disciplina: economia tema: evolução da história do...
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Importância do
estudo de HPE
Serve para aprimorar o entendimento do pensamento
econômico contemporâneo; além disto fornece
perspectiva e entendimento de nosso passado, de ideias e
problemas em mutação, além de nossa direção de
movimento.
A. Smith Marx
Keynes Marshall
Teoria econômica e cenário social
Escolas de Pensamento
Econômico Cenário social
Um pouco de conhecimento sobre a época é essencial para entender porque as
pessoas pensavam daquela maneira. Algumas teorias surgem claramente como
consequencia das questões da atualidade.
Conjuntura:
quando e onde
Pensamento anterior:
elo entre correntes e
autores
Que grupo social a
corrente/autor quer
beneficiar
Serve de ponto
de partida para
quais
pensadores
subsequentes
As quatro grandes tradições analíticas
•Escola Clássica •Escola Marxista •Escola Neoclássica •Escola keynesiana
1500 1776 1756 1871 1930 1850
Mercantilismo
Fisiocracia
Escola Clássica
Escola Marxista
Escola Neoclássica
Escola Keynesiana
Economia Clássica
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
Revolução Industrial
(1760-1830)
Crescimento da manufatura, do comércio, da
invenções e da divisão do trabalho
Ênfase no aspecto industrial da vida
econômica no pensamento da época
Cenário
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
Inglaterra
•País mais eficiente e poderoso do
mundo
•Possuía grande império colonial,
mercado lucrativo e fontes de
matérias primas
“Um século de explorações ultramarinas bem sucedidas, tráfico de escravos,
pirataria, guerra e comércio tinha feito da Inglaterra a mais rica nação do
mundo”
(Heilbroner, em A formação da Sociedade Econômica)
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
•Importância crescente da
Indústria
•Necessidade de maior liberdade
comercial
•Necessidade de uma força de
trabalho com maior mobilidade
O excesso de regulamentação e
intervenção governamental
preconizados pelo mercantilismo,
não se ajustavam às necessidades
de expansão econômica
Presença do Estado nos assuntos econômicos
Cenário na Inglaterra
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
•Adam Smith – A riqueza das Nações – 1776
Economia Clássica: corpo de doutrinas criadas na Inglaterra por Adam
Smith, Malthus, Ricardo, James Mill, Stuart Mill, Cairnes. Na França: Jean
Baptiste Say.
A Teoria dos Sentimentos Morais (1759):
explica a origem da capacidade da
humanidade em formar juízos morais
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
Problemas básicos abordados por Smith
1- Que fatores são responsáveis pela riqueza das nações e como se
dá o crescimento econômico?
É preciso aumentar a produtividade para se aumentar a riqueza
(ampliar mercados)
A acumulação aumenta as forças produtivas da nação e esta
acumulação decorre da poupança, daí seu elogio à parcimônia e à
frugalidade
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
2- Como explicar a coesão social num mundo onde todos buscam os
próprios interesses?
• Ao seguir seus impulsos egoístas as pessoas interagem uma com
as outras, numa harmonia social.
• Deixada a si mesma, a economia caminha para o melhor dos
resultados, conduzida por uma mão invisível.
Problemas básicos abordados por Smith
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
Problemas básicos abordados por Smith
3- Qual o papel do Estado?
• Proteger a sociedade contra os ataques externos
• Estabelecer a justiça
• Manter obras e instituições necessárias às sociedades
• Emissão de papel moeda
• Proteção da indústria nacional essencial à defesa do país
Essa posição de não intervenção do Estado foi
responsável pelo sucesso de sua obra.
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
Problemas básicos abordados por Smith
4- Para onde caminha a sociedade? Em que direção ela se move?
• Acreditava no determinismo das leis naturais, que a riqueza só poderia
crescer e, crescendo, beneficiaria a todos. Sua visão do mundo era a
visão de um otimista
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
Preocupação central de todos os autores clássicos
Crescimento a longo prazo e a distribuição de renda entre as
classes sociais
Divisão da
sociedade para os
clássicos
• Trabalhadores
• Latifundiários
• Capitalistas
Renda dividida entre as três
classes
Como????
Parte da renda é consumida no sustento dos trabalhadores e demais classes
sociais; o restante estará nas mãos dos capitalistas e latifundiários, porque os
trabalhadores destinam toda a sua renda à subsistência
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
Distribuição da renda
• Salários: pago aos trabalhadores para que permita sobreviver
e perpetuar a oferta de trabalho
• Renda: preço pago pelo uso da terra
• Lucro: rendimento dos proprietários de capital
Os capitalistas eram, para os clássicos, os principais agentes através dos
quais o rendimento líquido poderia ser convertido em acumulação. Assim, o
tamanho da parcela do lucro poderia ser tido como determinante básico do
ritmo de acumulação e, por sua vez, da taxa de expansão econômica.
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
Bases
•Comportamento econômico de auto-interesse/harmonia de interesses:
enfatizavam que ao correr atrás de seus interesses individuais (capitalistas: lucros;
trabalhadores: salários; consumidores: satisfação de seus desejos) , as pessoas atendiam
aos melhores interesses da sociedade
•Interferência mínima do governo: a atividade do governo deveria ser limitada à
aplicação dos direitos de propriedade e ao fornecimento da defesa nacional e da
educação pública
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo econômico.
Suas bases são liberdade pessoal, propriedade privada, empresa
privada e interferência mínima do governo. O termo liberalismo deve
ser considerado em seu contexto histórico: as ideias clássicas eram
liberais em contraste com as restrições mercantilistas
1- A Escola Clássica – séc. XVIII
• O lucro era visto como determinante básico do ritmo de
acumulação e, por sua vez, da taxa de expansão econômica.
• Sendo assim, quem eram os sujeitos mais importantes nessa visão
clássica?
• Qual a classe que a teoria beneficiava?
2- A Escola Marxista
Dirigiu-se contra a tradição clássica do pensamento econômico.
Atacou as análises empregadas pelos autores clássicos, assim
como as conclusões a que eles tinham chegado.
Contudo, apropriou-se de sua estrutura analítica.
A função da análise econômica marxista buscou mostrar
as leis da mudança histórica que previam a destruição
do capitalismo, e a demonstrar a ineficácia de políticas
que pretendessem minorar seus males
2- A Escola Marxista
Em 1849 exílio em
Londres,
Posto de observação privilegiado –
laboratório do capitalismo nascente
Marx
Pesquisador da dinâmica da sociedade e um
intervencionista que buscava acelerar a
mudança social
2- A Escola Marxista
Florescia a industrialização
Classe trabalhadora fabril vivia grandes mazelas
Crescimento da indústria não vinha acompanhado por um sistema de
distribuição de renda, como esperava Smith.
Contexto das análises de Marx
2- A Escola Marxista
I - Economia Política Inglesa (David Ricardo)
Influências intelectuais de Marx
•Estudou as obras de Smith e Ricardo, e deste
último utilizou-se da teoria do valor-trabalho.
•A partir desta teoria, que considerava falha,
passou a elaborar sua própria teoria, com
implicaçoes revolucionárias
2- A Escola Marxista
II – O Materialismo
Influências intelectuais de Marx
•Ênfase à matéria, às coisas reais, ao mundo da
realidade, em oposição ao campo das ideias
(idealismo).
•Importância das realidades materiais em oposição ao
idealismo de Hegel
2- A Escola Marxista
III - Filosofia alemã (Hegel)
Influências intelectuais de Marx
•Processo dialético desenvolvido por Hegel
•Conhecimento e progresso histórico ocorrem por meio de
conflito de ideias (tese – antítese – síntese - nova tese)
Materialismo histórico: a evolução histórica se dá pelo
confronto entre classes sociais decorrentes da exploração do
homem pelo homem. (Parte sócio filosófico do marxismo)
2- A Escola Marxista
IV - Socialismo francês
Influências intelectuais de Marx
•Compartilhava da indignação contra o
capitalismo, da crítica severa à economia
clássica e da visão socialista da sociedade futura
2- A Escola Marxista
1. Não levavam em consideração cada estágio histórico e suas suas
dinâmicas peculiares
2. Condenava as leis universais e eternas dos clássicos
3. Via nos clássicos representantes científicos da produção burguesa
4. Modelos clássicos construídos com propósito de lançar luz sobre tipos
de políticas para melhorar o desempenho econômico, de natureza
reformista e não construtivas.
5. Não pretendiam remediar os males econômicos
Crítica de Marx aos Clássicos
2- A Escola Marxista
Divisão da sociedade
Diferente dos
clássicos, Marx
dividia a sociedade
em dois grupos
sociais
•Os que possuíam os meios
de produção
•Os que não possuíam os
meios de produção
Proprietários de terra e
capitalistas eram tidos
como uma única classe
O ambiente econômico colocaria os homens em papéis particulares,
que acabava dominando seu pensamento e comportamento (força da
estrutura). Ligação entre papel econômico e atitude social → estímulo
ao desenvolvimento de um sério estudo sociológico
2- A Escola Marxista
Teoria do valor trabalho
•Prolongamento consciente da teoria do valor trabalho exposta
por Smith e Ricardo.
•O socialismo marxista se apresenta antes como continuador do
que como adversário da teoria clássica.
Olhar para a mesma situação a partir de um
ponto diferente. O lugar: o capitalismo.
2- A Escola Marxista
O que determinaria o valor de uma mercadoria é o tempo de
trabalho socialmente necessário durante o processo de produção,
é o tempo de trabalho contido numa mercadoria
O que determinaria o valor da força de trabalho? Seria o valor da
cesta de bens que possibilita a sobrevivência do trabalhador na
sociedade em que ele opera (alimento, roupa, moradia, educação
dos filhos, etc.). Custo de sua manutenção e de sua família.
Teoria do valor trabalho
2- A Escola Marxista
Teoria do valor trabalho
O trabalhador
vende sua
força de
trabalho
Tem um valor que é medido pelo tempo de
trabalho necessário à sua reprodução.
O que o capitalista paga é exatamente sua força de
trabalho, não lhe paga o trabalho.
2- A Escola Marxista
Exigia-se dos trabalhadores mais tempo de trabalho do que o necessário
para produzir valores equivalentes às suas necessidades. A posição
dominante dos proprietários permitia que exigissem um dia de trabalho
maior do que o tempo necessário, e apropriava-se do valor criado durante o
tempo de trabalho excedente.
4 horas 4 horas
Tempo necessário Tempo excedente
Teoria da
exploração
do trabalho
Como capitalistas obteriam lucros?
2- A Escola Marxista
É o trabalho não pago ao operário
Sendo o salário fixado em termos de mínimo vital para o
operário e não em função da quantidade de coisas por ele
produzidas, o capitalista prolongará ao máximo a duração
da jornada de trabalho, a fim de aumentar a mais valia
A mais valia
2- A Escola Marxista
Para Marx, a essência do capitalismo é a formação do valor e a apropriação da
mais valia pelo capital. A mais valia constitui uma consequência inevitável das
trocas capitalistas e só poderia desaparecer com o desaparecimento do regime
que o engendrou.
Só o trabalho cria valor
O trabalhador não recebe o valor integral do seu trabalho, assim é
impossível adquirir o produzido por ele, tornando-se vítima da
sociedade capitalista
Assim, a essência do sistema é a
exploração da força de trabalho
A mais valia
2- A Escola Marxista
Valor: equivale ao seu custo em trabalho (teoria do valor trabalho)
Preço: depende da oferta e da procura
Mas a oferta e a procura fazem oscilar o preço do
mercado em determinado patamar; este patamar é o
preço natural, ou seja, o valor do bem
Valor e Preço
A crise a partir do próprio sistema, segundo Marx
Pressões sobre Kistas
para reinvestir parte do
excedente. Busca pela
eficiência, pelo
barateamento das
mercadorias
Queda no valor
das mercadorias
(medido em
insumos de
trabalho)
Deslocamento
de trabalho por
máquinas.
O modo kista exigia isto para manter a posição de poder dos Kistas e também
para garantir uma oferta abundante de trabalho a salários subsistência.
Concentração da
riqueza nas mãos
de menos kistas
Miséria,
desigualdade,
conflito de
classes
Capitalismo se
auto destruindo
Com a difusão da maquinaria, apenas os mais fortes poderiam
sobreviver, isso aplica-se aos Kistas e aos operários.
Marx e as leis econômicas
As leis que Marx buscava não eram eternas nem universais, mas as
únicas para estágios particulares da história. Para ele, as
circunstâncias econômicas eram os determinantes fundamentais de
todas as relações sociais.
Seu estudo analítico, apesar de construído em torno de fenômenos
econômicos, não se restringiu apenas a problemas econômicos, ele
oferecia uma visão abrangente da sociedade, em que todos os eventos
eram tidos como interligados.
3- A Escola Neoclássica
•Vários problemas econômicos e sociais, que permaneceram sem
solução até um século após o início da Revolução Industrial
•Pobreza se espalhava, embora a produtividade crescesse.
•Padrão geral de vida crescia, mas a distribuição era extremamente
injusta
Contexto
Métodos de ataque aos problemas sociais da época
•Apoio ao sindicalismo
•Exigência ao governo de ações para melhorar as condições vigentes na época,
basicamente controlando a economia
•Distribuição de renda
Neoclássicos repudiavam as três “soluções”
Lamentavam a intervenção do governo, denunciavam o
socialismo, procuravam desencorajar o sindicalismo
trabalhista como ineficaz ou nocivo
3- A Escola Neoclássica
•Surgiu por volta de 1870
•Para os neoclássicos o problema mais importante era o funcionamento do sistema de mercado e seu papel como alocador de recursos
Escola Austríaca → Carl Menger
Escola de Lausanne (Escola
Matemática) → Walras
Escola de Cambridge → Marshall
• Bohn-Bawerk
• Von Wieser
• Von Mises
• Hayek
• Shumpeter
• Pareto
• Leontief
• Pigou
3- A Escola Neoclássica
A partir da época em que os clássicos tinham escrito sobre a ordem natural
da economia, a estrutura econômica tinha se alterado de tamanho e
capacidade, permitindo-lhe um poder econômico sem restrições →
mudanças no ambiente econômico das sociedades ocidentais
3- A Escola Neoclássica
A discussão do preço já não
estava subordinada a
preocupações com o valor
natural e sua determinação a
longo prazo
Para dar ênfase à teoria dos preços foi
necessário deixar de lado preocupações
como crescimento a longo prazo e com
a distribuição, presentes nas tradições
clássicas e marxistas
O que interessava eram os problemas mais imediatos quanto ao tempo Nas mãos Neoclássica a economia foi removida do tempo histórico
A abordagem econômica dos teóricos neoclássicos era dado pelo
comportamento do mercado dentro de períodos de tempo
delimitados
3- A Escola Neoclássica
Investigações se concentravam nos processos de mercado e de suas
propriedades alocativas
O ponto de partida passa a ser o comportamento humano, sob o
ponto de vista de suas tendências econômicas
Atenção para decisões tomadas por produtores e consumidores
3- A Escola Neoclássica
1. Enfase nos aspectos microeconômicos – preocupação em estudar firmas individuais, unidades
familiares e o relacionamento entre elas. Desaparece a preocupação com o crescimento econômico
que tanto agitou os clássicos.
2. Oferta cria sua própria demanda– ao produzirmos alguma coisa, o próprio processo produtivo está
criando poder de compra para este e outros produtos. Assim, não há superprodução nem
desemprego generalizados
3. Enfase no equilíbrio – as forças econômicas internas e atuantes que tendem a levar o sistema ao
equilíbrio
4. Liberalismo Econômico - Mínimo envolvimento governamental – deram continuidade, nesse ponto,
aos clássicos
Bases
3- A Escola Neoclássica
O preço de um bem é sua relação de troca pelo dinheiro, isto é, a quantidade de
moedas necessárias para obter em troca uma unidade do bem. Valor e preço são a
mesma coisa. Isso não ocorria para os clássicos nem em Marx
O preço se forma pela interação de duas ordens
de influência, a da procura e da oferta
Enfoque da demanda: preço
orientado pela procura –
supremacia do consumidor
Enfoque da oferta: valor de
um bem determinado pelo
trabalho aplicado na sua
obtenção
Ênfase nos preços
3- A Escola Neoclássica
O preço significa que os bens têm uma utilidade, são
escassos e apresentam, portanto, um valor.
Teoria do Valor
trabalho
•Escola Clássica. Marx
•O que determinaria o valor de uma mercadoria é o
tempo de trabalho socialmente necessário durante o
processo de produção
•É o tempo de trabalho contido numa mercadoria
Teoria do Preço
Teoria do Preço orientado pela demanda
•Para a microeconomia: a demanda é a principal força na
determinação dos preços. Enfase na utilidade subjetiva (demanda
depende da utilidade marginal, que é um fenômeno subjetivo e
psicológico)
•Para os clássicos: o custo de produção seria fator determinante
e significativo do valor de troca
Enfase na demanda
Ênfase na oferta
Microeconomia e a Escola Neoclássica
Produtores e consumidores assumem o centro do palco na
Escola Neoclássica, que é a ênfase microeconômica.
Consideram o processo de tomada de decisões individuais,
as condições de mercado para determinado tipo de bem, o
resultado de empresas específicas
3- A Escola Neoclássica
Uso de poderosas ferramentas
de análise: diagramas e técnicas
matemáticas
Transformação da economia
numa ciência social mais exata
Análise estática, fenômenos complexos da
sociedade foram traduzidos e simplificados de
maneira metódica e sistemática – tom de
universalidade
Coeteris paribus
Abstraiu-se da complexidade do mundo real
Uso de novas ferramentas analíticas
3- A Escola Neoclássica
O projeto científico
•Removeram o tempo histórico - categoria importante da Escola Marxista
•Projeto de pesquisa mais ligado ao método do que “ao fazer ciência”
•O método sofreu grandes modificações desde seu surgimento, mas trabalham sobre os
princípios do equilíbrio, que seriam leis universais, embora hoje em dia seja um campo
mais cinza
No mundo do neoclassicismo a economia
tornou-se mais universal e mais científica em
suas afirmações e menos melancólicas em
suas conclusões
3- A Escola Neoclássica
•Muitas de suas teorias permaneceram ilesas e são encontradas em livros
contemporâneos de economia
•Junto com as variações da macroeconomia keynesiana, domina a análise econômica nos
países ocidentais
Rompem com toda a tradição clássica e marxista do valor trabalho
das mercadorias, é como se o trabalho não tivesse mais
importância e como se a mercadoria em si ganhasse peso – uma
humanização da mercadoria, e um desamparo do trabalho
4- A Escola Keynesiana
•Inicia-se em 1936 com a publicação da obra de Keynes – Teoria Geral do
emprego, do juro e da moeda - representando uma ruptura com a teoria
econômica prevalecente na época
•Teoria predominante na época: Neoclássica, escola Keynesiana surge
dela
Para os neoclássicos o
desemprego não existia Mas a realidade era outra
(1883-1946)
4- A Escola Keynesiana
•Mudança fantástica nos sistemas de produção, inovações tecnológicas.
•Investimentos em setores como petróleo, siderurgia, maquinário…
•Grandes expectativas de prosperidade
•Consolidação dos bancos como agentes de intermediação financeira
•Grande crescimento do PIB nas principais economias mundiais
Economia mundial entre 1870 a 1930
Grandes
expectativas
de
prosperidade
4- A Escola Keynesiana
•A crise de 29 provocou um espiral de expectativas negativas
•Consumidores não compram
•Empresas não investem
•Bancos não emprestam
Ciclo vicioso
Sem precedentes
A crise de 1929
4- A escola Keynesiana
Numa economia de mercado a produção requer demanda;
A demanda de consumidores e empresas depende de suas expectativas (empregos e vendas) em relação à economia;
A crise provocou um espiral de expectativas negativas, num ciclo vicioso: expectativas ruins, pessoas param de consumir.
• Consumidores não compram
• Empresas não investem, não há para quem vender então não produzem
• Bancos não emprestam
• Decisões individuais jogam contra
Para Keynes….
4- A Escola Keynesiana
PIB caiu 53%
85 mil empresas fecharam
Salários caíram em 60%
14 milhões de desempregados (25% da população economicamente
ativa)
Teoria Clássica: deixe a economia agir que ela mesma se equilibra
EUA entre 1929 e 1934
4- A Escola Keynesiana
Até início do século XX
Acreditava-se que a economia se corrigia
automaticamente. Teoria Clássica, inspirada em Smith.
O Estado não tinha função estabilizadora
Com a crise de 1929
•Desconfiança quanto ao ajustamento automático
da economia
•A crise veio por em causa o pensamento
clássico.
•Se estendeu por anos.
4- A Escola Keynesiana
•Desemprego devido aos salários elevados, acima do preço de mercado, por causa
sindicalismo, que impedia a flexibilidade
•Rigidez dos monopólios (segunda onda de industrialização – 1830-1890), que
impediam a livre concorrência (grande número de empresas, produtos homogêneos)
Problema: imperfeições do mercado
O que estaria errado não era a teoria, mas sim os fatos
Como os neoclássicos viam a crise
4- A Escola Keynesiana
1. Demanda inesgotável
2. Preço equilibrando demanda e oferta (se houvesse demanda maior do que
capacidade de produção, preços subiriam e consequentemente demanda
cairia, voltando ao equilíbrio
3. Ganhos de eficiência e avanço tecnológico ampliando capacidade de
produção
Explicação da economia até 1930
4- A Escola Keynesiana
Demanda inesgotável, sempre maior do que a economia pode oferecer (necessidades ilimitadas)
Fogo para assar o bolo: Demanda
Como se define a produção de uma economia – PIB até 1930
Como se fizesse um bolo
Quanto mais
ingredientes,
maior o bolo
Para se fazer o bolo é preciso ingredientes (fatores de produção), como se mistura os ingredientes seria a tecnologia
Para os clássicos essa chama é
constante: oferta gera sua própria
procura (demanda)
4- A Escola Keynesiana
O estado deveria estar atento ao desemprego e agir de modo a atenuar
as flutuações das atividades econômicas
Em termos simples: a idéia era o Estado
baixar os impostos e aumentar o
investimento público em tempo de crise,
estimulando a economia
A macroeconomia é uma invenção do século XX
O olhar de Keynes
4- A Escola Keynesiana
O problema deveria estar na
demanda
Clássicos: não havia problema na
demanda porque todos desejariam
sempre consumir
Olhar para a demanda e não para a oferta
Quem
demanda?
Consumidores
Empresas
Outros países
Governo
A crise por Keynes
4- A escola Keynesiana
Princípio da demanda efetiva
•Apresentado no capítulo 3 da Teoria Geral
•Oposto da Lei de Say (oferta cria sua própria demanda)
•O que determina o volume da produção é a demanda efetiva – às variações na
demanda os produtores respondem variando a produção
•O desemprego é provocado pela deficiência de demanda
Essência da teoria keynesiana
4- A Escola Keynesiana
Se for maior que a capacidade produtiva Tem-se inflação
Se for menor que a capacidade produtiva Tem-se desemprego
Não existiria nenhum mecanismo de ajustamento automático para
igualar a oferta e a demanda no pleno emprego, como preconizavam
os clássicos
Abre-se o campo para a política econômica
A demanda efetiva
4- A Escola Keynesiana
Máquinas paradas
Trabalhadores desempregados Esses fatores não se juntam
Preços que antes agiam como mediador não
funciona mais. Economia parada sem utilizar os
fatores de produção
4- A Escola Keynesiana
Momentos de
Crise
Forte contração
da quantidade
de moeda na
economia
• Consumidores retiram moedas
dos bancos e guardam;
• Bancos emprestam menos para
não correrem riscos
Sem moeda a economia não gira, a poupança não vira
investimento, o fluxo é rompido, o sistema pára de
funcionar
E se o governo
injetar moeda na
economia????
Política Monetária:
controle da quantidade
de moeda na economia
A questão da moeda para entender a crise
4- A Escola Keynesiana
Injetar dinheiro
na economia
não resolveria
na crise de 1929
1. Não garante que os bancos vão emprestar para as
pessoas por medo de não receberem de volta,
2. Não garante que as pessoas vão ter interesse em
pegar $ com os bancos sem saber se poderão pagar,
3. Não garante que as empresas vão querer pegar $
para investir e ampliar
Mesmo colocando $ na economia não se resolve o problema, porque os agentes
vão guardá-lo, tirar de circulação. Mesmo tendo muita moeda as pessoas não
consomem, não demandam.
Armadilha da liquidez
EXPECTATIVAS NEGATIVAS
4- A Escola Keynesiana
Laissez-faire
Verificou-se que o sistema econômico capitalista estava longe
de assegurar automaticamente o pleno emprego e o
crescimento com duração indefinida, como pretendia a teoria
econômica vigente
Keynes não condenava o capitalismo, como fez Marx, mas
apontou suas fraquezas e indicou remédios adequados.
A missão de Keynes foi de reformar a Economia, trazê-la de volta ao
contato com o mundo real do qual se afastara desde o rompimento com
a tradição clássica no século XIX
A crítica de Keynes
Orientação Keynesiana
Se não há demanda, surge a ideia do governo demandar
Demanda de gastos
Formas de financiamento destes gastos
•Poupança interna (pegando dinheiro emprestado que está parado na economia porque os
agentes não querem gastar)
•Poupança externa (recorrendo às instituições estrangeiras)
•Imprimindo moeda
Apenas jogar moeda na economia Keynes propõe que o
governo gaste,
estimulando a
demanda
4- A Escola Keynesiana
Formas de gastos
1. Serviços públicos, oferecendo mais serviços que antes não eram oferecidos
2. Welfare State – economia do bem estar (aposentadoria, seguro desemprego)
3. Setores estratégicos na economia (empresas estatais)
4. Desperdício, que nessas situações seriam interessantes
5. Guerra
Orientação Keynesiana Estímulo à demanda de gastos
4- A Escola Keynesiana
Governo dando os estímulos corretos no momento correto para guiar a economia, gerindo as expectativas dos agentes
Governo como maestro da economia
•Política fiscal •Política Monetária
Alternativa ao que se tinha na antiga União Soviética, de economia 100%
planificada. Economistas nessa época acreditavam nesse modelo.
Predominou pelo menos por 30 anos, voltando as economias a crescerem.
Nasce assim o conceito da macroeconomia