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DIREITO DO TRABALHO
TEORIA GERAL DO PROCESSO
PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
FONTES
FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
Aula 1
Princípio. Definição
Princípios são enunciados que consagram conquistas
éticas da civilização e, por isso, estejam ou não previstos
na lei, aplicam-se cogentemente a todos os casos
concretos.
(Rui Portanova, Princípios do Processo Civil, Porto Alegre, Liv. Do Adv. Editora, 1997, p.
14)
Princípios gerais são as ideias mais gerais que
inspiram o ordenamento jurídico de um país. Mesmo
sem estarem formulados nos textos, sua presença é
imanente no sistema
(Celso Agrícola Barbi, Comentários ao Código de Processo Civil, 5 ed.
Rio: Forense, 1988, vol. I, n. 686, p. 520)
Princípio. Definição
Todo sistema se estabelece segundo
algumas ideias fundamentais e com
alguns objetivos primordiais.
Há fundamentos e metas e são eles
que dão coerência ao sistema e
permitem descobrir o sentido que,
efetivamente, deva ser emprestado a
cada uma das normas que o
compõem
(Humberto Theodoro Jr. Princípios no Direito
Processual Civil e o Processo do Trabalho in
Compendio de Direito Processual do Trabalho.
Coordenadora: Alice Monteiro de Barros, São
Paulo: LTr, 3 ed.)
Princípio. Definição
O princípio rege a interpretação do sistema
“ O princípio é muito mais importante do que uma
norma”, posto que o princípio é também norma, mas “é
mais do que uma norma, uma diretriz, é um norte do
sistema, é um rumo apontado para ser seguido por
todo o sistema.’
(Geraldo Ataliba, in II Ciclo de Conferências e Debates sobre ICM,
Brasília, Sec de Econ. e Fin., 1981, p. 11, apud Portanova)
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(a) devido processo legal;
(b) inquisitivo e dispositivo;
(c) Contraditório antecipado;
(d) duplo grau de jurisdição;
(e) boa fé processual;
(f) verdade real
(g) brevidade do processo
Quanto ao processo
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L(a) oralidade;
(b) publicidade;
(c) economia processual;
(d) eventualidade ou preclusão
Quanto ao procedimento
ESPECÍFICOS DO DIREITO PROCESSUAL
DO TRAB ALHO
(1)protecionismo;
(2) informalidade;
(3) celeridade;
(4) simplicidade;
(5) oralidade;
(6) Poder de direção do processo acentuado
(7) Processo de execução, como fase;
(8) subsidiariedade
(9) conciliação
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PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO
LEGAL
Previsto no art. 5º, LIV. Surgiu como revolta ao autoritarismo e
buscava a instituição do juiz natural. Evoluiu, e hoje representa um
compromisso com o justo e com todas as metas do Estado
Democrático de Direito;
Este princípio prevalece para a garantias do juiz natural (e
repúdio aos tribunais de exceção) e de submissão a um
procedimento legalmente ordenado.
Hoje em dia, sua evocação traz as ideias de (a)
instrumentalidade, (b) efetividade da jurisdição e de
(c)processo de resultados. Portanto, não pode ser visto apenas
como um princípio que visa a preservação do rito. É um
superprincípio.
A efetividade que a garantia do devido processo legal exige da
jurisdição vem proclamada através da assertiva: não basta
pacificar, tem que pacificar com justiça social!)
APLICAÇÃO DO CPC ao PROCESSO
TRABALHISTA
O entendimento atual é que o CPC é aplicado de modo
subsidiário e supletivo ao processo do trabalho (art. 15 do CPC);Instrução Normativa 39/2016 do TST
Art. 1° Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária e supletivamente, ao
Processo do Trabalho, em caso de omissão e desde que haja compatibilidade
com as normas e princípios do Direito Processual do Trabalho, na forma dos arts.
769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei nº 13.105, de 17.03.2015.
§ 1º Observar-se-á, em todo caso, o princípio da irrecorribilidade em separado das
decisões interlocutórias, de conformidade com o art. 893, § 1º da CLT e Súmula nº
214 do TST.
§ 2º O prazo para interpor e contra-arrazoar todos os recursos Fonte: Diário
Eletrônico da Justiça do Trabalho, Brasília, DF, n. 1939, 16 mar. 2016. Caderno
Judiciário do Tribunal Superior do Trabalho, p. 1-4.
trabalhistas, inclusive agravo interno e agravo regimental, é de oito dias (art. 6º da
Lei nº 5.584/70 e art. 893 da CLT), exceto embargos de declaração (CLT, art. 897-
A).
Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas
ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva
e subsidiariamente.
Art. 2º. – Princípio do
dispositivo/inércia da
jurisdição;
Art. 3º - Princípio do acesso ao
judiciário = princípio
constitucional;
Art. 4º - Princípio da breve
duração do processo;
Art. 5º - Princípio da boa fé;
Art. 6º - Princípio da cooperação
entre as partes: derivativo da
boa fé processual;
Art. 7º - Princípio da igualdade
das partes
Art. 9º /10º- contraditório
antecipado;
Art. 11 – fundamentação das
decisões;
Princípios do CPC
PRINCÍPIO DO INQUISITIVO E
DISPOSITIVO
MAJORAÇÃO PODERES JUIZ
Art. 765 da CLT/ Art. 878 da CLT
Princípio do inquisitivo é caracterizado pela liberdade de iniciativa
conferida ao juiz, tanto na instauração da relação processual como
no seu desenvolvimento. O juiz independe da iniciativa ou
colaboração das partes.
Princípio do dispositivo atribui às partes toda a iniciativa, seja na
instauração do processo, seja no seu impulso;
O princípio da ação e o princípio da
inércia da jurisdição são aspectos do
princípio do dispositivo
Hj não há a aplicação pura de
nenhum dos princípios: uma vez
deduzida a pretensão em juízo
há interesse público em sua
justa composição, com a maior
brevidade possível
PRINCÍPIO DO INQUISITIVO
MAJORAÇÃO PODERES JUIZ
Art. 765 da CLT/ Art. 878 CLT
No processo do trabalho há disposição legal contemplando o
princípio do dispositivo.
O art. 765 da CLT possibilita ao juiz do trabalho maiores poderes
na direção do processo, podendo ex officio, determinar qualquer
diligência processual para formar seu convencimento.
Há amplos poderes instrutórios do juiz.
Art. 765 CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla
liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido
das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao
esclarecimento delas.
PRINCÍPIO DO INQUISITIVO
MAJORAÇÃO PODERES JUIZ
Art. 765 da CLT/ Art. 878 CLT
No processo do trabalho a execução se processa ex officio.
Art. 878 - A execução poderá ser promovida por
qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou
Presidente ou Tribunal competente, nos termos do
artigo anterior
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
Art. 9º
Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela
seja previamente ouvida. (...)
Art. 10º
O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base
em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício
Arts. 9º e 10º do CPC
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
Previsto no art. 5º, LV DA CF/88 e no art. 9º do CPC
Consiste na necessidade de ouvir a pessoa perante a qual
será proferida a decisão (defesa/ não depoimento pessoal),
garantindo-lhe o pleno direito de defesa e de pronunciamento
durante todo o curso do processo
O princípio do contraditório não admite exceção, e garante
qualidade de defesa para a parte de modo que possa influir
no convencimento judicial
Mesmo quando o juiz resolva colher, de ofício, alguma prova,
deve dar prévia ciência à parte;
ESSENCIAL no
PROCESSO TRABALHISTA
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
Art. 4° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do CPC
que regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9º
e 10, no que vedam a decisão surpresa.
§ 1º Entende-se por “decisão surpresa” a que, no julgamento final
do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar
fundamento jurídico ou embasar-se em fato não submetido à
audiência prévia de uma ou de ambas as partes.
§ 2º Não se considera “decisão surpresa” a que, à luz do
ordenamento jurídico nacional e dos princípios que informam o
Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de
prever, concernente às condições da ação, aos pressupostos de
admissibilidade de recurso e aos pressupostos processuais, salvo
disposição legal expressa em contrário.
INSTRUÇÃO NORMATIVA 39/2016
TST
DECISÃO SURPRESA
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE
JURISDIÇÃO
Regra geral: a parte tem o direito a que sua pretensão seja
conhecida e julgada por dois juízos distintos, mediante recurso,
caso não se conforme com a primeira decisão.
Há causas que escapam ao princípio do duplo grau de jurisdição.
Ex.: competência originária dos tribunais.
Não é princípio absoluto e inafastável!! Posição do STF
(...)DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS
HUMANOS. EMENDA CONSTITUCIONAL 45/04. GARANTIA QUE NÃO É ABSOLUTA E
DEVE SE COMPATIBILIZAR COM AS EXCEÇÕES PREVISTAS NO PRÓPRIO TEXTO
CONSTICUCIONAL
(...)A Emenda Constitucional 45/04 atribuiu aos tratados e convenções internacionais sobre
direitos humanos, desde que aprovados na forma prevista no §3º do art. 5º da Constituição
Federal, hierarquia constitucional. (tratados e convenções aprovados por 3/5 de votos, em
dois turnos, nas duas Casas do CN, ganham status de emenda constitucional)
(...) Contudo, não obstante o fato de que o princípio do duplo grau de jurisdição previsto na
Convenção Americana de Direitos Humanos tenha sido internalizado no direito doméstico
brasileiro, isto não significa que esse princípio revista-se de natureza absoluta.
PRINCÍPIO BOA FÉ/LEALDADE
PROCESSUAL
O Estado busca a pacificação do conflito através do processo.
Por isso há interesse público em sua solução.
A lei não tolera a má-fé.
Consequências = Art. 80 e art. 142 do CPC
Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram
do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz
proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando-se, de ofício, as
penalidades da litigância de má-fé.
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I- deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II- alterar a verdade dos fatos;
III- usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V- proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI – provocar incidente manifestamente infundado;
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório
LIDE SIMULADA
LITIGÂNCIA MÁ-FÉ
PRINCÍPIO DA VERDADE REAL
Decorre da PRIMAZIA da REALIDADE
no DIREITO MATERIAL
Não há provas de valor hierarquizado no direito processual
moderno;
A convicção judicial decorre de convencimento livremente
formado, segundo valoração dos elementos de prova por critérios
lógicos e mediante fundamentação.
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento
(antigo art. 131 do CPC/73)
Dois limites para a liberdade do juiz: (a) deve basear-se
apenas nos elementos dos autos; (b) a sentença deverá ser
fundamentada.
Há hierarquia entre
provas?
PRINCÍPIO DA VERDADE REAL
Buscar a verdade real tem conexão com o princípio do juiz
natural (devido processo legal): que é um juiz com competência
previamente estabelecida no ordenamento; e um juiz imparcial!
O juiz deve ter compromisso com a verdade real e não apenas a
ficta
Limites ao princípio da verdade
real:
(a) Prova necessária = desnecessária qdo
fato é incontroverso;
(b) Juridicidade da prova = reconhecimento
de que o elemento probatório se mostra apto
a produzir em juízo a revelação do fato
litigioso. Ex.: se o negócio é solene não
cabe prova testemunhal.
(c) Licitude da prova = provas obtidas por
meios ilícitos. Ex.: interceptações de
correspondência ou telefônica alheias
Juiz natural: competente e
imparcial
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
acentuado no processo do trabalho
No processo do trabalho estão presentes duas das
características: (a) concentração atos processuais em
audiência; (b) irrecorribilidade das decisões interlocutórias.
Quanto ao princípio da identidade física do juiz, havia
Súmula (S. 136 do TST – cancelada Res. 185/2012);
Havia um artigo no CPC/73 que estabelecia a identidade
física (art. 132) que não foi repetido no CPC de 1973;
Características
(a) Identidade física do juiz
(b) Concentração de
produção de provas e
julgamento em poucas
audiências;
(c)irrecorribilidade das
decisões interlocutórias
Hoje não existe NEM no CPC
Art. 11 do CPC
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Este artigo se relaciona com o art. 489, §1º do CPC que trata da
FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES
INSTRUÇÃO NORMATIVA TST 39/2016
Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões
judiciais (CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:
Incisos I, II - trata dos PRECEDENTES;
III - não ofende o art. 489, § 1º, inciso IV do CPC a decisão que deixar de apreciar
questões cujo exame haja ficado prejudicado em razão da análise anterior de
questão subordinante.
IV - o art. 489, § 1º, IV, do CPC não obriga o juiz ou o Tribunal a enfrentar os
fundamentos jurídicos invocados pela parte, quando já tenham sido examinados na
formação dos precedentes obrigatórios ou nos fundamentos determinantes de
enunciado de súmula.
Art. 11 do CPC
FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES : orientação do TST
INSTRUÇÃO NORMATIVA TST 39/2016
Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões
judiciais (CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:
(...)
V - decisão que aplica a tese jurídica firmada em precedente, nos termos do item I,
não precisa enfrentar os fundamentos já analisados na decisão paradigma, sendo
suficiente, para fins de atendimento das exigências constantes no art. 489, § 1º, do
CPC, a correlação fática e jurídica entre o caso concreto e aquele apreciado no
incidente de solução concentrada.
VI - é ônus da parte, para os fins do disposto no art. 489, § 1º, V e
VI, do CPC, identificar os fundamentos determinantes ou demonstrar a existência de
distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento, sempre que
invocar precedente ou enunciado de súmula.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Está consagrado no inciso IX do art. 93 da CF/88
Art. 93, IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade,
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação; (Inciso alterado pela
Emenda Constitucional nº 45, de 08/12/2004)
PRINCÍPIO DA ECONOMIA
PROCESSUAL
Ideal de propiciar às partes uma justiça barata e rápida. Exs.:
indeferimento da inicial que não reúna requisitos legais; denegação
provas inúteis; coibição de incidentes sem causa, etc.
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE OU
PRECLUSÃO
A lei processual divide o procedimento numa série de
fases ou momentos, que formam compartimentos
estanques.
Cada fase prepara a seguinte e, uma vez passada à
posterior, não é mais dado retornar à anterior.
Assim, o processo caminha sempre para a frente.
Cada faculdade processual deve ser exercitada dentro
da fase adequada, sob pena de perder a oportunidade
de praticar o ato respectivo
Preclusão consiste na perda da faculdade de praticar um ato
processual, quer porque já foi exercitada a faculdade processual, no
momento adequado, quer porque a parte deixou escoar a fase
processual própria, sem fazer uso de seu direito.
Princípio do protecionismo ao
empregado
É necessário entender que vigora o princípio da igualdade
das partes, em seara processual. Apenas e quando a lei
distingue as partes, dando a uma delas preferência, é que se
pode dizer que vale o protecionismo ao empregado.
O PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO é de direito material (histórico)
e apenas inspira o legislador a emitir normas protetoras do
empregado. Outros exs.: consumidor e Estado.
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o
arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa
revelia, além de confissão quanto à matéria de fato
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente
perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
EXCLUSIVO DO
PROCESSO DO
TRABALHO
Princípio do protecionismo ao
empregado : jurisprudência
Súmula 425 do TST. Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance.
(Res. 165/2010 - DeJT 30/04/2010)
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando
a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos
de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
O jus postulandi que reflete proteção ao empregado na esfera processual
não alcança recursos de natureza extraordinária; ação rescisória;
cautelar; e mandado de segurança
Recursos de natureza extraordinária: recurso de revista; recurso de embargos
(divergência); recurso de embargos infringentes; e recurso extraordinário
propriamente dito
EXCLUSIVO DO
PROCESSO DO
TRABALHO
Princípio do protecionismo
ao empregado : exemplo
Exigência do depósito recursal do empregador para
recorrer, nos termos do art. 899 da CLT representa uma
regra protetiva ao trabalhador, visando bloquear recursos e
garantir futura execução
EXCLUSIVO DO
PROCESSO DO
TRABALHO
Princípio da informalidade
Princípio da celeridade
Princípio da simplicidade
ACENTUADOS
NO PROCESSO
DO TRABALHO
Princípio da conciliação
Antes da EC 45/2004 a conciliação
estava prevista no caput do art. 114 da
CF/88.
Prevalece o princípio agora com base no
art. 764 da CLT
Art. 764 da CLT - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação
da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho
empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma
solução conciliatória dos conflitos.
ACENTUADO
Princípio da conciliação
A conciliação deve ser tentada, sempre,
em dois momentos:
(a) antes do recebimento da defesa (art.
846 da CLT);
(b) e após as razões finais
Caso não ocorra ao menos a última tentativa de
conciliação, defende-se a ocorrência de nulidade do
processo trabalhista
ACENTUADO
Princípio da subsidiariedade
O princípio da subsidiariedade é
contemplado em dois artigos da CLT =
Art. 769 e 889
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for
incompatível com as normas deste Título.
Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis,
naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o
processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da
Fazenda Pública Federal.
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
O art. 769 da CLT permite a aplicação do princípio da subsidiariedade,
com adoção das normas supletivas do direito processual comum, desde
que : (a) a CLT seja omissa a respeito; (b) a norma do CPC não apresente
incompatibilidade com a letra e o espírito do processo do trabalho;
Portanto a aplicação do art. 15 do CPC deve observar essa limitação;
Deve se ter presente a função social do Direito do Trabalho; deve ser
priorizada a melhoria da prestação jurisdicional.
Como se definir a questão da incompatibilidade?
Adotar o pressuposto de que se deve priorizar a breve duração do processo (art.
5º, LXXVIII da CF/88, redação da EC 45/2004), e a interpretação ontológica e
teleológica do sistema processual
Interpretação ontológica: aquela que busca o sentido e o alcance da norma em sua ratio
legis
Interpretação teleológica: busca adapatr o sentido e alcance da norma às novas exigências
sociais (art. 5º, LICCB)
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE e
art. 15 do CPC
O entendimento de que se aplica o art. 15 do CPC é temperado
com a observação de que
Como se definir a questão da incompatibilidade?
Adotar o pressuposto de que se deve priorizar a breve duração do
processo (art. 5º, LXXVIII da CF/88, redação da EC 45/2004), e a
interpretação ontológica e teleológica do sistema processual
Interpretação ontológica: aquela que busca o sentido e o alcance da norma em sua ratio
legis
Interpretação teleológica: busca adapatr o sentido e alcance da norma às novas exigências
sociais (art. 5º, LICCB)
FONTES
DIRETAS
A LEI EM SENTIDO
GENÉRICO (CF/Lei/MP,
regulamentos do Executivo
INDIRETAS
DOUTRINA E
JURISPRUDÊNCIA
(Ojs/Súmulas)
DE EXPLICITAÇÃO/
INTEGRAÇÃOArt. 126 do CPC
Fontes
Art.8º CLT. Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de
direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e
costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de
classe ou particular prevaleça sobre o interesse público
CF: normas fundamentais do processo (art. 5º), estrutura do Poder Judiciário
(art. 93) e estrutura do Judiciário trabalhista (arts. 111 a 116)
Leis Processuais Trabalhistas: CLT (arts. 643 e seguintes ); Lei 5.584/70
(disciplina regras de perícia, por ex.) e Lei 7.701/88 (competência do TST)
Leis processuais civis: CPC, Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor)
e Lei 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública); Código de Processuo Penal (prisão
em flagrante de testemunha e comunicação de crime ex officio)
Regimentos Internos dos Tribunais : definição de competência material e
funcional dos órgãos do TRT (Turmas, SDI, SDC e Pleno);
Costume: uso reiterado de determinada conduta processual. Exs.:
apresentação de defesa escrita em audiência; protesto; procuração apud acta;
Fontes : 8º CLT e 140 do CPC
CF: normas fundamentais do processo (art. 5º), estrutura do Poder
Judiciário (art. 93) e estrutura do Judiciário trabalhista (arts. 111 a 116)
Leis Processuais Trabalhistas: CLT (arts. 643 e seguintes ); Lei 5.584/70
(disciplina regras de perícia, por ex.) e Lei 7.701/88 (competência do TST)
Leis processuais civis: CPC, Lei 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor) e Lei 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública); Código de
Processuo Penal (prisão em flagrante de testemunha e comunicação de
crime ex officio)
Regimentos Internos dos Tribunais : definição de competência material e
funcional dos órgãos do TRT (Turmas, SDI, SDC e Pleno);
Costume: uso reiterado de determinada conduta processual. Exs.:
apresentação de defesa escrita em audiência; protesto; procuração apud
acta;
Princípios: norteia a atividade do intérprete servindo de fonte para suprir
lacuna;
Jurisprudência: importância na seara trabalhista/criação da Súmula
vinculante pela EC 45/2004
Previsões legais
Art. 8º CLT. As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso,
pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e
normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho e, ainda,
de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre
de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça
sobre o interesse público.
Art. 140 CPC. O juiz não se exime de decidir sob a
alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento
jurídico
Fontes : Súmula vinculante
Art. 103- A da CF
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou
por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
membros, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação
na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem
como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma
estabelecida em lei. (Artigo acrescentado pela Emenda
Constitucional nº 45, de 08/12/2004)
Fontes : PRECEDENTES
Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II
Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais
(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:
I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho,
para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”
apenas:
a) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do
Trabalho em julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, §
4º);
b) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
c) decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade;
d) tese jurídica prevalecente em Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com
súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (CLT, art. 896,
§ 6º);
Fontes : PRECEDENTES
Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II
Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais
(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:
I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho,
para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”
apenas:
(...)
e) decisão do plenário, do órgão especial ou de seção especializada competente
para uniformizar a jurisprudência do tribunal a que o juiz estiver vinculado ou do
Tribunal Superior do Trabalho.
II – para os fins do art. 489, § 1º, incisos V e VI do CPC, considerar-se-ão
unicamente os precedentes referidos no item anterior, súmulas do Supremo
Tribunal Federal, orientação jurisprudencial e súmula do Tribunal Superior do
Trabalho, súmula de Tribunal Regional do Trabalho não conflitante com
súmula ou orientação jurisprudencial do TST, que contenham explícita
referência aos fundamentos determinantes da decisão (ratio decidendi).
CONFLITO
A tarefa da ordem jurídica é a de harmonizar as relaçõessociais intersubjetivas, para máxima realização de valoreshumanos, com mínimo de sacrifício e desgaste.No aspecto sociológico, o direito é a mais importante formade controle social: impõe modelos culturais dos ideiaiscoletivos e dos valores que persegue
CONFLITO se caracteriza por situação em que uma pessoa,pretendendo para si determinado bem, não pode obtê-lo –seja porque (a) aquele que poderia satisfazer a sua pretensãonão a satisfaz, seja porque (b) o proprio direito proíbe asatistação voluntária da pretensão (ex.: pretensão punitiva doEstado que não pode ser satisfeita pela submissão docriminoso)
Teoria geral do ProcessoAntonio Carlos de Araújo e outros
SOLUÇÃO DO CONFLITO
A solução do conflito pode decorrer da atuação de UM oude AMBOS os envolvidos, que sejam SUJEITOS DOSINTERESSES CONFLITANTESA solução do conflito também pode decorrer da atuação deato de TERCEIRO
SUJEITOS DOS INTERESSES
CONCORDAM COM SACRIFÍCIO TOTAL OU PARCIAL DO PRÓPRIO INTERESSE = AUTOCOMPOSIÇÃO
IMPÕEM SACRIFÍCIO AO INTERESSE ALHEIO =
AUTOTUTELA
SOLUÇÃO DO CONFLITO
AUTOTUTELA (ou AUTODEFESA): era comum quando nãoexistia órgão estatal com soberania e autoridade quegarantisse o cumprimento do direito (sequer haviam normasabstratas) = utilização da força para conseguir realização depretensão/ ou da vingança privada para reprimir atoscriminosos
AUTOTUTELA
NO DIREITO DO
TRABALHO
GREVE
LOCKOUT (proibido: art. 17
da Lei 7.783/89)
SOLUÇÃO DO CONFLITO
AUTOCOMPOSIÇÃO: quando uma das partes em conflito, ouambas, abrem mão do interesse ou parte dele. Inicialmente aAUTOCOMPOSIÇÃO era feita diretamente pelas partes.
AUTOCOMPOSIÇÃO
Art. 269, II, III e V do
CPC
DESISTÊNCIA: há
renúncia à pretensão
SUBMISSÃO: há renúncia
à resistência oferecida à
pretensão
TRANSAÇÃO:
concessões recíprocas
AUTOCOMPOSIÇÃO
Hoje a AUTOCOMPOSIÇÃO continua sendo a solução doconflito pelas próprias partes envolvidas.Mas ela pode ser realizada sem a participação de terceiros(CONCILIAÇÃO) ou com a participação de terceiros(MEDIAÇÃO)É considerada a melhor forma de solução, porque como oCONFLITO é resolvido pelos sujeitos envolvidos, há suapacificação, pela conformação de vontades
Concliliação de CONFLITOS INDIVIDUAIS
Concliliação de CONFLITOS COLETIVOS = ART. 114, §2º CF
Art. 764 da CLT
Art. 846 CLT = antes recebimento
da defesa;
Art. 850 da CLT = após razões
finais
Na representação sindical =
NEGOCIAÇÃO COLETIVA e
acordo por
CONVENÇÃO COLETIVA DO
TRABALHO/ ACORDO
COLETIVO
• Conflitos individuais
Titular do direitoplenamenteidentificado.
Resulta de umcontrato de trabalho.
Pode conter um oumais individuos.
Homogêneos ounão.
• Conflitos coletivos
Titulares nãoidentificados, masidentificáveis.
Titulares ligadosentre si por umarelação jurídica oude fato.
Representaçãosindical
Conciliação
AUTOCOMPOSIÇÃO
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos àapreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à
conciliação.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais doTrabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasãono sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.§ 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-áobrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na formaprescrita neste Título.
§ 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo aoprocesso, ainda mesmo depois de encerrado o juízoconciliatório.
Conflitos individuaisLIMITES: em
Juízo ?
Conflitos coletivos
Conciliação
OJ 270 da SDI-1 - Programa deIncentivo à Demissão Voluntária.Transação extrajudicial. Parcelasoriundas do extinto contrato detrabalho. Efeitos. (Inserida em
27.09.2002)
A transação extrajudicial queimporta rescisão do contrato detrabalho ante a adesão doempregado a plano de demissãovoluntária implica quitaçãoexclusivamente das parcelas evalores constantes do recibo.
Segundo decisões do STF aaplicação do inciso III do art. 8º daCLT faculta plena legitimaçãoextraordinária do sindicato paraagir em nome do trabalhador
Abrange direito individualhomogêneo e direito coletivo(onde representa a categoria);Dúvida: direito individual puro!!
Tudo é conflito coletivo? Ação
plúrima? Possibilidade de
acordo pelo sindicato?
CONCILIAÇÃO em Juízo = EFEITOS
Súmula 259 do TST - Termo de conciliação. Ação rescisória(Res. 7/1986, DJ 31.10.1986) Só por ação rescisória éimpugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo únicodo art. 831 da CLT.
Súmula 418 do TST - Mandado de segurança visando áconcessão de liminar ou homologação de acordo. (Conversãodas Orientações Jurisprudenciais nºs 120 e 141 da SDI-II - Res.137/2005, DJ 22.08.2005)A concessão de liminar ou a homologação de acordoconstituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certotutelável pela via do mandado de segurança. (ex-OJs no 120 -DJ 11.08.2003 e nº 141 - DJ 04.05.2004)
CONCILIAÇÃO em Juízo = EFEITOS
132. Ação rescisória. Acordo homologado. Alcance. Ofensa à coisa julgada. (DJ 04.05.2004)
Acordo celebrado - homologado judicialmente - em que o empregado dá plena e ampla quitação, sem qualquer ressalva, alcança não só o objeto da inicial, como também todas as demais parcelas referentes ao extinto contrato de trabalho, violando a coisa julgada, a propositura de nova reclamação trabalhista.
Se repropor a ação, o novo processo deve ser extinto semresolução do mérito, nos termos do art. 267, V do cPC/
SOLUÇÃO DO CONFLITO
A solução do conflito também pode decorrer da atuação deato de TERCEIRO
DEFESA DE TERCEIRO
MEDIAÇÃO
PROCESSO
A mediação é a APROXIMAÇÃO dos sujeitos do conflitoatravés de terceiro, tendende à solução do conflito através darealização de um negócio jurídico. Na mediação o terceiropossui atividade conducente à realização do acordo
CONCILIAÇÃO e MEDIAÇÃO
A diferença entre conciliação e mediação concentra-se na diretriz da atividade do terceiro: o conciliador tem atividade
orientada para a composição equitativa do conflito, em conformidade com as pretensões das partes; já o mediador tem sua atividade voltada para a realização do acordo, mas
de acordo com diretrizes próprias
Terceiro aproxima as partes para alcançar a conciliação que não foi possível sem sua participação. Não impõe a solução
da lide.
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Constitucionalidade.O E. STF concedeu medida liminar nas ADIN’s 2.139 e
2.160 com efeito “erga omnes” no sentido de que a passagem pela Comissão de Conciliação Prévia é facultativa e entendimento em contrário viola a
Constituição Federal. Eficácia liberatória.Efeitos da conciliação:Total – Todo o Contrato
Parcelas – Apenas parcelas transacionadasValores - Quitação x acordo
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Previsão legal: Arts. 625-A a 625-H da CLTPodem ser constituídas no âmbito das empresas e sindicatos
(art. 625-A da CLT);Número de componentes e composição (Art. 625-B)
Submissão do litígio à CCP (art. 625-D da CLT)Aceita a conciliação, o acordo é título executivo extrajudicial
(Art. 625-E da CLT)Provocada a CCP, o prazo prescricional será suspenso (Art.
625-G da CLT)
Como invalidar o acordo celebrado na CCP?= defeito do negócio jurídico – coação, erro, fraude,
simulação =
HETEROCOMPOSIÇÃO
Heterocomposição implica na solução do conflito imposta por um terceiro.
Pode ser privada (arbitragem) ou publica (jurisdição)
ARBITRAGEM – (Lei 9.307/96)Requisitos: Agente capaz e direito disponível
Árbitro: um ou mais (sempre ímpar), “ad hoc” ou institucional.
Critérios: “de direito” ou “de eqüidade”.Instituição: cláusula compromissória (extrajudicial) ou
compromissório arbitral (judicial).Prazo: Fixado pelas partes. No silêncio – 6 meses.
Resultado: Sentença arbitral. Não sujeita a recurso. Vale como título executivo judicial.
ARBITRAGEM
Sujeita-se a ação anulatória e não rescisória.O MPT pode atuar como árbitro (Art. 83, XI, Lei
Complementar 75/93), inclusive de propostas finais
VANTAGENS:Pressupõe alguma convergência de vontade (escolha do árbitro,
critérios da arbitragem, etc.).Maior celeridade na solução dos conflitos, já que a decisão não
está sujeita a recursos.Nos conflitos coletivos, tem preferência à solução jurisdicional
(art. 114, §2º, CF).Pode ser instituída com fundamento no art. 613, V, CLT.
Estabelecer formas de solução de conflitos entre os convenentes.
Embora a Lei 9.307/96 não preveja a aplicação para conflitos trabalhistas, há expressa previsão constitucional
Nos conflitos individuais: alegação de acórdãos de que há CCP na CLT ( que é MEDIAÇÃO, na verdade); não há previsão na CF
ou norma infraconstitucional de aplicação da ARBITRAGEM
ARBITRAGEM nos CONFLITOS INDIVIDUAIS
Nos conflitos individuais: alegação de acórdãos de que há CCP na CLT ( que é MEDIAÇÃO, na verdade);
não há previsão na CF ou norma infraconstitucional de aplicação da ARBITRAGEM;
Aplicação da Lei 9.307/96 não se estabelece face ao princípio protetor (art. 8º da CLT)
Nula é a cláusula compromissória quando o direito reconhece a hipossuficiência de um dos contratantes,
nos termos do art. 51, inciso VIII do Código de Defesa do Consumidor
ARBITRAGEM
A lei da arbitragem – Lei 13.129/2015, que alterou a Lei 9.307/2015 foi vetado.
Art. 4º -§ 4o Desde que o empregado ocupe ou venha a ocupar cargo ou função de administrador ou de diretor estatutário, nos contratos individuais de trabalho poderá
ser pactuada cláusula compromissória, que só terá eficácia se o empregado tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou se concordar expressamente com a sua
instituição.”
ARBITRAGEM: Lei 13.129/2015
O artigo ao mencionar que o empregado que ocupe
administrador ou diretor estatutário é contraditório,
porque o administrador ou diretor estatutário não é
necessarimente EMPREGADO.
Portanto, o artigo é contraditório!!!
E o veto também é contraditório. Porque generaliza a
situação.
ARBITRAGEM: Lei 13.129/2015
Razões do veto
“O dispositivo autorizaria a previsão de cláusula de
compromisso em contrato individual de trabalho.
Para tal, realizaria, ainda, restrições de sua eficácia
nas relações envolvendo determinados empregados,
a depender de sua ocupação. Dessa forma, acabaria
por realizar uma distinção indesejada entre
empregados, além de recorrer a termo não definido
tecnicamente na legislação trabalhista. Com isso,
colocaria em risco a generalidade de trabalhadores
que poderiam se ver submetidos ao processo
arbitral.”