dialogismo e intertextualidade na construÇÃo do gÊnero artigo de opiniÃo
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Comunicação apresentada por Eliane Pereira dos Santos no I COGITE - Colóquio de estudos sobre gêneros & textos - realizado pelo Grupo CataphoraTRANSCRIPT
DIALOGISMO E INTERTEXTUALIDADE NA CONSTRUÇÃO DO GÊNERO
ARTIGO DE OPINIÃO
ELIANE PEREIRA DOS SANTOS-UFPI-MEL
• OBJETIVO: Analisar a importância das relações dialógicas e intertextuais na construção argumentativa do artigo de opinião
“Cada enunciado é pleno de ecos e ressonâncias de outros enunciados com os quais está ligado pela identidade da esfera de comunicação discursiva. Cada enunciado deve ser visto antes de tudo como resposta aos enunciados precedentes[...](BAKHTIN, 2006,pg. 297)
‘Intertextualidade stricto sensu é aquela marcada pela presença material de um intertexto em um outro texto”
(koch e Elias, 2008)
COMO SE DÁ A INTERAÇÃO AUTOR/TEXTO/LEITOR NA ESFERA
JORNALÍSTICA?
A INTERTEXTUALIDADE STRICTO SENSU É A INCLUSÃO PASSIVA DE UM TEXTO EM OUTRO?
• CHANCELA PARA A IGNORÂNCIA
• (Lya Luft- revista Veja)
Esse titulo me foi dado por Alexandre Garcia, no programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo: ele certamente não se importará com esse pequeno “furto” de seu talento. Referia-se ao tema que, mais do que me preocupar , me causa escândalo e assombro.” Um livro didático aprovado pelo Ministério da Educação e incluído entre os livros comprados pelo Programa Nacional do Livro Didático [..]
Alexandre Garcia- Bom dia Brasil
(intertexto)
[...]A China que há poucos anos estava atrás do Brasil, sabe para onde quer ir, está indo a razão de 10% no ano do PIB , com educação rígida e tradicional, competitiva e premiando o mérito. Por aqui com a chancela para ignorância que felicita, estamos apontando para o sentido contrario.”
Qual a influência do jornal ou revista sobre a construção argumentativa do
artigo de opinião?
Figura 01: Constituição Brasileira. (Fonte: Revista Veja. nº 21, 25 maio. 2011
QUAIS ESTRATÉGIAS O ARTICULISTA USA PARA MOSTRAR EM SEU DISCURSO OUTRAS
VOZES?
Polêmica velada
“Pois uma das ideias seria não submeter os alunos menos informados - isto é, os que devem aprender, como todos nós - a nenhum "preconceito" porque falam e escrevem errado. Portanto, nada de ensinar nada a ninguém, ou ele se sentirá humilhado em vez de estimulado a melhorar. O mais indicado seria poupar o dinheiro e fechar as escolas.
(Lya Luft)
ironia
[...] Ou, coroada a ignorância, as futuras gerações , livres da escola e do dever de crescer, escreverão e falarão sempre achando naturais e boas coisas como” os home espera, “nós achemo”, As mulher precisa. (ou “percisa” seria melhor?)
(Lya Luft)
Intertexto(frases do
livro didático)
“Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado.” “nós pega o peixe”
negaçãoPOLÊMICA OU IGNORÂNCIA?
• Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, assim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. [...] Da mesma forma nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguisticas mais distantes da norma urbana de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua.
”Marcos Bagno(revista Cartacapital)
)
aspas
“ O mais divertido [...] é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa” , no exato momento em que defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente.”
Carlos Monforte
Marcos Bagno
Como é que fica então as concordâncias
E as concordâncias, como é que ficam , então?
CONCLUSÃO• Os aspectos da dimensão verbal do artigo
de opinião são resultado da dimensão social
• O gênero artigo de opinião é resultado da parceria entre articulista, ouvinte e esfera jornalística
• O gênero artigo de opinião surge como resposta a outros textos(orais ou escritos)