direito previdenciário noções gerais

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Direito Previdenciário. Noções gerais. 1. Seguridade Social. 1.1.Conceito. O direito à seguridade social é considerado um dos principais direitos sociais do indivíduo. Possui natureza de cunho publicista e trata-se de um imperativo legal. Segundo o art. 194 da CRFB/88, “ A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.” Vide também o art. 1º da Lei 8.212/91. O traslado acima tão somente relaciona os componentes da seguridade social, mas não a define. De acordo com Fábio Zambitte, a seguridade social é conceituada como: “a rede protetiva formada pelo Estado e por particulares, com contribuições de todos, incluindo parte dos beneficiários dos direitos, no sentido de estabelecer ações positivas no sustento de pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida.” O Poder Público deve, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: a) universalidade da cobertura e do atendimento; b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; d) irredutibilidade do valor dos benefícios; e) eqüidade na forma de participação no custeio; f) diversidade da base de financiamento; g) caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, empregadores, dos

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Page 1: Direito Previdenciário Noções gerais

Direito Previdenciário. Noções gerais.

1. Seguridade Social.

1.1.Conceito.

O direito à seguridade social é considerado um dos principais direitos sociais do indivíduo. Possui natureza de cunho publicista e trata-se de um imperativo legal. Segundo o art. 194 da CRFB/88, “ A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.” Vide também o art. 1º da Lei 8.212/91.

O traslado acima tão somente relaciona os componentes da seguridade social, mas não a define.

De acordo com Fábio Zambitte, a seguridade social é conceituada como:

“a rede protetiva formada pelo Estado e por particulares, com contribuições de todos, incluindo parte dos beneficiários dos direitos, no sentido de estabelecer ações positivas no sustento de pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes, providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida.”

O Poder Público deve, nos termos da lei, organizar a seguridade social,

com base nos seguintes objetivos: a) universalidade da cobertura e do atendimento; b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; d) irredutibilidade do valor dos benefícios; e) eqüidade na forma de participação no custeio; f) diversidade da base de financiamento; g) caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados (art.194, CRFB/88).

Pela “definição” constitucional já é possível notar que a Seguridade Social objetiva assegurar saúde, previdência e assistência. Podemos então dizer que a Seguridade Social é gênero, da qual são espécies a Saúde, a Previdência e a Assistência Social.

A Previdência Social tem a finalidade de assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.

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A diferença básica entre os componentes da seguridade social, está no fato de que enquanto que a assistência social e a saúde independem de contribuição, a previdência social pressupõe contribuição. Em outras palavras, via de regra, somente aqueles que contribuírem farão jus aos benefícios previdenciários (caráter contributivo).

1.2. Fontes.

As principais fontes formais do Direito Previdenciário são a CRFB/88, as Leis nº 8.212 e 8.213 de 24 de julho de 1991 e o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, com as respectivas alterações.

1.3 Princípios.

1.3.1 Princípios da Seguridade Social (arts. 194 e 195 da CRFB/88)a) igualdade;b) solidariedade;c) universalidade da cobertura e do atendimento;d) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;e) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;f) irredutibilidade do valor dos benefícios;g) eqüidade na forma de participação no custeio;h) diversidade da base de financiamento;i) caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados;j) orçamento diferenciado;l) precedência da fonte de custeio.

1.3.2 Princípios da Previdência Sociala) filiação obrigatória;b) caráter contributivo;c) equilíbrio financeiro e atuarial;d) da garantia do benefício mínimo;e) da correção monetária dos salários de contribuição;f) da preservação do valor real dos benefícios;g) da previdência complementar facultativa;h) da indisponibilidade dos direitos dos beneficiários;i) comutatividade.

2. Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

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É regido pela Lei nº 8.213/91, sendo um sistema de repartição público, de filiação compulsória e automática para os segurados obrigatórios, permitindo ainda a inscrição de segurados facultativos (princípio da universalidade de atendimento – art. 195, I, da CF/88).

O Regime Geral de Previdência Social - RGPS cuida-se do principal regime previdenciário na ordem interna e abrange obrigatoriamente todos os trabalhadores da iniciativa privada. Pertencem ainda a tal regime os funcionários públicos não abrangidos por regime próprio.

A nossa CRFB/88 prevê ainda um Regime de Previdência Privada, facultativo, de caráter complementar, organizado de forma autônoma com relação ao RGPS e regulado por lei complementar. Assim, no Brasil, a exploração da previdência pela iniciativa privada é apenas em caráter supletivo.

3. Beneficiários: Segurados e Dependentes.

Beneficiários da previdência social são todas as pessoas naturais titulares de direitos subjetivos perante o sistema Previdenciário. Dividem-se em segurados e dependentes. O quadro abaixo fornece sua classificação:

Facultativos

a) SeguradosEmpregadoEmpregado doméstico

Obrigatórios AvulsoSegurado especial Contribuinte individual

1ª classe – cônjuge, companheiro, filho menor de 21 anos não emancipado ou inválido

b) Dependentes 2ª classe – pais3ª classe – irmão menor de 21 anos não emancipado ou inválido

3.1. Segurados Obrigatórios.

Os, § 2º e 3º, do art. 11 da Lei 8212/91 dispõem que:

“Art. 12. (.....)(...) § 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.

        § 4º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando

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sujeito às contribuições de que trata a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social.

3.1.1. Empregado. Vide arts. 12, inciso I, da Lei nº 8212/91 e 11, inciso I da Lei nº 8213/91.

É o segurado que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, de forma pessoal, não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração. Empregado rural é a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário (art. 2º da Lei n.º 5.889/73).

O empregado se torna segurado do INSS a partir do seu registro como empregado através da anotação do contrato de trabalho na Carteira de Trabalho e Previdência Social. O recolhimento da contribuição é de responsabilidade do empregador.

Segundo o inciso I, do art. 11 da Lei nº 8.213/91, é segurado obrigatório, como empregado:

Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:

        I - como empregado:

        a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;

Também se inclui nessa classe (segurado empregado) o aprendiz, maior de 14 e menor de 24 anos, ressalvado o portador de deficiência, ao qual não se aplica o limite máximo de idade, sujeito à formação técnica-profissional metódica, sob orientação de entidade qualificada. O limite de idade foi alterado pela Lei n° 11.180, de 23/09/05, que alterou a redação dos arts. 428 e 433 da CLT. Antes desta lei, o limite máximo de idade para o aprendiz era de 18 anos. O aprendiz é considerado empregado para fins previdenciários. Constitui a única classe de segurado que pode se inscrever antes de completar 16 anos de idade.

O empregado doméstico para fins previdenciários “é aquele que presta serviços de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos”, mediante remuneração, (art. 11, II da Lei nº 8.213/91). Observar que o conceito de “âmbito residencial“ não se restringe ao ambiente interno da casa da família, mas também ao jardim e até a atividades externas, desde que direcionada ao bem-estar da família, sem finalidade lucrativa (ex. motorista particular, acompanhante, etc.).

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O empregado doméstico se torna segurado da Previdência Social no momento em que o empregador doméstico assina a sua carteira de trabalho. A lei obriga o empregador doméstico a assinar a carteira de trabalho de seus empregados. Munido da carteira de trabalho com o contrato assinado, o empregado doméstico efetua uma só inscrição na agência da Previdência Social. O empregador doméstico pode promover a inscrição, no INSS, do segurado a seu serviço, ou qualquer outra pessoa sem necessidade de procuração. O empregador doméstico também é responsável pelo recolhimento das contribuições do empregado doméstico.

Contribuinte individual - são os trabalhadores autônomos, empresários ou equiparados a trabalhador autônomo. O contribuinte individual se torna segurado obrigatório perante o Regime Geral de Previdência Social ao exercer atividade remunerada, devendo inscrever-se na Previdência.

Trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra (avulsos portuários). O trabalhador avulso se torna segurado do INSS quando há o seu cadastramento e registro no sindicato de classe ou órgão gestor de mão de obra. O recolhimento da contribuição é de responsabilidade do tomador do serviço ou do órgão gestor de mão-de-obra.

De acordo com o art. 11, V, da Lei nº 8.213/91, considera-se segurado especial (também obrigatório):

VII - como segurado especial: o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o pescador artesanal e o assemelhado, que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 14 (quatorze) anos ou a eles equiparados, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar respectivo.

3.2. Segurados Facultativos

Pode filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, como segurado facultativo, a pessoa maior de dezesseis anos de idade que não exerça atividade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório da previdência social e que não esteja vinculada a qualquer outro regime de previdência (exceto na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio – art. 11, §2º do RPS).

Consideram-se segurados facultativos, entre outros: a dona-de-casa; o síndico de condomínio quando não remunerado; o estudante; o brasileiro que

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acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social; o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional.

O segurado facultativo pode filiar-se à Previdência Social por sua própria vontade, o que só gerará efeitos a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo este retroagir e não sendo permitido o pagamento de contribuições relativas a meses anteriores a data da inscrição. Após a inscrição, o segurado facultativo somente pode recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado. Caso o segurado facultativo venha a exercer alguma atividade remunerada, automaticamente se converterá em segurado obrigatório, devendo passar a efetuar recolhimentos nesta condição. A filiação compulsória sempre se sobrepõe à facultativa.

4. Salário-de-contribuição

É o valor sobre o qual é calculada a contribuição dos segurados, a base de incidência das contribuições previdenciárias a cargo dos trabalhadores e equiparados. Para Wladimir Martinez “é um dos elementos do cálculo da contribuição previdenciária; é a medida do valor com a qual, multiplicando-se a taxa de contribuição (alíquota), obtém-se o valor da contribuição”. Em outras palavras, o salário de contribuição nada mais é do que a base de cálculo sobre a qual incidem as alíquotas da contribuição previdenciária dos segurados.

Impende esclarecer que a terminologia “salário-de-contribuição” pouco ou nada tem a ver com o termo “salário” em termos técnico-jurídico (contraprestação devida pelo empregador ao empregado), uma vez que nem sempre o salário-de-contribuição é igual ao salário contratual, ainda mais porque há segurados que não não auferem salário propriamente, como é o caso dos administradores e autônomos.

4.1. Composição do salário de contribuição.

As parcelas indenizatórias, em regra, não estão incluídas no conceito de salário de contribuição e de remuneração.

São características das parcelas que compõem o salário-de-contribuição:

a) Habitualidade: Ou seja, a habitualidade na concessão de determinado valor ou utilidade por parte da empresa, desde que não seja parcela integrante do salário de contribuição, é remuneração e integra o salário de contribuição.

b) Pagamento “pelo” trabalho diferente de pagamento “para” o trabalho: se a parcela paga ou fornecida ao trabalhador é condição para a

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realização do trabalho, não sendo retribuição pelo trabalho, não tem caráter salarial, estando excluída do conceito previdenciário de salário de contribuição.

c) Integração ao patrimônio do trabalhador: quando todos os empregados forem onerados por determinada utilidade não será remuneração, porém, se somente uns o forem será remuneração. Ex.: art. 214, § 9º, alínea XVI, do Decreto nº 3.048/99. As parcelas não integrantes do salário-de-contribuição estão enumeradas de forma exaustiva.

d) Irrelevância do título: se for um ganho decorrente do trabalho (prestação do serviço ou de ter sido colocado à disposição), é remuneração e, portanto, integra o salário de contribuição.

________________________________________________________________OBS: O texto a seguir está transcrito no site oficial da Previdência Social. Para mais informações acesse www.mpas.gov.br

INSCRIÇÃO DO SEGURADO:

Inscrição é a formalização do cadastro na Previdência Social por meio da apresentação de documentos para a comprovação de dados pessoais e outras informações necessárias à caracterização profissional do trabalhador.  Para ter direito aos benefícios da Previdência Social é necessário que o cidadão faça a inscrição e contribua em dia. Confira outras orientações abaixo.

1 - Número do PIS/PASEP

Os empregados domésticos, contribuintes individuais e facultativos poderão usar o número do PIS/PASEP (caso tenha tido algum vínculo empregatício) para contribuir à Previdência Social.  Dessa forma, o trabalhador é dispensado de fazer novo cadastro, ou seja, nova inscrição.

2 - Guia da Previdência Social (GPS)

A Guia da Previdência Social (GPS) é o documento hábil para o recolhimento das contribuições sociais dos contribuintes individuais da Previdência Social.

3- Como calcular sua contribuição

O contribuinte individual (autônomos, empresários e equiparados) deve recolher à Previdência Social uma alíquota de 20% do salário recebido no mês, caso o contribuinte individual trabalhe por conta própria e receba até um salário mínimo a alíquota é de 11%. Em caso de prestação de serviços à empresa, a alíquota será de 11% repassada pela empresa empregadora ao INSS.

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É importante ressaltar que deve ser respeitado o piso de R$ 622,00 de um salário mínimo da Previdência Social.

Os contribuintes facultativos (donas-de-casa, estudantes, desempregados) poderão contribuir à Previdência Social com alíquota de 11% sobre o salário mínimo.

Nota: Contribuição mínima: R$ 124,40 (20% de R$ 622,00);

Contribuição máxima: R$ 783,24 (20% de R$ 3.916,20)

4 - Data de pagamento

A contribuição mensal vence no dia 15 do mês seguinte. Por exemplo, a competência (mês) julho vence no dia 15 de agosto. Se o dia 15 cair no sábado, domingo ou feriado, o contribuinte poderá pagar no primeiro dia útil imediatamente seguinte ao vencimento.

5 - Idade mínima para inscrição

Para fazer a inscrição é necessário ter no mínimo 16 anos. No caso do menor aprendiz, a inscrição é permitida a partir dos 14 anos.

6 - Baixa da inscrição

A partir do momento em que for feita a inscrição, é necessário que as contribuições estejam em dia. Se o segurado não quiser continuar a contribuir, é preciso solicitar a baixa da inscrição, pois, caso contrário, ficará em débito com a Previdência Social.

Para dar baixa na inscrição é necessário se dirigir a uma das Agências da Previdência Social/INSS.

7 - Descontos para empregados de carteira assinada

Se você for empregador doméstico, trabalhador avulso ou empregado com carteira assinada já está automaticamente inscrito na Previdência Social e o empregador é responsável pelo repasse dos descontos ao INSS.

O desconto do seu salário, feito pelo empregador, para a Previdência Social será de:

- Alíquota de 8,00% no caso de salário até R$ 1.174,86

- Alíquota de 9,00% no caso de salário de R$ 1.174,87 a R$ 1.958,10

- Alíquota de 11,00% no caso de salário de R$ de 1.958,11 até 3.916,20

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Observação:

Os descontos de 11% têm o limite máximo de R$ 3.916,20, ou seja, se o trabalhador receber remuneração acima deste valor o desconto será o mesmo.

8 - Regime Próprio de Previdência Social

Não é permitida a inscrição como segurado facultativo à pessoa participante de Regime Próprio de Previdência Social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento. Nesta condição não é permitida a contribuição no respectivo regime próprio.

9 - Contribuinte individual

Quem trabalha por conta própria como, por exemplo, camelôs, jardineiros, diaristas, trabalhadores avulsos da construção civil, doceiras, costureiras, cabeleireiros, entre outros, podem contribuir para a Previdência Social. O fato de não terem carteiras assinadas não os impedem de contribuir mensalmente. Desta forma, esses trabalhadores vão garantir, durante toda a sua vida de trabalho, acesso aos benefícios (auxílio-doença, salário-maternidade, etc) e, na velhice, à aposentadoria.

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Referências bibliográficas:

IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário, 14ª edição, Ed. Impetus, 2009.KERTZMAN, Ivan. Curso Prático de Direito Previdenciário. 4ª edição, Ed. Podivm, 2007.MARTINEZ, Wladimir Novaes. Curso de Direito Previdenciário. Noções de Direito Previdenciário. Tomo I. 3ª edição, Ed. Ltr.

Internet:Site oficial da Previdência Social. WWW.mpas.gov.br. Acesso em 01/04/2012.