diário do comércio - 24/07/2014

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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 1 7 0 São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2014 Conclusão: 23h40 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.170 R$ 1,40 Página 4 Os primeiros 40 corpos de vítimas do avião derrubado na Ucrânia chegaram à Holanda, tomada pelo choque e pela dor (193 dos 298 mortos são holandeses). Pág.8 Angustiante fila de mortos do voo MH17 Marco de Swart/Reuters Em Taiwan, 47 morrem na queda de avião da Transasia. Na Ucrânia, separatistas derrubam dois caças militares. Pág. 8 Caem mais três aviões Alexander Gesrt/Nasa Esta é a foto mais triste que já tirei O astronauta Alexander Gerst avistou o inferno em Gaza e Israel da Estação Espacial. Mísseis e explosões compõem a foto que tuitou. Pág. 9 Arnaldo Carvalho/Ag. O Globo- 04/07/07 O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna morreu aos 87 anos, devido a complicações após AVC. Pág. 12 A última pedra do reino de Suassuna ACVarejo: novo índice monitora o comércio. Associação Comercial de São Paulo cria novo índice de desempenho do varejo paulista, com análise de cada segmento. Pág. 13 A lição dos primatas. No cinema. Estreia Planeta dos Macacos: O Confronto . Show de efeitos especiais e mensagens pacifistas. Em cartaz, ainda (com disputa acirrada de ingressos), a peça A Velha: no palco, Dafoe e Baryshnikov. Pág. 11 Divulgação Parlamentarista, candidato do PV à Presidência promete corte geral em Brasília. Pág.7 Eduardo Jorge, candidato a premiê. Comitê inclui coordenação para os evangélicos, com Kassab. Pág.5 Candidata Dilma, à evangélica. BRASIL SE MANIFESTA: TIRA SEU EMBAIXADOR DE ISRAEL.

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Ano 91 - Nº 24.170 - São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2014

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Page 1: Diário do Comércio - 24/07/2014

ISSN 1679-2688

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Ano

91

- Nº 2

4.17

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1,4

0

Página 4

Os primeiros 40corpos de vítimas

do aviãoderrubado na

Ucrânia chegaramà Holanda, tomada

pelo choque epela dor (193 dos

298 mortos sãoholandeses).

Pág. 8

Angustiantefila de mortosdo voo MH17

Mar

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art/

Reut

ers

Em Taiwan, 47morrem naqueda de aviãoda Transasia.Na Ucrânia,s e p a rat i s t a sder rubamdois caçasmilitares. P á g. 8

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Esta é a foto mais triste que já tireiO astronautaAlexander Gerstavistou o infernoem Gaza e Israelda EstaçãoEspacial. Mísseis eex p l o s õ e scompõem a fotoque tuitou. Pág. 9

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O escritor ed ra m at u rg o

Ariano Suassunamorreu aos 87anos, devido acomplic ações

após AVC. Pág. 12

A últimapedra doreino de

Suassuna

AC Va r e j o :novo índicemonitora oc o m é r c i o.

Associação Comercial de São Paulocria novo índice de desempenho

do varejo paulista, com análise decada segmento. Pág. 13

A lição dosprimatas. No cinema.

Estreia Planeta dos Macacos: OCo n f ro n to . Show de efeitos especiais

e mensagens pacifistas. Em cartaz,ainda (com disputa acirrada de

ingressos), a peça A Velha: no palco,Dafoe e Baryshnikov. Pág. 11

Divulgação

Par lamentar ista,candidato do PV à

Presidência prometecorte geral emBrasília. Pág. 7

EduardoJ o r g e,

candidatoa premiê.

Comitê incluicoordenação para os

evangélicos, comK assab. Pág. 5

CandidataDilma, à

eva n g é l i c a .

BRASIL SEM A N I F E S TA :TIRA SEUE M BA I X A D O RDE ISRAEL.

Page 2: Diário do Comércio - 24/07/2014

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

A ARGENTINA EM E ST A G F L A Ç Ã O

Anibal Greco/The New York Times

O governo argentino, ao pretender inovar em matéria de política econômica, é o principal causador das mazelas do país.Roberto Fendt

A inflação argentina foi maquiada pelo governo para parecer mais baixa do que era.

OC o n g re s s o

Nacional aprovou

o projeto de lei

que entrará em

vigor a partir de janeiro do

próximo ano, que modifica

e amplia a Lei Geral da Micro

e Pequena Empresa. A

principal medida contida

nessa nova lei é a inclusão

de muitos outros segmentos

nos mecanismos do Simples,

baseada no princípio de

que o que caracteriza a

micro ou a pequena empresa

é o valor de seu faturamento

e não o setor no qual atua.

Foi a vitória de um trabalho

persistente, que contou com

a liderança do ministro da

Micro e Pequena Empresa e

com a participação da Frente

Parlamentar Mista da MPE,

do Sebrae e das entidades de

classe empresariais, dentre

as quais as associações

comerciais de todo o País.

Além da inclusão de

outros setores, a nova

lei, que vem sendo

chamada de Super Simples,

contém diversos dispositivos

destinados a simplificar

a abertura e o fechamento

de empresas, com o

cadastro único, e reduzir

a burocracia para os

empreendimentos de menor

porte em relação à obtenção

do alvará e de licenças.

Ela subordina a exigência

de novas obrigações

tributárias e acessórias ao

Comitê Gestor do Simples

Nacional; propõe incentivos e

facilidades para a exportação

de bens e serviços e

estabelece a fiscalização

orientadora para as MPEs,

com o critério da "dupla

visita", entre outras medidas.

Merece destaque

a limitação

estabelecida para

a substituição tributária,

que será aplicável a apenas

49 produtos, nos termos da

lei aprovada em abril deste

ano. Isso representa um

importante avanço, pois

esse sistema neutralizava

muitos dos benefícios do

Simples, uma vez que as

empresas não podiam

se creditar dos impostos

pagos nas fases anteriores.

A aprovação da nova

Lei Geral, no entanto, não

encerra a luta de todos os que

se empenharam até agora

Ainda falta muito a ser

feito, mas um passo foi

dado na caminhada

para facilitar

a atividade empresarial,

gerando empregos, renda

e contribuindo para o

crescimento do País.

ROBERTO FENDT

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.

FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

pela sua aprovação. Isso

porque existem pontos que

precisam ser modificados

no texto atual e outros que

precisam ser acrescidos.

Muitos setores incluídos

agora no Simples estão

sujeitos a diferentes faixas de

tributação, sendo que, para

alguns deles, os percentuais

fixados nas seis tabelas

limite. Atualmente, ao

ultrapassar o limite, mesmo

por um valor mínimo, as

empresas saem do Simples

para o complexo – embora

não tenham ainda a

musculatura necessária para

enfrentar o manicômio fiscal

e burocrático. Isso acaba

desestimulando as empresas

de crescer ou a buscar

caminhos alternativos,

com o desmembramento,

que sempre implica perda

de eficiência.

Talvez o estabelecimento

de degraus para o aumento

da tributação e das

exigências burocráticas

fosse uma alternativa, ou

a de se dar um prazo para as

empresas que ultrapassarem

o limite continuarem no

SIMPLES, dando tempo para

que elas se capitalizem

e criem condições para

cumprir todas as exigências

da legislação comum.

Independentemente da

inclusão dos novos setores e

da ampliação dos benefícios

da Lei Geral, não se pode

ignorar a necessidade de

continuar trabalhando para a

redução da burocracia e a

racionalização da tributação,

pois é elevado o custo

enfrentado pelas empresas

e pelo próprio setor público,

resultante da situação atual.

O mais grave é que se

trata de um desperdício de

recursos, tanto humanos

como financeiros, dos quais

o País tanto carece, sem

produzir qualquer benefício.

AFACESP e a ACSP,

com apoio de diversas

entidades, elaborou

estudo sobre a burocracia,

entregue à presidente Dilma

Rousseff, no qual se constata

a superposição de exigências

entre os três poderes,

ou mesmo entre órgãos de

um mesmo poder, com

sugestões detalhadas das

medidas necessárias para

eliminá-las – desde os

textos de projetos de lei,

de decretos e de atos

normativos para esse fim.

Ainda falta muito a ser

feito, mas um passo foi dado

na caminhada para facilitar

a atividade empresarial, para

que as empresas possam

continuar a gerar riquezas,

oferecer emprego e renda

e contribuir para o aumento

do bem estar da população.

constantes da Lei

representam aumento

da tributação, que reduzem

ou anulam os demais

benefícios da legislação.

Mas o principal ponto

a ser equacionado

é o estabelecimento

de um mecanismo gradativo

de saída das empresas, na

medida em que atinjam o

Na última terça-feira

discuti aqui mesmo,

nesse espaço,

se estaríamos entrando no

Brasil em um processo de

estagflação – aquela

situação em que convivem

uma recessão econômica

com inflação em alta.

Concluí então que não

era esse o caso, mas que o

risco aumentaria se a

política fiscal continuasse

expansionista e a

política monetária não se

tornasse conservadora o

suficiente para impedir a

aceleração da inflação.

Infelizmente não é

essa a situação no nossa

vizinha Argentina. Lá,

o PIB despencou, e a

inflação medida de forma

correta já beira os 40%.

Se alguém acha que

não é tão alta assim,

recorde-se que não há

mecanismos de correção

automática para a

perda do poder de compra

da moeda. Seus efeitos

são destrutivos para a

renda do trabalhador e o

planejamento empresarial.

Se não bastassem

uma economia parada

e uma inflação galopante

– o que caracteriza a

estagflação clássica – o u t ro s

problemas se somam a

esses. Recentemente, o ex-

ministro Roberto Lavagna,

homem sério e respeitado,

conhecido por nós

como negociador do acordo

de complementação

econômica da década de

1980, que deu origem mais

tarde ao Mercosul, apontou

que a Argentina pagou a

tempo e hora o acordado na

reestruturação de sua dívida

externa com os credores do

país. Não importa se 93%

dos credores aceitaram

renegociar a dívida

Argentina recebendo um

percentual pequeno do que

foi originalmente pactuado.

Acordo é acordo e não

cabem

re c l a m a ç õ e s

a

posteriori.

O c o rre ,

contudo,

que 7%

dos

c re d o re s

não

aceitaram

as

condições

impostas

pela

A rg e n t i n a

e foram à

justiça – no

caso, ao

foro de

Nova York,

onde se

dirimiu o

conflito

entre as

partes. Esses 7%

dos credores obtiveram

ganho de causa e o

direito de receber o valor

integral dos títulos que

possuem. E, a menos

que o pagamento seja

efetuado, não será possível

à Argentina continuar

pagando o acertado na

reestruturação da dívida

aos 93% credores restantes.

Anotícia é péssima para a

Argentina, já que veda

completamente o acesso do

país ao mercado

internacional de capitais. A

rigor, fecha de vez o pouco

acesso que lhe restava,

depois de haver imposto à

maioria dos credores uma

reestruturação em condições

draconianas –um corte de

70% do valor devido.

No interregno, o casal

Kirchner praticou uma

política econômica

totalmente danosa aos reais

interesses do país. Para citar

apenas algumas dessas

políticas, a segurança

jurídica foi rompida com

seguidas quebras de

contratos; investimentos

estrangeiros foram

desapropriados; a renda do

Essa "nova matriz

econômica" não está

somente arruinando aquele

país. O que está em risco

agora é o sistema de

transferência de recursos,

através de investimentos,

para os países emergentes.

Está em risco também

o próprio financiamento de

balanços pagamentos

desses países em

momentos

de crise.

Alguns

a f i rm a m

que os

fundos que

adquiriram

os títulos

no mercado

secundário

de dívidas

atuaram

como

" a b u t re s " ,

comprando

por preços

d e s p re z í v e i s

os ativos

a rg e n t i n o s ,

para agora

exigir o

pagamento

integral dos

papéis. O

a rg u m e n t o ,

obviamente, não se

sustenta. Quem

desvalorizou os títulos foi

o próprio governo

argentino, com suas

políticas econômicas

heterodoxas e falidas. Além

disso, nada impedia que o

próprio emissor dos títulos

os comprasse, por assim

dizer, na bacia das almas,

beneficiando-se dos efeitos

de suas políticas deletérias.

Esse evento coloca em

questão a necessidade de

encontrar um arcabouço

legal que permita que países

que involuntariamente

experimentem crises

em seus balanços de

pagamentos possam

refinanciar suas dívidas e

continuar crescendo – e

criando assim, portanto, as

condições para voltar a ser

solventes e bons pagadores.

Não estou seguro que

seja o caso da Argentina

atual. Esse governo,

ao pretender inovar em

matéria de política

econômica, é o principal

causador das mazelas

por que passa o país.

Resta torcer para

que se encontre

rapidamente uma solução

para o impasse criado pela

decisão da corte de

Nova York. O prazo é curto,

termina no final de julho.

A falta de solução implicará

maiores dificuldades

entre credores e devedores

de terceiros países,

que nada têm a ver com

os problemas argentinos.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

A tudo isso se soma

o fato de que, em 2001, a

Argentina suspendeu

unilateralmente o

pagamento de uma dívida

de US$ 100 bilhões, ficando

quatro anos sem pagar

nada – caso típico de um

calote – e somente voltou a

falar com os credores para

propor uma renegociação

da dívida em 2005.

campo expropriada com

impostos vis, incidentes

sobre a exportação de

grãos e carne; índices

de preços foram

grosseiramente falsificados

para esconder da

população a real inflação;

a independência legal

do Banco Central da

República Argentina foi

amesquinhada.

NOSSA POSIÇÃO

Page 3: Diário do Comércio - 24/07/2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Refor mai m p o s s í ve l

O BRASIL E OS ESPORTES

E X P L O S Ã O D A D E S P E S A P Ú B L I C A P R O V O C A U M C Í R C U L O V I C I O S O .

Não é possívelfazer a

apregoadareforma para

aliviar a car gatributária no

Paísse o tamanho doEstado é cada

vez maior.

É necessário que

não apenas o governo,

mas também o povo

volte os olhos

para as demais

modalidades esportivas.

O futebol não deve ser

nossa única referência.

SAMIR KEEDI

KIYOSHI HARADA

Abandeira da reforma

tributária vem sendo

agitada frequente-

mente por políticos

oportunistas que não têm von-

tade política, nem o menor in-

teresse em fazê-la. Há mais de

15 anos escrevi um artigo ("O

mito da reforma tributária")

demonstrando a sua falácia, o

que revela que esse discurso é

bem velho. Mas seus astutos

veiculadores apresentam co-

mo algo novo e criativo a ideia

de simplificar o sistema tribu-

tário vigente e baixar o nível

de tributação.

Falar em simplificar o siste-

ma tributário e em tornar nos-

sos produtos competitivos,

enquanto se despeja diaria-

mente instrumentos normati-

vos truculentos para aumen-

tar a eficiência da arrecada-

ção a qualquer custo, revela

cinismo ou desfaçatez. Cente-

nas de normas subalternas à

Constituição são editadas

com incrível frequência e com

crescente sadismo burocráti-

co, fazendo com que empre-

sariado perca 2.600 horas

anuais só para cumprir as obri-

gações tributárias.

Disso resultou o rebaixa-

mento do Brasil no ran-

king mundial de com-

petitividade, perdendo no âm-

bito do Brics para a África do

Sul e na esfera da América La-

tina para o México.

Toda vez que se elabora um

projeto de reforma tributária,

isso acaba resultando em um

miniprojeto criando ou au-

mentando tributos. Assim sur-

giram a extinta CPMF, a CIDE,

o PIS-PASEP/COFINS sobre im-

portados; intensificaram-se

as remexidas imotivadas por

decreto nas alíquotas do IOF

nas suas quatro modalidades

de tributação; multiplicaram-

se as hipóteses de retenção do

tributo na fonte que, muitas

vezes, representam imposto

novo e inventou-se a mais obs-

cura, complexa e confusa tri-

butação não cumulativa do

PIS-COFINS, que logo no pri-

meiro mês de vigência bateu

recorde de arrecadação.

Foi assim que a carga tribu-

tária, que no início da década

de 90 estava em torno de

21,5% do PIB, cresceu até che-

gar aos 37,5% de hoje.

Nenhuma proposta de

reforma tributária po-

deria prosperar, por-

que ninguém a quer. A última

proposta de reforma tributá-

ria, a representada pela PEC

n° 233/08 , assim que logrou o

objetivo real de prorrogar a

DRU por mais de 4 anos foi logo

engavetada.

É que não há como fazer a

apregoada reforma para ali-

viar a carga tributária se o ta-

manho do Estado cresce cada

vez mais. Antes eram 16 mi-

nistérios; hoje são 39 e outras

tantas secretarias, muitas

com status ministerial, fazen-

do com que o Estado não mais

caiba dentro do PIB.

Esses órgãos superpostos e

muitas vezes inúteis, acomo-

dam milhares de servidores

comissionados que ultrapas-

sam o número de concursa-

dos. Esses servidores de con-

fiança que se renovam a cada

governo causam duplo dano:

de um lado, seu despreparo

técnico emperra a administra-

ção pública; de outro, sua in-

submissão ao princípio do

controle hierárquico, devendo

obediência apenas à pessoa

responsável pela sua nomea-

ção, faz com que em sua atua-

ção se distanciem dos princí-

pios da legalidade, da morali-

dade, da impessoalidade, da

publicidade e da eficiência

que regem a administração

públ ica direta e indireta.

E ainda provocam um terceiro

efeito negativo, desestimu-

lando os servidores efetivos,

relegados para abrigar os no-

meados.

Um país com R$ 2,5 tri-

lhões de dívida pública

representando 60% do

PIB não tem como diminuir a

carga tributária. Por isso, em

matéria de juros o Brasil só

perde para a Grécia. E o pior é

que o crescimento da dívida,

por conta da bomba de efeito

retardado armada nos idos de

2008, quando se zerou a nossa

dívida externa, vem superan-

do duas vezes e meia o cresci-

mento do PIB, o que fará com

que em poucos anos o endivi-

damento chegue a 100%.

Nesse cenário, como falar

em baixar o nível da imposição

tributária?

Sem conter os fantásticos

gastos públicos, não há como

diminuir os tributos, que só

tendem a aumentar, até mes-

mo nas hipóteses de supostas

desonerações fiscais. Qual o

efetivo benefício que essa po-

lítica fiscal trouxe ao empresa-

riado em geral, cuja produção

está encolhendo?

Para manter ou aumentar a

carga tributária, instrumen-

tos normativos dúbios e nebu-

losos são diariamente despe-

jados com o objetivo de, por

meio de coação indireta, au-

mentar a receita compulsória,

onde as multas tributárias, às

vezes, rendem mais que o

principal. Não é por outra ra-

zão que a Suprema Corte está

tentando construir um critério

uniforme de mensuração des-

sas multas, fundado no princí-

SXC

pio da razoabilidade e da pro-

p o rc i o n a l i d a d e .

Esse mesmo Congresso

que aprova uma legisla-

ção truculenta impondo

sanções políticas para induzir

a satisfação de tributos impa-

gáveis à luz do princípio de ca-

pacidade contributiva é o que

vem aprovando a cada 4 anos

a prorrogação da DRU, que re-

tira 20% de toda a arrecada-

ção tributária da União do âm-

bito da fiscalização e controle

que incumbe ao Parlamento

exercer com o auxílio do TCU.

O Executivo, em lugar de

gastar conforme prescrição

legal expressa na LOA, passa a

gastar à sua discrição esses

20% da receita tributária que

h o j e c o r r e s p o n d e a R $

232.826.417.094,40 bilhões.

É muito dinheiro fora de con-

t ro l e !

Por tudo isso não comungo

com a opinião de alguns estu-

diosos que imputam às despe-

sas com os serviços da dívida a

responsabilidade pelo atual

nível de imposição tributária.

Adívida pública surge co-

mo efeito dos gastos

desmesurados, não fis-

calizados e controlados pelos

órgãos competentes. É certo

que para pagar os encargos da

dívida é preciso aumentar a

arrecadação. Enfim, a explo-

são da despesa pública provo-

ca um círculo vicioso de cau-

sas e efeitos.

A amortização e o paga-

mento de juros da dívida públi-

ca consomem mais de 40% do

orçamento. Se examinarmos

o orçamento da União de

2 0 1 4 , d o t o t a l d e R $

2.488.853.320.708,00 tri-

lhões verifica-se a título de

despesas com juros o valor de

R$ 405.302.135.089,00 bi-

l h õ e s , c e rc a d e 1 6 , 2 8 %

q u e s o m a d a s a o s R $

654.746.947.069,00 bilhões

para amortização, cerca de

26,30% do orçamento, perfaz

em total de 42,58% da receita

pública global. Como a folha

consome o equivalente a gas-

tos com o serviço da dívida

(amortização e pagamento de

juros) pouco resta para o Esta-

do cumprir os seus fins.

E há um dado interessante

que revela preferência dos go-

vernantes quanto ao paga-

mento de juros da dívida públi-

ca, passando por cima de ou-

tras prioridades reclamadas

pela sociedade. As dotações

concernentes ao pagamento

dos serviços da dívida são

exauridas até o último centa-

vo, quando não suplementa-

das, a exemplo das concer-

nentes às despesas de pes-

soal. Em contrapartida, as do-

tações referentes à saúde,

educação etc. são executadas

somente parcialmente, mes-

mo havendo vinculação cons-

titucional expressa.

Suas verbas são remane-

jadas para outras dota-

ções cujas despesas

dão mais visibilidade à ação

governamental; outras vezes,

são direcionadas para fins não

previstos na LOA. As verbas

concernentes a dotações de

investimentos são as mais sa-

crificadas. Até parecem mais

verbas de contingenciamento

do que aquelas destinadas à

execução de obras de duração

continuada. Resulta disso tu-

do que o País não dispõe de in-

fraestrutura suficiente para

suportar o desenvolvimento

econômico: faltam energia

elétrica, água, rodovias, es-

tradas vicinais e instalações

aereoportuárias adequadas.

* A versão integral do texto podeser vista na versão web do jornal:

w w w. d c o m e r c i o . c o m . b r

KI YO S H I HA R A DA É J U R I S TA ,COM 28 OBRAS P U B L I C A DA S ,

SÓCIO F U N DA D O R DO ESCRITÓRIO

HA R A DA ADVO G A D O S ASSOCIADOS

E EX-PRO C U R A D O R CHEFE DA

CO N S U LTO R I A JURÍDICA DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAU L O.K I YO S H I @H A R A DA A DVO G A D O S .

COM.BR

Já virou passado a mais

vexaminosa derrota do

escrete canarinho em

todos os tempos. Isso se

algum dia se tornar passado.

Sabemos que a derrota de

1950 sempre está presente

e o seria pelos séculos e

séculos não fosse a Copa

de 2014. Perto desta, a Copa

de 1950 passou a ser uma

brincadeirinha que poderá

ser esquecida. Primeiro

porque naquela perdemos

de 2 x 1. Segundo, porque

disputamos a final e fomos

vice-campeões.

Nesta, fizemos um

papel ruim nas fases

anteriores, jogando contra

seleções sem tradição.

Quando fizemos o primeiro

jogo com uma seleção

tradicional e campeã do

mundo, participamos do

jogo dos sete erros, em que

acertamos apenas um.

Mostramos que não

tínhamos planejamento.

Contamos apenas com a

velha teoria de que somos o

país do futebol. "Melhores

do mundo" já é passado

distante: ficou nas décadas

de 1950, 1960, 1970 e 1980.

As copas de 1994 e 2002

foram vencidas, segundo

nossa opinião, já sem

sermos os melhores.

Talvez esta derrota,

se bem aproveitada,

possa ser a melhor coisa

acontecida ao País.

Não ao "país do futebol",

mas ao da gente, daquele

em que vivemos,

independentemente do

futebol. Será bom a todos

ver que nunca tivemos uma

única conta paga pelo

futebol, mas sim pelo nosso

esforço e muito trabalho. É

isso que temos que pensar.

Futebol é apenas um

esporte, uma diversão, e

não é o único que existe. O

brasileiro precisa descobrir

isso e nossas autoridades

devem dar atenção aos

demais esportes que aqui

se praticam e que nunca

foram considerados.

É flagrante, e está

toda hora nos jornais e

televisões, a penúria em que

vivem as demais atividades

esportivas no País e seus

atletas. Nem nossas

grandes estrelas são

contempladas. Muito deles

têm de ir para o exterior

para se aperfeiçoar e obter

patrocínio. As Olimpíadas

estão batendo à nossa porta

e esperamos para ver que

papel o País fará nela.

O vôlei , por exemplo,

é um esporte que tem nos

dado imensas alegrias.

Também o basquete já deu,

e poderia dar muito mais.

A ginástica já nos rendeu

medalhas. A natação idem,

e muitas. Também o judô.

Outro esporte que obteve

muitas medalhas é o

iatismo. O atletismo em

geral tem dado alegrias,

assim como outras

modalidades esportivas.

Claro que é preciso

que esse imenso

acampamento chamado

Brasil comece a se

conscientizar também de

suas necessidades

econômicas e políticas, para

que algum dia possamos

dizer que somos realmente

um país, uma nação.

Mas sobre economia e

política falamos sempre.

Vamos voltar ao esporte.

É necessário que não só o

governo, mas o povo, volte

os olhos às demais práticas

esportivas. O futebol

não precisa ser nossa única

referência. Os demais

esportes não devem

ser quase solenemente

ignorados, despertando

interesse apenas durante

as olimpíadas ou os

grandes eventos.

É preciso que todas

as crianças e a juventude

tenham, continuamente,

por exemplo, aulas de

natação. Não só para

competição, como para a

saúde. É um esporte dito

completo, ou quase. As

crianças e juventude seriam

muito mais saudáveis e

isso, claro, resvalaria para

o futuro. Assim como outros.

Qual a razão de a

população brasileira

não ter olhos para os demais

esportes? Culpa dela?

Possivelmente não. Culpa,

em especial, das nossas

autoridades , que tratam o

esporte em geral da mesma

maneira que a educação,

como um produto

desnecessário e de segunda

linha. A televisão e rádios

fazem o mesmo.Somente

em grandes eventos se

aventuram a mostrá-los.

Lembramos bem quando

nosso Gustavo Kuerten

foi tricampeão de tênis em

Roland Garros e líder

do ranking mundial. Então

havia olhos, atenção,

transmissão, etc.

Por que só gostamos

de ver o "campeão"? E que

normalmente dependa dele

próprio, sem a ajuda de

terceiros? Lembramos-nos

muito bem dos tempos de

nosso boxeador maior,

Eder Jofre. E de outros que

poderiam ser mencionados.

Precisamos parar para

pensar se não é justamente

por falta de atenção, de

patrocínio, financiamento

etc., que não temos muito

mais campeões e ídolos.

Povo brasileiro, talvez

esta seja a hora. Já

não somos há muito tempo

os reis da cocada preta no

futebol. Temos sido de

segunda linha. E assim

tem sido não só com nossa

seleção canarinho, bem

como com os times. Com

exceção do que ocorreu em

2012, em que tivemos um

time campeão mundial.

Em compensação, em 2011,

fomos humilhados pelos

espanhóis do Barcelona.

Portanto, Brasil varonil,

cor de anil, está hora de

diversificar. De olhar

para os outros esportes.

De pensar numa "nação"

mais sadia. Numa "nação"

mais pluriesportiva.

SAMIR KEEDIBAC H A R E L EM

ECONOMIA, P RO F E S S O R DE MBA EDA AD UA N E I R A S , C O L U N I S TA E

AU TO R DE VÁRIOS L I V RO S EM

COMÉRCIO EXTERIOR.SAMIR@M U T I E D I TO R A S .COM.BR

Page 4: Diário do Comércio - 24/07/2014

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

Page 5: Diário do Comércio - 24/07/2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

DILMA NOTA 5,4A nota média dada pelo eleitor brasileiro àadministração atual, segundo a pesquisaIbope/Estado/TV Globo, é de 5,4. Em junho de 2010,Lula recebeu nota 7,8 dos entrevistados pelo instituto.

Conselho políticode Dilma terá

núcleo evangélicoAliados expõem preocupações e pedem mais espaço nas decisões de campanha

Acampanha da presi-

dente Dilma Rous-

seff deverá ter uma

coordenação especí-

fica para os evangélicos. Em

reunião realizada na terça-fei-

ra, no Palácio do Alvorada,

com os comandantes dos par-

tidos que formam a coligação

pela reeleição de Dilma, ficou

acertado que os presidentes

do PSD, Gilberto Kassab, do

PROS, Eurípides Júnior, e do

PRB, Marcos Pereira, ajudarão

a montar uma agenda de en-

contros da presidente com li-

deranças evangélicas.

No encontro, que teve tam-

bém a participação do vice-

presidente da República, Mi-

chel Temer (PMDB), e dos mi-

nistros da Casa Civil, Aloizio

Mercadante, e das Relações

Institucionais, Ricardo Berzoi-

ni, presidentes das siglas alia-

das expuseram a Dilma a ne-

cessidade de se montar desde

o início uma estrutura voltada

para esse público, que soma

mais de 40 milhões de pes-

soas, segundo o Instituto Bra-

sileiro de Geografia e Estatísti-

ca (IBGE). Justificaram ainda

que esse eleitorado demons-

tra resistência ao PT e tem se

identificado com o candidato

Pastor Everaldo (PSC), da As-

sembleia de Deus, que em sua

estreia como presidenciável

já aparece com 3% nas pesqui-

sas de intenção de votos.

"O eleitorado evangélico re-

clama muito de uma parte do

PT favorável ao casamento de

homossexuais e (à descrimi-

nalização do) aborto", afirmou

Marcos Pereira.

Com isso, o núcleo da cam-

panha pretende argumentar

junto que o governo Dilma

cumpriu a promessa assumi-

da com lideranças evangéli-

cas em 2010, de não propor al-

terações na legislação do

aborto nem à união gay.

Ed Ferreira/EC

É uma vivadicesua, Kassab,bem colocado.É verdade, Lupinho[Carlos Lupi],tristeza nãopaga dívida.DILMA ROUSSEFF

Presidente Dilma e Gilberto Kassab (PSD): articulação para se aproximar dos 40 milhões de evangélicos.

Renato Silvestre/EC

Na estreia como presidenciável, Pastor Everaldo já aparece nas pesquisas com 3% das intenções de voto.

DECISÕES DE CAMPANHAOs presidentes dos partidos

reclamaram de estarem alija-

dos das decisões da campa-

nha. "Somos tratados como os

primos pobres", disse o presi-

dente do PDT, Carlos Lupi.

A partir das reclamações,

foram definidas algumas for-

mas de participação dos alia-

dos na campanha. Dilma pro-

pôs reuniões semanais até o

começo da propaganda elei-

toral no rádio, que se inicia dia

19 de agosto. Depois desta da-

ta, elas passarão a ser quinze-

nais. Na próxima terça-feira, o

grupo se reunirá com o mar-

queteiro dela, João Santana,

para saberem as linhas gerais

da publicidade e opinarem.

Cada partido terá um repre-

sentante em cada área da

campanha, como logística e

mobilização. Também desig-

narão partidários para, com o

PT, fazer ampliações no pro-

grama de governo.

BATALHA DA MÍDIAAntes de ouvir os dirigen-

tes, Dilma abriu a reunião fa-

lando que seu governo "está

perdendo a batalha da mídia",

mas que apesar de todas as

críticas, afirmou que sua ges-

tão está boa.

O presidente do PP, Ciro No-

gueira, criticou a falta de diálo-

go com os empresários e com

a sociedade: "Temos que bus-

car mais interlocutores na so-

ciedade, não só entre os em-

presários. Tem gente no agro-

negócio, por exemplo, que de-

f e n d e a p r e s i d e n t e . A

presidente não tem a mesma

disponibilidade que os candi-

datos de oposição, mas o con-

selho político da campanha,

nós, os presidentes de parti-

dos aliados, temos que nos

desdobrar".

Dirigente do PR, o deputado

Luciano Castro (RR) ponderou

que o governo não se comuni-

ca bem e que a estratégia de-

veria ser mudada.

Dilma concordou com as re-

clamações. "Sinto essa dificul-

dade", afirmou ela, ponderan-

do que durante a campanha

terá condições de reverter o

quadro com a melhor divulga-

ção das ações do governo.

SORRIA, PRESIDENTANa reunião, os aliados recla-

maram que Dilma passa a

imagem de ser candidata do

PT, e não de uma coligação. O

presidente do PSD, Gilberto

Kassab, sugeriu que Dilma

melhore a imagem: "A senho-

ra tem que ser menos presi-

denta e mais candidata. Não

pode parecer cansada, com

olheiras. A senhora está com o

aspecto muito cansado". Lupi

emendou: "Tem que sorrir,

presidenta. Tristeza não paga

dívida". Dilma reagiu com

bom humor: "É uma vivadice

sua, Kassab, bem colocado. É

verdade, Lupinho, tristeza

não paga dívida".

INFLAÇÃOA inflação alta e o baixo cres-

cimento econômico e o em-

prego fraco também foram

discutidos ontem em reunião

de Dilma com aliados. Para o

vice-presidente Michel Temer

(PMDB), a inflação é a maior

preocupação da campanha

para reeleger a presidente,

apesar de repetidas declara-

ções do governo de que os pre-

ços estão sob controle.

"O que vai acontecer agora,

é que não se deixe ultrapassar

o teto (da meta de inflação).

Estamos já em agosto e temos

que segurar um pouco, (usar)

políticas econômicas que im-

peçam a inflação", disse. "Nós

temos adversários e eles pre-

gam que está tudo errado",

disse. "Quem lê, assiste os no-

ticiários na TV, vê as redes so-

cais fica naturalmente preo-

cupado. Quem tem emprego

pensa: 'Será que vou perder

meu emprego?' Isto gera uma

certa preocupação".

Ciro Nogueira (PP), Luciano

Castro (PR) e Renato Rabelo

(PCdoB) também participaram

da reunião . (Agências)

Page 6: Diário do Comércio - 24/07/2014

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

PT exige investigação de aeroportoPartido quer que MP faça novas investigações em aeroporto utilizado por Aécio

CASO PA S A D E N A

TCU bloqueia bens de Gabriellie de ex-diretores da PetrobrasCompra de Pasadena causou prejuízo de US$ 792 milhões à Petrobras

OPT pediu ontem ao

Ministério Público

Estadual de Minas

Gerais e à Procuradoria da

República no Estado que abra

inquéritos civil público e

criminal para investigar se

houve irregularidades

cometidas na construção de

um aeroporto no município

de Cláudio durante a gestão

de Aécio Neves à frente do

governo mineiro. É mais

uma frente de apuração

apresentada pelo PT, que

ontem propôs à Procuradoria-

Geral da República (PGR)

a abertura de inquéritos

sobre o caso.

A obra, iniciada no final da

segunda gestão de Aécio

como governador, está sendo

construída num terreno que

pertenceu a um tio-avô,

Múcio Tolentino. O PT vem

usando o caso para tentar

desgastar o principal

adversário de Dilma Rousseff

na disputa

ao Palácio do Planalto.

Ontem, o ex-presidente

Lula também defendeu a

apuração do episódio.

O partido quer apurar se o

aeródromo está operando

sem autorização da Agência

Nacional de Aviação Civil

(Anac). Para o PT, a

construção e a administração

irregular do aeroporto

configurariam atos de

improbidade administrativa.

O caso, que veio a público

após reportagem publicada

no domingo pelo jornal Fo l h ade S. Paulo, já está sendo alvo

de investigações da Anac.

Em sua defesa, Aécio

Neves alega que o MP de

Minas, o mesmo para o qual o

PT pediu a investigação

ontem, já arquivou

investigações sobre o

aeroporto. Os tucanos

também mostraram

pareceres dos ex-presidentes

do Supremo Tribunal Federal

Carlos Ayres Britto e Carlos

Velloso favoráveis à

t r a n s a ç ã o. (Estadão Conteúdo)

Oplenário do Tribunal

de Contas da União

(TCU) aprovou ontem,

por unanimidade, relatório do

ministro José Jorge que

aponta prejuízo de US$ 792,3

milhões à Petrobras pela

compra da refinaria de

Pasadena, nos EUA, em 2006.

O acórdão cita como

possíveis responsáveis pelo

prejuízo, ex-membros da

diretoria da Petrobras, entre

eles o ex-presidente da

estatal José Sérgio Gabrielli.

Eles têm 15 dias para

apresentar defesa e, a partir

disso, um novo relatório será

produzido pelo tribunal, que

poderá alterar valores,

excluir ou incluir nomes dos

responsáveis pelo prejuízo.

Entre as medidas

aprovadas também está o

bloqueio dos bens em nome

dos citados – além de

Gabrielli, são apontados

como suspeitos de

responsabilidade pelo

prejuízo o ex-diretor da área

internacional da Petrobras

Nestor Cerveró e o ex-diretor

de Abastecimento e Refino

Paulo Roberto Costa, preso

em uma operação da Polícia

Federal suspeito de

envolvimento em um

esquema de lavagem de

dinheiro e evasão de divisas.

O bloqueio será por um ano e

terá validade a partir da

citação dessas pessoas.

O acórdão não aponta

entre os possíveis

responsáveis a presidente

Dilma Rousseff, presidente

do conselho de

administração da Petrobras

na época da compra de

Pasadena. Isso significa que,

para o TCU, ela não teve

re s p o n s a b i l i d a d e .

Além do TCU, o negócio é

alvo de investigações da

Polícia Federal (PF) e do

Ministério Público Federal

(MPF), por suspeita de

superfaturamento. O caso

também é investigado por

duas CPIs no Congresso. A

aquisição de 50% da

refinaria, por US$ 360

milhões, foi aprovada pelo

conselho da estatal em

fevereiro de 2006. O valor é

muito superior ao pago um

ano antes pela belga Astra Oil

pela refinaria inteira:

US$ 42,5 milhões. Depois, a

Petrobras foi obrigada a

comprar 100% da unidade,

antes compartilhada com a

empresa belga. Ao final,

aponta o TCU, o negócio

custou US$ 1,2 bilhão.

A decisão judicial é

considerada preliminar. Ela

determina a conversão do

processo em Tomada de

Contas Especial (TCE). Nessa

fase, serão quantificados

débitos e identificados

os responsáveis pelo

prejuízo. (Agências)

Para Serra, campanhade 2014 será mais dura.

PT não vai querer perder o poder suavemente e deve esquentar o clima com denúncias eleitorais, diz Serra.

Ocandidato do PSDB

ao Senado por São

Paulo, José Serra,

afirmou ontem es-

perar para este ano uma

campanha presidencial mais

dura do que a de 2010 com re-

lação a trocas de denúncias

entre os postulantes ao Palá-

cio do Planalto.

"Os petistas não vão que-

rer perder o poder suave-

mente", disse, após almoço

fechado com empresários na

sede da Federação das Indús-

trias do Estado do Rio de Ja-

neiro (Firjan), no centro da

capital fluminense. " O PT é

especialista nisso (em de-

núncias eleitorais)."

Serra fez os comentários ao

falar de reportagem do jornal

Folha de S. Paulo que revelou a

construção de um aeroporto

em Cláudio (MG), em terreno

que pertenceu à fazenda de

um tio do presidenciável pelo

PSDB, Aécio Neves. A obra foi

feita quando Aécio era gover-

nador de Minas Gerais.

Para o tucano paulista, a

questão está justificada. "Está

totalmente esclarecida", de-

clarou. "Está tudo explicadi-

nho. Houve uma desapropria-

ção da área, que até foi con-

testada na Justiça. Não há na-

da que to rne o fa to mais

i n s u s p e i t o. "

O postulante ao Senado por

São Paulo reconheceu, porém,

que campanhas eleitorais

sempre serão marcadas por

denúncias entre adversários.

"Sempre vai haver troca de

tiros", afirmou. "Da parte do

PT, não tenho dúvida (de que

haverá ataques). A gente não

sabe fazer. O PSDB não tem

know how para isso. Eu mes-

mo não tive."

Para Serra, a peculiaridade

da disputa de 2014 torna

maior a possibilidade de ata-

ques. "Porque o risco (do PT)

de perder é maior".

De acordo com Serra, as

pesquisas mais recentes mos-

tram que a tendência na corri-

da eleitoral é de estreitamen-

to das diferenças.

"Realmente, isso parece,

até agora, isso tem sido inexo-

rável. Nesse sentido, tenho

otimismo quanto ao resultado

da eleição", declarou.

O ex-governador de São

Paulo afirmou ainda que o

principal ponto contra a pre-

sidente e candidata a reelei-

ção pelo PT "é a inépcia de

ponta a ponta".

Outro tucano que refutou

ontem denúncias de que o go-

verno mineiro tenha benefi-

ciado a família de Aécio na

construção de um aeroporto

em Cláudio (MG) foi o senador

e candidato a vice-presidente

da República Aloysio Nunes

(PSDB-SP).

"O terreno não é da família

do Aécio, porque ele foi desa-

propriado pelo governo minei-

ro, todas as explicações foram

dadas sobre o assunto e são

satisfatórias para mim."

Indagado sobre o impacto

na campanha de Aécio da

abertura de investigação fe-

deral para apurar o caso e ain-

da sobre o questionamento ju-

dicial do PT, ele considerou

que a candidatura do senador

não será afetada: "O PT é usei-

ro e vezeiro nessa matéria.

Trabalha na base da calúnia,

da denúncia vazia. Claro que

defendo que seja investigado,

mas esse assunto já foi falado

suficientemente e não vou

mais falar nisso".

Aloysio disse ainda que a

pesquisa Ibope divulgada an-

teontem – Aécio com 21% das

intenções de voto, atrás de

Dilma, com 38% – anima mui-

to a campanha, principalmen-

te pela rejeição da presidente

da República apontada no le-

vantamento. "Mais importan-

te que a intenção de votos, on-

de, aliás, a posição do Aécio é

muito boa, é a questão do índi-

ce de rejeição e da avaliação

negativa do governo dela, que

hoje suplanta avaliação posi-

tiva". (Estadão Conteúdo)

Daniel Amaral/Futura Press/Estadão Conteúdo

Serra: "Sempre vai haver troca de tiros. Do PT, não tenho dúvida."

O PT é useiro e vezeiro nessa matéria. Trabalha na base da calúnia, da denúncia vazia.Aloysio Nunes Pereira (PSDB-SP), senador e candidato a vice-presidente da Re p ú b l i ca .

Do total de 513 deputadosfederais, 399 (77,78%)

concorrerão à reeleição emoutubro. Outros 37 (7,21%) nãodisputarão nenhum cargo. Osdemais 77 deputados (15,01%)concorrem a outros cargos. Osdados são do DepartamentoIntersindical de AssessoriaParlamentar (Diap).

A estimativa do Diap é deque a renovação da Câmara em2014 supere a marca de 50% dacomposição da Casa. Dos 77deputados que disputam outroscargos, 21 buscam uma vagade vice-governador, 21concorrem ao Senado, 19almejam vaga a deputadoestadual, dez tentam o cargode governador e seis desejamser suplente de senador.

REELEIÇÃO

Apresidente Dilma Rousseffsancionou na terça-feira a

Lei 13.015/2014, que impedeque recursos meramenteprotelatórios cheguem aoTribunal Superior do Trabalho(TST). A medida obriga osTribunais Regionais do Trabalho(TRT) a padronizar decisõessobre um mesmo assunto antesde encaminhá-las à terceirainstância (TST).

"A lei vem proteger, no bomsentido, o próprio TST de umaenxurrada de processos.E manda um recado aosTribunais Regionais,de 2ª instância, parauniformizarem a sua juris-prudência", explica LuizGuilherme Migliora,professor da FGV Direito Rio.

LEI TRABALHISTA

.Ó..R B I TA

LAVAGEM DE DINHEIRO

Oprocurador-geral daRepública, Rodrigo Janot, e

o ministro da Justiça, JoséEduardo Cardozo, assinaramontem um acordo para instalarmais uma unidade da RedeNacional de Laboratórios contraa lavagem de dinheiro (Rede-Lab). A unidade, que teráequipamentos e capacitação doMinistério da Justiça, funcionarána Procuradoria-Geral daRepública (PGR), que vai ceder opessoal responsável por operá-la. Mas a previsão é que olaboratório comece a funcionarefetivamente apenas em marçodo ano que vem.

A Rede-Lab tem atualmente25 laboratórios funcionando eoutros 18 (incluindo o da PGR)

em processo de instalação.Segundo o ministério, esseslaboratórios já investigaramuma movimentação de R$ 20bilhões, que resultou nobloqueio de US$ 200 milhões noexterior e a recuperação deR$ 38 milhões. Mesmo após aidentificação dasirregularidades há dificuldadesem recuperar os recursos.

Cada laboratório analisainformações, usando soluçõestecnológicas e softwares decruzamento de dados, commetodologia própria eprofissionais especializadospara identificar atividadesilícitas. Os dados analisadostambém incluem osfamiliares dos investigados.

Page 7: Diário do Comércio - 24/07/2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

Bradesco Leasing S.A. - ArrendamentoMercantil

CNPJ no 47.509.120/0001-82 - NIRE 35.300.151.381Companhia Aberta

Ata Sumária da Assembleia Geral Ordinária realizada em 30.4.2014Data, Hora, Local: Em 30.4.2014, às 8h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 2o andar,Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Mesa: Presidente: Lázaro de Mello Brandão; Secretário:Antônio Bornia. Quórum de Instalação: Totalidade do capital social votante.Presença Legal:Administrador da Sociedade e representante da KPMG Auditores Independentes. Edital deConvocação: Dispensada a publicação, de conformidade com o disposto no § 4o do Art. 124 daLei no 6.404/76. Publicações Prévias: os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404/76, quais sejam os Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes, e asDemonstrações Contábeis, relativas ao exercício social findo em 31.12.2013, foram publicadosem 20.2.2014, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 3 a 7, e “Diário doComércio”, páginas 9 a 12. Disponibilização de Documentos: os documentos citados no item“Publicações Prévias”, as Propostas do Conselho de Administração e do Banco Bradesco S.A.,Sociedade Controladora, bem como as demais informações exigidas pela regulamentaçãovigente, foram colocados sobre a mesa para apreciação do acionista. Deliberações: 1) tendotomado conhecimento dos Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes o únicoacionista da Sociedade, representado por seus Diretores infra-assinados, aprovou asDemonstrações Contábeis relativas ao exercício social findo em 31.12.2013; 2) aprovada aproposta do Conselho de Administração, registrada na Reunião Extraordinária no 75 daqueleÓrgão, de 28.3.2014, para destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2013, novalor de R$451.830.708,56, conforme segue: R$22.591.535,43 para a conta “Reservas de Lucros- Reserva Legal”; R$219.239.173,13 para a conta “Reservas de Lucros - Estatutária”; eR$210.000.000,00 para pagamento de dividendos, os quais foram pagos na forma de juros sobreo capital próprio em 7.3.2014, bem como a ratificação da distribuição dos R$210.000.000,00 atítulo de juros sobre o capital próprio pagos, considerando que não foi proposta à Assembleianova distribuição de dividendos relativos ao ano de 2013; 3) reeleição dos atuais membros doConselho de Administração, senhores: Lázaro de Mello Brandão, brasileiro, casado, bancário,RG 1.110.377-2/SSP-SP, CPF 004.637.528/72; Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, viúvo,bancário, RG 5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Antônio Bornia, brasileiro, viúvo,bancário, RG 11.323.129-5/SSP-SP, CPF 003.052.609/44; Mário da Silveira Teixeira Júnior,brasileiro, casado, bancário, RG 3.076.007-0/SSP-SP, CPF 113.119.598/15; Carlos AlbertoRodrigues Guilherme, brasileiro, casado, bancário, RG 6.448.545/SSP-SP, CPF 021.698.868/34;e Milton Matsumoto, brasileiro, casado, bancário, RG 29.516.917-5/SSP-SP, CPF 081.225.550/04; e eleição do senhor José Alcides Munhoz, brasileiro, casado, bancário, RG 50.172.182-4/SSP-SP, CPF 064.350.330/72, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP,CEP 06029-900. Os membros reeleitos e o eleito: 1) terão seus nomes levados à aprovação doBanco Central do Brasil; 2) terão mandato de 1 (um) ano, estendendo-se até a posse dos novosConselheiros que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no ano de 2015; 3)declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração desociedade mercantil em virtude de condenação criminal. 4) aprovada a proposta daAdministração, registrada na Reunião Extraordinária no 75 do Conselho de Administração, de28.3.2014, para que não seja fixada remuneração aos administradores da Companhia, eleitospor indicação do Banco Bradesco S.A. (Bradesco), tendo em vista que todos já recebemremuneração naquela instituição financeira (Bradesco). Disse o senhor Presidente que, nostermos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstas em leiserão efetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “ValorEconômico”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que asmatérias ora aprovadas somente entrarão em vigor e se tornarão efetivas depois dehomologadas pelo Banco Central do Brasil e de estarem atendidas todas as exigências legais dearquivamento na Junta Comercial e publicação, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presenteAta no livro próprio, que vai assinada pelo senhor Presidente, por mim Secretário, pelo acionistae pelo representante legal da empresa KPMG Auditores Independentes, inscrição CRC2SP028567/1-F-SP, senhor Cláudio Rogélio Sertório, Contador, CRC 1SP212059/O-0, de acordocom o disposto no Parágrafo 1o do Artigo 134 da Lei no 6.404/76. aa) Presidente: Lázaro de MelloBrandão; Secretário: Antônio Bornia; Administrador: Domingos Figueiredo de Abreu; Acionista:Banco Bradesco S.A., representado por seus Diretores, senhores Domingos Figueiredo de Abreue Luiz Carlos Angelotti; Auditor: Cláudio Rogélio Sertório. Declaração: Declaramos para osdevidos fins que a Ata da referida Assembleia encontra-se lavrada no livro próprio, homologadapelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Certidão - Secretaria deDesenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação - JUCESP - Certifico o registro sobno 249.993/14-4, em 2.7.2014. a) Flávia Regina Britto - Secretária Geral em exercício.”. BradescoLeasing S.A. - Arrendamento Mercantil. aa) Aurélio Conrado Boni e Domingos Figueiredo deAbreu.

Bradesco Leasing S.A. - ArrendamentoMercantil

CNPJ no 47.509.120/0001-82 - NIRE 35.300.151.381Ata da Reunião Extraordinária no 76, do Conselho de Administração,

realizada em 30.4.2014Aos 30 dias do mês de abril de 2014, às 9h, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 2o

andar, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, reuniram-se os membros reeleitos para integrareste Conselho na Assembleia Geral Ordinária hoje realizada, cuja posse se dará após ahomologação de seus nomes pelo Banco Central do Brasil, os quais tomaram as seguintesdeliberações: 1) de conformidade com as disposições do “caput” do Artigo 8o do Estatuto Social,procederam à eleição, entre si, do Presidente e do Vice-Presidente deste Órgão, tendo a escolharecaído nos nomes dos senhores: Presidente: Lázaro de Mello Brandão; Vice-Presidente: LuizCarlos Trabuco Cappi; 2) atendendo ao disposto no Artigo 12 do Estatuto Social, procederam àeleição dos Diretores da Sociedade, com mandato até a 1a Reunião deste Órgão que se realizarapós a Assembleia Geral Ordinária de 2015, tendo sido reeleitos os senhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, viúvo, bancário, RG 5.284.352-X/SSP-SP,CPF 250.319.028/68; Diretores Vice-Presidentes: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo,brasileiro, casado, bancário, RG 55.567.472-1-SSP/SP, CPF 425.327.017/49; DomingosFigueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53; Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário, RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF191.617.008/00; Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, brasileiro, casado, bancário, RG55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; Marco Antonio Rossi, brasileiro, casado, bancário,RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55; e Diretor Gerente: Luiz Carlos Angelotti,brasileiro, casado, bancário, RG 10.473.334-2/SSP-SP, CPF 058.042.738/25; e eleitos ossenhores: Diretores Vice-Presidentes: Alexandre da Silva Glüher, brasileiro, casado, bancário,RG 57.793.933-6/SSP-SP, CPF 282.548.640/04; Josué Augusto Pancini, brasileiro, casado,bancário, RG 10.389.168-7/SSP-SP, CPF 966.136.968/20; e Maurício Machado de Minas,brasileiro, casado, bancário, RG 7.975.904-X/SSP-SP, CPF 044.470.098/62, todos com domicíliona Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Os Diretores reeleitos e eleitos: 1)declararam, sob as penas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração desociedade mercantil em virtude de condenação criminal; 2) terão: a) seus nomes levados àaprovação do Banco Central do Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos; b) mandato de1 (um) ano, estendendo-se até a posse dos novos Diretores que serão eleitos na 1a Reunião doConselho de Administração que se realizar após a Assembleia Geral Ordinária de 2015. Nadamais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheiros presentesassinam. aa) Lázaro de Mello Brandão, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Antônio Bornia, Mário daSilveira Teixeira Júnior, Carlos Alberto Rodrigues Guilherme e Milton Matsumoto. Declaração:Declaramos para os devidos fins que a Ata da referida reunião encontra-se lavrada no livropróprio, homologada pelo Banco Central do Brasil e arquivada conforme segue: “Certidão –Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – JUCESP – Certificoo Registro sob no 249.994/14-8, em 2.7.2014. a) Flávia Regina Britto – Secretária Geral emexercício.”. Bradesco Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil. aa) Aurélio Conrado Boni eDomingos Figueiredo de Abreu.

O parlamentarismo é a forma mais evoluída de uma democracia.Eduardo Jorge, candidato à Presidência da República pelo Partido Verde.

Victória Brotto

Ésob a sombra de 20

milhões de votos de

Marina Silva que o

atual candidato à Pre-

sidência da República do Parti-

do Verde (PV) começa a cami-

nhar nesta primeira fase de

campanha eleitoral. O médico

sanitarista Eduardo Jorge, de

64 anos, visitou ontem o Diáriodo Comércio e, em entrevista,

falou sobre os erros do PV com

Marina Silva em 2010, mos-

trou-se contrário à vice de

Eduardo Campos (PSB) quan-

do "critica Dilma, sendo que,

por ter se abstido do 2º turno,

ajudou a elegê-la" e acenou

ainda, pela primeira vez depois

do rompimento, para o que

chamou de unificação. "Se de-

pender de mim, reabriremos o

diálogo de unificação lá na

frente com Marina."

Jorge, que foi, pelo PT, depu-

tado estadual (1983-1986) e

deputado federal (1987-

2003), e, em São Paulo, foi se-

cretário da Saúde e do Meio

Ambiente de Kassab (na épo-

ca DEM), Serra (PSDB) e Erun-

dina (PT) , além de empunhar a

bandeira da sustentabilidade,

apresenta, em seu programa

de governo, propostas como a

de extinção do Senado, redu-

ção do número de ministérios

para 14 e das bancadas dos

estados na Câmara em 25% e

continuidade do Programa

Mais Médicos, com salário in-

tegral aos cubanos. Eduardo

Jorge defende também o Par-

lamentarismo porque "não

quer tirar a rainhazinha de

Brasília para colocar um rei

verde no lugar". "O parlamen-

tarismo é a forma mais evoluí-

da de uma democracia", diz.

CORRIDA PRESIDENCIALSobre a incumbência de es-

tar num posto que, em 2010,

teve Marina com 20 milhões

de votos, Eduardo Jorge afir-

ma que não quis o car-

go porque a melhor

opção era Fernando

Gabeira, mas este

preferiu o jornalismo:

"Eu não queria esse

cargo, porque o nosso

candidato era o Ga-

beira, o sujeito com

quadro político e am-

bientalista mais pre-

parado do Brasil. Mas,

diante da recusa, pro-

curaram alguém que

tivesse experiência

legislativa e adminis-

trativa e me convida-

ram", afirma o candi-

dato que diz que a sua

pretensão é "manter

o PV vivo" ganhando

autoridade para in-

fluenciar num 2º tur-

no, no Congresso Nacional e

nos Estados.

"Uma votação importante no

1º turno, vai dar uma autoridade

maior para o PV debater ques-

tões no 2º turno. E vai dar tam-

bém uma força para gente de-

bater nos Parlamentos".

MARINA E O PVDepois de sair do Partido

dos Trabalhadores e do gover-

no de Luiz Inácio Lula da Silva,

a ex-ministra do Meio Ambien-

te, Marina Silva procurou o PV

e, "por ser uma instituição e

uma figura importantíssima

na defesa do meio ambiente e

da sustentabilidade" o PV a

acolheu. É o que diz o Eduardo

Jorge. Mas erros como não

apoiar José Serra ou Dilma

Rousseff no 2º turno de 2010 e

a disputa por "um pequeno po-

der de liderar o PV" faz com

que ele aumente o tom de voz

contrário à sua antecessora.

"Tivemos uma exposição

grande do PV. Foi uma aliança

importante, vitoriosa e corre-

ta com Marina em 2010", disse

o candidato. "O que não foi

correto depois da campanha

foi não interferir no 2º turno. A

gente praticamente decidiria

a eleição com 20 milhões de

votos para A ou para B se decli-

nasse para A ou para B e eu

chego e digo ‘povo, vamos

embora pra casa, já que vocês

não me colocaram na final não

Sobre o futuro com Marina,

Eduardo Jorge disse que "con-

tinua defendendo, pessoal-

mente, uma reunificação de

todo o campo ambientalista

brasileiro". "Nessa campanha

não tem mais jeito, agora é o

PV procurar se fortalecer e, se

depender de mim, reabrir o

diálogo de unificação lá na

frente com Marina e com todos

os outros dispersos".

MAIS MÉDICOSO presidenciável do PV fez

críticas ao plano de carreira

dos médicos no Brasil e ao Mi-

nistério da Educação e ao da

Saúde que não souberam, em

12 anos, investir na saúde da

família. "Esse governo não fez

nada para a Saúde em 12

anos. Não mudou a formação

dos médicos no Brasil para

oferecer 50% de especialistas

em saúde da família e clínica

médica", afirmou. "Você tem

que mudar o currículo dos mé-

dicos. Tem que colocar para os

médicos e para as enfermei-

ras uma carreira nacional e

não pra um município", afirma

Jorge, que disse ainda que o

Ministério da Saúde virou uma

pasta "secundária" e hoje "es-

tá tão perdido quanto biruta

de aeroporto".

Mais especificamente so-

bre o Programa Mais Médicos,

Eduardo Jorge afirmou que

apesar de ser "um recibo do

fracasso do PT na área da Saú-

de", ele o manterá, mas pa-

gando salário integral aos mé-

dicos cubanos.

"O Programa foi um recibo

de fracasso do governo, como

não fizeram em 12 anos, qui-

seram fazer em dois. Importar

médicos é normal, Canadá e

Inglaterra fazem isso, mas im-

portaram de forma atabalhoa-

da. Sem fazer os cuidados de

avaliação dos médicos e com-

pactuando com a escravidão

dos cubanos", disse. "Quanto

aos médicos importados,

agradeceremos sua ajuda e,

Paulo Pampolin / Hype

Eduardo Jorge: "Se depender de mim, vamos reabrir o diálogo de unificação lá na frente com Marina".

sência da ex-senadora dentro

do PV. "O segundo erro, tão

grave quanto, foi os dois se se-

pararem. É o noivo e a noiva se

separarem e dizerem: 'não

queremos casar'", afirmou

ele, que diz que faltou "amor,

tolerância e entendimento"

dos dois lados para fortalecer

um projeto de sustentabilida-

de importante para o Brasil.

"O que aconteceu não foi

um desentendimento progra-

mático, mas uma disputa de

poder, por um pequeno poder

de um pequeno partido", defi-

ne o candidato.

sobre os médicos cubanos, va-

mos tratá-los com o mesmo

respeito do que os outros pa-

gando, é claro, os mesmos sa-

lários. O que farão com o di-

nheiro é decisão deles, mas

não podemos ser coniventes

com um tipo moderno de es-

c r a v i d ã o. "

CORTE DE GASTOSA primeira ação de Jorge, se

eleito presidente, será "um

corte geral em Brasília", co-

meçando por ministérios, Se-

nado e Câmara. Das pastas do

Executivo, o candidato do PV

ficará só com 14: Seguridade

Social; Educação, Cultura e

Esportes; Trabalho, Desenvol-

vimento Social e Superação

da Miséria, Direito Humanos;

Meio Ambiente; Justiça; Auto-

defesa; Agricultura; Fazenda,

Planejamento e Gestão; In-

fraestrutura; Relações Exte-

riores; Ciência e Tec-

nologia; Amazônia e

Nordeste. Da Câma-

ra, ficariam 411 depu-

tados federais, redu-

zindo as bancadas

dos Estados em 25%,

e o Senado simples-

mente não existiria.

"A Câmara já ga-

rante o caráter fede-

rativo do processo le-

gislativo quando dis-

tribui o número de va-

gas com um número

mínimo de deputados

para os Estados me-

nos populosos e um

teto para os Estados

de maior população".

Depois do corte de

gastos, Jorge diz que

dará mais poderes e dinheiro

aos municípios, "que é quem

está mais próximo do povo",

para pensar políticas para a

Saúde pública.

"Saúde não se faz só como o

PT pensa, mandando nas pre-

feituras. Hoje, o secretário de

saúde é um pedinte, um esfar-

rapado porque os municípios

só ficam com 11% dos recur-

sos. E, quando o secretário vai

a Brasília, Brasília diz: 'faça is-

so, faça aquilo'. Isso é um ab-

surdo, esse jeito do PT de go-

vernar matou a criatividade

de cada município de tratar

suas questões."

Vocês decidiramisso, quem decidiu aeleição passada eelegeu a Dilmafoi a abstençãoda Marina e do PV.ED UA R D O JOR GE

quero mais saber do jogo e vo-

cês danem-se'."

E, por isso, para Eduardo Jor-

ge, Marina não pode criticar o

governo Dilma, pois ela ajudou

a elegê-lo. "Quando eu vejo a

própria Marina criticando o go-

verno da presidenta Dilma eu

penso com meus botões: mas

vocês decidiram isso, quem

decidiu a eleição passada e

elegeu a Dilma foi a abstenção

da Marina e do PV. Qual é a le-

gitimidade agora que a Marina

e alguns dirigentes do PV têm

para criticar a presidenta Dil-

ma, se sua participação no 2º

turno decidiria a eleição?".

Mesmo sob as cr í t icas ,

Eduardo Jorge lamenta a au-

Diretrizes Programáticas do PV: extinção do Senado e redução de 25% da Câmara.

Política é para servir

Política é para servir. Assim

define a Carta de Diretrizes

Programáticas do PV, que ao

defender a democracia, se

compromete com a defesa do voto

distrital misto facultativo, entre

outras questões.

Metade dos representantes seriam

eleitos na lista partidária e a outra

metade nos distritos eleitorais por

voto majoritário.

A reforma política que o PV defende

inclui ainda a realização de um

plebiscito sobre o parlamentarismo.

"O parlamentarismo é a forma mais

evoluída de uma democracia, o atual

modelo de presidencialismo imperial

e centralizador estimula o

messianismo despolitizador e

regressivo. É flertar com o

autoritarismo. Hoje o parlamento vive

à sombra do Executivo. Vive das

sobras que caem na mesa, que

alimentam ainda mais o apetite

clientelístico e corporativo", diz o

presidenciável Eduardo Jorge.

Sobre o decreto 8.243 de Dilma

Rousseff que institui a Política

Nacional de Participação Social

(PNPS), Eduardo Jorge não vê

inovação prática, mas ressalta que

"nada pode ser feito para enfraquecer

as democracias participativas".

É dele, Eduardo Jorge, candidato à Presidência da República pelo PV, a tarefa de manter viva a força de um partido que em 2010 conquistou 20 milhões de votos.

Page 8: Diário do Comércio - 24/07/2014

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

• MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

• ADMINISTRAÇÃO DO RH

• CONTABILIDADE

• LEGALIZAÇÃO

• GESTÃO FISCAL

CONTABILIDADE E ASSESSORIA

www.agenda-empresario.com.br ANO XXVIII APOIO: CENOFISCOQUINTA-FEIRA, 24 DE JULHO DE 2014

RETENÇÃO DO INSS DO SÍNDICOSíndico de condomínio deve ter a retenção do INSS sobre os seushonorários? Qual a base legal? Saiba mais acessando a íntegra doconteúdo no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

EMPRESAS SÃO OBRIGADAS A CONCEDER O CRÉDITO CONSIGNADOA SEUS FUNCIONÁRIOS?

Informamos que sendo o crédito/empréstimo realizado diretamentecom a empresa esta não está obrigada a conceder. Contudo, se oempregado irá diretamente na instituição financeira requerer ocrédito/empréstimo estará a empresa obrigada a aceitar o descontoque será feito em folha de pagamento.

FALECIMENTO DO FUNCIONÁRIOFuncionário faleceu,como a família consegue receber o FGTS? Saiba maisacessando a íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

INSTALAR AMBULATÓRIO NA EMPRESAEmpresa pretende instalar um ambulatório, pode contratar só umaenfermeira? Quais as regras que devemos seguir? Saiba mais acessandoa íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

O RECOLHIMENTO DE FGTS FICA SUSPENSO AO FUNCIONÁRIO DELICENÇA MÉDICA?

Considerando que o afastamento é por auxílio doença a partir dodécimo sexto dia de afastamento o contrato de trabalho fica suspensoe o empregado não deverá recolher o INSS e FGTS. Em se tratando deafastamento decorrente de acidente do trabalho o empregador deverárecolher o FGTS durante todo o período de afastamento.

CONTRATAR POR PRAZO DETERMINADOEmpresa pretende abrir uma vaga esporádica,pois,a mesma conseguiuum serviço que irá precisar de um profissional qualificado para exercera função,porém será por tempo determinado,como contratar por prazodeterminado? Saiba mais: [www.empresario.com.br/legislacao].

TOLERÂNCIA PARA ATRASOSA tolerância de atraso diário de acordo com a CLT é de 10 minutos.Essatolerância deve ser considerada apenas no início e término da jor-nada,ou também é válida para os atrasos de intervalo para almoço?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

AGENDA FISCAL® JULHO/ 14Acesse a íntegra no site: [www.agenda-fiscal.com.br].

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ARGENTINA 1V ice-presidentedepõe na Justiçapor suposta comprailegal de carro

ARGENTINA 2Amado Boudou éacusado de terusado documentosfalsos na transação

Dia de luto,aplausose sinos

na Holanda.Primeiros corpos das vítimasdo voo MH17 chegam ao país

Os corpos das primei-

ras vítimas do avião

da Malaysia Airlines

derrubado sobre a

Ucrânia na semana passada

chegaram ontem à Holanda,

uma nação tomada pelo cho-

que e pela dor.

Sinos badalaram e bandei-

ras foram hasteadas a meio

mastro em homenagem às

298 pessoas mortas quando o

avião que operava o voo MH17

caiu em uma área do leste

ucraniano controlada por se-

paratistas apoiados pela Rús-

sia, no primeiro dia nacional

de luto desde que a rainha Wi-

lhelmina morreu em 1962.

Como 193 dos mortos são

holandeses, o chanceler Frans

Timmermans disse que quase

todas as famílias do país de 15

milhões de pessoas conhe-

ciam alguém que morreu ou

um parente seu.

O rei Willem-Alexander e o

primeiro-ministro Mark Rutte

uniram-se a dignitários na pis-

ta, enquanto dois aviões milita-

res com 40 caixões pousaram

em Eindhoven, no sul do país.

Depois de um minuto de si-

lêncio, observado em esta-

ções, fábricas, escritórios e

ruas por toda a nação ainda

atordoada, militares levaram

os caixões a 40 carros funerá-

rios enfileirados na pista.

Milhares de pessoas se reu-

niram ao longo do trajeto de

100 quilômetros, observando

o cortejo de Eindhoven à base

militar de Hilversum, onde os

corpos permanecerão até po-

derem ser identificados, uma

tarefa que pode levar meses.

O processo será repetido

muitas vezes nos próximos

dias à medida que os corpos

forem voltando para casa.

A Holanda lidera a investiga-

ção, com a ajuda de outros paí-

ses. As caixas-pretas do avião,

entregues pelo líder dos rebel-

des, foram levadas à Grã-Breta-

nha, onde especialistas exami-

naram os gravadores ontem,

não encontrando sinais de que

foram violados.

Em meio às acusações dos

Estados Unidos de que os rebel-

des ucranianos abateram o

avião por engano com um mís-

sil russo, uma pesquisa de opi-

nião mostrou que a maioria es-

magadora dos holandeses de-

seja a imposição de sanções a

Moscou, mesmo que prejudi-

que sua própria economia.

Novo ataque - Os separatis-

tas pró-Rússia assumiram o

ataque que derrubou dois ca-

ças militares da Ucrânia on-

tem, mas o governo de Kiev dis-

se que continua acreditando

que as aeronaves foram atingi-

das por mísseis disparados do

território russo. Os aviões fo-

ram derrubados em local domi-

nado por rebeldes, próximo à

fronteira com a Rússia e à re-

gião onde caiu o avião da Ma-

laysia Airlines. (Agências)

Francois Lenoir/Reuters

Líder rebelde admiteuso de sistema antiaéreo

Um poderoso líder rebel-

de ucraniano confir-

mou que os separatis-

tas pró-Rússia têm mísseis an-

tiaéreos do tipo que os Estados

Unidos dizem terem sido usa-

dos para derrubar o avião da

Malaysia Airlines.

Em entrevista à Reuters, o co-

mandante do Batalhão Vostok,

Alexander Khodakovsky reco-

nheceu, pela primeira vez des-

de que o avião foi abatido no

leste da Ucrânia na quinta-fei-

ra, que os rebeldes possuem o

sistema de mísseis BUK.

Ele ainda insinuou que o BUK

pode ser originário da Rússia e

que pode ter sido enviado de

volta para eliminar provas da

sua presença na região.

Antes da derrubada do avião

malaio, os rebeldes haviam se

vangloriado de obter os mísseis

BUK, que podem abater aviões

de passageiros em altitude de

cruzeiro. Mas desde o desastre,

o principal grupo de separatis-

tas, a autoproclamada Repúbli-

ca Popular de Donetsk, tem ne-

gado já ter tido tais armas.

Desde a queda da aeronave,

que matou todas as 298 pes-

soas a bordo, a grande polêmi-

ca é quem disparou o míssil que

abateu o avião em uma área on-

de as forças do governo comba-

tem os rebeldes pró-Moscou.

Khodakovsky culpou o go-

verno ucraniano por provoca-

rem o que pode ter sido o ata-

que de míssil que derrubou o

avião, dizendo que Kiev lançou

ataques aéreos deliberados na

área sabendo da presença dos

mísseis no local.

"Na ocasião me disseram

que um BUK vindo de Luhansk

estava chegando sob a bandei-

ra da LNR”, afirmou, referindo-

se à República Popular de

Luhansk (LNR, na sigla em in-

glês), principal grupo rebelde

naquela cidade. “Acho que o

mandaram de volta, porque

soube dele no exato momento

em que soube da tragédia. Eles

provavelmente o enviaram de

volta para eliminar provas de

sua presença”, disse Khoda-

kovsky na terça-feira.

"A questão é esta: a Ucrânia

obteve a tempo provas de que

os voluntários têm essa tecno-

logia, por culpa da Rússia, e não

só não tomou nenhuma medi-

da de segurança, mas provo-

cou o uso desse tipo de arma

contra um avião com civis ino-

centes”, afirmou. (Reuters)

Avião cai durantetempestade em

Taiwan e mata 47

Um voo doméstico daTransasia Airways so-freu um acidente em

sua segunda tentativa de pou-sar durante uma tempestadeem uma ilha perto de Taiwan,ontem, matando 47 pessoas eferindo outras 11, disseram au-toridades locais.

Duas pessoas que estavamno avião eram francesas e as de-mais, taiwanesas, revelou o mi-nistro dos Transpor tes deTaiwan, Yeh Kuang-shih, acres-centando que o ATR-72 fazia asegunda tentativa de pousoquando caiu.

A queda do turboélice foi oprimeiro acidente aéreo fatalem 12 anos em Taiwan e aconte-ceu pouco depois da passagemdo tufão Matmo.Cerca de 200voos haviam sido canceladosmais cedo por causa das chuvase ventos fortes.

Cobrindo uma rota domésti-ca, o voo GE222 tinha saído doaeroporto de Kaohsiung Siao-gang, ao sudoeste de Taiwan,com mais de uma hora de atrasodevido às más condições atmos-

féricas e estava previsto queaterrissasse cerca de meia horadepois em Penghu.

Ao chegar à zona, no entan-to, o piloto pediu à torre decontrole permissão para voarem círculos antes de aterrissar,momento no qual perdeu ocontato com terra, explicouJean Shen, diretor-geral da Ad-ministração Civil Aeronáuticade Taiwan, em entrevista cole-tiva recolhida pela agência ofi-cial chinesa Xi n h u a .

Uma das caixas-pretas foi en-contrada pelas autoridades.

Equipes de resgate procura-vam ontem uma pessoa que po-deria estar numa casa que foiatingida por destroços da aero-nave, disse o porta-voz do Cen-tro de Resposta a Desastre dePenghu, Wen Chia-hung. Umcarro foi esmagado por um mu-ro, mas segundo Wen ninguémestava no interior do veículo.

Penghu, uma cadeia de 64ilhotas, é um famoso destino tu-rístico localizado cerca de 150quilômetros a sudoeste da capi-tal Taipé. (Ag ê n c i a s )

Carros funerários deixam aeroporto de Eindhoven, onde tremulavam a meio mastro as bandeiras das nacionalidades das vítimas.Michael Kooren/Reuters

Holandeses acompanharam cortejo com aplausos

Wong Yao-wen/Reuters

Bombeiros observam destroços de aeronave em Penghu

Page 9: Diário do Comércio - 24/07/2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

Benoit Tessier/Reuters

A decisão do Conselho é uma farsa que deve ser rejeitada por todas as pessoas de ce nte s.Benjamin Netanyahu, premiê israelense.

Israel na mira do Hamas. E da ONU.Ofensiva em Gaza será investigada pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Brasil apoia iniciativa e retira embaixador do país.

Isolado pela comunidade

internacional e por em-

presas aéreas, Israel se

viu, ontem, acusado de

crimes de guerra enquanto li-

dava com mais um dia de can-

celamentos em massa de voos

de companhias estrangeiras ao

país. Após a apresentação de

uma resolução pelos palesti-

nos, o Conselho de Direitos Hu-

manos da Organização das Na-

ções Unidas (UNHRC, na sigla

em inglês) decidiu pela criação

de uma comissão de inquérito

para investigar os supostos cri-

mes de guerra de Israel durante

o atual conflito entre o país e o

grupo islâmico Hamas, na Faixa

de Gaza, no qual morreram 655

palestinos e 33 israelenses em

16 dias. O único dos 46 mem-

bros a votar contra foram os Es-

tados Unidos. O Brasil votou a

favor, enquanto os países euro-

peus se abstiveram.

A decisão causou perplexi-

dade em Israel. O primeiro-mi-

nistro israelense, Benjamin

Netanyahu, a chamou de "far-

sa" e disse que "deveria ser re-

jeitada por pessoas decentes

em todo o mundo".

O n t e m , a

Alta Comissá-

ria para Direi-

tos Humanos

da ONU, Navi

P i l l ay , a f i r-

mou que Is-

rael pode es-

tar cometen-

do crimes de

g u e r r a e m

G a z a , a l e-

gando que o

país não está

fazendo o su-

ficiente para

p r o t e g e r a

população ci-

vil. E citou ca-

sos de ataques aéreos e de ar-

tilharia contra casas e hospi-

tais no território palestino.

"Esses são apenas alguns ca-

sos nos quais parece que há

uma forte possibilidade de que

a lei humanitária internacional

foi violada de uma maneira que

pode significar crimes de guer-

ra", disse. "No total, 147 crian-

ças foram mortas em Gaza nos

últimos 16 dias. Eles tinham di-

reito à vida como crianças em

qualquer outro país."

Pillay também condenou os

ataques indiscriminados do

Hamas a Israel com mísseis,

mas não acusou o grupo pales-

tino de crimes de guerra. A co-

missária disse que "as crianças

de Israel deveriam ser capazes

de viver sem medo de ataques

com foguetes de Gaza".

Brasil - Em comunicado, o

Itamaraty condenou ontem a

ofensiva de Israel em Gaza,

reiterou sua chamada a um

cessar-fogo e chamou para

consultas o embaixador do

país em Tel-Aviv.

O governo brasileiro consi-

derou "inaceitável a escalada

de violência entre Israel e Pa-

lestina" e condenou "energica-

mente o uso desproporcional

da força por Israel em Gaza". O

Itamaraty ainda condenou,

"igualmente, o lançamento de

foguetes e morteiros de Gaza

contra Israel".

Aviões - Os israelenses lutam

ainda contra outro isolamento

internacional: o turístico. A As-

sociação Federal de Aviação

(FAA, na sigla em inglês) esten-

deu por mais 24 horas a proibi-

ção de voos de empresas aé-

reas dos EUA para Israel. A de-

cisão foi tomada na terça-feira,

depois que um míssil lançado

pelo Hamas danificou uma casa

em Yehud, a 2 km do Aeroporto

de Ben Gurion, em Tel-Aviv. A

decisão foi seguidapor compa-

nhias como Lufthansa, Air Fran-

ce, KLM e Air Canada.

Numa tentativa de retomar

suas conexões aéreas com o

mundo, Israel abriu um aero-

porto já existente no sul do país

para voos internacionais. O Ov-

da, que fica 60 quilômetros de

Eilat, é usado principalmente

no inverno por voos fretados

com turistas. Nenhuma empre-

sa havia ainda aceitado a oferta

de voar para o aeroporto, infor-

mou a Autoridade Aeroportuá-

ria de Israel. (Agências)

Amir Cohen/Reuters

Raios de luz iluminam a noite palestina durante o lançamento de foguetes na Faixa de Gaza contra território israelenseMohammed Al Baba/Oxfam

Ativistas em Paris pedem boicote a Israel em protesto contra a ofensiva em Gaza

Palestinospedem tréguahumanitária

Olíder do Hamas, Khaled

Meshaal, pediu ontem

uma trégua temporária para

permitir a entrada de ajuda hu-

manitária na Faixa de Gaza,

mas disse que seu grupo conti-

nuará lutando contra a ofensiva

israelense e não concordará

com um cessar-fogo mais dura-

douro sem negociar os termos.

"Estamos muito interessa-

dos em ter uma trégua huma-

nitária, como fizemos na últi-

ma quinta-feira. Precisamos

de calma por algumas horas

para retirar os feridos e aju-

dar... Isto significa uma trégua

verdadeira apoiada por um

programa verdadeiro de ajuda

oferecido ao povo de Gaza",

disse ele em uma entrevista

coletiva no Catar.

O líder do grupo islâmico, que

controla o território palestino,

pediu à comunidade interna-

cional que ajude a abastecer

Gaza com remédios, combustí-

vel e outros produtos.

Porém, afirmou que qual-

quer cessar-fogo permanente

poderá apenas acontecer de-

pois de Israel encerrar o seu

cerco, e que só poderá ser im-

plementado depois de ser

completamente negociado.

"Todo mundo quer que acei-

temos um cessar-fogo e, em

seguida, negociemos nossos

direitos, nós rejeitamos isso e

nós rejeitamos isso de novo

hoje", disse Meshaal.

Ele acrescentou que, apesar

dos esforços para mediar um

cessar-fogo mais duradouro,

não houve avanço. (Reuters)

Bombas matam82 na Nigéria

Duas explosões de

bomba na cidade de

Kaduna, no norte da

Nigéria, mataram pelo

menos 82 pessoas ontem.

O primeiro atentado tinha

como alvo um clérigo

muçulmano, enquanto o

segundo atingiu um

mercado (foto). Nenhum

grupo assumiu a autoria

dos ataques, que têm a

marca do grupo islamita

Boko Haram. (Agências)

López vai ajulgamento

Começou ontem o

julgamento do líder

opositor venezuelano

Leopoldo López, preso

desde fevereiro por atos

violentos durante um

protesto contra o governo.

Acusado de instigação

pública, formação de

quadrilha, danos à

propriedade e incêndios, ele

pode ser condenado a dez

anos de prisão. (Agências)

EFE

Santi Donaire/EFE

Khan Yunis tem sido um dos principais alvos do fogo israelense

Page 10: Diário do Comércio - 24/07/2014

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

24 horas depois, Santa Casa reabre PS.Secretaria estadual de Saúde oferece ajuda de R$ 3 milhões e Santa Casa anuncia a volta do serviço de emergência no pronto-socorro, fechado na terça-feira.

ASanta Casa de Mise-

ricórdia de São Paulo

anunciou, na tarde

de ontem, a reaber-

tura do seu pronto-socorro –

fechado por cerca de 24 horas

por falta de recursos para a

compra de material e de medi-

camentos.

A reabertura do serviço no

hospital Central ocorreu pouco

antes das 22 horas. A decisão

de reativar o pronto-socorro foi

tomada depois da Secretaria

Estadual de Saúde liberar um

repasse emergencial de R$ 3

milhões para que a entidade re-

tomasse o atendimento de ur-

gência e emergência.

A verba extra veio acompa-

nhada de uma exigência do

governo do Estado: a realiza-

ção de uma auditoria nas con-

tas da Santa Casa. Este é o

mais antigo hospital da cidade

de São Paulo (inaugurado em

1884) e o maior hospital filan-

trópico da América Latina,

com 1,5 mil atendimentos por

dia somente na emergência.

Alegando falta de dinheiro

para a compra de remédios e

materiais, a Santa Casa sus-

pendeu o atendimento na noi-

te de terça-feira. As dívidas da

instituição chegam a R$ 350

milhões, sendo R$ 50 milhões

somente com fornecedores

de materiais, como seringas,

e medicamentos.

Em 2013, a Santa Casa re-

cebeu R$ 414 milhões em ver-

ba dos governos federal e es-

tadual e teria comprovado

gastos de R$ 155 milhões.

Neste ano, serão repassados

R$ 168 milhões extras para a

Santa Casa, segundo a secre-

taria, além do que a institui-

ção recebe do Sistema Único

de Saúde (SUS).

G e s tã o – O secretário esta-

dual de Saúde, David Uip,

acredita que possa haver al-

gum problema de gestão.

"Ninguém está suspeitando

de nada aqui. Não é fácil ser

gestor de um grande hospital,

eu já fui e conheço a dificulda-

de. Esta auditoria tem tom e

objetivo colaborativo", afir-

mou Uip.

Ontem, pacientes procura-

ram atendimento na unidade,

que fica no Centro da Capital.

Até o meio-dia, apenas quem

tinha consultas e exames

agendados tinha a entrada

permitida pelos seguranças.

Alguns médicos foram até o

pátio e explicaram que esta-

vam dispostos a atender, mas

que faltavam material. Os re-

sidentes aderiram ao ato.

Pr o m o t o r e s – O provedor da

Santa Casa de Misericórdia,

Kalil Rocha Abdalla, poderá

responder por improbidade,

por causa do fechamento

abrupto do pronto-socorro da

entidade, uma vez que sus-

pendeu a prestação de um ser-

viço público estadual. É o que

avaliam, preliminarmente, as

promotoras de Justiça Paula de

Figueiredo Silva e Paula Villa-

nacci Alves Camasmie.

As promotoras instauraram

um inquérito civil, no começo

da manhã de ontem, depois

de se inteirarem do fecha-

mento do pronto-socorro. E

convocaram Abdalla para ou-

vir explicações "com a absolu-

ta urgência". Ele compareceu

ao Ministério Público Estadual

(MPE) para depor. "Ele foi cien-

tificado de que o fechamento

abrupto é ilegal", disse Paula

Figueiredo. (Agências)

Werther Santana/Estadão Conteúdo

Decepção: nenhum paciente foi atendido na manhã e tarde de ontem no pronto-socorro do hospital Central da Santa Casa de Misericórdia.

Médicos e residentes fazem protesto e se dizem dispostos a trabalhar Faixa no portão principal cobra transparência com o dinheiro público

Os motoristas paulistanospoderão usar até o dia 31 de

dezembro deste ano as folhas deZona Azul compradas por R$ 3 ahora, segundo informou ontem aCompanhia de Engenharia deTráfego (CET).

A partir do dia 1.º de agosto, apermissão para estacionar na ruaem São Paulo subirá para R$ 5 – umaumento de 67%.

O preço do talão com 10 folhaspassará de R$ 28 para R$ 45. Desdeo anúncio do aumento, omovimento nos postos oficiais devenda chegou a triplicar.

A alta também teve impacto nomercado informal: um flanelinhano Largo do Arouche, na regiãocentral da capital paulista, já cogitacobrar R$ 7 por cada folha de ZonaAzul. (Estadão Conteúdo)

ZONA AZUL

Odesembargador Siro Darlan,da 7ª Câmara Criminal do

Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ),concedeu na tarde de ontemhabeas-corpus para suspender aordem de prisão de 23 ativistasdenunciados por formação dequadrilha, segundo o TJ-RJ. Desses23, 18 estavam foragidos e cinco,presos. Dos detidos, dois vãopermanecer na cadeia porquerespondem por homicídio eexplosão no caso da morte docinegrafista Santiago Andrade, daTV Bandeirantes. Os outrospoderão aguardar o julgamentoem liberdade.

Os 23 tiveram a prisãopreventiva decretada na últimasexta-feira pelo juiz FlávioItabaiana, da 27ºª Vara Criminal,após denúncia feita pelo promotorLuís Otávio Figueira Lopes. Horasantes da decretação da prisão, opróprio desembargador SiroDarlan havia concedido habeas-corpus para libertar os ativistas,mas a medida se referia a outraordem de prisão e por isso nãosurtiu efeito. (EC)

HABEAS- CORPUS

.Ó..R B I TA

CHACINA DA CANDELÁRIA – O Movimento Candelária Nunca Mais lembrou ontem os 21 anos daChacina da Candelária, em que oito crianças e adolescentes que dormiam na praça da igreja, nocentro do Rio, foram mortos a tiros por cinco homens. No local houve uma celebração com 21 cruzes.

Alê Silva/Estadão C

onteúdo

AJustiça de São Paulo aceitou adenúncia do Ministério Público

contra o professor RafaelLusvarghi, de 29 anos, e o técnicolaboratorial Fábio Hideki Harano,de 27 anos, presos no dia 23 dejunho pelo Departamento Estadualde Investigações Criminais (Deic) eacusados de fazer parte da táticablack-bloc. Eles foram detidos apóso encerramento de um ato pacíficocontra a Copa do Mundo.

Também foi aceita a denúnciacontra o motorista de lotação JoãoAntônio Alves Roza, de 46 anos,filmado no dia 19 de junho, poruma emissora, depredando umaloja da Mercedes-Benz emPinheiros, na zona oeste, após oencerramento de um atoconvocado pelo Movimento PasseLivre (MPL).

Em conjunto, os ativistas vãoresponder por incitação ao crime,associação criminosa, resistência,desobediência e porte de arma defogo. Segundo Renato Pincovai,advogado de Hideki Harano, adefesa ainda não foi notificada dadecisão. (EC)

DENÚNCIA ACEITA

Sem-teto fecha o Centroe exige terreno no Morumbi

Carla Carniel/Estadão Conteúdo

Manifestantes sem-teto interrompem o tráfego na Paulista: compromissos não foram cumpridos.

No 31º protesto em

São Paulo neste ano –

média de um por se-

mana –, o Movimento dos

Trabalhadores Sem-Teto

(MTST) paralisou ontem as

principais vias da região

central para pedir, ao gover-

no municipal, a desapropria-

ção do terreno particular on-

de está a mais recente ocu-

pação da entidade, o Portal

do Povo, no Morumbi (zona

sul). Cerca de 5 mil pessoas,

segundo o movimento, per-

correram à tarde três quilô-

metros entre a Avenida Pau-

lista e a Rua Líbero Badaró,

no Centro.

A manifestação compli-

cou o trânsito em toda a re-

gião da Consolação, da Pra-

ça da Sé e na Rua Boa Vista.

Só no Centro o índice de len-

tidão chegou a 13 quilôme-

tros às 15 horas - motoristas

chegaram a ficar parados,

com carros desligados.

A reintegração de posse

foi solicitada à Justiça pela

Construtora Even, dona do

terreno onde está a ocupa-

ção do Morumbi. Como ocor-

reu há dois meses com a

Ocupação Copa do Povo, em

Itaquera, na zona leste, o

MTST quer que o governo de-

saproprie a área e viabilize

no local moradias populares

para os invasores, por meio

do Programa Minha Casa Mi-

nha Vida. "Não é só pela ocu-

pação Copa do Povo. Exis-

tem outros compromissos

assumidos pela administra-

ção com a gente, em relação

a outros acampamentos,

que até agora não foram

cumpridos", afirmou Gui-

lherme Boulos, de 32 anos,

coordenador do MTST.

Cornetas – Ontem a mobi-

lização do MTST lembrou os

protestos realizados em ju-

nho, quando um acampa-

mento chegou a ser feito

diante da Câmara. Com cor-

netas, buzinaço e carro de

som, os manifestantes se

postaram na frente do pré-

dio da Secretaria Municipal

de Habitação. À tarde, uma

comissão com 13 líderes da

organização se reuniu com

técnicos da Cohab. Ao fim, o

governo disse que o terreno

da ocupação Portal do Povo

não será desapropriado.

Mas o MTST apresentou

outras seis áreas próximas

do Morumbi que serão ava-

liadas. Os sem-teto come-

moraram a decisão e prome-

tem fazer protestos para

pressionar pelo atendimen-

to das famílias que estão na

ocupação do Morumbi.

A presença em manifesta-

ções rende pontuação e é

decisiva na hora que a enti-

dade indica quem serão os

beneficiários de programas

como o Minha Casa Minha Vi-

da/Entidades. (EC)

André Lucas Almeida/EC Gero/Estadão Conteúdo

Page 11: Diário do Comércio - 24/07/2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

cervos em disparada, bandos de

símios pelas copas das árvores,

e, claro, encenações impressio-

nantes de batalha. Soma-se o

bom uso do 3D, que se mostra es-

pecialmente eficaz nas tomadas

de grandes alturas.

A trama não escapa a alguns cli-

chês, como o do personagem Cal-

ver, o elemento mais radical e me-

nos racional, que põe em risco as

difíceis negociações entre as par-

tes. Detalhes que se perdem dian-

te da tensa dinâmica estabelecida

entre Cesar, Malcolm e Koba.

Lançado nos Estados Unidos no

segundo fim de semana de julho, o

filme liderou as bilheterias nas pri-

meiras duas semanas, e recupe-

rou apenas no período US$ 110

milhões dos US$ 170 milhões gas-

tos no orçamento.

Dafoe, em Platoon(1986). Oscar demelhor coadjuvante.

ESPECIAL DCINEMA: PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONT0. MAIS DETALHES, TRAILER E GALERIA DE FOTOS EM W W W. D C O M E RC I O. C O M . B R.

T E

AT R

O

TERRA DE

Lucie Jansch

Sérgio Roveri

Há algumas semanas, o

bailarino e ator Mikhail

Baryshnikov, 66 anos,

declarou, em um vídeo de

divulgação da peça The OldWoman (A Velha), em que

contracena com o a tor Willem

Dafoe sob a direção de Bob

Wilson, se que viu obrigado a

fazer nesse espetáculo uma série

de coisas estranhas e até então

inimagináveis. Ao ser

questionado, na tarde da última

terça-feira, durante entrevista

concedida para promover a

temporada paulistana da peça,

sobre quais coisas seriam essas,

Baryshnikov nem precisou

pensar muito. “Cantar ”, ele

respondeu em meio a uma

careta. “Eu canto por 30

segundos em cena, o que já é

suficientemente assustador para

mim, para a plateia e ainda mais

para um cantor de verdade”.

Depois da estreia em Londres e

de temporadas em Paris e Nova

York, The Old Woman chegou a

São Paulo para apenas onze

apresentações a partir desta

quinta (24) no Teatro do Sesc

Pinheiros. Este é o quinto

espetáculo com a grife Bob

Wilson a ser mostrado na cidade

em apenas dois anos. As sessões

da peça no Brasil terão legendas

em português.

The Old Woman é inspirada no

romance homônimo do escritor e

poeta russo Daniil Kharms (1905-

1942), que passou boa parte da

vida perseguido pelo regime

“Trabalhar com Bob Wilson era

um desejo de pelo menos dez

anos”, disse o bailarino, que

recebeu das mãos do diretor o

livro que acabou dando origem à

peça. “Eu já conhecia a obra de

Daniil Kharms, mas este livro

especificamente eu não havia

lido. Ou, se li, infelizmente

esqueci”.

O figurino usado por

Baryshnikov e Dafoe remete à

ideia de palhaços não

necessariamente felizes. Seus

personagens – e cada um dos

atores representa vários -

parecem flutuar em um mundo

que está de ponta cabeça,

sensação ampliada pelo efeito de

móveis pendurados no teto. Isso,

em parte, tem a ver com a

genialidade de Bob Wilson no

comando da iluminação e do

cenário. Mas tem a ver,

acima de tudo, com a realidade

proposta pelo livro de Kharms,

um autor que viveu

e morreu vítima de um mundo

de cabeça para baixo.

The Old Woman (A Velha).Teatro Paulo Autran do Sesc

Pinheiros. Rua Paes Leme, 195.

Tel.: 3095-9400. De hoje a

domingo e de quarta a domingo

da semana que vem. Quarta a

sexta, 21h, sábado, 16h e 21h e

domingo, 18h. R$ 60. (O Sesc

colocou lugares extras na platéia,

porque o número regular de

ingressos se esgotou já

na quarta 23.)

TE

LEV

ISÃ

O

É argentino. E bom.

Divulgação

Jorge Drexler e Valeria Bertuccelli, como Uriel e Gloria.

Ana Barella

CINEMA

A MENSAGEM DOS PRIMATASLuiz Octavio de Lima

Três anos depois do lança-

mento de Planeta dos Maca-cos: A Origem, chega aos ci-

nemas Planeta dos Macacos: O Con-fronto, nova etapa de uma saga

com inesgotável capacidade de

manter o interesse do público. A

sátira social e política imaginada

em livro por Pierre Boule virou fil-

me de enorme sucesso em 1968,

desencadeou diversas sequên-

cias, uma série de TV, uma releitu-

ra de Tim Burton em 2001 e até

inspirou o humorístico O Planetados Homens, na TV brasileira. Nes-

ta retomada do filão, muitas alte-

rações foram introduzidas, mas a

tônica ainda é a mensagem paci-

fista, a discussão sobre a difícil

coexistência entre os povos e, na

metáfora aqui colocada, entre as

espécies. Um estágio em que hu-

manos e macacos alternam pa-

péis de ameaçadores e ameaça-

dos.

Desenro lada uma década

após a disseminação do vírus

que ALZ 113, que dotou primatas

de grandes habilidades cogniti-

vas e dizimou a maior parte da

população da Terra, este capítu-

lo é ambientado nos dois lados

da baía de São Francisco, nos Es-

tados Unidos. Em um deles, sub-

siste um agrupamento humano

que passou incólume pela epide-

mia. No outro, uma cada vez

mais organizada comunidade de

chimpanzés, gorilas e orango-

tangos, divididos entre a lideran-

ça ponderada de César (Andy

Serkis, o Gollum de O Senhor dosAnéis), o protagonista do primei-

ro filme, e a de Koba (o britânico

Toby Kebbell), de espírito belico-

so e intransigente.

O elenco de agora não traz

grandes estrelas. O maior nome

nos créditos é o de Gary Oldman,

mas mesmo ele não tem um tem-

po em cena dos mais longos. O

protagonista Malcolm é vivido

pelo australiano Jason Clarke (de

A Hora Mais Escura e O GrandeGatsby). Mas o show fica por con-

ta dos personagens não-huma-

nos, desenvolvidos em técnicas

variadas de efeitos especiais

que vão da CGI (Imagem Gerada

por Computador) à manipulação

de bonecos e à captura de movi-

mentos e expressões por meio

de trajes colantes com pontos

magnéticos. A magia tecnológi-

ca confere fascínio a sequências

como a da luta com um urso, de

Ur iel não tem muitas

conquistas para orgu-

lhar-se. Mentiroso, di-

vorciado, e pai de duas crian-

ças, trabalha na antiga finan-

ceira da família. Passa grande

parte de seus dias jogando po-

quer e flertando com interes-

ses românticos, que nunca

chegam a serem rômanticos,

pois ele está em uma fase

avessa a compromisso. A neu-

ra é tanta, que

reso lve fazer

uma vasecto-

mia para evitar a

vida de casado

que tinha antes.

U r i e l p o d e

não ter perfill de

galã de comédia

romantica, mas

é este o seu pa-

pel em A Sorteem suas Mãos ( LaSuerte En Tus Manos, 2012, 110

min), do cineasta argentino

Daniel Burman (Ninho Vazio),

que estreou na semana passa-

da no Telecine Cult –e será exi-

bido amanhã, às 15h55, e na

sexta (1), às 19h55.

Daniel Burman, chamado

de Woody Allen argentino,

volta mais uma vez com uma

crônica familiar divertida e in-

teligente.

Seu protagonista é inter-

pretado pelo ótimo cantor, e

novato ator, Jorge Drexler

(que levou o Oscar de melhor

música pelo filme Diários deMotocicleta, em 2005). O "par

romântico' de Uriel é Gloria,

uma ex-namorada que volta

para sua vida e traz rumo, e

sorte, no meio da inércia, vivi-

da por Valeria

B e r t u c c e l l i

(XXY).

P ro m e t e m

boas risadas as

cenas que evi-

denciam a falta

de noção (e ca-

ráter) de Uriel,

e suas longas

conversas com

seu médico e

conselheiro, in-

terpretado por Luis Barndoni.

A Sorte em suas Mãos é uma

animada e, em alguns mo-

mentos, sensível comédia ro-

mântica que evidencia a qua-

lidade do cinema argentino.

Em algumas cenas chega a

escorregar em clichês, po-

rém, prova que existe, sim, vi-

da inteligente neste gênero.

GIGANTES

C

stalinista até ser preso em 1936 e

mais tarde abandonado para

morrer de fome na cela de um

presídio em São Petersburgo. A

obra, nas quais os especialistas

costumam localizar

traços que o ligariam à

literatura de Ionesco e

Samuel Beckett, traz

como protagonista um

homem infeliz que

passa seus dias

atormentado pela

figura de uma velha

mulher. O livro, um dos

mais famosos e

extensos de Kharms, que

costumava escrever textos

curtíssimos, foi adaptado para o

palco pelo dramaturgo e ensaísta

americano Darryl Pinckney. “A

história combina um pouco de

riso e um pouco de dor”, disse

Willem Dafoe, que

completava 59 anos no dia da

entrevista. “Mas Bob Wilson

nunca se limita ao

material original, ele

não ilustra um texto

único. Neste

espetáculo, como nos

outros, ele faz paralelos

com outras histórias”.

A peça, que depois de

São Paulo faz uma

rápida passagem pela

Fundação Cidade

das Artes, no Rio,

antes de seguir para Buenos

Aires, é resultado

de um processo colaborativo

entre o diretor e os dois atores.

Divulgação

A históriacombina umpouco de risoe um pouco

de dor.Willem Dafoe

Baryshnikov e GregoryHines: Sol da Meia-Noite (1985).

Page 12: Diário do Comércio - 24/07/2014

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

.P..OLÍTICA

Página 'DilmaBolada' sai do ar

A página da

personagem fictícia

Dilma Bolada, que tem

mais de dois milhões de

seguidores no Facebook

e é inspirada na

presidente Dilma

Rousseff, foi tirada do ar.

O criador da página,

Jeferson Monteiro,

informou que tomou a

decisão para evitar

hostilidades durante o

período eleitoral. Ao

tentar acessar a página,

o internauta é

direcionado à página

principal do Facebook

.T..RAJETÓRIA

Um artista entre opopular e o erudito

.A..NIMAIS

Cães ciumentosCientistas da

Universidade da Califórnia,

nos EUA, testaram 36 cães

e seus donos em um

estudo no qual os humanos

precisavam brincar com

três objetos diferentes,

entre eles, um cão de

brinquedo, na frente de

seu pet. Segundo os

cientistas, os cães se

mostraram mais sensíveis,

mordendo, latindo e

puxando os donos quando

estes brincavam como cão

de mentira. O estudo

sugere que cães não só

sentiram ciúmes como

tentaram quebrar o

vínculo entre o dono e um

aparente rival.

.C..OLÔMBIA

Moda praiaModelo desfila criação da

grife Leonisa durante o

evento Colombiamoda, em

Medellín.

.E..SPOR TES

COB quer 27medalhas em 2016

O Comitê Olímpico

Brasileiro estabeleceu a

meta ambiciosa para o

Brasil nos Jogos Olímpicos

de 2016 de conquistar ao

menos 27 medalhas para

ficar entre os dez primeiros

colocados no total de

pódios, segundo plano

apresentado ontem pelo

diretor-executivo de

Esportes do COB, Marcus

Vinícius Freire. O Brasil

conquistou o recorde de

17 medalhas nos Jogos

de Londres em 2012.

.C..RÍTICA

Kamasurra,a polícia em ação.A violência policial nas

manifestações de rua

desde 2013 já deixou

feridos entre

manifestantes e até

profissionais da

imprensa. Como forma

de chamar a atenção

para isso, os artistas

Gabriel Morais, Renato

Botelho and Bruno

Pereira criaram uma

série de pôsteres

inspirados no Kama

Sutra que mostram

policiais batendo em

manifestantes. As

imagens do Kama

Surra podem ser

impressas e

espalhados por aí,

como forma de crítica

à repressão violenta.

w w w. k a m a s u r r a . c o m . b r

.L..OTERIAS

Concurso 1471 da LOTOMANIA

02 04 10 13 23

Concurso 1619 da MEGA-SENA

05 08 17 42 46 47

27 39 41 47 49

54 57 60 63 64

65 66 71 83 87

Concurso 3542 da QUINA

16 33 41 61 71

.L..I T E R AT U R A

O Brasil compadecidoO

escritor e dramaturgo

paraibano Ariano Suas-

suna morreu ontem, às

17h15, em Recife, aos 87 anos,

em decorrência de complica-

ções que se seguiram a um aci-

dente vascular cerebral (AVC)

h e m o rr á g i c o.

O intelectual, que em agosto

do ano passado já havia sofrido

um infarto seguido de aneuris-

ma cerebral, estava internado

no Real Hospital Português, na

capital pernambucana, desde a

segunda-feira à noite, quando

foi submetido a uma cirurgia de

emergência após o AVC. Na noite

de terça, o quadro dele se agra-

vou. Na tardede ontem, ohospi-

tal divulgou, em comunicado,

que o "paciente teve uma parada

cardíaca provocada pela hiper-

tensão intracraniana".

O velório do escritor Ariano

Suassuna acontece no Palácio

doCampo dasPrincesas, emRe-

cife,até as15h destaquinta-fei-

ra. O enterro está previsto para

as 16h, no cemitério Morada da

Paz, onde está enterrado um de

seus seis filhos, Joaquim.

Acadêmico –Ariano Suassuna

foieleitopara aAcademiaBrasi-

leiradeLetras em1989eocupa-

va a cadeira número 32. Outros

doismembros da ABL morreram

nestemês: Ivan Junqueira e João

Ubaldo Ribeiro. A literatura bra-

sileira também perdeu neste

mês o escritor Rubem Alves, que

não era membro da ABL.

Com a vida intimamente liga-

da às artes cênicas e dotado de

umcarisma singularjunto aopú-

blico, Suassuna manteve-se ati-

vo mesmodiante dosproblemas

de saúde que começaram no ano

passado. Ele apresentou recen-

tementeumasériede aulas-es-

petáculo, nas quais discorria so-

bre a própria biografia e temas

da cultura nordestina.

Suassuna subiu ao palco pela

últimavez nasexta-feira, 18,pa-

ra uma palestra sobre o composi-

tor Capiba, mestre do frevo per-

nambucano,em Garanhuns,du-

rante o Festival de Inverno.

Nocarnaval dopróximo ano,o

autor paraibano deve ser home-

nageado pela escola de samba

Unidos de Padre Miguel, do Rio de

J a n e i ro.

Seu embate para afirmar uma

arte genuinamente brasileira o

empurrou paraembatecom ad-

versários intelectuais de todos

os quadrantes, que o classifica-

vam como nacionalista e retró-

grado. Nesse duelo cunhou fra-

ses, boutades, aforismos e pia-

das de todo tipo.

Popularidade – Ontem, após a

divulgação da notícia de sua

morte, o escritor foi homenagea-

do porleitores efãs nasredes so-

ciais. As manifestações de admi-

ração e pesar chegaram a produ-

zir mais de cem novos tuítes por

minuto, muitos deles contendo

citações de algumasde suas fra-

ses mais populares, poéticas e

bem-humoradas, entre elas:

Dizemque todasas pessoas têmum lado bonito. Então acho que souum círculo.

Tenho duas armas para lutar con-tra o desespero, a tristeza e até amorte: o riso acavalo eo galopedosonho.

O otimistaé umtolo. Opessimis-ta,um chato.Bommesmoé serumrealista esperançoso.

Felicidade é torcer pelo Sport. (Oescritor era fanático pelo Sport

Clube de Recife, queno anopas-

sado adotou um uniforme em

sua homenagem.)

Quem gosta de ler não morresó.

O sonho é que leva a gente para afrente.Se agente forseguir a razão,fica aquietado, acomodado.

O homem nasceu para a imortali-dade. A morte foi um acidente depercurso.

Não tenho medo da morte. Só te-nho medo de morrer sem terminarum livro que eu esteja escrevendo;e não ter uma morte limpa. Eu queropelo menos uma morte limpa.

Ahumanidade sedivide emdoisgrupos, os que concordam comigoe os equivocados.

Terceira idade é para fruta: verde,madura e podre.

Tapete voadorO pianista alemão StefanAaron se apresenta sobreum "tapete voador", umaplataforma suspensa por

um helicóptero noaeroporto de Munique.

Vaso enganchadoO vaso Hookie foi pensado

como um módulo que você

pode pendurar um no outro

ou em ganchos individuais

para criar as composições

de plantas que desejar.

Criação do jovem designer

industrial finlandês Niko

L a u k ka r i n e n .

http://goo.gl/PhfOp0

Concurso 1085 da LOTOFÁCIL

03 06 07 08 09

10 14 16 18 19

21 22 23 24 25

Compadecida (1955),

peça adaptada para TV e

cinema. Suassuna foi

professor de Estética na

Universidade Federal de

Pernambuco e

idealizador, em 1970, do

Movimento Armorial,

uma forma de expressão

erudita nordestina

baseada no estudo das

expressões populares

tradicionais. Em 1971,

Suassuna publicou ORomance d'A Pedra doReino e o Príncipe doSangue do Vai-e-Volta,

inspirado na tradição

popular sebastianista de

Pe rn a m b u c o.

Ariano Vilar Suassuna

nasceu em João Pessoa

em 3 de agosto de 1927,

quando a cidade ainda

se chamava Nossa

Senhora das Neves e o

Estado era governado

por seu pai, João

Suassuna. Mudou-se em

1942 para Recife, onde

se formou em Direito e

iniciou sua carreira com

a peça Uma MulherVestida de Sol (1947).

Entre suas obras estão

as comédias O Santo e aPo r c a , A Farsa da BoaPr e g u i ç a e Auto da

Fred

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Page 13: Diário do Comércio - 24/07/2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

FECHAMENTO DE EMPRESASO ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena

Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse ontem que emsetembro entrará em vigor a regra que permitirá o

imediato fechamento de empresas, com o fim da exigênciado débito de regularidade fiscal pela Receita Federal.

Raio-X do varejo paulistaO ACVarejo, novo indicador da ACSP elaborado com dados da Sefaz-SP, passa a mapear o interior ao lado da Capital.

Paula CunhaPaulo Pampolin/Hype

O segmento de eletroeletrônicos obteve o melhor desempenho em maio, pelo ACVarejo. As vendas de televisores ajudaram.

No país todo,um semestreequilibrado.

Omovimento do

comércio em todo o

Brasil registrou aumento

de 5,4% do primeiro

semestre de 2014 ante o

mesmo período do ano

passado, de acordo com a

Boa Vista SCPC (Serviço

Central de Proteção ao

Crédito). O resultado é

positivo, mas considerado

modesto pelos

economistas da empresa.

Apenas em junho houve

ligeira queda, de 0,1% ante

maio, já descontados os

efeitos sazonais. No

acumulado dos últimos 12

meses houve alta de 3,8%,

resultado 0,1 ponto

percentual inferior ao

acumulado até maio. Com

isso, a expectativa é de

que o varejo tenha neste

ano desempenho

semelhante ao observado

em 2013.

Na análise por setores, o

estudo apontou que o setor

de Móveis e

Eletrodomésticos registrou

alta de 4,2% em junho

sobre maio, com dados já

dessazonalizados. No

acumulado dos últimos 12

meses, o crescimento foi

de 5,9%, enquanto ante

junho do ano passado foi

observada queda de 6,3%.

No segmento de

Supermercados, Alimentos

e Bebidas houve queda de

1,2% em junho ante maio,

descontados os fatores

sazonais. No acumulado

dos últimos 12 meses, a alta

foi de 2,3% e elevação de

2,7% sobre junho de 2013.

No grupo dos

Combustíveis e

Lubrificantes foi observada

queda mensal ajustada

sazonalmente de 1,6%. No

acumulado dos últimos 12

meses, houve avanço de

4,9% e de 8,4% frente a

junho do ano passado.

Para a categoria de

Tecidos, Vestuários e

Calçados, o recuo foi de 1%

em junho ante maio ao

mesmo tempo em que

ocorreu elevação de 1,4%

no acumulado dos últimos

12 meses.

O indicador é elaborado

a partir do total de

consultas realizadas junto

à base de dados da Boa

Vista por parte de

empresas do varejo em

todo o Brasil. As séries têm

como ano base a média de

2011=100 e passam por

ajuste sazonal para

avaliação da variação

mensal. A partir de janeiro

deste ano houve

atualização dos fatores

sazonais e reelaboração

das séries

dessazonalizada, com a

utilização do filtro sazonal

X-12 ARIMA, que é

disponibilizado pelo US

Census Bureau.

(Paula Cunha)

Sem medo do cenário pós-copaA Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, obteve lucro de 26,5% no segundo trimestre. E projeta um quadro ainda melhor daqui para frente.

Paulo Pampolin/Hype

Arede de lojas de mó-

veis e eletroeletrô-

nicos Via Varejo vê

com otimismo o ce-

nário de vendas após a Copa

do Mundo, que catapultou

vendas de televisores no se-

gundo trimestre, afirmaram

ontem executivos da compa-

nhia. A empresa controlada

pelo Grupo Pão de Açúcar es-

pera manter o nível de mar-

gem bruta no segundo se-

mestre, após 31,1% de janei-

ro a junho, disse o diretor-pre-

sidente da Via Varejo, Líbano

Barroso, em teleconferência

com analistas.

A dona das bandeiras Ca-

sas Bahia e Ponto Frio divul-

gou no final da terça-feira alta

de 26,5% no lucro líquido

ajustado do segundo trimes-

tre ate mesmo período de

2013, apoiado em parte pelo

calendário mais favorável.

O executivo afirmou ainda

que a Via Varejo "vê vendas

pós-Copa claramente supe-

riores às do mesmo período

do ano passado. É uma ten-

dência de poucos dias, mas

nos deixa animados e con-

fiantes", disse Barroso.

Corroborando com a con-

fiança de Barroso, o vice-pre-

sidente financeiro da com-

panhia, Vítor Fagá, afirmou

na teleconferência que a ina-

dimplência dos consumido-

res no segundo trimestre e

no início do terceiro está den-

tro do esperado para os pe-

ríodos. "Não vemos deterio-

ração de carteiras (de finan-

ciamento) recentes que não

esteja relacionada à sazona-

lidade", disse Fagá. Mas ele

fez uma ressalva, diante das

incertezas da economia.

"Tem que prestar atenção ao

cenário macro, para mudar

estratégia caso seja neces-

sário", disse ele.

Sem ver motivos para uma

mudança nos planos, a com-

panhia manteve a meta de

abrir 70 lojas no Brasil este

ano. No primeiro semestre, a

Via Varejo abriu 14 lojas da

bandeira Casas Bahia.

Ao mesmo tempo, a com-

panhia fechou 32 lojas no se-

gundo trimestre, dentro de

acordo com o Conselho Admi-

nistrativo de Defesa Econô-

mica (Cade), e mais 3 em vir-

tude performance fraca. "Es-

tamos confortáveis com a

abertura de 70 lojas este ano.

As aberturas têm concentra-

ção maior no último trimestre

do ano", afirmou Fagá.

Entre os novos projetos da

empresa, Fagá afirmou que

a empresa espera manter a

cobrança de frete de merca-

dorias a clientes ao longo do

ano e que a empresa está

testando a viabilidade de co-

brança de taxa para monta-

gem de móveis. O executivo

não deu mais detalhes.

(Reuters)

Os resultadosrefletem osefeitos da Copa,do Dia das Mãese das novidadeseletrônicas,como celularese tablets.ROGÉRIO AM ATO,PRESIDENTE DA AC S P

Um novo índice para

acompanhar o de-

sempenho do vare-

jo começou a ser di-

vulgado ontem pela Associa-

ção Comercial de São Paulo

(ACSP). Trata-se do ACVarejo,

que analisa cada segmento

do comércio varejista a partir

de dados de faturamento for-

necidos pela Secretaria da Fa-

zenda do Estado de São Paulo

(Sefaz-SP). As informações

englobam a capital paulista e

o interior do Estado.

O primeiro levantamento

indicou que o volume geral de

vendas registrou alta de 4,5%

no Estado em maio, na compa-

ração com abril. Na capital, o

aumento foi mais expressivo,

de 5,2% em igual período. No

interior o avanço foi de 4,3%.

Porém, no acumulado do

ano (de janeiro a maio) houve

recuo nas medições das ven-

das. No Estado, a queda foi de

6,5%; na Capital, de 10,4% e

no interior, de 4,7%, sempre

tendo como parâmetro igual

período do ano passado.

Em relação ao faturamento,

o resultado mensal (maio so-

bre abril) registrou altas de 5%

no Estado, 5,7% na Capital e

4,7% no interior. No acumula-

do do ano, apenas o interior re-

gistrou alta, de 1%, enquanto

o Estado teve perda de 0,9% e

a Capital recuo de 5%.

Para Rogério Amato, presi-

dente da ACSP, da Federação

das Associações Comerciais

do Estado de São Paulo (Fa-

cesp) e presidente-interino da

Confederação das Associa-

ções Comerciais e Empresa-

riais do Brasil (CACB), "os resul-

tados provavelmente refletem

os efeitos da Copa do Mundo,

do Dia das Mães e das novida-

des eloetrônicas, principal-

mente celulares e tablets".

TECNOLOGIA NA PONTA

De acordo com o primeiro

boletim, o segmento de ele-

troeletrônicos foi o que regis-

trou melhor desempenho no

varejo paulista em maio deste

ano. Houve alta de 18,8% nas

vendas físicas ante abril e ele-

vação de 36% de janeiro a maio

em relação aos cinco primeiros

meses de 2013. Com estes re-

sultados, o faturamento do se-

tor avançou 19,3% na compa-

ração entre meses e 44% no

acumulado do ano.

O setor de supermercados,

entretanto, foi o que registrou

as maiores quedas na compa-

ração entre maio e abril. Hou-

ve retrações de 2,3% nas ven-

das físicas e de 1,9% no fatu-

ramento em razão da ausên-

cia de datas importantes em

maio, já que a Páscoa foi cele-

brada em abril e é considera-

da a melhor data para o seg-

mento. No acumulado do ano,

os supermercados observa-

ram as vendas recuarem

1,6%, mas o faturamento

crescer 4,3%.

Para Emílio Alfieri, econo-

mista do Instituto de Econo-

mia Gastão Vidigal (IEGV), da

ACSP, os supermercados fo-

ram afetado pela alta da infla-

ção de alimentos. Ele explica

que quando os preços destes

itens sobem as camadas da

população mais afetadas são

as classes C, D e E, sendo que

a reação mais imediata é pro-

curar trocar os produtos que

mais consomem por itens

mais baratos – a já conhecida

substituição de marcas – e

também reduzir os gastos do

que considera supérfluo, co-

mo as sobremesas. "Isso re-

duz o faturamento do setor,

embora o volume de vendas

observado se mantenha nos

mesmos níveis. Este novo ín-

dice capta a percepção dos

varejistas que participam de

nossas reuniões de conjuntu-

ra", explica.

As lojas de móveis e decora-

ção houve também acumula-

ram resultados negativos, tan-

to na receita nominal quanto

no volume de vendas. na com-

paração entre maio deste ano

e igual mês do ano passado, o

recuo no faturamento foi ex-

pressivo, de 12,3%. na mesma

comparação, as vendas caí-

ram 17,5%.

M E TO D O LO G I A

O ACVarejo é o novo indica-

dor elaborado pelo IEGV, da

ACSP, a partir de um convênio

firmado pela entidade com o

Sefaz-Sp. O Instituto passou a

receber mensalmente os da-

dos de faturamento do vare-

jo, que são coletados a partir

do Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Serviço

(ICMS) de todo o Estado de

São Paulo, organizados de

acordo com a localização de

cada Delegacia Regional Tri-

butária (DRT). Estas informa-

ções são coletadas nos se-

guintes segmentos do comér-

cio: autopeças e acessórios;

concessionárias de veículos,

farmácias e perfumarias, lo-

jas de departamento, maga-

zines de eletrodomésticos e

eletroeletrônicos, lojas de

material de construção, mó-

veis e decoração; lojas de

vestuário, tecidos e calçados,

outros tipos de comércio va-

rejista e supermercados.

Page 14: Diário do Comércio - 24/07/2014

14 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

Page 15: Diário do Comércio - 24/07/2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

O sindicalismo é resistente ao part time pela experiência mal sucedida ocorr idaem alguns países da Europa, diz Ricardo Patah, do sindicato dos comerciários.

Em análise, trabalho part time.O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) propõe ao Sindicato dos Comerciários de São Paulo discutir o regime de trabalho de até 25 horas semanais.

Sílvia Pimentel

Empregados e p atrõ es

do setor do comércio

sentam à mesa no pró-

ximo mês para discu-

tir um modelo de contrato de

trabalho pouco utilizado no

Brasil, apesar de estar previsto

na legislação trabalhista brasi-

leira desde 2001. Comum em

outros países, a contratação de

trabalhadores por menores pe-

ríodos, sistema chamado part

time, foi proposta pelo Instituto

para o Desenvolvimento do Va-

rejo (IDV) ao Sindicato dos Co-

merciários de São Paulo, que

aceita discutir o tema, mas

com ressalvas. A principal ca-

racterística do trabalho em re-

gime de tempo parcial é que a

sua duração não exceda a 25

horas semanais. Por esta ra-

zão, o salário a ser pago deve

ser proporcional à jornada em

relação aos empregados que

cumprem, nas mesmas fun-

ções, tempo integral. Eis o pri-

meiro impasse.

“Uma das condições para a

aceitação desse regime é o au-

mento do valor por hora de tra-

balho. Ou seja, o valor da hora

deve ser maior que o valor do

piso da categoria ou do salário

m í n i m o”, adiantou o presiden-

te do Sindicato dos Comerciá-

rios de São Paulo, Ricardo Pa-

tah. De acordo com o dirigen-

te, o sindicalismo é resistente

ao part time pela experiência

“mal sucedida” ocorrida em

alguns países da Europa. “Na

Bélgica, houve precarização e

redução do salário e, atual-

mente, 77% dos trabalhado-

res são part time”, disse.

Outras condições que de-

vem ser levadas à mesa pelos

trabalhadores é a definição de

um limite de horas trabalhadas

por dia, de um percentual má-

ximo de trabalhadores subme-

tidos a esse regime por empre-

sas, além de restringir quais

empregados poderão traba-

lhar com jornada reduzida. A

proposta é que sejam jovens

que ingressam no mercado de

trabalho e aposentados.

Procurado, o IDV não quis

pronunciar sobre o assunto. O

instituto está elaborando um

estudo sobre a questão para

mostrar as vantagens desse

tipo de contrato, capaz de in-

cluir pessoas que hoje não têm

condições ou interesse de ter

uma jornada de trabalho com-

pleta, oferecendo a possibili-

dade a jovens estudantes,

mulheres que dedicam boa

parte do tempo aos filhos,

aposentados ou outros grupos

de, por exemplo, trabalhar por

um período menor.

Na opinião do professor do

Núcleo de Capacitação Profis-

sional da Fadisp, Gabriel Cou-

tinho, que também é juiz titu-

lar de vara trabalhista, são

poucos os contratos firmados

no País e uma das explicações

para isso é a falta de cultura.

“No Brasil, é tradição o traba-

lho de oito horas diárias ou 44

horas semanais”, explica. De

acordo com ele, a jornada por

tempo parcial pode ser uma

opção interessante para al-

guns empregadores, desde

que responda a uma necessi-

dade da empresa e não seja

vista como uma “poção mági-

ca ” para resolver uma ques-

tão financeira momentânea e

reduzir custos. A migração de

um contrato tradicional de 8

horas diárias para um part ti-

me terá o aval do Judiciário nos

casos em que a modificação

tenha sido discutida com o sin-

dicato da categoria.

Outro cuidado é que traba-

lhadores submetidos à jorna-

da por tempo parcial não po-

dem fazer horas extras de for-

ma habitual sob o risco de o Ju-

diciário entender que houve

um desvirtuamento do con-

trato. “As horas extras devem

ser (realmente) extraordiná-

rias, nunca uma regra”, expli-

ca o juiz. Além da falta de tra-

dição, na opinião de Couti-

nho, os baixos salários pagos

no Brasil também impedem o

maior uso da jornada parcial,

o que desestimula o interesse

por parte dos empregados.

Apesar de pouco utilizado, o

juiz entende que esse tipo de

contrato pode trazer vanta-

gens para pequenos empre-

gadores do comércio, entre-

gas de pizzas ou remédios em

finais de semana.

A advogada trabalhista

Aparecida Tokumi Hashimoto,

do escritório Granadeiro Gui-

marães, vê com bons olhos o

trabalho por tempo parcial. “É

uma alternativa interessante,

por exemplo, para mulheres

com filhos pequenos, cujo ma-

rido é responsável pelo sus-

tento da casa”, afirma. Para

uma família com essa configu-

ração, seria uma forma de

complementar a renda, já que

o salário também é menor. De

acordo com ela, o salário de

um trabalhador part time de-

ve ser proporcional ao de um

empregado com jornada tra-

dicional de oito horas. Ela diz

que a resistência dos sindica-

tos tem impedido o maior uso

desse tipo de contrato, sob o

argumento que se deve pagar

o piso salarial da categoria, in-

dependentemente da jornada

contratada. Apesar de inco-

mum, no escritório, há consul-

Tina Cezaretti/Hype

tas de empregadores sobre o

assunto e alguns contratos fe-

chados. “Existem empresas,

sobretudo as maiores, que

consideraram essa opção,

atendendo pedido do empre-

g a d o”, resume. Entre os casos

concretos, há de uma funcio-

nária que teve a jornada redu-

zida, em comum acordo com a

empresa, para sobrar tempo

para cuidar do filho pequeno.

Nos contratos por tempo

parcial estão assegurados to-

dos os direitos trabalhistas de

um contrato tradicional: re-

gras sobre segurança, higie-

ne, previdência social, adicio-

nais legais, FGTS, 13º salário

etc. Sobre o período de férias,

após um ano de trabalho, o

empregado part time terá, no

máximo, 25 dias de férias.

Divulgação

Uma das condiçõespara a aceitaçãodesse regime é oaumento do valorpor hora detrabalho.

RIC ARDO PATA H , SINDIC ATO DOS

COMER CIÁRIOS DE SÃO PAU LO

As horas extrasdevem serrealmenteextraordinárias,não uma regra.

GABRIEL CO U T I N H O,JUIZ TR ABALHISTA

Em 2015, um bolão de R$ 424 bi para aposentados.

Rafa

el N

edde

rmey

er

Pagamento dos benefícios previdenciários urbanos subirá 11,9%

Ogoverno estima

gastar R$ 424,5

bilhões em 2015

com o pagamento

de aposentadorias, pensões

e auxílios do Instituto Nacio-

nal do Seguro Social (INSS),

valor que representa uma al-

ta de 12,55% em relação à

projeção de desembolsos

para 2014 (R$ 377 ,2 b i-

lhões). Trata-se do maior

gasto da União.

O dado consta da prévia da

proposta orçamentária do Mi-

nistério da Previdência So-

cial, aprovada ontem, pelo

Conselho Nacional de Previ-

dência Social (CNPS). O docu-

mento serve de subsídio para

o projeto de Lei Orçamentária

Anual (LOA) 2015. Outros ór-

gãos também fazem a esti-

mativa de seus gastos.

A LOA autoriza as despesas

da União de acordo com a pre-

visão de arrecadação. O pro-

jeto da lei deve ser enviado ao

Congresso Nacional até o dia

31 de agosto e devolvido para

sanção presidencial até o en-

cerramento da sessão legis-

lativa. O Ministério da Previ-

dência Social não faz mais es-

timativas sobre a arrecada-

ção, apenas das despesas.

No ano passado, os gastos

obrigatórios do INSS com es-

ses pagamentos alcançaram

R$ 349 bilhões, ante previsão

inicial de R$ 343,7 bilhões no

O rç a m e n t o.

Para calcular os gastos do

INSS, o Ministério utiliza ba-

sicamente três fatores: in-

flação; regra do salário míni-

mo; e crescimento natural

do estoque. O governo já di-

vulgou a proposta de au-

mentar o salário mínimo dos

a t u a i s R $ 7 2 4 p a r a R $

779,79 a partir de janeiro do

ano que vem, uma alta de

7,71%. Pelas regras atuais,

o ano de 2015 será o último

no qual será adotada a atual

fórmula de correção do salá-

rio mínimo, ou seja, varia-

ção da inflação do ano ante-

rior e do PIB de dois anos an-

tes. Isso foi definido pelo

Congresso Nacional no iní-

cio de 2011.

De acordo com as proje-

ções do Ministério, o paga-

mento dos benefícios previ-

denciários urbanos aumen-

tará 11,9% enquanto os de-

sembolsos dos benefícios

rurais vão ter incremento de

14,7%. Isso se dá porque há

mais benefícios rurais que

são de um salário mínimo.

Segundo o Ministério, dois

terços dos 31 milhões de be-

nefícios pagos todo mês pelo

INSS são de um salário míni-

mo. Em relação aos valores

desembolsados, esses paga-

mentos representam 43%

dos R$ 29 bilhões gastos

mensalmente.

O Ministério da Previdên-

cia Social ainda projeta em

R$ 12,97 bilhões o total das

despesas da pasta em 2015,

praticamente o mesmo va-

lor estimado para este ano

(R$ 12,92 bilhões). Esses

gastos incluem os paga-

mentos aos servidores, in-

vestimentos e outras despe-

sas do Ministério, do INSS e

da Previc, o órgão regulador

dos fundos de pensão. (E s t a-dão Conteúdo)

Reajuste real é dado para 95% dos segmentos, diz Dieese.

Cerca de 95% das 685

unidades de

negociação analisadas

pelo Sistema de

Acompanhamento de

Salários do Departamento

Intersindical de Estatística e

Estudos Socioeconômicos

(SAS-Dieese) conquistaram,

para os pisos salariais em

2013, reajustes acima da

inflação medida pelo Índice

Nacional de Preços ao

Consumidor (INPC), calculado

pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística

(IBGE). O aumento real médio

foi de 2,8% – menos do que o

registrado em 2012, de

5,68% acima do INPC.

O SAS-Dieese informa que,

no ano passado, os valores

acordados variaram entre R$

678,00, (equivalente ao valor

do salário mínimo vigente em

2013) e R$ 3.600,00. O valor

médio dos pisos foi de R$

879,04, cerca de 9% maior,

em termos nominais, que o

valor médio observado em

2012 (R$ 802,89).

Em relação aos valores

estabelecidos para os pisos,

aproximadamente 6%

correspondiam ao salário

mínimo vigente; cerca de um

terço até R$ 750 e quase

metade de até R$ 800. Pisos

acima de R$ 1 mil foram

observados em 16% das

negociações analisadas e

superiores a R$ 2 mil, em

apenas 1,5%.

Na desagregação por setor

econômico, a pesquisa

mostra que em todas as áreas

o percentual de unidades de

negociação com aumento

real nos pisos salariais foi

superior a 90%.

A maior incidência de pisos

com reajustes foi no

Comércio (97,4%) e na

Indústria (96,8%), seguido

pelo setor Rural (92,6%) e de

Serviços (91,7%).

Já aos reajustes abaixo da

inflação, observados em

quase 3% das categorias,

foram mais frequentes no

setor Rural (7,4% das

unidades de negociação) e

nos Serviços (5,2%). Nos

setores de Indústria e

Comércio, esse percentual foi

de 1,7% e 0,9%,

re s p e c t i v a m e n t e .

O levantamento revela

também que o Salário Mínimo

Necessário calculado pelo

Dieese para 2013 variou

entre R$ 2.621,70 (valor

aferido em setembro) e R$

2.892,47 (em abril), o que

resultou em um valor médio

anual de R$ 2.765,33, o

equivalente a 4,08 salários

mínimos oficiais.

No relatório do estudo, o

Dieese comenta que o

resultado de 2013 por si é

"expressivo", embora seja

ligeiramente inferior ao

registrado em 2012, quando

o percentual de unidades de

negociação

com aumentos reais atingiu

98% das 696 unidades

pesquisadas. De acordo com

o órgão, essa diferença pode

ser decorrente, "em parte",

da valorização do salário

mínimo, "cuja influência

sobre as negociações dos

pisos salariais

vem sendo observada pelo

Dieese nos últimos anos". "A

correlação positiva entre a

política de valorização do

salário mínimo e a

valorização dos pisos

salariais é um dado

importante para o debate

sobre a continuidade da

referida política, a partir de

2016", destaca a

entidade no relatório.

(Estadão Conteúdo)

Page 16: Diário do Comércio - 24/07/2014

16 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

Page 17: Diário do Comércio - 24/07/2014

quinta-feira, 24 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 17

Odebrecht Agroindustrial S.A.CNPJ/MF nº 08.636.745/0001-53 – NIRE 35.300.350.391

Edital de Convocação de Assembleia Geral OrdináriaFicam convocados os acionistas da Odebrecht Agroindustrial S.A. (a “Companhia”) para compareceremà Assembleia Geral Ordinária que será realizada em 31 de julho de 2014, às 15hs, na sede daCompanhia localizada em São Paulo/SP, na Rua Lemos Monteiro, nº 120, 13° andar, Parte 2, Butantã,CEP 05501-050, a fim de deliberarem sobre as seguintes matérias: (i) aprovação do Relatório daAdministração, do Balanço Patrimonial e das demais Demonstrações Financeiras da Companhia,referentes ao exercício social encerrado em 31 de março de 2014; (ii) destinação do resultado doexercício social encerrado em 31 de março de 2014; (iii) fixação do limite global da remuneração anualdos Administradores da Companhia para o corrente exercício; e (iv) substituição e eleição ou reeleição,conforme o caso, dos membros do Conselho de Administração.

São Paulo, 24 de julho de 2014.ODEBRECHT AGROINDUSTRIAL S.A.

Marcelo Bahia Odebrecht – Presidente do Conselho de Administração

Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A.CNPJ/MF nº 17.261.661/0001-73 - NIRE 35.300.463.412Assembleia Geral Ordinária - Edital de Convocação

São convidados os acionistas da Outback Steakhouse Restaurantes Brasil S.A. (“Companhia”), na forma prevista nos Arti-gos 124 da Lei nº 6.404/76, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no dia 22 de agosto de 2014, às10:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Dr. Chucri Zaidan,80, 8º andar, conj. 8, CEP 04583-110, Vila Cordeiro, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: (i) apreciação das con-tas dos administradores, o balanço patrimonial e demais demonstrações financeiras da Companhia relativas ao exercício socialencerrado em 31/12/2013; (ii) destinação do lucro líquido do referido exercício; e (iii) qualquer outro assunto de interesse daCompanhia. Instruções Gerais: 1. Os documentos pertinentes às matérias a serem debatidas na Assembleia encontram-se àdisposição dos acionistas, a partir desta data, na sede da Companhia, nos termos do Artigo 133 da Lei nº 6.404/76. 2.O acionistaque desejar ser representado por procurador, constituído na forma do Artigo 126, §1º, da Lei nº 6.404/76, deverá depositar orespectivo mandato na sede da Companhia, até 24 (vinte e quatro) horas antes da realização da Assembleia Geral. 3. O acionistaque desejar receber cópia dos documentos pertinentes às matérias a serem debatidas na Assembleia deve solicitar por escritoà administração da Companhia, observado o disposto no Artigo 124, §3º da Lei nº 6.404/76. São Paulo, 22 de julho de 2014.Silvio Jose Bandini - Diretor. (22-23-24)

RB Capital Securitizadora S.A.Companhia Aberta - CNPJ/MF – 03.559.006/0001-91 - NIRE 35.300.322.924

pEdital de Convocação Assembleia Geral de Titulares dos Certificados de Recebíveis Imobiliários

das 85ª, 86ª e 87ª Séries da 1ª Emissão da RB Capital Securitizadora S.A.RB Capital Securitizadora S.A. (“Emissora”) e Pentágono S.A. Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, na qualidade,respectivamente, de emissora e agente fiduciário das 85ª, 86ª e 87ª séries de Certificados de Recebíveis Imobiliários(“CRI”) da 1ª emissão da Emissora, pelo presente edital de convocação, nos termos da Cláusula Nona do Termo deSecuritização dos créditos imobiliários que lastreiam os CRI, firmado em 21 de dezembro de 2011, convocam todos ostitulares dos CRI (“Titulares de CRI”) a se reunirem emAssembleia Geral de Titulares de CRI, a ser realizada, em primeiraconvocação no dia 14 de agosto de 2014, às 09:00 horas ou, em segunda convocação, às 9:30 horas do mesmo dia, nasede da Emissora, localizada na RuaAmauri, 255, 5º andar, na Cidade e Estado de São Paulo, para, em atenção à Cláusula9.01 do Contrato de Locação de Laboratório de Fluidos Sob Encomenda e à Cláusula 9.01 do Contrato de Locação de SedeAdministrativa Sob Encomenda, conforme aditados, ambos celebrados em 21 de dezembro de 2011, entre PetróleoBrasileiro S.A. – Petrobras (“Petrobras”) e Rio Bravo Investimentos DTVM Ltda. - na qualidade de administradora doFundo de Investimento Imobiliário RB Logística, conforme aditados (“Contratos de Locação”), deliberarem sobre aoutorga de autorização, à Petrobras, para que esta celebre os respectivos contratos de cessão de uso (onerosa ougratuita), comodato e/ou sublocação de áreas da Sede Administrativa e do Laboratório (conforme definidos nosrespectivos Contratos de Locação) a terceiros, exclusivamente para fins de desenvolvimento de atividades relacionadas aofuncionamento da Sede Administrativa e do Laboratório e que agreguem comodidade ao público usuário da SedeAdministrativa e do Laboratório, tais como, mas não se limitando, serviços de restaurantes, instalação de postos deatendimento bancário, lojas de conveniência, farmácias, entre outros, sob a condição de que a Petrobras continue integrale diretamente responsável por todas as obrigações que lhe são imputadas pelos Contratos de Locação, inclusive naqualidade de devedora principal pelo tempestivo pagamento do Valor Locatício, bem como pelas demais obrigações nostermos dos Contratos de Locação, incluindo, sem limitação, os respectivos tributos, encargos, danos, prejuízos, custos,multas, penalidades, valores devidos a título de seguro, prêmios, indenizações, obtenção de autorizações, registros,licenças, permissões, operação e/ou reparo. Poderão tomar parte na Assembleia: a) os Titulares de CRI, mediante exibiçãode documento hábil de sua identidade e comprovação de que são titulares dos CRI; e b) os procuradores dos Titulares deCRI, com poderes específicos para representação na Assembleia, e demais representantes legais, mediante comprovaçãoda legitimidade da representação exercida. Os documentos referentes à ordem do dia encontram-se à disposição dosTitulares de CRI no endereço eletrônico da RB Capital – www.rbcapital.com.br, cujo link direto encontra-se abaixo:http://www.rbcapital.com/Arquivos/2014/Assembleias/RB_Capital_CRI_85_86_87_201407.zip.SãoPaulo,22de julhode2014.

RB Capital Securitizadora S.A. Marcelo Michaluá - Diretor de Relações com Investidores

PREFEITURA MUNICIPAL DETAUBATÉ/SP

PREGÃO Nº 230/14A Prefeitura Municipal de Taubaté comunica que o Pregão Presencial nº 230/14 que cuida do Registro de Preços para eventual aquisição de pneus, foi solicitado esclarecimentos o qual encontra-se disponível em nosso site: www.taubate.sp.gov.br. Comunica ainda que a data para abertura das propostas foi alterada para o dia 11.08.2014, às 08h30 e novo edital será disponibilizado a partir do dia 30.07.2014, sob nº 230-A/14.

Taubaté, 18 de julho de 2014.Jose Bernardo Ortiz Monteiro Junior - Prefeito Municipal

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00500/14/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE BALCÃO TÉRMICO FIXO – BT-02. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Aquisição de Balcão Térmico Fixo – BT-02. As empresas interessadas poderão obter informações e verifi car o Edital a partir de 24/07/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verifi car o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 06/08/2014, às 10:00 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 24/07/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00738/14/05. OBJETO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS GRÁFICOS DE PUBLICAÇÕES LOMBADA GRAMPEADA - LOTE 01. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: Prestação de Serviços Gráfi cos de Publicações Lombada Grampeada - LOTE 01. As empresas interessadas poderão obter informações e verifi car o Edital a partir de 24/07/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luis, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verifi car o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 06/08/2014, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 24/07/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA: COMUNICADOComunicamos que a sessão de processamento do Pregão Eletrônico de Registro de Preços nº 36/00686/14/05 - Objeto: ATA DE REGISTRO DE PREÇO PARA AQUISIÇÃO DE KITS DE EQUIPAMENTO/MATERIAL PARA LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS – Oferta de Compra BEC 081101080462014OC00196, que aconteceria às 10:00h do dia 25/07/2014, foi SUSPENSA, para alteração do Edital.

PREFEITURA MUNICIPAL DEPINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO (REGISTRO DE PREÇOS) Nº 032/2014

A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PPRP nº 32/14, referente à “Contratação de empresa especializada em manutenção de 2º e/ou 3º níveis de extintores contra incêndio de utilização predial, portáteis e sobre rodas, com eventual reposição e substituição de peças defeituosas necessárias”, com encerramento dia 08/08/2014, às 8h e abertura às 8h30. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 23 de julho de 2014.

PREGÃO Nº 040/2014A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sito na Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 40/14, referente à “Aquisição de vidros automotivos, tipo parabrisa, a serem aplicados nos veículos pertencentes à frota municipal”, com encerramento dia 08/08/2014, às 15h e abertura às 15h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600. Pindamonhangaba, 23 de julho de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DEALUMÍNIO/SP

PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS Nº 09/2014 - PROCESSO Nº 11/2014Objeto: Registro de Preços, com o maior percentual de desconto sobre a tabela divulgada pela ABCFARMA VIGEN-TE DO MÊS, para fornecimento parcelado diário de medicamentos não padronizados, para atendimento específi co de enfermidades dos pacientes atendidos na rede pública de saúde, bem como os provenientes de processo judiciais e administrativos. Encerramento: 05/08/2014, às 9h30. O edital encontra-se disponível no site: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal à Av. Antônio de Castro Figueirôa, 100, Alumínio/SP sob custas de R$ 26,40. Informações (11) 4715-5500 - ramal 5314. Kátia Alves Leal - Pregoeira.

PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS N° 15/2014- PROCESSO N° 20/2014OBJETO: Registro de Preços para fornecimento de medicamentos para atendimento ao Depto. de Saúde e material de enfermagem para atender o Depto. Municipal de Saúde, processos judiciais e administrativos. Tipo: menor preço por item. Encerramento: 06/08/2014, às 9h30. O edital encontra-se disponível no site: www.aluminio.sp.gov.br ou no Paço Municipal à Av. Antônio de Castro Figueirôa, 100, Alumínio/SP sob custas de R$ 22,40. Informações (11) 4715-5500 - ramal 5314. Kátia Alves Leal - Pregoeira.

COTIDIANO PARTICIPAÇÕES S.A.CNPJ/MF 19.712.980/0001-83 - NIRE 35.300.462.599ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

1. Data, Hora e Local: 20/03/14, às 10h, na sede social da COTIDIANO PARTICIPAÇÕES S.A. 2. Presença: Totalidadedo capital social total da Cia. 3. Convocação e Publicações: dispensada a convocação, de acordo com o Art. 124,§ 4º, da Lei nº 6.404/76. 4. Ata da Assembleia: em forma de extrato sumário, nos termos do Art. 130, § 1°, da Lein° 6.404/76, e conforme aprovado pelos acionistas. 5. Mesa: Presidente - Sra. Mara Larios Santalla, Secretária -Sra. Ana Maria Leis. 6. Ordem do Dia: (i) o aumento do capital social da Cia., no valor de R$ R$ 13.000.000,00,mediante a emissão de 337.732 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal; (ii) a alteração da administraçãoda Cia. com a criação de um Cons. de Administração; (iii) a eleição dos membros do Cons. de Administração daCia.; (iv) a alteração da denominação social da Cia.; (v) a alteração do endereço da sede da Cia.; e (vi) a reformado Estatuto Social da Cia. 7. Deliberações: 7.1. Aumento do Capital Social da Cia. 7.1.1. Os acionistas titularesde ações representando a totalidade do capital social total e votante da Cia. deliberaram, por unanimidade e semquaisquer ressalvas, aprovar o aumento do capital social da Cia., de seu valor atual, qual seja 605.743,00, representadopor 605.743 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, para o valor total de R$ 7.105.743,00, mediante aemissão, por parte da Cia., de 337.732 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, ao preço de emissão deaproximadamente R$ 38,49 cada, totalizando um preço total de emissão das ações que representam o aumento decapital ora aprovado de R$ 13.000.000,00, dos quais R$ 6.500.000,00 são alocados para a conta de capital social daCia., e os restantes R$ 6.500.000,00 são contabilizados em conta de reserva de ágio na subscrição de ações. 7.1.2. Atotalidade das ações emitidas em virtude do aumento de capital social deliberado acima é neste ato totalmentesubscrita e integralizada, conforme os termos do boletim de subscrição nº 01/2014 constante do Anexo I a esta Ata,que fica arquivado na sede social da Cia., com a expressa renúncia, por parte dos acionistas da Cia., aos seus direitosde preferência para a subscrição das ações ora emitidas pela Cia., bem como ao prazo previsto para o exercício de taldireito. 7.2. Alteração da administração da Cia. Os acionistas da Cia. aprovaram, por unanimidade, alterar a formade administração da Cia., com a criação de um Cons. de Administração, o qual deverá ser composto por 03 membros,todos com mandato unificado de 1 ano e que terão as atribuições que lhes forem atribuídas na legislação aplicável e noEstatuto Social da Cia. 7.3. Eleição dos Membros do Cons. de Administração 7.3.1. Os acionistas titulares de açõesrepresentando a totalidade das ações da Cia. elegeram, por unanimidade e sem quaisquer ressalvas, para ocupar oscargos de membros do Cons. de Administração da Cia., com mandato unificado de 1 ano: a) Jair Coser, que ocupará ocargo de Presidente do Cons. de Administração da Cia.; b)Mara Larios Santalla, que ocupará o cargo de membra doCons. de Administração da Cia.; e c) Ângelo Coser Neto, que ocupará o cargo de membro do Cons. de Administraçãoda Cia. 7.3.2. Os membros do Cons. de Administração ora eleitos tomarão posse de seus cargos mediante a assinaturados respectivos Termos de Posse, lavrados no correspondente Livro de Registro de Atas do Cons. de Administração daCia., no prazo de 30 dias seguintes a esta nomeação, em conformidade com o disposto no § 1º do Art. 149 da Lei nº6.404/76. 7.3.3. Cada um dos membros do Cons. de Administração da Cia. eleitos neste ato declara nos respectivostermos de posse, sob as penas da lei, que não está impedido de exercer a administração da Cia., por lei especial, ou emvirtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente,o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contraa economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência, contra as relaçõesde consumo, fé pública, ou a propriedade. 7.3.4. Cada um dos membros do Cons. de Administração da Cia. fará jusao recebimento de uma remuneração mensal, a título de pró-labore. 7.4. Alteração da Denominação Social daCia. Os acionistas da Cia. aprovaram, por unanimidade, alterar a denominação social da Cia., que passará a girar sobo nome “348 PARTICIPAÇÕES S.A.”. 7.5. Alteração da sede social da Cia. Os acionistas da Cia. aprovaram, porunanimidade, alterar o endereço da sede social da Cia., passando esta de na Rua Comendador Miguel Calfat, nº 332,sala 1, Vila Nova Conceição, CEP 04.537-081, para Rua Antonio de Oliveira, nº 906, conj. 1814, Chácara SantoAntonio, CEP 04718-050, São Paulo/SP. 7.6. Reforma do Estatuto Social da Cia. Em razão das deliberações acima,bem como de outras alterações que os acionistas entenderam pertinentes, foi aprovada por unanimidade de votos e semquaisquer ressalvas, a reforma do Estatuto da Cia., que passará a vigorar com a redação constante do Anexo II a estaAta. 8. Encerramento: Finalmente, o Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém semanifestou, foram encerrados os trabalhos. Foi, então, suspensa a reunião pelo tempo necessário à lavratura desta ata,que depois de transcrita, lida em voz alta e achada conforme, foi assinada pelos acionistas presentes, conforme Livro dePresença de Acionistas da Cia. São Paulo, 20 de março de 2014. A presente é cópia fiel da ata lavrada no Livro de Atasde Assembleias Gerais da Cia.Mara Larios Santalla - Presidente da mesa; Ana Maria Leis - Secretária. JUCESP sob onº 155.453/14-2 em 24/04/2014. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTEGABINETE DO SECRETÁRIO

ComunicadoAcha-se aberta na Coordenadoria Parques Urbanos da Secretaria do Meio Ambiente, a licitaçãona modalidade Pregão Eletrônico nº 07/2014/CPU, Processo nº 8.059/2013, destinada à execuçãode serviços simples de adequação do Parque Ecológico Guarapiranga para ampliar a segurança eacessibilidade das instalações. A abertura das propostas dar-se-á no dia 07/08/2014 às 09:00 horas,no site www.bec.sp.gov.br, através da Oferta de Compra 260121000012014OC00007. As propostasserão recebidas no site a partir do dia 24/07/2014. Os interessados poderão consultar o Editalcompleto nos sites http://www.e-negociospublicos.com.br; www.bec.sp.gov.br ou www.ambiente.sp.gov.br. Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou email: [email protected].

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSECRETARIA DO MEIO AMBIENTEGABINETE DO SECRETÁRIO

Acha-se aberta no Gabinete do Secretário da Secretaria do Meio Ambiente, licitação na modalidade PregãoEletrônico nº 19/2014/FPBRN, Processo nº 5.155/2013, destinada à contratação de serviços de planejamento,desenvolvimento e implantação de sistemas de informação e sustentação de legado, demandados pelosórgãos que compõe a Secretaria do MeioAmbiente do Estado de São Paulo (SMA) e entidades subordinadas,vinculadas e outros órgãos públicos, relacionados a assuntos da pasta do Meio Ambiente. A abertura daspropostas dar-se-á no dia 06/08/2014 às 09h00, no site www.bec.sp.gov.br, através da Oferta de Compra260030000012014OC00025.As propostas serão recebidas no site a partir do dia 24/07/2014. Os interessadospoderão consultar o edital completo nos sites http://www.e-negociospublicos.com.br; www.bec.sp.gov.br ouwww.ambiente.sp.gov.br. Maiores esclarecimentos: (11) 3133-3979 ou e-mail: [email protected]

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 118/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 95/2014

OBJETO:- Registro de Preços para contratação deempresa especializada em prestação de serviçosde exames laboratoriais diversos, destinados àSecretaria de Saúde, pelo prazo de 12 (doze) meses.Data daRealização- 11/08/2014 às 08h30min.Melhoresinformações poderão ser obtidos junto aSala de Licitaçõesda Secretaria de Saúde, Praça Gumercindo de PaivaCastro s/nº – Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018)3643. 6234, ou pelo e-mail [email protected]. O Edital poderá ser lido naquela Sala e retiradogratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br., Pedro FelícioEstrada Bernabé, Prefeito Municipal, Birigui, 23/07/2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 120/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 100/2014

OBJETO:- Registro de Preços para aquisição deequipamentos médicos e de enfermagem, destinadosà Secretaria de Saúde, pelo prazo de 12 (doze) meses.Data daRealização- 13/08/2014 às 08h30min. Melhoresinformações poderão ser obtidos junto aSala de Licitaçõesda Secretaria de Saúde, Praça Gumercindo de CastroPaiva s/nº – Centro – Birigui/SP, pelo telefone (018)3643. 6234, ou pelo e-mail [email protected]. O Edital poderá ser lido naquela Sala e retiradogratuitamente no site www.birigui.sp.gov.br., Pedro FelícioEstrada Bernabé, Prefeito Municipal, Birigui 23/07/2014.

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica que a licitante ProesplanEngenharia S/S Ltda - EPP foi classificada e considerada vencedora da Tomada de Preços nº03/2014 - Processo nº 2.590/2014-SAAE, destinada à contratação de empresa de engenhariapara execução de serviços de montagem hidromecânica e obras gerais da estação elevatóriade esgoto do parque São Bento, neste município, pelo tipo menor preço global. Comunicaainda, que o prazo para interposição de recurso é de 05 (cinco) dias úteis, contados a partir dapresente data. Comissão Especial de Licitações - Jovelina Rodrigues Bueno (Presidente).

MARQUESA S.A.CNPJ/MF nº 46.886.040/0001-83 - NIRE 35.300.036.093

Edital de Convocação para Assembleia Geral ExtraordináriaFicam os Srs. Diretores e Acionistas convocados a comparecerem na sede social da Cia, sito aRua Quinto Cavani, 101 B, Setor Industrial, Itapeva/SP, no dia 29 de Julho de 2014 às 08:00. Ordemdo dia: i) Aprovação da alienação das ações detidas na Duquesa S.A., mediante a celebração doContrato de Compra e Venda de Ações; ii) outros assuntos de interesse. Itapeva/SP, 23.07.2014.Jorge Francisco Henriques - Diretor Presidente (24, 25 e 26.07.14)

Alaof Brasil Infra Holdings S.A.CNPJ/MF 14.287.110/0001-90 - NIRE 35.300.412.435

Ata de Assembleia Geral Extraordinária realizada em 3/6/2014Data, Hora e Local: 3/6/14, às 16hs, na sede. Mesa: Emiliano Bochnia Machado-Pres. e Secr.. Convocação e Presença:Dispensadas, face à presença da totalidade.Ordem do Dia: I- da alienação fiduciária de 570.060 ações de emissão da BSMEngenharia S.A., sociedade por ações sem registro de Cia. aberta perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), comsede na Av.Coronel Phídias Távora, 700, Pavuna, no RJ/RJ, CNPJ/MF nº 34.078.154/0001-18 (“BSM”), de titularidade da Cia.,a ser constituída no âmbito da realização da primeira emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espéciequirografária, com garantia adicional real, em série única, no valor de R$ 100.000.000,00 para distribuição pública, com esfor-ços restritos de colocação, em conformidade com os procedimentos estabelecidos na Instrução da CVM nº 476, de 16/1/09,conforme alterada (“Instrução CVM 476”) (“Debêntures”, “Emissão” e “Oferta Restrita”, respectivamente); e II- da autorização àprática, pela Diretoria da Cia., de todo e qualquer ato necessário à efetivação da alienação fiduciária.Deliberações: I- aprovara alienação fiduciária de 570.060 ações de emissão da BSM Engenharia S.A., a ser constituída de acordo com o Contrato deAlienação Fiduciária de Ações a ser celebrado nos termos do “Instrumento Particular de Escritura da 1ª Emissão deDebênturesSimples, nãoConversíveis emAções, da EspécieQuirografária, comGarantia Adicional Real, emSérie Única, para DistribuiçãoPública, com Esforços Restritos de Colocação, da BSM Engenharia S.A.”, a qual trata da realização da Emissão pela BSM. II- aautorização, à Diretoria da Cia., para tomar todas e quaisquer providências necessárias à efetivação da alienação fiduciária deações, conforme consignada no item (i) acima, incluindo,mas não se limitando, a assinatura doContrato de Alienação Fiduciáriade Ações, ratificando-se ainda, todos os atos até então praticados em conformidade com a presente deliberação. Lavratura,Leitura e Assinatura da Ata: Nada mais, foi lavratura da presente ata que, lida e achada conforme, aprovada.Assinaturas:Mesa:Emiliano BochniaMachado - Pres.e Secr..Acionistas:Alaof do Brasil Administradora deValoresMobiliários eConsultioriaLtda.e Alaof Brasil Infra Holdings Fundo de Investimento emParticipações.SãoPaulo, 3/6/14.Emiliano BochniaMachado-Secr..Jucesp nº 269.274/14-5 em 10/07/2014. Flávia Regina Britto-Secr. Geral em Exercício.

Blau Farmacêutica S.A.CNPJ nº 58.430.828/0001-60 - NIRE 35.300.416.406

Comunicamos que se encontram à disposição dos senhores acionistas desta Companhia, em sua sede social, localizada no Município deCotia,Estado de São Paulo,na Rodovia RaposoTavares,Km 30,5,nº 2.833,Unidade I,Prédio 100,Bairro Barro Branco,CEP 06705-030,os documentos a que se refere o art. 133 da Lei 6.404/76, quais sejam: a) relatório da administração sobre os negócios sociais e os principaisfatos administrativos do exercício findo; b) cópia das demonstrações financeiras; e c) proposta da Diretoria sobre a destinação do lucro líquidorelativo ao exercício social encerrado em 31/12/2013.

Cotia, 24 de julho de 2014. A Diretoria

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de São PauloEdital de Convocação - Assembleia Geral Ordinária

Pelo presente Edital ficam convocados todos os Associados deste sindicato, quites e em pleno gozo de seusdireitos sindicais, para participarem daAssembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 11 de Agostode2014, às 14:00horas, emprimeira convocação, naAv. Paulista, 1313, 10º andar, conj.1030, nestacidade, para 1º) Alteração do Estatuto Social; 2º) Outros Assuntos de interesse geral dos associados.Não havendo na hora acima indicada número legal de Associados para a instalação dos trabalhos emprimeira convocação, a Assembleia será realizada duas horas após, nomesmo dia e local, em segundaconvocação com qualquer número de associados presentes.

São Paulo, 23 de Julho de 2014Algemir Tonello - Presidente

Odebrecht Ambiental S.A.CNPJ/MF nº 09.437.097/0001-79 - NIRE 3530035877-5

Ata da Assembleia Geral ExtraordináriaData, Horário e Local: 28/5/2014, às 14:30hs, na sede, R. Lemos Monteiro, 120, 11º – parte, Butantã/SP. Convocação:Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do art. 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76. Presenças: Acionistasrepresentando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas.Mesa:Marcelo Bahia Odebrecht, Pres.; eMaurício Dantas Bezerra, Secr..OrdemdoDia:Deliberar sobre a distribuição de dividendosintermediarios aos acionistas, no valor total de R$ 50.000.000,00.Deliberações: 1) por proposta do Presidente, os acionistasdeliberaram, por unanimidade, a lavratura da presente ata na forma de sumário dos fatos ocorridos, conforme faculta o art.130, §1º da Lei nº 6.404/76; e 2) Os acionistas decidem aprovar, mediante recomendação do Conselho de Administraçãoda Companhia, realizada em 08/5/2014 às 15:00, a distribuição de dividendos da conta de reserva de lucros no valor totalde R$ 50.000.000,00, que será distribuído aos acionistas na proporção das suas respectivas participações.Encerramento:Após lida e aprovada por unanimidade, a presente ata foi assinada por todos os presentes. São Paulo/SP, 28/5/2014.Mesa:Marcelo Bahia Odebrecht, Pres.; e Maurício Dantas Bezerra, Secr.. Acionistas: Odebrecht Engenharia Ambiental S.A.,Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço- FI-FGTS e BES Investimento do Brasil S.A.- Banco deInvestimento. Certifico e dou fé que esta ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. Maurício Dantas Bezerra-Secretário.Jucesp nº 276.535/14-5 em 21/7/2014. Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 23 de julho de 2014, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Gerdau Aços Longos S/A - Requerido: TLMIX Construções Industrializadas Ltda. - Rua Brasilio Luz, 388 - Santo Amaro - 2ª Vara de Falências

Bélgica Empreendimentos Imobiliários Ltda.CNPJ/MF Nº 08.933.358/0001-89 - NIRE 35.221.434.169

Extrato da Ata de Reunião de Sócios realizada no dia 02.07.2014Data, Hora e Local. 02.07.2014. às 10hs, na sede social, Av. Eng. Roberto Zuccolo, nº 555, 1º and., sl. 1.001,parte, SP/SP. Convocação. Dispensada. Presença. Totalidade do capital social. Mesa. Presidente: RafaelNovellino, Secretário: Claudio Carvalho de Lima. Deliberações. 1. Redução do capital social em R$10.000.000,00, considerados excessivos em relação ao objeto, com o cancelamento de 10.000.000 de quotas,com valor nominal de R$ 1,00 cada uma, todas de propriedade da sócia Living EmpreendimentosImobiliários Ltda., a qual receberá, com a anuência da sócia Cybra de Investimento Imobiliário Ltda.,o valor da redução em moeda corrente do país, a título de restituição do valor das quotas canceladas, passandoo capital social de R$ 18.655.123,00 para R$ 8.655.123,00. 2. Autorizar os administradores a assinar e firmartodos os documentos necessários para a restituição dos valores devidos em razão da redução de capital, após oquê, os sócios arquivarão a alteração do contrato social consignando o novo valor do capital social.Encerramento.Nadamais lavrou-se a ata. SP, 02.07.2014.Sócios: Living Empreendimentos ImobiliáriosLtda., Sandra Esthy Attié Petzenbaum, Claudio Carvalho de Lima, Cybra de InvestimentoImobiliário Ltda., Sandra Esthy Attié Petzenbaum, Claudio Carvalho de Lima.

Devido à queda na

produção industrial,

baixa expansão da

venda de bens e ser-

viços e renúncia tributária, a ar-

recadação de tributos federais

cresceu pouco em junho:

0,13% em relação a igual mês

do ano passado, para R$ 91,4

bilhões. Foi o pior desempenho

do ano após a queda de 5,95%

em maio, informou a Receita

Federal. Com esse resultado, o

governo encerrou o primeiro

semestre do ano com arrecada-

ção de R$ 578,6 bilhões, alta

real de 0,28% sobre o mesmo

período de 2013.

Na avaliação do secretário-

adjunto da Receita, Luiz Fer-

nando Teixeira Nunes, além da

economia fraca e da baixa lu-

cratividade das empresas,

também as desonerações aju-

daram a travar o desempenho.

A renúncia fiscal bateu nos R$

50,7 bilhões, ante R$ 35,5 bi-

lhões do primeiro semestre de

2013. O governo baixou diver-

sas medidas de estímulo à eco-

nomia via redução de impos-

tos, como o IPI sobre veículos.

Nesse cenário marcado por

indicadores fracos, quando a

presidente Dilma Rousseff

tenta a reeleição, o governo

tem sofrido para tentar cum-

prir a meta de superávit pri-

mário, de R$ 99 bilhões neste

ano, ou 1,9% do PIB. Em 12

meses até maio, último dado

disponível, essa economia es-

tava em 1,52%.

Mesmo com a expectativa

de forte entrada de receitas

extraordinárias em breve – R$

18 bilhões do Refis, programa

de parcelamento de débitos

tributários o governo –a Recei-

ta não vê a arrecadação cres-

cendo mais do que o esperado

neste ano, marcado pela fraca

atividade econômica. A proje-

ção de crescimento real está

mantida em 2%.

"Houve redução (das ex-

pectativas) do PIB para o ano e

aumento para R$ 18 bilhões

na arrecadação do Refis... Ti-

vemos ajustes para mais e pa-

ra menos", comenta Nunes.

Anteontem, os ministérios

da Fazenda e do Planejamento

reduziram para de 2,5% para

1,8% a previsão de expansão

do Produto Interno Bruto (PIB)

para este ano. Até então, o go-

verno achava que conseguiria

levantar R$ 15 bilhões com o

Refis em 2014.

A estimativa do governo pa-

ra o desempenho da ativida-

de, mesmo com a redução,

continua muito acima ddos

0,97% previstos por econo-

mistas de instituições finan-

ceiras que opinam na pesqui-

sa Focus do Banco Central.

Nunes afirma que o governo

espera que entrem no caixa já

em agosto de R$ 13 bilhões a

R$ 14 bilhões do Refis – paga-

mento da primeira parcela

que as empresas devem fazer

para aderir ao programa. O vo-

lume deve ajudar o governo a

melhorar seu resultado primá-

rio, que é a economia feita pa-

ra pagamento de juros da dívi-

da. (Reuters)

Arrecadação no ritmo da economiaAtividade morna, mais desonerações, se refletem na cobrança de tributos federais: crescimento foi de 0,13% em junho em relação a igual mês do ano passado.

Page 18: Diário do Comércio - 24/07/2014

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quinta-feira, 24 de julho de 2014

Para o PIB da Europa,vício é

Liz AldermanThe New York Times

Porta-voz da Associa-

ção Nacional de Clu-

bes de Sexo da Espa-

nha, José Roca já ou-

viu todo tipo de pergunta es-

tranha, mas raramente ficou

tão desconcertado como

quando uma agência de esta-

tísticas do governo ligou no fi-

nal do ano passado. Um esta-

tístico queria saber os preços

de um programa com uma

prostituta e de um quarto num

bordel espanhol.

"Ele fez até perguntas idio-

tas como quanta energia é

consumida por uma boate",

conta Roca, cujo grupo com

sede em Valência representa

centenas de clubes alternati-

vos. "Pensei que fosse piada.

Estava tão incrédulo que até

solicitei confirmação das per-

guntas por e-mail".

Não era trote, mas parte da

nova tentativa do governo es-

panhol de mensurar o tama-

nho da economia. Em setem-

bro, todos os países da União

Europeia serão obrigados a fa-

zer a contabilização completa

do comércio com sexo, drogas

e empreendimentos clandes-

tinos correlatos como parte de

uma reforma dos indicadores

econômicos da Eurostat, o ór-

gão de estatísticas da UE.

A ideia de contabilizar tudo,

incluindo os valores do peca-

do, é a de ter uma leitura mais

precisa do Produto Interno

Bruto de cada país. Como o PIB

é um número muito importan-

te –a ponto de influenciar a po-

lítica nacional ou significar o

sucesso ou o fracasso de polí-

ticos – a União Europeia quer

números que "reflitam melhor

o ambiente econômico", afir-

mou Vincent Bourgeais, por-

ta-voz da Eurostat.

Com os governos da UE obri-

gados a manter a dívida públi-

ca a determinadas porcenta-

gens do PIB, as mudanças

também devem melhorar a

aparência da taxa de cresci-

mento da Espanha à Suécia,

possivelmente também tor-

nando menos fúnebre o coefi-

ciente de endividamento.

Além dos indicadores liga-

dos ao vício, outros serão reca-

librados, como pesquisa e de-

senvolvimento e contribui-

ções para instituições de cari-

dade, valores que certamente

elevarão muito o tamanho do

PIB do que qualquer ganho re-

gistrado com a prostituição ou

a produção de drogas.

Ainda assim, contabilizar

prostitutas e heroína pode

acrescentar bilhões à econo-

mia. E quando alguns países

da zona do euro tentam esca-

par da recessão de quase cin-

co anos, até centavo conta.

CONTABILIDADE CRIATIVARoca arrisca fazer contas na

Espanha. "Segundo meus cál-

culos, a prostituição gera per-

to de 20 bilhões de euros"

anualmente. Os espanhóis

costumam frequentar boates

e existe muito turismo", diz,

dando como exemplo os clien-

tes franceses logo ali do outro

lado da fronteira. A cifra fica

perto da estimativa de 18 bi-

lhões de euros do governo que

seriam gerados pelo comércio

legal de sexo na nação. Para

Roca, se a quantia for acresci-

da ao PIB, "logicamente a Es-

panha vai se

beneficiar".

Te c n i c a-

m e n t e , a

União Euro-

peia exige há

muito tempo

i n f o rm a ç õ e s

sobre a ativi-

dade econô-

mica nesses

m e r c a d o s .

Medir a eco-

nomia clan-

destina, con-

tudo, não che-

ga a ser uma

ciência exata.

Somente al-

guns países,

como Holan-

da, Itália e Ale-

manha, ten-

taram fazer

um levanta-

m e n t o.

Pe l a s n o-

vas regras da

União Euro-

peia todos os 28 países do blo-

co devem redobrar esforços

para levantar aqueles dados,

mesmo que isso signifique

questionar proprietários de

bordéis ou registrar toneladas

de cocaína apreendidas de

traficantes de drogas.

"As agências são capazes

de coletar informação, mas

essa não tem sido particular-

mente precisa porque esta-

mos falando de atividades que

todos tentam esconder", diz

Gian Paolo Oneto, diretor de

contabilidade nacional da Is-

tat, agência nacional de esta-

tísticas da Itália. Tais regras

afirmam que o PIB deveria in-

cluir tudo, até mesmo os to-

mates plantados na sua horta.

Às vezes, porém, só podemos

estimar. Não dá para sair por aí

contando tomates".

Como a matemática pode

ser inexata, economistas cos-

tumam ser cautelosos em re-

lação a tais mensurações. A

Itália detém um lugar nos

anais da contabilidade criati-

va pelo il sorpasso (a ultrapas-

sagem), de 1987, quando o

governo recalculou o PIB para

incluir a economia do merca-

do negro. As cifras eram tão

elevadas, incluindo estimati-

vas de evasão fiscal e traba-

lhadores ilegais, que pratica-

mente da noite para o dia o

país superou a Grã-Bretanha

como a quinta maior econo-

mia do mundo.

Agora, enquanto luta para

fugir da recessão e opera sob

uma das maiores dívidas pú-

blicas do mundo desenvolvi-

do, a Itália passará a contabili-

zar álcool e tabaco contraban-

deados. Oneto não faz previ-

sões , mas observa que o

mercado negro total italiano já

respondia por 15% da econo-

mia de 1,5 trilhão de euros do

país. Ele garante, contudo,

disse a agência que dirige não

chegaria ao ponto de incluir

um dos maiores possíveis re-

forçadores da economia, os

negócios conduzidos pela má-

fia italiana, estimados em per-

to de 180 bilhões de euros

anuais, o equivalente a 7% do

PIB. "É muito difícil definir cla-

ramente a máfia", afirma.

ALÉM DOS NÚMEROSPara a maioria dos gover-

nos, a atividade ilegal pode

responder por pouco mais do

que um erro de arredonda-

mento. Na Holanda, conheci-

da pelos distritos destinados à

prostituição – à frente o lendá-

rio Red Light District, de Ams-

terdam –e cafeterias de maco-

nha, essa atividade responde

por 0,4% do PIB.

O maior impulso às cifras do

PIB virá de algo que não gera

prazer: uma revisão da Euros-

tat permitindo aos governos

contabilizar pesquisa e desen-

volvimento como investimen-

tos e não como custos. Vivei-

ros do capitalismo da tecnolo-

gia de ponta, Finlândia e Sué-

cia poderiam aumentar o

tamanho de suas economias

em até 5%, segundo o órgão.

Pelas estimativas da Euros-

tat, no caso de Itália, Irlanda,

Portugal e Espanha, que lutam

para superar a recessão, o PIB

poderia subir até 2%; Alema-

nha e França até 3% e Grã-Bre-

tanha de 3% a 4%.

A Agência Nacional de Esta-

tísticas do Reino Unido anun-

ciou recentemente que come-

çaria a contabilizar o vício pela

primeira vez na economia do

país, que está saindo da reces-

são. A agência começou retro-

cedendo cinco anos na recon-

tagem. Em 2009, único ano

cujos registros foram contabi-

lizados, prostituição e drogas,

como cocaína, heroína, maco-

nha, ecstasy e anfetaminas,

Bjarki Sigursveisson/Wikimedia Commons

acrescentaram quase dez bi-

lhões de libras ao PIB britâni-

co, correspondendo a 0,7%.

Em outros países, a questão

transcende os números.

A agência de estatísticas

francesa se recusa a incluir

drogas e serviços sexuais. Ale-

ga que a prostituição, por

exemplo, geralmente provem

da escravidão sexual e não de-

veria receber um verniz de le-

gitimidade econômica.

SEM IMPOSTOSPara algumas pessoas, tais

argumentos morais terminam

por questionar o próprio con-

ceito de PIB, estatística cujo

valor tem sido filosoficamente

criticado desde pelo menos a

década de 1960. Robert F. Ken-

nedy, falando em 1968, quan-

do disputava a presidência

dos Estados Unidos, avaliou a

maneira pela qual o país me-

dia sucesso e lamentou que se

contabilizasse "tudo, menos o

que faz a vida valer a pena".

Até economistas que valori-

zam o PIB como forma de me-

dir o padrão de vida contes-

tam a sensatez de tentar men-

surar a decadência.

"Se você pensa que drogas

e prostituição não melhoram

necessariamente a qualidade

de vida de um país, então sua

inclusão enfraquece o PIB co-

mo maneira de mensurar o

bem-estar", afirmou Simon

Tilford, subdiretor do Centro

para a Reforma Europeia, se-

diado em Londres.

Em Valência, Roca suspeita

que a Espanha poderia usar os

novos dados para dourar o PIB

com propósito político, ainda

que a nação rasteje lentamen-

te para sair de uma recessão

há três anos.

Já as agências de estatísti-

cas afirmam que, indepen-

dentemente da melhora dos

coeficientes, não será fácil pa-

gar o serviço da dívida pública

porque os governos não po-

dem cobrar impostos de ativi-

dade ilegal. Nesse caso, Roca

diz não entender o propósito.

"Essa coisa toda é uma burrice

e n o rm e " .

O Red LightDistrict, emAmsterdam:na Holanda,conhecidapelas áreasdestinados àprostituição ecafeterias demaconha, asatividadessemi-legais (ouilegais)respondem por0,4% do PIB.

virt ude.Por determinação da União Europeia, todos os 28países do bloco deverão incluir o comércio com

sexo, drogas e outros empreendimentosclandestinos em suas contas nacionais.

Segundo meuscálculos, aprostituição geraperto de 20 bilhõesde euros naEspanhaanualmente.JOSÉ ROC A

180bilhões de euros

anuais, oequivalente a 7% do

PIB, é quantosomam os negócios

da máfia italiana(que não entrariam

nas contas).

Antony Stanley/Wikimedia Commons

Samuel Aranda/The New York Times