diario de campo

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DIÁRIO DE CAMPO Instituto de Educação Curso Normal – Didática Geral Ana Felicia/2013

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especificidades na sistematização de dados

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  • DIRIO DE CAMPOInstituto de EducaoCurso Normal Didtica GeralAna Felicia/2013

  • A ela, hoje, dedicamos nossos estudos.

  • O Despertar e as Inspiraes Iniciais

  • chamado de dirio de campo o instrumento mais bsico de registro de dados do pesquisador.

    Inspirado nos trabalhos dos primeiros antroplogos que, ao estudar sociedades

    longnquas, carregavam consigo um caderno no qual eles escreviam todas as observaes,

    experincias, sentimentos, etc, [...] um instrumento essencial do pesquisador.

    (VCTORA,2000)

  • DIRIO DE CAMPO

    * Consiste num Instrumento de Anotaes, um caderno com espao suficiente para anotaes, comentrios e reflexo, para uso individual do investigador no seu dia a dia

    * Nele se anotam todas as observaes de fatos concretos, fenmenos sociais, acontecimentos, relaes verificadas, experincias pessoais do investigador, suas reflexes e comentrios.

    * Ele facilita criar o hbito de escrever e observar com ateno, descrever com preciso e refletir sobre os acontecimentos.

  • * Oriundo do Campo da Antropologia e amplamente utilizado em Pesquisas Etnogrficas.REGISTRA-SE:

    * Retrato dos sujeitos (aparncia, maneira de vestir, modo de falar e agir, particularidades dos indivduos);* As vises de mundo do observado (grau de religiosidade, valores, elementos culturais ligados ao processo de trabalho, de sade ...);* Reconstruo do dilogo (palavras, gestos, expresses faciais, pronuncias);* Descrio espao fsico (desenho espao, moblia);* Comportamento do observador (aspectos que possam interferir na coleta de dados);* Descrio de atividades (detalhamento);* Relatos de acontecimentos (forma como aconteceram e natureza das aes).

  • * No h necessidade de serem registradas apenas observaes, interpretaes e concluses individuais, mas convm relatar individualmente tambm os resultados das discusses que venham ocorrendo [...]

    (Falkembach, 1987)

  • DIRIO DE CAMPO REFLEXIVO

    Apreende o ponto de vista do observador, suas percepes, suas idias e preocupaes.

    * As notas analticas correspondem s reflexes pessoais: idias , percepes e sentimentos surgidos durante a ao , nos contatos formais e informais, registrados ao vivo ou mais imediatamente possvel em forma de breves lembretes e posteriormente atravs de anotaes mais elaboradas.

  • Sistematizao do Dirio de CampoSistematizao do Dirio de Campo

    Dirio da observaoDirio da observao *anotaes breves, datadas e localizadas; *anotaes de impresses e descries;*quem, onde, como, quando, o que aconteceu.

    Dirio da pesquisa * questionamentos levantados a partir da observao e o desenvolvimento de anlises que serviro para orientar a observao (decidir quem ou o que ser observado posteriormente) e,

    sobretudo dar incio ao plano de redao do relatrio da pesquisa; * questes, hipteses, dvidas, leituras, etc.

    BEAUD, WEBER, 1998BEAUD, WEBER, 1998

  • Dirio dos Fazeres:

    * Plano de trabalho concreto refletido sobre o Dirio de Observao e de Pesquisa* Objetivo Geral claro e definido* Objetivos Especficos como desdobramentos do Geral ( se necessrio)* Atividades voltadas para atingir os objetivos* Estratgias Metodolgicas de acordo com as atividades e objetivo(s)* Avaliao no dia, nos momentos de trabalho, sobre a aula em si, dos saberes presentes,nos desenvolvimentos localizados, sobre atitudes pedaggicas mediadoras e observadas GUEDES TRINDADE, 2011.

  • GUEDES TRINDADE, 2011

    Dirio da Experincia de Saber Feito:

    * Escrita livre sobre o vivido, o experimentado, o sentido, em forma de texto descritivo, narrativo, dissertativo, prosa potica ou como sua autoria permitir e desejar, desde que seja registrado o processo na sua inteireza, com as reflexes mais profundas e essenciais, interpretando o observado e desvelando os prximos desafios .

  • DICAS PARA O PROFESSOR-PESQUISADOR:

    * no adiar a tarefa;* registrar antes de falar para no confundir;* escrever as anotao e em lugar sossegado e tranqilo;* dar-se tempo para escrever as notas;* esboar frases-chaves e tpicos antes de comear a escrever;* escrever de forma cronolgica;* deixar as conversas e acontecimentos flurem no papel;* acrescentar o que foi esquecido na primeira escrita;* compreender que esse mtodo trabalhoso e demanda tempo, mas traz uma riqueza mpar para o processo educativo.

    ( BOGDAN, BIKLEN, 1994)

  • [...] os fatos devem ser registrados no

    Dirio de Campo o quanto antes, se possvel

    Imediatamente depois de observados, Caso

    contrrio, a memria vai introduzir elementos

    que se deram; e a interpretao reflexiva, no

    se separa de fato concreto, vir freqentementea deturp-lo. (FALKEMBACH, 1987)

  • Segundo Telma de Lima, Regina Mioto e Keli Pr, o dirio:

    um documento que apresenta tanto um carter descritivo analtico, como tambm um carter investigativo e de snteses cada vez mais provisrias e reflexivas, ou seja, consiste em uma fonte inesgotvel de construo, desconstruo e reconstruo do conhecimento profissional e do agir atravs de registros quantitativos e qualitativos. (p. 3, 2007.)

    Quanto ao que deve ser anotado no dirio de campo:* a observao do processo de trabalho* o meio fsico e social, * a descrio de como realizado o atendimento, * os tipos de relaes geradas entre os sujeitos envolvidos no processo, * o registro das condies tcnicas, fsicas e materiais, * os conflitos e correlaes de fora, * os contatos e limites institucionais, as vises de mundo que perpassam o ambiente observado e a forma como esto organizados os grupos locais, (estando este investigador pautado em construes terico-metodolgicas e por um compromisso tico-poltico que direcione a anlise e sistematizao dessa realidade.)

  • BIBLIOGRAFIA:

    BOGDAN, R.C.; BIKLEN, S.K. Notas de campo. In BOGDAN, R.C.; BIKLEN, S.K. Investigao qualitativa em educao - uma introduo teorias e aos mtodos. Porto: Porto Editora, 1994. P.150-175. FALKEMBACH, Elza Maria F. Dirio de campo : um instrumento de reflexo. In: Contexto e educao. Iju, RS Vol. 2, n. 7 (jul./set. 1987), p. 19-24GERHARDT,T.E.; LOPES, M.J.M.; ROESE, A.; SOUZA, A. A construo e a utilizao do dirio de campo em pesquisas cientficas. International Journal of Qualitative Methods. 2005.GUEDES TRINDADE, Ana Felicia. Das Pontes Mediadoras de Aprendizagens aos Dirios de Aulas.SIPASE PUC/RS.2011. LIMA, Telma Cristiane Sasso de, et al. A documentao no cotidiano da interveno dos assistentes sociais: algumas consideraes acerca do dirio de campo. Revista Texto & Contextos. Porto Alegre v. 6 n. 1 p. 93-104. jan./jun.2007.VCTORA, C,G. et al. Pesquisa Qualitativa em Sade: introduo ao tema. Porto Alegre: Tomo Editora, 2000Seminrio sobre Documentao e Dirio de Campo, Documentao e Dirio de Campo,2010,UFRJ.

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