direito penal militar

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Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETOLEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969. Vide texto compilado (Vigência) Código Penal Militar Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar, usando das atribuições que lhes confere o art. 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de outubro de 1969, combinado com o § 1° do art. 2°, do Ato Institucional n° 5, de 13 de dezembro de 1968, decretam: CÓDIGO PENAL MILITAR PARTE GERAL LIVRO ÚNICO TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR Princípio de legalidade Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Lei supressiva de incriminação Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. Retroatividade de lei mais benigna 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplicase retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. Apuração da maior benignidade 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. Medidas de segurança Art. 3º As medidas de segurança regemse pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. Lei excepcional ou temporária Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplicase ao fato praticado durante sua vigência. Tempo do crime Art. 5º Considerase praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado.

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Código de direito penal militar

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  • 13/04/2015 DEL1001

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    PresidnciadaRepblicaCasaCivil

    SubchefiaparaAssuntosJurdicos

    DECRETOLEIN1.001,DE21DEOUTUBRODE1969.

    Videtextocompilado

    (Vigncia)CdigoPenalMilitar

    OsMinistrosdaMarinhadeGuerra,doExrcitoedaAeronuticaMilitar,usandodasatribuiesquelhesconfereoart.3doAtoInstitucionaln16,de14deoutubrode1969,combinadocomo1doart.2,doAtoInstitucionaln5,de13dedezembrode1968,decretam:

    CDIGOPENALMILITAR

    PARTEGERAL

    LIVRONICO

    TTULOI

    DAAPLICAODALEIPENALMILITAR

    Princpiodelegalidade

    Art.1Nohcrimesemleianteriorqueodefina,nempenasemprviacominaolegal.

    Leisupressivadeincriminao

    Art.2Ningumpodeserpunidoporfatoqueleiposteriordeixadeconsiderarcrime,cessando,emvirtudedela,aprpriavignciadesentenacondenatriairrecorrvel,salvoquantoaosefeitosdenaturezacivil.

    Retroatividadedeleimaisbenigna

    1Aleiposteriorque,dequalqueroutromodo,favoreceoagente,aplicaseretroativamente,aindaquandojtenhasobrevindosentenacondenatriairrecorrvel.

    Apuraodamaiorbenignidade

    2 Para se reconhecer qual a mais favorvel, a lei posterior e a anterior devem ser consideradasseparadamente,cadaqualnoconjuntodesuasnormasaplicveisaofato.

    Medidasdesegurana

    Art. 3 As medidas de segurana regemse pela lei vigente ao tempo da sentena, prevalecendo,entretanto,sediversa,aleivigenteaotempodaexecuo.

    Leiexcepcionaloutemporria

    Art. 4 A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua durao ou cessadas ascircunstnciasqueadeterminaram,aplicaseaofatopraticadodurantesuavigncia.

    Tempodocrime

    Art. 5 Considerase praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o doresultado.

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    Lugardocrime

    Art.6Considerasepraticadoofato,nolugaremquesedesenvolveuaatividadecriminosa,notodoouemparte, eaindaquesob formadeparticipao,bemcomoondeseproduziuoudeveriaproduzirseo resultado.Noscrimesomissivos,ofatoconsiderasepraticadonolugaremquedeveriarealizarseaaoomitida.

    Territorialidade,Extraterritorialidade

    Art.7Aplicasealeipenalmilitar,semprejuzodeconvenes,tratadoseregrasdedireitointernacional,ao crime cometido, no todo ou em parte no territrio nacional, ou fora dle, ainda que, neste caso, o agenteestejasendoprocessadooutenhasidojulgadopelajustiaestrangeira.

    Territrionacionalporextenso

    1Paraosefeitosdaleipenalmilitarconsideramsecomoextensodoterritrionacionalasaeronaveseosnaviosbrasileiros,ondequerqueseencontrem,sobcomandomilitaroumilitarmenteutilizadosouocupadosporordemlegaldeautoridadecompetente,aindaquedepropriedadeprivada.

    Ampliaoaaeronavesounaviosestrangeiros

    2tambmaplicvelaleipenalmilitaraocrimepraticadoabordodeaeronavesounaviosestrangeiros,desdequeemlugarsujeitoadministraomilitar,eocrimeatentecontraasinstituiesmilitares.

    Conceitodenavio

    3ParaefeitodaaplicaodsteCdigo,considerasenaviotdaembarcaosobcomandomilitar.

    Penacumpridanoestrangeiro

    Art. 8 A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quandodiversas,ounelacomputada,quandoidnticas.

    Crimesmilitaresemtempodepaz

    Art.9Consideramsecrimesmilitares,emtempodepaz:

    IoscrimesdequetratasteCdigo,quandodefinidosdemododiversonaleipenalcomum,ounelanoprevistos,qualquerquesejaoagente,salvodisposioespecial

    II oscrimesprevistosnesteCdigo,emboratambmosejamcomigualdefiniona leipenalcomum,quandopraticados:

    a)pormilitaremsituaodeatividadeouassemelhado,contramilitarnamesmasituaoouassemelhado

    b)pormilitaremsituaodeatividadeouassemelhado,em lugarsujeitoadministraomilitar,contramilitardareserva,oureformado,ouassemelhado,oucivil

    c)pormilitaremservio,emcomissodenaturezamilitar,ouemformatura,aindaqueforadolugarsujeitoaadministraomilitarcontramilitardareserva,oureformado,ouassemelhado,oucivil

    c) pormilitar em servio ou atuando em razo da funo, em comisso de naturezamilitar, ou emformatura,aindaqueforadolugarsujeitoadministraomilitarcontramilitardareserva,oureformado,oucivil(RedaodadapelaLein9.299,de8.8.1996)

    d) pormilitar durante o perodo demanobras ou exerccio, contramilitar da reserva, ou reformado, ouassemelhado,oucivil

    e)pormilitaremsituaodeatividade,ouassemelhado,contraopatrimniosobaadministraomilitar,ouaordemadministrativamilitar

    f) por militar em situao de atividade ou assemelhado que, embora no estando em servio, usearmamentodepropriedademilitarouqualquermaterialblico,sobguarda,fiscalizaoouadministraomilitar,paraaprticadeatoilegal

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    f)revogada.(VideLein9.299,de8.8.1996)

    IIIoscrimespraticadospormilitardareserva,oureformado,ouporcivil,contraasinstituiesmilitares,considerandosecomotaisnososcompreendidosnoincisoI,comoosdoincisoII,nosseguintescasos:

    a)contraopatrimniosobaadministraomilitar,oucontraaordemadministrativamilitar

    b) em lugar sujeito administraomilitar contramilitar emsituaode atividadeou assemelhado, oucontrafuncionriodeMinistriomilitaroudaJustiaMilitar,noexercciodefunoinerenteaoseucargo

    c) contramilitar em formatura, ou durante o perodo de prontido, vigilncia, observao, explorao,exerccio,acampamento,acantonamentooumanobras

    d)aindaqueforadolugarsujeitoadministraomilitar,contramilitaremfunodenaturezamilitar,ounodesempenho de servio de vigilncia, garantia e preservao da ordem pblica, administrativa ou judiciria,quandolegalmenterequisitadoparaaqulefim,ouemobedinciaadeterminaolegalsuperior.

    Pargrafonico.Oscrimesdequetrataesteartigo,quandodolososcontraavidaecometidoscontracivil,serodacompetnciadajustiacomum.(PargrafoincludopelaLein9.299,de8.8.1996)

    Pargrafonico.Oscrimesdequetrataesteartigoquandodolososcontraavidaecometidoscontracivilserodacompetnciadajustiacomum,salvoquandopraticadosnocontextodeaomilitarrealizadanaformadoart.303daLeino7.565,de19dedezembrode1986CdigoBrasileirodeAeronutica.(RedaodadapelaLein12.432,de2011)

    Crimesmilitaresemtempodeguerra

    Art.10.Consideramsecrimesmilitares,emtempodeguerra:

    IosespecialmenteprevistosnesteCdigoparaotempodeguerra

    IIoscrimesmilitaresprevistosparaotempodepaz

    IIIoscrimesprevistosnesteCdigo,emboratambmosejamcomigualdefinionaleipenalcomumouespecial,quandopraticados,qualquerquesejaoagente:

    a)emterritrionacional,ouestrangeiro,militarmenteocupado

    b)emqualquerlugar,secomprometemoupodemcomprometerapreparao,aeficinciaouasoperaesmilitaresou,dequalqueroutraforma,atentamcontraaseguranaexternadoPasoupodemexplaaperigo

    IV os crimes definidos na lei penal comumou especial, embora no previstos nesteCdigo, quandopraticadosemzonadeefetivasoperaesmilitaresouemterritrioestrangeiro,militarmenteocupado.

    Militaresestrangeiros

    Art.11.Osmilitaresestrangeiros,quandoemcomissoouestgionasfrasarmadas,ficamsujeitosleipenalmilitarbrasileira,ressalvadoodispostoemtratadosouconvenesinternacionais.

    Equiparaoamilitardaativa

    Art.12.Omilitardareservaoureformado,empregadonaadministraomilitar,equiparaseaomilitaremsituaodeatividade,paraoefeitodaaplicaodaleipenalmilitar.

    Militardareservaoureformado

    Art.13.Omilitar da reserva, ou reformado, conservaas responsabilidadeseprerrogativasdopstoougraduao,paraoefeitodaaplicaodaleipenalmilitar,quandopraticaoucontralepraticadocrimemilitar.

    Defeitodeincorporao

    Art.14.Odefeitodoatode incorporaonoexcluiaaplicaoda leipenalmilitar,salvosealegadoouconhecidoantesdaprticadocrime.

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    Tempodeguerra

    Art.15.Otempodeguerra,paraosefeitosdaaplicaodaleipenalmilitar,comeacomadeclaraoouoreconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto demobilizao se nle estiver compreendido aqulereconhecimentoeterminaquandoordenadaacessaodashostilidades.

    Contagemdeprazo

    Art.16.Nocmputodosprazosincluiseodiadocomo.Contamseosdias,osmeseseosanospelocalendriocomum.

    Legislaoespecial.Salriomnimo

    Art.17.AsregrasgeraisdsteCdigoaplicamseaosfatosincriminadosporleipenalmilitarespecial,seestanodispedemododiverso.Paraosefeitospenais,salriomnimoomaiormensalvigentenopas,aotempodasentena.

    Crimespraticadosemprejuzodepasaliado

    Art.18.FicamsujeitossdisposiesdsteCdigooscrimespraticadosemprejuzodepasemguerracontrapasinimigodoBrasil:

    Iseocrimepraticadoporbrasileiro

    IIseocrimepraticadonoterritrionacional,ouemterritrioestrangeiro,militarmenteocupadoporfrabrasileira,qualquerquesejaoagente.

    Infraesdisciplinares

    Art.19.steCdigonocompreendeasinfraesdosregulamentosdisciplinares.

    Crimespraticadosemtempodeguerra

    Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposio especial, aplicamse as penascominadasparaotempodepaz,comoaumentodeumtro.

    Assemelhado

    Art.21.Consideraseassemelhadooservidor,efetivoouno,dosMinistriosdaMarinha,doExrcitooudaAeronutica,submetidoapreceitodedisciplinamilitar,emvirtudedeleiouregulamento.

    Pessoaconsideradamilitar

    Art.22.consideradamilitar,paraefeitodaaplicaodsteCdigo,qualquerpessoaque,emtempodepaz ou de guerra, seja incorporada s fras armadas, para nelas servir em psto, graduao, ou sujeio disciplinamilitar.

    Equiparaoacomandante

    Art.23.Equiparaseaocomandante,paraoefeitodaaplicaoda leipenalmilitar, tdaautoridadecomfunodedireo.

    Conceitodesuperior

    Art.24.Omilitarque,emvirtudeda funo,exerceautoridadesbreoutrode igualpstoougraduao,considerasesuperior,paraefeitodaaplicaodaleipenalmilitar.

    Crimepraticadoempresenadoinimigo

    Art. 25. Dizse crime praticado em presena do inimigo, quando o fato ocorre em zona de efetivasoperaesmilitares,ounaiminnciaouemsituaodehostilidade.

    Refernciaa"brasileiro"ou"nacional"

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    Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou "nacional", compreende as pessoasenumeradascomobrasileirosnaConstituiodoBrasil.

    Estrangeiros

    Pargrafo nico. Para os efeitos da lei penalmilitar, so considerados estrangeiros os aptridas e osbrasileirosqueperderamanacionalidade.

    Osquesecompreendem,comofuncionriosdaJustiaMilitar

    Art.27.QuandosteCdigoserefereafuncionrios,compreende,paraefeitodasuaaplicao,osjuzes,osrepresentantesdoMinistrioPblico,osfuncionrioseauxiliaresdaJustiaMilitar.

    CasosdeprevalnciadoCdigoPenalMilitar

    Art.28.Oscrimescontraaseguranaexternadopasoucontraasinstituiesmilitares,definidosnesteCdigo,excluemosdamesmanaturezadefinidosemoutrasleis.

    TTULOII

    DOCRIME

    Relaodecausalidade

    Art.29.Oresultadodequedependeaexistnciadocrimesmente imputvelaquem lhedeucausa.Considerasecausaaaoouomissosemaqualoresultadonoteriaocorrido.

    1Asuperveninciadecausarelativamenteindependenteexcluiaimputaoquando,porsis,produziuoresultado.Osfatosanteriores,imputamse,entretanto,aquemospraticou.

    2Aomissorelevantecomocausaquandooomitentedeviaepodiaagirparaevitaroresultado.Odever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia a quem, de outraforma,assumiuaresponsabilidadede impediroresultadoeaquem,comseucomportamentoanterior,criouoriscodesuasupervenincia.

    Art.30.Dizseocrime:

    Crimeconsumado

    Iconsumado,quandonleserenemtodososelementosdesuadefiniolegal

    Tentativa

    IItentado,quando,iniciadaaexecuo,noseconsumaporcircunstnciasalheiasvontadedoagente.

    Penadetentativa

    Pargrafonico.Puneseatentativacomapenacorrespondenteaocrime,diminudadeumadoisteros,podendoojuiz,nocasodeexcepcionalgravidade,aplicarapenadocrimeconsumado.

    Desistnciavoluntriaearrependimentoeficaz

    Art.31.Oagenteque,voluntriamente,desistedeprosseguirnaexecuoouimpedequeoresultadoseproduza,srespondepelosatosjpraticados.

    Crimeimpossvel

    Art.32.Quando,por ineficciaabsolutadomeioempregadoouporabsoluta impropriedadedoobjeto,impossvelconsumarseocrime,nenhumapenaaplicvel.

    Art.33.Dizseocrime:

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    Culpabilidade

    Idoloso,quandooagentequisoresultadoouassumiuoriscodeproduzilo

    II culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, ateno, ou diligncia ordinria, ouespecial, a que estava obrigado em face das circunstncias, no prev o resultado que podia prever ou,prevendoo,supelevianamentequenoserealizariaouquepoderiaevitlo.

    Excepcionalidadedocrimeculposo

    Pargrafonico.Salvooscasosexpressosemlei,ningumpodeserpunidoporfatoprevistocomocrime,senoquandoopraticadolosamente.

    Nenhumapenasemculpabilidade

    Art.34.Pelosresultadosqueagravamespecialmenteaspenassrespondeoagentequandooshouvercausado,pelomenos,culposamente.

    rrodedireito

    Art.35.Apenapodeseratenuadaousubstitudaporoutramenosgravequandooagente,salvoemsetratandodecrimequeatentecontraodevermilitar,supelcitoofato,porignornciaourrodeinterpretaodalei,seescusveis.

    rrodefato

    Art.36.isentodepenaquem,aopraticarocrime,supe,porrroplenamenteescusvel,ainexistnciadecircunstnciadefatoqueoconstituiouaexistnciadesituaodefatoquetornariaaaolegtima.

    rroculposo

    1Seorroderivadeculpa,astettulorespondeoagente,seofatopunvelcomocrimeculposo.

    rroprovocado

    2Seorroprovocadopor terceiro, responderstepelocrime,a ttulodedoloouculpa,conformeocaso.

    rrosbreapessoa

    Art.37.Quandooagente,porrrodepercepoounousodosmeiosdeexecuo,ououtroacidente,atingeumapessoaemvezdeoutra, respondecomose tivessepraticadoocrimecontraaquelaquerealmentepretendia atingir. Devem terse em conta no as condies e qualidades da vtima,mas as da outra pessoa,paraconfigurao,qualificaoouexclusodocrime,eagravaoouatenuaodapena.

    rroquantoaobemjurdico

    1Se, por rro ou outro acidente na execuo, atingido bem jurdico diverso do visado pelo agente,respondesteporculpa,seofatoprevistocomocrimeculposo.

    Duplicidadedoresultado

    2Se,nocasodoartigo, tambmatingidaapessoavisada,ou,nocasodopargrafoanterior,ocorreaindaoresultadopretendido,aplicasearegradoart.79.

    Art.38.Noculpadoquemcometeocrime:

    Coaoirresistvel

    a)sobcoaoirresistvelouquelhesuprimaafaculdadedeagirsegundoaprpriavontade

    Obedinciahierrquica

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    b)emestritaobedinciaaordemdiretadesuperiorhierrquico,emmatriadeservios.

    1Respondepelocrimeoautordacoaooudaordem.

    2Seaordemdosuperiortemporobjetoaprticadeatomanifestamentecriminoso,ouhexcessonosatosounaformadaexecuo,punveltambmoinferior.

    Estadodenecessidade,comexcludentedeculpabilidade

    Art.39.Noigualmenteculpadoquem,paraprotegerdireitoprpriooudepessoaaquemestligadoporestreitasrelaesdeparentescoouafeio,contraperigocertoeatual,quenoprovocou,nempodiadeoutromodo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que no lhe erarazovelmenteexigvelcondutadiversa.

    Coaofsicaoumaterial

    Art.40.Noscrimesemquehviolaododevermilitar, oagentenopode invocar coao irresistvelsenoquandofsicaoumaterial.

    Atenuaodepena

    Art.41.Nos casosdoart. 38, letrasaeb , se era possvel resistir coao, ou se a ordem no eramanifestamenteilegalou,nocasodoart.39,seerarazovelmenteexigvelosacrifciododireitoameaado,ojuiz,tendoemvistaascondiespessoaisdoru,podeatenuarapena.

    Exclusodecrime

    Art.42.Nohcrimequandooagentepraticaofato:

    Iemestadodenecessidade

    IIemlegtimadefesa

    IIIemestritocumprimentododeverlegal

    IVemexerccioregulardedireito.

    Pargrafonico.Nohigualmentecrimequandoocomandantedenavio,aeronaveoupraadeguerra,naiminnciadeperigoougrave calamidade, compeleos subalternos, pormeios violentos, a executar serviosemanobrasurgentes,para salvaraunidadeouvidas,ouevitarodesnimo,o terror, adesordem,a rendio,arevoltaouosaque.

    Estadodenecessidade,comoexcludentedocrime

    Art.43.Consideraseemestadodenecessidadequempraticaofatoparapreservardireitoseuoualheio,deperigocertoeatual,quenoprovocou,nempodiadeoutromodoevitar,desdequeomalcausado,porsuanaturezae importncia,considervelmente inferioraomalevitado,eoagentenoera legalmenteobrigadoaarrostaroperigo.

    Legtimadefesa

    Art.44. Entendese em legtima defesa quem, usandomoderadamente dosmeios necessrios, repeleinjustaagresso,atualouiminente,adireitoseuoudeoutrem.

    Excessoculposo

    Art.45.Oagenteque,emqualquerdoscasosdeexclusodecrime,excedeculposamenteoslimitesdanecessidade,respondepelofato,sestepunvel,attulodeculpa.

    Excessoescusvel

    Pargrafonico.Nopunveloexcessoquandoresultadeescusvelsurprsaouperturbaodenimo,emfacedasituao.

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    Excessodoloso

    Art.46.Ojuizpodeatenuarapenaaindaquandopunvelofatoporexcessodoloso.

    Elementosnoconstitutivosdocrime

    Art.47.Deixamdeserelementosconstitutivosdocrime:

    Iaqualidadedesuperiorouadeinferior,quandonoconhecidadoagente

    IIaqualidadedesuperiorouadeinferior,adeoficialdedia,deserviooudequarto,ouadesentinela,vigia,ouplanto,quandoaaopraticadaemrepulsaaagresso.

    TTULOIII

    DAIMPUTABILIDADEPENAL

    Inimputveis

    Art.48.Noimputvelquem,nomomentodaaooudaomisso,nopossuiacapacidadedeentenderocarterilcitodofatooudedeterminarsedeacrdocomsseentendimento,emvirtudededoenamental,dedesenvolvimentomentalincompletoouretardado.

    Reduofacultativadapena

    Pargrafo nico. Se a doena ou a deficinciamental no suprime,mas diminui considervelmente acapacidadedeentendimentoda ilicitudedo fatoouadeautodeterminao,no ficaexcludaa imputabilidade,masapenapodeseratenuada,semprejuzododispostonoart.113.

    Embriaguez

    Art.49.Noigualmenteimputveloagenteque,porembriaguezcompletaprovenientedecasofortuitoouframaior,era,aotempodaaooudaomisso,inteiramenteincapazdeentenderocartercriminosodofatooudedeterminarsedeacrdocomsseentendimento.

    Pargrafonico.Apenapodeserreduzidadeumadoisteros,seoagenteporembriaguezprovenientedecasofortuitoouframaior,nopossua,aotempodaaooudaomisso,aplenacapacidadedeentenderocartercriminosodofatooudedeterminarsedeacrdocomsseentendimento.

    Menores

    Art. 50.Omenordedezoitoanos inimputvel, salvose, j tendocompletadodezesseisanos, revelasuficientedesenvolvimentopsquicoparaentenderocarter ilcitodo fatoedeterminarsedeacrdocomsteentendimento.Nestecaso,apenaaplicveldiminudadeumtroatametade.

    Equiparaoamaiores

    Art.51.Equiparamseaosmaioresdedezoitoanos,aindaquenotenhamatingidoessaidade:

    a)osmilitares

    b)osconvocados,osqueseapresentam incorporaoeosque,dispensadostemporriamentedesta,deixamdeseapresentar,decorridooprazodelicenciamento

    c)osalunosdecolgiosououtrosestabelecimentosdeensino,sobdireoedisciplinamilitares,que jtenhamcompletadodezesseteanos.

    Art. 52. Osmenores de dezesseis anos, bem como os menores de dezoito e maiores de dezesseisinimputveis, ficam sujeitos s medidas educativas, curativas ou disciplinares determinadas em legislaoespecial.

    TTULOIV

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    DOCONCURSODEAGENTES

    Coautoria

    Art.53.Quem,dequalquermodo,concorreparaocrimeincidenaspenasastecominadas.

    Condiesoucircunstnciaspessoais

    1Apunibilidadedequalquerdosconcorrentesindependentedadosoutros,determinandosesegundoasuaprpriaculpabilidade.Nosecomunicam,outrossim,ascondiesoucircunstnciasdecarterpessoal,salvoquandoelementaresdocrime.

    Agravaodepena

    2Apenaagravadaemrelaoaoagenteque:

    Ipromoveouorganizaacooperaonocrimeoudirigeaatividadedosdemaisagentes

    IIcoageoutremexecuomaterialdocrime

    IIIinstigaoudeterminaacometerocrimealgumsujeitosuaautoridade,ounopunvelemvirtudedecondioouqualidadepessoal

    IVexecutaocrime,ounleparticipa,mediantepagaoupromessaderecompensa.

    Atenuaodepena

    3Apenaatenuadacomrelaoaoagente,cujaparticipaonocrimedesomenosimportncia.

    Cabeas

    4Na prtica de crime de autoria coletiva necessria, reputamse cabeas os que dirigem, provocam,instigamouexcitamaao.

    5Quandoocrimecometidoporinferioreseumoumaisoficiais,sostesconsideradoscabeas,assimcomoosinferioresqueexercemfunodeoficial.

    Casosdeimpunibilidade

    Art. 54. O ajuste, a determinao ou instigao e o auxlio, salvo disposio em contrrio, no sopunveisseocrimenochega,pelomenos,asertentado.

    TTULOV

    DASPENAS

    CAPTULOI

    DASPENASPRINCIPAIS

    Penasprincipais

    Art.55.Aspenasprincipaisso:

    a)morte

    b)recluso

    c)deteno

    d)priso

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    e)impedimento

    f)suspensodoexercciodopsto,graduao,cargooufuno

    g)reforma.

    Penademorte

    Art.56.Apenademorteexecutadaporfuzilamento.

    Comunicao

    Art.57. A sentena definitiva de condenao morte comunicada, logo que passe em julgado, aoPresidentedaRepblica,enopodeserexecutadasenodepoisdesetediasapsacomunicao.

    Pargrafo nico. Se a pena imposta em zona de operaes de guerra, pode ser imediatamenteexecutada,quandooexigirointerssedaordemedadisciplinamilitares.

    Mnimosemximosgenricos

    Art.58.Omnimodapenade reclusodeumano,eomximode trintaanosomnimodapenadedetenodetrintadias,eomximodedezanos.

    Penaatdoisanosimpostaamilitar

    Art.59.Apenadereclusooudedetenopor tempoatdoisanos, impostaamilitar,convertidaempenadeprisoecumprida:

    Art.59Apenadereclusooudedetenoat2(dois)anos,aplicadaamilitar,convertidaempenadeprisoecumprida,quandonocabvelasuspensocondicional:(RedaodadapelaLein6.544,de30.6.1978)

    Ipelooficial,emrecintodeestabelecimentomilitar

    IIpelapraa,emestabelecimentopenalmilitar,ondeficarseparadadepresosqueestejamcumprindopenadisciplinaroupenaprivativadeliberdadeportemposuperioradoisanos.

    Separaodepraasespeciaisegraduadas

    Pargrafonico.Paraefeitodeseparao,nocumprimentodapenadepriso,atenderse, tambm,condiodaspraasespeciaisedasgraduadas,ounoe,dentreasgraduadas,dasquetenhamgraduaoespecial.

    Penadoassemelhado

    Art.60.Oassemelhadocumpreapenaconformeopstoougraduaoquelhecorrespondente.

    Penadosnoassemelhados

    Pargrafonico.ParaosnoassemelhadosdosMinistriosMilitaresergossobcontrledstes,regulaseacorrespondnciapelopadroderemunerao.

    Penasuperioradoisanos,impostaamilitar

    Art.61.Apenaprivativadeliberdadepormaisdedoisanos,impostaamilitar,cumpridaempenitenciriamilitare,nafaltadesta,empenitenciriacivil,ficandooreclusooudetentosujeitoaoregimedoestabelecimentoaquesejarecolhido.

    Art. 61 A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, cumprida empenitenciriamilitare,nafaltadessa,emestabelecimentoprisionalcivil,ficandooreclusooudetentosujeitoaoregime conforme a legislao penal comum, de cujos benefcios e concesses, tambm, poder gozar.(RedaodadapelaLein6.544,de30.6.1978)

    Penaprivativadaliberdadeimpostaacivil

  • 13/04/2015 DEL1001

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 11/82

    Art.62.O civil cumpreapena impostapela JustiaMilitar empenitenciria civil ou, falta, emseoespecialdeprisocomum,ficandosujeitoaoregimedoestabelecimentoaquesejarecolhido.

    Art.62OcivilcumpreapenaaplicadapelaJustiaMilitar,emestabelecimentoprisionalcivil,ficandoelesujeito ao regime conforme a legislao penal comum, de cujos benefcios e concesses, tambm, podergozar.(RedaodadapelaLein6.544,de30.6.1978)

    Cumprimentoempenitenciriamilitar

    Pargrafonico.Por crimemilitar praticadoem tempodeguerrapodero civil ficar sujeitoa cumprir apena,notodoouemparte,empenitenciriamilitar,se,embenefciodasegurananacional,assimodeterminarasentena.

    Pargrafonico Porcrimemilitarpraticadoem tempodeguerrapoderocivil ficarsujeitoa cumprir apena,notodoouemparteempenitenciriamilitar,se,embenefciodasegurananacional,assimodeterminarasentena.(RedaodadapelaLein6.544,de30.6.1978)

    Penadeimpedimento

    Art.63.Apenadeimpedimentosujeitaocondenadoapermanecernorecintodaunidade,semprejuzodainstruomilitar.

    Penadesuspensodoexercciodopsto,graduao,cargooufuno

    Art.64.Apenadesuspensodoexercciodopsto,graduao,cargooufunoconsistenaagregao,no afastamento, no licenciamento ou na disponibilidade do condenado, pelo tempo fixado na sentena, semprejuzo do seu comparecimento regular sede do servio. No ser contado como tempo de servio, paraqualquerefeito,odocumprimentodapena.

    Casodereserva,reformaouaposentadoria

    Pargrafonico.Seo condenado, quandoproferidaa sentena, j estiver na reserva, ou reformadoouaposentado,apenaprevistanesteartigoserconvertidaempenadedeteno,detrsmesesaumano.

    Penadereforma

    Art.65.Apenadereformasujeitaocondenadosituaodeinatividade,nopodendopercebermaisdeumvinteecincoavosdosldo,poranodeservio,nemreceberimportnciasuperiordosldo.

    Superveninciadedoenamental

    Art.66.Ocondenadoaquesobrevenhadoenamentaldeveser recolhidoamanicmio judicirioou,nafaltadste,aoutroestabelecimentoadequado,ondelhesejaasseguradacustdiaetratamento.

    Tempocomputvel

    Art. 67. Computamse na pena privativa de liberdade o tempo de priso provisria, no Brasil ou noestrangeiro, e o de internao em hospital ou manicmio, bem como o excesso de tempo, reconhecido emdeciso judicial irrecorrvel, no cumprimento da pena, por outro crime, desde que a deciso seja posterior aocrimedequesetrata.

    Transfernciadecondenados

    Art. 68. O condenado pela Justia Militar de uma regio, distrito ou zona pode cumprir pena emestabelecimentodeoutraregio,distritoouzona.

    CAPTULOII

    DAAPLICAODAPENA

    Fixaodapenaprivativadeliberdade

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    Art. 69.Para fixao da pena privativa de liberdade, o juiz aprecia a gravidade do crimepraticado e apersonalidadedoru,devendoteremcontaaintensidadedodoloougraudaculpa,amaioroumenorextensodo dano ou perigo de dano, os meios empregados, o modo de execuo, os motivos determinantes, ascircunstncias de tempo e lugar, os antecedentes do ru e sua atitude de insensibilidade, indiferena ouarrependimentoapsocrime.

    Determinaodapena

    1Sesocominadaspenasalternativas,ojuizdevedeterminarqualdelasaplicvel.

    Limiteslegaisdapena

    2Salvoodispostonoart.76,fixadadentrodoslimiteslegaisaquantidadedapenaaplicvel.

    Circunstnciasagravantes

    Art. 70. So circunstncias que sempre agravam a pena, quando no integrantes ou qualificativas docrime:

    Iareincidncia

    IIteroagentecometidoocrime:

    a)pormotivoftiloutorpe

    b)parafacilitarouasseguraraexecuo,aocultao,aimpunidadeouvantagemdeoutrocrime

    c)depoisdeembriagarse,salvoseaembriaguezdecorredecasofortuito,enganoouframaior

    d) traio,deemboscada,comsurprsa,oumedianteoutro recurso insidiosoquedificultouou tornouimpossveladefesadavtima

    e)comoemprgodeveneno,asfixia,tortura,fogo,explosivo,ouqualqueroutromeiodissimuladooucruel,oudequepodiaresultarperigocomum

    f)contraascendente,descendente,irmooucnjuge

    g)comabusodepoderouviolaodedeverinerenteacargo,ofcio,ministrioouprofisso

    h)contracriana,velhoouenfrmo

    i)quandooofendidoestavasobaimediataproteodaautoridade

    j)emocasiodeincndio,naufrgio,encalhe,alagamento,inundao,ouqualquercalamidadepblica,oudedesgraaparticulardoofendido

    l)estandodeservio

    m)comemprgodearma,materialouinstrumentodeservio,parassefimprocurado

    n)emauditriodaJustiaMilitaroulocalondetenhasedeasuaadministrao

    o)empasestrangeiro.

    Pargrafonico.Ascircunstnciasdasletrasc,salvonocasodeembriaguezpreordenada,l,meo ,sagravamocrimequandopraticadopormilitar.

    Reincidncia

    Art.71.Verificasea reincidnciaquandooagentecometenvocrime,depoisde transitarem julgadoasentenaque,nopasounoestrangeiro,otenhacondenadoporcrimeanterior.

    Temporariedadedareincidncia

  • 13/04/2015 DEL1001

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 13/82

    1 No se toma em conta, para efeito da reincidncia, a condenao anterior, se, entre a data documprimentoouextinodapenaeocrimeposterior,decorreuperododetemposuperioracincoanos.

    Crimesnoconsideradosparaefeitodareincidncia

    2Paraefeitodareincidncia,noseconsideramoscrimesanistiados.

    Art.72.Socircunstnciasquesempreatenuamapena:

    Circunstnciaatenuantes

    Iseroagentemenordevinteeumoumaiordesetentaanos

    IIsermeritrioseucomportamentoanterior

    IIIteroagente:

    a)cometidoocrimepormotivoderelevantevalorsocialoumoral

    b)procurado,porsuaespontneavontadeecomeficincia,logoapsocrime,evitarlheouminorarlheasconseqncias,outer,antesdojulgamento,reparadoodano

    c)cometidoocrimesobainflunciadeviolentaemoo,provocadaporatoinjustodavtima

    d)confessadoespontneamente,peranteaautoridade,aautoriadocrime,ignoradaouimputadaaoutrem

    e)sofridotratamentocomrigornopermitidoemlei.Noatendimentodeatenuantes

    Pargrafonico.Noscrimesemqueapenamximacominadademorte,aojuizfacultadoatender,ouno,scircunstnciasatenuantesenumeradasnoartigo.

    Quantumdaagravaoouatenuao

    Art.73.Quandoaleideterminaaagravaoouatenuaodapenasemmencionaroquantum,deveojuizfixloentreumquintoeumtro,guardadososlimitesdapenacominadaaocrime.

    Maisdeumaagravanteouatenuante

    Art.74.Quandoocorremaisdeumaagravanteoumaisdeumaatenuante,ojuizpoderlimitarseaumasagravaoouaumasatenuao.

    Concursodeagravanteseatenuantes

    Art.75. No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximarse do limite indicado pelascircunstnciaspreponderantes,entendendosecomotaisasqueresultamdosmotivosdeterminantesdocrime,dapersonalidadedoagente,edareincidncia.Sehequivalnciaentreumaseoutras,comosenotivessemocorrido.

    Majoranteseminorantes

    Art.76.Quandoa leiprevcausasespeciaisdeaumentooudiminuiodapena,no ficao juizadstritoaoslimitesdapenacominadaaocrime,senoapenasaosdaespciedepenaaplicvel(art.58).

    Pargrafonico.Noconcursodessascausasespeciais,podeojuizlimitarseaumsaumentoouaumasdiminuio,prevalecendo,todavia,acausaquemaisaumenteoudiminua.

    Penabase

    Art.77.Apenaquetenhadeseraumentadaoudiminuda,dequantidadefixaoudentrodedeterminadoslimites,aqueojuizaplicaria,senoexistisseacircunstnciaoucausaqueimportaoaumentooudiminuio.

    Criminosohabitualouportendncia

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 14/82

    Art.78. Em se tratando de criminoso habitual ou por tendncia, a pena a ser imposta ser por tempoindeterminado.O juiz fixarapenacorrespondentenova infraopenal,queconstituiraduraomnimadapenaprivativadaliberdade,nopodendoser,emcasoalgum,inferioratrsanos.

    Limitedapenaindeterminada

    1 A durao da pena indeterminada no poder exceder a dez anos, aps o cumprimento da penaimposta.

    Habitualidadepresumida

    2Considerasecriminosohabitualaquleque:

    a)reincidepelasegundaveznaprticadecrimedolosodamesmanatureza,punvelcompenaprivativadeliberdadeemperododetemponosuperioracincoanos,descontadooqueserefereacumprimentodepena

    Habitualidadereconhecvelpelojuiz

    b)emborasemcondenaoanterior,cometesucessivamente,emperododetemponosuperioracincoanos, quatro ou mais crimes dolosos da mesma natureza, punveis com pena privativa de liberdade, edemonstra,pelassuascondiesdevidaepelascircunstnciasdos fatosapreciadosemconjunto,acentuadainclinaoparataiscrimes.

    Criminosoportendncia

    3Considerasecriminosopor tendnciaaqulequecometehomicdio, tentativadehomicdioou lesocorporal grave, e, pelosmotivos determinantes emeios oumodo de execuo, revela extraordinria torpeza,perversooumalvadez.

    Ressalvadoart.113

    4Ficaressalvado,emqualquercaso,odispostonoart.113.

    Crimesdamesmanatureza

    5Consideramsecrimesdamesmanaturezaosprevistosnomesmodispositivolegal,bemcomoosque,embora previstos em dispositivos diversos, apresentam, pelos fatos que os constituem ou por seusmotivosdeterminantes,caracteresfundamentaiscomuns.

    Concursodecrimes

    Art.79. Quando o agente,mediante uma s oumais de uma ao ou omisso, pratica dois oumaiscrimes, idnticosouno,aspenasprivativasde liberdadedevemserunificadas.Seaspenassodamesmaespcie,apenanicaasomade tdasse,deespciesdiferentes,apenanicaeamaisgrave,mascomaumentocorrespondentemetadedotempodasmenosgraves,ressalvadoodispostonoart.58.

    Crimecontinuado

    Art.80.Aplicasea regradoartigoanterior,quandooagente,mediantemaisdeumaaoouomisso,pratica dois oumais crimes damesma espcie e, pelas condies de tempo, lugar, maneira de execuo eoutrassemelhantes,devemossubseqentesserconsideradoscomocontinuaodoprimeiro.

    Pargrafonico.Nohcrimecontinuadoquandosetratadefatosofensivosdebensjurdicosinerentespessoa,salvoseasaesouomissessucessivassodirigidascontraamesmavtima.

    Limitedapenaunificada

    Art.81.Apenaunificadanopodeultrapassardetrintaanos,sederecluso,oudequinzeanos,sededeteno.

    Reduofacultativadapena

    1Apenaunificadapodeserdiminudadeumsextoaumquarto,nocasodeunidadedeaoouomisso,

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 15/82

    oudecrimecontinuado.

    Graduaonocasodepenademorte

    2Quando cominada a pena demorte como graumximo e a de recluso como graumnimo, aquelacorresponde,paraoefeitodegraduao,dereclusoportrintaanos.

    Clculodapenaaplicveltentativa

    3Noscrimespunidoscomapenademorte,estacorrespondedereclusoportrintaanos,paraclculodapenaaplicveltentativa,salvodisposioespecial.

    Ressalvadoart.78,2,letrab

    Art.82.Quandoseapresentaocasodoart.78,2, letrab , ficasemaplicaoodispostoquantoaoconcursodecrimesidnticosouaocrimecontinuado.

    Penasnoprivativasdeliberdade

    Art.83.Aspenasnoprivativasde liberdadesoaplicadasdistintae integralmente,aindaqueprevistasparaumsdoscrimesconcorrentes.

    CAPTULOIII

    DASUSPENSOCONDICIONALDAPENA

    Pressupostosdasuspenso

    Art.84.Podesersuspensapordoisaseisanosaexecuodapenadedetenonosuperioradoisanosou, no caso de recluso por igual prazo, se o ru era, ao tempo do crime,menor de vinte e um oumaior desetentaanos,desdeque:

    Art.84Aexecuodapenaprivativadaliberdade,nosuperiora2(dois)anos,podesersuspensa,por2(dois)anosa6(seis)anos,desdeque:(RedaodadapelaLein6.544,de30.6.1978)

    Inotenhaorusofridocondenaoanterior,porcrimereveladordemndole

    IosentenciadonohajasofridonoPasounoestrangeiro,condenaoirrecorrvelporoutrocrimeapenaprivativadaliberdade,salvoodispostono1doart.71(RedaodadapelaLein6.544,de30.6.1978)

    II os seus antecedentes e personalidade, osmotivos e circunstncias de seu crime, bem como suacondutaposterioraste, indicativadearrependimentooudosincerodesejodereparaododano,autorizemapresunodequenotornaradelinqir.

    II os seus antecedentes e personalidade, osmotivos e as circunstncias do crime, bem como suacondutaposterior, autorizemapresunodequeno tornaradelinqir. (Redaodadapela Lei n 6.544, de30.6.1978)

    Restries

    Pargrafonico.Asuspensonoseestendespenasde reforma, suspensodoexercciodopsto,graduaooufunooupenaacessria,nemexcluiaaplicaodemedidadesegurananodetentiva.

    Condies

    Art.85.Asentenadeveespecificarascondiesaqueficasubordinadaasuspenso.

    Revogaoobrigatriadasuspenso

    Art.86.Asuspensorevogadase,nocursodoprazo,obeneficirio:

    I condenado, por sentena irrecorrvel, na JustiaMilitar ou na comum, em razo de crime, ou de

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    contravenoreveladorademndoleouaquetenhasidoimpostapenaprivativadeliberdade

    IInoefetua,semmotivojustificado,areparaododano

    IIIsendomilitar,punidoporinfraodisciplinarconsideradagrave.

    Revogaofacultativa

    1Asuspensopodeser tambmrevogada,seocondenadodeixadecumprirqualquerdasobrigaesconstantesdasentena.

    Prorrogaodeprazo

    2Quandofacultativaarevogao,ojuizpode,aoinvsdedecretla,prorrogaroperododeprovaatomximo,sestenofoiofixado.

    3 Se o beneficirio est respondendo a processo que, no caso de condenao, pode acarretar arevogao,consideraseprorrogadooprazodasuspensoatojulgamentodefinitivo.

    Extinodapena

    Art.87.Seo prazoexpira semque tenha sido revogadaa suspenso, fica extinta a penaprivativa deliberdade.

    Noaplicaodasuspensocondicionaldapena

    Art.88.Asuspensocondicionaldapenanoseaplica:

    Iaocondenadoporcrimecometidoemtempodeguerra

    IIemtempodepaz:

    a)porcrimecontraasegurananacional,dealiciaoeincitamento,deviolnciacontrasuperior,oficialdedia, de servio ou de quarto, sentinela, vigia ou planto, de desrespeito a superior, de insubordinao, ou dedesero

    b)peloscrimesprevistosnosarts.160,161,162,235,291eseupargrafonico,ns.IaIV.

    CAPTULOIV

    DOLIVRAMENTOCONDICIONAL

    Requisitos

    Art.89.Ocondenadoapenadereclusooudedetenoportempoigualousuperioradoisanospodeserliberadocondicionalmente,desdeque:

    Itenhacumprido:

    a)metadedapena,seprimrio

    b)doisteros,sereincidente

    IItenhareparado,salvoimpossibilidadedefazlo,odanocausadopelocrime

    IIIsuaboacondutaduranteaexecuodapena,suaadaptaoaotrabalhoescircunstnciasatinentesasuapersonalidade,aomeiosocialesuavidapregressapermitemsuporquenovoltaradelinqir.

    Penasemconcursodeinfraes

    1Nocasodecondenaoporinfraespenaisemconcurso,deveterseemcontaapenaunificada.

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    Condenaodemenorde21oumaiorde70anos

    2Seocondenadoprimrioemenordevinteeumoumaiordesetentaanos,otempodecumprimentodapenapodeserreduzidoaumtro.

    Especificaesdascondies

    Art.90.Asentenadeveespecificarascondiesaqueficasubordinadoolivramento.

    Preliminaresdaconcesso

    Art.91.OlivramentosmenteseconcedemedianteparecerdoConselhoPenitencirio,ouvidosodiretordoestabelecimentoemqueestoutenhaestadooliberandoeorepresentantedoMinistrioPblicodaJustiaMilitar e, se imposta medida de segurana detentiva, aps percia conclusiva da no periculosidade doliberando.

    Observaocautelareproteodoliberado

    Art.92.O liberado ficasobobservaocautelareproteorealizadasporpatronatooficialouparticular,dirigido aqule e inspecionado ste pelo Conselho Penitencirio. Na falta de patronato, o liberado fica sobobservaocautelarrealizadaporserviosocialpenitencirioourgosimilar.

    Revogaoobrigatria

    Art. 93.Revogaseo livramento, seo liberadovema ser condenado, emsentena irrecorrvel, apenalprivativadeliberdade:

    Iporinfraopenalcometidaduranteavignciadobenefcio

    IIporinfraopenalanterior,salvose,tendodeserunificadasaspenas,noficaprejudicadoorequisitodoart.89,nI,letraa

    Revogaofacultativa

    1O juiz pode, tambm, revogar o livramento se o liberado deixa de cumprir qualquer das obrigaesconstantes da sentena ou irrecorrvelmente condenado, pormotivo de contraveno, a pena que no sejaprivativadeliberdadeou,semilitar,sofrepenalidadeportransgressodisciplinarconsideradagrave.

    Infraosujeitajurisdiopenalcomum

    2Paraosefeitosdarevogaoobrigatria,sotomadas,tambm,emconsiderao,nostrmosdosns.IeIIdsteartigo,asinfraessujeitasjurisdiopenalcomume,igualmente,acontravenocompreendidano1,seassim,comprudentearbtrio,oentenderojuiz.

    Efeitosdarevogao

    Art.94.Revogadoo livramento,nopodesernovamenteconcedidoe,salvoquandoarevogaoresultadecondenaoporinfraopenalanterioraobenefcio,nosedescontanapenaotempoemqueestvesltoocondenado.

    Extinodapena

    Art. 95. Se, at o seu trmo, o livramento no revogado, considerase extinta a pena privativa deliberdade.

    Pargrafonico.Enquantonopassaemjulgadoasentenaemprocesso,aquerespondeoliberadoporinfraopenalcometidanavignciadolivramento,deveojuizabstersededeclararaextinodapena.

    Noaplicaodolivramentocondicional

    Art.96.Olivramentocondicionalnoseaplicaaocondenadoporcrimecometidoemtempodeguerra.

    Casosespeciaisdolivramentocondicional

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 18/82

    Art.97.Emtempodepaz,o livramentocondicionalporcrimecontraaseguranaexternadopas,ouderevolta,motim,aliciaoeincitamento,violnciacontrasuperioroumilitardeservio,sserconcedidoapsocumprimentodedoisterosdapena,observadoaindaodispostonoart.89,prembulo,seusnmerosIIeIIIe1e2.

    CAPTULOV

    DASPENASACESSRIAS

    PenasAcessrias

    Art.98.Sopenasacessrias:

    Iaperdadepstoepatente

    IIaindignidadeparaooficialato

    IIIaincompatibilidadecomooficialato

    IVaexclusodasfrasarmadas

    Vaperdadafunopblica,aindaqueeletiva

    VIainabilitaoparaoexercciodefunopblica

    VIIasuspensodoptriopoder,tutelaoucuratela

    VIIIasuspensodosdireitospolticos.

    Funopblicaequiparada

    Pargrafonico.Equiparasefunopblicaaqueexercidaememprsapblica,autarquia,sociedadedeeconomiamista,ousociedadedequeparticipeaUnio,oEstadoouoMunicpiocomoacionistamajoritrio.

    Perdadepstoepatente

    Art.99.Aperdadepstoepatenteresultadacondenaoapenaprivativadeliberdadeportemposuperioradoisanos,eimportaaperdadascondecoraes.

    Indignidadeparaooficialato

    Art.100.Ficasujeitodeclaraodeindignidadeparaooficialatoomilitarcondenado,qualquerquesejaapena, nos crimes de traio, espionagemou cobardia, ou emqualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240,242,243,244,245,251,252,303,304,311e312.

    Incompatibilidadecomooficialato

    Art.101.Ficasujeitodeclaraode incompatibilidadecomooficialatoomilitarcondenadonoscrimesdosarts.141e142.

    Exclusodasfrasarmadas

    Art.102.Acondenaodapraaapenaprivativadeliberdade,portemposuperioradoisanos,importasuaexclusodasfrasarmadas.

    Perdadafunopblica

    Art.103.Incorrenaperdadafunopblicaoassemelhadoouocivil:

    Icondenadoapenaprivativadeliberdadeporcrimecometidocomabusodepoderouviolaodedeverinerentefunopblica

  • 13/04/2015 DEL1001

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 19/82

    IIcondenado,poroutrocrime,apenaprivativadeliberdadepormaisdedoisanos.

    Pargrafonico.Odispostonoartigoaplicaseaomilitardareserva,oureformado,seestivernoexercciodefunopblicadequalquernatureza.

    Inabilitaoparaoexercciodefunopblica

    Art.104. Incorrena inabilitaoparaoexercciode funopblica,peloprazodedoisatvinteanos,ocondenadoareclusopormaisdequatroanos,emvirtudedecrimepraticadocomabusodepoderouviolaododevermilitarouinerentefunopblica.

    Trmoinicial

    Pargrafonico.Oprazodainabilitaoparaoexercciodefunopblicacomeaaotrmodaexecuoda pena privativa de liberdade ou da medida de segurana imposta em substituio, ou da data em que seextingueareferidapena.

    Suspensodoptriopoder,tutelaoucuratela

    Art.105.Ocondenadoapenaprivativadeliberdadepormaisdedoisanos,sejaqualfrocrimepraticado,ficasuspensodoexercciodoptriopoder,tutelaoucuratela,enquantoduraaexecuodapena,oudamedidadeseguranaimpostaemsubstituio(art.113).

    Suspensoprovisria

    Pargrafonico.Duranteoprocessopodeo juizdecretarasuspensoprovisriadoexercciodoptriopoder,tutelaoucuratela.

    Suspensodosdireitospolticos

    Art.106. Durante a execuo da pena privativa de liberdade ou damedida de segurana mposta emsubstituio,ouenquantoperduraainabilitaoparafunopblica,ocondenadonopodevotar,nemservotado.

    Imposiodepenaacessria

    Art.107.Salvo os casos dos arts. 99, 103, n II, e 106, a imposio da pena acessria deve constarexpressamentedasentena.

    Tempocomputvel

    Art.108.Computasenoprazodasinabilitaestemporriasotempodeliberdaderesultantedasuspensocondicionaldapenaoudolivramentocondicional,senosobrevmrevogao.

    CAPTULOVI

    DOSEFEITOSDACONDENAO

    Obrigaoderepararodano

    Art.109.Soefeitosdacondenao:

    Itornarcertaaobrigaoderepararodanoresultantedocrime

    PerdaemfavordaFazendaNacional

    IIaperda,emfavordaFazendaNacional,ressalvadoodireitodolesadooudeterceirodeboaf:

    a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienao, uso, porte oudetenoconstituafatoilcito

    b)doprodutodocrimeoudequalquerbemouvalorqueconstituaproveitoauferidopeloagentecomasua

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    prtica.

    TTULOVI

    DASMEDIDASDESEGURANA

    Espciesdemedidasdesegurana

    Art.110.Asmedidasdeseguranasopessoaisoupatrimoniais.Asdaprimeiraespciesubdividemseem detentivas e no detentivas. As detentivas so a internao em manicmio judicirio e a internao emestabelecimentopsiquitricoanexoaomanicmiojudicirioouaoestabelecimentopenal,ouemseoespecialdeumoudeoutro.Asnodetentivassoacassaodelicenaparadireodeveculosmotorizados,oexliolocaleaproibiode freqentardeterminados lugares.Aspatrimoniaissoa interdiodeestabelecimentoousededesociedadeouassociao,eoconfisco.

    Pessoassujeitassmedidasdesegurana

    Art.111.Asmedidasdeseguranasmentepodemserimpostas:

    Iaoscivis

    II aosmilitaresouassemelhados,condenadosapenaprivativade liberdadepor temposuperioradoisanos, ou aos que de outromodo hajam perdido funo, psto e patente, ou hajam sido excludos das frasarmadas

    IIIaosmilitaresouassemelhados,nocasodoart.48

    IVaosmilitaresouassemelhados,nocasodoart.115,comaplicaodosseus1,2e3.

    Manicmiojudicirio

    Art.112.Quandooagenteinimputvel(art.48),massuascondiespessoaiseofatopraticadorevelamqueleofereceperigoincolumidadealheia,ojuizdeterminasuainternaoemmanicmiojudicirio.

    Prazodeinternao

    1 A internao, cujomnimo deve ser fixado de entre um a trs anos, por tempo indeterminado,perdurandoenquantonofraveriguada,medianteperciamdica,acessaodapericulosidadedointernado.

    Perciamdica

    2Salvodeterminaoda instnciasuperior,aperciamdicarealizadaaotrminodoprazomnimofixadointernaoe,nosendoestarevogada,deveaquelaserrepetidadeanoemano.

    Desinternaocondicional

    3Adesinternaosemprecondicional,devendoserrestabelecidaasituaoanterior,seoindivduo,antesdodecursodeumano,vemapraticarfatoindicativodepersistnciadesuapericulosidade.

    4Duranteoperododeprova,aplicaseodispostonoart.92.

    Substituiodapenaporinternao

    Art. 113. Quando o condenado se enquadra no pargrafo nico do art. 48 e necessita de especialtratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituda pela internao em estabelecimentopsiquitrico anexo aomanicmio judicirio ou ao estabelecimento penal, ou em seo especial de um ou deoutro.

    Superveninciadecura

    1Sobrevindoacura,podeointernadosertransferidoparaoestabelecimentopenal,noficandoexcludooseudireitoalivramentocondicional.

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    Persistnciadoestadomrbido

    2 Se, ao trmino do prazo, persistir o mrbido estado psquico do internado, condicionante depericulosidadeatual,a internaopassaaserportempoindeterminado,aplicandoseodispostonos1a4doartigoanterior.

    brioshabituaisoutoxicmanos

    3 idntica internao para fim curativo, sob as mesmas normas, ficam sujeitos os condenadosreconhecidoscomobrioshabituaisoutoxicmanos.

    Regimedeinternao

    Art.114.Ainternao,emqualquerdoscasosprevistosnosartigosprecedentes,devevisarnoapenasao tratamento curativo do internado, seno tambm ao seu aperfeioamento, a um regime educativo ou detrabalho,lucrativoouno,segundoopermitiremsuascondiespessoais.

    Cassaodelicenaparadirigirveculosmotorizados

    Art. 115. Ao condenado por crime cometido na direo ou relacionadamente direo de veculosmotorizados,deveser cassadaa licenapara tal fim,peloprazomnimodeumano, seas circunstnciasdocasoeosantecedentesdocondenadorevelamasuainaptidoparaessaatividadeeconseqenteperigoparaaincolumidadealheia.

    1Oprazodainterdiosecontadodiaemqueterminaaexecuodapenaprivativadeliberdadeoudamedidadeseguranadetentiva,oudadatadasuspensocondicionaldapenaoudaconcessodolivramentooudesinternaocondicionais.

    2 Se, antes de expirado o prazo estabelecido, averiguada a cessao do perigo condicionante dainterdio,estarevogadamas,seoperigopersisteaotrmodoprazo,prorrogasesteenquantonocessaaqule.

    3 A cassao da licena deve ser determinada ainda no caso de absolvio do ru em razo deinimputabilidade.

    Exliolocal

    Art.116.Oexliolocal,aplicvelquandoojuizoconsideranecessriocomomedidapreventiva,abemdaordempblicaoudoprpriocondenado,consistenaproibiodequesteresidaoupermanea,duranteumano,pelomenos,nalocalidade,municpiooucomarcaemqueocrimefoipraticado.

    Pargrafonico.Oexliodevesercumpridologoquecessaoususpensacondicionalmenteaexecuodapenaprivativadeliberdade.

    Proibiodefreqentardeterminadoslugares

    Art.117.Aproibiodefreqentardeterminadoslugaresconsisteemprivarocondenado,duranteumano,pelo menos, da faculdade de acesso a lugares que favoream, por qualquer motivo, seu retrno atividadecriminosa.

    Pargrafo nico. Para o cumprimento da proibio, aplicase o disposto no pargrafo nico do artigoanterior.

    Interdiodeestabelecimento,sociedadeouassociao

    Art.118.Ainterdiodeestabelecimentocomercialouindustrial,oudesociedadeouassociao,podeserdecretadaportemponoinferioraquinzedias,nemsuperioraseismeses,seoestabelecimento,sociedadeouassociaoservedemeiooupretextoparaaprticadeinfraopenal.

    1A interdioconsistenaproibiodeexercerno localomesmocomrcioou indstria,ouaatividadesocial.

    2 A sociedade ou associao, cuja sede interditada, no pode exercer em outro local as suasatividades.

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    Confisco

    Art.119.O juiz,emboranoapuradaaautoria,ouaindaquandooagente inimputvel,ounopunvel,deveordenaroconfiscodosinstrumentoseprodutosdocrime,desdequeconsistamemcoisas:

    Icujofabrico,alienao,uso,porteoudetenoconstituifatoilcito

    IIque,pertencendosfrasarmadasousendodeusoexclusivodemilitares,estejamempoderouemusodoagente,oudepessoanodevidamenteautorizada

    IIIabandonadas,ocultasoudesaparecidas.

    Pargrafonico.ressalvadoodireitodolesadooudeterceirodeboaf,noscasosdosns.IeIII.

    Imposiodamedidadesegurana

    Art.120.Amedidadeseguranaimpostaemsentena,quelheestabelecerascondies,nostrmosdaleipenalmilitar.

    Pargrafonico.Aimposiodamedidadesegurananoimpedeaexpulsodoestrangeiro.

    TTULOVII

    DAAOPENAL

    Proposituradaaopenal

    Art.121.AaopenalsmentepodeserpromovidapordennciadoMinistrioPblicodaJustiaMilitar.

    Dependnciaderequisio

    Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ao penal, quando o agente for militar ouassemelhado,dependedarequisiodoMinistrioMilitaraqueaquleestiversubordinadonocasodoart.141,quandooagentefrcivilenohouvercoautormilitar,arequisioserdoMinistriodaJustia.

    TTULOVIII

    DAEXTINODAPUNIBILIDADE

    Causasextintivas

    Art.123.Extingueseapunibilidade:

    Ipelamortedoagente

    IIpelaanistiaouindulto

    IIIpelaretroatividadedeleiquenomaisconsideraofatocomocriminoso

    IVpelaprescrio

    Vpelareabilitao

    VIpeloressarcimentododano,nopeculatoculposo(art.303,4).

    Pargrafo nico. A extino da punibilidade de crime, que pressuposto, elemento constitutivo oucircunstnciaagravantedeoutro,noseestendeaste.Noscrimesconexos,aextinodapunibilidadedeumdlesnoimpede,quantoaosoutros,aagravaodapenaresultantedaconexo.

    Espciesdeprescrio

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    Art.124.Aprescriorefereseaopenalouexecuodapena.

    Prescriodaaopenal

    Art.125.Aprescriodaaopenal,salvoodispostono1dsteartigo,regulasepelomximodapenaprivativadeliberdadecominadaaocrime,verificandose:

    Iemtrintaanos,seapenademorte

    IIemvinteanos,seomximodapenasuperioradoze

    IIIemdezesseisanos,seomximodapenasuperioraoitoenoexcedeadoze

    IVemdozeanos,seomximodapenasuperioraquatroenoexcedeaoito

    Vemoitoanos,seomximodapenasuperioradoisenoexcedeaquatro

    VIemquatroanos,seomximodapenaigualaumanoou,sendosuperior,noexcedeadois

    VIIemdoisanos,seomximodapenainferioraumano.

    Superveninciadesentenacondenatriadequesmenteorurecorre

    1 Sobrevindo sentena condenatria, de que smente o ru tenha recorrido, a prescrio passa aregularse pela pena imposta, e deve ser logo declarada, sem prejuzo do andamento do recurso se, entre altimacausainterruptivadocursodaprescrio(5)easentena,jdecorreutemposuficiente.

    Trmoinicialdaprescriodaaopenal

    2Aprescriodaaopenalcomeaacorrer:

    a)dodiaemqueocrimeseconsumou

    b)nocasodetentativa,dodiaemquecessouaatividadecriminosa

    c)noscrimespermanentes,dodiaemquecessouapermanncia

    d)noscrimesdefalsidade,dadataemqueofatosetornouconhecido.

    Casodeconcursodecrimesoudecrimecontinuado

    3Nocasodeconcursodecrimesoudecrimecontinuado,aprescrioreferida,nopenaunificada,masdecadacrimeconsideradoisoladamente.

    Suspensodaprescrio

    4Aprescriodaaopenalnocorre:

    Ienquantonoresolvida,emoutroprocesso,questodequedependaoreconhecimentodaexistnciadocrime

    IIenquantooagentecumprepenanoestrangeiro.

    Interrupodaprescrio

    5Ocursodaprescriodaaopenalinterrompese:

    Ipelainstauraodoprocesso

    IIpelasentenacondenatriarecorrvel.

    6 A interrupo da prescrio produz efeito relativamente a todos os autores do crime e nos crimesconexos,quesejamobjetodomesmoprocesso,ainterruporelativaaqualquerdlesestendeseaosdemais.

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    Prescriodaexecuodapenaoudamedidadeseguranaqueasubstitui

    Art.126. A prescrio da execuo da pena privativa de liberdade ou damedida de segurana que asubstitui (art.113)regulasepelo tempofixadonasentenaeverificasenosmesmosprazosestabelecidosnoart.125,osquaisseaumentamdeumtro,seocondenadocriminosohabitualouportendncia.

    1Comeaacorreraprescrio:

    a)dodiaemquepassaemjulgadoasentenacondenatriaouaquerevogaasuspensocondicionaldapenaouolivramentocondicional

    b)dodiaemquese interrompeaexecuo,salvoquandoo tempoda interrupodevacomputarsenapena.

    2No caso de evadirse o condenado ou de revogarse o livramento ou desinternao condicionais, aprescrioseregulapelorestantetempodaexecuo.

    3Ocursodaprescriodaexecuodapenasuspendeseenquantoocondenadoestprsoporoutromotivo,einterrompesepeloinciooucontinuaodocumprimentodapena,oupelareincidncia.

    Prescrionocasodereformaoususpensodeexerccio

    Art. 127. Verificase em quatro anos a prescrio nos crimes cuja pena cominada, no mximo, dereformaoudesuspensodoexercciodopsto,graduao,cargooufuno.

    Disposiescomunsaambasasespciesdeprescrio

    Art.128.Interrompidaaprescrio,salvoocasodo3,segundaparte,doart.126,todooprazocomeaacorrer,novamente,dodiadainterrupo.

    Reduo

    Art.129.Soreduzidosdemetadeosprazosdaprescrio,quandoocriminosoera,aotempodocrime,menordevinteeumanosoumaiordesetenta.

    Imprescritibilidadedaspenasacessrias

    Art.130.imprescritvelaexecuodaspenasacessrias.

    Prescrionocasodeinsubmisso

    Art.131.Aprescriocomeaacorrer,nocrimede insubmisso,dodiaemqueo insubmissoatingeaidadedetrintaanos.

    Prescrionocasodedesero

    Art.132.Nocrimededesero,emboradecorridooprazodaprescrio,estasextingueapunibilidadequandoodesertoratingeaidadedequarentaecincoanos,e,seoficial,adesessenta.

    Declaraodeofcio

    Art.133.Aprescrio,emboranoalegada,deveserdeclaradadeofcio.

    Reabilitao

    Art.134.Areabilitaoalcanaquaisquerpenasimpostasporsentenadefinitiva.

    1Areabilitaopoderserrequeridadecorridoscincoanosdodiaemquefrextinta,dequalquermodo,apenaprincipalouterminaraexecuodestaoudamedidadeseguranaaplicadaemsubstituio(art.113),oudodiaemque terminar oprazoda suspensocondicional dapenaoudo livramento condicional, desdequeocondenado:

    a)tenhatidodomiclionoPas,noprazoacimareferido

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    b) tenhadado,durantesse tempo,demonstraoefetivaeconstantedebomcomportamentopblicoeprivado

    c)tenharessarcidoodanocausadopelocrimeoudemonstreabsolutaimpossibilidadedeofazeratodiadopedido,ouexibadocumentoquecomprovearennciadavtimaounovaodadvida.

    2Areabilitaonopodeserconcedida:

    a)emfavordosqueforamreconhecidosperigosos,salvoprovacabalemcontrrio

    b)emrelaoaosatingidospelaspenasacessriasdoart.98,incisoVII,seocrimefrdenaturezasexualemdetrimentodefilho,tuteladooucuratelado.

    Prazopararenovaodopedido

    3Negadaareabilitao,nopodesernovamenterequeridasenoapsodecursodedoisanos.

    4Osprazosparaopedidodereabilitaoserocontadosemdbronocasodecriminosohabitualouportendncia.

    Revogao

    5Areabilitaoserrevogadadeofcio,ouarequerimentodoMinistrioPblico,seapessoareabilitadafrcondenada,pordecisodefinitiva,aocumprimentodepenaprivativadaliberdade.

    Cancelamentodoregistrodecondenaespenais

    Art.135.Declaradaareabilitao,serocancelados,medianteaverbao,osantecedentescriminais.

    Sigilosbreantecedentescriminais

    Pargrafo nico. Concedida a reabilitao, o registro oficial de condenaes penais no pode sercomunicadosenoautoridadepolicialoujudiciria,ouaorepresentantedoMinistrioPblico,parainstruodeprocessopenalquevenhaaserinstauradocontraoreabilitado.

    PARTEESPECIAL

    LIVROI

    DOSCRIMESMILITARESEMTEMPO

    DEPAZ

    TTULOI

    DOSCRIMESCONTRAASEGURANA

    EXTERNADOPAS

    Hostilidadecontrapasestrangeiro

    Art.136.Praticaromilitaratodehostilidadecontrapasestrangeiro,expondooBrasilaperigodeguerra:

    Penarecluso,deoitoaquinzeanos.

    Resultadomaisgrave

    1Seresultarupturaderelaesdiplomticas,represliaouretorso:

    Penarecluso,dedezavinteequatroanos.

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    2Seresultaguerra:

    Penarecluso,dedozeatrintaanos.

    Provocaoapasestrangeiro

    Art.137.Provocaromilitar,diretamente,pasestrangeiroadeclararguerraoumoverhostilidadecontraoBrasilouainterviremquestoquerespeitesoberanianacional:

    Penarecluso,dedozeatrintaanos.

    Atodejurisdioindevida

    Art.138.Praticaromilitar, indevidamente,noterritrionacional,atode jurisdiodepasestrangeiro,oufavoreceraprticadeatodessanatureza:

    Penarecluso,decincoaquinzeanos.

    Violaodeterritrioestrangeiro

    Art.139.Violaromilitarterritrioestrangeiro,comofimdepraticaratodejurisdioemnomedoBrasil:

    Penarecluso,dedoisaseisanos.

    EntendimentoparaempenharoBrasilneutralidadeouguerra

    Art.140.Entraroutentarentraromilitarementendimentocompasestrangeiro,paraempenharoBrasilneutralidadeouguerra:

    Penarecluso,deseisadozeanos.

    EntendimentoparagerarconflitooudivergnciacomoBrasil

    Art.141.Entrarementendimentocompasestrangeiro,ouorganizaonleexistente,paragerarconflitooudivergnciadecarter internacionalentreoBrasil equalqueroutropas,oupara lhesperturbaras relaesdiplomticas:

    Penarecluso,dequatroaoitoanos.

    Resultadomaisgrave

    1Seresultarupturaderelaesdiplomticas:

    Penarecluso,deseisadezoitoanos.

    2Seresultaguerra:

    Penarecluso,dedezavinteequatroanos.

    TentativacontraasoberaniadoBrasil

    Art.142.Tentar:

    Isubmeteroterritrionacional,oupartedle,soberaniadepasestrangeiro

    IIdesmembrar,pormeiodemovimentoarmadooutumultosplanejados,oterritrionacional,desdequeofatoatentecontraaseguranaexternadoBrasilouasuasoberania

    IIIinternacionalizar,porqualquermeio,regiooupartedoterritrionacional:

    Penarecluso,dequinzeatrintaanos,paraoscabeasdedezavinteanos,paraosdemaisagentes.

    Consecuodenotcia,informaooudocumentoparafimdeespionagem

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    Art.143.Conseguir,paraofimdeespionagemmilitar,notcia, informaooudocumento,cujosigilosejadeinterssedaseguranaexternadoBrasil:

    Penarecluso,dequatroadozeanos.

    1Apenadereclusodedezavinteanos:

    IseofatocomprometeapreparaooueficinciablicadoBrasil,ouoagentetransmiteoufornece,porqualquer meio, mesmo sem remunerao, a notcia, informao ou documento, a autoridade ou pessoaestrangeira

    IIseoagente,emdetrimentodaseguranaexternadoBrasil,promoveoumantmnoterritrionacionalatividadeouserviodestinadoespionagem

    III se o agente se utiliza, ou contribui para queoutremse utilize, demeio de comunicao, para darindicaoqueponhaoupossapremperigoaseguranaexternadoBrasil.

    Modalidadeculposa

    2Contribuirculposamenteparaaexecuodocrime:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos,nocasodoartigoouatquatroanos,nocasodo1,nI.

    Revelaodenotcia,informaooudocumento

    Art.144.Revelarnotcia,informaooudocumento,cujosigilosejadeinterssedaseguranaexternadoBrasil:

    Penarecluso,detrsaoitoanos.

    Fimdaespionagemmilitar

    1Seofatocometidocomofimdeespionagemmilitar:

    Penarecluso,deseisadozeanos.

    Resultadomaisgrave

    2Seofatocomprometeapreparaoouaeficinciablicadopas:

    Penarecluso,dedezavinteanos.

    Modalidadeculposa

    3Searevelaoculposa:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos,nocasodoartigoouatquatroanos,noscasosdos1e2.

    Turbaodeobjetooudocumento

    Art.145.Suprimir, subtrair, deturpar, alterar, desviar, ainda que temporriamente, objeto ou documentoconcernenteseguranaexternadoBrasil:

    Penarecluso,detrsaoitoanos.

    Resultadomaisgrave

    1Seofatocomprometeaseguranaouaeficinciablicadopas:

    PenaRecluso,dedezavinteanos.

    Modalidadeculposa

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    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 28/82

    2Contribuirculposamenteparaofato:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Penetraocomofimdeespionagem

    Art.146.Penetrar,semlicena,ouintroduzirseclandestinamenteousobfalsopretexto,emlugarsujeitoadministraomilitar, ou centro industrial a servio de construo ou fabricao sob fiscalizaomilitar, paracolhrinformaodestinadaapasestrangeiroouagenteseu:

    Penarecluso,detrsaoitoanos.

    Pargrafo nico.Entrar, em local referido no artigo, sem licena de autoridade competente,munido demquinafotogrficaouqualqueroutromeiohbilparaaprticadeespionagem:

    Penarecluso,attrsanos.

    Desenhooulevantamentodeplanoouplantadelocalmilitaroudeengenhodeguerra

    Art.147.Fazerdesenhoou levantarplanoouplantade fortificao,quartel, fbrica, arsenal, hangarouaerdromo, ou de navio, aeronave ou engenho de guerra motomecanizado, utilizados ou em construo sobadministraooufiscalizaomilitar,oufotograflosoufilmlos:

    Penarecluso,atquatroanos,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Sobrevoemlocalinterdito

    Art.148.Sobrevoarlocaldeclaradointerdito:

    Penarecluso,attrsanos.

    TTULOII

    DOSCRIMESCONTRAAAUTORIDADE

    OUDISCIPLINAMILITAR

    CAPTULOI

    DOMOTIMEDAREVOLTA

    Motim

    Art.149.Reuniremsemilitaresouassemelhados:

    Iagindocontraaordemrecebidadesuperior,ounegandoseacumprila

    IIrecusandoobedinciaasuperior,quandoestejamagindosemordemoupraticandoviolncia

    III assentindo em recusa conjunta de obedincia, ou em resistncia ou violncia, em comum, contrasuperior

    IVocupandoquartel, fortaleza,arsenal, fbricaouestabelecimentomilitar,oudependnciadequalquerdles,hangar,aerdromoouaeronave,navioouviaturamilitar,ouutilizandosedequalquerdaqueles locaisoumeios de transporte, para ao militar, ou prtica de violncia, em desobedincia a ordem superior ou emdetrimentodaordemoudadisciplinamilitar:

    Penarecluso,dequatroaoitoanos,comaumentodeumtroparaoscabeas.

    Revolta

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    Pargrafonico.Seosagentesestavamarmados:

    Penarecluso,deoitoavinteanos,comaumentodeumtroparaoscabeas.

    Organizaodegrupoparaaprticadeviolncia

    Art. 150.Reuniremsedois oumaismilitaresouassemelhados, comarmamentooumaterial blico, depropriedade militar, praticando violncia pessoa ou coisa pblica ou particular em lugar sujeito ou no administraomilitar:

    Penarecluso,dequatroaoitoanos.

    Omissodelealdademilitar

    Art.151.Deixaromilitarouassemelhadodelevaraoconhecimentodosuperioromotimourevoltadecujapreparaotevenotcia,ou,estandopresenteaoatocriminoso,nousardetodososmeiosaoseualcanceparaimpedilo:

    Penarecluso,detrsacincoanos.

    Conspirao

    Art.152.Concertaremsemilitaresouassemelhadosparaaprticadocrimeprevistonoartigo149:

    Penarecluso,detrsacincoanos.

    Isenodepena

    Pargrafonico. isentodepenaaquleque,antesdaexecuodocrimeequandoeraaindapossvelevitarlheasconseqncias,denunciaoajustedequeparticipou.

    Cumulaodepenas

    Art.153.Aspenasdosarts.149e150soaplicveissemprejuzodascorrespondentesviolncia.

    CAPTULOII

    DAALICIAOEDOINCITAMENTO

    Aliciaoparamotimourevolta

    Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prtica de qualquer dos crimes previstos no captuloanterior:

    Penarecluso,dedoisaquatroanos.

    Incitamento

    Art.155.Incitardesobedincia,indisciplinaouprticadecrimemilitar:

    Penarecluso,dedoisaquatroanos.

    Pargrafonico.Namesmapenaincorrequemintroduz,afixaoudistribui,emlugarsujeitoadministraomilitar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se contenhaincitamentoprticadosatosprevistosnoartigo.

    Apologiadefatocriminosooudoseuautor

    Art.156.Fazerapologiadefatoquealeimilitarconsideracrime,oudoautordomesmo,emlugarsujeitoadministraomilitar:

    Penadeteno,deseismesesaumano.

  • 13/04/2015 DEL1001

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    CAPTULOIII

    DAVIOLNCIACONTRASUPERIOROU

    MILITARDESERVIO

    Violnciacontrasuperior

    Art.157.Praticarviolnciacontrasuperior:

    Penadeteno,detrsmesesadoisanos.

    Formasqualificadas

    1Seosuperiorcomandantedaunidadeaquepertenceoagente,ouoficialgeneral:

    Penarecluso,detrsanoveanos.

    2Seaviolnciapraticadacomarma,apenaaumentadadeumtro.

    3 Se da violncia resulta leso corporal, aplicase, alm da pena da violncia, a do crime contra apessoa.

    4Sedaviolnciaresultamorte:

    Penarecluso,dedozeatrintaanos.

    5Apenaaumentadadasextaparte,seocrimeocorreemservio.

    Violnciacontramilitardeservio

    Art. 158.Praticar violncia contraoficial dedia, de servio, oudequarto, ou contra sentinela, vigia ouplanto:

    Penarecluso,detrsaoitoanos.

    Formasqualificadas

    1Seaviolnciapraticadacomarma,apenaaumentadadeumtro.

    2 Se da violncia resulta leso corporal, aplicase, alm da pena da violncia, a do crime contra apessoa.

    3Sedaviolnciaresultamorte:

    Penarecluso,dedozeatrintaanos.

    Ausnciadedlonoresultado

    Art.159.Quandodaviolnciaresultamorteoulesocorporaleascircunstnciasevidenciamqueoagenteno quis o resultado nem assumiu o risco de produzilo, a pena do crime contra a pessoa diminuda demetade.

    CAPTULOIV

    DODESRESPEITOASUPERIOREA

    SMBOLONACIONALOUAFARDA

    Desrespeitoasuperior

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    Art.160.Desrespeitarsuperiordiantedeoutromilitar:

    Penadeteno,detrsmesesaumano,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Desrespeitoacomandante,oficialgeneralouoficialdeservio

    Pargrafonico.Seofatopraticadocontraocomandantedaunidadeaquepertenceoagente,oficialgeneral,oficialdedia,deserviooudequarto,apenaaumentadadametade.

    Desrespeitoasmbolonacional

    Art.161.Praticaromilitardiantedatropa,ouemlugarsujeitoadministraomilitar,atoquesetraduzaemultrajeasmbolonacional:

    Penadeteno,deumadoisanos.

    Despojamentodesprezvel

    Art. 162. Despojarse de uniforme, condecorao militar, insgnia ou distintivo, por menosprzo ouvilipndio:

    Penadeteno,deseismesesaumano.

    Pargrafonico.Apenaaumentadadametade,seofatopraticadodiantedatropa,ouempblico.

    CAPTULOV

    DAINSUBORDINAO

    Recusadeobedincia

    Art.163.Recusarobedeceraordemdosuperiorsbreassuntooumatriadeservio,ourelativamenteadeverimpstoemlei,regulamentoouinstruo:

    Penadeteno,deumadoisanos,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Oposioaordemdesentinela

    Art.164.Oporsesordensdasentinela:

    Penadeteno,deseismesesaumano,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Reunioilcita

    Art. 165. Promover a reunio demilitares, ou nela tomar parte, para discusso de ato de superior ouassuntoatinentedisciplinamilitar:

    Penadeteno,deseismesesaumanoaquempromoveareuniodedoisaseismesesaquemdelaparticipa,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Publicaooucrticaindevida

    Art.166.Publicaromilitarouassemelhado,semlicena,atooudocumentooficial,oucriticarpblicamenteatodeseusuperiorouassuntoatinentedisciplinamilitar,ouaqualquerresoluodoGovrno:

    Penadeteno,dedoismesesaumano,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    CAPTULOVI

    DAUSURPAOEDOEXCESSOOUABUSO

  • 13/04/2015 DEL1001

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    DEAUTORIDADE

    Assunodecomandosemordemouautorizao

    Art.167.Assumiromilitar,semordemouautorizao,salvoseemgraveemergncia,qualquercomando,ouadireodeestabelecimentomilitar:

    Penarecluso,dedoisaquatroanos,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Conservaoilegaldecomando

    Art.168.Conservarcomandooufunolegitimamenteassumida,depoisdereceberordemdeseusuperiorparadeixlosoutransmitilosaoutrem:

    Penadeteno,deumatrsanos.

    Operaomilitarsemordemsuperior

    Art. 169. Determinar o comandante, sem ordem superior e fora dos casos em que essa se dispensa,movimentodetropaouaomilitar:

    Penarecluso,detrsacincoanos.

    Formaqualificada

    Pargrafonico.Seomovimentodatropaouaomilitaremterritrioestrangeirooucontrafra,navioouaeronavedepasestrangeiro:

    Penarecluso,dequatroaoitoanos,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Ordemarbitrriadeinvaso

    Art. 170. Ordenar, arbitrriamente, o comandante de fra, navio, aeronave ou engenho de guerramotomecanizadoaentradadecomandadosseusemguasouterritrioestrangeiro,ousobrevolos:

    Penasuspensodoexercciodopsto,deumatrsanos,oureforma.

    Usoindevidopormilitardeuniforme,distintivoouinsgnia

    Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo ou insgnia de psto ougraduaosuperior:

    Penadeteno,deseismesesaumano,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Usoindevidodeuniforme,distintivoouinsgniamilitarporqualquerpessoa

    Art.172.Usar,indevidamente,uniforme,distintivoouinsgniamilitaraquenotenhadireito:

    Penadeteno,atseismeses.

    Abusoderequisiomilitar

    Art.173.Abusardodireitoderequisiomilitar,excedendoospodresconferidosourecusandocumprirdeverimpstoemlei:

    Penadeteno,deumadoisanos.

    Rigorexcessivo

    Art.174.Excederafaculdadedepunirosubordinado,fazendoocomrigornopermitido,ouofendendooporpalavra,atoouescrito:

    Penasuspensodoexercciodopsto,pordoisaseismeses,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

  • 13/04/2015 DEL1001

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    Violnciacontrainferior

    Art.175.Praticarviolnciacontrainferior:

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    Resultadomaisgrave

    Pargrafonico.Sedaviolnciaresultalesocorporaloumortetambmaplicadaapenadocrimecontraapessoa,atendendose,quandofrocaso,aodispostonoart.159.

    Ofensaaviltanteainferior

    Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violncia que, por natureza ou pelo meio empregado, seconsidereaviltante:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Pargrafonico.Aplicaseodispostonopargrafonicodoartigoanterior.

    CAPTULOVII

    DARESISTNCIA

    Resistnciamedianteameaaouviolncia

    Art.177.Oporseexecuodeatolegal,medianteameaaouviolnciaaoexecutor,ouaquemestejaprestandoauxlio:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Formaqualificada

    1Seoatonoseexecutaemrazodaresistncia:

    Penareclusodedoisaquatroanos.

    Cumulaodepenas

    2Aspenasdsteartigosoaplicveissemprejuzodascorrespondentesviolncia,ouaofatoqueconstituacrimemaisgrave.

    CAPTULOVIII

    DAFUGA,EVASO,ARREBATAMENTOE

    AMOTINAMENTODEPRESOS

    Fugadeprsoouinternado

    Art.178.Promoverou facilitara fugadepessoa legalmenteprsaousubmetidaamedidadeseguranadetentiva:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Formasqualificadas

    1Seocrimepraticadoamoarmadaoupormaisdeumapessoa,oumediantearrombamento:

    Penarecluso,dedoisaseisanos.

  • 13/04/2015 DEL1001

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    2Sehemprgodeviolnciacontrapessoa,aplicasetambmapenacorrespondenteviolncia.

    3Seocrimepraticadoporpessoasobcujaguarda,custdiaouconduoestoprsoouinternado:

    Penarecluso,atquatroanos.

    Modalidadeculposa

    Art.179.Deixar,porculpa,fugirpessoalegalmenteprsa,confiadasuaguardaouconduo:

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    Evasodeprsoouinternado

    Art.180.Evadirse,outentarevadirseoprsoouinternado,usandodeviolnciacontraapessoa:

    Penadeteno,deumadoisanos,almdacorrespondenteviolncia.

    1Seaevasoouatentativaocorremediantearrombamentodaprisomilitar:

    Penadeteno,deseismesesaumano.

    Cumulaodepenas

    2Seaofatosucededesero,aplicamsecumulativamenteaspenascorrespondentes.

    Arrebatamentodeprsoouinternado

    Art.181. Arrebatar prso ou internado, a fim demaltratlo, do poder de quem o tenha sob guarda oucustdiamilitar:

    Penarecluso,atquatroanos,almdacorrespondenteviolncia.

    Amotinamento

    Art.182.Amotinaremsepresos,ouinternados,perturbandoadisciplinadorecintodeprisomilitar:

    Penarecluso,attrsanos,aoscabeasaosdemais,detenodeumadoisanos.

    Responsabilidadedeparticipeoudeoficial

    Pargrafo nico.Namesma pena incorre quemparticipa do amotinamento ou, sendo oficial e estandopresente,nousaosmeiosaoseualcanceparadebelaroamotinamentoouevitarlheasconseqncias.

    TTULOIII

    DOSCRIMESCONTRAOSERVIO

    MILITAREODEVERMILITAR

    CAPTULOI

    DAINSUBMISSO

    Insubmisso

    Art.183.Deixardeapresentarseoconvocado incorporao,dentrodoprazoque lhe foimarcado,ou,apresentandose,ausentarseantesdoatooficialdeincorporao:

    Penaimpedimento,detrsmesesaumano.

  • 13/04/2015 DEL1001

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    Casoassimilado

    1Namesmapenaincorrequem,dispensadotemporriamentedaincorporao,deixadeseapresentar,decorridooprazodelicenciamento.

    Diminuiodapena

    2Apenadiminudadeumtro:

    a)pelaignornciaouaerradacompreensodosatosdaconvocaomilitar,quandoescusveis

    b) pela apresentao voluntria dentro do prazo de um ano, contado do ltimo dia marcado para aapresentao.

    Criaoousimulaodeincapacidadefsica

    Art.184.Criarousimularincapacidadefsica,queinabiliteoconvocadoparaoserviomilitar:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Substituiodeconvocado

    Art.185.Substituirseoconvocadoporoutremnaapresentaoounainspeodesade.

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Pargrafonico.Namesmapenaincorrequemsubstituioconvocado.

    Favorecimentoaconvocado

    Art.186.Darasiloaconvocado,outomloaseuservio,ouproporcionarlheoufacilitarlhetransporteoumeioqueobsteoudificulteaincorporao,sabendooutendorazoparasaberquecometeuqualquerdoscrimesprevistosnestecaptulo:

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    Isenodepena

    Pargrafonico.Seofavorecedorascendente,descendente,cnjugeouirmodocriminoso,ficaisentodepena.

    CAPTULOII

    DADESERO

    Desero

    Art. 187. Ausentarse o militar, sem licena, da unidade em que serve, ou do lugar em que devepermanecer,pormaisdeoitodias:

    Penadeteno,deseismesesadoisanosseoficial,apenaagravada.

    Casosassimilados

    Art.188.Namesmapenaincorreomilitarque:

    Inoseapresentanolugardesignado,dentrodeoitodias,findooprazodetrnsitooufrias

    IIdeixadeseapresentaraautoridadecompetente,dentrodoprazodeoitodias,contadosdaqueleemqueterminaoucassadaalicenaouagregaoouemquedeclaradooestadodestiooudeguerra

    IIItendocumpridoapena,deixadeseapresentar,dentrodoprazodeoitodias

  • 13/04/2015 DEL1001

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    IVconsegueexclusodoservioativoousituaodeinatividade,criandoousimulandoincapacidade.

    Art.189.Noscrimesdosarts.187e188,ns.I,IIeIII:

    Atenuanteespecial

    Iseoagenteseapresentavoluntriamentedentroemoitodiasapsaconsumaodocrime,apenadiminudademetadeedeumtro,sedemaisdeoitodiaseatsessenta

    Agravanteespecial

    IIseadeseroocorreemunidadeestacionadaemfronteiraoupasestrangeiro,apenaagravadadeumtro.

    Deseroespecial

    Art.190.Deixaromilitardeapresentarsenomomentodapartidadonavioouaeronave,dequetripulante,oudapartidaoudodeslocamentodaunidadeoufraemqueserve:

    Art. 190. Deixar o militar de apresentarse no momento da partida do navio ou aeronave, de que tripulante, ou do deslocamento da unidade ou fora em que serve: (Redao dada pela Lei n 9.764, de18.12.1998)

    Pena deteno,at trsmeses,seapsapartidaoudeslocamento,seapresentar,dentroemvinteequatro horas, autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, autoridade policial, para ser comunicada aapresentaoacomandomilitardaregio,distritoouzona.

    Pena deteno,at trsmeses, seapsapartidaoudeslocamentoseapresentar, dentrodevinteequatro horas, autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, autoridade policial, para ser comunicada aapresentaoaocomandomilitarcompetente.(RedaodadapelaLein9.764,de18.12.1998)

    1Seaapresentaosederdentrodeprazosuperioravinteequatrohorasenoexcedenteacincodias:

    Penadeteno,dedoisaoitomeses.

    2Sesuperioracincodiasenoexcedenteadezdias:

    2o Se superior a cinco dias e no excedente a oito dias: (Redao dada pela Lei n 9.764, de18.12.1998)

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    2oA.Sesuperioraoitodias:(PargrafoincludopelaLein9.764,de18.12.1998)

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Aumentodepena

    3Sesetratardeoficial,apenaagravada.

    3oApenaaumentadadeumtero,sesetratardesargento,subtenenteousuboficial,edemetade,seoficial.(RedaodadapelaLein9.764,de18.12.1998)

    Concrtoparadesero

    Art.191.Concertaremsemilitaresparaaprticadadesero:

    Iseadeseronochegaaconsumarse:

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    Modalidadecomplexa

  • 13/04/2015 DEL1001

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 37/82

    IIseconsumadaadesero:

    Penarecluso,dedoisaquatroanos.

    Deseroporevasooufuga

    Art. 192.Evadirseomilitar dopoderdaescolta, oude recintodedetenooudepriso, ou fugir emseguidaprticadecrimeparaevitarpriso,permanecendoausentepormaisdeoitodias:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Favorecimentoadesertor

    Art.193.Darasiloadesertor,outomloaseuservio,ouproporcionarlheoufacilitarlhetransporteoumeio de ocultao, sabendo ou tendo razo para saber que cometeu qualquer dos crimes previstos nestecaptulo:

    Penadeteno,dequatromesesaumano.

    Isenodepena

    Pargrafonico.Seofavorecedorascendente,descendente,cnjugeouirmodocriminoso,ficaisentodepena.

    Omissodeoficial

    Art.194.Deixarooficialdeprocedercontradesertor,sabendo,oudevendosaberencontrarseentreosseuscomandados:

    Penadeteno,deseismesesaumano.

    CAPTULOIII

    DOABANDONODEPSTOEDEOUTROS

    CRIMESEMSERVIO

    Abandonodepsto

    Art.195.Abandonar,semordemsuperior,opstooulugardeservioquelhetenhasidodesignado,ouoservioquelhecumpria,antesdeterminlo:

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    Descumprimentodemisso

    Art.196.Deixaromilitardedesempenharamissoquelhefoiconfiada:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    1Seoficialoagente,apenaaumentadadeumtro.

    2Seoagenteexerciafunodecomando,apenaaumentadademetade.

    Modalidadeculposa

    3Seaabstenoculposa:

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    Retenoindevida

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    Art.197.Deixarooficialderestituir,porocasiodapassagemdefuno,ouquandolheexigido,objeto,plano,carta,cifra,cdigooudocumentoquelhehajasidoconfiado:

    Penasuspensodoexercciodopsto,detrsaseismeses,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Pargrafo nico. Se o objeto, plano, carta, cifra, cdigo, ou documento envolve ou constitui segrdorelativosegurananacional:

    Penadeteno,detrsmesesaumano,seofatonoconstituicrimemaisgrave.

    Omissodeeficinciadafra

    Art.198.Deixarocomandantedemanterafrasobseucomandoemestadodeeficincia:

    Penasuspensodoexercciodopsto,detrsmesesaumano.

    Omissodeprovidnciasparaevitardanos

    Art.199.Deixarocomandantedeempregartodososmeiosaoseualcanceparaevitarperda,destruioouinutilizaodeinstalaesmilitares,navio,aeronaveouengenhodeguerramotomecanizadoemperigo:

    Penarecluso,dedoisaoitoanos.

    Modalidadeculposa

    Pargrafonico.Seaabstenoculposa:

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    Omissodeprovidnciasparasalvarcomandados

    Art. 200. Deixar o comandante, em ocasio de incndio, naufrgio, encalhe, coliso, ou outro perigosemelhante, de tomar tdas as providncias adequadas para salvar os seus comandados e minorar asconseqnciasdosinistro,nosendooltimoasairdebordoouadeixaraaeronaveouoquartelousedemilitarsobseucomando:

    Penarecluso,dedoisaseisanos.

    Modalidadeculposa

    Pargrafonico.Seaabstenoculposa:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Omissodesocorro

    Art.201.Deixarocomandantedesocorrer,sem justacausa,naviodeguerraoumercante,nacionalouestrangeiro,ouaeronave,emperigo,ounufragosquehajampedidosocorro:

    Penasuspensodoexercciodopsto,deumatrsanosoureforma.

    Embriaguezemservio

    Art.202.Embriagarseomilitar,quandoemservio,ouapresentarseembriagadoparaprestlo:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    Dormiremservio

    Art. 203. Dormir o militar, quando em servio, como oficial de quarto ou de ronda, ou em situaoequivalente,ou,nosendooficial,emserviodesentinela,vigia,plantosmquinas,aoleme,derondaouemqualquerserviodenaturezasemelhante:

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    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    CAPTULOIV

    DOEXERCCIODECOMRCIO

    Exercciodecomrcioporoficial

    Art. 204. Comerciar o oficial da ativa, ou tomar parte na administrao ou gerncia de sociedadecomercial,oudelaserscioouparticipar,excetocomoacionistaoucotistaemsociedadeannima,ouporcotasderesponsabilidadelimitada:

    Penasuspensodoexercciodopsto,deseismesesadoisanos,oureforma.

    TTULOIV

    DOSCRIMESCONTRAAPESSOA

    CAPTULOI

    DOHOMICDIO

    Homicdiosimples

    Art.205.Mataralgum:

    Penarecluso,deseisavinteanos.

    Minoraofacultativadapena

    1Seoagentecometeocrimeimpelidopormotivoderelevantevalorsocialoumoral,ousobodomniodeviolentaemoo,logoemseguidaainjustaprovocaodavtima,ojuizpodereduzirapena,deumsextoaumtro.

    Homicdioqualificado

    2Seohomicdiocometido:

    Ipormotivoftil

    II mediantepagaoupromessaderecompensa,porcupidez,paraexcitarousaciardesejossexuais,ouporoutromotivotorpe

    IIIcomemprgodeveneno,asfixia,tortura,fogo,explosivo,ouqualqueroutromeiodissimuladooucruel,oudequepossaresultarperigocomum

    IVtraio,deemboscada,comsurprsaoumedianteoutrorecursoinsidioso,quedificultououtornouimpossveladefesadavtima

    Vparaasseguraraexecuo,aocultao,aimpunidadeouvantagemdeoutrocrime

    VIprevalecendoseoagentedasituaodeservio:

    Penarecluso,dedozeatrintaanos.

    Homicdioculposo

    Art.206.Seohomicdioculposo:

    Penadeteno,deumaquatroanos.

  • 13/04/2015 DEL1001

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    1Apenapodeseragravadaseocrimeresultadeinobservnciaderegratcnicadeprofisso,arteouofcio,ouseoagentedeixadeprestarimediatosocorrovtima.

    Multiplicidadedevtimas

    2Se,emconseqnciadeumasaoouomissoculposa,ocorremortedemaisdeumapessoaoutambmlesescorporaisemoutraspessoas,apenaaumentadadeumsextoatmetade.

    Provocaodiretaouauxlioasuicdio

    Art.207.Instigarouinduziralgumasuicidarse,ouprestarlheauxlioparaqueofaa,vindoosuicdioconsumarse:

    Penarecluso,dedoisaseisanos.

    Agravaodepena

    1Seo crimepraticadopormotivoegostico, oua vtimamenor ou temdiminuda, por qualquermotivo,aresistnciamoral,apenaagravada.

    Provocaoindiretaaosuicdio

    2Comdetenodeumatrsanos,serpunidoquem,desumanaereiteradamente,infligemaustratosaalgum,sobsuaautoridadeoudependncia,levandoo,emrazodisso,prticadesuicdio.

    Reduodepena

    3Seo suicdioapenas tentado,eda tentativa resulta lesograve,apena reduzidadeumadoisteros.

    CAPTULOII

    DOGENOCDIO

    Genocdio

    Art.208.Matarmembrosdeumgruponacional,tnico,religiosooupertencenteadeterminadaraa,comofimdedestruiototalouparcialdssegrupo:

    Penarecluso,dequinzeatrintaanos.

    Casosassimilados

    Pargrafonico.Serpunidocomrecluso,dequatroaquinzeanos,quem,comomesmofim:

    Iinfligelesesgravesamembrosdogrupo

    IIsubmeteogrupoacondiesdeexistncia,fsicasoumorais,capazesdeocasionaraeliminaodetodososseusmembrosoupartedles

    IIIforaogruposuadisperso

    IVimpemedidasdestinadasaimpedirosnascimentosnoseiodogrupo

    Vefetuacoativamenteatransfernciadecrianasdogrupoparaoutrogrupo.

    CAPTULOIII

    DALESOCORPORALEDARIXA

    Lesoleve

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    Art.209.Ofenderaintegridadecorporalouasadedeoutrem:

    Penadeteno,detrsmesesaumano.

    Lesograve

    1Seseproduz,dolosamente,perigodevida,debilidadepermanentedemembro,sentidooufuno,ouincapacidadeparaasocupaeshabituais,pormaisdetrintadias:

    Penarecluso,atcincoanos.

    2 Se se produz, dolosamente, enfermidade incurvel, perda ou inutilizao demembro, sentido oufuno,incapacidadepermanenteparaotrabalho,oudeformidadeduradoura:

    Penarecluso,dedoisaoitoanos.

    Lesesqualificadaspeloresultado

    3Seosresultadosprevistosnos1e2foremcausadosculposamente,apenaserdedeteno,deum a quatro anos se da leso resultar morte e as circunstncias evidenciarem que o agente no quis oresultado,nemassumiuoriscodeproduzilo,apenaserderecluso,atoitoanos.

    Minoraofacultativadapena

    4Seoagentecometeocrimeimpelidopormotivoderelevantevalormoralousocialousobodomniodeviolentaemoo,logoemseguidaainjustaprovocaodavtima,ojuizpodereduzirapena,deumsextoaumtro.

    5No casode leses leves, seestas so recprocas, no se sabendoqual dos contendoresatacouprimeiro,ouquandoocorrequalquerdashiptesesdopargrafoanterior,ojuizpodediminuirapenadeumadoisteros.

    Lesolevssima

    6Nocasodeleseslevssimas,ojuizpodeconsiderarainfraocomodisciplinar.

    Lesoculposa

    Art.210.Sealesoculposa:

    Penadeteno,dedoismesesaumano.

    1Apenapodeseragravadaseocrimeresultadeinobservnciaderegratcnicadeprofisso,arteouofcio,ouseoagentedeixadeprestarimediatosocorrovtima.

    Aumentodepena

    2Se,emconseqnciadeumasaoouomissoculposa,ocorrem lesesemvriaspessoas,apenaaumentadadeumsextoatmetade.

    Participaoemrixa

    Art.211.Participarderixa,salvoparasepararoscontendores:

    Penadeteno,atdoismeses.

    Pargrafonico.Seocorremorteou lesograve,aplicase,pelo fatodeparticipaona rixa,apenadedeteno,deseismesesadoisanos.

    CAPTULOIV

    DAPERICLITAODAVIDAOUDASADE

  • 13/04/2015 DEL1001

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decretolei/del1001.htm 42/82

    Abandonodepessoa

    Art.212.Abandonaromilitarpessoaqueestsobseucuidado,guarda,vigilnciaouautoridadee,porqualquermotivo,incapazdedefendersedosriscosresultantesdoabandono:

    Penadeteno,deseismesesatrsanos.

    Formasqualificadaspeloresultado

    1Sedoabandonoresultalesograve:

    Penarecluso,atcincoanos.

    2Seresultamorte:

    Penarecluso,dequatroadozeanos.

    Maustratos

    Art. 213.Expor a perigo a vida ou sade, em lugar sujeito administraomilitar ou no exerccio defuno militar, de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilncia, para o fim de educao, instruo,tratamento ou custdia, quer privandoa de alimentao ou cuidados indispensveis, quer sujeitandoa atrabalhosexcessivosouinadequados,querabusandodemeiosdecorreooudisciplina:

    Penadeteno,dedoismesesaumano.

    Formasqualificadaspeloresultado

    1Sedofatoresultalesograve:

    Penarecluso,atquatroanos.

    2Seresultamorte:

    Penarecluso,dedoisadezanos.

    CAPTULOV

    DOSCRIMESCONTRAAHONRA

    Calnia

    Art.214.Caluniaralgum,imputandolhefalsamentefatodefinidocomocrime:

    Penadeteno,deseismesesadoisanos.

    1Namesmapenaincorrequem,sabendofalsaaimputao,apropalaoudivulga.

    Exceodaverdade

    2Aprovadaverdadedofatoimputadoexcluiocrime,masnoadmitida:

    I se, constituindoo fato imputadocrimedeaoprivada,oofendidono foi condenadopor sentenairrecorrvel

    IIseofatoimputadoaqualquerdaspessoasindicadasnonIdoart.218