direitos da criança em angola e na noruega- uma ... · objectivodo artigo...
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Objectivo do Artigo
ØO presente artigo tem como objectivo abordar, num primeiro plano, osdireitos da criança e a responsabilidade parental, numa perspectivageral. Em seguida, será feito uma análise relativa aos Direitos daCriança e o modo como é consagrada nas legislações nacionais tanto deAngola como da Noruega, assim como a forma como sãoimplementados os serviços de protecção do menor nestes dois países.
ØPara esta abordagem servimo-nos dos principais instrumentosnormativos dos dois países, isto é, a lei nº 25/12, sobre a protecção edesenvolvimento integral da criança de Angola, e a Children’s Act,1981, lei da criança Norueguesa.
Sumário
� História e Enquadramento Legal� Definição de Criança� Instrumentos que versam sobre Direitos da Criança em Angola e na
Noruega� Responsabilidade Parental � Serviços de Protecção de Menor em Angola e na Noruega� Comparação entre os dois sistemas� Considerações finais
História e Enquadramento Legal
Ø 1919: criação da ”Save the Children” por Eglantyne Jebb� prestação de ajuda humanitária de urgência às crianças afectadas pelas
consequências da I Guerra Mundial.
Ø 1924: Declaração de Genebra sobre os Direitos da Criança (Liga dasNações)� primeiro documento internacional sobre os Direitos da Criança.
História e Enquadramento LegalØ 1946: criação do fundo de Urgência para as Crianças• pela ECOSOC• nome alterado para UNICEF em 1953
Ø 1948: Declaração Universal dos Direitos Humanos• primeiro instrumento internacional que enuncia direitos civis e políticos,
económicos, sociais e culturais dos quais todos seres humanos devembeneficiar (inclusive as crianças).
Ø 1959: Adopção da Declaração dos Direitos da Criança pela Assembleiageral da ONU• Enumera os direitos e as liberdades que todas as crianças precisam, para
desfrutar de uma vida normal e saudável.
História e Enquadramento Legal
� 1989: A Assembleia Geral da ONU adopta a Convenção Sobre osDireitos da Criança (CDC). É o tratado internacional de direitoshumanos mais ratificado da história.
� 196 Estados Partes� Excepto os EUA não a ratificaram� Fundamenta-se em quatro princípios:§ Proibição da discriminação (art.2º)§ O superior interesse da criança (art.3º)§ O direito de ser ouvido (art.1º)§ Direito à vida e ao desenvolvimento (art.6º)
Convenção dos Direitos da Criança em Resumo
ØFundamenta-se em quatro princípios:� Proibição da discriminação (art.2º)� O superior interesse da criança (art.3º)� O direito à vida e ao desenvolvimento (art.6º)� O direito de ser ouvido (art.12º)
Ø Estes princípios representam valores essenciais e fundamentais:� proporcionam orientação para que cada direito seja protegido,
respeitado e realizado.� Estabelecem parâmetros para a implementação e monitoramento dos
direitos da criança.� Mecanismos de implementação da CDC em Angola e na Noruega.
Definição de Criança
� Artigo 1º da CDC: “Nos termos da presente Convenção, criança é todoo ser humano menor de 18 anos, salvo, se a lei nacional confere amaioridade mais cedo.”
� Artigo 2º da Carta Africana: “Para efeitos da presente carta azulejo, umacriança significa todo ser humano com idade inferior a 18 anos.”
Instrumentos que Versam Sobre Direitos das Crianças em Angola e na Noruega
Ø 1990: Angola ratificou a Convenção dos Direitos da CriançaØ 1992: Angola ratificou a Carta Africana dos Direitos e Bem Estar da
CriançaØEm 2012: Angola aprovou a lei nº 25/12, sobre a Protecção e
Desenvolvimento Integral da CriançaØ 1991: Noruega ratificou a Convenção dos Direitos da CriançaØ 1981: a Noruega aprovou a lei Children’s Act
Responsabilidade parental em Angola e na NoruegaØDefinição de responsabilidade parentalØO conceito de responsabilidade parental varia de acordo com o Estado
Parte da CDCØA CDC reconhece expressamente a reponsabilidade parental em termos
geraisØO Conselho da Europa na sua recomendação N R (84)-4, define:
”Responsabilidade parental como o conjunto de poderes e deveresdestinados a assegurar o bem-estar moral e material do filho”
ØAnálise comparativa:• Serviços de protecção de menor em Angola e na Noruega• Responsabilidade parental em Angola e na Noruega
Considerações FinaisA abordagem feita por este artigo dos direitos da criança eda responsabilidade parental, partiu de uma concepçãogeral e ingressou para uma análise particular e concreta, deacordo com a realidade jurídica de Angola e da Noruega.Nesta perspectiva, vimos que não há uma significativadiferença entre a estrutura jurídica de protecção dosdireitos da criança.
A diferença reside na realidade jurídica vigente nos doisEstados objecto de estudo. Embora ambos os estadostenham assumido as mesmas obrigações e compromissos,quanto à proteção e assegurar o bem estar da criança, é umponto assente no que concerne a aplicabilidade destesdireitos na vida prática, tendo em conta os factores sociais,culturais e políticos.