diário do comérico

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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 3 8 7 HOJE Parcialmente nublado Máxima 21º C. Mínima 7º C. AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 23º C. Mínima 14º C. Ano 86 - Nº 23.387 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h35 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 Só mais 15 minutos de Fenômeno Ronaldo se despede da Seleção amanhã, jogando 15 minutos contra a Romênia. A festa, pág. 19 Nossas seleções africanas Veja o jogo dos imigrantes de Camarões e da Nigéria no Parque Villa-Lobos. Pág. 21 Marcio Fernandes/AE Patrícia Cruz/LUZ UM DIA A MAIS NA GUERRA DOS SEIS DIAS Cerca de 20 sírios morreram em protesto na fronteira com Israel. Pág.8 Menahem Kahana/AFP Especial: triste festa do planeta. Dia do Meio Ambiente em 6 páginas, mas sem comemorações. Dinheiro, paixão nacional. Em tempos de internet e cartões, cédulas e moedas são preferidas por 72% da população. Pág. 13 Mão de Lula no fim de Palocci Ollanta Humala, o Chávez do Peru. Nacionalista de esquerda, o antigo aliado do líder venezuelano é eleito para a presidência. Pág.8 E aqui, com Dilma, o legítimo. Hugo Chávez, criticado por dirigir seu "apetite de autoritarismo" contra contra o Judiciário, chega hoje a Brasília. Pág.7 Mariana Bazo/Reuters O ex-presidente e a atual passaram um bom tempo ao telefone para tratar do futuro do ministro da Casa Civil, que tem tudo para virar ex. Nova denúncia contra o multiplicador de patrimônio diz que ele mora em apartamento de 'laranja'. Pág.5 Lições da tragédia do AF 447 O comandante Sfoggia conta o que mudou para os pilotos. Pág. 9 Arte de MAX sobre foto de Wilson Dias/ABr

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06 Junho 2011

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Page 1: Diário do Comérico

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23387

HOJEParcialmente nublado

Máxima 21º C. Mínima 7º C.

AMANHÃParcialmente nublado

Máxima 23º C. Mínima 14º C.

Ano

86 - N

º 23.

387

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011

Só mais 15minutos deFe n ô m e n oRonaldo se despede da Seleçãoamanhã, jogando 15 minutoscontra a Romênia. A festa, pág. 19

Nossasseleçõesafr icanasVeja o jogo dos imigrantesde Camarões e da Nigéria noParque Villa-Lobos. Pág. 21

Marcio Fernandes/AE

Patrícia Cruz/LUZ

UM DIA A MAIS NA GUERRA DOS SEIS DIASCerca de 20 sírios morreram em protesto na fronteira com Israel. Pág. 8

Menahem Kahana/AFP

Especial:triste festado planeta.Dia do Meio Ambiente

em 6 páginas, massem comemorações.

Dinheiro,paixão

nacional.Em tempos de internet e

cartões, cédulas emoedas são preferidas

por 72% dapopulação. Pág. 13

Mão deLula nofim dePa l o c c i

OllantaHumala,o Chávezdo Peru.

Nacionalista de esquerda,o antigo aliado do líder

venezuelano é eleito paraa presidência. Pág. 8

E aqui,com

Dilma, olegítimo.Hugo Chávez, criticado

por dirigir seu "apetite deautoritarismo" contra

contra o Judiciário, chegahoje a Brasília. Pág. 7

Mariana Bazo/Reuters

O ex-presidente e a atual passaramum bom tempo ao telefone para tratardo futuro do ministro da Casa Civil,

que tem tudo para virar ex. Novadenúncia contra o multiplicador

de patrimônio diz que ele mora emapartamento de 'laranja'. Pág. 5

Lições dat ra g é d i a

do AF 447O comandanteSfoggia conta o

que mudou paraos pilotos. Pág. 9

Arte de MAX sobre foto de Wilson Dias/ABr

Page 2: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Ed i to r - Ch e fe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos ([email protected])Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos deOliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]) Editor deFotografia: Alex Ribeiro ([email protected]) Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Ricardo Ribas([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Fernanda Pressinott, Kleber Gutierrez, Marcus Lopes e RejaneAguiar Redatores: Adriana David, Anna Lucia França, Eliana Haberli. Evelyn Schulke, e Sérgio Siscaro Repór teres: Anderson Cavalcante([email protected]), André de Almeida, Fátima Lourenço, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena deCamargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio LeopoldoRodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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O mercado revelou sua miopia e oportunismo: transferiu toda a sua demanda para a China.Delfim Netto

A China e asterras raras

DELFIM

NETTO

O fundamental é a existência dacapacidade para absorver a

tecnologia, de ambientá-la no"estado da arte" e, em especial,

ter a perspectiva de segurademanda interna futura.

Voltou a ocupar espaçona mídia na semanapassada o problemado virtual monopólio

chinês na produção ecomercialização das chamadas"terras raras", um conjunto deminerais (também denominadoselementos químicos-metálicos)que contém insumosfundamentais das novastecnologias dos equipamentos decomunicação, de geração etransmissão da energiaalternativa ao petróleo, como asturbinas eólicas, baterias deautomóveis, etc.

No Brasil, afloraram notíciassobre a localização de jazidasdaqueles elementos no Nordestee em território maranhense,enquanto no mundo há umacorrida de mineradoras paranovos projetos.

Há pouco mais de 30 anos osEstados Unidos eram o maiorprodutor mundial e tinham odomínio absoluto do mercado deterras raras. Os chineses usandomão de obra barata, métodosprimitivos e "incentivos"apropriados perceberam quehavia uma oportunidade, a vistados altos custos da produção

americana e investiram paraaumentar a sua oferta a preçosque eliminaram a competição.

O mercado revelou sua miopiae oportunismo: transferiu toda asua demanda para a China! Oschineses aperfeiçoaram atecnologia da produção,organizaram-na e mantiveramseus "incentivos".

Hoje, garantem mais dametade da produçãomundial e respondem

por 97% da oferta nos mercados.Controlam a sua exportação (comquotas que vêm diminuindo)para reservá-lo para usodoméstico, o que lhes dávantagem competitiva nastecnologias de última geração.

Olhado superficialmente, ofato parece sugerir que os dois(os agentes competitivos nosEUA e o Estado chinês) agiram"racionalmente". Os primeirosreduziram seus custos. Osegundo deu emprego à sua mãode obra excedente. Logo tudopareceria que ia terminar nomelhor dos mundos. A não serque entre seus inegáveis talentosDeng Xiao Ping tivesse, também,o de conhecer o futuro, é difícil

explicar porque ele afirmou, emplena crise do petróleo nos anos80, que "os senhores têm opetróleo, mas a China tem asterras raras".

É absolutamente legítimo eeconomicamente corretoestimular atividades onde adimensão do mercadointerno presente ou futuro,permite a absorção detecnologia capaz de construirnum prazo razoável vantagenscomparativas para que seusprodutos possam competirno exterior sem a ajuda doEstado Indutor.

O fundamental é aexistência da capacidadepara absorver a

tecnologia, de ambientá-la no"estado da arte" e,principalmente, ter a perspectivade segura demanda internafutura. Sem esta última oincentivo necessário para o iníciodo processo tem poucaprobabilidade de sobreviver.

Deveria ser óbvio que osestímulos chineses (taxa decâmbio desvalorizada, taxa dejuros muito baixa e amplo créditopara exportação), oferecidas a

quem investir localmente etransferir tecnologia têmfuncionado com sucessoporque ela representa o maisapetitoso mercado interno domundo. E o mesmo deverárepetir-se com a Índia.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO É

P RO F E S S O R E M É R I TO DA F E A - U S P,EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA

AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO

PAULO

SAAB

BASE ALIADA DE DILMA É FISIOLÓGICA

Mais do quepossível crítica,é uma constatação.

A somatória de partidos queLula montou para darsustentação à chamada "basealiada", para a candidaturavitoriosa de Dilma Roussef,é fisiológica e somente darátrabalho ao governo, numcusto elevado para os cofrespúblicos e nem sempre emfavor dos interesses do País.

O episódio Palocci revelaque o governo Dilma serásempre refém dessa base, quelhe dá maioria no Congresso enão haverá constrangimento,como não houve no casocitado, de pressionar o Planalto– para não dizer chantagear,um termo muito forte – naobtenção de nomeações,

benesses, favores políticos,orçamentários e tudomais que for possível extrair.

Mais uma vez estamosassistindo, verificando, comoos partidos políticos brasileirosestão distantes da realnecessidade e da importânciade sua participação nadefinição das linhas mestrasde construção de um paísefetivamente desenvolvido.

São agremiações políticasde relevância fundamental

no processo democráticoe na representação popular.No Brasil, todavia, são clubesde amigos voltados parainteresses pessoais e familiarese divorciados totalmentede sua missão institucional.

Acusar somente o PMDB de

dar base de sustentação,ao lado do PT, ao governoDilma, juntamente com todasas demais siglas que seaglutinaram em torno de Lulae sua ungida pela perspectivade obter benesses do poder,seria injusto. São todos iguais,inclusive os ditos de oposição,quando se trata de avaliara efetiva contribuiçãoque oferecem à formulaçãodas políticas públicas de que

o Brasil necessita e daformação de novos quadrospara renovação partidária eparticipação dos jovens.

A presidente Dilma sairá doepisódio Palocci, qualquer

que seja seu desfecho – eparece próximo – mais frágildo que antes do escândaloestourar. Ela não é Lula, pormais que seu governo siga asorientações do grande guru.

Mas Dilma terá de aprender, eestá aprendendo, na pele, anegociar, aceitar imposições,atender a pedidos fisiológicose paparicar os congressistasde todos os partidos de que seserviu para chegar ao cargo.

O governo, na verdade,tornou-se refém da

maioria obtida com ascoligações partidárias. Casonão atenda aos pedidos,sofrerá derrotas políticas. Issoficou claro na aprovação daconvocação de Palocci pelaComissão de Agricultura daCâmara, que o plenário agoratenta adiar ou anular. Etambém nos almoços ejantares que a presidente, acontragosto, tem de oferecer,sorrindo amarelo. Lula sorria

com satisfação nessesfaustosos ágapes.

O presidente doPMDB e vice-presidente daRepública, Michel Temer,ilustre constitucionalista,tem nas mãos umaresponsabilidade de quetalvez nem ele se dê conta. Seunir a força política que hojetem com a vontade efetiva detornar o partido instrumentode desenvolvimento político,entrará para história antesmesmo de sentar-se nacadeira do Planalto comotitular efetivo.

Sobre os demais partidos,pesa também sua sua cota deresp onsabilidade.

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA E

E S C R I TO R

Page 3: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião PLENA CIDADANIA É ASSUMIR O P Ú BL I C O COMO SEU TAMBÉM, COM PARTICIPAÇÃO SOCIAL, POLÍTICA E CIVIL.

JORGE

MARANHÃO

E M P R E S Á R IO ,CI DA D Ã O

CI V I L I Z A D O R

Não há na história o adventoe ascensão de uma civilizaçãosem que dela tenham sido seuspromotores as elites mercantis,industriais e financeiras, reaiscidadãos civilizadores.

De nada adianta umempresário se acharum cidadão do mundo,produtor e consumidor

consciente, ou mesmo cidadãoeleitor consciente, ou pagador deimpostos consciente, se não setornar um cidadão civilizadorno país que lhe deu a cidadania.

Ou seja, um cidadão engajadona missão de formar politicamenteoutros cidadãos. Que se disponhaa quebrar este ciclo vicioso dacultura de impunidade brasileira,que não distingue público deprivado e substitui o contrato departicipação social pelo contratode omissão – alimentando operverso contrato social do"macaco que tem rabo de palhanão toca fogo no rabo do outro".

A plena cidadania, porém,resulta num contrato virtuosoe de aceitação espontânea: se noâmbito do espaço público todospodemos ser vigiados por todos, émelhor que tomemos a iniciativade vigiar também, para quenão sejamos apenas vigiados.

Pois a plena cidadania éassumir o público como seutambém, com participação social,e sobretudo política e civil.É quando você, para além decivilizado, se torna um cidadãocivilizador de outros cidadãos. Paraisso é que as instituições do Estadoforam feitas: para serem maisusadas pelos cidadãos moradores,produtores e consumidores,eleitores e pagadores deimpostos, do que por governantese políticos de ocasião.

Defenda-as e use-as, mas, acima

de tudo, ensine outro cidadãoa defendê-las e a usá-lasplenamente. Elas se compõemapenas de dez instituições ousistemas institucionais, quetraduzem a verdadeira missãodo Estado de garantir os direitose exigir os deveres de todos oscidadãos, que devem ser iguaisdiante das leis, para que tenhama liberdade de buscar suafelicidade, suas propriedadese se desigualarem social eeconômicamente na proporçãode seus próprios méritos.

Desconhecê-las e nãodefendê-las é permitirque o Estado exorbite

de sua missão ontológica deproduzir e distribuir justiça,segurança e oportunidadesde vida, garantindo a buscada felicidade e a propriedade,bem como o cumprimento doscontratos. É permitir que oEstado entre no mercado e setorne o grande empreendedorque, tal qual a alegoriado Leviatã, acabará por asfixiartodos os cidadãos,principalmente aqueles

que mantêm uma relaçãopromíscua com ele.

Isso envolve da justiça federale tribunais de justiça estaduais, oCNJ e as corregedorias dostribunais, do ministério públicofederal e estaduais, o CNMP esuas corregedorias, da AGU e suasouvidorias; até as agênciasreguladoras e suas ouvidorias, asassembleias legislativas estaduaise o congresso nacional, e os órgãosde controle interno (CGU) econtroladorias estaduais, bemcomo os de controle externocomo os tribunais de contasda União e os estaduais; atéo sistema de defesa nacionalcomposto pelas forças armadas

e as polícias civil e militar e asreceitas federal e estaduais.

Poderíamos ainda acrescentaro executivo federal e seusórgãos de gestão interna

e externa, como a chancelaria, ealguns poucos ministériosefetivamente responsáveis pelacondução das políticas públicasaprovadas pelo parlamento, masjamais uma penca de ministériosformados apenas para darguarida a correligionários políticos,

emprego para apaniguados eusurpar as funções de formulaçãode políticas públicas elegislativa que devem sercativas do parlamento.

Mas jamais podemos noscumpliciar e, mais do que isso,nos locupletar do oportunismofácil de um Estado empresário eperdulário. Que inevitavelmenteproduzirá bens e prestará serviçosmais caros e com menor qualidadedo que os verdadeiros empresáriosda vida privada. E, perversamente,desperdiçará os recursospúblicos que deveriam favorecer aigualdade de oportunidades deuma educação e saúde públicas dequalidade para todos os cidadãos,favorecer uma arbitragem judicialpara fazer a lei ser cumprida paratodos os cidadãos de formaacessível e rápida, garantindo defato os direitos fundamentais àvida e à segurança, às liberdadescivis, às propriedades do corpo,da mente e dos bens materiais

havidos com o esforço de seutrabalho – garantindo, enfim,que o próprio Estado sirva maisaos cidadãos que o sustentamdo que aos governantes deplantão e associados que dele seservem inescrupulosamente.

Não há na história dahumanidade umprecedente sequer que

dê conta do advento e ascensãode uma civilização sem que delatenham sido seus promotoresas elites mercantis, industriais efinanceiras, verdadeiros cidadãoscivilizadores. O que resultaráem barbárie, violência social eviolação legal, em decadência e naselvageria de todos contra todos.

Ainda é tempo, no Brasil, dessagente refinada mostrar seu valor!

JO RG E MAR ANHÃO É D I R E TO R DO

IN S T I T U TO DE CULTUR A DE CIDADANIA

A VOZ DO CIDADÃO

J O RG E @AVO Z D O C I D A D AO.CO M .BR

BREVE RETRATODO BRASIL

OLAVO DE

CARVALHO

Em todo o País, só três coisas funcionam: a coleta de impostos,o narcotráfico e o agronegócio, que tapa o rombo aberto

pelos outros dois e é, por isso mesmo, o mais odiado dos três.

OForo de São Paulo,aquela entidadezinhaque segundo os

eminentes bambambãs dojornalismo brasileiro não tinhaimportância nem forçanenhuma, aquela organizaçãofantasmal na qual sóos paranoicos enxergavamalguma periculosidade,domina agora metade daAmérica Latina e não dá omenor sinal de cansaço nasua marcha para a conquistado continente inteiro.

No Brasil, os partidos dedireita agonizam. Seus líderesse afobam e se atropelamna pressa obscena de mostrarsubserviência ao vencedor.

O homem que entresorrisos de autossatisfaçãoelevou a dívida nacional à casados trilhões, desgraçando asgerações futuras para ganharos votos da presente, continuasendo aplaudido como osalvador da nossa economiae prepara seu reingressotriunfal no Palácio do Planalto.Denunciado à Justiçacomo corrupto e corruptor,ri e aposta, como umladrãozinho qualquer, nalentidão dos tribunais, quenão o pegarão em vida.

Os bandos criminosos,treinados e armados pelasFarc – por sua vez amparadaspela benevolência oficial –,matam 40 mil brasileiros porano e, pela força desseexemplo, mantêm inerme ecabisbaixa uma população àqual o governo sonega tantoa proteção policial quanto osmeios de autodefesa. Nasescolas, as crianças aprendem acultuar a sodomia e a desprezara gramática, só fazendo jusaos últimos lugares nos testesinternacionais pela razãosingela de que não háum lugar abaixo do último.

As indústrias chamamtécnicos do exterior, porquedas universidades brasileirasnão vem ninguém alfabetizado.

Em todo o território nacional,só três coisas funcionam:a coleta de impostos, onarcotráfico e o agronegócio,que tapa o rombo abertopelos outros dois e é, porisso mesmo, o mais odiado,o mais xingado dos três.

Os juízes usam aConstituição como papelhigiênico e a única ordem

jurídica que resta é aprepotência dos gruposde pressão subsidiados porfundações estrangeiras. AsForças Armadas se aviltam,respondendo a cusparadascom muxoxos e rastejandoante os que as desprezam.

A alta cultura desapareceu,há trinta anos não surge umescritor digno desse nome; as

poucas mentes criadoras querestam fogem para o exteriorou definham no isolamento,o simulacro de pesquisacientífica com que asuniversidades sugam bilhõesde reais do contribuinte nadaproduz que valha a pena ler.

Uma ortografia de loucosacabou se impondo como lei,assinada, e não por acaso, por

um presidente analfabeto. Umpalhaço iletrado que se elegeupor gozação é nomeado, naCâmara, para a Comissão deCultura, um cargo para o qual,com toda a evidência, nãose requer cultura nenhuma.

Nas discussões públicas,as mentes iluminadas decomentaristas e acadêmicosse dispersam em mil e um

detalhes fúteis, ostentandofalsa esperteza sem jamaisatinar com a forma geraldo processo histórico que todasemana as desmente eas ridiculariza. E quanto maiserram, mais inteligentesparecem a um público queelas próprias emburreceramprecisamente para isso.

Em suma, está tudoexatamente como há

décadas venho anunciandoque ia estar, e só me restao consolo amargo de ter tidorazão onde o erro teria sidomil vezes preferível. O povomostrou-se incapaz decontrolar seus governantes, osgovernantes incapazes decontrolar seus mais baixosinstintos, a elite nominalmentepensante incapaz até mesmode acompanhar o queestá acontecendo, quantomais de prever o que vaiacontecer em seguida.

O Brasil está dando umespetáculo de inconsciência,de insensibilidade, de sonsiceirresponsável como jamais seviu no mundo. É um país quevive de mentiras autolisonjeirasenquanto naufraga emcaos, sangue, dívidas eabominações de toda sorte.

OL AVO DE CA RVA L H O

É E N S A Í S TA , J O R N A L I S TA E

P RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

Page 4: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 de Junho

São Norberto

Norberto nasceu em Xanten (atualFrança), em 1080. De família rica,

levava vida mundana antes de se tornar umpregador ambulante do Evangelho. Em

1126, foi nomeado Arcebispo deMagdeburgo, na Saxônia, e mais tarde

fundou a Ordem Premonstratense.

Solução

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Page 5: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

VA ISaída do ministro-chefe da Casa Civil,é dada comocerta, hoje.

VEME em meio àtemp estadepolítica Dilmarecebe Chávez.

política

Tenho certeza absoluta de que a maioria semanifestou. Ninguém dormiu e agora vamos

tomar a atitude.Deputado Bohn Gass (PT-RS), ao contestar a versão a

jato do caso Palocci.

Temos uma pedra preciosa, um diamante quecusta R$ 20

milhões e se chamaPalocci.

Deputado federalAnthony Garotinho (PR-RJ), ao usar o caso Paloccicomo moeda de troca para

votação da PEC 300.

Alguns titubearam. Merecia uma contagem. Boilerdo toma água suja.

Deputado Odacir Zonta (PP-SC), sobre a votação a jatopara convocar Palocci.

O pedido de licença(de Palocci) é algo

que soaria muito bem noâmbito da sociedade, éalgo que deixaria ogoverno mais tranquilo.

Ophir Cavalcante,presidente da Ordem dos

Advogados do Brasil(OAB).

Para não prejudicaro governo, a alternativa seria Palocci se afastar

para tirar este tema de dentro do governo.Deputado estadual Raul Pont, presidente do PT gaúcho.

É assunto do governo, não do PT. Comoministro, ele deve explicação ao governo,

à procuradoria e à sociedade.Senador Wellington Dias (PT-PI)

Estou tomando a decisão de suspender acomissão e tomarei a decisão final (no caso

Palocci) na terça-feira.Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara.

Ministro(Palocci),

V. Excelênciadeveria seafastar. Se afastarhoje ou amanhã,antes de se criaruma CPI. A grandesaída é o senhorse afastar.

Senador PedroSimon (PMDB-RS)

Talvez esse episódioseja apenas um acidente

que não devia ter acontecidona história do Brasil.

José Sarney (PMDB-AP), aoretirar da galeria que reescreve a

história do Congresso, oimpeachment ("não é

marcante") de seu antigodesafeto e hoje aliado, o senador

Fernando Collor de Mello.

Nenhumde nós

pode se dar aoluxo de serrefém do medoou da timidez.

P re s i d e n t eDilma, ao lançar

o Brasil SemMiséria.

Fred

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FP

Fim da linha paraPalocci no governo?

Nova denúncia contra o ministro e explicações evasivas teriam selado o seu destino. Demissão é esperada

Apresidente DilmaRousseff, em Brasí-lia, e o ex-presiden-te Luiz Inácio Lula

da Silva, em São Paulo, passa-ram ontem um bom tempo notelefone. O que eles acertarammuito provavelmente pode tersido a saída do ministro-chefeda Casa Civil, Antonio Palocci.A demissão poderá ser anun-ciada ainda hoje, uma vez queo ministro, de acordo com apu-ração do site Brasil 247, tem de-monstrado um incompreensí-vel apego ao cargo, ou seja, re-siste em sair e continua cau-sando estragos ao governo. Naentrevista de sexta-feira, o mi-nistro negou tráfico de influên-cia e disse que não poderiaapresentar a lista dos seusclientes.

O ministro estaria aindaconvencido de que não come-teu crime, mesmo multiplican-do por 20 o seu patrimônio emapenas quatro anos, períodoem que, além de agir comoconsultor, também exercia omandato de deputado federal.Não bastassem os fatos já reve-lados de que Palocci adquiriuum imóvel de R$ 6,6 milhões ealugou outro avaliado em R$ 4milhões, nova denúncia publi-cada pela Ve j a no fim de sema-na mostrou que ele reside numapartamento de "um laranja" –o imóvel está em nome do re-presentante comercial Dayvi-ni Costa Nunes, que ganha R$700 por mês. De acordo com arevista, ele seria o dono doapartamento onde o ministrovive atualmente com a sua fa-

mília no bairro de Moema.Antes mesmo de mais esse

desgaste, Dilma estava decidi-da a demitir Palocci. Não o fezpor lealdade ao ex-presidenteLula, que no meio da crise che-gou ir a Brasília, para dizer que"não se deixa um Pelé no bancode reservas". Naquela ocasião,Lula avaliava que ainda erapossível preservar o chefe daCasa Civil. Não foi e o governo,em razão disso, acabou tendofatos importantes ofuscados,como a redução dos impostosnos tablets e o lançamento doBrasil sem Miséria.

Para piorar, o governo pas-sou a ser chantageado explici-tamente por aliados que, va-lendo-se da fragilidade do mi-nistro, estavam exigindo a no-m e a ç ã o d e t o d o s o s s e u s

apaniguados para cargos nosegundo escalão. Ou ainda uti-lizando Palocci como moedade troca, como sugeriu o depu-tado federal Anthony Garoti-nho (PR-RJ), que queria apro-veitar o caso para aprovar aPEC 300, uma emenda queequipara os salários dos poli-ciais de todo o Brasil aos deBrasília. Se aprovada, a contaserá de R$ 40 bilhões.

No entanto, os conselhos deLula também fazem estragos.Tanto assim que o ministro deCiência e Tecnologia, AloizioMercadante, precisou sair emdefesa do governo Dilma, apósa passagem do ex-presidentepela capital federal, quando sereuniu com senadores petistase pediu união em torno do che-fe da Casa Civil. O ministro ne-gou que a atuação do ex-chefedo Executivo tenha reveladofraqueza do atual governo noepisódio Palocci. Para Merca-dante, "Lula tem o direito departicipar da vida pública doPaís", afirmou. "Nem sei se elefoi chamado pela Dilma, masLula é uma liderança funda-mental do PT e todo mundoquer falar com ele", justificou.

Mesmo com todas essas ex-plicações, as ações de Lula des-gastam a imagem de Dilma, di-zem observadores. Reduzem asua autoridade e passam aideia de que ela cumpre ummandato tampão, como se es-tivesse esquentando a cadeirapara a volta dele em 2014. Já aoposição, convencida de que opresidente da Câmara, MarcoMaia (PT-RS), anulará a convo-cação do ministro, vai recorrerao STF para que ele se expliquemelhor. (Agências)

Evaristo SA/AFP - 03.01.11

Dorivan Marinho/Folhapress - 15.12.10

No comando: Lula continua a manobrar o governo – ninguém toma decisões importantes sem consultar o ex-chefe, admitem assessores.

Sob comando: Dilma queria se livrar do ministro Palocci, mas teria respeitado um pedido do ex-presidente.

E, de quebra, Dilma recebe ChávezVisita serviria para o presidente venezuelano mostrar sintonia com a colega brasileira, que o recebe pela 1ª vez

Em meio à crise envolvendo oministro da Casa Civil, AntonioPalocci, a presidente Dilma

Rousseff reservou parte da agendadesta segunda-feira para receber opresidente da Venezuela,Hugo Chávez.

É o primeiro encontro dos dois chefesde Estado desde a posse de Dilma, emjaneiro. Chávez, que foi recebido 16vezes pelo então presidente Luiz InácioLula da Silva, de 2003 a 2010, usará avisita para mostrar sintonia com ogoverno Dilma, observamassessores do Planalto.

Temas polêmicos como a parceriadas estatais Petrobras e PDVSA nãoestão na agenda do encontro.A visita terá caráter meramenteprotocolar, avaliam auxiliares deDilma. Os dois presidentes deverãoassinar apenas acordos formais emparceria já consolidada na área def ro n t e i r a .

Em nota, o Itamaraty observou que oencontro de Dilma e Chávezocorre em momento de "recuperação"do comércio bilateral, apósretração em 2009, em decorrência dacrise financeira internacional. Dados

do Itamaraty indicam que, em 2010, ocomércio bilateral totalizouUS$ 4,6 bilhões – um aumento de 11,8%em relação ao ano anterior.O Brasil exportou US$ 3,8 bilhões eimportou US$ 832 milhões.

Diante do sucateamentoda indústria venezuelana, o governobrasileiro, desde o mandato dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva,alertou Chávez da dificuldade decompensar o superávit de US$ 3bilhões em favor do Brasil.A Venezuela exporta basicamentepetróleo e derivados. (AE)

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Dia: 6 de junho de 2011, segunda-feiraHorário: às 17 horasLocal: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

General de ExércitoAUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA

Alguns agentes do Ibama foram enquadrados pelo MPF por improbidadeAdvocacia Geral da Uniãopolítica

MPF vai lutar para impedir Belo MonteMas a representação no Pará terá de enfrentar a oposição da Advocacia Geral da União (AGU), que acusa os promotores de cometerem abusos nos processos.

Aemissão, pelo Iba-ma, da licença am-biental para o co-meço das obras da

usina hidrelétrica de BeloMonte, no Rio Xingu, no Pará,na semana passada, não impe-dirá o Ministério Público Fede-ral daquele estado de conti-nuar tentando impedir a reali-zação das obras. Mediante me-didas judiciais, o MPF promete"atacar irregularidades" doprocesso de licenciamento am-biental de instalação do em-p re e n d i m e n t o .

As pendências mais graves,segundo o Procurador-GeralCláudio Terre do Amaral – umdos responsáveis pelas reco-mendações do MPF para nãoemissão da licença –, se refe-rem às obras de saneamentobásico, necessárias para rece-ber novos moradores na re-gião, e às ações relacionadas àresolução de conflitos nas ter-ras indígenas na área.

Nessas tentativas de impe-dir a construção da usina,membros da Procuradoria daRepública têm sido acusadospela Advocac ia Gera l daUnião (AGU) de constrangerilegalmente agentes do Insti-tuto Brasileiro de Meio Am-biente e dos Recursos Reno-vais (Ibama) nos processos delicenciamento e construçãonão só da usina hidrelétrica deBelo Monte, mas também dasde Santo Antônio e Jirau, emprocesso de instalação nos riosXingu e Madeira.

De acordo com a AGU, queenviou pedido de providên-cias ao Conselho Nacional doMinistério Público (CNMP),

os procuradores utilizam o ins-trumento legal da Recomen-dação, um mecanismo utiliza-do pelo Ministério Público, di-rigido ao Poder Público, paraque seja respeitada a Consti-tuição Federal sem respeitar osagentes federais.

Com isso, os procuradorescometem "abusos pontuais" deacordo com a AGU, com amea-ças de responsabilização pes-soal do servidor. "Após atua-rem legalmente nesses proces-sos de licenciamento, algunsagentes foram enquadradospelo MPF na Lei nº 8.429/92,

respondendo por ações de im-probidade", afirmam os advo-gados da AGU.

Segundo a Advocacia Geralda União, "insistindo em atra-vancar a todo custo o licencia-mento ambiental da UHE Be-lo Monte", os procuradoresrecomendaram ao presidentedo Ibama, Curt Trennepohl,que se abstivesse de emitir aLicença de Instalação do em-preendimento, enquanto asquestões relativas às condi-cionantes da Licença Prévianº 342/2010 não fossem defi-nitivamente resolvidas.

"Beira a má-fé a tentativa dosprocuradores de constrangeros agentes do Ibama a não pra-ticar os próximos atos do pro-cesso de licenciamento am-biental, sob a ameaça de pro-positura de ações de responsa-bilização pessoal, penal eadministrativa, logo após te-rem ciência de mais de uma in-terpretação jurídica válida pa-ra o caso", afirma a AdvocaciaGeral. O CNMP ainda não sepronunciou sobre o assunto einformou que não tem data pa-ra se manifestar.

Outro lado – O Procurador

Regional da República da 1ªRegião (PRR1) e presidenteda Associação Nacional dosProcuradores da República(ANPR), Alexandre Camanhode Assis, afirmou, por meio denota oficial da entidade, querepudia todos os atos que limi-tem a utilização das Recomen-dações pelos procuradores.

"A Associação rechaça tam-bém as acusações de que ser-vidores públicos estariam so-frendo assédio moral por par-te de membros do MPF. Aocontrário do que afirma aAGU, a Recomendação é um

instrumento jurídico legítimoque confere transparência aoentendimento do MPF em re-lação à atuação de órgãos ouentidades públicas. Sua apli-cação é sempre fundamenta-da em dados técnicos e expõe,de forma clara, as irregulari-dades, visando garantir a me-lhoria dos serviços públicos e,até mesmo, prevenir danos ir-reversíveis como no caso deBelo Monte.

As recomendações utiliza-das pelos procuradores da Re-pública do Pará, segundo a no-ta, "traduziram o estrito cum-primento da lei e só podem serencaradas como ameaça poraqueles que obedecem cega-mente a ordens e não à legisla-ção vigente no país".

Protesto – Um grupo de ma-nifestantes protestou ontem,no centro de São Paulo, contraa construção da usina.Segun-do a Polícia Militar e a CET(Companhia de Engenharia eTráfego), o protesto foi pacífi-co e ocupou parte da rua daConsolação com cerca de 200pessoas.

Também foram organizadasmanifestações contra a usinano Rio de Janeiro, Salvador,Porto Alegre, Aracaju, BeloHorizonte e Curitiba.

Neste local, na Volta Grande do Rio Xingu, será construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará.

A Associaçãorechaça as acusaçõesde que servidorespúblicos estariamsofrendo assédiomoral por parte demembros do MPF.

AL E XA N D R E CAMANHO DE ASSIS

Ato públicorealizado no Rio de

Janeiro em 13 dejunho de 1980, em

protesto contra ademolição do

prédio da UniãoNacional dos

Estudantes (UNE).

Unesco inclui dados do regimemilitar como memória do mundo

Criado em 2009 pela en-tão ministra da CasaCivil Dilma Rousseff

(PT), o projeto "Rede de Infor-mações e Contrainformaçãodo Regime Militar no Brasil(1964-1985)", que trata dos do-cumentos remanescentes doRegime Militar brasileiro pormeio do projeto Memórias Re-veladas, acaba de receber o re-conhecimento do Comitê Con-sultivo Internacional do Pro-grama Memória do Mundo(MoW – Memory of the World)da Organização das NaçõesUnidas para a Educação, aCiência e a Cultura (Unesco)como patrimônio da humani-dade. O título é apenas uma in-dicação política da Unesco deque a memória brasileira desseperíodo não deve ser esqueci-da pela humanidade.

O projeto Memórias Revela-das é coordenado pelo ArquivoNacional, instalado no Rio deJaneiro. O coordenador da pro-posta enviada para a Unesco,Vitor Fonseca, disse que 17 con-juntos de acervos de dez insti-tuições que preservam essematerial foram incluídos noplano enviado para a Unesco.Todos os acervos são públicos,de conhecimento pleno dos es-tudiosos brasileiros. O volumecontém 2,4 mil metros linearesde documentos textuais, alémde fotografias e filmes que, pelagrande quantidade, não foramincluídos no plano. O que foiapresentado e reconhecido pe-lo órgão internacional repre-senta menos de 10% dos 195fundos ou coleções relativos àmemória do Regime Militarcustodiados atualmente por 39entidades e pessoas físicas.

Fonseca reconhece: "Não en-tregamos uma parcela funda-mental dos documentos exis-tentes hoje, a documentaçãoprivada, para uma investiga-ção científica séria". Eles nãoforam oferecidos porque nãohavia condições de provar queos documentos realmente

ração. Estão na lista os acervosdo Serviço Nacional de Infor-mações; Comissão Geral de In-quérito Policial-Militar; Co-missão Geral de Investigações;Conselho de Segurança Nacio-nal e as delegacias de OrdemPolítica e Social do Ceará, Espí-rito Santo, Maranhão, Paraná,Pernambuco, Rio de Janeiro,Goiás, Minas Gerais, Guana-bara e São Paulo.

Toda a documentação estáguardada no Arquivo Nacio-nal, Centro de Informação e

Documentação Arquivísticada Universidade Federal deGoiás e nos arquivos públicosde alguns estados (CE, ES, MA,RJ, SP, PR e PE).

Recursos – Os trabalhos de-senvolvidos pelo ArquivoNacional são financiados pelaAssociação Cultural do Ar-quivo Nacional (Acan), umasociedade civil sem fins lucra-tivos, criada para apoiar o Ar-quivo Nacional "no desenvol-vimento de projetos culturaise na dinamização de ativida-des técnicas, por meio da cap-tação de recursos". A entidadeabriga diversos militares, co-mo membros atuantes, alémde ex-alunos da Escola Supe-rior de Guerra (ESG).

Pr ot es to – A Associaçãodos Servidores do ArquivoNacional (Assan) protestacontra a presença dos mem-bros militares na Acan. Deacordo com carta entregue aom i n i s t r o d a j u s t i ç a J o s éEduardo Cardozo, a entida-de dos funcionários afirmaque "primordialmente, pes-soas que se opõem à salva-guarda dos direitos humanosnão podem ser as responsá-veis por angariar recursospara a preservação dos docu-mentos e para a ampliação doacesso às informações sobre ogoverno de exceção daquelesanos". (MT)

Repressão a manifestação de estudantes em 1968 no Rio de Janeiro.

Não entregamos umaparcela fundamentaldos documentosexistentes hoje, adocumentaçãoprivada,para investigação.

VI TO R FONSEC A

existem e são relevantes.Arquivos – A documenta-

ção oferecida ao reconheci-mento da Unesco contém tex-tos, fotos, vídeos e outros obje-tos de órgãos centrais do Siste-ma Nacional de Informação(Sisni), sob a guarda do Arqui-vo Nacional e de órgãos de in-formação dos estados da Fede-

Dida Sampaio/AE – 23/4/2010

Mário Tonocchi

Fotos: Divulgação/Arquivo Nacional

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Lá (na Venezuela), o juiz estável é provisório.Belisário dos Santos Junior, ex-secretário de Justiça de SP.política

Chávez "desbanca" o filósofo Montesquieu em sua até então incontestável teoria da divisão de poderes

Juan Barreto/AFP Photo – 27/9/2010

Luta e drama: deixar o cárcere.

Duas mulheres – a juízaMaria Lourdes Afiuni eIndira de Peña Esclusa

– vivem um drama similar quediz respeito a Hugo Chávez.

A juíza foi presa em dezem-bro de 2009, acusada de cor-rupção e abuso de autoridade.Ela decretara a libertação doempresário Eligio Cedeño,acusado de evasão fiscal, frau-de bancária, contrabando eobtenção ilegal de divisas.

Preso, Cedeño ficou aguar-dando por três anos a primeiraaudiência na Justiça. Segundo alegislação venezuelana, o prazomáximo é de dois anos. Ao serlibertado, deixou o país.

Maria Lourdes Afiuni, alvode um violento discurso deChávez, foi diretamente para acadeia. O presidente pediu 30anos de prisão para a juíza, porter libertado "um inimigo daRevolução Bolivariana".

"Imagine uma juíza numpresídio entre presos que elacondenou", relatou Belisáriodos Santos Junior, ao contar a

experiência de Afiuni no siste-ma prisional da Venezuela,considerado um dos mais pe-rigosos da América Latina.

Após 14 meses de prisão ecom problemas de saúde, a juí-za obteve, em fevereiro desteano, o benefício da prisão do-miciliar. "Para ela, a Justiça ve-nezuelana morreu", comple-tou Belisário, ao narrar o en-contro que teve com a juíza.

Ap elo– A vinda de Chávezao Brasil motivou Indira de Pe-

ña Esclusa, mulher do prisio-neiro político Alejandro PeñaEsclusa, a enviar uma carta àpresidente Dilma Roussef pe-dindo que ela interceda juntoa Chávez pela libertação deseu marido, que está doente.

Na carta, que foi protocoladana quinta-feira na Embaixadado Brasil na Venezuela, Indirainforma que o marido "se en-contra detido nos porões dapolícia política venezuelana, oServiço Bolivariano de Inteli-gência Nacional (Sebin) desde12 de julho de 2010.

Ao apelar à presidente, Indi-ra lembrou que há uma seme-lhança entre a presidente eAlejandro: a enfermidade – "daqual a senhora também foi ví-tima"; e a prisão – "a senhorafoi uma prisioneira política econhece como isso nos afetana família". Segundo Indira,Alejandro está encarcerado"sem sequer começar o julga-mento contra ele". Ele estácom câncer de próstata – comameaça de metástase. (SK)

Lulu

di/L

uz –

7/2

/200

7

Esclusa: preso e doente.

Na Venezuela,a Justiça definitiva

de Chávezé provisória.

Reuters/Ho Mew

Patricia Cruz/Luz – 2/6/2011

Paulo Sérgio Pinheiro e Pedro Nikken, presidente da Comissão Internacional de Juristas (CIJ), de Genebra.

Juíza Afiuni: cárcere privado por libertar inimigo da revolução.

Montesquieu

Entidades de direitos humanos eadvogados criticam cruzada

chavista contra juízes quenão atendem a seus interesses

Sergio Kapustan

No dia em que visitao Brasil, o presi-dente da Venezue-la, Hugo Chávez,

no poder desde 1999, é critica-do por desrespeitar a separa-ção de poderes, ao dirigir seu"apetite de autoritarismo" con-tra o Judiciário venezuelano.

Advogados e militantes dosdireitos humanos afirmamque Chávez domina a cúpulada Justiça e promove a "desins-titucionalização progressiva"do regime.

De modo geral, as institui-ções são mantidas em funcio-namento, mas o poder concen-trado nas mãos do presidentecausa um desequilíbrio.

No caso do Judiciário, suainfluência resultou no aumen-to de sentenças em favor do Es-tado venezuelano nos últimosquatro anos e na perseguição edestituição de juízes que to-mam decisões contra os inte-resses do governo.

A teoria da separação dospoderes – Executivo, Legislati-vo e Judiciário – foi desenvol-vida pelo filósofo Montes-quieu no clássico Do Espíritodas Leis, publicado em 1748.

A obra é associada, atéhoje, ao bom funciona-mento do Estado deDireito. "Chávezdeve considerarMontesquieu d é-m od é", resume oadvogado vene-zuelano PedroNikken, que pre-side a ComissãoInternacional deJuristas (CIJ), comsede em Genebra.

O caso emblemá-tico é o da juíza Ma-ria Lourdes Afiuni,em prisão domiciliar porter libertado o empresário Eli-gio Cedeño. Ele foi acusado defraude financeira e deixou opaís depois de libertado.

Outra cidadã venezuelana,Indira Ramirez de Peña Esclu-sa, mulher do prisioneiro polí-tico Alejandro Peña Esclusa,luta pela libertação do marido(leia texto à direita).

Pensamento único – O ata-que chavista à Justiça foi temade uma mesa-redonda na Fa-culdade de Economia e Admi-nistração (FEA), da USP, naquarta-feira passada.

Participaram Nikken; o ex-secretário estadual de Justiça,Belisário dos Santos Junior; ocientista político Paulo SérgioPinheiro; e a diretora do Insti-tuto de Relações Internacio-nais da USP, Maria HermíniaTavares de Almeida. "A Justiçada Venezuela está em situaçãode emergência há 12 anos, emrazão de ter um governo depensamento único", afirmouNikken, na abertura.

O eixo da discussão foi o re-latório "A desconfiança na Jus-tiça: o caso Afiuni e a indepen-

dência do Judiciário na Ve-nezuela".

O texto foi publica-do em abril desteano pelo Institutode Direitos Hu-manos da Bar As-sociation's (Ibah-ri), organizaçãomundial de ad-vogados e profis-

sionais do direitointernacional.O relatório se ba-

seia na visita da dele-gação do instituto aCaracas, entre 8 e 11

de fevereiro. A delegaçãoouviu advogados, membros eex-membros do Judiciário.

Na conclusão, questionou-se a eleição dos magistrados doTribunal Supremo da Justiça(TSJ), em setembro de 2009, nofinal do mandato da Assem-bleia Nacional, em que o go-verno tinha maioria absoluta .

Conforme a comissão, a elei-ção teria sido ilegal, pois deve-ria ser realizada pela nova As-sembleia, que tomaria posseem janeiro de 2010, sem maio-ria absoluta governista.

O texto chama atenção tam-

bém pela falta de aplicação doCódigo de Ética e de parâme-tros inadequados para a desig-nação e remoção de juízes; pela"endêmica situação dos juízesprovisórios" e pela falta de ga-rantias de independência; epelas declarações e condutasde funcionários dos poderesnacionais contra o Judiciário –começando pelo próprio presi-dente da República.

A delegação expressou ain-da preocupação sobre as decla-rações públicas do magistradoFernando Ramon Vegas Tor-realba (TSJ), na abertura dasatividades judiciais de 2011.Torrealba defendeu a interpre-tação da Constituição "em con-formidade com a ideologia daRevolução Bolivariana".

Provisório definit ivo–Membro da delegação, Belisá-rio constatou que mais da me-tade do Judiciário venezuela-no é composto de juízes provi-sórios que podem ser substi-tuídos segundo a vontade doExecutivo. "Lá, o juiz estável éprovisório", ironizou.

Paulo Sérgio Pinheiro inte-gra a Comissão Interamerica-na de Direitos Humanos, daOEA. Ele é o relator da comis-são para a Venezuela, mas nãopode entrar no país há 7 anos.

Segundo Paulo Sérgio, Chá-vez veta a entrada da comissão,por "representar os interessesdo império norte-americano":

"Dos 35 países que formam aOEA, a Venezuela é o únicopaís que não permite a entradada comissão". Para Maria Her-mínia, "nenhuma sociedade,em nome da redução das desi-gualdades sociais, pode pres-cindir do Estado de Direito" –em clara referência a Chávez.

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

D I P LO M AC I AVenezuela congelarelações com EUA,após sanções àpetrolífera PdVSA.

E G I TOEgípcios rejeitamteocracia de estiloiraniano, revelapesquisa Gallup.nternacional

Humala 'paz e amor' vence no PeruNacionalista de esquerda segue conselhos de assessores petistas, abandona radicalismo de Chávez e chega à presidência.

Em uma das eleiçõespresidenciais mais po-larizadas e mais dis-putadas da história do

Peru, o candidato nacionalistade esquerda Ollanta Humalavenceu a conservadora KeikoFujimori, segundo uma conta-gem rápida dos votos feita on-tem pelo instituto de pesquisasIpsos/Apoyo. De acordo com acontagem, Humala venceu com51,4% dos votos válidos. Sua ad-versária, Keiko, ficou com48,6% do total.

Antes mesmo do resultadofinal das urnas, milhares desimpatizantes de Humala fo-ram à praça Dos de Mayo, nocentro da capital Lima, à espe-ra do discurso do vencedor.

Um dos primeiros a reco-nhecer a vitória de Humala foio ex-presidente peruano Ale-

jandro Toledo, que declarouque "o povo peruano se pro-nunciou pela mudança, optoupor um crescimento econômi-co com inclusão social".

Rejeição - A campanha paraa presidência dividiu os perua-nos, muitos dos quais conside-ram que os dois candidatosqualificados para o segundoturno representariam ameaçapotencial à democracia.

Tanto Keiko como Humalaenfrentaram alta rejeição doeleitorado. Keiko era identifi-cada com o pai, o ex-presiden-te Alberto Fujimori, que cum-pre pena de 25 anos de prisãopor corrupção e desrespeito adireitos humanos.

Humala tentava se desvin-cular da imagem do antigoaliado Hugo Chávez, presi-dente venezuelano, e de seu

passado mais radical.Grande parte dos eleitores

estava conformada em votar"no mal menor'', depois que ostrês candidatos de centro divi-

zia ontem a funcionária públi-ca Gabriela Ezeta.

O Peru é o país que maiscresce na América do Sul, commédia de 7% nos últimos anos,mas não conseguiu melhorarmuito a distribuição de renda.

Parte da população votouem Keiko porque teme queHumala vá mudar o modeloeconômico e restringir o cresci-mento do país.

Outra parcela votou em Hu-mala porque não vê os frutosdo crescimento chegando atéos mais pobres.

'Paz e amor' - Na campanha,Humala deu uma guinada pa-ra o centro para ampliar seuapelo. Livrou-se das camisetasvermelhas e roupas militares, epassou a renegar seus elos comChávez.

Humala perdeu em 2006 pa-

ra o atual presidente, AlanGarcía, porque toda a parcelaconservadora da sociedadeperuana se uniu contra ele.

Desta vez, ele adotou estra-tégia "paz e amor'', assessora-do pelos petistas Luis Favre eValdemir Garreta. O candida-to citava frequentemente suaadmiração pelo presidenteLuiz Inácio Lula da Silva.

A campanha de Humala te-ve direito a um "compromissocom o povo peruano'', seme-lhante a documento que Luladivulgou em 2002 para acal-mar os mercados.

Félix Jimenez, assessor deHumala que pode ser o minis-tro da Economia, disse que nãohá razões para incerteza. "OBanco Central saberá lidarcom os especuladores, se fornecessário''. (Agências)

Pilar Olivares/Reuters

Cris

Bou

rnon

cle/

AFP

Humala (acima) se afastou da imagem radical do venezuelano Hugo Chávez e se vinculou a Lula; o ex-comandante do Exército tem o apoio de pelo menos um em cada três peruanos que vivem na pobreza.

O povo peruano sepronunciou pelamudança, optou porum crescimentoeconômico cominclusão social.

ALEJANDR O TO L E D O,EX-PRESIDENTE P E RUA N O

diram seus votos e foram eli-minados no primeiro turno.

"Vou anular o voto, não acre-dito em nenhum dos dois'', di-

Direita ganhaem Portugal

Acrise econômicaderrubou outro governo

e deu vitória a mais umpartido de direita na Europa.Desta vez foi em Portugal,onde o Partido Socialista (PS),no poder desde 2005, obtevesua pior votação em 20 anos.

Faltando contar apenas asurnas do exterior, o PSobteve 28,05% dos votos. Oganhador foi o Partido SocialDemocrata (PSD), queconquistou 38,63% do total.O próximo primeiro-ministroserá o economista PedroPassos Coelho. (Fo l h a p re s s )

Centenas de manifestantes fogem de bombas de gás lacrimogêneo lançadas por tropas israelenses na fronteira com a Síria

Jack

Gue

z/A

FP

Sírios revivem 'dia da derrota'Pelo menos 20 manifestantes sírios

e palestinos morreram e outros325 ficaram feridos ontem por

disparos de soldados israelensesquando tentavam atravessar a fronteiraentre Síria e Israel, segundo a televisãoestatal síria, durante o 44º aniversárioda Guerra dos Seis Dias de 1967,conhecido no mundo árabe como a"Naksa" ou "Dia da derrota".

Durante a transmissão, era possívelouvir os alertas das forças israelenses."Se vocês cruzarem a fronteira serão

mortos'', avisavam os soldados, atravésde alto-falantes, aos manifestantes quetentavam atravessar a divisa paraentrar em Golã, território que o Estadojudeu ocupou dos sírios na disputarelembrada ontem.

A televisão síria mostrou imagens decentenas de cidadãos que seconcentraram junto à fronteira e queem alguns pontos conseguiram retirara cerca de arame farpado que separaambos países, chegando a passar parao lado controlado por Israel.

À noite, a tensão voltou à região,quando manifestantes, alguns combandeiras palestinas e sírias, atirarampedras contra alguns veículos blindadosposicionados ao longo da fronteira.

O governo israelense acusou a Síria deincentivar as manifestações nas Colinasdo Golã para desviar a atenção daimprensa internacional da crise políticavivida pelo regime do presidente sírioBashar Assad. Cerca de mil pessoas jámorreram desde o início dos protestoscontra Assad, em março. (Ag ê n c i a s )

E. coli: broto de feijão,o novo culpado.

Testes iniciais indicamque brotos de feijão culti-vados no norte da Ale-

manha são a causa provável dosurto da bactéria E. coli que jámatou ao menos 22 pessoas e in-fectou mais de 2.200, informa-ram autoridades locais ontem.

Segundo o ministro da Agri-cultura no Estado da Baixa Sa-xônia, Gert Lindemann, dife-rentes tipos de brotos de umafazenda na região de Ülzen,entre as cidades de Hamburgoe Hannover, poderiam ter in-fectado pessoas em cinco dife-rentes Estados alemães.

"Há cada vez mais indíciosque colocam o foco na fazenda",afirmou Lindemann duranteentrevista coletiva ontem. Mui-

tos restaurantes que sofreramcom o surto de E. coli receberamos brotos daquele local.

A fazenda foi fechada onteme todos os seus produtos, in-cluindo ervas frescas, frutas, flo-res e batatas foram recolhidos.Pelo menos um dos funcioná-rios da fazenda também foi in-fectado com a bactéria E. coli, deacordo com o ministro.

Lindemann disse que 18 dife-rentes tipos de brotos estavamsob suspeita, como brotos de fei-jão, brócolis, ervilha, grão de bi-co, feijão, lentilhas e rabanete.

Ele ainda pediu aos alemãespara não comerem brotos aténovo aviso e disse que outrasfontes para o surto não podemser descartadas. (AE)

Ferido, Saleh deixa oIêmen. E o povo comemora.

Milhares de manifes-tantes cantaram edançaram nas ruas

da capital do Iêmen, ontem, pa-ra comemorar a partida do pre-sidente Ali Abdullah Saleh, queviajou à Arábia Saudita para re-ceber tratamento médico. Omandatário foi atingido por es-tilhaços de uma bomba em umataque contra o palácio presi-dencial na sexta-feira passada.

"O país está mais bonito semvocê", dizia uma placa carrega-da por um iemenita, um dos mi-lhares de opositores de Salehque acampam desde o início defevereiro em uma área da capi-tal Sanaa, que tem sido chama-da de a Praça da Mudança.

Durante as comemorações,alguns estavam preocupadoscom o retorno de Saleh, que go-verna o Iêmen com mão de fer-ro há mais três décadas. "A nos-sa felicidade será completaquando tivermos a certeza deque Saleh não vai voltar", disseum residente em um café local.

Mas a oposição aproveita ahospitalização de Saleh, queapresenta queimaduras no ros-to e no peito, para pressionarpor sua saída em caráter defini-tivo. "É o começo do fim de umregime tirânico e corrupto. Fare-mos o possível para impedir oretorno", declarou o porta-vozda oposição parlamentar,Mohamed Qahtan. (Agências)

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

REVEL AÇÕESAos poucos, dados revelados pelas caixas-

pretas do Airbus A330 vão dando pistassobre o que de fato aconteceu com o voo

AF-447, da Air France, há dois anos.cidades

C a i xa s - p ret a scomeçam a falar

para os comandantesExperiente em voos longos, César Sfoggia diz que a queda do A330já muda os procedimentos referentes às indicações de velocidade

dadas pelos pitots. Em situação adversa, pilotos as desprezam.

Cesar Sfoggia:ao deixardado develocidade dopitot, pilotousa potênciado motor paraconduzir avião

Paulo Liebert/AE - 28/07/2000

José Maria dos Santos

Paulo Pampolin/Hype - 03/06/2009

Simulador de voo reproduz condição atmosférica enfrentada pelo A330 quando voava sobre o Atlântico

No momento, a rotinado comandante Cé-sar Sfoggia, gaúchode 54 anos, consiste

em voar de Xangai a Amsterdampilotando um Jumbo 747 a servi-ço da Jade Cargo, empresa aéreade cargas da China. Por mais de 25anos ele havia sido piloto da Varig,neste caso, conduzindo passagei-ros. Nos últimos tempos de com-panhia ele fazia as rotas São Pau-lo-Los Angeles e/ou Frankfurt,tendo nas mãos um modelo MD-11 da McDonnell Douglas. Por trásdo glamour que sua profissão re-verbera, César tem uma vida dura.Ou melhor, o preço é alto. Mesmocom a vasta experiência, tem quefazer treinamentos severos a cadaseis meses e submete-se anual-m e n t e a t r ê sexames de ava-liação, que, senão forem bemsucedidos, po-dem alijá-lo daaviação, semchoro nem vela:dois nos simula-dores de voo eum de rota, comum fiscal impla-cável acompa-nhando seusm ov i m e nto s.

Ser piloto é,sobretudo, tra-t a r a r o t i n a ,mesmo que re-petida há décadas, como se fos-se a primeira vez. Qualquer atitu-de ou gesto executado no pilotoautomático pode se transformarem um pecado mortal para a se-gurança de voo. Exemplo: visto-riar a área externa do avião mu-nido de uma lanterna, antes dadecolagem. Trata-se de atribui-ção do comandante e César, co-mo os colegas em geral, a fazcom as minúcias de Sherlock Ho-mes. Vá que o pessoal da manu-tenção tenha esquecido de reti-rar a tampa de um dos pitots,que precisam ser vedados du-rante o serviço para evitar a en-trada de sujeira e até de pássa-ro s.

Apoiado neste currículo, Sfog-gia comenta as primeiras notí-cias que vieram da caixa-pretado Airbus A-330, da Air France,que caiu no Atlântico na noite de31 de maio para 1º de junho de2009, matando a tripulação e228 passageiros.

Diário do Comércio - Como oscomandantes estão recebendoas primeiras informações dascaixas-pretas do voo 447?

César Sfoggia - O episódio jámudou a orientação de procedi-mentos referentes às indicaçõesde velocidade dadas pelos pi-tots. Em caso de discrepânciasou suspeita de distorções, parti-cularmente sob condições ad-versas, como em tempestades,devem ser desprezadas peloscomandantes, que passam ausar como referência apenas apotência dos motores e de lati-tude para conduzir o avião.

DC - Antes de continuar, vamostrocar isso em miúdos? O quesão exatamente os pitots?

Sfoggia - É um tubo de metal(ele tem uns 50 cm e a forma daletra L) fixado na fuselagem doavião – em geral na altura da ca-bine – para medir sua velocida-de. Capta o ar de impacto e apressão estática para fazer a me-

dades iguais quando o aviãoatinge 80 nós. Se não for assim, adecolagem é abortada.

DC - Quer dizer que ocomandante despreza asinformações e fica tudo bem?

Sfoggia - O desprezo está noc h e c k - li s t de procedimentos. Aotomar essa decisão, o comandan-te passa a se basear, como já disse,na potência dos motores e na al-titude para prosseguir o voo. Co-mo o avião está em voo cruzeiro,cuja velocidade no Airbus A330 éem torno de 850 km/h, o piloto sa-be que o motor está trabalhandoentre 80% e 90% da sua capacida-de. Também sabe, na referênciade altitude, que o nariz da aerona-ve está de dois a três graus em re-lação ao horizonte. A partir dessesdados ele tem segurança paraprosseguir o voo e o avião conti-

nua voando ru-mo ao seu des-t i n o.

DC - Por quenão houveessa condutano voo 447?

Sfoggia - Nomeu entendi-mento, os doiscopilotos, aor e c e b e r e m afalsa informa-ção do aumen-to de velocida-d e , p r o c u r a-ram reduzi-lae r g u e n d o o

nariz do avião para aumentar aresistência do ar. Acredito queo avião empinou excessiva-mente, perdendo a sustenta-ç ã o.

DC - Nesse caso teria havidoinexperiência dos copilotos queestavam no comando?

Sfoggia - É possível. Há muitosdetalhes na condução de umavião. Por exemplo: o Airbus já ha-via cumprido boa parte do cami-nho. Havia, portanto, consumidobastante combustível e na medi-da em que isso acontece, o aviãovai ficando mais leve e sobe natu-ralmente, situação que exige mo-nitoramento da cabine.

DC - O senhor já enfrentoucongelamento de pitots?

Sfoggia - Não. O pitot começaa ser aquecido no momento emque os motores são ligados. Jápilotei os modelos mais diversose jamais vi um pitot congelar.

DC - Os pitots poderiam serdescongelados manualmente?

Sfoggia - Não. Mas a perguntaremete a uma questão interes-

sante. Hoje as aeronaves têm sis-tema interligados através decomputadores. Em se tratando deAirbus, são estreitamente ligados.No 447, o congelamento dos pi-tots desencadeou uma série deproblemas devido à interligação.Há situações em que o coman-dante não pode intervir, vai atécerto ponto, pois os computado-res têm o domínio de tudo. Acre-dito que essa questão deveria sermais debatida. Penso que nessesaviões deveria haver um botão deautoridade de comando, que o pi-loto poderia apertar para chamaros comandos a si.

DC - O senhor se lembra dealgum episódio em que oscomputadores predominaramsobre o comandante?

Sfoggia - O exemplo vem daponte-aérea. O avião fazia umacurva à direita, na altura da Centraldo Brasil e do Hotel Glória, por ali,para aterrissar no Santos Dumont,no sentido da pista norte. Por al-guma razão, o comandante viu anecessidade de completar a curvae não teve resposta do avião. Porvia das dúvidas, arremeteu parafugir dos morros à frente.

DC - O Airbus estava entreguea dois copilotos enquantoo comandante descansava. Issonão pode ter influído, inclusiveporque havia tempestade àf re nte ?

Sfoggia - O descanso do co-mandante é previsto em regula-mento nos casos de voos longos.Isso deve ocorrer na fase mais fa-vorável, que era justamenteaquela. Além disso, no caso do447 esse descanso era absoluta-mente necessário.

DC - Por quê?Sfoggia - A legislação euro-

peia é diferente da brasileira. Anossa exige que haja dois co-mandantes a bordo para se reve-zarem em voos longos e para es-tarem no assento da esquerda,como dizemos, que é lugar ex-clusivo do comandante. A legis-lação europeia é mais flexível.Admite apenas um comandantee um copiloto sênior para subs-tituí-lo. E quando está nessa fun-ção, é secundado por um copilo-

to comum. Esta circunstânciajustifica o descanso em uma jor-nada cansativa, pois, estandoem função, o comandante preci-sa estar com todos sentidos e ra-ciocínio alertas. Existe uma per-gunta que precisa ser respondi-da: por que eles entraram natempestade daquela forma?

DC - Por que o senhor diz isso?Sfoggia - A ordem é jamais en-

trar numa tempestade. Mas éoportuno dizer que os aviões sãohomologados para voar perfeita-mente sob mau tempo. Antiga-mente, quando não havia radar,um avião poderia ser surpreendi-do e entrar às cegas numa tem-pestade. A situação melhoroucom os radares, que, de início,eram monocromáticos: tela verdecom manchas brancas para sina-lizar pontos de tormentas. Hoje édiferente. São coloridos, com va-riações de tons do verde ao ver-melho, passando pelo amarelo.No caso de vermelho, jamais oavião deve entrar na zona indica-da. Não se sabe o que há lá dentro.Pode ser uma barreira de gelo.

DC - Barreira de gelo?Sfoggia - Literalmente. Hou-

ve um episódio bem conhecidoentre os pilotos a respeito deavião da ponte-aérea no percur-so Rio-São Paulo. O piloto voltoupara o Aeroporto Santos Du-mont da altura de Ubatuba, poisali havia um paredão de gelo in-transp onível.

DC - No caso de tempestades,como o comandante deve agir?

Sfoggia - Deve circunavegar atempestade, algo em torno de100 milhas à direita ou a esquer-da. Os tripulantes do 447 pode-riam fazê-lo, como fizeram seteou oito voos naquela noite, umdeles da própria Air France rumoa Paris, salvo engano.

DC - Parece que o local doacidente é bem conhecido comozona de turbulência entre osaviadores, não é?

Sfoggia - A área é complicadameteorologicamente. Fica nafaixa do equador e é frequente-mente turbulenta. Perdi a contadas vezes que passei por ali e

posso dizer que, após cerca dehora e meia de Fortaleza, come-ça a sacudir. Às vezes a turbulên-cia pode durar uns 30 minutos.Quando fazia voos com passa-geiros (pois agora estou traba-lhando na aviação de carga),nessa altura da viagem eu con-vocava os comissários para umbrie fing. Ficava definida a sus-pensão do serviço de refeições;lacrava-se as portas dos equipa-mentos da copa/cozinha e con-feria-se o fechamento dos com-partimentos de bagagem. Emseguida eu ligava a ignição dosmotores no sentido de que rea-cendessem imediatamente umaturbina caso ela se apagasse ereduzia a velocidade em 5% du-rante a travessia. Se fosse neces-sário circunavegar, eu descia unsmil pés para não interferir nascinco ou seis aerovias que ligama América do Sul à Europa.

DC - Se o 447 não tivesse perdidoa sustentação que provocou aqueda brusca, seria possívelpousar no mar?

Sfoggia - Sim. Esse pouso estáno c heck -lis t de procedimentose é perfeitamente realizável.

DC - E como se faz?Sfoggia - Em resumo, a primei-

ra providência é lançar fora o com-bustível através dos dutos dasasas, deixando apenas um resti-nho no fundo nos tanques. Man-tém-se o trem de aterrissagem re-colhido e se desce com os flapesacionados. (Os flapes, em númerode quatro, são dispositivos móveisa partir das asas, que aumentam asustentação e o arrasto do avião esão empregados, de formas dife-rentes, na decolagem e aterrissa-gem ). Todos os sistemas de alertasão desligados para não confun-dir a tripulação. Também são des-ligados outros equipamentos, co-mo o ar-condicionado. O avião édespressurizado e fecha-se todasas válvulas para não entrar água.Próximo da água, os motorestambém são desligados. O aviãoflutua e as escorregadeiras, utili-zadas em saídas de emergência,se transformam em botes inflá-veis com capacidade para abrigaro avião lotado e a tripulação, comsobras de lugares.

Pitots na fuselagem das aeronaves agora podem ser modificados

Pascal Rossignol/Reuters - 15/06/2009

dição. Um avião pode ter de qua-tro a cinco pitots. No caso doA330 do voo 447 o que houve – eisso já havia sido noticiado – éque os pitots congelados passa-ram a falsa informação de au-mento de velocidade e os doiscopilotos trabalharam com essadistorção, iniciando o processode queda. Ocorre que o procedi-mento de desprezar já era ado-tado pelos comandantes desdea queda de uma aeronave na Re-pública Dominicana e depoisoutra no Peru, anos atrás.

DC - Como é possível identificaras distorções?

Sfoggia - As indicações de ve-locidade aparecem em três pai-néis na cabine: no do coman-dante, no do copiloto e no standby . Quando há uma discrepânciasuperior a 10 nós (0,541 m porsegundo) entre elas, toma-se asduas velocidades mais próximaspara se avaliar a velocidadeaproximada da real. Eu nunca vi,em 29 anos de aviação, três velo-cidades conflitantes. Para se teruma ideia do rigor, em uma de-colagem deve haver duas veloci-

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

facespregionais

É mês de Pedro, Antônio e JoãoCidades do Interior se enfeitam para receber milhares de turistas em suas tradicionais festas juninas. Em alguns municípios, elas fazem parte do calendário oficial.

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Festa Juninaem São Luizdo Paraitingaem 2010: esteano a cidadepromove o15º Arraiá deChi Pul Pul,nos dias 24 e25 deste mês e1º e 2 de julho.

Festa de São Pedro, na cidade de mesmo nome: além da tradicional quadrilha, uma grande tenda montada napraça Central da Matriz recebe os visitantes que querem saborear os quitutes preparados pelos voluntários

Depois do Natal, trata-sedo evento que mais atraituristas ao município.

REGINA PE LU Q U E, DIRETOR A DO DEPAR TAMENTO DE

CULTUR A E TURISMO DE SÃO JOÃO DA BOA VI S TA

André de Almeida

No mês de São João, SantoAntônio e São Pedro,dar um passeio pelo In-terior do Estado é uma

boa opção para quem gosta das tra-dicionais festas juninas. É nesta épo-ca do ano que várias cidades paulis-tas se enfeitam com bandeirinhas co-loridas, promovem quadrilhase shows musicais regados aquentão, vinho quente, pé-de-moleque e cuscuz, entre outrasdeliciosas iguarias.

Muitas destas festas, no en-tanto, vão além do simples ob-jetivo de oferecer diversão eentretenimento e se caracteri-zam como um dos principaiseventos dentro do calendárioanual de festividades dos mu-nicípios do Interior, atraindomilhares de turistas.

Eles chegam, movimentam arede hoteleira, fomentam o co-mércio local e ajudam a divul-gar a cidade regional e até na-cionalmente.

Reafirmação - Con hecidopelo seu tradicional carnavalde marchinhas, São Luiz do Pa-raitinga promoverá, pelo 15ºano consecutivo, o famoso Ar-raiá de Chi Pul Pul, festa junina queacontece no mercado municipal nosdias 24 e 25 deste mês e 1º e 2 de julho.Depois das enchentes que arrasa-ram a cidade, há mais de um ano, afesta servirá para reafirmar a forçade São Luiz do Paraitinga em pro-mover eventos de tradição popular.

Segundo o diretor de Cultura deSão Luiz do Paraitinga, Netto Cam-pos, o arraiá, pela promoção da cultu-ra caipira, se tornou uma referênciana região do Vale do Paraíba e atual-mente só perde para o Carnaval e pa-

ra a Festa do Divino em número de tu-ristas. Nesta edição, são esperados de10 mil a 12 mil visitantes nos quatrodias de festas. Destes, em torno de 5mil turistas são de cidades próximas eaté mesmo da Grande São Paulo.

A programação do arraiá é bemtradicional, com cadeia, casamentoscaipiras, espaço para violeiros e con-tadores de histórias, grupos teatraise um cortejo caipira no último dia do

evento. Duas atividades tambémmerecem destaque: o Concurso deQuadrilhas, com danças típicas, e oFestival de Música Junina. "Todos ossegmentos econômicos da cidadesão beneficiados pela festa, como aspousadas, lojas e restaurantes", afir-ma o presidente da Associação Co-mercial de São Luiz do Paraitinga,José Roberto da Silva.

Tradição - Uma das festas juninasmais antigas e tradicionais do Estadoé a realizada no município de São Pe-dro, a 190 quilômetros da capital. Tra-

ta-se da Festa de São Pedro, que esteano chega à sua 120ª edição e aconte-ce nos dias 28, 29 e 30 de junho e 1°, 2 e3 de julho. O evento é o mais tradicio-nal da cidade.

A festa será realizada na praça Cen-tral da Matriz e terá uma grande ten-da, com mesas e cadeiras, para que opúblico possa se acomodar e saborearos quitutes preparados pelos voluntá-rios. No cardápio, leitoa, cuscuz, fran-

go atropelado, tortas doces e sal-gadas. O público poderá tam-bém tentar a sorte na tabuinha.

Todas as noites, shows típi-cos com artistas da região. Ha-verá também o tradicional lei-lão de gado e o "pau de sebo",atração do domingo pela ma-nhã. A expectativa é de quemais de 50 mil pessoas partici-pem das festividades.

De acordo com o presidenteda Associação Comercial deSão Pedro, Flávio Castelar,além dos turistas, a festa tam-bém atrai os donos de casas deveraneio da região. "Trata-sede uma forma eficiente de di-vulgar o município, fazendocom que os turistas conheçama cidade e retornem depois pa-ra visitá-la. Até mesmo a vizi-nha Águas de São Pedro ga-nha com o evento, já que os tu-

ristas costumam dar uma esticadi-n h a a t é l á e v i s i t a r o s p o n t o sturísticos locais", diz.

Brincadeiras - Para quem procu-ra uma festa junina com as tradicio-nais brincadeiras e competições, co-mo a corrida do ovo na colher, corri-da do saco, campeonato de bolinhade gude, além de um concurso dequadrilhas, uma boa dica é visitar a7ª edição da Festa de São João, da ci-dade de São João da Boa Vista, queserá realizada entre os dias 22 e 25deste mês no Recinto de Exposições

José Ruy de Lima Azevedo. A grandenovidade deste ano será o show Ami-zade Sincera, com Sérgio Reis e RenatoTeixeira. No domingo, dia 26 de junho,haverá apresentação da Orquestra JazzSinfônica de São João da Boa Vista.

A festa merece destaque tambémpelo seu lado beneficente. "Toda arenda obtida será revertida para as 50entidades que participarão do even-to", explicou a diretora do departa-

mento de Cultura e Turismo de SãoJoão da Boa Vista, Regina Peluque.São esperadas aproximadamente 20mil pessoas por dia na festa, que aindaterá uma feira de artesanato e exposi-ção de vestidos caipiras.

"Depois do Natal, trata-se do eventoque mais atrai turistas ao município. Ésempre bom e importante para a regiãopromover o resgate das antigas tradiçõesdas festas juninas", conclui Regina.

MAIS DE 100A cidadede São Pedrorealiza a sua120ª festa.

MÚSIC ASão João da BoaVista terá showcom Sérgio Reis eRenato Teixeira.

Festas acontecemem vários países

Festas juninas, festa deSão João ou festas dossantos populares são

celebrações que acontecemem vários países. Elas estãorelacionadas com a festapagã do solstício de verão,que era celebrada no dia 25

de dezembro, segundo ocalendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizadana Idade Média comoFesta de São João.

Estas celebrações sãoparticularmente importantesno Norte da Europa –Dinamarca, Estônia, Finlândia,Letônia, Lituânia, Noruega eSuécia –, mas são observadastambém na Irlanda, na Galiza,partes da Grã-Bretanha(especialmente na Cornualha),França, Itália, Malta, Portugal,Espanha, Ucrânia e em outrospaíses, como Canadá,Estados Unidos, Porto Rico,Austrália e Brasil.

As festas juninas brasileiraspodem ser divididas em doistipos: as da região nordeste eas festas do Brasil caipira, ouseja, nos estados de São Paulo,Paraná (norte), Minas Gerais(sobretudo na região sul) eGoiás. No interior de SãoPaulo ainda se mantém atradição da realização dequermesses e danças dequadrilha em torno defogueiras. No nordeste, oforró merece destaque. (AA)

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

ac spdi s t r i t ai s

GIrAgendas da Associação

e das distritais

Novo caminho daVila Prudentea Guarulhos:

a Linha BrancaPelo traçado atual, a futura linha do metrô ligará o bairro da zona leste à região da

rodovia Presidente Dutra. O projeto básico deverá estar finalizado em um ano.

Carlos Barretta/Hype/Arquivo/DC

Ass.Imprensa/Prefeitura Guarulhos/Arquivo/DC

O município de Guarulhos (acima), na Grande São Paulo, estará interligado à nova linha na região da via Dutra. E da estação Vila Prudente (acima, à direita) será possível acessar a Linha 2 - Verde.

Milton Mansilha/Luz

A avenida Aricanduva, nazona leste da cidade, deveráter uma estação de metrô

André de Almeida

Os estudos para aimplantação da fu-t u r a L i n h a 1 5 -Branca do metrô

estão avançando. Durante reu-nião realizada na Distrital Pe-nha da Associação Comercialde São Paulo (ACSP), o gerentede Planejamento e Integraçãode Transportes da companhia,Alberto Epifani, apresentou oprojeto funcional, em sua faseatual de execução. A expectati-va é de que o projeto básico es-

teja finalizado dentro de umano. Caso não haja nenhumcontratempo, após o processolicitatório, as obras devem du-rar em torno de 50 meses.

A Linha 15 - Branca, peloprojeto atual, deve ter 12 esta-ções e 13,2 quilômetros de ex-tensão, interligando o bairroda Vila Prudente, na zona les-te, à região da rodovia Presi-dente Dutra, em Guarulhos.

A nova linha será totalmentesubterrânea, está orçada em

aproximadamente R$ 8 bi-lhões e terá as seguintes esta-ções: Vila Prudente, onde serápossível acessar a Linha 2 - Ver-de; Orfanato, Água Rasa, Aná-lia Franco, Vila Formosa, Gui-lherme Giorgi, Aricanduva,Penha, com acesso à Linha 3 -Vermelha do Metrô e à Linha11 - Coral da CPTM; Penha deFrança (no centro do bairro);Tiquatira, com acesso à Linha12 - Safira da CPTM; PauloFreire e Dutra, em Guarulhos.

Benefícios - De acordo comEpifani, a implantação da Li-nha Branca reforçará aindamais o conceito do metrô comouma rede integrada de trans-portes. O executivo elencouuma série de benefícios que afutura linha trará, não apenaspara a zona leste, mas para to-da a cidade. Além da interliga-ção com a rede metroferroviá-ria, a Linha 15 proporcionará aconexão com os eixos viáriosradiais do sistema de ônibusdas regiões leste e nordeste.

Entre esses eixos estão a Ra-dial Leste, Luiz Ignácio deAnhaia Mello, Gabriela Mis-tral, Penha de França, Conse-lheiro Carrão, Aricanduva,Eduardo Cotching, Sapopem-ba, Vereador Abel Ferreira /Regente Feijó e Vila Ema / Or-fanato. "Uma das principaisvantagens dessa linha será de-safogar a Linha 3 - Vermelha,proporcionando aos usuáriosmais facilidade para se deslocarà zona sul e região da avenidaPaulista", afirmou Epifani. Ou-tra grande vantagem será aten-

der a população de Guarulhos eda área nordeste da Região Me-tropolitana de São Paulo.

Quanto entrar em operação,a expectativa de demanda nanova linha é grande. Estimati-vas do Metrô apontam que asestações Vila Prudente e Penhasejam as mais movimentadas,com 188 mil e 182 mil passagei-ros por dia respectivamente.Em seguida vem a AnáliaFranco (131 mil pessoas), Du-tra (72 mil), Tiquatira (60 mil),Paulo Freire (58 mil) e Penhade França (28 mil).

Dúvidas - Uma das princi-pais dúvidas referentes aoprojeto é o modelo que seráadotado nas interligações en-tre as linhas. Na Vila Pruden-te, por exemplo, o Metrô estáestudando a hipótese de nãoconstruir uma estação detransferência no local para aLinha Branca. A solução podes e r p e l o p ro l o n g a m e n t oda Linha Verde, sem a estaçãode transferência e a conse-quente baldeação.

Outra dúvida é quanto à lo-calização do pátio para estacio-nar os trens. Ele pode ser cons-truído nas imediações da rodo-via Fernão Dias, próximo à esta-

ção Dutra. Outra possibilidadeé junto com a estação Tiquatira,caso a companhia recue e o pro-jeto final não contemple o pro-longamento da linha até Gua-rulhos sob o rio Tietê, o que nãoé muito provável.

Comércio - Para o superin-tendente da Distrital Penha daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP), Eugênio Can-tero, a Penha será uma das re-giões mais beneficiadas pelanova linha. Além da estaçãohomônima, na Radial Leste, obairro contará com as estaçõesPenha de França e Tiquatira,próxima à Marginal Tietê. "Pa-ra o comércio do bairro, a vin-da da Linha 15 será excelente,uma vez que facilitará o aces-so à região", disse.

Na opinião do dirigente,com as novas estações, um dosprincipais problemas históri-cos do bairro – o tráfego pesa-do de veículos – será ameniza-do. "A especulação imobiliáriana região já começou, com asobras para a construção de umprédio de salas comerciais nocentro da Penha. No Tiquatiratambém estão previstos várioslançamentos residenciais",concluiu Cantero.

Hoje� Pl e n á ri a – O presidente daACSP Rogério Amato preside areunião plenária com o generaldo Exército Augusto HelenoRibeiro Pereira sobre o tema Aquestão da segurança nasf ro n te i ra s . Às 17h, rua Boa Vista,51/9º andar, plenária.� Penha – Campanha dedoação de fralda geriátricarealizada pelo Conselho daMulher. Avenida GabrielaMistral, 199. Informações:[email protected]. A açãoacontece também amanhã,quarta, quinta e sexta.� Tatuapé – Às 19h30, reuniãodo Núcleo Automotivo doProjeto Empreender com aagente Izildinha Franco Farro.Praça Silvio Romero, 29.

Amanhã� Noro este – Às 19h, 3ª

reunião ordinária da DiretoriaExecutiva e Conselho Diretor dadistrital. Rua Luis Braille, 8.� Pi n h e i ro s – Às 19h, 3ªreunião ordinária de trabalhoda Diretoria Executiva eConselho Diretor. Rua SimãoÁlvares, 517.� São Miguel – Às 19h30, 3ªreunião ordinária da DiretoriaExecutiva e Conselho Diretor.Avenida Marechal Tito, 1042.

Quarta� Noro este – Às 140h, reuniãodo Comitê Técnico de PolíticaUrbana. Rua Luis Braille, 8.� I p i ra n g a – Às 19h30, 4ªreunião ordinária da DiretoriaExecutiva e Conselho Diretor edo Conselho da Mulher dadistrital. Rua Benjamin Jafet, 95� L apa – Às 19h30, 4ª reuniãoordinária da Diretoria Executivae Conselho Diretor compalestra gratuita de OswaldoMassambani, professor titularda Universidade de São Paulo,sobre A economia de baixocarbono e a síntese do C-40. RuaPio XI, 418.� Mooc a – Às 19h30, 3ªreunião ordinária com a

palestra A Importância daRe c i c l a g e m , com Maria JoséRibeiro, diretora da TrustTrading. Rua Madre de Deus,222.� Santo Amaro – Às 19h30 –Reunião ordinária da DiretoriaExecutiva e Conselho Diretor.Avenida Mário Lopes Leão, 406.� Tat u a p é – Às 19h30, 3ªreunião ordinária da DiretoriaExecutiva e Conselho Diretor.

Quinta� Pe n h a – Às 9h30, curso decoral infanto juvenil realizadopelo Conselho da Mulher.Avenida Gabriela Mistral, 199.Infor mações:[email protected]. O cursoacontece também amanhã.� Co m u s – O conselheiro daACSP José Candido Sennacoordena a reunião do Comitêde Usuários de Portos eAeroportos do Estado de SãoPaulo (Comus) com o temaPorto 24 horas e a presença deFernando Asche Pires, dasIndústrias Romis, que falarásobre a visão de importadores eexportadores. Às 17h, rua BoaVista, 51/11º, auditório.

GUARULHOS NA ACSP – O presidente da ACSP e da Facesp, Rogério Amato (ao centro), se reuniu,semana passada, com Natanael Miranda dos Anjos superintendente da Facesp, Jorge Taiar, presidenteda ACE-Guarulhos (os dois à esquerda de Amato), Wilson Lourenço, vice-presidente da regionaladministrativa 3 da Facesp, e Maurici Dias Gomes, superintendente da ACE (ambos à sua direita).O encontro, na sede da ACSP, no Centro da capital, serviu para alinhar as ações que serãoimplementadas pela Facesp na região do Alto do Tietê e fortalecer a aliança com a ACE-Guarulhos.

Div

ulga

ção

E S TA Ç Õ E SO projeto atualprevê 12 estações e13,2 quilômetrosde extensão.

S U BT E R R Â N E ATo t a l m e ntesubterrânea, a linhaestá orçada emR$ 8 bilhões.

Page 12: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 201112 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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L o goLogowww.dcomercio.com.br

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

6JUNHOD ROGAS

Especialista fala em evento em SP

T ECNOLOGIA

A Intel criou um museu virtual com as informaçõespostadas pelos usuários do Facebook para promover a

segunda geração de processadores Core, Sandy Bridge. Oaplicativo chamado The Museum of Me reúne informaçõespostadas pelo usuário em sua conta do Facebook em ummuseu virtual personalizado. Todas as informações são

organizadas pelo aplicativo em diversas galerias, o que dá aimpressão de que os arquivos compõem uma exposição.

w w w. i n t e l . c o m / m u s e u m o f m e

M EIO AMBIENTE

O mundo em um globo de luzUsando a tecnologia verde do diodo fotoemissor (OLED, na sigla

em inglês), a Mitsubishi Electric Corporation criou uma reproduçãodo globo terrestre com seis metros de diâmetro. O globo é uma

exposição da geografia e meteorologia da Terra e ficará exposto noMuseu Nacional de Ciência e Inovação em Tóquio.

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VISUAISO artista plástico Jacaexpõe suas obras na

Choque Cultural. RuaJoão Moura, 997,

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C IÊNCIA

Cientistas do projeto Icarus estão desenvolvendo uma nave, aDaedalus, para retirar gás hélio-3 em Urano. Esse tipo de gás,

inexistente na Terra há muito tempo, pode ser útil comocombustível. Segundo os cientistas, 14 mil toneladas do gás

seriam suficientes para fornecer energia para todo o planeta porum ano inteiro. Mas, por enquanto, isso é só um projeto.

www.icar usinterstellar.org/icar us_project.php

B OMBEIROS

Pena pode chegar a10 anos de prisão

A Polícia Militar (PM) informouque os 439 bombeiros detidosapós a invasão do Quartel Centralda corporação, na madrugada desábado, no centro do Rio deJaneiro, podem pegar uma penade dois a dez anos de prisão, deacordo com Código Penal Militar.Os bombeiros participavam deum protesto por melhorescondições de trabalho e de salárioem frente ao quartel, antes dainvasão das instalações.

Eles foram autuados emquatro artigos do Código PenalMilitar: motim; dano em viatura;dano às instalações; e impedir edificultar saída para socorro esalvamento. A Comissão deDireitos Humanos da OAB(Ordem dos Advogados doBrasil) do Rio vai acompanhar asituação dos bombeiros.

E VENTO

Uma Virada SustentávelAprimeira edição da

Virada Sustentável,que começou sába-do no Parque do Ibi-

rapuera e terminou ontem ànoite, coincidiu com o diaMundial do Meio Ambiente(comemorado neste domingo)e com a notícia de que a PolíciaMilitar (PM) apreendeu diver-sos animais silvestres na zonaleste de São Paulo.

Agentes do 1º Batalhão dePolícia Ambiental fizeramuma operação em uma feira li-vre na Vila Mara, bairro próxi-mo ao Itaim Paulista, onde fo-ram apreendidos 90 pássarossilvestres e sete tartarugas.

Dez pessoas foram detidasna ação e encaminhadas para a

Delegacia de Políciada Proteção e Cida-dania na AvenidaSão João, na regiãocentral da capitalpaulista. Todos aca-b a r a m l i b e r a d o sapós assinar um ter-mo circunstanciado.Os animais foram en-caminhados ao zoo-lógico de São Paulo.

Evento – Inspiradona Virada Cultural, oevento voltado aomeio ambiente teveatividades de yoga emeditação nos par-ques, além de exposi-ções, oficinas, workshops, fil-mes, peças e shows de música,

Francisco Negroni/Efe

VULCÃO - Erupção do Puyehue fotografada na madrugada de ontem. O vulcão de Cordón Caulle (Chile) continua

expelindo gases, cinzas, magma e pedras. Uma coluna de fumaça que sai pela cratera sobe por dez quilômetros e é

arrastada pelos ventos para a vizinha Argentina. A erupção começou no sábado e 3,5 mil pessoas foram evacuadas.

A TÉ LOGO

Parque Villa-Lobos, na zona oeste, aumentará sua área em 20% até o fim deste an o.

Alckmin deve anunciar em julho plano de trabalho para ampliar a Hidrovia Tiet ê - Pa ra n á

Prefeito Gilberto Kassab libera concessão de novos alvarás para taxistas

O evento "Prevenção eTratamento de Drogas naAdolescência: intervençãobaseada em evidências", queacontece no próximo dia 14, vaicontar com a presença do norte-americano Ken Winters, membrodo Departamento de Psicologia daUniversidade de Minnesota eespecialista em pesquisas de

prevenção e tratamento deadolescentes usuários edependentes de drogas. A palestraacontece no Auditório UlissesGuimarães (Palácio dosBandeirantes), a partir das 9h, e aentrada custa R$ 50.

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Leia sobre meio ambienteno especial desta edição.

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Page 13: Diário do Comérico

13

AG E N D A

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011

economia

BRASILEIRO GOSTAMESMO É DE DINHEIROPesquisa do BC mostra que cédulas e moedas ainda são o principal meio de pagamento no PaísFo

tos:

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Cru

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Se eu quisercompraralguma coisasempre tenhoo dinheiro, émais prático.NI CO L I MIR ANDA,MESTR A DE

CERIMÔNIAS, QUE

SEMPRE TEM

R$ 500 NA

C ARTEIRA.

Meu dinheirofica bemprotegido,afinal ninguémvai mexer nomeu sutiã.Nunca fuiassaltada.SANDR A DE MOR AES,OPER ADOR A DE

TELEMARKETING,R E S G ATA UM H Á B I TO

BEM A N T I G O.

Sempre tenhoR$ 10 nacarteira.Mesmo assim,já fui assaltadoduas vezes.DOMINGOS BR AZ

CO S TA , VA R R E D O R DE

RUA S , JÁ E N CO N T RO U

C ARTEIRA RO U BA D A ,CHEIA DE C ARTÕES.

NEIDE MARTINGO

Pagar contas pela internet jáhá muito tempo se trans-formou em um hábito cor-riqueiro para muitos brasi-

leiros, o que também é válidoquando se fala em cartões de cré-dito e débito e em compras pelaweb. Dentro de pouco tempo seráigualmente comum sacar o tele-fone celular na hora de pagar umadespesa. Pois é nesse Brasil que amaioria das pessoas se mantémfiel ao mais tradicional dos meiosde pagamento: o dinheiro vivo.

Recente pesquisa feita em todoo País pelo Banco Central (BC) re-vela que cédulas e moedas aindasão a forma de pagamento maisusada pela população – o dinhei-ro em espécie é o preferido de na-da menos que 72% dos brasilei-ros. A tendência, no entanto, é dequeda na participação: no levan-tamento anterior, de 2007, cita-ram a preferência por notas emoeda 82% dos entrevistados.

O sucesso do dinheiro é aindamais curioso quando se observaoutra constatação da pesquisa:entre 2007 e 2010, subiu de 39%para 51% a quantidade de pes-soas que têm conta em banco – odado mostra que, apesar domaior acesso aos bancos, as pes-soas continuam sacando dinhei-ro para pagar suas contas. O rece-bimento do salário em espécie érealidade para 55% dos entrevis-tados. De qualquer maneira, apresença do dinheiro de plásticotambém é ascendente. Em 2007,apenas 8% dos pagamentos eramfeitos com cartões de crédito, vo-lume que passou a 13% no anopassado; no caso dos cartões dedébito, a alta foi de 8% para 14%no período.

"O uso do dinheiro em espécie émais comum para gastos meno-res, como passagem de ônibus,lanches e cafezinho, por exemplo.Os cartões são mais usados nascompras em supermercados e lo-jas de roupas e calçados", afirma o

chefe do departamento do meiocirculante do BC, João Sidney deFigueiredo Filho. "Ainda faz par-te da cultura do brasileiro utilizaro dinheiro", acrescenta.

Pre fe r ê n c i a s

A maioria dos 2.089entrevistados, ouvi-dos em 26 capitaisbrasileiras e no Dis-tr i to Federal noprimeiro semestrede 2010, costumater no bolso atéR$ 20. As notasde R$ 10 e de R$ 5são as preferi-d a s e a s q u emais fazem fal-ta: 48% têm essaqueixa.

"Esses dadossão repassadosaos bancos, paraq u e c o l o q u e mmais notas de pe-queno valor noscaixas eletrônicos",diz Figueiredo Filho.Entre as pessoas ouvi-das, 67% gostariam deter notas de R$ 2, R$ 5 eR$ 10 nas máquinas.

" Co f ri n h o s "

Do total de pessoas consulta-das para o levantamento, 61%consideram a carteira o melhorlugar para guardar as cédulas,24% preferem o bolso, 9% nor-malmente deixam as notas soltasna bolsa. As moedas têm trata-mento um pouco diferente, deacordo com a pesquisa do BC:33% as guardam no bolso, 22% na

carteira e 30% em porta níqueis.Mas sempre há quem inove ou

decida relembrar costumes bemantigos, caso da operadora de te-lemarketing Sandra de Moraes,que guarda o dinheiro no sutiã.Geralmente, ela tem R$ 20 por dia"guardados", dinheiro que usa

para para pagar lanches ou o al-moço; para outras despesas, San-dra usa cartões de crédito e débi-to. "Meu dinheiro fica bem prote-gido, afinal ninguém vai mexerno meu sutiã", diz, bem-humora-da. "Nunca fui assaltada."

Já para a mestra de cerimônias

Nicoli Miranda, mais impor-tante é a comodidade. Ela car-

rega em média, todos os dias,R$ 500 em uma bolsa de grife – ediz não ter medo de ser assaltada."Faço os pagamentos da minhaempresa em dinheiro. E se eu qui-ser comprar alguma coisa sempretenho o dinheiro, é mais prático."As contas fixas, de telefone eágua, por exemplo, ela preferepagar com cartão de débito.

A realidade do varredor deruas Domingos Braz Costa é

bem diferente: ele carrega, emmédia, R$ 10 na carteira.

"Mesmo assim, eu já fui as-saltado duas vezes." As

contas ele paga direta-mente no banco. Ele re-c e n t e m e n t e e n c o n-trou, durante o traba-l h o , u m a c a r t e i r acheia de cartões ded é b i t o e c r é d i t o ,"provavelmente dealguém que foi rou-bado". A carteira foidevolvida ao dono.

Car tões

O crescimento daparticipação dos car-

tões nas compras dosbrasileiros é mais visível

em alguns segmentos dovarejo, como os supermerca-

dos (veja detalhes no quadro). Deacordo com especialistas, a mu-dança está relacionada ao fim doperíodo de hiperinflação com acriação do Plano Real, há 17anos. "Em um cenário de estabi-lidade econômica, os cartõespassam a ser sinônimos de co-modidade", afirma o professorde estratégia do Insper, Guilher-me Fowller.

7Te r ç a - fe i ra

O IBGE divulgaa inflação de

maio apuradapor dois

índices, oIPCA e o INPC.

7Te r ç a - fe i ra

Sai o resultadode maio do

IGP-DI, índicede inflaçãoc alculadopela FGV.

8Quar ta-feira

Fim da reuniãode junho doCopom, comanúncio da

decisão sobreo juro básico.

Page 14: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 201114 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 15: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

CAIXA 1O seu consultor financeiro

economia

Tarifas: R$ 430 mi em jogo.

Ministério PúblicoFederal do RJ

identificoucobranças

indevidas nessevalor, feitas porItaú Unibanco e

Santander, esugere devolução

dos valores.Clientes devem

ficar atentos.

REJANE TAMOTO

O s correntistas que, naavaliação do Ministé-rio Público Federal doRio de Janeiro (MPF-

RJ), pagaram tarifas e encargoscobrados indevidamente pelosbancos Itaú Unibanco e Santan-der entre 2008 e 2010 podem ter osvalores de volta. O MPF-RJ reco-mendou aos dois bancos a devo-lução de R$ 430 milhões em co-branças de tarifas indevidas – aconstatação foi feita com base nasresoluções 3.518 e 3.919 do BancoCentral (BC), que estabelecem re-gras sobre o assunto.

Procurado pela reportagem doDiário do Comércio, o ItaúUni-banco não se pronunciou. Já oSantander informou, pela asses-soria de imprensa, que seus pro-cedimentos estiveram de acordocom a legislação e a regulamenta-ção existentes no período e disseter apresentado esses argumen-tos ao MPF. "Quanto à recomen-dação, o banco esclarece que a re-cebeu e está analisando seu con-teúdo", informou, em nota. O BC,por sua vez, afirmou ter conside-rado as cobranças irregulares apartir de 30 de abril de 2008,quando entrou em vigor a resolu-ção 3.518/07 (substituída pela re-solução 3.919/2011, em vigor).De acordo com comunicado ofi-cial da autoridade monetária, osbancos se comprometeram a de-volver os valores das cobrançasocorridas após a data de recebi-mento de ofícios do BC, que de-terminou o fim da prática.

A lista das tarifas

Segundo o procurador da Re-pública do MPF-RJ, Claudio Ghe-venter, a recomendação é válidapara os correntistas de todo o Paísque tenham sido cobrados inde-vidamente dos dois bancos, entre2008 e 2010. As tarifas em questãosão: cobrança para liberação do li-mite do cheque especial, o Repas-se de Encargos de Operação deCrédito (Reoc), Comissão sobreOperações Ativas (COA) e mul-tas sobre cheques devolvidos. Osbancos têm até o dia 15 de junhopara responder ao MPF-RJ seatenderão ou não à recomenda-ção. "Existe a possibilidade de seajuizar uma ação civil públicaque peça a devolução", afirmou.

Operações de crédito

Os órgãos de defesa do consu-midor recomendam aos clientesdos bancos a verificação de extra-tos antigos e de contratos paradescobrirem se houve algum des-conto indevido. "As tarifas cobra-das por esses bancos são decor-rentes de operações de crédito. Sóo consumidor que adquiriu cré-dito, portanto, pode ter algo a re-ceber. Nesse caso, o cliente develer o contrato e verificar se a co-brança está prevista. Se tiver dú-vidas, pode pedir ao banco umdemonstrativo de débito, que va-le mesmo para contratos encerra-dos", afirma a gerente jurídica doInstituto de Defesa do Consumi-dor (Idec), Maria Elisa Novais.

A supervisora da área de as-suntos financeiros da FundaçãoProcon de São Paulo, Renata Reis,orienta os consumidores a con-sultarem a resolução 3.919/2010do BC, que tem a lista de tarifasque podem ser cobradas e dividi-das entre serviços essenciais,prioritários e diferenciados."Compare as tabelas do seu bancoe as do BC. As duas têm de estarem acordo. Se surgir uma tarifadiferente, verifique o contrato. É

comum ter no contrato a cobran-ça de adiantamento a depositan-te, que é a liberação de um créditode emergência, além do chequeespecial, para cobrir um débito."Sobre as cobranças como o Reoc ea COA, Renata aconselha aosclientes que verifiquem se cons-tam no contrato antes de registrara queixa no banco ou em um ór-gão de defesa do consumidor.

Papel do BC

O procurador da República doMPF-RJ disse ter iniciado a apu-ração sobre a cobrança de tarifasindevidas em 2009, depois de leruma notícia na imprensa a respei-to de tarifas dos bancos para ofe-recer o limite do cheque especial."Essa cobrança deixou de ser feitaem alguns casos em 2009 e em ou-tros, em 2010", disse.

De acordo com o procurador,os bancos decidiram devolverparcialmente as tarifas, após car-ta enviada pelo BC. O MPF-RJ pe-de a devolução integral e retroa-tiva aos clientes, a partir da entra-da em vigor das resoluções doBC, que não permitem a cobrançade determinadas tarifas (vejaquais são no quadro).

Questionado pela reportagem,o BC informou não ter competên-cia para determinar aos bancos adevolução de valores cobradosindevidamente dos clientes, porse tratar de uma relação de consu-mo entre particulares. "Isso nãoafasta a possibilidade de aberturade processo punitivo contra osbancos por descumprimento anormas regulamentares", afir-mou a autoridade monetária.

Tarifas cobradasindevidamentepelos bancos,

segundo o MPF.

Tarifa para liberação decheque especial

Dependendo do banco,o nome dessa tarifa era

Comissão de Manutençãode Crédito (CMC) e Comissão

de Disponibilização deLimites (CDL). Todo mês os

bancos cobravam umpercentual sobre o limite docheque especial dos clientes.

Por isso, tinha o nome decomissão. No ItaúUnibanco,

a comissão equivalia a0,49% do valor do cheque

especial, no período demaio de 2008 a maio de

2009. O banco concordouem restituir parcialmente

os valores, a partir dedezembro de 2008.

O Santander fez a cobrançade percentual de 1,5% dovalor do limite, de maio de

2008 a junho de 2009.Notificado pelo BancoCentral, o banco fará a

devolução do período dedezembro de 2008 a junho

de 2009. O MPF-RJrecomenda aos dois bancos

a devolução a partir de30 de abril de 2008.

Repasse de Encargos deOperação de Crédito

(Reo c)Tarifa na qual os bancosrepassaram seus custos

junto ao BC aos clientes, noato da concessão do crédito."Alguns bancos embutiramessa tarifa no Custo Efetivo

Total (CET)", afirma oprocurador do MPF-RJ

Claudio Gheventer.O Santander fez a cobrança

no intervalo de junho de2008 a agosto de 2009 efoi notificado pelo Banco

Central em janeiro de 2009.De acordo com o MPF-RJ,

o banco vai devolver astarifas cobradas de janeirode 2009 a agosto de 2009.O MPF-RJ pede devoluçãodo valor a partir de 30 de

abril de 2008.

Comissão sobre OperaçõesAtivas (COA):

Tarifa cobrada pararefinanciar o saldo devedor.Foi cobrada de quem, por

exemplo, não pagou orotativo ou o parcelamentode uma fatura do cartão de

crédito. É uma tarifa pararefinanciar a dívida. Não

pode ser cobrada porque éuma operação de crédito.Segundo o MPF-RJ, o Itaú

Unibanco cobrou a tarifa demaio de 2008 a abril de 2010.

Foi notificado pelo BC emsetembro de 2009 e aceitourestituir o valor cobrado desetembro de 2009 a abril de

2010. MPF-RJ pededevolução a partir de 30 de

abril de 2008.

Multa de devoluçãode cheque:

Tarifa cobrada a cadacheque devolvido. Essa

multa não existe nasresoluções publicadas pelo

Banco Central. Oconsumidor deve verificar alista do pacote de serviços

para verificar o que pode sercobrado (sustação, folha

etc). O então Unibanco fez acobrança de abril de 2008 amaio de 2009, no valor de

R$ 26,50. O banco não fará ad evo l u ç ã o.

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As tarifascobradas porItaú Unibanco eSantander sãodecorrentes deoperações decrédito. Só oconsumidorque contratoucrédito podeter algo areceber.

MARIA ELISA NO VA I S ,DO IDEC

Arte sobre foto de Mauricio Lima/AFP

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Page 16: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Atuando há 42 anos no mercado imobiliário

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O mercado leiloeiro paulista concentra cerca de 350 profissionais habilitadospara a função e aproximados 40 sites dedicados aos leilões onlineeconomia

Pessoas físicas, como Dulce Carrapatoso, compram móveis sem uso de apartamentos decorados para venda pelas construtoras. Um deles foi a estante da sala.

Newton Santos/Hype

Bons negócios em leilões onlineEsses canaisde compras

consolidam-separa aquisição demóveis e objetosde decoração

Os leilões online, ain-da que um fenôme-no recente no País,se estabeleceram

como um novo canal de vendaspara variados segmentos de ne-gócio. É possível disputar naweb, por exemplo, móveis deconstrutoras que montamapartamentos decorados, ou dehotéis que trocam seu mobiliá-rio; equipamentos e frotas deveículos da indústria e de loca-doras; motos, imóveis e mos-truário de grandes magazines,entre outras possibilidades.Até o início da década passada,a ideia de bater o martelo emambientes eletrônicos era vistacom resistência e só ganhou es-paço depois do êxito do pionei-ro Ronaldo Sodré Santoro, cria-dor da Superbid, apontada pe-los especialistas como primeirado ranking do setor.

Atualmente, esse ambientede vendas, já familiar ao uni-verso corporativo, também se-duz o consumidor pessoa físi-ca, responsável, em alguns em-preendimentos do ramo, poraté 50% dos arremates pela in-ternet, como, por exemplo, é ocaso do w w w. l e i l a o o n l i n e . n e t , daJordão Leilões.

Dulce Carrapatoso contri-buiu muito com esse desempe-nho, atraída especialmente pe-las ofertas da Sold Leilões On-line, um braço de negócio doGrupo Zukerman, sobrenomeconsagrado do mercado de lei-

lões tradicionais. A Sold nas-ceu sob comando dos irmãosAndré e Fábio Zukerman, emsociedade com a dupla Ale-xandre e Henri Zylberstajn.

A compradora Dulce soubedo negócio por e-mail, prova-velmente por figurar em algu-ma lista, fruto dos leilões pre-senciais que já frequentara pa-ra comprar joias. "São móveisbons, sem uso, de apartamen-

se mudou há cerca de três anos.Ela calcula que a economia va-riou entre 50% e 60% na com-paração com os preços que pa-garia no varejo tradicional.

A Sold Online foi fundadaem setembro de 2008, "o iníciodo boom dos leilões online",comenta o sócio-fundador doempreendimento, Henri. A di-nâmica do negócio, como tam-bém acontece com outras ini-

além de saldões de mostruá-rios com origem no varejo. Omobiliário corporativo de em-presas e de lojas também com-põe o mix das ofertas. O GrupoZukerman, explica Henri, ain-da trabalha com leilão de mo-tos (mais presencial) e de imó-veis (presencial e online).

A participação da pessoa fí-sica, no caso dos leilões onlinede móveis e eletrodomésticos

Fátima Lourenço

tos decorados para venda (pe-las construtoras). Compreiuma estante bonita. As pes-soas acham que foi feita paramim", comenta.

No mesmo site, ela tambémadquiriu vários utensílios do-mésticos, um frigobar, apare-lho de micro-ondas e de ginás-tica, bicicleta, jogo de louças,mesa, cadeiras e objetos de de-coração. Com as aquisições,explica Dulce, ficou mais fácildecorar a casa nova, para onde

ciativas do gênero, prevê oslances por meio da internet(desde a abertura do leilão),mas com manutenção da op-ção do auditório para o dia defechamento, quando as opera-ções acontecem simultanea-mente.

A empresa se dedica espe-cialmente à venda de móveis eeletrodomésticos oriundos deconstrutoras que montamapartamentos decorados, oude hotéis que trocam a mobília;

Divulgação

Esse ainda é ummercado em

expansão, por causado crescimento da

internet e porque osleilões deixaram deser associados às

falências

HENRI ZY L B E R S TA J N , SOLD

LEILÕES ONLINE

Mercado em franca expansão

Omercado paul ista éapontado como o demaior concentração de

leiloeiros, com cerca de 350 pro-fissionais habilitados para a fun-ção e aproximados 40 sites dedi-cados aos leilões online, estimao presidente do Sindicato dosLeiloeiros Oficiais do Estado deEstado de São Paulo, EduardoJordão Boyadjian.

O executivo, segunda geraçãode uma família com 26 anos deatuação no ramo, aderiu à versãoonline em 2006. "No início, tam-bém fui reticente. Hoje, os leiloei-ros estabelecidos criaram o seusistema online", diz. Na definiçãode Boyadjian, a modalidade é umcanal de vendas maravilhoso.

"Quando você olha o mapa, hágente do Brasil inteiro compran-do. Às vezes, o bem está em Mi-

nas Gerais, o leiloeiro, em SãoPaulo e o comprador, em Per-nambuco. Antes, a pessoa preci-sava ir ao local para dar lances enem sabia se levaria o bem",compara. Ele conta que já se de-parou com finalizações de lei-lões em que apenas uma pessoacompareceu à sala presencialpara dar lances. "Mas você aindatem que fazer o virtual e o pre-sencial", ressalva.

Para o comprador, valem algu-mas dicas dos especialistas, taiscomo pesquisar a história do res-ponsável pelo leilão; avaliar a em-presa que oferece os itens e co-nhecer seus detalhes com a leitu-ra cuidadosa do edital. Na visãodo sindicato, um leilão, para serdesignado como tal, precisa terum leiloeiro oficial, com registronas juntas comerciais. (FL)

chega a ser de até 90%; nasvendas de veículos é de 50%,detalha Henri. Presente em16 estados e em fase de expan-são, ele planeja, para 2011,vender R$ 80 milhões em ati-vos. "Esse ainda é um merca-do em expansão, por causa docrescimento da internet eporque os leilões deixaramde ser associados às falên-cias", justifica. Além disso,acrescenta, as empresas sep ro f i s s i o n a l i z a r a m .

Page 17: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA SERRA

Estado de São PauloCONCURSO PÚBLICO Nº 01/2011

HOMOLOGAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICOÀ Vista do relatório apresentado pela Comissão de Concurso Público, nomeada pela Portaria nº 2.469/2011,HOMOLOGO o Concurso Público destinado ao preenchimento de empregos de Professor de EducaçãoBásica I - Educação Infantil, Professor de Educação Básica I - Ensino Fundamental e/ou Suplência do 1º ao5º ano e EJA, e Professor Substituto de Educação Básica I - Ensino Fundamental e/ou Suplência do 1º ao5º ano e EJA para a Prefeitura Municipal de Santa Maria da Serra, objeto do Concurso Público nº 01/2011.Publique-se dessa forma a classificação final dos candidatos. Santa Maria da Serra, 04 de junho de 2011.

JOSIAS ZANI NETOPrefeito do Município de Santa Maria da Serra

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA SERRAEstado de São Paulo

CONCURSO PÚBLICO Nº 01/2011A Prefeitura Municipal de Santa Maria da Serra torna público, para conhecimentos dos interessados,através da Comissão de Concurso Público, nomeada pela Portaria nº 2469/2011, que foi HOMOLOGADOpelo Prefeito desta Prefeitura Municipal o Concurso Público nº 01/2011 - destinado ao preenchimento dosempregos de Professor de Educação Básica I - Educação Infantil, Professor de Educação Básica I -Ensino Fundamental e/ou Suplência do 1º ao 5º ano e EJA e Professor Substituto de Educação BásicaI - Ensino Fundamental e/ou Suplência do 1º ao 5º ano e EJA, publicando nesta oportunidade aClassificação Final dos Candidatos aprovados, conforme segue:Emprego Público: Professor de Educação Básica I - Educação Infantil.

CLASSIF. NOME R.G. PONTUAÇÃO1º Janaina da Silva e Souza 29.032.441-5 23 pontos2º Edeleine Lopes Veloso 7.899.650 20 pontos3º Marlei Aparecida Cardoso 21.794.760 20 pontos4º Rejane Peroto Abiati 41.177.986-2 20 pontos5º Joelma Aparecida Fernandes 21.363.904 19 pontos6º Giovana Aparecida da Silva 24.322.715-2 19 pontos7º Luciana da Silva 48.298.277-9 17 pontos8º Silmara Maria Grigolin 17.208.914-1 16 pontos9º Zenilda de Campos Pinto 28.389.888-4 15 pontos10º Joana Aparecida de Sá 46.296.605-7 15 pontos

Emprego Público: Professor de Educação Básica I - Ensino Fundamental e/ou Suplência do 1º ao5º ano e EJA.

CLASSIF. NOME R.G. PONTUAÇÃO1º Carmem Suely Dutra Generoso 13.755.611-1 20 pontos2º Kelli Cristina Marcon Boarini 21.835.768-0 19 pontos3º Maria Inês Gabini 7.414.428 18 pontos4º Raquel Treviso Toledo 34.002.318-1 17 pontos5º Seila Ariadne Serra 34.861.819-0 16 pontos6º Maria de Lurdes Zani Pissolato 13.867.731-1 15 pontos7º Jaqueline Santana do Prado 000.518.109 15 pontos

Emprego Público: Professor Substituto de Educação Básica I – Ensino Fundamental e/ou Suplência do1º ao 5º ano e EJA.

CLASSIF. NOME R.G. PONTUAÇÃO1º Carolina Russo Cury 40.542.066-3 16 pontos

Santa Maria da Serra, 04 de junho de 2011.PRESIDENTE DA COMISSÃO DE CONCURSO

NOVA GASÔMETRO S/ACNPJ nº 45.356.466/0001-62

Edital de ConvocaçãoFicam os senhores acionistas da empresa NOVA GASÔMETRO S/A convocados a se reunirem emAssembleia Geral Extraordinária, a se realizar em sua sede social, à Rua Chico Pontes, nº 1.500, VilaGulherme, São Paulo/SP, na data de 15 de junho de 2011, às 15 horas, em primeira convocação e às15:30 horas em segunda convocação, a fim de discutirem e deliberarem, com fulcro no art. 140, da Lei6.404/76, sobre a seguinte ordem do dia: a) Desligamento dos atuais membros do Conselho deadministração; b) Mudança do número de conselheiros; c) Nomeação de novos membros para oConselho de Administração; d) Outros assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 1º de junho de2011. Nicolau Cury - Presidente do Conselho de Administração.

SATYAM SERVIÇOS DE INFORMÁTICA LTDA., inscrita no CNPJ sob o nº 09.302.110/0001-82 e NIRE nº 35.222.018.801, estabelecida à Rua Quintana, nº 887 – 8º andar – cj. 81,na cidade de São Paulo – SP, declara, para os devidos fins, que, na data de 11/02/2011, foiextraviado o documento arquivado na JUCESP sob nº 292.389/09-7 de 19/08/2009, no qualse trata da nomeação da Sra. Carla Martins na administração da empresa supra.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI-MIRIMEXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 084/2011Objeto: Registro de preços para aquisição de pedras britadas e marroadas e bica corrida. Data decredenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 20/06/2011, às 09:00 horas. Informações:Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante orecolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ouatravés do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 17/06/2011. Pregoeiro.

EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 085/2011Objeto: Aquisição de tecidos diversos. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia20/06/2011, às 14:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves,129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente naDivisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo SetorCompetente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br ,sem ônus, até o dia 17/06/2011. Pregoeira.

EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 086/2011Objeto: Fornecimento parcelado de troféus e medalhas. Data de credenciamento e abertura dosenvelopes proposta dia 21/06/2011, às 09:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Mate-riais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidadedo edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais),conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br,sem ônus, até o dia 20/06/2011. Pregoeira.

EXTRATO DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 087/2011Objeto: Confecção de uniformes. Data de credenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 21/06/2011, às 14:00 horas. Informações: Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129,Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente naDivisão de Licitações, mediante o recolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo SetorCompetente da PMMM e/ou através do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 20/06/2011. Pregoeira.

EXTRATO DE REABERTURA DO EDITAL DO PREGÃO PRESENCIAL Nº 081/2011A Prefeitura de Mogi Mirim torna público que devido a alterações no edital do referido Pregão, reabre-se todos os seus prazos conforme segue: Objeto: Registro de preços para aquisição de material delimpeza(domésticos e para veículos), higiene pessoal, copos plásticos e utensílios domésticos. Data decredenciamento e abertura dos envelopes proposta dia 22/06/2011, às 09:00 horas. Informações:Departamento de Recursos Materiais, à Rua Dr. José Alves, 129, Centro, ou pelos telefones: (19) 3814-1060/1052/1046. Disponibilidade do edital: Diretamente na Divisão de Licitações, mediante orecolhimento de R$ 10,00 (dez reais), conforme guia emitida pelo Setor Competente da PMMM e/ouatravés do site www.mogimirim.sp.gov.br, sem ônus, até o dia 21/06/2011. Pregoeira.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00191/11/05

OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE CONDICIONADORES DE AR - POLO 5 - DIRETORIAS DE ENSINO:AMERICANA, BRAGANÇA PAULISTA, CAMPINAS LESTE, CAMPINAS OESTE, CAPIVARI, JUNDIAÍ, LIMEIRA, MOGI

MIRIM, PIRACICABA, SÃO JOÃO DA BOA VISTA E SUMARÉ.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para Fornecimento e Instalação de Condicionadores de Ar - Polo 5 - Diretorias de Ensino: Ame-ricana, Bragança Paulista, Campinas Leste, Campinas Oeste, Capivari, Jundiaí, Limeira, Mogi Mirim, Piracicaba, SãoJoão da Boa Vista e Sumaré.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 06/06/2011, no endereço eletrô-nico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Av. São Luís, 99 - República - CEP:01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 29/06/2011, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas,por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus repre-sentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 06/06/2011,até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 36/00192/11/05

OBJETO: FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE CONDICIONADORES DE AR - POLO 6 - DIRETORIAS DE ENSINO:MIRACATU, REGISTRO, SANTOS E SÃO VICENTE.

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para Fornecimento e Instalação de Condicionadores de Ar - Polo 6 - Diretorias de Ensino:Miracatu, Registro, Santos e São Vicente.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 06/06/2011, no endereço eletrô-nico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP:01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 30/06/2011, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas,por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus repre-sentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 06/06/2011,até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDOMÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)05/01193/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Profa Maria Paula Marcondes Domingues - Rua Manoel MoraisPontes, 395 - 02373-000 - Vila Albertina - São Paulo/SP - 180 - R$ 75.809,00 - R$ 7.580,00 - 09:30 - 22/06/2011.05/01200/11/02 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento, Ins-talação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Cacilda Becker - Rua Cap. José do Amaral, 44 - 02832-110 -Nsa. Sra. do Ó - São Paulo/SP - 210 - 214,24 - R$ 124.505,00 - R$ 12.450,00 - 10:00 - 22/06/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Com-posição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - SãoPaulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 06/06/2011, na SEDE DA FDE, desegunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00(quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão deLicitações da FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, junta-mente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e agarantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutosantes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o dispos-to nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO (ELETRÔNICO) DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 57/00031/11/05

OBJETO: REGISTRO DE PREÇOS PARA A CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA, incluindo manu-tenção corretiva, manutenção preventiva, instalações, desinstalações e remanejamentos em redes detelefonia, lógica e elétrica, em unidades escolares da Rede Pública Estadual de São Paulo e demais órgãosvinculados.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para Registro de Preços para a contratação de serviços de Infraestrutura, incluindo manutençãocorretiva, manutenção preventiva, instalações, desinstalações e remanejamentos em redes de telefonia, lógica e elé-trica, em unidades escolares da Rede Pública Estadual de São Paulo e demais órgãos vinculados.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 06/06/2011, no endereço eletrô-nico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP:01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 16/06/2011, às 09:30 horas e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas,por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus repre-sentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 06/06/2011,até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

EXTRAVIOA empresa SERVICOM TELECOMUNICAÇÕES LTDA -ME, situada à Rua Padre Pacheco, n°113 - VilaSônia, São Paulo (SP), CEP:05627-020, CNPJ 96.464.847/0001-04, CCM 2.154.295-3 e I.E.113748116116, comunica o Extravio dos talões de serviços de NFS série “A” de ordem n°651 a 800, deAIDF 101, e n°801 a 1.000, de AIDF 325. E talões de comércio de n°001 a 250, de AIDF 008.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAAVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

Processo nº 54/2011 - Concorrência nº 03/2011OBJETO: Contratação de empresa especializada para prestação dos serviços de limpeza urbana,conforme Anexo I.TIPO: MENOR PREÇO GLOBAL.VENCIMENTO: 10 (dez) horas, do dia 14 de julho de 2011.Edital por meio magnético - taxa no valor de R$ 34,84.Informações: Prefeitura - Rua Dr. Orensy Rodrigues da Silva n°341, fone/fax (18) 3702-1029, de 2ª a 6ªfeira, das 08h30 às 16h00.

Andradina, 03 de junho de 2011JAMIL AKIO ONO - PREFEITO

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 03 de junho de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes

pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Reqte: Casseb Empreendimentos e Participações Ltda. Reqdo: AndesImobiliária Ltda. R. Amaral Gama, 219 - Santana - 2ª V. FalênciasReqte: Hyats Comércio Ltda. Reqdo: BFC Materiais e Construções Ltda.R. Ouro Grosso, 1162 – Parque Peruche - 1ª V. Falências.

economia

Brasil, o melhormercado para ovarejo mundial.Pesquisa aponta o País como o mais atraente pararedes de varejo, dentre as nações emergentes.

OBrasil é o mercadomais atraente paraempresas varejis-t a s q u e b u s c a m

oportunidades em paísesemergentes. A informaçãoconsta do relatório elaboradopela consultoria ATKearney,que analisou as condições eco-nômicas em 30 países emer-gentes, entre eles o Brasil.

"Com isso, o Brasil entra commaior força no radar de gruposvarejistas internacionais", afir-mou MarkusStricker, sócioda ATKearneyno País.

O estudo le-va em consi-deração os ris-cos econômi-cos e políticosdo País, a atra-tividade e a sa-t u r a ç ã o d omercado, e adiferença en-tre os cresci-mentos do Produto InternoBruto (PIB) e o do varejo.

De acordo com Stricker, asoportunidades no varejo bra-sileiro se concentram nos ra-mos de alimentos, vestuário ee l e t ro e l e t rô n i c o s .

"As perspectivas de cresci-mento da economia e a conti-nuidade do aumento de rendadas famílias facilitam os inves-timentos de médio e longo pra-

zos no Brasil", disse o consul-tor, sócio da ATKearney. "Ou-tro ponto importante são asmelhorias na infraestruturabrasileira, o que indica hori-zonte positivo para a econo-mia do País."

Consumidores– A lista con-ta ainda com mais três paísessul-americanos: Uruguai, Chi-le e Peru. De acordo com Stri-cker, isso é resultado da ex-pressiva melhora no desenvol-vimento da América do Sul.

" C a d a v e zmais, os con-s u m i d o r e sdesses merca-dos passam aadquirir pro-d u t o s d emaior valor",afirmou o es-pecialista emv a re j o .

A C h i n a ,que liderou aedição ante-rior da pesqui-

sa da consultoria ATKearney,caiu para a sexta posição, den-tre os países emergentes.

Segundo Stricker, a quedade atratividade do país asiáti-co se deve à entrada de gruposestrangeiros naquele merca-do. A entrada de fortes gruposestrangeiros acabou, comodisse, acirrando a competiçãono varejo e saturando o merca-do local. (F o l h a p re s s )

Carros argentinos têmsinal verde na fronteira

As perspectivas decrescimento do Paíse o aumento derenda das famíliasfacilitam osinvestimentos.

MARKUS STRICKER,SÓCIO DA AT K EARNE Y

Brasil e Argentina começa-ram a colocar em prática a

promessa, assumida na sema-na passada, de agilizar a libe-ração dos produtos parados nafronteira. O Ministério do De-senvolvimento, Indústria eComércio Exterior informouque na última sexta-feira, umdia depois do acordo, autori-zou a entrada no País de maisde 11 mil automóveis argenti-nos. Em contrapartida, BuenosAires afirmou que foram libe-rados US$ 4,3 milhões em cal-çados brasileiros, US$ 2 mi-lhões em máquinas agrícolas,US$ 4,3 milhões em pneus eUS$ 3 milhões em freios e em-b re a g e n s .

Os ministros da Indústria doBrasil, Fernando Pimentel, eda Argentina, Débora Giorgi,se reuniram em Brasília, na úl-tima quinta-feira, para tentarreduzir as tensões no comérciobilateral. A relação entre osdois países sempre foi cheia deconflitos por causa das cons-tantes restrições que o governoargentino impõe a produtosb r a s i l e i ro s .

Mas em meados do mês pas-sado, a tensão ficou maior de-pois que o Brasil decidiu tirardo canal de liberação automá-tica as importações de auto-móveis. A medida atingiu aArgentina, principal fornece-

dora de carros importados aoBrasil, e foi vista em Buenos Ai-res como uma retaliação. Des-de então, técnicos dos dois paí-ses negociam a retirada da me-dida.

Boa vontade – Em gesto deboa vontade, para amenizar oclima nas reuniões negociado-ras, os dois parceiros do Mer-cosul liberaram nos últimosdias mercadorias paradas nasaduanas. Antes do encontrodos ministros em Brasília, hou-v e u m a c o r d o p a r a q u eUS$ 40 milhões em produtosentrassem em cada um dos la-dos. A liberação de mais mer-cadorias na sexta-feira foi maisum capítulo.

A Argentina continua insis-tindo para que o governo bra-sileiro suspenda o licencia-mento não automático das im-portações de automóveis, maso ministro Fernando Pimentelafirmou que pode estender amedida a outros produtos nosquais a balança comercial sejamuito deficitária para o Brasil.Neste caso, assim como noscarros, a medida valeria paraas mercadorias de qualquerpaís.

Buenos Aires quer tambémo apoio de Brasília para esti-mular os empresários brasilei-ros a aceitar cotas de exporta-ções para a Argentina. (AE)

Page 18: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Angela Crespoé jornalista especializada em consumo E-mail: [email protected]

Divulgação

O direito ao arrependimento é o risco de quem comercializa de forma virtual.Fábio Lopes Soares, professor da FGV-Rio

O QUE DIZ O CDCArtigo 18Os fornecedores de produ-

tos de consumo duráveis ounão-duráveis respondem soli-dariamente pelos vícios dequalidade ou quantidade queos tornem impróprios ou ina-dequados ao consumo a quese destinam ou lhes diminuamo valor, assim como por aque-les decorrentes da disparida-de, com a indicações constan-tes do recipiente, da embala-gem, rotulagem ou mensa-gem publicitária, respeitadasas variações decorrentes desua natureza, podendo o con-sumidor exigir a substituiçãodas partes viciadas.

§ 1° - Não sendo o vício sa-nado no prazo máximo de trin-ta dias, pode o consumidorexigir, alternativamente e àsua escolha:

I - a substituição do produtopor outro da mesma espécie,em perfeitas condições deuso;

II - a restituição imediata daquantia paga, monetariamen-te atualizada, sem prejuízo deeventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcio-nal do preço.

Artigo 20O fornecedor de serviços

responde pelos v íc ios dequalidade que os tornem im-próprios ao consumo ou lhesdiminuam o valor, assim co-mo por aqueles decorrentesda disparidade com as indica-ções constantes da oferta oumensagem publicitária, po-dendo o consumidor exigir,alternativamente e à sua es-co l h a :

I - a reexecução dos serviços,

sem custo adicional e quandoc abível;

II - a restituição imediata daquantia paga, monetariamenteatualizada, sem prejuízo deeventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcio-nal do preço.

Artigo 26O direito de reclamar pelos

vícios aparentes ou de fácilconstatação caduca em:

I - trinta dias, tratando-se defornecimento de serviço e deprodutos não-duráveis;

II - noventa dias, tratando-sede fornecimento de serviço ede produtos duráveis.

Artigo 30Toda informação ou publici-

dade, suficientemente precisa,veiculada por qualquer formaou meio de comunicação comrelação a produtos e serviços

oferecidos ou apresentados,obriga o fornecedor que a fizerveicular ou dela se utilizar e in-tegra o contrato que vier a serce l e b ra d o.

Artigo 49O consumidor pode desistir

do contrato, no prazo de setedias a contar de sua assinaturaou do ato de recebimento doproduto ou serviço, sempreque a contratação de forneci-mento de produtos e serviçosocorrer fora do estabelecimen-to comercial, especialmentepor telefone ou a domicílio.

Parágrafo único. Se o consu-midor exercitar o direito de ar-rependimento previsto nesteartigo, os valores eventualmen-te pagos, a qualquer título, du-rante o prazo de reflexão, serãodevolvidos, de imediato, mone-tariamente atualizados.

Fique por dentro

Propaganda via SMS poderá ser regulamentadaEstá sendo analisada pela

Câmara dos Deputados oprojeto de lei 585/2011, do de-putado Eli Correa Filho (DEM-SP), que transfere ao consumi-dor a decisão por receber ounão mensagens publicitáriasvia texto (SMS).

Se aprovada, as operadorasde telefonia celular terão de in-

cluir uma cláusula com essa op-ção em seus contratos, os quaisdeverão ter campo específicopara que o usuário possa assi-nalar se deseja ou não receberas mensagens. Para os contra-tos vigentes, as operadoras de-verão enviar ao consumidoruma notificação, registrada emcartório, informando que ele

deve entrar em contato com aempresa para informar que nãodeseja receber SMS publicitá-ria em seu celular.

O autor do projeto justifica amedida para reequilibrar as re-lações de consumo, limitandopráticas abusivas. "O consumi-dor deve ter sua proteção am-pliada em função dessa des-

proporção, pois na relação detroca entre empresa e consu-midor, é visível a sua inferiori-dade", afirmou.

O projeto ainda será analisa-do pelas comissões de Defesado Consumidor; de Ciência eTecnologia, Comunicação e In-formática; e de Constituição,Cidadania e Justiça.

Bolo azedogarante indenização

OSupermercado Bahamas,de Juiz de Fora (MG), foi

condenado a pagar R$ 5,54 milde indenização a um consumi-dor por ter-lhe vendido um boloazedo, que foi servido aos seusconvidados por ocasião de seuaniversário. A decisão é da 17ªCâmara Cível do Tribunal de Jus-tiça de Minas Gerais, que modi-ficou a sentença de primeira ins-tância, que havia dado ganho decausa ao supermercado.

Consta no recurso que a com-panheira do consumidor, em2010, comprou um bolo de no-zes no supermercado e este foiservido aos colegas de faculda-de. Ao ingeri-lo, os convidadosperceberam que o produtoapresentava sabor estranho,mas, embaraçados,eles teriam ingerido obolo para não ofenderao colega. Mais tarde,porém, duas pessoaspassaram mal e tive-ram de se dirigir aohospital.

"Apesar de ter sidomantido resfriado atéo momento de ser co-mido e do prazo devalidade não estar vencido, o bo-lo estava contaminado. A situa-ção foi constrangedora e desa-gradável. Até hoje sou conheci-do como 'o homem do bolo aze-do' e sou alvo de zombarias",declarou o autor da ação.

Em sua defesa, o supermerca-do alegou que o consumidornão comprovou que o bolo foicomprado em seu estabeleci-mento nem que ele estava aze-

do. Acrescentou que ele poderiater mantido o bolo fora da gela-deira, o que comprometeria oalimento. A empresa afirmouainda que houve má-fé na apre-sentação do atestado médicoque provaria os efeitos do boloestragado, pois a data do docu-mento seria anterior ao consu-mo. "Nenhum dos colegas deleteve intoxicação alimentar e elemesmo não deu provas de quetenha havido dano moral", argu-mentou a defesa.

Para a desembargadora Már-cia Balbino, "é no mínimo cons-trangedor o aniversariante verseus convidados comerem umbolo estragado e saber que al-guns dos presentes passarammal após a ingestão do produ-

to". A magistrada lem-brou, ademais, quetestemunhas confir-maram que o alunopassou a ser chamadopelo apelido de "Aze-dinho".

A relatora, enten-dendo que ocorreuquebra na relação deconfiança com o for-necedor causadora

de medo e sensação de impo-tência, acrescentou que "a ven-da de produto impróprio paraconsumo ofende o consumidore enseja dano moral". E comple-tou: "Se o bolo foi adquirido den-tro da data de validade e manti-do refrigerado até o momentode ser consumido, a única con-clusão possível é que ele já esta-va estragado desde o momentoem que foi vendido".

Arrependimento: só em alguns casos.Direito de desistir de algum bem adquirido após a compra é reconhecido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas ainda causa confusão.

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Vale odireito aoarrependimentoquando nãohouve contatofísico noato da compra.

VINICIUS ZWAR G,AD VOGADO

Odireito ao arrepen-dimento é um dosdisposi t ivos doCódigo de Defesa

do Consumidor (CDC) queainda causam confusão entreos fornecedores. Em visitas re-centes a alguns estabelecimen-tos comerciais, questionei ge-rentes e vendedores sobre qualera a atitude deles quando umconsumidor retornava à lojapor ter se arrependido de umacompra. Alguns profissionaisforam categóricos ao afirmarque, pela legislação atual, oconsumidor tem o prazo de se-te dias para desistir de algo quec o m p ro u .

O artigo 49 do CDC realmen-te estabelece que o consumidorpode se arrepender de umacompra no prazo de sete dias,mas isso vale só para as aquisi-ções realizadas fora de um esta-belecimento físico. Na porta decasa, por telefone, catálogos oulojas virtuais – portanto, em lo-cais nos quais o cliente não foiatrás da mercadoria e, sim, dealguma forma, ela chegou atéele. Ou seja, trata-se da compran ã o - p re s e n c i a l .

A confusão ocorre, conformeFábio Lopes Soares, advogado,consultor e professor de Direitoem Relações de Consumo naFGV-Rio, por uma questão deprática de mercado. "Algumasempresas passaram a informara seu cliente que ele poderia re-tornar com o que adquiriu emsete dias para a troca, mas pou-cos dizem que isso só vale emcaso de defeito. Como não ébem explicado, quem atendediretamente ao consumidorconclui que vale também paraa r re p e n d i m e n t o . "

E no caso em que o produto

foi comprado numa loja física eentregue por uma virtual –uma vez que cada vez mais asredes mantêm as duas formasde comércio? Neste caso, oconsumidor pode se arrepen-der da compra e solicitar seudinheiro de volta?

O advogado Vinicius Zwarg,responsável pela área de Direi-to do Consumidor do escritórioEmerenciano, Baggio e Asso-ciados, e ex-vice-presidente doProcon-SP, afirmou que a cha-mada "Lei do Arrependimen-to" nasceu no CDC com a fina-lidade de proteger o consumi-dor nas aquisições nas quais eletem uma fragilidade maior doque se comprasse diretamenteem uma loja física.

"Portanto, se ele adquiriuuma mercadoria em uma lojafísica, porém esta não tinha oproduto e se estabeleceu que avirtual realizaria a entrega, va-le o direito ao arrependimento– até porque não houve conta-to físico no ato da compra."

Mais dúvidas – Para escla-recer definitivamente as dúvi-das, Zwarg explicou que os es-tabelecimentos devem se pau-tar na seguinte premissa:quando o item for compradona loja física, o consumidortem o direito à troca se o produ-to apresentar algum vício oudefeito. A substituição tam-bém deve ser cumprida pelaloja física se, na hora da venda,foi ofertada ao consumidor apossibilidade de cancelar o ne-gócio em caso de arrependi-mento ou se produto não cum-prisse o que foi informado.

Já na compra não-presen-cial, vale o direito ao arrepen-dimento. O consumidor tem oprazo de sete dias a partir dorecebimento para dizer quenão quer o que lhe foi entregue."Quando se fala em arrependi-mento, se entende que a situa-ção deve retornar ao patamarde antes da compra, ou seja, aloja tem de devolver o dinheiroao consumidor e não substituir

por outro produto", acrescen-tou Zwarg. Pode haver exce-ção se o próprio consumidoroptar pela troca por outra mar-ca ou modelo.

Outra dúvida com relaçãoao direito ao arrependimento ése vale também para produtosque foram utilizados pelo con-sumidor antes de vencer o pra-zo de sete dias. Para o ex-vice-presidente do Procon, a dis-cussão é grande nesse sentidoe se deve buscar um ponto deequilíbrio. Se o consumidorpercebeu só na hora de usar oproduto que ele não cumprecom o que foi ofertado, entãopode se valer do direito de ar-re p e n d i m e n t o .

Fábio Lopes concordou. "É orisco do negócio de quem estácomercializando algo fora deum estabelecimento físico."Mas ele acrescentou que tanto oconsumidor quanto o fornece-dor devem ter bem claras as di-ferenças entre arrependimentoe vício ou defeito.

"Se o produto chegou à casado consumidor via compranão-presencial e, ao abrir a em-balagem, ele percebeu que nãoera bem aquilo que pensou ser,pode recorrer ao artigo 49. Ca-so use e o produto não funcio-na direito, ele terá de exigir oconserto, a troca ou a restitui-ção do dinheiro. Em todos oscasos acima, o consumidorterá de esperar o prazo de 30dias para a solução, conformedeterminam os artigos 18 (pro-duto) e 20 (serviços)", disse.

Prazocontado apartir dae n t re g a

Outra dúvida é emque momento o

período de sete diasdeve ser contado: dacompra ou da entrega.Os dois advogadosafirmam categorica-mente que é o da entre-ga, pois é só nesse mo-mento que o consumi-dor passa a ter contatocom o que lhe chegouàs mãos. E são sete diascorridos.

"Se o produto for en-tregue em um domin-go, o consumidor tematé o outro domingopara desistir da com-pra. Mas como no diade descanso semanal équase impossível fazeruma devolução, vale oque diz o Código deProcesso Civil ao esta-belecer que prevalece oprimeiro dia útil", res-saltou Vinicius Zwarg.

Tendo o consumi-dor decidido pelo di-re i to ao arrependi-mento, todas as despe-sas pela devolução sãode responsabilidaded e q u e m v e n d e u oproduto. "Se o consu-midor optar pela tro-ca, aí é ele quem devearcar com os ônus deenvio", finalizou.

Page 19: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 2011 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

NUNCA MAISespor te

Foram mais de 17 anosde uma relação que co-meçou em novembrode 1993 e, entre outros

frutos, rendeu quatro Copasdo Mundo disputadas e duasconquistadas, além de muitosgols (leia mais abaixo, na co-luna Almanaque). Nesta ter-ça-feira, a partir das 21h50, noPacaembu, Ronaldo Luís Na-zário de Lima, o Fenômeno,vestirá pela última vez a cami-sa da Seleção Brasileira. O ad-versário será a Romênia, emum amistoso para o qual o pre-ço dos ingressos varia entre140 e 800 reais. O último jogoda Seleção no Pacaembu tam-bém marcou a despedida deum ídolo: Romário, na vitóriapor 3 a 0 sobre a Guatemala, em2004, com um dos gols marca-do pelo homenageado.

Aos 34 anos, Ronaldo (queem fevereiro resolveu parar dejogar por seu último clube, oCorinthians) deve entrar emcampo aos 30 minutos de jogoe participar da partida até o fi-nal do primeiro tempo. No in-tervalo, receberá homenagensno gramado. “Vamos dar o ca-rinho que ele merece em seusúltimos minutos com a camisada Seleção Brasileira”, pediu otécnico Mano Menezes.

Ronaldo já vive a expectati-va de sua despedida. Entrevis-tado por Galvão Bueno para oprograma Esporte Espetacular,da Rede Globo, ele declarou,em tom de brincadeira: “Voupedir para a molecada colocaruma correria lá na frente, parao Neymar cair na área ou pertodela. Seria fantástico se fizessegol, a festa seria completa. Masindependente disso a festa já éimportante. Tive muito orgu-lho em vestir esta camisa”.

O jogador participará ape-nas da parte mais fácil da pre-paração do Brasil para o amis-toso. Nesta segunda, disputa-rá somente o rachão ao final daparte tática. A movimentaçãoserá realizada à tarde no pró-prio Pacaembu. Assim, ManoMenezes irá comandar seus 23convocados sem a presença deRonaldo no coletivo. Ele só iráse misturar no recreativo des-contraído que fecha os treinosnas vésperas dos amistosos.

Para o goleiro Victor, titularcontra os romenos devido àausência do poupado Júlio Cé-sar, tal privilégio é mais do quejusto. “O Ronaldo não precisatreinar, a gente corre por ele lá

dentro de campo. Mesmo semtreinar ele tem muita qualida-de”, elogiou o goleiro.

O Fenômeno esteve no CTdo Corinthians no domingo,mas não se exercitou com a se-leção. Ele cumprimentou os jo-gadores no vestiário e depoisfoi para o campo com roupa depasseio. Ficou sentado no ban-co de reservas e conversoucom integrantes da comissãotécnica. “Ele disse que treinounas últimas duas semanas,mas eu não vi. O importante éque um jogo de festa para o Ro-naldo, uma partida com signi-ficado especial”, emendouVi c t o r.

Pelo Twitter, nos últimosdias, o jogador tem comentadomais sobre os compromissoscomerciais que cercam o even-to que propriamente sobre apartida. “Parece uma festa masnão é!”, postou ele. “Pausa prajantar e voltar para terminar otrampo.” Esta segunda-feiratambém será um dia cheio. Lo-go após o almoço, com unifor-me especial para não desapon-tar a CBF, ele receberá uma ho-menagem da entidade pelosserviços prestados. À tarde,participará do rachão no Pa-caembu. E ainda será homena-geado em evento de um dospatrocinadores da seleção, noMuseu do Futebol, que fica nopróprio estádio. Por fim, fechaa noite no programa Bem Ami-gos, do SporTV.

No domingo, também viaTwitter, Ronaldo postou umafoto onde aparecia ao lado deElias, Elano, Lúcio, Robinho,André Santos e Neymar, comos dizeres: “Tô mal acompa-nhado?” Uma hora depois, co-mentou: “Tô aqui assistindo otreino da Seleção. E quem qui-s e r a s s i s t i r e n t r e n ow w w. c b f . c o m . b r ” .

A seleção da Romênia ficousem técnico pouco antes doamistoso contra o Brasil. Nosábado, Razvan Lucescu se de-mitiu do cargo, depois de co-mandar a equipe na vitória por3 a 0 sobre a Bósnia, na últimasexta, em duelo válido pelasEliminatórias da Eurocopa de2012. Na partida de terça-feira,o cargo será ocupado interina-mente pelos antigos auxiliaresEmil Sandoi e Stefan Iovan. Osromenos viajaram na noite desábado para a América do Sul,onde também disputarão umamistoso contra o Paraguai nodia 11 de junho.Terça-feira, contra a Romênia, no Pacaembu, Ronaldo vestirá a camisa da Seleção Brasileira pela 98ª e última vez

Seba

stião

Mor

eira

/AE

�Celso Unzelte

almanaque

Ronaldo: 17 anosde Seleção Brasileira

Antônio Lara/AE

Presidente da CBF? Não no momento. Masquem sabe no futuro?”

Ronaldo, no Twitter, respondendo a um de seus1.774.347 seguidores.

Terça-feira, no Pacaembu,Ronaldo despede-se da

Seleção após 17 anos. Na foto,ele mostra seu passaporte naPolícia Federal, antes de embarcarpara os Estados Unidos, ondedisputou e ganhou sua primeiraCopa do Mundo, como reserva, em1994. Ronaldo ganharia também openta, em 2002, além de disputaras Copas de 1998 e 2006 etornar-se o maior artilheiro dosMundiais, com 15 gols.

Ronaldo foi convocado pelaprimeira vez em 11 de

novembro de 1993, às pressas, parao lugar de Romário, que pediulicença de um amistoso contra aAlemanha, em Colônia, parasubmeter-se a uma cirurgia napálpebra esquerda. O Fenômenotinha 17 anos, um mês e 19 dias devida, mas não entrou em camponaquele 17 de novembro, em que oBrasil perdeu por 2 a 1. Também foichamado para um amistoso com oMéxico, em Guadalajara (Brasil1 a 0, 16/12/1993). Só entrou emcampo após a terceira convocação,substitiuindo Bebeto a dez minutosdo final do amistoso Brasil 2 x 0Argentina, no Recife, em 23 demarço de 1994. Seu primeiro golsaiu no amistoso Brasil 3 x 0Islândia, em 4 de maio de 1994.

62gols em 97 jogos

considerados oficiais

(contra outros países)

marcou Ronaldo pelo

Brasil. Esse número faz

dele o segundo maior

goleador da Seleção

Brasileira em todos os

tempos, atrás apenas de

Pelé, autor de 77 gols em

92 jogos oficiais.

C U RTA S

Há 35 anos, em 6 de

junho de 1976, o

centroavante Dario,

o “Dadá Maravilha”,

estabelecia o recorde

brasileiro de gols

marcados pelo mesmo

jogador em uma única

partida: ele fez 10 na

goleada do Sport sobre o

extinto Santo Amaro por

14 a 0, pelo Campeonato

Per nambucano.

Não vai ser apenas festaApós o frustrante empate

sem gols contra a Holan-da, em Goiânia, a partidacontra a Romênia, além dadespedida de Ronaldo, ser-ve para Mano Menezes defi-nir os 22 convocados para aCopa América, que será emjulho, na Argentina.

Julio César, Daniel Alves,Thiago Silva e Ramires, quefoi expulso diante dos holan-deses, foram dispensados,o que deve abrir chances pa-

ra a presença de Victor, Mai-con, David Luiz e Elias entreos titulares. “Em se tratandode Seleção não tem jogo fes-tivo. O Brasil vive de vitóriase está todo mundo com opensamento de ganhar o jo-go”, aposta Maicon.

Na lista da Copa América,podem aparecer o meia Pau-lo Henrique Ganso e o ata-cante Alexandre Pato, quese recuperam de lesões e de-pendem de aval médico.

73 614 414 417clubes: Cruzeiro, PSV,Barcelona, Inter, Real,Milan e Corinthians

Divulgação

vezes o Melhor Jogadordo Mundo, em 1996,

1997 e 2002

partidas disputadascomo atleta profissional,

de 1993 a 2011

gols marcados comoprofissional pela Seleção

e pelos clubes

vezes Ronaldo teve deoperar os joelhos ao

longo da carreira

anos tinha Ronaldoquando ganhou sua

primeira Copa, em 94

Page 20: Diário do Comérico

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de junho de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

A LIDERANÇAÉ PAULISTA

Pode pegar no meu pé, pois pressão no Corinthians tem até no par ou ímpar.”Júlio César, goleiro do Corinthiansesporte

Corinthians empatou por 1 a 1 com o Flamengo e está em primeiro, seguido de perto pelo Palmeiras, que no sábado fez 1 a 0 no Atlético-PR

Wagner Meier/AE

Os times de São Pau-lo se deram bem naterceira rodada doBrasileiro: o Corin-

thians assumiu a liderança,com sete pontos, após o empa-te por 1 a 1 diante do Flamen-go, no jogo de despedida domeia Petkovic (veja mais napágina 22), e tem em sua cola oPalmeiras, que venceu o Atlé-tico-PR por 1 a 0, sábado, noCanindé, e só perde no terceirocritério de desempate, o núme-ro de gols pró.

A liderança, no entanto, éprovisória e só dura até quarta-feira, quando Atlético-MG eSão Paulo, ambos com seispontos, se enfrentam em SeteLagoas. Quem vencer toma oprimeiro lugar, e em caso deempate o time mineiro sobepara a liderança, por ter me-lhor saldo que os paulistas.

O Corinthians chegou a es-tar na frente do Flamengo, gra-ças a um gol de William, em be-la jogada do lateral-direitoWeldinho, que fazia sua es-treia. Renato Abreu, porém,empatou o jogo ainda no pri-meiro tempo, em bela cobran-ça de falta, e na etapa final ne-nhum dos dois times teve com-petência para mudar o placar.

COPA DO BRASIL

A batalha final

BRASILEIRO

Atrás da terceiraestrela

O técnico Tite, no entanto,não saiu nada feliz do Enge-nhão, pois acha que seu timefoi muito melhor, e creditou o

Santos de Arouca pega o Peñarol

Ricardo Saibun/Folhapress

Borges estreou com dois gols e o Santos ganhou fácil do Avaí, por 3 a 1

Ricardo Saibun/Folhapress

Quarenta e nove anosdepois, Santos e Peña-rol, do Uruguai, volta-

rão a decidir a Libertadores.Em 1962, o campeão foi o San-tos, após três partidas, em queo time brasileiro ganhou a pri-meira, em Montevidéu (2 a 1),perdeu a segunda, na Vila Bel-miro (3 a 2, com o árbitro chile-no Carlos Robles avisando queanulou o gol do empate santis-ta por 3 a 3 somente na súmula)e finalmente fez 3 a 0 no jogo dodesempate, em Buenos Aires.

Na semana passada, os san-tistas obtiveram a classificaçãocom um empate por 3 a 3 dian-te do Cerro Porteño, no Para-guai. O Peñarol classificou-seapesar da derrota por 2 a 1 parao Vélez Sarsfield, na Argenti-na. A decisão que pode colocaro Santos no caminho de seuterceiro título mundial começa

Coritiba e Vasco decidemna quarta-feira, às 21h50,

no Estádio Couto Pereira, emCuritiba, o título da Copa doBrasil de 2011, que vale tam-bém uma das vagas brasileirasna Libertadores do ano quevem. O Vasco entra em campocom a vantagem do empatepara ser campeão, pois ga-nhou o jogo de ida, no Rio, nasemana passada, por 1 a 0.

Em uma espécie de aperitivopara essa decisão, as duasequipes se enfrentaram comseus times reservas no domin-go, pelo Campeonato Brasilei-ro. O Coritiba goleou por 5 a 1.Três gols foram marcados pelotitular do ataque coritibanoAnderson Aquino, que, sus-penso pelo terceiro cartãoamarelo, não poderá disputara final da Copa do Brasil.

na semana que vem, dia 15, emMontevidéu. O jogo de voltaserá em São Paulo, dia 22, emestádio ainda a ser definido.

empate justamente à atuaçãode Felipe. “Ele estava inspira-do e saio daqui com a sensaçãode ter perdido dois pontos,

apesar da grandeza do clássi-co”, lamentou.

No sábado, o Palmeirassuou para vencer o Atlético-PR por 1 a 0, gol de Chico, decabeça. “Não sabia se corriapara a torcida, se abraçava osjogadores ou saía correndo”,contou o volante, pouco acos-tumado ao posto de goleador.Para melhorar a produçãoofensiva, o técnico Luiz FelipeScolari promete estudar a me-lhor maneira de escalar o ata-cante Wellington Paulista, quecomeçou o jogo no banco.“Precisamos ter uma adapta-ção de jogadas com ele, mas sóconseguiremos isso com otempo”, explicou Felipão.

O Santos ainda está longe dabriga pela ponta, mas, no pri-meiro jogo em que contou comalguns titulares, venceu a pri-meira no campeonato, 3 a 1 so-bre o Avaí. O estreante Borgesse destacou, com dois gols. “Eutinha brincado que ia fazerdois gols, falei para o Danilo naconcentração, mas o mais im-portante foi a vitória”, disse oatacante, elogiado pelo chefe,Muricy Ramalho. “O Borgesnão fugiu do normal, foi arti-lheiro por onde passou. Elepõe para dentro mesmo.”

COPA LIBERTADORES