diário oficial da união portaria mec 401

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Nº 89, quarta-feira, 11 de maio de 2016 41 ISSN 1677-7042 Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 00012016051100041 Documento assinado digitalmente conforme MP n o - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 1 PORTARIA N o - 400, DE 10 DE MAIO DE 2016 Dispõe sobre as normas para funcionamen- to do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica - SIS- TEC. O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e em observância ao disposto na Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, na redação dada pela Lei n o 11.741, de 16 de julho de 2008, à luz das Resoluções CNE/CEB n o 4, de 8 de dezembro de 1999; n o 3, de 30 de setembro de 2009; e n o 6, de 20 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Educação, da Câmara de Educação Básica, respectivamente fundamentadas nos Pareceres CNE/CEB n os 16/1999, 14/2009 e 11/2012, resolve: Art. 1 o Ficam estabelecidas normas para o funcionamento do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tec- nológica - SISTEC, instituído pela Resolução CNE/CEB n o 3, de 2009, no âmbito da educação profissional técnica de nível médio e da formação inicial e continuada ou qualificação profissional, em todas as suas formas e modalidades de ensino, incluindo a certificação profissional decorrente de processos de reconhecimento formal de saberes, conhecimentos e competências profissionais, doravante de- nominados cursos de educação profissional. Art. 2 o O SISTEC tem por finalidade: I - organizar e divulgar informações sobre as instituições e/ou unidades escolares, as matrículas, os certificados e os diplomas dos cursos de educação profissional e tecnológica; II - conferir validade nacional aos certificados e diplomas de cursos de educação profissional técnica de nível médio, para fins de exercício profissional; III - gerar indicadores dos dados dos cursos de educação profissional e tecnológica; IV - servir de base para a regulação, a supervisão e a ava- liação dos cursos de educação profissional e tecnológica, e das ins- tituições e/ou unidades de ensino, no âmbito do Sistema Federal de Ensino e nos demais sistemas de ensino, em regime de colabora- ção; V - possibilitar o acompanhamento de programas e de po- líticas públicas da educação profissional e tecnológica; e VI - disponibilizar para a sociedade informações das ofertas de cursos de educação profissional e tecnológica. Art. 3 o O SISTEC, implantado em 2 de janeiro de 2009, contempla os dados de matrículas de cursos de educação profissional e tecnológica e seus itinerários formativos, bem como das instituições e/ou unidades de ensino credenciadas pelos órgãos próprios do seu sistema, diretamente ou por delegação de competências. Parágrafo único. As escolas expedirão e registrarão, sob sua responsabilidade, de acordo com as normas do respectivo sistema de ensino, os certificados e os diplomas de educação profissional técnica de nível médio, para fins de validade nacional, desde que seus cursos estejam registrados no SISTEC. Art. 4 o São integrantes do SISTEC as instituições e/ou uni- dades de ensino credenciadas que ofertam cursos de educação pro- fissional e tecnológica, independentemente de sua dependência ad- ministrativa - Pública ou Privada, nos sistemas de ensino Federal, estaduais, Distrital ou municipais. Art. 5 o A Gestão do SISTEC é configurada em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os mu- nicípios, a partir de um processo descentralizado de coleta de dados individualizados dos ciclos de matrículas ou cadastro de turmas dos cursos de educação, em parceria com: I - a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação - SETEC/MEC, como órgão gestor; II - a Diretoria de Tecnologia da Informação - DTI/MEC, como órgão técnico; III - o Conselho Nacional de Educação - CNE, como órgão normativo e de supervisão e atividade permanente, criado por Lei; IV - as Secretarias responsáveis pelas instituições de edu- cação profissional e tecnológica nos sistemas estaduais e distrital de ensino, como órgãos de regulação, supervisão e avaliação, na con- dição de órgãos validadores; V - os Conselhos Estaduais de Educação - CEE, o Conselho de Educação do Distrito Federal - CEDF e, quando for o caso, os Conselhos Municipais de Educação - CME, como órgãos colegiados de regulação, supervisão e avaliação, na condição de órgãos va- lidadores; VI - os Órgãos Colegiados Superiores dos Serviços Na- cionais de Aprendizagem, como órgãos fiscalizadores e/ou valida- dores, nos termos do art. 20 da Lei n o 12.513, de 26 de outubro de 2011; VII - as instituições e/ou unidades de ensino, como escolas técnicas ofertantes de cursos de educação profissional e tecnológi- ca; VIII - os Conselhos Nacionais de Fiscalização do Exercício Profissional - CNEP, como entidades gestoras de sistemas nacionais de inscrição e registro profissional de ocupações regulamentadas; e IX - Estudantes matriculados nos cursos de educação pro- fissional e tecnológica e a sociedade interessada - como agentes permanentes de consulta. Art. 6 o Compete aos parceiros do SISTEC: I - à SETEC/MEC: a) estabelecer requisitos funcionais para o desenvolvimento e atualização do SISTEC, considerando suas finalidades, a legislação em vigor e as necessidades dos diferentes perfis de acesso ao sistema, bem como relatar eventuais inconformidades à DTI/MEC; b) supervisionar o registro e a manutenção dos dados do SISTEC em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios; c) homologar, na condição de órgão gestor e validador, o registro das instituições e/ou unidades de ensino efetuado por ins- tituições do Sistema Federal de Ensino; d) estabelecer mecanismos de acesso público às informações relativas às instituições e/ou unidades de ensino de educação pro- fissional e tecnológica, aos cursos e aos certificados e diplomas da educação profissional técnica de nível médio por intermédio do SIS- TEC; e) definir e divulgar orientações sobre o uso do SISTEC, expedindo normas complementares; e f) prestar apoio técnico para capacitação e suporte opera- cional aos gestores e usuários do SISTEC. II - à DTI/MEC: a) desenvolver e manter o SISTEC atualizado e em pleno funcionamento, conforme orientações enviadas pela SETEC/MEC, acerca de requisitos legais, boas práticas de governança e segurança da informação, considerando as necessidades dos diferentes perfis de acesso ao sistema; b) disponibilizar à SETEC/MEC e aos demais agentes fer- ramentas adequadas para extração de dados, geração de relatórios e acesso a informações disponíveis no SISTEC; e c) garantir a consistência dos dados disponíveis no SISTEC, em articulação com a SETEC/MEC. III - aos conselhos e às secretarias responsáveis pelas ins- tituições de educação profissional e tecnológica nos sistemas es- taduais e distrital de ensino, na condição de órgãos validadores: a) homologar o registro das instituições e/ou unidades de ensino e de cursos efetuado por instituições do seu sistema de ensino, em conformidade com os atos autorizativos e regulatórios; b) supervisionar o registro de informações efetuado pelas instituições do seu respectivo sistema de ensino, atestando a ve- racidade das informações inseridas pelas instituições e/ou unidades de ensino e a conformidade com os atos autorizativos e regulatórios dos seus cursos; c) reportar à SETEC/MEC eventuais inconformidades de funcionamento do SISTEC; d) orientar as instituições e/ou unidades de ensino do seu respectivo sistema de ensino quanto ao uso do SISTEC; e e) propor melhoria para o aprimoramento do uso do sis- tema. IV - às instituições e/ou unidades de ensino: a) cadastrar os cursos de educação profissional, os seus res- pectivos planos de curso, carga horária, aprovados pelo órgão com- petente, em conformidade com o Catálogo Nacional de Cursos Téc- nicos - CNCT; b) cadastrar cursos experimentais aprovados pelo órgão com- petente nos termos da legislação em vigor; c) cadastrar cursos aprovados pelo órgão competente nos termos da legislação em vigor; d) registrar e manter atualizadas, mensalmente, até o dia 25 do mês subsequente, no SISTEC, as informações referentes às ma- trículas em seus cursos de educação profissional e tecnológica; e e) expedir e registrar os certificados e os diplomas dos con- cluintes de cursos de educação profissional técnica de nível médio e atribuir o código autenticador do referido registro, para fins de va- lidade nacional. Art. 7 o As instituições do Sistema Federal de Ensino que possuem autonomia para autorização de cursos poderão homologar o registro de seus cursos no SISTEC, por intermédio de seus órgãos colegiados superiores. Parágrafo único. As Entidades do Sistema Nacional de Aprendizagem e dos Serviços Sociais Autônomos deverão registrar no SISTEC as informações necessárias para o acompanhamento das ações voltadas ao cumprimento do acordo de gratuidade, objeto dos Decretos n o 6.633, n o 6.635, n o 6.637 e n o 6.632, ambos de 5 de novembro de 2008, respectivamente, bem como em relação aos cur- sos e programas desenvolvidos no âmbito da Lei n o 12.513, de 26 de outubro de 2011, que instituiu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC. Art. 8 o O registro de matrículas no SISTEC deverá ser efe- tuado com a utilização do Cadastro de Pessoa Física - CPF do es- tudante. Parágrafo único. A SETEC poderá expedir orientações com- plementares quanto à inserção excepcional de estudantes estrangeiros que não possuam CPF. Art. 9 o O SISTEC gerará código autenticador do registro de certificados e de diplomas a ser atribuído pela instituição e/ou uni- dade de ensino. § 1 o A autenticidade dos certificados e dos diplomas de- vidamente registrados poderá ser consultada no SISTEC, por inter- médio do código autenticador ou do CPF do estudante. § 2 o O código autenticador do registro dos certificados e dos diplomas, no caso das profissões legalmente regulamentadas, servirá de base para as respectivas inscrições e registros profissionais, nos correspondentes conselhos de fiscalização do exercício profissional. Art. 10. O SISTEC poderá ser utilizado para a gestão de programas, ações e políticas de educação profissional e tecnológica em âmbito nacional. Art. 11. Caberá à SETEC/MEC baixar os atos normativos do SISTEC e convalidar os atos praticados a partir da sua implantação, bem como analisar e decidir os casos omissos nesta Portaria. Art. 12. Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação. ALOIZIO MERCADANTE OLIVA PORTARIA N o - 401, DE 10 DE MAIO DE 2016 Dispõe sobre a oferta de curso de educação profissional técnica de nível médio por ins- tituições privadas de ensino superior. O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, em observância ao disposto na Lei n o 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Lei n o 12.513, de 26 de outubro de 2011, bem como nos Decretos n o 5.154, de 23 de julho de 2004, e n o 5.773, de 9 de maio de 2006, e tendo em vista as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional Técnica de Nível Médio e os termos do Processo n o 23000.007835/2015-81, resolve: Art. 1 o Ficam estabelecidas as normas para a oferta de curso de educação profissional técnica de nível médio, doravante deno- minados cursos técnicos, por Instituições Privadas de Ensino Superior devidamente credenciadas para oferta de cursos superiores nas mo- dalidades presencial e a distância, doravante denominadas IPES. Art. 2 o A oferta de cursos técnicos pelas IPES está con- dicionada ao atendimento dos seguintes requisitos, cumulativamen- te: I - Conceito Preliminar de Curso - CPC ou Conceito de Curso - CC de reconhecimento ou renovação de reconhecimento, o que for mais recente, igual ou superior a três, no curso de graduação em área de conhecimento correlata ao curso técnico a ser ofertado; II - Índice Geral de Cursos - IGC ou Conceito Institucional - CI, o que for mais recente, igual ou superior a três; III - inexistência de supervisão institucional ativa; IV - inexistência de penalidade institucional, nos dois anos anteriores à oferta, nos cursos de graduação correlatos aos cursos técnicos a serem ofertados; V - garantia de condições de acessibilidade e de práticas educacionais inclusivas; e VI - realização de pesquisa de avaliação de egressos, por mantenedora, de seis a doze meses após a conclusão dos cursos, a ser enviada à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Mi- nistério da Educação - SETEC/MEC, conforme orientações comple- mentares a serem expedidas pela mencionada Secretaria. § 1 o Os índices de que trata este artigo são avaliados e consolidados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu- cacionais Anísio Teixeira - Inep, no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, regulamentado pela Lei n o 10.861, de 14 de abril de 2004. § 2 o A correlação entre o curso de graduação existente e o curso técnico a ser ofertado, prevista no inciso IV, deverá obedecer ao previsto na Portaria SETEC/MEC n o 01, de 29 de janeiro de 2014, e suas alterações. § 3 o Terão novas ofertas de cursos técnicos suspensas as unidades de ensino que, em avaliações regulares do ensino superior, deixarem de atender aos incisos I a V. Art. 3 o Os cursos técnicos a serem ofertados pelas IPES deverão atender às seguintes condições: I - estar incluído na relação de cursos técnicos constante na tabela de mapeamento prevista pela Portaria SETEC/MEC n o 01, de 2 de janeiro de 2014; II - possuir ato autorizativo aprovado em órgão competente, conforme a legislação em vigor; III - dispor de infraestrutura física, tecnológica e de pessoal para o desenvolvimento adequado do curso, especialmente no que se refere às atividades teóricas e práticas, no mesmo endereço do curso superior correlato; e IV - considerar o limite de vagas igual ao número de vagas autorizadas para o curso superior correlato. Parágrafo único. Os polos utilizados para as atividades pre- senciais dos cursos técnicos na modalidade a distância deverão ser os mesmos do curso superior correlato, atendendo às condições previstas nesta Portaria. Art. 4 o As IPES poderão ofertar cursos técnicos nas for- mas: I - concomitante, ofertada a quem ingressa no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as opor- tunidades educacionais disponíveis ou mediante convênios de inter- complementaridade, visando o planejamento e o desenvolvimento de projetos pedagógicos unificados; e II - subsequente, ofertada somente a quem já tenha concluído o ensino médio. Art. 5 o As IPES ficam autorizadas a criar e ofertar cursos técnicos de nível médio, conforme normas definidas nesta Portaria, resguardadas as competências de supervisão e avaliação da União. § 1 o O exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de IPES, para a oferta de cursos técnicos, será desenvolvido em regime de colaboração entre a União, os Estados e o Distrito Federal. § 2 o A avaliação realizada pelo SINAES constituirá refe- rencial básico para os processos de regulação e supervisão da oferta de educação profissional técnica de nível médio pelas IPES, a fim de promover a melhoria de sua qualidade. § 3 o As IPES deverão comunicar previamente sua oferta de cursos técnicos aos órgãos competentes dos Estados e do Distrito Federal, que poderão pronunciar-se sobre eventual descumprimento de requisitos necessários para a oferta dos cursos em questão. Art. 6 o Aplicam-se subsidiariamente às disposições desta Portaria as normas dos Decretos n o 5.154, de 2004, e n o 5.773, de 2006. Parágrafo único. A SETEC/MEC emitirá normas comple- mentares sobre o processo de regulação, supervisão e avaliação da oferta de curso de educação profissional técnica de nível médio por IPES. Art. 7 o Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu- blicação. ALOIZIO MERCADANTE OLIVA

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Nº 89, quarta-feira, 11 de maio de 2016 41ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012016051100041

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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PORTARIA No- 400, DE 10 DE MAIO DE 2016

Dispõe sobre as normas para funcionamen-to do Sistema Nacional de Informações daEducação Profissional e Tecnológica - SIS-TEC.

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso daatribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, daConstituição, e em observância ao disposto na Lei no 9.394, de 20 dedezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional - LDB, na redação dada pela Lei no 11.741, de 16 de julhode 2008, à luz das Resoluções CNE/CEB no 4, de 8 de dezembro de1999; no 3, de 30 de setembro de 2009; e no 6, de 20 de dezembro de2012, do Conselho Nacional de Educação, da Câmara de EducaçãoBásica, respectivamente fundamentadas nos Pareceres CNE/CEB nos

16/1999, 14/2009 e 11/2012, resolve:Art. 1o Ficam estabelecidas normas para o funcionamento do

Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tec-nológica - SISTEC, instituído pela Resolução CNE/CEB no 3, de2009, no âmbito da educação profissional técnica de nível médio e daformação inicial e continuada ou qualificação profissional, em todasas suas formas e modalidades de ensino, incluindo a certificaçãoprofissional decorrente de processos de reconhecimento formal desaberes, conhecimentos e competências profissionais, doravante de-nominados cursos de educação profissional.

Art. 2o O SISTEC tem por finalidade:I - organizar e divulgar informações sobre as instituições

e/ou unidades escolares, as matrículas, os certificados e os diplomasdos cursos de educação profissional e tecnológica;

II - conferir validade nacional aos certificados e diplomas decursos de educação profissional técnica de nível médio, para fins deexercício profissional;

III - gerar indicadores dos dados dos cursos de educaçãoprofissional e tecnológica;

IV - servir de base para a regulação, a supervisão e a ava-liação dos cursos de educação profissional e tecnológica, e das ins-tituições e/ou unidades de ensino, no âmbito do Sistema Federal deEnsino e nos demais sistemas de ensino, em regime de colabora-ção;

V - possibilitar o acompanhamento de programas e de po-líticas públicas da educação profissional e tecnológica; e

VI - disponibilizar para a sociedade informações das ofertasde cursos de educação profissional e tecnológica.

Art. 3o O SISTEC, implantado em 2 de janeiro de 2009,contempla os dados de matrículas de cursos de educação profissionale tecnológica e seus itinerários formativos, bem como das instituiçõese/ou unidades de ensino credenciadas pelos órgãos próprios do seusistema, diretamente ou por delegação de competências.

Parágrafo único. As escolas expedirão e registrarão, sob suaresponsabilidade, de acordo com as normas do respectivo sistema deensino, os certificados e os diplomas de educação profissional técnicade nível médio, para fins de validade nacional, desde que seus cursosestejam registrados no SISTEC.

Art. 4o São integrantes do SISTEC as instituições e/ou uni-dades de ensino credenciadas que ofertam cursos de educação pro-fissional e tecnológica, independentemente de sua dependência ad-ministrativa - Pública ou Privada, nos sistemas de ensino Federal,estaduais, Distrital ou municipais.

Art. 5o A Gestão do SISTEC é configurada em regime decolaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os mu-nicípios, a partir de um processo descentralizado de coleta de dadosindividualizados dos ciclos de matrículas ou cadastro de turmas doscursos de educação, em parceria com:

I - a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica doMinistério da Educação - SETEC/MEC, como órgão gestor;

II - a Diretoria de Tecnologia da Informação - DTI/MEC,como órgão técnico;

III - o Conselho Nacional de Educação - CNE, como órgãonormativo e de supervisão e atividade permanente, criado por Lei;

IV - as Secretarias responsáveis pelas instituições de edu-cação profissional e tecnológica nos sistemas estaduais e distrital deensino, como órgãos de regulação, supervisão e avaliação, na con-dição de órgãos validadores;

V - os Conselhos Estaduais de Educação - CEE, o Conselhode Educação do Distrito Federal - CEDF e, quando for o caso, osConselhos Municipais de Educação - CME, como órgãos colegiadosde regulação, supervisão e avaliação, na condição de órgãos va-lidadores;

VI - os Órgãos Colegiados Superiores dos Serviços Na-cionais de Aprendizagem, como órgãos fiscalizadores e/ou valida-dores, nos termos do art. 20 da Lei no 12.513, de 26 de outubro de2 0 11 ;

VII - as instituições e/ou unidades de ensino, como escolastécnicas ofertantes de cursos de educação profissional e tecnológi-ca;

VIII - os Conselhos Nacionais de Fiscalização do ExercícioProfissional - CNEP, como entidades gestoras de sistemas nacionaisde inscrição e registro profissional de ocupações regulamentadas; e

IX - Estudantes matriculados nos cursos de educação pro-fissional e tecnológica e a sociedade interessada - como agentespermanentes de consulta.

Art. 6o Compete aos parceiros do SISTEC:I - à SETEC/MEC:a) estabelecer requisitos funcionais para o desenvolvimento e

atualização do SISTEC, considerando suas finalidades, a legislaçãoem vigor e as necessidades dos diferentes perfis de acesso ao sistema,bem como relatar eventuais inconformidades à DTI/MEC;

b) supervisionar o registro e a manutenção dos dados doSISTEC em regime de colaboração entre a União, os estados, oDistrito Federal e os municípios;

c) homologar, na condição de órgão gestor e validador, oregistro das instituições e/ou unidades de ensino efetuado por ins-tituições do Sistema Federal de Ensino;

d) estabelecer mecanismos de acesso público às informaçõesrelativas às instituições e/ou unidades de ensino de educação pro-fissional e tecnológica, aos cursos e aos certificados e diplomas daeducação profissional técnica de nível médio por intermédio do SIS-TEC;

e) definir e divulgar orientações sobre o uso do SISTEC,expedindo normas complementares; e

f) prestar apoio técnico para capacitação e suporte opera-cional aos gestores e usuários do SISTEC.

II - à DTI/MEC:a) desenvolver e manter o SISTEC atualizado e em pleno

funcionamento, conforme orientações enviadas pela SETEC/MEC,acerca de requisitos legais, boas práticas de governança e segurançada informação, considerando as necessidades dos diferentes perfis deacesso ao sistema;

b) disponibilizar à SETEC/MEC e aos demais agentes fer-ramentas adequadas para extração de dados, geração de relatórios eacesso a informações disponíveis no SISTEC; e

c) garantir a consistência dos dados disponíveis no SISTEC,em articulação com a SETEC/MEC.

III - aos conselhos e às secretarias responsáveis pelas ins-tituições de educação profissional e tecnológica nos sistemas es-taduais e distrital de ensino, na condição de órgãos validadores:

a) homologar o registro das instituições e/ou unidades deensino e de cursos efetuado por instituições do seu sistema de ensino,em conformidade com os atos autorizativos e regulatórios;

b) supervisionar o registro de informações efetuado pelasinstituições do seu respectivo sistema de ensino, atestando a ve-racidade das informações inseridas pelas instituições e/ou unidades deensino e a conformidade com os atos autorizativos e regulatórios dosseus cursos;

c) reportar à SETEC/MEC eventuais inconformidades defuncionamento do SISTEC;

d) orientar as instituições e/ou unidades de ensino do seurespectivo sistema de ensino quanto ao uso do SISTEC; e

e) propor melhoria para o aprimoramento do uso do sis-tema.

IV - às instituições e/ou unidades de ensino:a) cadastrar os cursos de educação profissional, os seus res-

pectivos planos de curso, carga horária, aprovados pelo órgão com-petente, em conformidade com o Catálogo Nacional de Cursos Téc-nicos - CNCT;

b) cadastrar cursos experimentais aprovados pelo órgão com-petente nos termos da legislação em vigor;

c) cadastrar cursos aprovados pelo órgão competente nostermos da legislação em vigor;

d) registrar e manter atualizadas, mensalmente, até o dia 25do mês subsequente, no SISTEC, as informações referentes às ma-trículas em seus cursos de educação profissional e tecnológica; e

e) expedir e registrar os certificados e os diplomas dos con-cluintes de cursos de educação profissional técnica de nível médio eatribuir o código autenticador do referido registro, para fins de va-lidade nacional.

Art. 7o As instituições do Sistema Federal de Ensino quepossuem autonomia para autorização de cursos poderão homologar oregistro de seus cursos no SISTEC, por intermédio de seus órgãoscolegiados superiores.

Parágrafo único. As Entidades do Sistema Nacional deAprendizagem e dos Serviços Sociais Autônomos deverão registrarno SISTEC as informações necessárias para o acompanhamento dasações voltadas ao cumprimento do acordo de gratuidade, objeto dosDecretos no 6.633, no 6.635, no 6.637 e no 6.632, ambos de 5 denovembro de 2008, respectivamente, bem como em relação aos cur-sos e programas desenvolvidos no âmbito da Lei no 12.513, de 26 deoutubro de 2011, que instituiu o Programa Nacional de Acesso aoEnsino Técnico e Emprego - PRONATEC.

Art. 8o O registro de matrículas no SISTEC deverá ser efe-tuado com a utilização do Cadastro de Pessoa Física - CPF do es-tudante.

Parágrafo único. A SETEC poderá expedir orientações com-plementares quanto à inserção excepcional de estudantes estrangeirosque não possuam CPF.

Art. 9o O SISTEC gerará código autenticador do registro decertificados e de diplomas a ser atribuído pela instituição e/ou uni-dade de ensino.

§ 1o A autenticidade dos certificados e dos diplomas de-vidamente registrados poderá ser consultada no SISTEC, por inter-médio do código autenticador ou do CPF do estudante.

§ 2o O código autenticador do registro dos certificados e dosdiplomas, no caso das profissões legalmente regulamentadas, serviráde base para as respectivas inscrições e registros profissionais, noscorrespondentes conselhos de fiscalização do exercício profissional.

Art. 10. O SISTEC poderá ser utilizado para a gestão deprogramas, ações e políticas de educação profissional e tecnológicaem âmbito nacional.

Art. 11. Caberá à SETEC/MEC baixar os atos normativos doSISTEC e convalidar os atos praticados a partir da sua implantação,bem como analisar e decidir os casos omissos nesta Portaria.

Art. 12. Esta Portaria entra em vigor a partir da data de suapublicação.

ALOIZIO MERCADANTE OLIVA

PORTARIA No- 401, DE 10 DE MAIO DE 2016

Dispõe sobre a oferta de curso de educaçãoprofissional técnica de nível médio por ins-tituições privadas de ensino superior.

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso daatribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, daConstituição, em observância ao disposto na Lei no 9.394, de 20 dedezembro de 1996, na Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, bemcomo nos Decretos no 5.154, de 23 de julho de 2004, e no 5.773, de9 de maio de 2006, e tendo em vista as Diretrizes CurricularesNacionais da Educação Profissional Técnica de Nível Médio e ostermos do Processo no 23000.007835/2015-81, resolve:

Art. 1o Ficam estabelecidas as normas para a oferta de cursode educação profissional técnica de nível médio, doravante deno-minados cursos técnicos, por Instituições Privadas de Ensino Superiordevidamente credenciadas para oferta de cursos superiores nas mo-dalidades presencial e a distância, doravante denominadas IPES.

Art. 2o A oferta de cursos técnicos pelas IPES está con-dicionada ao atendimento dos seguintes requisitos, cumulativamen-te:

I - Conceito Preliminar de Curso - CPC ou Conceito deCurso - CC de reconhecimento ou renovação de reconhecimento, oque for mais recente, igual ou superior a três, no curso de graduaçãoem área de conhecimento correlata ao curso técnico a ser ofertado;

II - Índice Geral de Cursos - IGC ou Conceito Institucional- CI, o que for mais recente, igual ou superior a três;

III - inexistência de supervisão institucional ativa;IV - inexistência de penalidade institucional, nos dois anos

anteriores à oferta, nos cursos de graduação correlatos aos cursostécnicos a serem ofertados;

V - garantia de condições de acessibilidade e de práticaseducacionais inclusivas; e

VI - realização de pesquisa de avaliação de egressos, pormantenedora, de seis a doze meses após a conclusão dos cursos, a serenviada à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Mi-nistério da Educação - SETEC/MEC, conforme orientações comple-mentares a serem expedidas pela mencionada Secretaria.

§ 1o Os índices de que trata este artigo são avaliados econsolidados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-cacionais Anísio Teixeira - Inep, no âmbito do Sistema Nacional deAvaliação da Educação Superior - SINAES, regulamentado pela Leino 10.861, de 14 de abril de 2004.

§ 2o A correlação entre o curso de graduação existente e ocurso técnico a ser ofertado, prevista no inciso IV, deverá obedecer aoprevisto na Portaria SETEC/MEC no 01, de 29 de janeiro de 2014, esuas alterações.

§ 3o Terão novas ofertas de cursos técnicos suspensas asunidades de ensino que, em avaliações regulares do ensino superior,deixarem de atender aos incisos I a V.

Art. 3o Os cursos técnicos a serem ofertados pelas IPESdeverão atender às seguintes condições:

I - estar incluído na relação de cursos técnicos constante natabela de mapeamento prevista pela Portaria SETEC/MEC no 01, de 2de janeiro de 2014;

II - possuir ato autorizativo aprovado em órgão competente,conforme a legislação em vigor;

III - dispor de infraestrutura física, tecnológica e de pessoalpara o desenvolvimento adequado do curso, especialmente no que serefere às atividades teóricas e práticas, no mesmo endereço do cursosuperior correlato; e

IV - considerar o limite de vagas igual ao número de vagasautorizadas para o curso superior correlato.

Parágrafo único. Os polos utilizados para as atividades pre-senciais dos cursos técnicos na modalidade a distância deverão ser osmesmos do curso superior correlato, atendendo às condições previstasnesta Portaria.

Art. 4o As IPES poderão ofertar cursos técnicos nas for-mas:

I - concomitante, ofertada a quem ingressa no ensino médioou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cadacurso, em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as opor-tunidades educacionais disponíveis ou mediante convênios de inter-complementaridade, visando o planejamento e o desenvolvimento deprojetos pedagógicos unificados; e

II - subsequente, ofertada somente a quem já tenha concluídoo ensino médio.

Art. 5o As IPES ficam autorizadas a criar e ofertar cursostécnicos de nível médio, conforme normas definidas nesta Portaria,resguardadas as competências de supervisão e avaliação da União.

§ 1o O exercício das funções de regulação, supervisão eavaliação de IPES, para a oferta de cursos técnicos, será desenvolvidoem regime de colaboração entre a União, os Estados e o DistritoFederal.

§ 2o A avaliação realizada pelo SINAES constituirá refe-rencial básico para os processos de regulação e supervisão da ofertade educação profissional técnica de nível médio pelas IPES, a fim depromover a melhoria de sua qualidade.

§ 3o As IPES deverão comunicar previamente sua oferta decursos técnicos aos órgãos competentes dos Estados e do DistritoFederal, que poderão pronunciar-se sobre eventual descumprimentode requisitos necessários para a oferta dos cursos em questão.

Art. 6o Aplicam-se subsidiariamente às disposições destaPortaria as normas dos Decretos no 5.154, de 2004, e no 5.773, de2006.

Parágrafo único. A SETEC/MEC emitirá normas comple-mentares sobre o processo de regulação, supervisão e avaliação daoferta de curso de educação profissional técnica de nível médio porIPES.

Art. 7o Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

ALOIZIO MERCADANTE OLIVA