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Direito Internacional PrivadoElementos de conexãoNuma primeira aproximação, que será posteriormente retomada, os elementos de conexão constituem a chave para solucionar os conflitos de leis no espaço.
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Direito Internacional Privado
As diversas legislações nacionais de DIPr organizam-se, via de regra, em torno daqueles, que apontam a lei competente para solucionar os conflitos.
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Direito Internacional PrivadoValladão define-os como certas circunstâncias diretamente ligadas ao caso, usadas pela norma de DIPr para indicar a lei competente.
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Direito Internacional PrivadoO mesmo autor vale-se de interessante metáfora para esclarecer o que se deve entender por elementos ou circunstâncias de conexão, afirmando serem como mísseis capazes de transportar as normas de um Estado a outro, para neste último serem aplicadas.
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Direito Internacional PrivadoÉ dele a seguinte classificação dos
elementos de conexão:reais: a situação da coisa, o lugar do ato
ou fato, o lugar do contrato ou de sua execução, o lugar da origem ou nascimento, o lugar do domicílio;
pessoais: a nacionalidade, a religião, a tribo, a raça, a vontade; e
institucionais: o pavilhão ou a matrícula de navio ou aeronave, o foro (i.e., a autoridade que conhece do caso).
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Direito Internacional PrivadoOutro exemplo de classificação é o da
doutrina francesa (são, a rigor, "regras de conexão", pois já indicam o elemento e a lei competente):
o estatuto pessoal é regido pela lei nacional;
o estatuto real é regido pela lei da situação dos bens; e
os fatos e atos jurídicos são regidos pela lei do local de sua ocorrência ou pela da escolha das partes.
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Direito Internacional PrivadoSão exemplos mais comuns de regras de conexão (enunciadas tradicionalmente em latim), os a seguir listados:
lex patriae: lei da nacionalidade da pessoa física;
lex domicilii: lei do domicílio;
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Direito Internacional Privadolex loci actus e locus regit actum: lei do local da realização do ato jurídico;
lex loci contractus: lei do local de celebração do contrato;
lex loci solutionis: lei do local de cumprimento, ou seja, daquele lugar onde a obrigação ou o contrato deve ser cumprido;
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Direito Internacional Privadolex voluntatis: lei de escolha dos contratantes;
lex loci delicti comissi: lei do local de cometimento, ou seja, do lugar onde o ato ilícito foi cometido;
lex rei sitae: lei do local de situação, isto é, do lugar em que a coisa se encontra;
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Direito Internacional Privadomobilia sequuntur personam: lei do local onde se encontra o proprietário (para bens móveis);
lex loci celebrationis: a lei do local da celebração rege as formalidades do casamento;
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Direito Internacional Privado
lex monetae: lei do local em cuja moeda a dívida está expressa;
lex loci executionis: lei do local onde se procede à execução forçada de uma obrigação;
lex fori: lei do local onde corre a ação judicial.
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Direito Internacional PrivadoDentre as regras de conexão acima, cada país escolhe as que melhor lhes convêm para compor o DIPr nacional. Por exemplo, o DIPr brasileiro elegeu a lex domicilii para reger o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família; outros países preferem a lex patriae. O Brasil emprega a lex rei sitae para reger os bens, como a maioria esmagadora dos Estados, mas pode-se recorrer a outra regra.
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Direito Internacional PrivadoFalando sobre a nacionalidade, que implica a regra de conexão lex patriae, sabe-se que ela é de grande importância para o DIPr. Ela traduz-se, como se vê, em um dos elementos de conexão elegíveis, utilizada por diversos países para resolver conflitos de leis no espaço referentes ao estatuto pessoal (personalidade, capacidade etc.).
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Direito Internacional PrivadoNacionalidade, como se viu, é o vínculo jurídico de direito público interno que une uma pessoa a um determinado Estado.
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Direito Internacional PrivadoA nacionalidade implica que a pessoa goze de determinados direitos frente ao Estado de que é nacional, como o direito de residir e trabalhar no território do Estado, o direito de votar e ser votado (este, conhecido como cidadania), o direito de não ser expulso ou extraditado e o direito à proteção do Estado (inclusive a proteção diplomática e a assistência consular, quando o nacional se encontra no exterior), dentre outros.
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Direito Internacional PrivadoA verificação da nacionalidade de uma pessoa permite distinguir entre nacionais e estrangeiros, que ocupam posições jurídicas diferentes na Ordem Jurídica interna.
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Direito Internacional PrivadoDentro no tema Jurisdição do Estado, comum ao Direito Internacional Público e Privado, já tivemos ensejo de estudar a nacionalidade, importante tema de nossa disciplina.