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DiáriodoNordeste | FORTALEZA, CEARÁ
SÁBADOEDOMINGO,7E8DEABRILDE2018
Gentediariodonordeste.com.br/gente
CRaquelMachadoéprofessorana
FaculdadedeDireito
daUFC.
FOTO: EDUARDOQUEIROZ
O saber como terapiaT
ítulos não a faltam. Es-critora, mestre, douto-ra, pós-doutora, advoga-da. Apesar do vasto le-
que de possíveis identifica-ções e tratamentos, RaquelMachado, 38, tem preferên-cia e apreço especial por um:o de professora. O amor quepossui pelo ato de ensinartem raízes fincadas e nutridasdesde a infância, quando pas-sava incontáveis horas fo-lheando os livros da bibliote-ca do pai. “Eu sempre gosteide estudar, muito mais porprazer do que por obrigação.Para mim, estudar é mágico,é uma terapia”, revela.
A cearense chegou a advo-gar na área tributária, mas oconforto e a rentabilidadenão pareciam suficientes: elasentia falta de um mundomais diverso e uma formamais dinâmica de ver a vida.Foi imergindo na rotina aca-dêmica que encontrou o que
procurava, inclusive o seu lu-gar e papel no mundo. Hoje,graduada e mestre pela Uni-versidade Federal do Ceará(UFC), doutora pela Universi-dade de São Paulo (USP) eprofessora da Faculdade deDireito da UFC, Raquel viveum eterno processo de ensi-nar e aprender (ou aprenderensinando, como ela diz), eadmite: não se vê fazendo ou-tra coisa da vida.
Academia
Levou um café e umas hori-nhas de conversa para perce-ber – pela fala incisiva e pelobrilho nos olhos – a entrega deRaquel à vida acadêmica. Apaixão vai muito além de sim-plesmente dar aula, e com-preende uma relação de troca
constante, descrita pela pró-pria como a sua motivação.“Os alunos me rejuvenescemmuito. Eu convivo com pes-soas que têm real interesse emaprender e me instigam, por-que as perguntas deles me mo-tivam a estudar ainda mais”,explica a professora.
O comprometimento levoua relação professor-aluno parafora dos limites da sala de au-la. Raquel é líder e orientado-ra do grupo de pesquisa e ex-tensão “Ágora”, que promoveencontros mensais abertos aopúblico, discutindo temas co-mo a democracia no Brasil e opapel da mulher na política. Oprojeto também possibilitaque os alunos da Faculdade deDireito deem aulas relaciona-das à cidadania em escolas de
ensino médio, preferencial-mente as públicas.
Perspectivas
Em um contexto de descrençapor considerável parte da po-pulação quanto às áreas políti-ca e jurídica do País, formaradvogados e futuros juízes écertamente desafiador. “Nóssempre discutimos criticamen-
te o papel deles como profissio-nal e a importância da éticanesse meio de atuação. Infeliz-mente, a política vive um mo-mento muito ruim, e o poderjudiciário tem uma colabora-ção nesse cenário”.
A professora ainda reforça ovicioso vínculo entre os proble-mas sociais e políticos. “Comoque uma pessoa que passa fo-me vai ter uma ética fortequando tem a chance de ven-der o voto?”, exemplifica.
Figura-modelo
Consciente e crítica dos proble-mas da modernidade, e aindaassim esperançosa quanto aofuturo, Raquel Machado éuma figura que serve de exem-plo, mas daqueles que trans-cendem a óbvia questão profis-sional: é exemplo de genteque sabe viver e enxerga nasrelações humanas a capacida-de de construir coletivamenteum mundo melhor.
Amantedosestudosdesdeainfância,RaquelMachadotemummodopreferido
deexercerosconhecimentosdaáreadoDireito:nassalasdeaulada
UniversidadeFederaldoCeará(UFC)
Raquel vive um
eternoprocesso de
ensinar e aprender
(ou aprender
ensinando) e admite:
não se vê fazendo
outra coisa da vida
2 | Gente DIÁRIO DO NORDESTE
FORTALEZA, CEARÁ-SÁBADOEDOMINGO,7E8DEABRILDE2018
LuxoporMárciaTravessoni
Seleções
Handmade, relógiose joias
� Tendo o primor do handmade e a preocupaçãocom os detalhes como características marcantes,a designer carioca Andrea Muller lança suacoleção Inverno 2018. Os sapatos da linha sãorevestidos de materiais como ráfia, cetim, lã ecamurça, enquanto as bolsas, carros-chefe damarca, apresentam diversas texturas, comacabamentos em madeira e resina. Os itens estãodisponíveis nos e-commerces Shop2gether eGallerist.
� Conhecidos por transcender as linhas entre omasculino e o feminino, os modelos “Boyfriend”de relógios Chanel ganharam uma nova versão: oBoyfriend Skeleton. A peça apresenta um designmoderno e elegante, com círculos interligadosque criam um contraste visual com as linhas retasda caixa. O modelo está disponível em duasversões: uma em ouro simples e a outra comdiamantes cravejados.
� A novidade da Louis Vuitton para o segmentode joias é a linha Blossom, categorizada em trêslinhas principais. A primeira delas é a ColorBlossom BB, que apresenta pulseiras, colares epingentes com figuras de flores como elementoprincipal, em tons de ouro e ouro rosa. A delicadaDiamond Blossom traz anéis, pingentes, brincos epulseiras com diamantes cravejados, que fazemreferência aos primeiros raios de sol da primavera.Já a Idylle Blossom oferece pulseiras em umformato flexível, em ouro branco, rosa e amarelo.
CONSULTORIA
ADUQUESADECAMBRIDGE,KateMiddleton, estádandoumaespéciedeconsultoriaà futuracunhadaMeghanMarkle. IssoporqueaatrizamericanaestánospreparativosparaocasamentocomopríncipeHarry,eaté láprecisaestarpordentrode tudoquecompõeo lifestyledarealeza.AlémdasdicasdemodaecomportamentoquerecebeudeKate,Meghanjá teveatédeaprenderautodefesaecomoagir casoseja refémdeações terroristas.
Gente
Destaques
OcoqueteldeapresentaçãodanovacoleçãodaMOB,queaconteceunorestauranteLaMar,emSãoPaulo,contoucomváriaspresençasespeciais, inclusiveadainfluenciadoradigital cearenseGabrielaSales(@ricademarre).Ablogueiraéumadascomponentesdonovotimedeembaixadorasdamarca,econferiudepertinhoosdetalhesmísticose litorâneosdacoleção.
NAITÁLIA
SEMANADE DESIGN
DODIA17A22DEABRIL,ASt.James,pioneirana fabricaçãodepeçasdepratanoBrasil, vaiparticipardaSemanadeDesigndeMilão,eventoquedáprotagonismoàarquiteturaeaosobjetosdedecoração.Dentreaspeçasqueestarãoexpostas,umdosdestaqueséa linha“Legacy”,assinadapelodesignereconsultorcriativodamarca,NinoBauti. Tambémestarãonamostraasbandejas “EncontrosSinuosos”e“Alto-mar”,desenvolvidaspeloarquitetoRuyOhtake,eas coleçõesdevasosecentrosdemesa“Plisse”e “Spyke” (foto), daSette7.
EDITORA VERDES MARES LTDA - PRAÇA DA IMPRENSA CHANCELER EDSON QUEIROZ - DIONÍSIO TORRES - CEP 60135690 - FORTALEZA - CEARÁ - TELEFONE - (085)32669791/ 32269792 - FAX (O85) 32669797 - EDITORA- MÁRCIA TRAVESSONI -
REPÓRTER - JÉSSICA COLAÇO - ESTAGIÁRIA - STÉPHANIE SOUSA - DIAGRAMAÇÃO/DESIGN EDITORIAL/CAPA: LOUISE ANNE DUTRA
DIÁRIO DO NORDESTE
Gente | 3FORTALEZA, CEARÁ-SÁBADOEDOMINGO,7E8DEABRILDE2018
MárciaTravessoniEmfesta
� Bárbara e Eymard Freire organizam a festa deaniversário da filha Lia, que completa 50 anos deidade. O agito acontecerá na tarde do dia 12, noBarbra’s Éden – buffet da família, que passou porrecente repaginada. Mafrense Sousa cuida docerimonial e Gil Santos, da decoração, inspiradano estilo mediterrâneo com limão siciliano,cerâmica portuguesa, muitas bromélias,suculentas e orquídeas. A aniversariante usará ummodelo de Lino Villaventura.
� Dia 13, José Guedes reúne turma de amigos,em seu ateliê, para comemorar 60 anos, em climade happy hour. /// Gustavo Serpa, Ângela Cysne,Zilma Melo, Abraão Sales, Diana Ferreira Gomes eRita Cruz são os aniversariantes deste fim desemana.
Poraí
� Regina Alice e Danísio Correa programaram,para maio, viagem romântica para Paris, ondecomemoram Bodas de Pérola.
� Governador do distrito 4490 do Rotary Club,Eduardo Campos e a esposa Marilena participam,esta semana, da Reunião de Governadores doNorte e Nordeste da entidade, que acontece emJuazeiro da Bahia. Henrique Vasconcelos e JúlioLóssio também participam do encontro.
Agenda
� Com direito a decoração junina, comidastípicas e muitas brincadeiras, o Arraiá do Austinpromete encerrar o mês de maio com a festajunina mais badalada de Fortaleza. O eventoacontece dia 26 de maio, com apresentações deDorgival Dantas, Márcia Fellipe, Austin Band eJoel Tomaz, no La Maison Coliseu.
� Ex-ministro dos governos Itamar Franco e Lula,ex-governador do Ceará, Ciro Gomes ministrapalestra sobre a atual conjuntura política nacionale os desafios que estão postos para o Brasil, dia 12,às 18h30, no auditório da CDL Fortaleza.
Destaque
LeonardoCorreia, RodrigoGalindo,AfrânioBarreiraeRonaldAguiar (2)
RobertoCláudioeSamehWahba (1)
CONDIÇÃOCLIMÁTICAquehistoricamentecastigaoCeará–earegiãoNordestecomoumtodo–,asecaeaausênciadepolíticaspúblicaseficazesparaaconvivência comestasituaçãomotivarama jornalistaCatarinadeOliveira(foto)eometeorologistaHumbertoAlvesaescreveremolivro“Umséculodesecas:porqueaspolíticashídricasnão transformaramoSemiáridobrasileiro?”.Aobra foi lançadaemFortalezanaúltimaquarta-feira.
PESQUISA
EMALTA
AEMPRESÁRIABrunaWaleskaseguiuontemparaParis,ondeacompanhaasemanademodadacapitalfrancesa.Noroteiroestãocursosdemoda,palestrascomestilistaseempresários,visitasamuseus, ateliêseaobackstagederenomadasgrifes, comoaLouisVuitton. Napalestra, CiroGomesvaiabordar
caminhosquepoderão ser traçadosparaodesenvolvimentodoPaís.
Comosurgiuaideiadefazerapesquisaeolivro?A motivação da pesquisa foi a grande seca,que chamamos de seca do século, de 2010 a2016. Os dados mostravam que a gente esta-va vivenciando uma seca sem precedentes nahistória do semiárido brasileiro, em termosde duração e abrangência, e a sociedadeestava despreparada para lidar com isso, asalternativas não seriam rápidas. Por isso,pensamos em buscar, na história dessas políti-cas hídricas, subsídios para pensar esse pro-blema que ainda é tão atual.
Nolivro,vocêsabordamaausênciademecanismos
democráticoscomoumdosprincipaisfatorespara
dificultaroenfrentamentodaseca.Quaisseriameles?A nossa pergunta norteadora foi o que teveem comum em todas essas políticas, desdequando elas foram institucionalizadas até os
dias de hoje, para, em pleno início do séculoXXI, ainda termos populações bastante vulne-ráveis, como o caso de agricultores que de-pendem das chuvas para a subsistência. Dosanos 90 pra cá, foram criados mecanismosinstitucionalizados para que a população pos-sa participar das tomadas de decisões sobrepolíticas públicas. Mas percebemos que aspolíticas não refletiam as reais demandas daspopulações mais vulneráveis, porque elasnão tinham meios legais para participar so-bre as decisões de políticas que iam influen-ciar as vidas delas. Essas medidas refletiammais os interesses dos grupos poderosos daregião, que estavam na camada de decisão.Quando validamos essas recentes políticasgovernamentais, comparamos as demandasde quem vive na zona rural com o que foi feitoe percebemos que está muito aquém da neces-sidade. Embora tenha havido alguns avan-ços, é preciso universalizar o acesso para quetodas as pessoas da zona rural tenham água,que é um direito humano fundamental.
Comotemsidoarepercussãodessaobracomosgesto-
respúblicosquepodematuaremrelaçãoàseca?Estamos em contato com várias pessoas ebatendo na porta dos deputados dos Estadosdo semiárido para apresentar essa pesquisa.Temos interesse em difundir a obra para todaa bancada do Nordeste, porque ela propõediretrizes para as políticas públicas atuaisrelacionadas à questão hídrica.
BASTIDORES
DURANTEumareuniãoemWashington,nosEstadosUnidos,para tratardofinanciamentode iniciativasambientaisemFortaleza,oprefeitoRobertoCláudiofoielogiadopelodiretorglobalparaoDesenvolvimentoTerritorialeUrbanodoBancoMundial, SamehWahba,peloempenhopessoaldogestornoprojeto.AcompanhadodacoordenadoraEspecialdeRelações InternacionaiseFederativas,PatríciaMacêdo,oprefeitonegociourecursosparadesenvolver iniciativascomoarecuperaçãodoParqueRacheldeQueiroz (1). ///FUNDADORdaredederestaurantesCocoBambu,oempresárioAfrânioBarreiraeossóciosRonaldAquiareLeonardoCorreiaestiveramreunidos, semanapassada, comoCEOdaKrotonEducação,RodrigoGalindo (2)
4 | Gente DIÁRIO DO NORDESTE
FORTALEZA, CEARÁ-SÁBADOEDOMINGO,7E8DEABRILDE2018
DéboraRios, JorgeRioseRosaAguiarStênio,Etel eLaraRios
RayssaCavalcante,LuísAntônioeLuísAntônioValadares
AbnereCecíliaAlencar,EtelRios,GesildaeAparecidaRios,Weyne, Fátimae
GardêniaAmorim
CarolYamasakieMoniqueRolim
PedroeJoséMiltonRiosFilho,CleideMatosBrito,AlineeJoséMiltonRiosNeto
VanêssaeMárioQueirós
AlexandreFonsecaFilho,Etel, JoséMiltoneAdrianaRioseAlexandreFonseca
NatháliaAbranteseCrisCosta
DaniloFontenele, EtelRioseEuwláudiaFontenele
BrunoeCarolineBorges
EtelRiose IveudaBessa
RaimundoPenae ImaculadaSilva
Forróemúsicaeletrônicaforamos
ritmosquemarcaramoBemDita
Praia,eventoquemovimentouo
CafedeLaMusique,noCumbuco.
AviõesdoForró,VintageCulturee
LukasRaiz foramalgunsdosno-
mesqueanimaramastrêsnoites
defesta litorânea.
Gratosaodomdavidadenossaqueridamãe,
EtelRios,euemeus irmãosJoséMiltonFilhoe
AdrianaRiospreparamosumafestaespecial
paracelebrarmaisumanodevidadessamu-
lherquenos inspiradiariamente.Oencontro
aconteceunoGranMarquise,queestava impe-
cavelmentedecoradoporMirelaBessa.Nãofal-
tarammomentosdeemoçãoparaaaniversa-
riante:desdeaexibiçãodeumvídeoqueresga-
tavapartedahistóriadelaatéa interpretação
dePauloJosédasmúsicas favoritas.Obolofoi
doBomBocado.
BetinhoeLouiseSantos
JoséMiltonFilho,AdrianaeEtelRioseMárciaTravessoni
DaviePatricianaRodrigues
Feriado
Aniversário
Galeria porMárciaTravessoni
Galeria porMárciaTravessoni
MariaVital, EtelRioseTaneAlbuquerque
EmanuelleSousaeRolfCampos
OtacílioeLuziaVasconcelos
DIÁRIO DO NORDESTE
Gente | 5FORTALEZA, CEARÁ-SÁBADOEDOMINGO,7E8DEABRILDE2018
Marcela,ValentinaeThiagoPignatari HélioeVerônicaPerdigão
Noivos
MárciaeFelintoHolanda
MarietaeRaulAraújo
Lúcia,NicolaseHenriqueSellin
BrunoeThaísMoreno
FernandoDiógeneseLarissaAmorim
FabianaHirata
IngridBaquiteVictorEloy
ÂngeloDeFrancescoe IsadoraMaia
Emumacerimôniamarcadapelo luxoepelore-
quinte,BrunodeAlencarMorenoeMárciaBe-
rettaoficializaramaunião, tendocomocená-
rioopôrdosolvistoapartirdoSalãoTerrasse,
doLaMaison.Transparecendoemoçãoereali-
zação,osfilhosdeFábioCésarBolzanBeretta
eMirleyAparecidaPignatariedeLuizHeldere
MariaCristinadeAlencarMorenodeixaramo
cerimonialdafestaaoscuidadosdeRaquel
Mendonça,enquantoWillfridyMendonçaassi-
nouadécor, cheiadedetalhesespeciais.Ome-
nudeaçúcar foiumespetáculoàparte, como
bolodaCacau2YoueosdocesdeAntoinette
Boutique.Amarchanupcial ficouaindamais
emocionanteacompanhadapelavozdocantor
PauloJosé.
LuizHelder,MariaCristinaeBrunodeAlencarMoreno,MárciaBeretta, FábioCésarBolzanBerettaeMirleyAparecidaPignatari
FernandoDiógeneseNatáliaRecamonde
Casamento
Galeria porMárciaTravessoni
MaiaraPinhoeVitorHolanda
ViníciusAlixoeAnaLíviaPascon
8 | Gente DIÁRIO DO NORDESTE
FORTALEZA, CEARÁ-SÁBADOEDOMINGO,7E8DEABRILDE2018
LisieuxChaves, IsabelArrudaeLenieSaboya
FernandaAguiareLilianeAlbuquerqueFátimaSanford,SiloéPegadoeVâniaQueiroz
VitóriaPhilomeno, SeleneBezerraeFernandaAguiar
LúciaPierre,FernandaAguiar,HelenaCidrãoeBetinha
Sampaio
JoãoPedro,MariaClara, JurandirNeto,Daniel, FernandinhaeFernanda
Aguiar, Samuel,Amanda,YannaeJulianaFontes
TâniaHolandaeKarinaSampaio
Emfesta embaladapelo somde
piano, FernandaAguiar celebrou
seuaniversário, noDallas. A anfi-
triã reuniumais de100amigas
de longadata, alémdos familia-
res, no afetuosoencontro.Naoca-
sião, Fernandahomenageou ain-
daamãe,AlbertaAguiar, que che-
gou ao centenário devida este
ano, cheia de saúde.
FabyaneMagalhães,DominickeFernandaAguiar,DayaneeFernandoFontes
MônicaArruda,BetinhaSampaio, SelenaBezerraeMoemaGuilhon
Novaidade
Galeria porMárciaTravessoni
Novavida
VivermelhorEstrelas esquecidas
Recentemente, duran-te uma das minhas re-flexões, fiz-me umapergunta: se você pu-desse hoje começar
uma vida toda nova, como seriasua vida? Escrevi páginas e pági-nas no meu caderno para essapergunta e depois percebi umacuriosidade: a maioria das res-postas que escrevi não se refe-riam a eventos extraordináriosque eu esperava acontecer naminha vida, mas a questõescomportamentais, emocionais erelacionais do meu dia a dia.
Algumas semanas depois des-sa minha reflexão, tive a expe-riência de conversar com o Pa-dre Serafim, um sacerdote de94 anos que conheci em Fátima,Portugal. Com sua experiência,simplicidade e sabedoria, eleme dizia: “Deus na sua infinitamisericórdia, dá-nos a oportuni-dade de zerar as nossas vidas ecomeçar uma vida nova quandoassim desejamos”. E começa-mos a conversar sobre essa vidanova; ou melhor, sobre a novavida. Sim, porque uma vida no-va não é o mesmo que umanova vida.
Quando alguém diz que estáse relacionando com um “ho-mem novo” é diferente de quan-do diz que está se relacionandocom um “novo homem”. Umanova vida é uma vida diferente,renovada, embora preservadana sua essência. Quando decidi-mos por uma nova vida, mante-mos nossa história, nossos valo-res, conquistas, erros e aprendi-zados, mas renovamos a cadadia aquilo que já está velho ouaté “sepultado”. Muitas vezes,ao longo do caminho, deixamosmorrer em nós o que gostaría-mos que ainda estivesse vivo.Percebi que na minha nova vi-
da, havia muito mais a ser resga-tado do que construído.
Lembrei-me então do que es-cuto dos meus clientes nas ses-sões de coaching. Percebo que étão comum as pessoas dizerem:eu era mais alegre, eu era maisotimista, já fui mais engraçado,antes eu confiava mais nas pes-soas, deixei de ser romântica,antes eu tinha mais garra, já fuimais divertido, antes eu sorriamais, ousava mais, me arriscavamais; enfim, tenho saudade demim… Para viver a nova vida épreciso identificarmos o quenão queremos deixar morrer. Épreciso também sairmos do la-mento, da nostalgia ou da para-lisia e adotarmos um espírito degratidão, resgate e ação.
Às vezes elegemos culpadosou buscamos alguns responsá-veis pela nossa alegria que se foiou pela nossa força que se esgo-tou, até que um dia temos uminsight que ninguém é culpadonem responsável por ter deixa-do morrer em nós aquilo queum dia tão bem nos definia.Conversando com aquele pre-cioso padre, naquela tarde de
luz e naquela abençoada terra,percebi tantas oportunidadesde mudanças e movimentosque dependiam tão somente demim. Talvez alguns dos aprendi-zados, que registrei naquele diaespecial, possam também aju-dar você a viver sua nova vida.Deixo aqui cinco deles:
1) Visualize e escreva a novavida que você gostaria de ter: sehoje fosse possível uma novavida, como seria?
2) Revisite as promessas quefez ao longo da vida, pois nemsempre a nova vida está naquiloque precisa ser construído, maspossivelmente no que deve serresgatado: como você está vi-vendo o que assumiu ao longoda vida? Que compromissos, vir-tudes ou talentos devem ser res-gatados?
3) Mais importante do queaquilo que você faz é a maneiracomo faz as coisas: como vocêtem feito o que faz?
4) Independentemente doque você faz, reduza as críticase aumente os estímulos nassuas relações: para que ladotem pesado mais sua balança?Que mudanças você precisa fa-zer para criticar cada vez menose estimular cada vez mais?
5) As pessoas aprendem comos olhos mais do que com osouvidos: o que as pessoas têmaprendido com suas atitudesmesmo que não tenham escuta-do o seu discurso?
Para que a nova vida seja pos-sível, aprendi ainda que não im-porta se nossas mudanças se-jam grandes ou pequenas, o queimporta é que sejam contínuas.Termino compartilhando o queouvi de uma amiga muito espe-cial: “sendo quem tu tens queser, tu verás teu brilho e alegriarenascer”. Feliz NOVA VIDA!
Amizadesperdidas
MARILIAFIUZA [email protected]
Tenho bem nítida na me-mória, uma certa ma-nhã, na companhia demeu pai, nós dois, de-bruçados na janela do
corredor que dava para o quar-to onde meu avô encerrava seuritual de despedida. Pai e filho,em compungido silêncio, obser-vavam o rosto sereno de “seu”Antônio deitado placidamentesobre o derradeiro travesseiroquando, de repente, duas lágri-mas tímidas escorreram de seusolhos cansados por tanto tempovivido.
Não tinha notado que eleparara de respirar até que meupai me fez um afago na cabeçae disse: “Meu filho, acabamosde perder um amigo...!”. Crian-ças, àquela época da minhainfância simples, não enten-diam o que significava morreralém da troca de um leito porum caixão, gente chorando ecortejo de carros até um lugarchamado cemitério, onde elasnão iam, e depois, uma coisachamada luto.
Não lembro-me de haverchorado quando ele morreu,mas por muito tempo sei quemeu avô fez uma falta enormeaté acostumar-me com a au-sência das histórias que elegostava de me contar. Depoisa gente cresce e tudo fica maissimples quando a experiênciaúnica da nossa existência resu-me-se na compreensão plenado nascer, viver e morrer, semaviso prévio. Ao longo da vida,modesta ou farta, inserimo-nos em um contexto social fa-zendo as primeiras amizades –que costumamos lembrar co-mo “meus amigos de infância”–, algumas perdidas natural-mente, outras porque a faturafoi cobrada muito cedo e al-
guns pelas distâncias geográfi-cas que ficaram compridas enunca mais voltaram, ou pelasdivergências temperamentais,brigas, essas coisas.
Somos o que plantamos apartir das primeiras semeadu-ras de educação, conhecimen-to da tabuada, leitura e saber ecultivamos todos os dias, sozi-nhos ou na companhia de ami-gos de escola, trabalho e nasociedade, principalmente nosburburinhos dos salões ou emvolta de mesas festivas. Umdia, damo-nos conta de quemuito tempo já foi amealhadona convivência contumaz epouco cuidamos de que os ca-belos rarearam e ou ficarambrancos. Não importa, não fazdiferença porque o que contamesmo é a alegria das histó-rias e a descontração das taçasou dos copos.
Se somos o que plantamos,somos também as versões,emocionadas ou não, das histó-rias que contamos, seja parafazer rir ou puro desabafoquando uma agonia pessoalaflige e carece da atenção deum ouvido, um ombro, umconselho, sugestão ou crítica.Com o passar do tempo, já nãose constitui tanta surpresa anotícia de uma amizade perdi-da. Para quem já descobriu,desde há muito, que a juventu-de não era eterna, assumir no-vas faixas e conformar-se comas restrições naturais faz parti-do pacote.
Quando cumpri meu tempode responsabilidades diárias,ganhei o mundo, no sentidode não ficar parado, só vendoo tempo passar e ver passarpessoas apressadas ou corren-do nos calçadões, malhando,trincando barrigas ou suando
para manter contornos e for-mas que causam inveja, fazemsuspirar e até dizer bobagensque hoje podem dar processo.No tempo do meu avô, mesmosem saber assobiar, sabia queum “fiu fiu” era elogio abran-gente a uma mulher bonita e,principalmente, àquelas excep-cionalmente privilegiadas pe-las formas caprichadas. Mu-dou tudo. Ficou de ponta cabe-ça, cabeça pra baixo. Hoje, éassédio, falta de respeito e al-gumas, de peitos àsescâncaras, abominam os asso-bios, recusam até mesmo“olha, que coisa mais linda,mais cheia de graça...” e aindabrandem, seminuas, com oscorpos pintados: “meu corpo,minhas regras...” e essas re-gras são rígidas, cobram micro-fones para discursos inflama-das e desmotivadores.
Desde aquela manhã, quan-do perdi meu avô, perdi al-guns amigos. Poucos, é verda-de, porque me descobri umanimal solitário nas viagenslongas e para cada vez maisdistante. Faz tempo desde oúltimo “fiu fiu”, mesmo por-que, com todo esse tempo, ficaridículo e já faz muito tempodesde muita coisa. É o proces-so e tentar revertê-lo pode serarriscado ou inócuo, como pin-tar os cabelos ou usar cremepara apagar rugas; melhor dei-xar a barba crescer. Desdeaquelas duas lágrimas escor-rendo pelo rosto do meu avômoribundo, perdi muita coisa,mas ganhei outras tantas.
Elas por elas e ainda hojealimento a esperança de algu-ma mudança nos velhos hábi-tos, como por exemplo, acei-tar perder amigos, queridos co-mo meu avô...
A.CAPIBARIBENETO [email protected]
FlávioTorreseKaiaCatunda