dicionario etimologico

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  • 1

    Etimologia de termos Morfolgicos

    Ricardo Santos Simes Joo Henrique Rodrigues Castello Giro

    Gisela Rodrigues da Silva Sasso

    Rinaldo Florencio da Silva Lus Garcia Alonso

    Sergio Ricardo Marques

    INTRODUO

    A medicina, como uma das mais antigas atividades do homem, desenvolveu uma lin-

    guagem prpria que, ao leigo, se afigura de difcil entendimento. Do mesmo modo, o estudante da

    rea biolgica se assusta no incio do curso devido a tantas palavras novas que deve aprender e

    tem dificuldades em memorizar. Isso ocorre principalmente no primeiro ano do curso onde tem que

    aprender os nomes das inmeras partes do corpo humano (Anatomia, Histologia e Embriologia)

    cujas palavras tm origem no grego e no latim. Para facilitar a memorizao e o aprendizado des-

    sa terminologia, que base de todo o aprendizado morfolgico, algumas noes sobre a forma-

    o das palavras que originaram tais termos so muito teis.

    Os nomes das estruturas como as conhecemos, na atualidade, advm principalmente

    dos estudos de antigos povos que derem inmeros nomes para a mesma estrutura. Para normati-

    zar esses nomes foi criada uma terminologia baseando-se principalmente no latim. Em conse-

    qncia, os termos biolgicos existentes foram trduzidos desse idioma para as vrias lnguas exis-

    tentes. Deve ser mencionar que a maioria dos termos de origem grega ou romana, que sofreram

    alteraes e que se mantiveram nas lnguas atuais. Nesse sentido temos vrias sociedades que

    se preocupam com a normatizao dos nomes das estruturas, de tal maneira que vrios congres-

    sos so realizados nesse sentido, visto que com a globalizao, h a necessidade de uniformizar

    essa linguagem, para que todos possam se comunicar.

    Os termos utlizados na morfologia tm a vantagem de expressar em poucas palavras

    fatos e conceitos que, de outro modo, demandariam locues e frases extensas. Cada termo utili-

    zado nas aulas de morfologia, tal como ocorre em outras reas do conhecimento humano, carac-

    teriza um objeto, indica uma ao ou representa a sntese de uma idia, ou de um fenmeno, as-

    sim como a definio de um processo, contendo em si, muitas vezes, verdadeira holofrase, cujo

    sentido est implcito na prpria palavra.

    Assim espero que este pequeno dicionrio etimolgico possa ajudar na memorizao de alguns

    termos utilizados no dia a dia.

    So Paulo, 14 de abril de 2014

  • 2

    Sumrio A..............................................................................................................................4

    B............................................................................................................................ 14 C............................................................................................................................ 17 D............................................................................................................................ 28 E............................................................................................................................ 31

    F............................................................................................................................ 37 G............................................................................................................................ 40 H........................................................................................................................... 43 I............................................................................................................................ 47

    J........................................................................................................................... 50 K............................................................................................................................ 50 L............................................................................................................................ 50 M............................................................................................................................ 53 N............................................................................................................................ 60 O............................................................................................................................ 62 P............................................................................................................................ 66 Q........................................................................................................................... 77

    R............................................................................................................................ 78 S........................................................................................................................... 81 T............................................................................................................................ 86 U............................................................................................................................ 90

    V........................................................................................................................... 91 X........................................................................................................................... 93 Z............................................................................................................................ 93 Formao dos Termos Mdicos

    Referncias Bilbiogrficas

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    A

    Abdome Origem incerta, talvez do latim Abdere, esconder. Existem outras provveis derivaes tais como do Latim Omentum, membrana rendada, Adps, gordura animal, Ab, longe, Domus, ca-bea. Em latim a palavra Omem significa tambm augrio, pressgio, estando associada prtica antiga de examinar as vsceras de animais para predizer o futuro.

    Abduo - do latim Ab, longe e Ducere = conduzir. Em anatomia refere-se ao afastamento de um membro do eixo do corpo, da linha mdia.

    Abducente do latim Ab, longe e Ducere, conduzir. Refere-se ao VI par de nervos enceflicos, que foi descrito por Bartolommeo Eustachio em 1564. Que inervando o msculo reto lateral do olho, abduz o bulbo do olho, desviando lateralmente o centro da pupila. O msculo reto lateral do olho j foi chamado de musculus amatorius (msculo dos amantes), porque sua ao produz o olhar de soslaio, nico permitido s donzelas apaixonadas dos sculaos passados.

    Abdutor do latim Ab, longe; Ducere, conduzir e Actor, agente.

    Aberrao do latim Ab(s), a partir, separao; Err(re), desviar, extraviar. Devio de um tipo nor-mal.

    Aberrante do latim Aberrare, extraviar-se, Ab, longe e Errare, vagar. Termo aplicado a um vaso ou nervo que esta fora do seu lugar habitual ou que sofreu desenvolvimento embriolgico diferente do esperado.

    Aborto do latim Ab com anomalia e Ortu(m) nascido. Interrupo de forma natural ou provocada do desenvolvimento do feto durante a gravidez. O tema oborto muito discutido pela sociedde Brasileira, no entanto, at o presente momento (2011) no Brasil considerado crime, exceto em duas situaes: de estupro e de risco de vida materno. A proposta de um Anteprojeto de Lei, que est tramitando no Congresso Nacional, alterando o Cdigo Penal, inclui uma terceira possibilida-de quando da constatao anomalias fetais.

    Absoro do latim Ab(s), a partir de; separao e Sorb(ere), sorver. Captao de substncias para a corrente sangunea.

    Acantcito do grego Akanth, espinha(o) e Kyto, clula. Clula que apresenta espinhos.

    Acfalo do grego A(n), sem, ausncia e Kephal, cabea. Que no tem cabea.

    Acelomado - do grego A(n), sem, ausncia e Koilo, oco, ventre e -ma, conjunto. Animal que no possui celoma.

    Acessrio do latim Accessorius, acessrio; Ascedere, por a mais, acrescentar. Termo utilizado para estruturas que so suplementares a outras, geralmente vasos, nervos ou ductos. O nome tanto pode significar que, embora nervo enceflico receba fibras de razes espinais ou tenha fun-o complementar do nervo vago.

    Acetbulo origem incerta. Talvez do latim Acetum, vinagre; e Abulum, pequena vasilha, gamela; Acceptabulum, pequeno recipiente. Na Roma antiga, a palavra era empregada para qualquer pe-queno recipiente de boca larga que ia mesa, como os de vinho ou vinagre. Tambm era uma medida de capacidade lquida, equivalente a uma xcara (moderna) de ch. Em Anatomia, designa o encaixe para a cabea do fmur. O termo j se encontra nas descries de Plnio e Celso. Rufo de feso afirma: o que os gregos chamam kotle, os romanos chamam acetabulum.

    Acidente do latim Ad, junto, Cad(ere)/-cid(ere), queda; Nte(m), que faz, que ocorre. Fato impre-visto ou doena que ocorre derrepente, tal como acidente vascular cerebral, ataque isqumico transitrio.

    Acidofilia do latim Acidum, cido, e do grego Philein, amar. As estruturas que reagem com um corante cido so chamadas acidfilas que significa ter afinidade por cidos.

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    cino do latim Acinus, uva, bago de uva. Um pequeno saco terminal nos pulmes ou numa glndula pluricelular, tal como no pncreas.

    Acme do grego Akme, ponta, extremo. Perodo de maior intensidade de uma doena.

    Acrocentrico do grego Acros, extremidade. Normalmente este termo utilizado para cromosso-mas que apresentam um centrmero localizado numa das extremidades. Seriam denominados de cromossomos acrocntricos.

    Acromtico do grego A, negao e Cromatos, cor. Sem cor. Pessoa que no consegue ver c-res. No entanto, em citologia existe este termo derivado da palavra grega Acros, extremidade. Neste ltimo sentido ambem refere-se ao fuso acromtico ou fuso mittico que uma estrutura celular efmera, constituda por microtbulos que permitem o deslocamento dos cromossomas durante a diviso celular.

    Acrmio do grego Akromion, extremidade do ombro, Akrs, extremo, Omos, ombro. O termo acromial parece ter sido introduzido por Franois Chaussier (1800).

    Acrossomo do grego Akro, extremo, ponta e Sm(a), cromossoma, corpsculo celular. Prolon-gao anterior do espermatozide que facilita a penetrao no ovcito.

    Actina do grego Aktn(), raio, com filamentos e n(a), substncia. Termo utilizado por Szent-Gyrgyi, em 1942, pelo aspecto filamentoso. uma protena constituinte dos filamentos finos ou microfilamentos, um dos componentes fundamentais do citoesqueleto das clulas eucariotas. Esta protena forma os microfilamentos finos (miofilamentos) presentes no sarcmero da clula muscu-lar.

    Acstico do grego Akustyks, auditivo, acstico e Akoamai, ouvir.

    Adamantoblasto do grego A-Damant, diamante, que no dominado e Blast(o), germe, forma celular imatura. Clula que produz e deposita o esmalte nos dentes.

    Adenina do grego Aden(), glndula e n(a), substncia qumica. Esta palavra foi introduzida por Kossel em 1885 para designar uma substncia presente no ncleo das clulas glandulares. uma base prica componente de nucletideos e de cidos nuclicos.

    Adeno prefixo que entra em numerosas palavras mdicas e que vem do grego Aden, glndula.

    Adenoblasto - do grego Aden, glndula e Blast, germe. Clula embrionria que origina o tecido glandular.

    Adenocarcinoma Do grego Aden, glndula, Karkinus, caranguejo, e Oma, tumor. Tumor maligno que se origina em um tecido glandular.

    Adenohipfise do grego Aden, glndula, Hypo, abaixo e Physis, sulco de crescimento. Esta pa-lavra foi criada por Berblinger em 1932.

    Adenide do grego Aden, glndula e Oidos, semelhante, forma de. O termo entra na designao de estruturas glandulares, ou linfides. Era tambm o nome antigo da prstata (glndula adenoi-dea).

    Adenoma do grego Aden, glndula e Oma tumor. Tumor benigno de origem glandular.

    Adenmero - do grego Aden, glndula e Mer(o), parte. Unidade estrutural do parnquima de uma glndula, seria a poro funcional do rgo.

    Adenosina - do grego Aden, glndula e n(a), substncia. Palavra criada por Levene e Jacobs em 1909 a partir da adenina e ribose. Substncia qumica que atua em inmeros processos celulares.

    Adenovirus do grego Aden(), glndula; Eid(s), que tem aspecto de e do latim Ur(us), vrus, veneno. Vrus de tamanho mediano (90 a 100 nm.), sem cpsual, de 16 lados, de DNA que cau-sam doenas respiratrias, gastroenteritis, conjuntivitis etc.

    Aderncia do latim Adherentia, adeso. Ad, perto de, e Hoerere, grudar.

    Adeso do latim Ad, para, e Hoerere, agarrar, grudar.

    Adipcito do latim Adipc, gordura e do grego Cytus, clula. So clulas responsveis pelo arma-zenamento de gordura no corpo humano. Cada clula adiposa armazena determinada quantidade de gordura. Estas clulas so capazes de armazenar gorduras at dez vezes o seu tamanho.

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    Quando ultrapassado o limite de armazenamento de uma clula adiposa criada uma nova c-lula no tecido adiposo. O tecido adiposo acompanha o desenvolvimento do ser humano durante toda a vida.

    Adiposo do latim Adiposus, de Adeps, gordura. Esta palavra foi inventada por tradutores das obras de Avicena, na idade mdia. A antiga palavra latina Adeps (banha, gordura animal) no se aplicava a espcie humana.

    dito do latim Aditus, acesso, entrada, Adire, ir para ou Ad, perto e Itus, marcha, ida. Na antiga casa romana, o Aditus era o local adjacente ao prtico, antes do Lavabum e do Vestibulum. Em termos militares, significava uma sada emergencial, uma retirada estratgica.

    Admirvel do latim Ad, perto e Mirabilis, maravilhoso. A rede admirvel o nome dado a um vaso sanguneo que se ramifica para formar um plexo e deste o sangue retirado atravs de um nico vaso eferente. Deve-se notar que um termo macroscpico, no se referindo a drenagem-sanguinea. J conhecida na Antiga Grcia, a idia de rede foi usada por Herfilo e Galeno. O ter-mo rede admirvel (rete mirabile) foi usado por inmeros anatomistas, atravs dos tempos, e de-signou vrios plexos sanguneos como o hipofisrio, o corideo (III ventrculo), e o crculo arterial do crebro (polgono de Willis). No entanto, durante muitos anos designou a rede arterial encon-trada no glomrulo renal. Atualmente esta rede, no glomrulo renal, denominada de sistema porta arterial.

    Adrenal do latim Ad, perto e Ren, rim. Termo usado por Aristteles para as glndulas situadas junto ao rim de ovelhas (na realidade, linfonodos artico-renais). No homem, estas glndulas fo-ram aparentemente descritas por Bartolommeo Eustchio, em 1563. O termo utilizado na nomina anatmica para essa glndula supra-renal.

    Adrenalina do latim Ad, ao lado de; Ren, rim, e a terminao Ina para indicar princpio ativo, substncia ativa, da glndula suprarrenal. Este termo foi criado pelos pesquisadores britnicos George Oliver (1841-1915) e Edward Sharpey-Schafer (1850-1935), os quais demonstraram, em 1895, que a injeo intravenosa do extrato de glndulas suprarrenais produzia contrao das art-rias, acelerao do ritmo cardaco e aumento da presso arterial. Nos Estados Unidos, em 1899, John Jacob Abel (1857-1938), da Johns Hopkins Medical School isolou a mesma substncia e denominou-a "epinefrina" do grego: epi, em cima, sobre + nephros, rim.

    Aduo do latim Ad, junto, Duc(ere), levar, conduzir e I-in(em) movimento. Movimento de levar um rgo, um determinado movimento (olhar) para o plano mediano, plano este que divide o corpo humano em duas partes imaginrias iguais.

    Adutor do latim Ad, perto; Ducere, conduzir e Actor, agente. Refere-se a qualquer msculo cuja ao aproxima o segmento do plano mediano do corpo.

    Adventcia do latim Ad, perto; Venire, vir. Originalmente este termo designava os cidados no romanos, estrangeiros ou brbaros. Mais tarde, a palavra foi usada em anatomia, para designar envoltrios externos que pareciam vir de tecidos vizinhos, como nas artrias.

    Aerbio do grego Aer, ar; Bio, vida. Este termo aplicado respirao onde se utiliza o oxig-nio para liberao de energia, ou seja, o ar necessrio para a vida.

    Aferente do latim Afferre, trazer para, Ad, perto e Ferre, trazer. Quer dizer o que leva para den-tro, ou junto de. Em anatomia e fisiologia refere-se ao movimento em direo a um centro de refe-rncia.

    Agenesia do grego A(n) no e Genne, que gera, que forma. Que no se forma.

    Aglutinao do latim Ad junto, Glt(en), cola, grudar e -tin(em), processo de. Agrupamento de partculas ou de clulas, como o que ocorre na coagulao do sangue.

    Agonista do grego Agn, combate e st(s), que faz. Aplica-se ao msculo que efetua um deter-minado movimiento, em oposio ao msculo antagonista.

    Agranulcito - do grego A(n)no, do latim Granum, gro, e do grego Kytos, clula. Clulas de ori-gem mielide normalmente presentes no sangue, cujo citoplasma no possui grnulos visveis ao microscpio de luz que atuam nos mecanismos de defesa corporal.

    Agua do latim Aqua(m), gua; no grego Hydor, gua. Sustncia formada pela combinaao de um tomo de oxgenio e dois de hidrognio, lquida, inodora, inspida e incolor. o componente

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    mais abundante da superfcie terrestre e, tambm o menos puro, forma a chuva, as fontes, os ros e os mares; parte constituinte de todos os organismos vivos.

    Agulha do latim Acu(m), agulha e Cula(m), pequena. No latim clssico parece como Acus, barra metlica que serve para perfurar.

    Alantoide do grego Allas, salsicha. Alantoide uma estrutura ligada parte posterior do intestino do embrio que armazena excretas, alm disso, permite trocas gasosas com o meio externo. Nos mamferos placentrios, as funes do alantoide e do saco vitelnico,so teri no incio do desen-volvimetno,a no entanto depois de certo tempo passam a ser executadas pela placenta. Razo pela qual, esses anexos tornam-se atrofiados nos mamiferos placentrios.

    Alar do latim, Alaris, alado e Ala, asa.

    Alba do latim Alba, que feminino de Albus, branco, claro. Entre os romanos a cor branca era tida como smbolo de pureza, bondade e justia. As togas dos senadores e cnsules (juzes) eram brancas.

    Albicans do latim Albus, branco, Albicare, ser branco.

    Albino - do latim Albus, branco e a terminao Um, uma, que faz, que torna. Pessoas que tem ausncia de pigmentao na pele.

    Albugnea do latim, Albugo, brancura. O termo significa semelhante cor da casca do ovo cozi-do. Esta palavra no existia no latim antigo e foi concebida por Averres e Avicena, para nomear o humor vtreo do olho. Kaspar Bartholin, no sculo XVII, introduziu a palavra para nomear os envol-trios das gnadas, em especial do testculo.

    Albumm do latim Albumen, clara de ovo.

    Albumina do latim Albumen, clara de ovo.

    Ala do latim Ansa, ala de sandlia, orifcio de passagem para uma corda. D nome a nervos em forma de ala ou arco. Tambem denomina a ala de Henle no rim, devido a formar um arco.

    lcool do rabe El, Al + Ko'l, p de antimnio. O significado original do termo ainda se mantm no arabe, p de antimnio para maquiagem. No entanto, passou a ser utilizado para designar qualquer p obtido pela sublimao e, em seguida, de qualquer lquido obtido por destilao e especialmente do lcool. A introduo deste termo nas lnguas europias foi feita atravs do es-panhol, em um documento datado de 1254. Atualmente representa cada um dos compostos org-nicos que contm um grupo hidroxila ligado a um radical aliftico ou seus derivados.

    Aldeido lexema das palavras 'alcohol deshidrogenado'. Alcol desidrogenado.

    Aldosterona origem do lexema 'alcool desidrogenado e do grego Ster-ona, hormnio esteride. Hormnio sintetizado na zona glomerulosa da supra-renal relacionado com o equilbrio do sal no corpo.

    Alelo do grego All(o), outro, diferente. Cada um dos genes de um par que coupam o mesmo lugar em um dos cromossomos homlogos.

    Alrgeno do grego All(o), outro, diferente; Erg(on), trabalho, funo e Gen, que gera. Substncia que ao ser introduzida no organismo, o sensibiliza para o aparecimento dos fenmenos de alergia.

    Alergia do grego Allos, outro e, Ergon, trabalho. Esta palavra foi criada em 1906 por Pirquet.

    Algesia - do grego Alg, dor.

    Alimentao do latim Ale(re), alimentar e Mentu(m), que faz.

    lveo do latim, Alveus, pequena cavidade.

    Alvolo do latim Alveolus, diminutivo de Alveus, pequena cavidade ou rgo oco. Designava qualquer objeto pequeno com forma arredondada, escavada ou em forma de um Erlenmeyer. Foi utilizada pela primeira vez em anatomia por Veslio, para denominar as cavidades dos dentes. Somente em 1846 Rossignol usou-a para designar vesculas pulmonares. No entanto tambem utilizado para designar pores das glndulas secretoras, tal como mama.

  • 7

    Amcrina do grego A(n), negao, no; Makr(o), grande. Interneurnios presentes na retina que possuem axnios muito pequenos, tanto que foram descritos inicialmente como neurnios despro-vidos de axnios.

    Amebide do grego Amoib(), esta palavra apresenta dois significados pode ser: troca ou no sentido cientifico ameba; Eid(s), tem aspecto de, parecido com. Que se parece com uma ameba ao se deslocar.

    Amelia do grego A(n), negao, no; Mel(o), membro. Ausncia de membro.

    Ameloblasto do grego Amel, esmalte e Blasto, germe. Este termo foi cria pelo ingls Eames em 1882 para designar a clula epitelial de forma colunar ou prismtica que secreta o esmalte nos dentes.

    Amenorria - do grego A(n), negao, no; Men, menstruaes; Rho, fluxo. Ausncia regular da menstruao.

    Amidgalide do grego Amygdal, amndoa e Oids, forma de. D nome a um dos ncleos da base do crebro, com forma de amndoa, junto cauda do ncleo caudado. Em latim, o corres-pondente Tonsilla.

    Amielnico do grego A(n), sem; Myel(o) medula e n(a), substncia qumica. Refere-se a axnios que no apresentam bainha de mielina.

    Amigdala do grego, Amygdal, amndoa. O termo apareceu com os tradutores de Avicena, para designar estruturas semelhantes a amndoas.

    Amina do egpcio Amn, divinidade egpcia denominada de Amon. Do grego Ammniak(o), do deus Amn, produto oriundo da Libia que era o sal de amonaco. Substncia derivada do amonia-co.

    Aminocido do grego Am-n(a), e do latim Acid, cido. Molcula que contm um grupo carboxila e amina lives. As protenas so formadas pela unio de aminocidos.

    Amitose do grego A(n), no; Mit(o), fio e -sis, processo. Diviso da clula sem que se observe a condensa dos cromossomas.

    Amniocentese do grego do grego Amnio, membrana de feto; Kent--sis, perfurao. Puno do mnio para obteno do lquido amnitico.

    mnion do grego Amnio, membrana de feto. mnion uma membrana que constitui a bolsa amnitica o qual envolve e protege o embrio. Derivada da somatopleura, que a combinao do ectoderma com o mesoderma. Tem a funo de produzir o lquido amnitico que protege o embri-o contra choques mecnicos e dessecao, mantm a temperatura do corpo e permite a movi-mentao do embrio.

    Amorfo (a) do grego A, sem, e Morphe, forma. Estrutura que no tem forma definida. Em Histo-logia a substncia amorfa localiza-se etre as clulas sendo formada principalmente por gua, po-lissacardeos e protenas. Pode assumir consistncia rgida, como por exemplo, no tecido sseo; e lquida, como no plasma sanguneo.

    Ampola Origem incerta. Provavelmente do latim Ampulla, vaso, frasco. Tambm existem as pos-sveis derivaes do grego Ambullo, eu despejo, ou latim Ambo, os dois lados, ou do latim Olla, frasco arredondado, ou ainda segundo Joseph Hyrtl do latim Ampla, grande e Bulla, bolha, peque-no saco inflvel. Alguns autores alegam que Ampulla a forma corrupta e adaptada do grego Am-phoreis, nfora, jarro globoso com duas alas. Esta palavra pode ter sido composta do grego Am-phi, ambos os lados e Pherein, levar, carregar, em referncia s duas alas do vaso. Em anatomi-a, o termo usado para designar dilataes terminais de ductos (deferente, lactfero, pancretico, tuba uterina) ou expanses globosas do reto.

    Anabolismo do grego An, , para cima; Bol, troca e Ismos, processo, estado. Conjunto de reaes metablicas que levam a sntese de compostos orgnicos complexos a partir de outros mais simples, com gasto de energia.

    Anaerbio - do grego do grego Ana, para trs; Aer, ar. Organismo que vive na ausncia de oxi-gnio livre (gasoso ou dissolvido).

  • 8

    Anfase do grego Ana, para trs, Phasis, fase. Fase da diviso celular (mitose ou meiose), que sucede a metfase durante a qual as cromtides (constituintes dos cromosomas) que, durante as fases precedentes, estavam reunidas pelo centrmero, separam-se devido ao desdobramento deste. Os cromosomas filhos formados dirigem-se ento para os dois plos opostos (para trs) do fuso acromtico.

    Anafilaxia do grego Ana, para trs, para cima e Phylaxis, proteo. Em Histologia o termo anafi-laxia refere-se a uma reao alrgica sistmica, que ocorre aps exposio a uma determinada substncia j conhecida pelo organismo. O choque anafiltico uma reao to intensa ao alr-geno (substncia estranha ao corpo) que leva a falncia de alguns rgos inclusive a bito (em vez de proteger, lesa o organismo).

    Angeno do grego An, para cima e Gen, o que gera. Fase de crescimento do pelo.

    Anal do latim Annalis, relativo a nus.

    Anaplasia do grego Ana, para trs, e Plas(), formao celular. Perda da diferenciao estrutu-ral e funcional de uma clula normal, o que uma das caractersticas das clulas tumorais.

    Anastomose do grego Ana, atravs de, e Stoma, boca, entrada. Ligao por meio de uma boca. A primeira meno das junes tubulares boca a boca foi utilizada por Erasstrato, que utilizou o termo sinanastomosis para se referir as pretensas junes artrio-venosas. Deve-se preferir utili-zar esse termo em relao aos vasos sanguneos.

    Anatomia do grego Anatomichs, cortado, dissecado, Ana, atravs de, Temo, cortar e Anatome, Corte, seco. As primeiras disseces anatmicas para fins cientficos parecem ter sido realiza-das pelos gregos. Hipcrates, Erasstrato e Herfilo tornaram a anatomia um dos campos de estu-do da medicina. Andr Veslios considerado o pai da anatomia moderna devido ao magnfico livro De Humani Corporis Fbrica. Inicialmente considerada apenas uma tcnica para estudar o corpo humano, a anatomia logo passou a designar o mtodo e finalmente a cincia geral da estru-tura.

    Ancneo do grego Ankon, ngulo, acotovelamento. Designa qualquer estrutura relacionada regio do cotovelo.

    Andrgeno do grego Andro, macho e Gen, que gera. Termo genrico para os hormnios sexuais masculinos.

    Andropausa - do grego Andro, macho e Pau, Cesar, parar. Representaria o climatrio masculino. Este termo foi criado 1952 na frana baseado no termo menopausa que normalmente utilizado em relao parada da menstruao nas mulheres. No entanto nos homens no desaparecem os carateres sexuais masculinos.

    Anel do latim Annulus, anel. Do adereo derivou o nome do prprio dedo que o levava (o 4 de-do direito). Digitus annularis (dedo anular). O costume de levar-se o anel neste dedo, j aparecia entre os gregos, devido crena errnea de que havia um vaso (Vena moris) que, partindo dele, ia direto ao corao.

    Anencefalia do grego An, sem, Enkephalos, encfalo. A anencefalia consiste em malformao do tubo neural acontecida entre o 16 e o 26 dia de gestao, caracterizada pela ausncia parcial do encfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural durante a formao embrionria. Esta a malformao fetal mais freqentemente relatada pela medicina.

    Aneuploide - do grego A(n), sem, privao; Eu, normal; Plo, multiplicado; Eid(s), forma, aspecto de. Clulas oo indivduos cujo nmero de cromossomas no um multiplo exato do nmero ha-plide que caracterstico da espcie.

    Aneuploidia do grego A, no; Ploos, dobra; Eidos, forma. Quando a clula apresenta um numero de cromosomas maior do que o normal, porm no mltiplo deles, e menor do que o nmero di-plide.

    Aneurisma do grego Ana, atravs, parte de e Eurys, grande, largo. Aneurisma uma patologia provocada pela dilatao segmentar, de formato varivel, de uma parte do vaso, geralmente arte-rial (artria) ou menos freqentemente venoso (veia).

    Anexo do latim Annexus, unido, ligado, e Annectere, unir, ligar. Designa apndices ou part4es acessrias de rgos, ligadas ou unidas a eles. Anexos do tero so os rgos ligados ao tero.

  • 9

    Angiogenese - do grego Aggion, vaso, e Gnesis, produo. um termo usado para descrever o mecanismo de crescimento de novos vasos sanguneos a partir dos j existentes.

    Anisocitose do grego A(n), sem, privao; Iso, igual, Kyto, clula e -sis, processo patolgico. Variao anormal do tamanho das clulas, especialmente das hemcias.

    Anoikis - do grego A(n), sem, privao; Noikis, teto, moradia. Em outras palavras, anoikis defini-do como um tipo de apoptose que induzida pela insuficincia ou inadequada interao clula-matriz. Clulas normais quando perdem a interao com sua matriz recebem sinais para iniciar o processo de apoptose. Tipo especfico de apoptose.

    Anmalo do grego An, no e Homo, igual. Significa no igual, estranho.

    Antagonista do grego Ant, contra, frente a, Agon, combate e st(s), que faz. Diz-se de mscu-los de uma determinada regio que fazem movimento contrrio.

    Antebrao do latim Ante, diante de, antes, e Brachium, brao.

    Antlice do grego Anti, oposto a e Elix, espiralado, Eileo, enrolar. Aristteles apenas nomeava o lbulo da orelha externa. Rufo de feso foi o primeiro a descrever outras partes do pavilho da orelha externa, como hlice e antlice.

    Anterior do latim Anterior, mais frente; Ante, frente. Significa o que est antes ou vem em pri-meiro de uma srie.

    Anticoagulante do grego Anti, contra e, do latim Coagulans, coagulante. Anticoagulantes so substncias usadas para prevenir a formao de trombos sanguneos, ou seja, a coagulao san-guinea.

    Anticorpo do grego Anti, contra e, do latim Corpora, corpo. Anticorpos ou imunoglobulinas so glicoprotenas sintetizadas por clulas (linfcitos T ou plasmcitos - derivados dos linfcitos B) que atacam protenas estranhas ao corpo, chamadas de antgenos, realizando assim a defesa do or-ganismo.

    Antgeno do grego Anti, contra e Gennao, eu produzo. Etimologicamente deveria significar con-tra a concepco, mas o radical Anti ai uma forma abreviada de Anticorpos e, assim, Antgeno um gerador de anticorpos. Antgeno toda partcula ou molcula capaz de iniciar uma resposta imunolgica, provinda do meio exterior ou do prprio organismo.

    Antmero do grego Anti, contra e Meros, parte. Uma das vrias partes similares ou equivalentes em que um animal de simetria bilateral ou radial pode ser dividido.

    Antiporte do grego Ant, contra, frente a e Port, transportar. Protena de membrana que transpor-ta um soluto atravs de uma membrana que depende de um transporte simultneo de outro soluto na direo oposta.

    Antitrago do grego Anti, oposto e Tragos, bode, cabra. Parte do pavilho da orelha externa opos-ta ao trago.

    Antro do grego ntron e do latim Antrum, cavidade, espao oco, caverna. No confundir com Atrium ou Aditus que eram compartimentos da casa romana. A palavra em portugus tem sentido de covil, refugio de ladres, salteadores, porque em Roma antiga os malfeitores abrigavam-se em cavernas, que eram sempre mal afamadas.

    nulo do latim Annulus, anel.

    nus do latim Annulus, anel. Alguns etimologistas alegam ser a palavra derivada da forma popu-lar de Annulus, que era Annus, que significava ano (tempo). Celso foi o primeiro a utilizar o termo em Anatomia. No latim vulgar, Annus era o termo pejorativo para mulher velha, por causa da aparncia enrrugadada da pele ao redor dos lbios (semelhantes s pregas anais) ou porque as marcas do tempo (anos) eram nelas mais evidentes.

    Aorta do grego Aaeirein, levantar ou ser levantado. A origem deste termo ainda incerta, pois pode ter sido derivado do Grego Aortemai, suspenso, Era, ar, Tereo, eu tenho ou ainda Aorts, faca de cabo curto e curvo usado pelos povos macednios. No sentido anatmico este termo foi usado inicialmente por Aristteles. o nome dado ao principal tronco arterial do sistema circulat-rio do qual se derivam todas as artrias do organismo. A aorta se inicia no corao, na base do ventrculo esquerdo, e termina altura da quarta vrtebra lombar, onde se divide nas artrias ila-cas comuns.

  • 10

    Aparelho do latim Apparatus, preparao, apetrecho, mquina. Utilizado inicialmente para desig-nar apenas um conjunto ou uma coleo de instrumentos para determinado fim, passou depois a nomear estruturas ou rgos com a mesma finalidade. Tem como sinnimo o termo grego Syste-ma. No entanto em anatomia sistema no sinnimo de aparelho, pois este ltimo abrange um conjunto de rgos e estruturas que atuam em combinao para realizar uma funo, assm po-demos designar aparelho genito-urinrio abrangendo os sistemas reprodutores masculino ou fe-minino e o sistema urinrio.

    Apndice do latim Appendix, o que pende, balana, Appendere, suspender.

    Apical - do latim Apicis, Apex, ponta. Relativo a uma ponta ou vrtice; localizado numa extremida-de.

    pice do latim Apex, ponta.

    Apcrina do grego Apo, proveniente de, e Krynos, secreo. So denominadas glndulas ap-crinas aquelas cuja secreo apresenta parte das clulas que a fabricaram, ou seja, parte das clulas eliminada juntamente com o produto secretrio. Alguns autores acreditam que essas glndulas so na realidade glndulas mercrinas, no entanto, a maioria dos livros de histologia ainda referem a presena dessas glndulas, tais como as glndulas mamarias, axilares e peria-nais.

    Apfise do grego Apo, a partir de, e Physis, zona de crescimento. Este termo foi craido por Hipo-crates para designar no sculo V a.C para designar uma excrescncia, crescimento ou parte sali-ente do osso para articulao ou insero muscular.

    Aponeurose do grego, Ap, sobre, de e Neuron, cordo, fibra. O termo Neuron antigamente de-signava qualquer estrutura cilndrica fibrosa, lisa e deslizante. Aribsio foi o primeiro a definir apo-neurosis como uma lmina fibrosa e fina.

    Apoptose do grego Ptoses, queda ato de cair. Assim como as ptalas das flores e as folhas das rvores no outono. Conhecida como "morte celular programada (a definio correta "morte celu-lar no seguida de autlise) um tipo de "autodestruio celular" que ocorre de forma ordenada e demanda energia para a sua execuo (diferentemente da necrose). Est relacionada com a ma-nuteno da homeostase e com a regulao fisiolgica do tamanho dos tecidos, mas pode tam-bm ser causada por um estmulo patolgico (como a leso ao DNA celular). O termo derivado do grego, que se referia queda das folhas das rvores no outono - um exemplo de morte pro-gramada fisiolgica e apropriada que tambm implica renovao.

    Aqueduto do latim Aqua, gua, Ductus, conduo, Ducere, conduzir, guiar. Em anatomia o termo utilizado para uma passagem atravs de certa estrutura para conduzir liquido claro. Na Roma antiga os aquedutos eram engenhosos projetos de transporte de gua potvel, de especial impor-tncia para o suprimento de banhos e decisivos para higiene pblica. Eram grandes extenses de encanamentos elevados que traziam gua de rios vizinhos. Em anatomia o termo usado para uma passagem atravs de certa estrutura, geralmente com a finalidade de conduzir lquido claro.

    Aquiles Nome prprio (Grego). A expresso calcanhar de Aquiles, em sentido geral, significa ponto vulnervel. Em Anatomia designava o tendo calcneo. Na mitologia Grega, Aquiles foi mergulhado nas guas do rio Estige seguro pelo calcanhar. Esse banho tornou seu corpo invulne-rvel a qualquer arma de ataque, no entanto, a parte no banhada ficou vulnervel. O termo foi primeiramente utilizado em anatomia por Phillipe Verheyen em 1693, Belga. Esse anatomista teve um acidente na juventude o que ocasionou uma amputao do p e tal fato inclinou-o a estudar medicina e a se tornar anatomista. Foi professor de Anatomia (1689), depois de Cirurgia (1693) e segundo a lenda dissecou o prprio p amputado. No fim da vida tornou-se telogo.

    Aquoso do latim Aquosus, aquoso, mido.

    Aracnide do grego Arachn, aranha, ou sua teia, e Eidos, semelhante. O termo foi aplicado meninge entre a dura-mter e a pia-mter em 1664, por Fredeick Ruysch, anatomista holands.

    Arciforme do latim Arcus, arco e Formis, forma de. Em Histologia descreve-se na supra-renal a zona arciforme, ou seja, as clulas dessa regio se dispem em cordes que formam arcos, logo abaixo da cpsula.

    Arco do latim Arcus, arco.

  • 11

    Arola do latim rea, espao, como o sufixo diminutivo Ola. Aplica-se este termo em medicina especialmente ao espao ao redor dos mamilos dos seios. O termo foi introduzido em Anatomia por caspar Bauhin, em 1605, para designar a rea pigmentada ao redor da papila mamria (mami-lo).

    Argirofilia do grego rgyros, prata e Philia, amor, amigo. Substncias que so reveladas ou iden-tificadas pela prata. Em Histologia temos as fibras reticulares que so impregnagas pela prata. Na realidade essas fibras so colgeno tipo III.

    Aritenideo do grego Arytaina, jarro, copo e Oids forma de. Devido a semelhana do adito da laringe de animais com um jarro, foi dado o nome ao conjunto das cartilagens aritenideas e ao ligamento interaritenideo. Foi o anatomista Jean Riolan quem introduziu este termo, utilizando-o inclusive para os msculos associados quelas cartilagens.

    Arqueado do latim Arcuatus, arqueado, curvado como um arco. Foi James Douglas quem a des-creveu num trabalho sobre peritnio.

    Arquencfalo do grego Arkh, comeo, elemento inicial e EnKephal(o), interior da cabea. Termo utilizado em neuroanatomia e na formao do sistema nervoso. No arquencfalo distinguem-se inicialmente trs dilataes, que so as vesculas enceflicas primordiais denominadas: prosenc-falo, mesencfalo e rombencfalo. Com o subseqente desenvolvimento do embrio, o prosenc-falo d origem a duas vesculas, telencfalo e diencfalo.

    Artria do grego Era, ar e Terein, conservar, guardar. Os gregos antigos acreditavam que as artrias conduziam o ar. Hipcrates chamava artria traquia e rvore bronquial e flebos aos vasos sanguneos, pois os anatomistas gregos antigos acreditavam que as artrias continham ar e as veias, o sangue, pelo fato de que s dissecaes, aqueles vasos mostravam-se vazios. Somen-te no sculo XVII, os trabalhos de Miguel Servetto, Realdo Colombo, Fabrizzio D`cquapendente e William Harvey demonstraram claramente a circulao sangunea nas artrias.

    Arterola do latim Arteriola, diminutivo de Artria. As arterolas so vasos sanguneos de dimen-so pequena que resultam de ramificaes das artrias. Atravs das artrias o sangue libertado para os capilares. Regulam principalmente a resistncia ao fluxo sanguineo, e, portanto, a presso sangunea perifrica.

    Arteriosclerose do grego Era, ar; Terein, conservar; Skleros, duro, e Ose, estado. Endurecimento dos tubos que conduzem ar ou artrias.

    Articulao do latim Articulatio, n, juno e Arctus, ajustado, apertado.

    Artrologia do grego Arthron, juno e Logos, estudo.

    rvore do latim Arbor, rvore.

    rvore da vida do latim rbor, rvore e Vitae, da vida. No sculo XVIII, o leo de cedro era usa-do como blsamo e por isso esta rvore ficou conhecida como rvore da vida. Winslow, em 1740, deu o nome de arbor vitae cerebelli substncia branca do cerebelo, vista em corte sagital, pela semelhana com a fronde deste vegetal (Thuya occidentalis).

    Ascendente do latim Ascendere, subir elevar.

    Assexual do grego An, no e do latim Sexum, sexo. Diz-se da reproduo que no h unio sexual. Este termo tambm utilizado em relao a pessoa que no sente atrao sexual.

    ster do grego Aster, estrela. As fibras do ster so microtbulos proticos presentes ao redor dos centrolos.

    Astrlago do grego Astrgalos, dado de jogo. O mesmo que tlus. Os soldados romanos fabrica-vam seus dados a partir do osso de calcanhar de cavalos, o qual denominavam de taxillus, mais tarde abreviado para talus. A palavra talus sinnimo de astrlago nanomenclatura anatmica.

    Astrcito do grego stron, astro, estrela e Kyto, clula. Clula da neuroglia de origem ectodrmi-ca com prolongamentos citoplsmicos fibrosos que lhe do o aspecto de uma estrela.

    Astroglia - do grego stron, astro e Glia, cola. Conjunto de clulas com aspecto estrelado presen-tes na gla nervosa (neuroglia).

    Atlas do grego Atlas, eu sustento. Gigante mitolgico de fora descomunal, filho de Ipeto e Climene, que aps a derrota dos Tits para os Deuses foi condenado, por Jpiter, a sustentar o

  • 12

    mundo nos ombros, sendo esta a imagem do Tit que esta perpetrada por muitos escultores. Na anatomia nomeia a primeira vrtebra cervical que, por analogia sustenta a cabea. Galeno cha-mava esta vrtebra de Protospondio (do grego Protos, primeiro e Spondylos, espinha, vrtebra). Foi apenas na poca de Veslio (1540) que se passou a denominar Atlas a primeira vrtebra cer-vical.

    Atrio do latim Atrium, sala ntima. Grande aposento central da casa romana com a lareira (lar) num dos cantos e um tanque de mrmore (impluvium) no outro, sobre o qual havia uma abertura que captava gua da chuva. Este aposento no apresentava janelas e apenas um orifcio no teto para escape da fumaa. Os anatomistas devem ter dado este nome devido ao fato da cmara cardaca ser de grande dimenso e ter a presena da veia cava superior, como se fosse uma chamin.

    Atrofia do grego A, privativo e Trophe, nutrio. Insuficicia de nutrio, que se caracteriza por desgaste ou diminuio de clulas, tecidos, rgo ou estruturas do corpo. A atrofia uma forma de resposta adaptativa da clula a novas condies impostas pelo organismo. Ela consiste na reduo do tamanho celular resultante da perda de protenas e outros materiais celulares (assim como de organelas), a reduo das clulas se reflete tambm na reduo do tecido ou rgo afe-tado.

    Audio do latim Audiere, ouvir.

    Aurcula do latim Auricula, diminutivo de Auris, orelha externa. Significava o lbulo do pavilho da orelha externa. As aurculas dos trios do corao foram assim denominadas por Erasstrato, pela semelhana com as orelhas de um co.

    Autcrino do grego Aut(o), que atua por si mesmo ou sobre si mesmo e Krin, segregar. So substncias que exercem atividade sobre a mesma clula pela qual tem sido secretada.

    Autofagia - do grego Aut(o), que atua por si mesmo ou sobre si mesmo e Phagia, ao de comer. Mecanismo utilizado pelas clulas eucariotas para degradar seus proprios componentes visando normalmente a renovao citoplasmtica, no entanto, em alguns casos pode ocorrer autofagia ocasionando morte celular.

    Autlise - do grego Autos, prprio, por si mesmo e Lise, quebra, destruio. A autlise ou citlise o processo pelo qual uma clula se autodestri espontaneamente. comum em clulas danifica-das ou em tecido morrendo.

    Autnomo do grego Autos, prprio, mesmo e Nmos, regra, lei. Galeno foi o primeiro a sugerir este termo aplicando-o ao sistema nervoso.

    Autopsia - do grego Autos, prprio + Psia, exame, observar. A verdade a melhor traduo "ob-servar com os prprios olhos", ou seja, no um exame "em si mesmo" mas "por si mesmo". Con-forme o mesmo dicionrio sinnimo perfeito de necrpsia. H quem diga que o termo autpsia deveria ser empregado para o exame em humanos e necrpsia o exame em animais. Erronea-mente usado por alguns como autopsia si prprio, exame). A palavra que deveria ser utilizada deveria ser necropsia (nekros, morto e psia, exame), refere-se dissecao de um cadver, com diversos fins: educativos, ou de medicina forense, em que se pretende determinar as causas da morte. So exames realizados em cadveres para esclarecer prticas criminosas, diagnsticos de finalidade da sade ou clnica, tipos: a) Necropsia mdico legal; b) Necropsia mdico patolgica. Alguns autores referem que o termo foi introduzido por Vesalius visto que ele mesmo comeou a realizar o estudo dos cadveres e no mais os barbeiros da poca.

    Autossomas - do grego Autos, prpria, prprio, e Soma, Corpo. Conjunto de cormosomas que esto presentes em todas as clulas de um organismo, que no so sexuais.

    Autotrfo - do grego Autos, prpria, prprio e Trophos, alimentar. Ser capaz de sintetizar compos-tos orgnicos diretamente de compostos inorgnicos; ser vivo que fabrica o prprio alimento.

    Axila do latim, Axilla, cavo do brao, talvez por composio de Axis, eixo e Alla, asa.

    Axis do latim Axis, eixo e do grego Axon, eixo ou Ago, eu carrego. Hipcrates chamava a vrte-bra de odonta, por causa de seu processo e Galeno denominava-a de dentiformis. Celso parece ter sido o primeiro a designar a segunda vrtebra cervical por este nome, pelo fato da primeira girar sobre ela com em um eixo. At a poca de Veslio (1540) apenas o processo odontide (ou dente) desta vrtebra era chamado de axis, por sua semelhana a um piv. Pollux chamou-a inteiramente de axis e veslio confirmou este nome para todo o osso.

  • 13

    Axodendrito do grego Ax(o), eixo, Dendr(o), arborizao e t(s) elemento anatmico. Cada uma das fibrilas laterales do cilindroeixo de uma clula nervosa. No entanto este termo utilzado nor-malmente para designar sinapse entre um axnio e dendrito.

    Axolema - do latim Axis, ou do grego xon, eixo e Lemma, membrana fina. Membrana que cobre o axnio.

    Axonema - do latim Axis, ou do grego xon, eixo e N-m(a), hilo. Feixe de microtbulos e prote-nas associadas que formam o eixo central de um clio ou de um flagelo nas clulas eucariotas. Este termo foi introduzido por Entz (1901) na inglaterrra.

    Axnio do latim Axis, ou do grego xon, eixo. O axnio uma projeo, longa e fina de uma clula nervosa (neurnio), que conduz os impulsos eltricos para longe do corpo do neurnio.

    Axoplasma do grego xon, eixo e do latim Plasma, criatura ou do grego Plsm(a), lquido consti-tunte. Citoplasma do axnio de uma clula nervosa.

    zigos do grego A, sem, privado de e Zygos, par, casal. Aplica-se a todo rgo mpar. Portanto significa mpar, nico. D nome a uma veia parietal torcica posterior, direita, que parece rece-ber todo o sangue das paredes do trax. A inteno do nome ficou prejudicada quando Albrecht Von Haller chamou de hemizigos veia correspondente esquerda que, entretanto, no lhe igual (par).

    B Bao do latim Opacius ou Opacus, opaco, escuro, sem brilho. Em latim, a palavra para este r-go era Lien, no Grego Splien, bao, mas a lngua portuguesa no a adotou. No se sabe ao certo talvez a pavra bao possa ser derivada do latim Badium, "moreno plido". O adjetivo bao, em portugus, sinnimo formal de opaco e da as palavras embaado ou embaciado (que no se deixa atingir o atravessar pela luz). A designao do rgo abdominal provavelmente originou-se da sua colorao ou mesmo da sua posio. Na histria da medicina o bao sempre constituiu um desafio curiosidade dos investigadores que buscavam compreender a sua funo no organismo. A teoria dos humores da medicina hipocrtica, que orientou o pensamento mdico durante mais de vinte sculos, atribua-lhe a funo de produzir a bile negra, um dos quatro humores do corpo, de cujo equilbrio dependeria a sade. O excesso de bile negra seria responsvel pelo "mau hu-mor" das pessoas.

    Bainha do latim Vagina, qualquer bainha ou estojo, como da espada.

    Blsamo do grego e designa uma rvore Balsamodendron Opobalsamum que produz um leo ou azeite aromtico e medicinal. Este termo passou para o latim como Balsamum.

    Barba do latim Barba, barba. Na antiga Roma, o barbeiro era chamado de Barbatensius. Na idade mdia, os barbatensius, no tinham formao acadmica, eram treinados para executar atos considerados abominveis para o mdico formado (sangrias, drenagem de abcessos) e barbear os frades e monges, proibidos de deixar crescer a barba por um decreto papal de 1092. Na Ingla-terra, somente e, 1745, os barbeiros foram separados dos cirurgies, que passaram a ter forma-o acadmica. O que equivalente grego Plon.

    Barorreceptor - do grego Bar(y), pesado, grave, O do grego e do latim Re, para tras, repetio, com intensidade, Cp (latim), colher, receber e Tr(em), tambm do latim, que faz. um receptor sensorial que monitoriza as alteraes na presso sangunea. Esses receptores esto localizados em artrias sistmicas (seios artico e carotdeo). Ativao do reflexo barorreceptor reduz a fre-qncia cardaca e provoca vasodilatao.

    Basal - do grego Bsis, apoio, fundao.

    Base do grego Bsis, apoio, fundao.

    Basilar do grego Bsilon, apoiado, sustentado. Termo sugerido por Barclay, designando em direo base do crnio. A idia do crnio, com base e paredes foi introduzida por Avicena.

  • 14

    Baslica do grego Basil, Rei, ou seja, Basilike, principal. No entanto a veia verio do vocbulo rabe Al-basilik, veia interna. O termo vena baslica era desconhecido dos antigos anatomistas. Na Grcia antiga, esta veia era chamada por Hipcrate endo flebos (veia interna) e por Galeno de ankonos flebos endos (veia interna do cotovelo). Os mdicos gregos faziam a sangria na veia ba-slica direita para as doenas do fgado (flebos hepatitis) e na esquerda para as do bao (flebos splenitis). O nome atual foi dado por Avicena, veia superficial do antebrao e brao, que perma-nece como sendo um dos principais pontos de sangria ou puno.

    Bsio do grego Bsis, base, apoio, fundao.

    Basfilo do grego Basis, base, e Philein, amar. Que recebe bem os corantes bsicos. Dis-se de clula ou parte dela que se cora por corantes basfilos.

    Bastonete do francs Baston, em forma de basto pequeno. Em histologia so clulas em forma de basto na retina, que conseguem funcionar com baixos nveis de luminosidade, porm incapa-zes de identificar cores.

    Bexiga do latim Vesica, bexiga ou vescula. O equivalente grego Kystis. A origem da palavra bexiga interessante, de Vesica, passou a vexiga e depois a boxiganga que era o nome de um personagem cmico do teatro espanhol. Depois vieram mogiganga, bogiganga e finalmente bugi-ganga. Por um tempo, a palavra designou festa com pessoas disfaradas ou pea de teatro cmica, curta. Depois passou a designar qualquer objeto usado para debochar de algum e, fi-nalmente, se assentou querendo dizer objeto de pouco valor. Estes personagens usavam bexi-gas de animal infladas debaixo da roupa (no tinham ainda inventado os bales), as quais iam sendo estouradas ao longo da pea e fazendo diminuir o tamanho da figura. A palavra grega Kys-tis, com o sentido de bexiga, j encontrado na Ilada de Homero.

    Bceps do latim Bis, dois, duplo e Caput, cabea. Denominao de msculos que tm origem em dois ventres separados. Em especial, os msculos bceps do brao e bceps da coxa.

    Bicondilar do latim Bis, duplo, dois e do grego Kndylos, juno, n.

    Bifurcao do latim Bis, dois, duplo e Furca, frca, forcado de dois dentes. A frca romana, origi-nalmente, era dupla, em forma de T, isto , tinha dois braos.

    Bigorna do latim Incus, bigorna e Incudere, golpear, malhar, forjar. Andr Veslio foi o primeiro que notou a semelhana de forma dos ossculos da audio com os instrumentos do ferreiro e assim os denominou.

    Bili (e) do latim Bl(is), bile, bili, fel. Sustncia lquida alcalina amarilada produzida pelo fgado de muitos vertebrados. Interviem nos processos de digesto funcionando como emulsionante dos cidos graxos. Contm sais biliares, protenas, colesterol e hormnios. No contm enzimas diges-tivas.

    Bilfero do latim, Blis, bile e Ferus, que transporta. A palavra blis pode derivar de Bis, dois, du-plo e Lis, conteno, significando dupla causa de raiva, porque os antigos acreditavam que a reteno da bile provocava nimo raivoso, da o adjetivo colrico. Em latim, o termo Fel era mais usado para a bile armazenada na vescula biliar, enquanto Blis era usada para a secreo. At o sculo XVII, o termo blis era frequentemente substitudo pelo equivalente grego Chole. Glisson chamou a ateno para o fgado como rgo produtor da bile e foi o primeiro a sugerir que esta secreo atuava na digesto das gorduras, fato descrito mais tarde por Haller.

    Bilirrubina - palavra latina, Blis, fel ou blis e Rube(um), vermelho e In, substncia qumica. Pig-mento biliar de cor amarelo-alaranjado que resulta da degradao da hemoglobina.

    Bio prefixo usado em muitos termos mdicos e que deriva do grego Bios, vida.

    Biogenese do grego Bio vida e Genesis, gerao, formao. Teora biolgica segundo a qual todo ser vivo procede de outro ser vivo.

    Biopsia do grego Bios, vida e Opsis, viso. Exame de um tecido que se retirou de um ser vivo, geralmente para se dar um diagnstico.

    Bipenado do latim Bis, dois, duplo e Pennatus, penado.

    Biventre do latim Bis, dois, duplo e Venter, ventre.

    Blastporo do grego Blast(o), germe e Poros, passagem. A abertura semelhante a uma boca em uma blstula.

  • 15

    Blastema do grego Blast(o), germe e Ema, imaturo. Conjunto de clulas embrionrias cuja proli-ferao leva a formao de um determinado rgo.

    Blastocele- do grego Blast(o), germe e Koile, oco, cavidade. o nome dado a cavidade existente no interior do blastocisto.

    Blastocisto - do grego Blast(o), germe e Kist, vescula, bexiga, bolsa.

    Blastodisco - do grego Blast(o) germe, e Diskos, disco. rea germinativa de um ovo rico em vitelo e que d origem ao corpo do embrio.

    Blastmero - do grego Blasto(o) germe, e Meros, parte. Cada uma das primeiras clulas formadas pela diviso do ovo.

    Blastoporo - do grego Blasto(o) germe, e Por(o), poro. Orificio da gstrula que comunica o arquen-tero com o exterior.

    Blstula do grego Blast(o) germe, e Ula, pequeno. Fase de desenvolvimento do ovo ou zigoto que se segue mrula e se caracteriza pela formao de uma cavidade lquida (blastocele) entre os blastmeros.

    Boca do latim Bucca, bochecha, refere-se na atualidade a cavidade oral. O termo foi provavel-mente assimilado do hebreu Bukkah, que tinha o sentido de vazio, oco. Em latim, o contorno da abertura oral (rima dos lbios) era denominado Os. O equivalente grego Stma.

    Bolha do latim Bulla, bolha, cpsula. A palavra significava qualquer ornamento ou objeto em forma de bolha. Passou depois a designar tambm qualquer vescula ou saco inflvel com forma arredondada.

    Bolsa do grego Bursa couro, pele e Bous, boi. Esta palavra apareceu somente no sculo XVII, designando o saco membranoso sinovial que foi chamado de mucuous bursa por Albinus. Wins-low e Monro descreveram as bolsas sinoviais intertendineas e entre ossos, mas as bolsas sinovi-ais cutneas somente foram descritas por Beclard.

    Borda do rabe Bord, prancha, margem.

    Brao do grego Brachion, brao. Esta palavra deriva do grego Brachis, curto, breve, porque o membro superior mais curto que o inferior. A palavra inglesa Arm (brao) sendo que a palavra armadura deriva dela, porque a primeira pea idealizada como proteo foi uma ombreira de metal ou couro rgido que protegia a articulao do ombro, onde um golpe podia seccionar o tendo do msuclo supra-espinhal, dificultando oou impedindo o manejo da espada. O equivalente latino Bracciu.

    Branca do latim Alba, feminino de Albus, branco, claro.

    Branquia do latim Branchiae e do grego Brnkh(ia), brnquias. rgo respiratrio de muitos a-nimais aquticos, como peixes, moluscos etc constituido por lminas ou filamentos de origem te-gumentrio; as brnquias esto ao descuberto ou em cavidades fechadas por uu oprculo.

    Braquial do latim Brachialis, relativo ao brao.

    Braquicfalo do grego Brakhy curto e Kephal, cabea. Aplica-se a pessoa cujo crnio quase redondo, porque seu dimetro maior excede em menos de um quarto o menor (por tanto, curto). Diz-se de pessoa que tm o dimetro transversal do crnio igual ou superior ao anteroposterior. Este tipo de crnio comum entre os asiticos. Vide o termo dolicocfalo.

    Bregma do grego Brechein, amolecer, umedecer. O termo foi introduzido por Aristteles, referia-se parte mais mole do crnio do recm-nascido e a ltima a se ossificar. A palavra (ou um simi-lar arcaico, Bregmos) tambm foi empregada por Galeno para designar o pice do crnio. Foi reintroduzida no vocabulrio anatmico por Colombo, no sculo XVI, com o sentido atual de font-culo anterior. O ponto craniomtrico homnimo (ponto de unio das suturas coronal e sagital) foi descrito por Broca.

    Brnquio do grego Bronchos, mole, mido. Acreditava Plato que os lquidos deglutidos alcan-avam o estmago pela traquia e os alimentos slidos, pelo esfago. Da a justificativa da umi-dade (muco) daquela. Inicialmente, Rufo de feso usou o termo para designar os anis da tra-quia, mas o sentido foi depois extrapolado para sua diviso e gradualmente acabou denominan-do apenas os ramos. Popularmente, designava tanto a garganta como a prpria traquia.

  • 16

    Bronquolo do grego Bronchos, mole, mido e Olus, sufixo diminutivo. Em Histologia representa a diviso dos brnquios.

    Bronquite do grego Bronchos, mole, mido e Ite, inflamao.

    Bruxismo do grego Brychein, ranger os dentes.

    Bucal do latim Bucca(m) boca e l(em), derivado, relativo. O que relativo boca.

    Bucinador do latim Buccinare, soar corneta, e Actor, agente. No exrcito e nas cerimnias impe-riais, o Buccinatorius era o arauto, aquele que tocava a trombeta (buccina) para chamar aten-o os participantes. Em portugus deu Buzina.

    Bula do latim Bulla, bolha, cpsula. A palavra designava, em latim, qualquer objeto esferide, principalmente os ornamentos usados pendurados ao pescoo. Em anatomia, nomeia a salincia arredondada do osso etmide, no hiato semilunar.

    Bulbo do grego Bolbos, bulbo, especialmente da cebola.

    Bursa do latim Burs(am), bolsa, do grego Bursa, couro, pele e Bous, boi. Esta palavra apareceu somente no sculo XVII, designando o saco membranoso sinovial que foi chamado de mucuous bursa por Albinus. Winslow e Monro descreveram as bolsas sinoviais intertendineas e entre os-sos, mas as bolsas sinoviais cutneas somente foram descritas por Beclard.

    C Cabea do latim Caput, cabea e do Grego Kara ou Kephalos, da cabea. Veslio dava este nome a extremidade arredondada de um osso e Galeno, a qualquer estrutura esferide sobre um estreitamento (colo ou pescoo). A palavra Kephalos foi traduzida, para o latim, de vrias formas: caput, nodum, articulum.

    Cabelo do latim Capillus, cabelo, Pilus, pelo. O equivalente grego Thrix, Thrikns.

    Caduco do latim Cad(ere)/Cid(ere), cair.

    Caixa do latim Compages, qualquer construo articulada, gaiola, priso. A caixa torcica, por ser feita de arcos unidos entre si, lembra a estrutura das jaulas ou gaiolas romanas ( com varas longitudinais), muito semelhantes quelas usadas atualmente em circos para prender as feras.

    Calcneo do latim Calx, calcanhar.

    Calcanhar do latim Calx, Calcaneum o mesmo que calcneo. O correspondente grego Astr-galus

    Calcarino do latim Calcarinus, relativo ou em forma de esporo.

    Clcio neologismo criado em 1800, do latim Calx, cal, que por sua vez deriva do rabe Kali, cin-za de soda.

    Calcitonina do latim Calc, pedra de clcio, e do grego Ton(o), tensin e n(a) substncia qumica. Hormnio peptdico que intervem no metabolismo do clcio e do fosfato; reduz os nveis sangu-neos de clcio de vrias maneiras, por exemplo: 1- disminuindo a absoro intestinal, 2 aumen-tando o armazenamento de calcio pelos ossos e 3 aumentando a excreao do calcio pelos rins.

    Clculo do latim Calcul, pequena pedra. Concrees formadas em alguns rgos.

    Clice do grego Kalyx, taa. Refere-se a toda estrutura em forma de taa, como os clices re-nais. Em botnica, a palavra clice (da flor) parece ter origem do grego Kalypto, esconder, cobrir, significando o local recndito para os rgos reprodutores do vegetal, mas interessante notar que o clice da flor, invertido, assemelha-se a uma taa na mesma posio.

    Caliciforme - do grego Kalyx, taa e do grego Morphe, forma. Clula mucosa presente em alguns epitlios que apresenta forma de clice.

    Caloso do latim Callosus, caloso duro, Callum, pele dura, crosta. A palavra em latim provavel-mente derivou do grego Kalon, madeira. O Corpus callosum pode ser assim denominado por Ga-leno tanto por ser mais rgido que o restante do tecido cerebral quanto por ser mais rgido que o

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    restante do tecido cerebral quanto por constituir um largo feixe de fibras nervosas comissurais, lembrando a estrutura de uma tora ou lenho. O termo foi reintroduzido por Sylvio em Anatomia e apareceu impresso pela primeira vez nas obras de Veslio. Da o nome calo para o endureci-mento da pele, ou aps fratura ssea.

    Calvria do latim Calvaria, abobada do crnio, Calvus, escalpo, calvcie. O termo inicialmente referia-se poro do crnio coberta por cabelos, mas Celso usava-o para designar apenas a parte mais alta (abobadada) da cabea. Era, originalmente, o nome da colina sem vegetao, perto das muralhas de Jerusalm que os romanos usavam como local de crucificao, onde Je-sus, o Cristo, foi supliciado.

    Camada do latim Cama, leito baixo e estreito, depois adaptado como neologismo na Pennsula Ibrica, no portugus assim como no espanhol, para designar o mvel no qual descansamos, dormimos, somos tratados de enfermidades. Camada poro de qualquer substncia que forma um todo, sobreposta a outra. tambm categoria, classe. Camada social usado para definir os limites entre uma classe social e outra, ou ainda no interior de um mesmo segmento. vide tambm a palavra estrato.

    Canal do latim Canalis, canal, sulco profundo.

    Canalculo do latim Canaliculus, diminutivo de Canalis, canal, sulco profundo.

    Cncer do latim Cancrum, caranguejo. Hipcrates criou os termos gregos Karkinos (para as lceras neoplsicas no-cicatrizantes) e karkinma (para tumores malignos slidos). Ambos os termos derivam do termo Karkinos, que significa caranguejo. O termo cncer apareceu bem mais tarde, derivado da palavra latina Cancrum, que tambm significa caranguejo. No se co-nhece as razes pelas quais Hipcrates e seus seguidores escolheram o termo para descrever tumores malignos. Galeno explicava que as veias que rodeiam um tumor se pareciam com as patas de um carangueijo. Esse termo atualmente utilizado para se referir a neoplasias malignas.

    Canino do latim Caninus, canino e Canis, Co. O nome deste dente muito antigo, tendo sido chamado Canides ou Canidon por Aristteles e Galeno, provavelmente devido proeminncia destes na espcie Canis.

    Capilar do latim Capillaris, relativo ao cabelo, Capillus. Fino como um fio de cabelo. Embora Leonardo da Vinci e Cesalpino tenham intudo a existncia dos vasos capilares e feito algumas observaes sobre o fenmeno da circulao, foi Marcello Malpighi, em 1661, quem os descreveu pela primeira vez ao microscpio de luz. Anton van Leeuwenhk, em 1688, confirmou sua desco-berta.

    Capitato do latim Capitatum provido de cabea, cabeudo.

    Cpsula do latim Capsulla, diminutivo de Capsa, caixa, mala e Capere, guardar, conter.

    Caracol do grego Kokhl(s), caracol. Nome comum dos moluscos gastrpodos provido de uma concha espiral.

    Carbohidrato do latim Carbo, carvo e do grego Hydros, gua. Carbohidrato um composto de carbono juntamento com os dois elementos da gua: oxignio e hidrognio. Quando queimado origina carvo e gua.

    Carcinoma do grego Karkinos, caranguejo, e Om, tumor. um tumor maligno desenvolvido a partir de clulas epiteliais ou glandulares que se desprendem do stio de origem e do metstase (estas foram comparadas s patas de um caranguejo, da o nome carcino).

    Crdia do grego kardia, corao. Tem esse nome por ser a poro do estmago que se acha mais prxima do corao. Para os gregos eese termo designava a poro do estmago mais pr-xima do corao, no entanto foi Jean Riolan quem assinalou essa regio para a anatomia.

    Cardaco do latim Cardicus, relativo ao corao. Forma diferencial para Cardicus.

    Crdico do latim Cardicus, relativo ao crdia, forma diferenciada para Cardiacus.

    Cardiomicito do latim Kardia, corao e Mys, msculo. um termo para denominar as clulas musculares estriadas que formam o msculo cardaco. Tambem so denominadas de fibras mus-culares estriadas cardacas.

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    Crie do latim Caris, podrido. Na antiguidade aplicava-se a qualquer coisa podre, especial-mente a madeira, mas Celso sculo I d.C. aplicava este termo aos ossos. Na atualidade refere-se a destruio localizada de tecidos duros; utiliza-se este termo em especial aos dentes.

    Carina do latim Carina, casca de noz, quilha de barco. Provavelmente a palavra derivou da se-melhana com a forma da quilha de um barco.

    Cariocinese - do grego Karyon, semente ou ncleo; e Knsi(s), movimento. Divisiso de ncleo da clula. Palavra introduzida por Schleicher antes de 1882.

    Cariolise - do grego Karyon, semente ou ncleo e Lysis, decomposio. Proceso de degenerao nuclear que consiste na dissoluo da cromatina no ncleo.

    Carioplasma - do grego Karyon, semente ou ncleo e Pls-m(a), lquido constituinte.

    Cariorexxi do grego Karyon, ncleo, e Rhexis, rompimento, clivagem, separao.

    Carioteca - do grego Karyon, semente ou ncleo e Thk(), caixa, depsito. Envoltrio do material gentico da clula, membrana nuclear.

    Caritipo do grego Karyon, semente ou ncleo e Typos, forma. o conjunto de cromossomas que so contados, fotogrados e montados em uma prancha para o estudo e verificao da exis-tncia de anomalias relacionadas com o nmero ou com a forma. o conjunto cromossmico ou a constante cromossmica diplide (2n) de uma espcie. Representa o nmero total de cromosso-mos de uma clula somtica (do corpo).

    Caroteno do latim Carotin, cenourra e Eno, composto insaturado de carbono. Composto bioqu-mico de cor alaranjada ou amarelada, existente nas clulas de rgos de plantas, como ptalas e flores, e especialmente na raiz da cenoura, quando ingerido se transforma em vitamina A.

    Cartida do grego Karoun, fazer dormir. Cair em sono profundo. Na Grcia antiga os caadores imobilizavam certos animais apertando-lhes estas artrias. Aristteles acreditava que a compres-so da artria cartida resultava em desmaio o sono profundo e afonia. A crena permaneceu at a idade mdia, mesmo depois que foi demonstrado em animais vivos que a ligadura das artrias cartidas no produzia estupor. Os gregos notaram a importncia deste vaso, registrado na 31 mtope do Paternon, a qual mostra um centauro comprimindo a cartida de um guerreiro Lapdico. Ambrise Par referiu-se a este fenmeno no sculo XVI. Aos dois ramos foi dado o nome de cartidas, as artrias do sono, pois, se foram obstruidas de alguma maneira, ns rapidamente adormecemos.

    Carpo origem incerta, talvez do grego Karps, pulso ou Karpologeo, colher frutos e da do latim Carpere, colher, arrancar. Os ossos do carpo no tinham nomes individuais eram apenas distin-guidos por nmeros na obra de Veslio. Foram Monro e Albinus que publicaram seus tratados de osteologia denominando os ossos do carpo. Os nomes dados a estes ossos por Monro (scaphoi-deus, semilunaris, cuneiformis, psiformis, trapezium, trapezoides, magnum e unciformis) formaram a base da sua nomenclatura atual.

    Cartilagem do latim Cartilago, cartilagem. Para alguns etimologistas seria uma mutao de Car-nilago, derivado do latim vulgar Caro ou Carnis (carne). Celso foi o primeiro a mencionar o termo (cartilago auris, cartilago nasiun) A palavra grega equivalente Chondros. Galeno j reconhecia tipos diferentes de cartilagem.

    Carncula do latim Caruncula, diminutivo de Caro ou Carnis, carne.

    Catablico do grego Kat, para baixo, Bol, troca, e Ito, composto qumico. Produto do catabolis-mo.

    Catabolismo - do grego Kat, para baixo, Bol, troca, e Ismos, processo, estado. Processos meta-blicos de degradao de substncias para obteno de outras mais simples.

    Catabolismo do grego Katabole, construir para baixo, de kata, baixo e Ballein, construir.

    Catgeno do grego Kat, para baixo e Gen, que gera, origina. Fase de involuo do pelo.

    Catarro do latim Catarrhus ou do grego Katrrous, para baixo e do grego Rhe(u), fluir. Fluxo descendente, mas para Hipcrates sculo V-IV a.C., tem um significado parecido com o atual, ou seja, liberao acentuada de muco pelas mucosas.

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    Catepsina - do gr. Kata, para baixo; Opsis, alimento; + sufixo. Ina de algumas enzimas. Enzima das clulas animais, encontrada nos lisossomos e que participa dos processos de digesto intra-celular.

    Cauda do latim Cauda, rabo, cauda e Coda, fim, extremidade ou Cadere, cair, pender.

    Cava do latim Cavus, oco, vazio. Cava, tanto em latim como nas lnguas modernas, tem o mes-mo significado de Kole, em grego, e pode, igualmente, ser substantivo ou adjetivo. Substantivo na acepo de cavidade, escavao, buraco, e adjetivo, como feminino de cavo, significando vazio, esvaziado, sem contedo. A veia cava recebeu de Hipcrates, em grego clssico, a denominao de Phlps kole. Na antigidade Phlps, Phlebs, era usado para os vasos sanguneos de um modo geral, tanto para as artrias como para as veias. Kole feminino de Kolos, que pode ser adjetivo ou substntivo. Como adjetivo quer dizer vazio, esvaziado, oco. Como substantivo tem o sentido de cavidade, buraco, concavidade.

    Cavernoso do latim Cavernousus, relativo caverna, poro. Em anatomia designa uma estrutura formada por mltiplas cavidades (cavernas) ou compartimentos, como os corpos cavernosos do pnis e os seios cavernosos da dura-matr.

    Cavidade do latim Cavitas, cavidade, escavao.

    Cavo do latim Cavum, buraco.

    Ceco do latim Coecus, cego ou obscurecido. Veslio nomeava Coecus ao apndice vermiforme, porque este realmente terminava em fundo cego.

    Ceflica do grego Kephale, cabea. Alguns autores alegam que o nome foi dado veia do membro superior porque se acreditava que a sangria nela praticada fosse curativa da cefalia. Outros, que o nome a traduo literal do rabe Al-kephalik (lateral). Este termo aparece no Ca-non de Avicena, significando a veia do brao localizada nesta posio (veia baslica).

    Cefalorraquidiano do grego Kephale, cabea, e Rhakis, coluna, espinha.

    Cego do latim Coecus, cego.

    Celaco do latim Coeliacus ou do grego Koiliaks, referente aos intestinos, Koilia, vazio.

    Celoma - do grego Koilos, oco ou Kelos, ventre, cavidade do corpo, mais sufixo Oma, proliferao. Cavidade que se forma no embrio pela separao dos dois folhetos mesodrmicos; cavidade revestida por mesoderme, ou cavidade geral do corpo dos animais triblsticos celomados, que separa as vsceras da parede do corpo.

    Clula diminutivo do latim Cella, pequeno aposento. O termo clula imprprio para caracteriz-la. Isso porque esse termo foi usado pela primeira vez por Robert Hooke, em 1665; quando obser-vava em um microscpio rudimentar um fragmento de cortia (tecido vegetal da casca de caules velhos). Neste fragmento, viu uma grande quantidade de pequeninos espaos vazios, que assim resolveu chamar de clulas. Hooke mostrou tambm que a estrutura celular no era restrita cor-tia, pois a encontrou em muitos outros vegetais. S muito tempo depois, que outros cientistas conseguiram, com equipamentos mais avanados, ver a clula viva e descobrir que ela no era um espao vazio, mas um corpo cheio de contedo e com funes muito importantes. Mas mesmo assim, o nome CLULA nunca foi mudado. A palavra grega Cytus usada unicamente nos termos compostos.

    Cemento do latim Coementum, pedra britada. Em Roma o coementum parece ter designado no somente a pedra britada, mas tambm a argamassa formada pela sua mistura com a cal, essenci-al das construes.

    Central do latim Centralis, central, do centro.

    Centrolo - do grego Kentr(o), centro e do latim I-ol-u(m), pequeno. Os centrolos so organelas formadas por microtbulos em um arranjo definido pela frmula [9(3)+0] ou, simplesmente, 9(3) localizados no centro da maioria das clulas. Neste arranjo ocorre a fuso parcial de microtbulos formando nove (9) trincas que se dispem em crculo, ao redor de um eixo protico central, sendo tambm ancoradas lateralmente entre si por protenas associadas. O eixo protico central esten-de-se por cerca 1/3 de seu comprimento e dele partem protenas fibrosas que ancoram as trincas perifricas junto a abertura do cilindro, conferindo esta regio do centrolo um aspecto de guar-da-chuva ou roda-de-carroa, denominada poro fechada ou proximal. Em um centrolo do di-plossomo, ela mostra-se orientada para o ncleo, enquanto sua outra extremidade, que no apre-

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    senta o eixo protico, denominada de poro aberta ou distal, mostra-se orientada, neste mesmo centrolo do diplossomo, para a membrana plasmtica.

    Centro - do grego Kentr(o)- centro.

    Centrmero do grego Kentr(o) centro e Mer(o), parte. Regio de estrutura complexa onde se unem as cromtides (braos dos cromossomas) durante a diviso celular. Esta estrutura une-se as fibras do fuso mittico .

    Centrossoma - do grego Kentr(o)- centro e Soma, corpo. O centrossoma uma regio especfica da clula, situada prxima ao ncleo, onde so organizados os microtbulos.

    Cerebelo diminutivo latino de Cerebrum. Embora a palavra Cerebellum seja diminutivo de Cere-brum, era usada no latim cotidiano apenas para designar este rgo em animais, quase que ex-clusivamente em termos culinrios (como miolos, em portugus). Em anatomia, Erasstrato dividiu o encfalo em Cerebrum e Cerebellum, termos adotados por Galeno.

    Crebro do latim Cerebrum. Apesar de que em forma leiga, a palavra Cerebrum pudesse desig-nar todo o encfalo, Erasistrato dava este nome apenas grande massa de dois hemisfrios que ocupava a maior parte do crnio. provvel que a palavra tenha derivado do grego Kara, cabea, porque sua forma latina mais arcaica era Carabrum.

    Cermen palavra latina, que significa cera. O cermen ou cerume, conhecido popularmente co-mo "cera" ou "cera de ouvido", uma secreo de cera proveniente das glndulas sebceas que se encontram situadas no canal auditivo externo, denominado de meato acstico externo.

    Cervical do latim Cervicalis, nucal, do pescoo, Cervis, nuca pescoo. O termo Cervix (plural, Cervicis) passou a designar em anatomia qualquer estrutura estreitada sob uma forma arredonda-da, como o pescoo (ou colo). Assim, temos colo sseo, colo uterino etc.

    Crvice palavra latina Cervix que significa colo ou pescoo.

    Cesrea do latim Caesare-u(m), Cesar. General e poltico romano. Cesrea uma operao para remover o feto de dentro da me pela seco, ou corte da parede abdominal e do tero. Pli-nio (I d.C) refere que o General Romano Cesar nasceu por cesria. O verbo latino Caedere signifi-ca Cortar.

    Chaperona do latim Caperuza, capuz e do francs Chaperon. Palavra criada por Laskey na bio-logia molecular em 1978. Chaperons eram aqueles meninos que ajudavam os nobres renascentis-tas a vestir as roupas complicadas e a colocar as perucas enormes, ou tambm eram acompa-nhantes que saam com as moas quando elas saam com algum rapaz, para evitar que fizessem sexo. Em ingls e Frances Chaperon(e), significa mulher adulta casada que acompanha uma jo-vem solteira quando esta sai em pblico. Teria o sentido de guia, protetora. Este termo aplicado a protenas pertencentes maquinria de sntese celular que contribuem para o correto dobra-mento das protenas recm-sintetizadas. Alm de auxiliar no enovelamento protico, podem auxi-liar na ligao com outras protenas ou hormnios, assim como encaminhar a protena destrui-o, caso no seja possvel atingir a configurao correta.

    Ciano do grego Kyan, azul escuro.

    Cianfilo do grego Kyan, azul escuro e Philein, amigo, afinidade. O que se cora em azul escuro.

    Citico do latim Sciaticus, forma corrompida de Schiadicus, isquitico.

    Cicatriz do latim Cictric(em) cicatriz. Novos tecidos formados no processo de cura de uma feri-da.

    Ciclina - do grego Kykl(o), crculo e In, substncia qumica. Familia de protenas involvidas na re-gulao do ciclo celular e cuja quantidade vara ao longo do ciclo celular, sendo maior no momen-to da replicao do DNA.

    Ciclo do grego Kykl(o), crculo. Conjunto de uma srie de fenmenos que se repetem ordena-damente.

    Ciclose - do grego Kykl(o), crculo e Osis, processo. Movimiento circular do citoplasma, principal-mente nas clulas vegetais, pela ao do citoesqueleto.

    Clio do latim Cilium, pestana, clio, Cillere, mover.

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    Cinreo do latim Cinnoereus, cinzento e Cinis, cinza, resduo de queima.

    Cinetocilios - do grego Kn(), mover e do latim Cilium, pestana, clio.So os clios mveis.

    Cinetcoro do grego Kn(), mover, T(o)-khr, regio. Regio de um cromossomo que se liga aos microtbulos do fuso durante a meiose ou a mitose.

    Cngulo do latim Cingula, cilha, cintura e Cingere, prender pela cintura ou Cingulus, faixa de terra. Em anatomia, designa qualquer estrutura que abraa ou rodeia outra. Um tipo especial de cngulo, em Roma, eram as Zonoe (zona). Por analogia com cinto, Ovidio utiliza esta palavra, mo-dificada, para nomear uma fixa estreita de terra.

    Cinzenta do latim Cinis, cinza, resduo de queima.

    Circulao do latim Circulare, descrever um crculo.

    Circulo do latim Circum diminutivo de Circus, aro, crculo. Do grego Kirkos.

    Circunflexo do latim Circum, em volta de e Fletire ou Flexere, encurvar, dobrar.

    Cirurgia do grego Xir, Quir, mo e Ergo, trabalho. parte do processo teraputico em que o cirurgio realiza uma interveno manual ou instrumental no corpo do paciente. A cirurgia carac-terizada por trs tempos principais: (a)direse - diviso dos tecidos que possibilita o acesso regi-o a ser operada, (b) - hemostasia parada do sangramento e (c) sntese - fechamento dos tecidos.

    Cisterna do latim Cisterna, cisterna, reservatrio. Na Roma antiga a cisterna era um buraco em fundo cego cavado no solo e semi-coberto por uma taboa, que recolhia gua da chuva do telhado das casas. Em anatomia o termo foi inicialmente aplicado por Arancio apenas ao quarto ventrculo.

    Cstico do grego Kystiks, relativo vescula, ampola.

    Cisto do grego Kyst, vescula. Formao patolgica em forma de bolsa ou cavidade delimitada por uma membrana contendo um lquido de natureza diferente do normal.

    Cito do grego Kytos que significa clula (prefixo).

    Citoblasto do grego Kyto, clula e Blast(o) germe. Em 1838, Matthias Schleiden props que o ncleo desempenhava um papel na gerao de clulas, tendo introduzido o nome "citoblasto" (gerador de clulas).

    Citocina do grego Kyto, clula e In(a) substncia qumica. Qualquer protena inmunorreguladora como a interleucina, o interferon, secretadas pelas clulas do sistema imunitrio, generalmente fagocticas.

    Citocinese do grego Kytos, clula e Knsi(s), movimento. Diviso do citoplasma e das organelas que ocorre para gerar as duas clulas filhas.

    Citocromo do grego Kyto, clula e Khrm(at), cor. Qualquer dos pigmentos respiratrios hemo-protecos intracelulares, so enzimas relacionadas ao transporte de eletrons. A citocromo oxidase, uma porfirina que contm ferro, uma enzima importante na respirao celular.

    Citolesqueleto - do grego Kyto, clula e Skeleto, seco, esqueleto. Protenas que do forma clu-la.

    Citolise - do grego Kyto, clula e Lysos, quebra, dissoluo. Lise celular.

    Citologia do grego Kytos, vaso ou clula e Logos, estudo. o ramo da biologia que estuda as clulas no que diz respeito sua estrutura, suas funes e sua importncia na complexidade dos seres vivos.

    Citoplasma do grego Kytos, vaso ou clula e Plassos, molde. o espao intracelular entre a membrana plasmtica e o envoltrio nuclear em seres eucariontes, enquanto nos procariontes corresponde a totalidade da rea intracelular.

    Citosol - do grego Kyto, clula e do latim So-lu, dissolver. Parte lquida presente na clula onde se localizam as organelas.

    Citotrofoblasto - do grego Kytos, vaso ou clula; Trophe, nutrio e Blastos, germe.

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    Clasmocitose - do grego Klasma, rotura; Kytos, clula; mais o sufixo Osis, estado. Movimento in-verso ao da pinocitose, pelo qual minusculas vesculas citossmicas se fundem da membrana plasmtica e expelem para o exterior, eliminando os resduos inteis da clula.

    Clavcula do latim Clavicula, diminutivo de Clavis, chave, tranca. A palavra Clavis foi introduzida por tradutores de Avicena da palavra rabe Al-khiab e adotada por Veslio em 1550. O osso lem-bra uma chave porque trava ou fecha a cintura torcica (abertura torcica superior) no corpo. A palvra grega para chave Klis, de onde vem o nome do msculo esternocleidomastodeo.

    Climatrio do grego Klmak, escada e Tr/tr/tr(o), que faz. Perodo crtico da vida que precede e segue a extino da funo sexual. Perodo crtico, decisivo.

    Climax do grego Klmak, escada. Ponto mais alto de uma condio.

    Clinide do grego Klin, leito cama e oids, em forma de. Designam salincias da asa menor do osso esfenide, junto sela turca, por causa da semelhana com uma cama de dossel, com as quatro colunas e a canpia (o diafragma da sela).

    Clitris origem incerta, provavelmente do grego Kleitors, fechado. Por causa da sua posio, fechado entre os lbios da vulva. Em 1559, o anatomista italiano Realdo Colombo (1515/6-1559) afirmou ter "descoberto" o clitris. Exame mais detalhado da literatura revela que, embora certa-mente ele destacasse o papel do clitris na sexualidade feminina, a sua reivindicao de priorida-de no procedente, pois j era mencionado em tratados gregos, persas e rabes.

    Clone do grego Kln, broto de um vegetal, ramo de, geneticamente idntico. A palavra clone foi introduzida na lngua inglesa no incio do sculo XX. Conjunto de clulas do organismo gentica-mente idnticas, originadas por reproduo asexuada a partir de uma nica clula.

    Cogulo - do latim Coagulare, coalhar. Massa composta de fibrina, plaquetas e glbulos verme-lhos que tem como funo impedir a perda de sangue quando em vaso sangneo lesado.

    Coanas do grego Choan, funil, Cheo, coar, escorrer. Designa a passagem estreita (afunilada) da cavidade do nariz para a parte nasal da faringe.

    Cccix do grego Kkkyx, cuco (pssaro). Herfilo e posteriormente Veslio chamou assim os ltimos ossos da coluna vertebral por sua semelhana, em conjunto, com a forma do bico deste pssaro. Jean Riolan (1620) d outra explica, pois alega que na emisso de gases pelo nus, o som reverbera no cccix e parece soar como o grito da ave, da um termo muito antigo usado para cccix, o osso do assobio.

    Cclea do latim Cclea, concha ou caracol, do grego Kochlias, concha em espiral. O primeiro anatomista a dar este nome foi Empdocles, acreditando que os sons eram ali recebidos. A cclea somente foi detalhadamente descrita por Bartollommeo Eustachio (1553) e nomeada por Gabriell Fallopio, em 1561.

    Cdon do latim Cd, tronco de arvore e Cdic, cdigo e On, partcula. Triplete onde um RNA mensajgeiro, codifica a incorporao de aminocidos especficos na biossntese de protenas. Aparece pela primeira vez em 1963 num trabalho na Inglaterra onde significava partcula que codi-fica.

    Colgeno do grego Kolla, cola e Gennao, eu produzo. Esse nome deriva do fato de que quando essa substnica fervida d origem a uma cola. Aparece de diversas maneiras, em forma de fi-bras, em forma de grnulos e em forma de redes. Essa substncia que da origem a gelatina. Em biologia o colgeno a protena mais abundante no organismo, constitu cerca de 30% das prote-nas do nosso corpo e 6% do peso total. A principal funo do colgeno consiste em manter a for-ma e impedir a deformao dos tecidos. Suas fibras proporcionam sustentao pele, ossos, cartilagens e inmeros rgos. Quando em forma de rede formam a lmina basal.

    Colateral do Latim Com, junto e Lateralis, para o lado.

    Coldoco do grego Chole, bile, e Dechomai, receber. D o nome ao canal que recebe a bile vescula biliar e leva-a ao duodeno. Outra possibilidade para este nome seria a unio de Chole, bile e do latim Duco, eu conduzo, significando eu levo a bile. A formao de palavras unindo radicais gregos e latinos foi comum na antiguidade e na idade mdia.

    Colesterol do grego Chole, blis; Sterol de Stereo, slido, e do latim Oleum, leo.

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    Colculo do latim Colliculus, diminutivo de Collis, colina. Em conjunto, os colculos superiores e inferiores do tecto do mesencfalo eram denominados de corpos quadrigmeos.

    Colo do latim Coellum ou Collum, pescoo, gargalo. No entanto pescoo tanto era chamado de collum, como de cervix. Cervix referia-se especialmente face posterior ou nuca. Por analogia com o pescoo, ambos os termos (collum e cervix) passaram a designar a poro estreitada de uma estrutura. Na terminologia mdica, collum predominou sobre cervix, razo pela qual se diz hoje colo do fmur, colo vesical, colo da vescula biliar, colo do tero. Cervix manteve-se durante muito tempo na nomenclatura anatmica para designar o colo do tero. Primitivamente cervix inclua tambm a vagina, tendo sido Fallopius (1523-1563) quem restringiu o seu uso ao colo do tero em seus limites anatmicos. A denominao de cervix uteri dada por Fallopius foi adotada pela nomina anatmica e sendo designado de colo do tero na atual terminologia anatmica. O genitivo uteri (do tero) tornou-se dispensvel em portugus e cervix passou a ser sinnimo de colo do tero. Alguns autores preferem a forma verncular crvice a crvix. No entanto, a nomina anatmica, que foi traduzida para o portugus adotou o termo colo do tero, em lugar de crvix ou crvice. O vocbulo grego correspondente ao latim cervix trkhelos, com o qual se forma-ram diversos termos mdicos, muitos deles relacionados com o pescoo, enquanto outros se refe-rem especificamente ao colo do tero. Ex.: traquelismo (espasmo dos msculos do pescoo), tra-quelodinia (dor no pescoo), traquelocifose (curvatura anormal da coluna cervical), traquelotomia (inciso no colo do tero), traqueloplastia (plstica cirrgica do colo do tero), traquelorrafia (sutu-ra do colo do tero). Ao contrrio de outros termos latinos semelhantes, como fornix, que do gnero masculino, cervix, em latim, feminino. Por esta razo prefervel a manuteno do g-nero feminino em portugus. Devemos dizer a crvix ou a crvice, em lugar de o crvix ou o crvi-ce.

    Colo (n) do grego Kolon, lingia feita de intestino grosso.

    Colostro - do latim Colostrum, a primeira secreo da glndula mamria aps o parto.

    Coluna do latim Columna, coluna, apoio, sustentculo.

    Comissura do latim Commissura, unio, e Committere, unir.

    Compacta do latim Compacta, feminino de Compactus, estreitar, segurar.

    Complexo do latim Complexus, agarrado e Complectare, estreitar, segurar.

    Complexo de Golgi Vide Golgi, tambm conhecido como corpo de Golgi ou aparelho de Golgi foi descrito por Camilo Golgi, um microscopista italiano em 1868. Este descobriu esta organela ao estudar clulas de Purkinje do crebro da coruja.

    Comunicante do latim Communicans, que comunga, que associa.

    Concha do latim Concha, concha de animal, do grego Knche, concha em espiral. Os gregos usavam o nome para designar qualquer osso ou cavidade neste formato. A concha da orelha ex-terna foi nomeada por Rufo de feso e as conchas nasais mdias e inferiores por Cassrio Pla-centino. Giovanni Santorini e Exupre Bertin descreveram respectivamente a concha nasal superi-or e concha nasal suprema.

    Cndilo do grego Kndylos, juno, n. Na Grcia antiga, toda salincia arredondada o meio de uma estrutura era assim chamada, ex. ns dos dedos, ns da madeira, ns de bambu.

    Condral do grego Chondros, cartilagem.

    Condrioma do grego Khondr(o), gro filamentoso de citoplasma; Io(n), 'pequeno e -ma, conjun-to. Conjunto de mitocndrias de uma clula.

    Condroblasto do grego Chondros, cartilagem e Blastos, germe. Clula que forma a matriz carti-laginosa.

    Condrcito do grego Chondros, cartilagem e Cytus, cela. Clulas que mantm o tecido cartilagi-noso e que se localizam em lacunas dentro da matriz cartilaginosa.

    Condroclasto do grego Chondros, cartilagem, Clastus, destruir.

    Condutor do latim Conducere, conduzir e Actor, agente.

    Cone do latim Conus, cone ou do grego Konus, cone.

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    Conexo do latim Conexio, conexo, ligao e Conectere, ligar, juntar.

    Confluncia do latim Confluens, reunio e Confluere, confluir, reunir as guas. O primeiro a des-crever, na regio posterior do crnio, o encontro dos seios venosos da dura-mater, foi o anatomis-ta grego Herfilo e esta estrutura foi posteirormente reconhecida por Galeno. Na idade mdia, ficou conhecida como trcula ou prensa de Herfilo, por causa da semelhana de forma com a parte posterior da prensa de uvas. O nome completo atualmente conhecido da confluncia dos seios Confluens sinuum.

    Cnico do latim Conicus, em foram de cone.

    Conjugado do latim Conjugatus, unido, jungido e Con, junto e Jugum, jugo, canga de arado. Este termo conjugata foi introduzido por Johann Rderer em 1757 e usado para determinados dime-tros da pelve feminina (pelvimetria), importantes para a previso do parto. Vrios dimetros conju-gados foram descritos e receberam inicialmente o n