a do “FEZ, PAGA”.

Notamos que estes companheiros, com tais opiniões, demonstram leitura equivocada da doutrina dos espíritos, reeditando o “olho por olho, dente por dente” do antigo código de Hamurabi (rei babilônico – séc. 17 a.C.).

Há nessas colocações certo grau de ameaça e depois um alívio anunciando-se a salvação. Não é à toa que muitos se mostram amedrontados ou apavorados com a ideia de “terem que estagiar no Umbral”. Outros revelam utilitarismo nocivo afirmando que: “Graças a Deus estou fazendo minha reforma íntima e não precisarei ficar no Umbral”.

Além disso, constatamos que certo número de grupos mediúnicos têm dado ênfase ao atendimento de espíritos inferiores (sofredores, obsessores, etc.). Não se nega o valor caritativo dessa tarefa mediúnica que, de acréscimo, exibe a Lei do Carma pelos relatos ora pungentes ora assustadores dos espíritos.

Mas Armond é cabal (Mediunidade - capítulo 35): o ob-jetivo do médium deve ser o de estudar e preparar-se incan-savelmente para ações de intercâmbio cada vez maior, em quantidade e qualidade, com os Espíritos Superiores, para que nosso aprendizado não ocorra pelos quadros da dor, mas sim pelos estímulos sublimes e positivos do bem.

Assim, há relação direta entre o que pensa determinado segmento de nossos companheiros de doutrina e a opinião distorcida dos assistidos sobre o Carma.

Poderíamos tecer maiores comentários, objetivando con-tribuir para reduzir a fixação nos temas sobre punição, es-píritos cobradores e determinismo. Mas não caberia neste espaço, até pela razão de existir material de sobra na litera-

Percebemos que há certa confusão entre carma,

determinismo, livre arbítrio e planejamento encarnatório

• O TREVO • MAIO/JUNHO20188

MO

CID

AD

E E

M A

ÇÃO JUNTOS EM CORAÇÃO E

PENSAMENTOS

No Carnaval deste ano, al-guns companheiros cuba-nos e um argentino vieram participar do Encontro

Geral de Mocidades.Estiveram presentes Facundo Correa,

de Mar del Plata, na Argentina; e os cubanos Maylen Beritán, de Manzanillo, Liudmila Sánchez, de Bayamo, Luis Andrés Estrada e Yohania Martí, de Havana. Abaixo, eles contam um pouco de como se sentiram após a estadia no Brasil.

“Nós vamos nos rever em breve! Até um dia!” (Maylen - Cuba)

“Já estamos com saudades de todos e já de volta muito bem em casa. Depois destes dias maravilhosos me sinto muito mais unida a todos vocês. Foi, sem dú-vida, uma experiência incrível. Me sinto muito grata a Deus por me permitir este encontro. Foi algo muito forte o que nossos corações sentiram, uma afinida-de, uma ligação tão linda entre todos. Acho que voltei mais suave e mais leve. Como se a emoção vivida me tornasse uma pluma, por poder expressar meus sentimentos com vocês; sinto-me mais forte, mais acompanhada e apoiada, sinto-me mais decidida, com amor em meu coração para empreender a tarefa onde seja preciso, sinto muita confiança em vocês, todas minhas amigas brasilei-ras.” (Liudmila - Cuba)

“No último dia 24 de Março fize-mos o nosso PRIMER ENCUENTRO DE DIRIGENTES DE JUVENTUD. Vieram ir-mãos de Camaguey e de Manzanillo e nós de Bayamo. Tudo foi muito bem e fizemos debates sobre os temas conver-

sados no Brasil no grupo de apoio ao exterior. Falamos também do Encontro, das frentes de trabalho e das visitas que fizemos às turmas de mocidade, das dinâmicas que aprendemos. Fizemos a dinâmica do logo da Mocidade e foi excelente.

Falamos do Encontro Geral de outu-bro - o primeiro encontro de Cuba - e do possível tema, que seria: Seguindo teus Passos. Já estamos trabalhando muito nisso. Gostaríamos que vocês estivessem aqui conosco no encontro. Seria maravichévereeee. Apesar de com-plicado, nós sabemos, vamos vibrar por isso. Já estamos dando muitas aulas e precisamos que vocês nos enviem mais, pois os grupos seguem crescendo.

Outro dia estava escutando músicas do Encontro e chorei de saudades, mas sei que estamos sempre unidos pelos nossos corações. Tenho vocês sempre na minha lembrança.” (Yohania - Cuba)

“Minha experiência no Brasil foi ex-celente, desde a chegada até a hospe-dagem na casa da Ananda e do Filippo. Foi maravilhoso conhecer tanta gente, como os cubanos, o Jader e seus pais. E que comida! Adorei as atividades no parque em São José dos Campos com a Camila e participar das tarefas de preparação do Encontro. Ao longo dos dias conheci pessoas excelentes e de-pois ainda no EGM em São Paulo, onde também pude ajudar a arrumar o lugar. Trabalhar nesta reunião foi outra coi-sa incrível, com as crianças, a monitoria e os diferentes trabalhos no Encontro. Fiquei muito feliz, reencontrei pessoas e fiz novos amigos. As atividades foram

muito boas e me senti parte de tudo como aluno e trabalhador.

Eu viajei sozinho, sem ninguém da Argentina, mas me senti em casa, como se pertencesse ao ambiente. Me senti quase um brasileiro).

O último dia do encontro foi alegre e triste, pois apesar de todo o aprendi-zado, sabíamos que só iriamos ver algu-mas das pessoas no próximo ano. Mas foi um ‘até breve’ de coração.

Depois disso ainda fomos a Sorocaba, onde continuamos a fazer atividades nas casas espíritas com a Keila, sua mãe, seu irmão Ton, Barbara, Cibele, Anderson, Juliana e outros. Na volta para São Paulo, tivemos reuniões e atividades com os cubanos e o Erik e Natalia, pessoas excelentes e muito divertidas.

Para completar esta carta, quero dizer que até agora foi o melhor en-contro que eu tive, todas as pessoas estavam muito bem comigo e por isso estou grato, agradeço a todas as pes-soas que me hospedaram nos diferentes lugares em que estávamos de diferen-tes cidades: Filippo Carmona, Amanda Fernandes, Cesar Castro, Amanda Faria Baruel, Antonio Santos, Bebeto Limeres, Fernando e Monica, os cubanos, Camila, Ananda, Amanda, Gustavo, Danilo (al-gum dia ele tem que me ensinar a dan-çar forró) e muito mais, e desculpe se esqueci de alguém, mas são muitos e muito queridos.

Vejo você no ano que vem se Deus

quiser! Um grande abraço. Muito obri-gado por tudo.” (Facundo - Argentina)

O TREVO • MAIO/JUNHO 2018 • 9

CAPA

Catarina de Santa Bárbara

A SEMEADURA É LIVRE, JÁ A COLHEITA...

O Bhagavad Gita é um clássico da literatura Hindu, é a essência de todos os textos védicos, uma es-critura que apresenta um conhecimento muito profundo da relação do homem com Deus, uma

referência de grandiosa espiritualidade.

Relata o diálogo entre o guerreiro Arjuna e Krsna. Arjuna comanda um exército no campo de batalha de Kuruksetra e ao ver de ambos os lados seus parentes, amigos e mestres se deixa dominar pelo pesar e compaixão e fica em dúvida se deve lutar. Krsna, então, o instrui sobre a vida, a natureza material e espiritual, a busca da transcendência e a libertação da lei do carma.

Esta belíssima história representa nossas vidas, a luta que travamos em nós mesmos para superação do eu material e a transformação do eu espiritual. As angústias e anseios de Arjuna são nossas angústias e anseios, suas dúvidas sobre o sofrimento e o sofrer, sobre Deus, sobre o propósito de nossas vidas, qual o sentido de vivermos, representam as nossas per-guntas sobre nosso papel no mundo, sobre nosso carma in-dividual e coletivo, sobre nosso planejamento reencarnatório.

Krsna explica que o carma são atividades que são re-alizadas desde tempos imemoriais, e sofremos ou gozamos os frutos de nossas atividades. Na introdução do Baghavad-Gita como ele é, apresentado por A.C. Bhaktvedanta Swami Prabhupada, temos o seguinte exemplo: “suponhamos que eu seja um homem de negócio e tenha usado minha inte-ligência trabalhando arduamente para conseguir um grande saldo bancário. Então, sou o desfrutador. Mas, digamos então que eu tenha perdido todo o dinheiro nos negócios; então, sou o sofredor. Do mesmo modo, em cada esfera da vida gozamos ou sofremos os resultados de nosso trabalho. Isto se chama carma.”

O carma não é eterno, embora não possamos precisar de que tempo origina seus efeitos, somos capazes de modifi-car os resultados de nosso carma despertando a consciência, escutando as instruções da Suprema Personalidade de Deus - Krshna. Assim o homem, vivendo no modo da bondade, compreende quais atividades deve adotar podendo modificar as ações e reações de seu passado.

Krsna esclarece que a natureza material consiste em 3 modos - bondade, paixão e ignorância. “O modo bondade, sendo o mais puro que os outros, ilumina, livrando a pessoa de todas as reações pecaminosas. Aqueles que estão situados neste modo condicionam-se a uma sensação de felicidade e

conhecimento” (verso 6, cap. 14); o modo paixão nasce de desejos e anseios ilimitados, e por causa disso a entidade viva corporificada está presa às ações fruitivas materiais” (verso 7, cap. 14) e “...no modo da escuridão, nascido da ignorância, todas as entidades vivas corporificadas ficam iludidas. Os resultados deste modo são a loucura, a indolência e o sono, que atacam a alma condicionada” (verso 8, cap. 14).

Estes três modos competem pela supremacia, ora um prevalece, ora outro. A superação do carma se dá no modo da bondade, quando se desenvolve o verdadeiro conhecimento.

Vivemos com a consciência contaminada pelas circuns-tâncias materiais, para transcender à matéria é preciso com-preender que não se é este corpo material “aqueles que estão livres da ira e de todos os desejos materiais, que são autor-realizados, autodisciplinados e empreendem um constante esforço em busca da perfeição, ficam garantidos de liber-tarem-se no Supremo num futuro muito próximo.” (verso 26, cap. 5)

A alma jamais deixa de agir, por isso o sábio, o transcen-dentalista, escolhe levar uma vida desapegada ao gozo dos sentidos, e “alcançar o objetivo da vida que é livrar-se do cativeiro material e entrar no reino de Deus”. Progredimos, independentemente da ocupação que temos, quando vive-mos uma vida controlada e sem apego.

No verso 49 do último capítulo, Krsna diz “que é au-tocontrolado e desapegado e não se interessa por nenhum prazer material pode obter, pela prática da renúncia, a fase perfeita mais elevada: estar livre da reação.” Este é o nosso destino, para tanto fomos criados: evolução!

Vivenciar o carma de maneira harmoniosa é a busca de escolher atividades que nos proporcionem servir (ação) sem necessidade de fruir dos resultados do nosso trabalho; a mente controlada, a determinação, a adoração a Deus, a pacificação, a renúncia são o caminho.

Na cultura hindu ou na cultura espírita, Karma ou Carma, representa o ensinamento de Jesus “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, tudo está no Plano Divino para nossa evolução. Que possamos, então, aproveitar bem, com alegria e disposição, essa encarnação e o planejamento que fizemos com tanto carinho.

Catarina é do G.E. Hovsana Krikor/Regional São Paulo Oeste

• O TREVO • MAIO/JUNHO201810

CAPA

Fernanda Nogueira Saraiva

Carma é uma palavra de ori-gem sânscrita. Em sânscrito, significa ação. Deste pon-to em diante, há diferentes

interpretações e diferentes significados para carma. Apesar de todos os signi-ficados terem, de alguma forma, algo a ver com a ação, nuances dão origem a grandes alterações de interpretação. Vamos seguir com essa definição e di-vagar (soltar o pensamento).

Carma é ação. Nós agimos, o tempo todo. Fazer e não fazer são ações. Uma seria uma ação positiva – realizar algo – e a outra seria uma ação “negativa” – não realizar algo. Ainda assim, ambas são ações.

Nossas ações, como a gota que pinga na água e reverbera, geram consequên-cias, reações. As reações são frutos de nossas ações, são nossa colheita. E então, numa conclusão lógica, nosso carma.

Até aqui seguimos um raciocínio que não é religioso, nem espiritualista. É só lógico. Argumento que podemos utili-zar em qualquer situação, com qualquer pessoa, independente de crenças. E eu gostaria, por mais que este seja um arti-go numa revista espírita, que falássemos desse tópico de modo transcendental, sem pensar em religião.

Como esta definição de carma im-pacta em minha vida? Impacta em tudo. Ao receber o convite de fazer o texto e pensar sobre o que eu queria falar, vi-nha à minha mente uma frase de Chico Xavier, que diz:

A gente dá do que tem porque é isso que a gente é. Essa sou eu e, sendo eu, isso é o que

eu posso lhe oferecer. E é por isso que o que se faz com uma mão, a outra não sabe, porque se é para dar, não é para trocar.

Não é sobre ter, é sobre ser

DEMANDA CONSIGO E COM OS OUTROS

“Tudo que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... Carecemos somar, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal... Ninguém tem o direito de se omitir.”

A meu ver, esta frase diz muito so-bre o carma. Chico pede que ajamos no bem, sem demora, para que criemos um carma positivo, para nós e para os ou-tros – porque quem age no bem como regra, age sempre e para benefício de qualquer um.

O que aconteceria se todos nós tivés-semos um carma positivo? Um carma/uma colheita baseada em boas ações? Esforço diário convertido em plantio produtivo, porque plantamos bons fru-tos? Com certeza teríamos outro cenário – tanto pessoal quanto mundial.

Demorou algum tempo para eu en-tender melhor a frase: “a gente dá do que tem”. Eu pensava: “puxa, lutei pelo que eu tenho, para entender e sentir as coisas que penso e sinto. Eu estudei, re-fleti, arrisquei, agi, quebrei a cara, sofri, me perdi, me achei, refleti mais, con-versei... foram tantas etapas para chegar onde estou... e agora eu dou do que eu tenho e muitas vezes nem recebo nada em troca? Por que dar do que eu te-nho?”. Este é um pensamento mesqui-nho, mas eu tinha esse pensamento. Ele provavelmente estava disfarçado de al-guma outra coisa; muito provavelmente eu achava que dava do que eu tinha, sem perceber que eu sempre cobrava

retorno porque o dar não era dar, era trocar.

Um belo dia, me caiu a ficha sobre o verbo dar. Ele não está ligado ao ter (como eu supunha), mas ao ser. A gente dá do que tem porque é isso que a gente é. Essa sou eu e, sendo eu, isso é o que eu posso lhe oferecer. E é por isso que o que se faz com uma mão, a outra não sabe, porque se é para dar, não é para trocar. Não é sobre ter, é sobre ser.

Seja bom, e você será bom para você e para os outros. Seja mesquinho, e você será mesquinho com você e com os outros. Porque você não pode fugir de quem você é. Num resumo, demanda consigo mesmo é demanda com os ou-tros. Se as demandas que você tem com os outros ainda são problemáticas, há algo que VOCÊ precisa aprender sobre você mesmo. Se você ainda trata as pes-soas de formas diferentes dependendo do parentesco, da cor, do gênero ou do que quer que seja, é porque você ainda não está pleno em ser quem você pode ser. E tudo bem, a maioria de nós não está. Eu não estou. Mas...! Eu já enxergo isso. E como alguém que enxerga, pre-ciso fazer algo sobre isso para que eu possa aproveitar o tempo que eu tenho de forma produtiva, caminhando na es-cala da vida.

E você, já enxergou isso?

Fernanda é da Regional Litoral Centro

O TREVO • MAIO/JUNHO 2018 • 11

CAPAO CARMA SÓ PODE SER

CUMPRIDO QUANDO VOCÊ SE ACOLHE COM MUITO AMOR*

Sabe quando aquelas coi-sas ruins se repetem em sua vida? Isso acontece porque você não cumpriu o seu car-

ma. Carma, porém, não é algo exclu-sivamente planejado e imutável para causar sofrimento, como se seu destino fosse totalmente predeterminado.

Existe uma grande diferença ente carma e planejamento reencarnatório.

Por exemplo, se você tem uma re-lação afetiva complicada com alguém ciumento e controlador, pode ter pla-nejado vir ao lado dessa pessoa, na sua atual reencarnação, para reorientar ve-lhos comportamentos com novas pos-turas. Esta é uma escolha que realmente pode ser feita antes do renascimen-to carnal. Entretanto, isso é chamado “planejamento reencarnatório”. Carma é outra coisa.

Carma é o conjunto de emoções e pensamentos trazidos em seu íntimo que dificultam sua relação com uma pessoa difícil. Neste exemplo, você pre-cisa aprender uma forma diferente de agir e reagir, e isto pode significar su-perar a sua dificuldade em dizer não a essa pessoa, vencer o seu medo de co-locar limites nas atitudes inadequadas do outro, reconhecer o quanto a relação é tóxica, ter coragem para reconhecer suas fraquezas, buscar ajuda sozinho e se sentir solitário, além de muitos outros aprendizados.

Carma1 é um aprendizado frente a um problema ou experiência difícil. Quanto mais tempo levar para aprender, mais o problema persiste e se repete. Os problemas permanecem o tempo neces-sário para que aprenda o que eles têm a ensinar.

Quem confunde carma com pla-nejamento reencarnatório adora o se-guinte pensamento: “vou ficar sofrendo ao lado de alguém porque assim pago minha dívida com essa pessoa.” Essa é uma visão insensata, incoerente com o Espiritismo, além de ser fonte alimen-

tadora de doenças emocionais terríveis. Vejamos outro exemplo: uma mulher

falhou em várias encarnações seguidas por conta de uma vaidade. Depois de tantos erros, foi concedida a ela a opor-tunidade extrema de renascer no corpo físico e ser mãe de quatro filhos com pro-blemas sérios de saúde. Um com paralisia cerebral, um cego, um paraplégico e ou-tro com limitação pulmonar. Os cuidados com os filhos durante uma vida inteira e as constantes renúncias de seus próprios interesses impediram que se entregasse à vaidade, principalmente, depois de muita dor e de enfrentar grandes desafios para cuidar desses meninos.

Os filhos são o planejamento re-

encarnatório. O carma é o aprendizado contra a vaidade, são as ações da pró-pria pessoa em função de seus ciclos de experiências ao longo das vidas. O pla-nejamento reencarnatório é o contexto que vai facilitar esse aprendizado.

Tem muita gente que confunde car-ma com planejamento e acaba assumi-do compromissos sem sentido com as pessoas à sua volta, como se isso fosse o seu carma. Ninguém tem carma com o outro. Carma é uma demanda pessoal. Não tem a ver com os outros, é só seu.

Com os outros, você tem planeja-mentos, e cada uma dessas pessoas, por sua vez, tem seu carma pessoal. Com os outros, você tem compromissos de amor, apoio e solidariedade nas leis universais da vida. Não é o outro que é difícil ou é um problema. O problema é o patrimô-nio que carrega dentro de si e que limita

seu aprendizado sobre como lidar com a pessoa que você chama de “difícil”.

Essa visão precisa ser revista, porque isso tem servido como fonte de sofri-mento e distanciamento daquilo que verdadeiramente é preciso aprender.

Com esse aprendizado, é possível tornar sua vida mais leve e até assumir uma postura que lhe permita uma me-lhor convivência com o outro ou distan-ciar-se dele.

Tudo muda no planejamento quan-do você assume o seu carma no ato de aprender o que falta para sua própria felicidade.

Em O livro dos Espíritos, na questão 264, o tema foi precisamente abordado:

“Que é o que dirige o Espírito na es-colha das provas que queira sofrer?

Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que levem à explana-ção destas e a progredir mais depressa. Uns, portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem, outros prefe-rem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, pelas paixões inferiores que uma e outros desenvolvem; muitos, finalmente, decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o vício.”

Carma só pode ser cumprido quando você se acolhe com muito amor, dedi-ca-se com empenho às lições e com-preende que, diante das leis divinas, ninguém cura ninguém e tão somente está reservado a você o direito e o dever de curar a si próprio.

1 Jesus, a inspiração das relações lumi-nosas, autora espiritual Ermance Dufaux, pela psicografia de Wanderley Oliveira, capí-tulo 20 – Editora Dufaux

*Capítulo 1.4 do livro Sete caminhos para o autoamor pelo espírito Pai João de Angola com psicografia de Wanderley Oliveira - Editora Dufaux

Carma é uma demanda pessoal. Não tem a ver com os outros, é só seu

• O TREVO • MAIO/JUNHO201814

CAPA

Cida Vasconcelos

Sinto-me triste. Talvez, um misto de angústia e ansie-dade na composição deste sentimento. Quando tento

identificar de onde isso vem, me surgem muitos rostos na lembrança.

Gente com quem converso, com quem me relaciono ou não diretamen-te e que relatam problemas de várias naturezas.

Alguns com problemas muito indivi-duais, claros e concretos, delimitados em sua esfera, tais como relacionamento em família, doenças ou vícios.

Outros com problemas mais subje-tivos, que tem a ver com sua percepção da própria vida, que questionam suas escolhas e que, apesar de não terem problemas de saúde, financeiros ou de relacionamento, estão infelizes e que-rem outra coisa, mudanças em qualquer destas áreas.

Outros, ainda, têm vidas momen-taneamente bem resolvidas, mas não estão bem, pois querem resolver os pro-blemas do mundo segundo seu próprio ponto de vista, sem recorte. Defendem teorias brilhantes e causas muito dignas e cheias de valor. Mas não têm espa-ço para o erro de ninguém e, numa luta impossível, querem que o mundo mude de acordo com sua visão.

Mais alguns que têm uma lou-ca energia e querem fazer tudo, estu-dar tudo, conhecer todos os lugares e

maneiras de fazer as coisas, são cheias de boa vontade e de vontade, mas não terminam o que começam, pois ao me-nor sinal de não concordância com sua maneira de fazer as coisas e desarmonia interna, se afastam, não terminam, não se engajam mais e deixam o seu com-promisso na mão.

Outros mais que não conseguem se reconhecer como capazes e responsáveis pelas próprias vidas, esperando a ajuda alheia para se mover cada milímetro e sempre estão terceirizando tanto o pro-blema quanto a solução e, com isso, sofrem pela imobilidade e da não rea-lização, afundando no meio de um mar de oportunidades perdidas.

Todos, sem exceção, vivendo uma ansiedade imensa, cheios de história, loucos para falar e pouco disponíveis para ouvir. Tentando consumir a inu-tilidade informacional produzida nos dias de hoje e, com isso, tentar se en-tender usando a vivência alheia. Quando aprendem um pouco, já acham que po-dem ensinar e com isso perdem a opor-tunidade de crescer de verdade.

Todos com sentimentos confusos, opressores e que bradam necessidade de mudança.

Todos perdidos no fazer, ter, rea-lizar e pouco ligados no ser, crescer e melhorar em relação a si mesmos. Sem tempo para o silêncio interno e cheios de julgamento e certezas que cristali-

zam. Mesmo conhecendo as muitas ferramentas disponíveis e disseminadas nos dias de hoje, que vão de terapias, meditação à ajuda médica.

Sinto, também, essa angústia. Uns dias mais que em outros. Disparada por gatilhos de convivência com tanta gente e que sincroniza com a minha própria. Também sou parte desta multidão, em todas estas situações, e só espero apren-der com cada uma delas a como ser uma pessoa melhor e, talvez, quem sabe, po-der ajudar.

Ajudar sem mudar o outro, mas dando exemplo com o pouco que já aprendi. Terminando os compromissos que assumo, estando em prontidão para cumprir o meu papel em sociedade e sa-ber que não me cabe julgar, nem mudar ninguém. Mas que com o pouco que aprendo, posso ser alguém melhor para o mundo à minha volta. Reforçando as lutas com as quais concordo e tendo paciência e misericórdia com o que não concordo. Confiando em Deus e na evo-lução de tudo.

E, acima de tudo, sem guardar má-goa, revolta, raiva ou desejar o mal a quem quer que seja. Sem produzir o mal, sem fazer mal a ninguém. E assim, quem sabe, pelo menos, a minha an-siedade e angústia eu vou, aos poucos, conseguindo resolver.

Cida é do C.E. Alvorecer Cristão/Regional São Paulo Centro

SENTINDO A ANGÚSTIA DO MUNDO

O TREVO • MAIO/JUNHO 2018 • 15

CAPAA LEI DE EVOLUÇÃO

Carlos Medeiros

Evoluir é a finalidade da Vida. Ninguém está livre da jor-nada evolutiva que é in-dividual e única para cada

criatura. Ela não se faz, porém, aleato-riamente. Há instrumentos que regulam essa jornada e que estão presentes nas Forças da Natureza de maneira inten-sa. Há quem não acredite nisso, mas a Sabedoria Divina não fica à mercê de crenças ou descrenças de quem quer que seja: a Lei de Deus funciona para todos, segundo critérios de Justiça, Amor e Caridade, como nos orienta o intrigan-te capítulo 11 - Livro Terceiro (Das Leis Morais) de O Livro dos Espíritos.

Mesmo após leituras e releituras, geralmente, passa despercebida a ideia de que deve haver um motivo pelo qual esses Três Gigantes da Lei Divina – Justiça, Amor e Caridade – encontram--se no mesmo capítulo. Arrisco dizer, se me permitem, que possivelmente eles exercem uma função balanceadora da ação da Lei Divina em nossas vidas, lei que funciona de maneira exemplar, considerando cada detalhe de nossa luz e de nossa sombra.

A abordagem sobre os Três Gigantes da Lei Divina conduz, inevitavelmente, à reflexão sobre temas correlatos que não podem ficar à margem da análise de toda pessoa sinceramente empenhada em seu autoconhecimento. Esses temas são: o carma (nosso velho conhecido...) e o darma:

CARMA: as tradições espirituais

conceituam o carma como “o conjun-to das ações do homem e suas conse-quências” (Deepak Chopra). É o mesmo que ação e reação porque se compre-

É preciso refletir que o carma é a Justiça Divina em ação e que atuará em nossas vidas como resultado das intenções

com as quais revestimos as nossas atitudesende que as ações humanas deflagram reações de igual intensidade, qualidade e sentido. O problema reside no fato de que muitas vezes raciocinamos so-bre o carma de maneira reducionista. É preciso refletir que o carma é a Justiça Divina em ação e que atuará em nossas vidas como resultado das intenções com as quais revestimos as nossas atitudes. Portanto, para progredir não basta ter apenas atitudes: é preciso ter intenção genuína. O carma não pode ser enca-rado como mero processo punitivo: ele nos impulsiona ao progresso provendo tudo o que precisamos. O texto do mé-dium cristão Pietro Ubaldi é esclarecedor nesse sentido:

“Para chegar a possuir o de que pre-cisamos e para alcançar sucesso não é necessário força ou astúcia. Basta tê-lo merecido, como a Justiça o exige. Aqui não é o prepotente ou o astuto quem vence, mas o homem justo que cumpre o seu dever. (...) Vemos funcionar nesse novo mundo a Divina Providência. Ela funciona de verdade, mas, é lógico, só para quem o merece. É lógico que ela não funcione para quem não o merece. Quando o tivermos merecido, podemos ter a certeza de que se verificará para nós esse milagre da Divina Providência, que nada nos deixará faltar do que pre-cisarmos, seja para a alma, seja para o corpo. Em geral, não se acredita que isso possa acontecer de verdade, porque de fato é muito raro que aconteça, por-que é raro também que o mereçamos.” (Pietro Ubaldi – A Lei de Deus).

DARMA: as citadas tradições espi-rituais nos ensinam que o Darma é o mesmo que propósito de vida. Para vi-ver não basta ficar à mercê do carma: é

preciso buscar o sentido de nossas vidas, o nosso propósito. Por que eu existo? Qual o objetivo de minha existência? Quais as lições que a Vida está tentan-do me comunicar a partir das experi-ências que estou vivenciando? Qual é o legado do Bem que posso construir? Parafraseando o educador Mário Sérgio Cortella: “Qual é a tua obra?” As per-guntas devem provocar incômodo no aprendiz, um incômodo positivo que o impulsione à busca de si mesmo através por meio de uma Reforma Íntima genu-ína, com sincera compreensão de seus valores e limites e isenta de crendices, julgamentos e repressões inúteis.

Estudar e respeitar a Lei do Carma, mas acima de tudo compreender e praticar a Lei do Darma: buscar o ali-nhamento de nossas vidas não só com o primeiro, mas especialmente com o segundo. Assim fazendo, estaremos operando em favor das Leis Divinas e também em nosso próprio favor.

Carlos é do CEAE Genebra/Regional São Paulo Centro

Referências bibliográficasCHOPRA, Deepak. As Sete Leis

Espirituais do Sucesso. 68ª edição. Best Seller, 2018.

CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a Tua Obra? 18ª edição. Vozes, 2012.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 4ª edição. FEB, 2006.

UBALDI, Pietro. A Lei de Deus. 3ª edi-ção. Fundação Pietro Ubaldi, 1984.

• O TREVO • MAIO/JUNHO201816

CAPA

Keila de Lima

SOMOS OS AUTORES DE NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA

“Essa pessoa é o meu carma”. Quantas vezes ouvimos (ou dizemos) essa frase como justi-

ficativa quando não conseguimos lidar com o outro? Mas, se levarmos em con-ta o que a doutrina espírita nos ensina, podemos considerar essa uma afirmação

equivocada. Jesus já dizia que “a cada um será dado segundo suas obras”. Ou seja, somos responsáveis por nossas obras e não podemos transferir o nosso carma para outra pessoa.

Mas afinal de contas, o que seria esse carma? E o quanto ele pode realmente afetar nossa vida? Ele tem relação com nosso planejamento reencarnatório?

A questão 167 do Livro dos Espíritos, nos diz que o objetivo da reencarnação é a expiação. Então, quando estamos prestes a encarnar nos é dada a oportu-nidade de expiar nossos erros, por meio das provas que vamos enfrentar nesta vida. Isso é planejamento reencarnatório.

Porém, em diversas vezes, carrega-mos em nosso íntimo um conjunto de emoções e sentimentos que dificultam a relação com uma pessoa. E essa di-ficuldade impede o nosso crescimento espiritual. Isso é carma.

Vamos trazer um exemplo: Uma pessoa é muito vaidosa e, durante mui-tas existências, causou sofrimento a si mesma e aos outros por conta dessa vaidade. Deus então a concede uma oportunidade de melhorar esse senti-mento na próxima encarnação. Ficou decidido então que ela teria um filho com dificuldades motoras. Por conta da dedicação integral a esse membro da família, não teve tempo para a vaidade e aprendeu a viver sem ela.

Aqui, podemos colocar o filho e a dificuldade dele como planejamento reencarnatório. E a vaidade seria o seu carma que foi superado, encerrando o ciclo vicioso que estava com ela por tanto tempo.

A verdade é que é muito fácil con-fundir carma com planejamento porque, geralmente, o sentimento que temos é relacionado a alguém. E por conta disso, tem muita gente que vê o outro como uma espécie de calvário, com o pensa-mento: “eu vou ficar aqui sofrendo com

O carma não tem relação com o outro, ele é seu

essa pessoa, porque assim pago minha dívida com ela”. Isso é um caminho pe-rigoso que pode nos levar até a uma doença emocional.

É claro que devemos nos esforçar para superar as diferenças e conviver pacificamente. Mas, não podemos nos prender a alguém só porque acreditamos que ela seja a “nossa salvação”. O carma não tem relação com o outro, ele é seu. E assim sendo, só pode ser cumprido se fizermos uma profunda análise de nós mesmos e por meio dela criar novas ati-tudes de amor, de solidariedade, de res-peito, de paciência e de perdão.

E como fazer isso? Bom, infelizmen-te, não existe uma fórmula mágica. Mas, graças à misericórdia Divina, contamos com o auxílio da Doutrina dos Espíritos. Essa Doutrina de luz que nos dá ferra-mentas maravilhosas e nos apresenta o Evangelho de Jesus. E é por meio do co-nhecimento, da disciplina e da caridade que poderemos nos enxergar como au-tores da nossa própria história, capazes de transformar o carma em aprendizado e assim chegar mais perto da perfeição moral que tanto almejamos.

Keila é do C.E. Cairbar Schutel/Regional Campinas

O TREVO • MAIO/JUNHO 2018 • 17

COLU

NA

AN

DRÉ

LU

IZCARMA E PLANO REENCARNATÓRIO NA PRÁTICA

Paulo Avelino

Sem sombra de dúvida, a codificação kardequiana é síntese sublime no enten-dimento das leis universais

mais, especialmente, as leis da reen-carnação e do carma, todavia, foram as obras de André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, que deu vida, nomes, fa-tos e circunstâncias para uma visão mais plena e compreensível da manifestação, também, dessas leis.

Consultemos mais uma vez as nar-rações do livro Nosso Lar. Apreciemos os casos da reencarnação da Mãe de André Luiz e de Dona Laura.

A mãe de André, espírito de maior evolução, vivia em uma esfera supe-rior e, depois de esgotar possibilidades de resgatar o antigo esposo das zonas espirituais inferiores, ela se dispõem, mesmo não necessitando para si, a uma nova encarnação para em novo consór-cio ajudá-lo. André Luiz procura enten-der o processo, vejamos a transcrição:

Mas, indaguei - como se encontra ele com a senhora? Em espírito?

– Não - disse minha mãe com sig-nificativa expressão fisionômica. Com a colaboração de alguns amigos, localizei--o na Terra, a semana passada, prepa-rando-lhe a reencarnação imediata sem que ele nos identificasse o auxílio dire-to. Quis fugir das mulheres que ainda o subjugam, talvez com razão, e aprovei-tamos essa disposição, para jungí-lo à nova situação carnal.

– Mas isso é possível? E a liberdade individual? Minha mãe sorriu, algo tris-te, e obtemperou:

– Há reencarnações que funcionam como drásticas. Ainda que o doente não se sinta corajoso, existem amigos que o

ajudam a sorver o remédio santo, em-bora muito amargo. Relativamente à li-berdade irrestrita, a alma pode invocar esse direito somente quando compre-enda o dever e o pratique. Quanto ao mais, é indispensável reconhecer que o devedor é escravo do compromisso as-sumido. Deus criou o livre-arbítrio, nós criamos a fatalidade. É preciso quebrar, portanto, as algemas que fundimos para nós mesmos.

Impressionado com o testemunho dela em receber o ex-esposo e, também, as suas duas amantes como filhas para o soerguimento espiritual de todos, André conclui:

Desde aquela hora, minha mãe não era apenas minha mãe. Era muito mais que isso. Era a mensageira do Amparo, que sabia converter verdugos em filhos do seu coração, para que eles retomas-sem o caminho dos filhos de Deus.

Vejamos o caso de Dona Laura. Ela tinha uma folha de serviços pela comu-nidade de Nosso Lar de dezenas de mi-lhares horas e isto lhe facultava acesso a cuidados especiais tanto na prepara-ção do futuro corpo como do suporte durante a vida na crosta. Ainda assim, em diálogo com o Ministro Genésio, ela demonstra seus receios:

– Tenho solicitado o socorro espi-ritual de todos os companheiros, a fim de manter-me vigilante nas lições aqui recebidas. Bem sei que a Terra está cheia da grandeza divina. Basta recordar que o nosso Sol é o mesmo que alimenta os homens; no entanto, meu caro Ministro, tenho receio daquele olvido temporá-rio em que nos precipitamos. Sinto-me qual enferma que se curou de numero-sas feridas... Em verdade, as úlceras não

mais me apoquentam, mas conservo as cicatrizes. Bastaria um leve arranhão, para voltar a enfermidade.

O Ministro esboçou o gesto de quem compreendia o sentido da alegação e revidou:

– Não ignoro o que representam as sombras do campo inferior, mas é in-dispensável coragem e caminhar para diante. Ajudá-la-emos a trabalhar mui-to mais no bem dos outros do que na satisfação de si mesma. O grande perigo, ainda e sempre, é a demora nas tenta-ções complexas do egoísmo.

Os textos falam por si mesmos, mas permitam breves destaques: “misericór-dia quero, não sacrifício” - disse-nos Jesus. A lucidez e o amor da mãe de André mostrando-nos as perspectivas de vida e realização para além do Carma. “Os sãos não precisam de médicos” - disse nos Jesus. O pai de André doente mental sem remédio na espiritualidade é socorrido em nova encarnação, a incúria no uso do livre arbítrio restringiu suas escolhas, mas não lhe furtou o remédio. “Tudo que fizestes a um desses peque-ninos é a mim (Jesus) que fizestes”, a mãe de André atua como um Discípulo de Jesus. “Não vos deixarei órfãos; vol-tarei para vós”. - Jesus; dona Laura servindo no bem maior gerou no pla-no espiritual laços de simpatia e afeto e estes não vão deixá-la soçobrar dian-te de suas próprias imperfeições. É a Fraternidade Nosso Lar atuando na vida de seus membros como o faz a FDJ para conosco.

Paulo é da Casa Espírita Irmão de Assis/Regional Campinas

• O TREVO • MAIO/JUNHO201818

MÍD

IA

Janaína Silva

Ação e Reação foi psicografado por Chico Xavier com autoria de André Luiz e publicado em 1957. Este é um dos trabalhos em homenagem ao centenário do espiritismo, como nos conta Emmanuel em seu prefácio, intitulado “Ante o Centenário”.

Nesta décima obra do autor espiritual ele nos fala da Justiça Indefectível à qual estamos submetidos pela nossa consciência e as regiões inferiores em que ela se projeta por causa da nossa culpa pelos nossos erros. Vemos a importância da vida carnal na restauração destes erros e como isso é um enorme favor divino.

Ele mostra como a justiça divina é muito mais ampla e perfeita que a justiça dos homens. E mostra o espiritismo como ferramenta de esclarecimento a respeito do único caminho de reajuste que é o autoconhecimento e melhoria íntima.

André Luiz narra os laços que unem as nossas vidas atuais com as nossas rea-lizações do passado, “exigindo-nos trabalho infatigável no bem, para a construção do Amanhã, sobre as bases redentoras do Cristo”.

Em 20 capítulos, a obra traz variadas formas de reconstrução do nosso presente e futuro em função de nossas escolhas no passado em situações tais como preparos para o retorno de almas em débito, agravamento de dívidas, débitos estacionários, resgates interrompidos, dívidas aliviadas, resgates coletivos e muitas outras situa-ções individuais e coletivas que povoam a nossa realidade de sempre, nos ajudando a entender a história de nossas vidas e do mundo que nos cerca.

Nesse livro, André e seu companheiro Hilário trabalham com o Instrutor Druso, que é diretor da instituição Mansão da Paz, situada em regiões inferiores e direta-mente ligada ao Nosso Lar.

Por meio de histórias de alguns personagens nos relata dramas de obsessão por causa de culpa e falta de perdão e de como estas energias se refazem com a forma-ção de núcleos familiares de resgate em encarnações posteriores.

Mostra-nos como a culpa pelas faltas nos acompanha em nosso momento de desencarnação, demandando muito tempo de auto compreensão e auto perdão, antes de assumir novos compromissos de recuperar estes erros e de como temos que nos cuidar para resistir aos remorsos que paralisam, contando sempre com o amparo e proteção dos amigos espirituais para isso.

E comprova, exemplificando, que temos oportunidade eterna de educação do nosso espírito com o aprendizado das escolhas e aprimoramento de nosso livre--arbítrio. Nas palavras de Silas, um dos assistentes que administravam a Mansão da Paz:

“Por isso mesmo, recomendava Jesus às criaturas encarnadas: “reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto te encontras a caminho com ele...” É que Espírito algum penetrará o Céu sem a paz de consciência e, se é mais fácil apagar as nossas querelas e retificar nossos desacertos, enquanto estagiamos no mesmo caminho palmilhado por nossas vítimas na Terra, é muito difícil providenciar a solução de nossos criminosos enigmas, quando já nos achamos mergulhados nos nevoeiros infernais.”

E ainda, de Emmanuel no prefácio: “Aí, vemos os princípios de causa e efeito, em toda a força de sua manifestação porque, no uso ou no abuso das reservas da vida que representam a eterna Propriedade de Deus, cada alma cria na própria consciência os créditos e os débitos que lhe atrairão inelutavelmente as alegrias e

A VIDA É RESULTADO DE ESCOLHAS E ATITUDES

Cida Vasconcelos

Ação e ReaçãoAutor: Francisco Cândido Xavier/André LuizPáginas: 303Editora: FEBPara comprar: https://goo.gl/jQYdS9

as dores, as facilidades e os obstáculos do caminho.”

Livro de leitura obrigatória para to-dos que querem se aprofundar no co-nhecimento doutrinário e que desejam entender mais de si mesmos e do mun-do. Por intermédio destes ensinamentos, somos mais capazes de valorizar a vida que temos, os recursos que recebemos, o aprendizado realizado ao longo de mui-tas vidas e nos empenhar no aprovei-tamento de toda oportunidade que se apresente na prática do bem, na com-preensão de nosso próximo e valoriza-ção das tribulações como reconstrução de energias eventualmente desregradas em nosso passado. Além de nos trazer uma revigorante esperança na vida fu-tura a partir da construção de um pre-sente melhor.

Cida é do CE Alvorecer Cristão/Regional São Paulo Centro

• O TREVO • MAIO/JUNHO201822

PÁG

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DIZ

ES CEAE GenebraSão Paulo/SPRegional São Paulo Centro

“O cristão é chamado a servir em toda parte”.

Sou chamada a servir, porém, de-clino, sinto culpa, me julgando incapaz para a tarefa. Hoje propus me livrar de desculpas e auxiliar mais o próximo nas mais diferentes situações, só assim es-tarei exemplificando os ensinamentos de Jesus e servindo à Deus.

Meirimar Hidalgo - 128ª Turma

Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho Barão GeraldoCampinas/SPRegional Campinas

“O seu mau humor não modifica a vida”.

Meu mau humor tem raízes no or-gulho, perfeccionismo e falta de aceita-ção de mim mesmo, do outro e da vida como ela é. São entraves, pois nada que eu não aceite posso modificar. Acredi-to que sejam estratégias conservadoras que impedem a evolução.

Guaracy Almeida - 12ª turma

Grupo Fraternidade CristãSão Paulo/SPRegional São Paulo Oeste

“A paz é uma conquista íntima do Es-pírito em prova”.

Era arrogante, prepotente e agres-siva, porém, isso me incomodava pelo remorso e cobrança que depois sentia. Hoje na EAE aprendo a importância do autoamor, autoaceitação, respeito, posso ser uma pessoa melhor. A luta continua e a estrada é longa.

Silvia Martins - 42ª turma

Grupo Espírita RazinSão Paulo/SPRegional São Paulo Centro

“Diante da noite não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume”.

Hoje compreendo que sou a única responsável pelos meus atos e minhas escolhas. Diante das dificuldades não adianta lamentar ou buscar culpados. Com autoamor e respeito, estou no caminho do autoconhecimento e da verdade.

Valeska Coelho de C. Viana - 67ª turma

CEAE SantosSantos/SPRegional Litoral Centro

“Como entendo a Fraternidade dos Discípulos de Jesus?”.

São pessoas que através de uma escola iniciática são despertadas para o ideal de servir. Com conhecimentos evangélicos usados na reforma íntima para a transformação moral. O Evange-lho nos ensina a caridade pelo amor e que não fazemos escolhas, basta servir.

Rose Gonzalez e Gonzalez - 37ª turma

Fraternidade Espírita IsmaelSanto André/SPRegional ABC

“A sua irritação não solucionará pro-blema algum”.

Na EAE, aprendi que vivenciando uma situação onde perco o controle, devo restabelecer a calma, conversar com meu mentor e pedir forças. Ainda é difícil, mas procuro pensar e com cal-ma colocar em prática os ensinamentos de Jesus.

Gabriele Aparecida Volpi - 31ª turma

Fraternidade Paulo e EstevãoSão Bernardo do Campo/SPRegional ABC

“Sem desprendimento dos mundos materiais não pode haver ascensão es-piritual”.

O desprendimento da famí-lia, amigos, bens materiais, traba-lho... ainda é difícil e exige muito esforço pessoal e compreensão de que nada temos de nosso. Na mi-nha caminhada espiritual tenho lu-tado pela minha ascensão espiritual.

Francisca Machado Ramos - 12ª turma

CEAE BarretoBarretos/SPRegional Ribeirão Preto

“Nas lutas habituais, não exija a edu-cação do companheiro, demonstre a sua”.

Antes atacava pessoas mal-edu-cadas ou grosseiras da mesma forma ou ainda mais agressiva. Com os en-sinamentos da EAE procuro ser mais ponderado, analisar melhor a situação da pessoa procurando não ferir ainda mais.

Marcos Ragassi - 9ª turma

Fraternidade Espírita Evangelho da LuzSantos/SPRegional Litoral Centro

“Nas lutas habituais, não exija a edu-cação do companheiro, demonstre a sua”.

Estamos sempre esperando trata-mento igual ao que damos para o ou-tro, mas nem sempre esta é a realidade. Aprendo na EAE que preciso fazer com consciência a minha parte mesmo que não seja tratada da mesma maneira.

Iara dos Santos Cruz - 2ª turma