disciplina de clínica cirúrgica i camila mendes camila pucci dirceu pinto paula sedoski ricardo...
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Disciplina de Clínica Cirúrgica I
Camila MendesCamila PucciDirceu PintoPaula SedoskiRicardo ZanlorenziYan Aguilera
Definição Fatores predisponentes; Histórico
Final do século XVIII;Amputação com índice de mortalidade de
45%;
EtiologiaStreptococcus hemolítico do grupo AStaphylococcus aureus
História de trauma ou cirurgia recente envolvendo a área atingida;
Causas idiopáticas não são incomuns; Dor e inchaço súbitos no local do trauma
ou cirurgia recente; Em alguns casos os sintomas começam
em lugares afastados do local do insulto traumático.
Nas próximas horas ou dias a dor progride para anestesia da região;
Síndrome de Fournier começa com dor e coceira da pele na área genital e perineal;
Co-morbidades, como Diabetes Mellitus, devem ser investigadas em caso de suspeita de fasceíte necrotisante;
O diagnóstico pode ser difícil e requerer um alto grau de suspeita.
Tipo IMenos comum;Microbiota pluribacteriana;Bactérias freqüentemente isoladas incluem:
Staphylococcus aureus, Streptoccoccus, Enterococcus, E.coli, Bacterioides fragilis e Clostridium sp.;
Incluída a Síndrome de Fournier;Após cirurgias em pacientes com DM e
DVP.
Tipo IIAgente causal é uma única bactéria;Bactéria de maior prevalência:
Steptococcus do grupo A;Cepas de MRSA também foram descritas
como causadoras;Pode ocorrer em diversos grupos etários
não portadores de patologias complicadas.Ferimentos penetrantes, procedimentos
cirúrgicos e queimaduras.
Não há nenhum sinal patognomônico para o diagnóstico;
Pele inicialmente pode apresentar-se sem lesões aparentes até fase mais avançada da doença;
Pacientes admitidos com: Taquicardia; Febre; Alteração do estado mental;
Começa coma formação de uma área de eritema, a qual se espalha progressivamente;
A vermelhidão se espalha e atinge a pele saudável;
A infecção progride e deixa a pele da área afetada púrpura e escura;
Anestesia da região afetada pode ocorrer; A falta de tratamento pode resultar em miosite
ou mionecrose.
Sinais mais importantes: Áreas de tecido necrótico; Bolhas; Produção de gases; Dor severa; Falta dos sinais inflamatórios clássicos;
Hipóxia tecidual causada por alguma injúria tecidual, como:
- traumas; - queimaduras; - feridas cirúrgicas; - injeções IV e acessos de cateteres; - picadas de inseto; - escoriações; - abscessos perirretais e abscessos em geral; - fístulas; - 20%: sem lesões ( via hematogênica).
Acredita-se que o fator desencadeante da lesão seja uma toxina bacteriana de ação local, causando trombose vascular e vaso constrição;
SBH e anaeróbios: hialuronidases, colagenases, heparinases quebram as proteínas estruturais dos tecidos;
Sinergismo: S. aureus potencializa a disseminação de SBH; bactérias aeróbias produzem ambiente favorável para anaeróbias.
As alterações histológicas são progressivas;
Fase inicial: vasculite obliterativa ou trombose dos vasos subcutâneos, inflamação aguda com infiltrado PMN, necrose e hemorragia até a derme, pele integra;
Fases avançadas: necrose de toda a espessura da pele, fáscia necrosada com aspecto amarelado ou acastanhado e sua gelificação, lesão visível na pele;
Com a hipóxia: progressiva diminuição de PMN no local da injúria;
Proliferação de microorganismo anaeróbios e aeróbios facultativos;
Normalmente os primeiros microorganismo que infectam a ferida são os Streptococcus pyogenes ou os Staphylococcus aureus ou até mesmo uma associação de ambos, causam ainda mais lesão tecidual na área.
Laboratoriais: hemograma, gasometria, bioquímica, culturas de secreções ou tecidos e hemoculturas;
Radiológicos: RX, USG, TC e RM (as duas últimas também avaliam a extensão da lesão);
Anatomopatológicos: “teste do dedo” e biópsia por congelamento (para fases iniciais da infecção);
Microbiológicos: coleta de secreções e tecidos e exame de Gram e cultura para SBH e outras bactérias aeróbias e anaeróbias.
A principal causa é a quebra da técnica pela equipe cirúrgica, seguida de infecção endógena;
Adequada arquitetura do Centro Cirúrgico; Uso de luz UV; Sistema de ventilação laminar; Diminuir o trânsito de pessoas no CC; Diminuir conversação durante o procedimento;
Preparo do paciente: Infecções cutâneas; Preparar a pele;
Preparo do CC: Roupas e equipamentos; Assepsia e anti-sepsia das mãos; Paramentação;
Contaminação endógena: Trato gastrointestinal e geniturinário e vias
respiratórias.
Diagnóstico precoce, debridamento cirúrgico radical de todo o tecido necrótico e antibioticoterapia parenteral de amplo espectro;
Medidas gerais como controle da hipotensão e da disfunção de órgãos decorrentes da sepse severa;
Doenças trombo-embólicas e complicações decorrentes de suporte nutricional;
A penicilina é o antibiótico de escolha para o tratamento das infecções estreptocócicas, embora a clindamicina seja muito usada;
Adição de corticóide sistêmico à antibioticoterapia produz rápida melhora;
Uso de imunoglobulinas; Oxigênio hiperbárico:
Polimorfismo da flora bacteriana com predomínio de anaeróbios;
Necrose tissular devida a obstrução vascular.
SABISTON, D.C. Textbook of Surgery. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1996;
HARRISON. Princípios de Medicinas Interna. Mc Graw Hill, 16 edição, 2005;
Acesso em: <http://emedicine.medscape.com>; Up to Date; COSTA, Izelda Maria Carvalho; CABRAL, Andrea
Leão Santos Veiga; PONTES, Simone Saraiva de e AMORIM, Janaina Figueiredo de. Fasciíte necrosante: revisão com enfoque nos aspectos dermatológicos. An. Bras. Dermatol. [online]. 2004, vol.79, n.2, pp. 211-224.