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1 Dispensação de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica em uma Região de Saúde dezembro/2014 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014 Dispensação de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica em uma Região de Saúde Nathalia Minelli Medeiros de Sousa - [email protected] Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia Clínica Instituto de Pós-Graduação IPOG João Pessoa, PB, 15/04/2014 Resumo A Constituição Federal estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado e que esse direito deve ser garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Esse direito constitucional foi regulamentado pela Lei nº 8.080/1990 que, dentre outras ações, estabeleceu que o Sistema Único de Saúde deveria ser estruturado de forma a garantir assistência terapêutica integral, inclusive Assistência Farmacêutica. De acordo com a Política Nacional da Assistência, o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica é uma estratégia de acesso aos medicamentos voltados à atenção de média e alta complexidade, no âmbito do Sistema Único de Saúde, que busca garantir a integralidade do tratamento medicamentoso. O estudo tem como objetivo caracterizar a função do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica em uma Região de Saúde, buscando apresentar dados quantitativos que expressam número de usuários cadastrados, principais doenças que acometem os usuários do serviço de saúde, bem como os principais medicamentos dispensados. A coleta de dados baseou-se nas informações contidas na fichas dos usuários cadastrados, sendo as principais doenças que acometem a população estudada: osteoporose (23%), esquizofrenia (19%), asma (17%), Alzheimer (17%), acne (14%) e artrite reumatóide (10%); e os principais medicamentos dispensados Calcitriol 0,25mcg (26%), Risedronato 35mg (25%), Formoterol 12mcg+Budesonida 400mcg (16%), Isotretinoína 20 mg (13%), Leflunomida (6%), Risperidona 2 mg (5%), Rivastigmina 1,5 mg (5%) e Olanzapina (4%). Portanto, torna-se fundamental a presença de um profissional farmacêutico para que possa avaliar as prescrições médicas e cadastrar no programa apenas os usuários inseridos nos Protocolos Clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Palavras-chave: Assistência Farmacêutica. Componente Especializado. Dispensação. Medicamentos. Sistema Único de Saúde. 1. Introdução

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Dispensação de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica em uma Região de Saúde

dezembro/2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

Dispensação de Medicamentos do Componente Especializado da

Assistência Farmacêutica em uma Região de Saúde

Nathalia Minelli Medeiros de Sousa - [email protected]

Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia Clínica

Instituto de Pós-Graduação – IPOG

João Pessoa, PB, 15/04/2014

Resumo

A Constituição Federal estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado e que esse

direito deve ser garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco

de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua

promoção, proteção e recuperação. Esse direito constitucional foi regulamentado pela Lei nº

8.080/1990 que, dentre outras ações, estabeleceu que o Sistema Único de Saúde deveria ser

estruturado de forma a garantir assistência terapêutica integral, inclusive Assistência

Farmacêutica. De acordo com a Política Nacional da Assistência, o Componente Especializado

da Assistência Farmacêutica é uma estratégia de acesso aos medicamentos voltados à atenção

de média e alta complexidade, no âmbito do Sistema Único de Saúde, que busca garantir a

integralidade do tratamento medicamentoso. O estudo tem como objetivo caracterizar a função

do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica em uma Região de Saúde, buscando

apresentar dados quantitativos que expressam número de usuários cadastrados, principais

doenças que acometem os usuários do serviço de saúde, bem como os principais medicamentos

dispensados. A coleta de dados baseou-se nas informações contidas na fichas dos usuários

cadastrados, sendo as principais doenças que acometem a população estudada: osteoporose

(23%), esquizofrenia (19%), asma (17%), Alzheimer (17%), acne (14%) e artrite reumatóide

(10%); e os principais medicamentos dispensados Calcitriol 0,25mcg (26%), Risedronato 35mg

(25%), Formoterol 12mcg+Budesonida 400mcg (16%), Isotretinoína 20 mg (13%), Leflunomida

(6%), Risperidona 2 mg (5%), Rivastigmina 1,5 mg (5%) e Olanzapina (4%). Portanto, torna-se

fundamental a presença de um profissional farmacêutico para que possa avaliar as prescrições

médicas e cadastrar no programa apenas os usuários inseridos nos Protocolos Clínicos

estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica. Componente Especializado. Dispensação.

Medicamentos. Sistema Único de Saúde.

1. Introdução

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Dispensação de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica em uma Região de Saúde

dezembro/2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

Na década de 80 o sistema de saúde brasileiro passou por transformações importantes,

onde os gestores, trabalhadores e usuários tiverem que se adaptarem as novas mudanças, já que a

equidade, a universalidade de acesso, a descentralização e a participação dos usuários tornaram-

se seus principais princípios (BRASIL, 1990).

A Constituição Federal de 1988 no seu artigo 196 dialoga sobre o direito à saúde frente ao

dever do Estado, a qual fala: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais

e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao

acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e

recuperação. Dentre outras ações, estabeleceu que o Sistema Único de Saúde

deveria ser estruturado de forma a garantir assistência terapêutica integral,

inclusive Assistência Farmacêutica (BRASIL, 1988).

A partir das reformas sanitárias ocorridas, a qual preconizava a assistência integral e o

acesso igualitário, ocorreu à expansão da assistência farmacêutica, a qual é parte integrante da

política de saúde e se definiu como um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e

recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo

essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional, bem como a sua seleção, programação,

aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços,

acompanhamento e avaliação da qualidade de vida da população (BRASIL, 2004).

A assistência farmacêutica não se reduz apenas à logística de medicamentos, é preciso

agregar valor as ações e aos serviços de saúde, para tanto é necessário integrar a assistência

farmacêutica ao sistema de saúde, ter trabalhadores qualificados, selecionar os medicamentos

mais seguros, eficazes e custos-efetivos, programar adequadamente as aquisições, adquirir a

quantidade necessária, armazenar, distribuir e transportar adequadamente para garantir a

manutenção da qualidade do produto farmacêutico e evitar desperdícios, disponibilizar protocolos

e diretrizes de tratamento, prescrever racionalmente, dispensar com assistência e monitorar o

surgimento de reações adversas (BRASIL, 2006).

O planejamento é fundamental para o ciclo da gestão farmacêutica, isso se faz necessário

para evitar perdas de medicamentos por expiração de validade ou armazenamento inadequado,

uso irracional e evitar a falta de medicamentos essenciais. Nesse aspecto, o planejamento é

primordial para gerir os recursos financeiros, melhorar a estrutura física e organização dos locais

de dispensação e assegurar a efetividade das intervenções em saúde.

Com o processo de descentralização do Sistema Único de Saúde ocorreu mudanças na

assistência farmacêutica com a implementação de novas diretrizes explicitada na Política

Nacional de Medicamentos, aprovada em 30 de outubro de 1998, e apresenta como propósito

garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade do medicamento, além da promoção do uso

racional e do acesso da população aos medicamentos essenciais, assim como estão definidas as

responsabilidades de cada esfera de governo: federal, estadual e municipal (PIANETTI, 2011).

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Para a construção de uma nova gestão da assistência farmacêutica no Sistema Único de

Saúde e sua implementação nos Estados e Municípios é necessário o desenvolvimento de ações

estruturantes, com aplicação de novos conhecimentos, habilidades e ferramentas técnicas, para

isso é necessário o planejamento das três instâncias de gestão do SUS (BRASIL, 2009).

A Assistência Farmacêutica Básica apresenta financiamento das três instâncias gestoras

do SUS, pactuada entre os gestores nas Comissões Intergestores, Tripartite e Bipartite. Após a

publicação da Política Nacional de Medicamentos e ao processo de descentralização da

Assistência Farmacêutica foi estabelecido o incentivo à Assistência Farmacêutica com valores

pactuados. Assim foram estabelecidos os critérios e os requisitos para a habilitação dos Estados e

Municípios a receberem este incentivo financeiro. O Ministério da Saúde gerenciava a aquisição

e distribuição de medicamentos considerados estratégicos, como aqueles para tratar tuberculose e

hanseníase, as insulinas, entre outros, e financiava a assistência farmacêutica para medicamentos

excepcionais, isto é, de alto custo por intermédio dos Estados, regulamentada por uma série de

portarias (BRASIL, 2009).

De acordo com a Política Nacional da Assistência Farmacêutica, o Componente

Especializado da Assistência Farmacêutica é uma estratégia de acesso aos medicamentos

voltados à atenção de média e alta complexidade, no âmbito do Sistema Único de Saúde, que

busca garantir a integralidade do tratamento medicamentoso, inseridos nos seguintes critérios:

doença rara ou de baixa prevalência, com indicação de uso de medicamento de alto valor unitário

ou que, em caso de uso crônico ou prolongado, seja um tratamento de custo elevado; doença

prevalente, com uso de medicamento de alto custo unitário ou que, em caso de uso crônico ou

prolongado, seja um tratamento de custo elevado desde que: haja tratamento previsto para o

agravo no nível da atenção básica, ao qual o paciente apresentou necessariamente intolerância,

refratariedade ou evolução para quadro clínico de maior gravidade, ou o diagnóstico ou o

estabelecimento de conduta terapêutica para o agravo estejam inseridos na atenção especializada.

(BRASIL, 2007)

O principal objetivo do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica foi à

necessidade de incorporar medicamentos, ampliar a cobertura para novas doenças e ampliar o

acesso aos medicamentos pelos usuários do SUS. Necessidades oriundas da sociedade em geral,

CONASS, CONASEMS, do próprio Ministério da Saúde e por meio do crescente número de

ações judiciais individuais para fornecimento de medicamentos. Para atingir esse objetivo, foram

necessárias inúmeras ações coordenadas pelo Departamento da Assistência Farmacêutica. Essas

ações foram realizadas num período de 11 meses de estudos, tempo necessário devido à

amplitude das discussões, a profundidade das alterações ocorridas, as análises sistemáticas e a

formulação dos diversos cenários para a simulação da estrutura do novo Componente. Essas

ações não seriam possíveis, pelo menos na amplitude que ocorreu no CEAF, na lógica do modelo

antigo devido as suas limitações na estrutura, conceitos envolvidos e na forma de financiamento

(Brasil, 2006).

De acordo com a Portaria GM/MS nº 2.577, de 27 de outubro de 2006, ocorreu à

regulamentação do Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcionais, definindo assim a

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lista de medicamentos, as doenças para quais sua prescrição é autorizada, conforme a CID-10, e

as normas de acesso ao Programa a partir dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas

(CARIAS, et al. 2011).

Este programa foi inicialmente financiado pelo Ministério da Saúde, e é atualmente co-

financiado pelos Estados e pelo Distrito Federal. Este grupo de medicamentos padronizados pelo

Ministério da Saúde é caracterizado, de elevado valor unitário ou, devido à cronicidade do

tratamento, tornam-se excessivamente caros, com dispensação no nível ambulatorial. Os recursos

financeiros advindos do Ministério da Saúde são repassados mensalmente aos Estados e ao

Distrito Federal, responsáveis pela programação, aquisição, distribuição e dispensação destes

medicamentos aos usuários cadastrados que devem se enquadrar nos Protocolos Clínicos e

Diretrizes Terapêuticas estabelecidas pelo Ministério da Saúde (CARIAS, et al. 2011).

Os protocolos clínicos têm o objetivo de estabelecer os critérios de diagnóstico de cada

doença, o algoritmo de tratamento das doenças, as doses corretas dos medicamentos, bem como

os mecanismos de controle, acompanhamento e avaliação, visando uma farmacoterapia racional e

a obtenção de resultados definidos, para a melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2010).

Através de estudos realizados verifica-se que uma das principais preocupações dos

gestores se deve ao custo elevado dos medicamentos que estão elencados neste componente, o

que gera um grande impacto financeiro no orçamento das esferas de gestão. Por este motivo se

faz necessário a estruturação, o controle e a transformação, buscando aprimorar os instrumentos e

estratégias que assegurem e ampliem o acesso da população aos serviços de saúde. Além disso,

deve buscar alternativas para reduzir o impacto financeiro com a aquisição dessa classe de

medicamentos por meio de um bom gerenciamento (DELLAMORA; CAETANO; CASTRO,

2012).

De acordo com o Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito Destinada a Investigar

os Reajustes de Preços e a Falsificação de Medicamentos, Materiais Hospitalares e Insumos de

Laboratórios:

Um dos maiores desafios do setor público de saúde no Brasil é garantir o acesso

da população a medicamentos de qualidade e em quantidade suficiente. Dados de

2000 demonstram que apesar do mercado brasileiro de medicamentos estar entre

os maiores do mundo e ser o mais rentável do país, cerca de 70 milhões de

brasileiros não têm acesso aos medicamentos. No mesmo ano, 51% da população

com renda entre zero e quatro salários mínimos, consumiram o correspondente a

apenas 16% do total de medicamentos comercializados (BRASIL, 2000).

O Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais da cidade de

Cajazeiras – PB é um órgão vinculado a Secretaria Estadual de Saúde do Estado da Paraíba, o

qual tem a função de disponibilizar medicamentos do Componente Especializado da Assistência

Farmacêutica.

Os usuários ao se dirigirem ao CEDMEX passam por algumas etapas imprescindíveis

para aquisição dos medicamentos de alto custo, onde pelas características dos medicamentos

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padronizados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica e de acordo com a

Portaria GM/MS nº 3.439 de 11 de novembro de 2010 são: a solicitação, dispensação e renovação

da continuidade do tratamento, que devem ocorrer durante todo o processo de tratamento

(BRASIL, 2010).

Com base no exposto, o presente estudo objetivou caracterizar a função do Componente

Especializado da Assistência Farmacêutica em uma Região de Saúde, buscando apresentar dados

quantitativos que expressam número de usuários cadastrados, principais doenças que acometem

os usuários do serviço de saúde, bem como os principais medicamentos dispensados.

2. Material e Método

Realizou-se um estudo transversal, avaliativo e documental com abordagem quantitativa,

baseado em fontes de informações fornecidas através de fichas dos usuários cadastrados no

Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais, localizado na 9ª Gerência

Regional de Saúde na cidade de Cajazeiras – PB.

Pesquisa quantitativa é aquela que prever a mensuração de variáveis preestabelecidas,

realizando a análise estatística para dados obtidos, assim o pesquisador descreve, explica e prediz

(CHIZZOTI, 2009).

Enquadraram-se dentro dos critérios de inclusão todos ou usuários cadastrados que

recebem mensalmente os medicamentos para tratamento de suas enfermidades.

3. Resultados

A partir de uma análise quantitativa realizada verifica-se que no Centro Especializado de

Dispensação de Medicamentos Excepcionais possuem 2.975 usuários cadastrados, sendo que são

pacientes dos 15 municípios que compõe a 9ª Gerência Regional de Saúde, os quais recebem

mensalmente medicamentos para tratamento de doenças crônicas.

Observou-se diante destas informações que a maioria dos medicamentos dispensados é

para o tratamento da osteoporose (23%), doença na qual é caracterizada pela redução da massa

óssea e deteriorização da microarquitetura do tecido ósseo, levando a um elevado risco de

fraturas devido a um aumento da fragilidade esquelética (FERNANDES et al. 1999).

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Gráfico 1-Distribuição percentual das principais indicações terapêuticas dos medicamentos

dispensados no Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais

Corroborando com estudo realizado na cidade de São Paulo onde foram analisados 999

laudos de densitometria óssea, a prevalência da osteoporose foi de 32,7% em mulheres com idade

maior de 49 anos (CURY; ZACCHELLO, 2007).

A osteoporose é um sério problema de saúde na qual apresenta alta prevalência e que leva

a 4.5 milhões de fraturas anuais. Vários são os fatores considerados de risco para osteoporose:

menopausa precoce, baixa ingestão de cálcio, sedentarismo, tabagismo, história familiar e sexo

feminino (GULLBERG; JOHNELL; KANIS, 1997)

Quanto à duração de tratamento, percebeceu-se que a maioria das mulheres recebe

mensalmente a mais de cinco anos dois ou três medicamentos para tratamento da doença.

Conforme a literatura os principais esquemas terapêuticos são com fármaco da classe terapêutica

dos moduladores do receptor do estrógeno, bifosfonato e calcitonina (LEITE, 1999).

Segundo os dados representados no gráfico 2 o estudo mostrou que os medicamentos mais

dispensados para o tratamento da osteoporose pertence a classe terapêutica da vitamina

D/análogos - Calcitriol 0,25 mcg (26% ) e bifosfatos - Risedronato 35 mg ( 25%). De acordo com

a literatura o tratamento básico para osteoporose se dá através da combinação de cálcio, vitamina

D e medicamentos da classe terapêutica dos bifosfatos, pois esta suplementação reduz o risco de

fraturas e aumenta a força muscular (TRIVED; DOL; KHAW, 2003).

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Calcitriol0,25 mcg

Risedronato35 mg

Formoterol12 mcg+

Budesonida400 mcg

Isotretinoína20 mg

Leflunomida20 mg

Risperidona2 mg

Rivastigmina1,5 mg

Olanzapina10 mg

Gráfico 2-Distribuição percentual dos medicamentos mais dispensados no Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais

Tratamento de longa duração expõem o paciente a possíveis interações de importância

clínica, pois no decorrer do tratamento podem aparecer diversas condições clínicas que exigem a

utilização de medicamentos, e estes devem ser criteriosamente analisados quando prescritos e

dispensados (PERUCCA et al., 1994).

Nossos dados permitem caracterizar os usuários crônicos como aqueles que tomam um

elevado número de medicamentos e que tende a se queixar da persistência da sintomatologia. O

número de problemas de saúde mencionados, assim como o número de medicamentos

consumidos, é um indicador do estado de saúde do indivíduo.

É fundamental o exercício da atenção farmacêutica no momento da dispensação de

medicamentos, já que a dispensação correta, com análise criteriosa dos fármacos que serão

utilizados, podem prevenir possíveis interações danosas ao paciente (BISSON, 2007).

Neste contexto, o tratamento medicamentoso deve ser associado à prática regular de

exercícios físicos, o que é de extrema importância para a manutenção da densidade mineral óssea;

a suplementação alimentar deve ser rica em cálcio e a exposição solar é outro fator crucial para a

absorção da vitamina D, nutriente fundamental para a manutenção esquelética (GULLBERG;

JOHNELL; KANIS, 1997).

Outra doença que atinge a maioria dos usuários cadastrados é a esquizofrenia (19%),

sendo caracterizada por uma desorganização dos processos mentais e considerada um transtorno

psiquiátrico mais trágico, sendo uma das principais causas que levam jovens e adultos a não ter

uma vida normal (HO; BLACK; ANDREASEN, 2006).

26% 25%

16%

5% 4% 6% 5%

13%

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Mediante estudos epidemiológicos realizados mostram que a prevalência da esquizofrenia

é de 1%, ocorrendo quatro novos casos por ano em uma população de 10.000 habitantes, essa

incidência é comum em vários países (MARI; LEITÃO, 2000).

Os antipsicóticos são os fármacos de escolha para o tratamento da esquizofrenia, assim

verificas-se que a terapia farmacológica dos usuários do estudo ocorre por meio do uso dos

antipsicóticos atípicos: Risperidona (5%) e Olanzapina 10 mg (4%) (Gráfico 2).

Segundo estudos todos os antipsicóticos causam efeitos adversos, dentre os mais citados

são: discinesia tardia, hipotensão postural, blefarospasmo, neurotoxicidade, delírios,

hiperprolactemia, aumento de peso, disfunção sexual, amenorréia, síndrome neuroléptica

(ABREU; BOLOGNESI, ROCHA, 2000).

A prática da polifarmácia é comum entre os portadores de doenças crônicas, que fazem

uso simultâneo de mais de um tipo de medicamento por longos períodos, o que pode resultar em

interações medicamentosas.

Verifica-se também que 16% utilizam o medicamento Formoterol 12 mcg+Budesonida

400 mcg para tratamento de asma cuja prevalência é de 17% na população estudada. Sendo

caracterizada como uma doença crônica que causa inflamação das vias aéreas, com episódios

recorrentes de sibilância, dispnéia e tosse, levando muitas vezes a morbidade (CHATKIN et al.,

2006).

Mediante estudos realizados percebe-se que a grande maioria dos portadores de asma não

adere aos esquemas terapêuticos, devido ser tratamento prolongado, crônico e de alto custo

(SAWYER; ARONI, 2003).

Cabe ao profissional farmacêutico, orientar os usuários durante a dispensação dos

medicamentos para que utilizem de forma correta, seguindo doses e posologias prescritas para

assim evitar possíveis complicações e não adesão a terapia farmacológica.

Outra condição clínica que vem atingindo a população idosa é a doença de Alzheimer

(17%), considerada uma forma de demência que compromete aptidões físicas, mentais e sociais.

Esse quadro leva a necessidade da presença de um cuidador que realiza as atividades cotidianas

as quais o idoso não consegue executá-las (LUZARDO; GORINI; SILVA, 2006).

Duas características patológicas são identificadas na doença de Alzheimer, a perda de

neurônios colinérgicos que compromete a atividade da acetilcolinesterase, enzima responsável

por catalisar a hidrólise da acetilcolina e a presença de agregados neurofibrilares. Os fármacos

utilizados são os inibidores da colinesterase (Tacrina, Donepezila, Rivastigmina e Galantamina) e

os que agem antagonizando NMDA - N-methyl D-aspartate – glutamato (Memantina) (RANG et

al., 2007).

Diante das opções de medicamentos para tratamento da doença de Alzheimer

disponibilizados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, o estudo mostrou

que o fármaco inibidor da colinesterase – Rivastigmina 1,5 mg é o mais dispensado 5%, e que os

usuários tem um cuidador já que são idosos com mais de 60 anos de idade.

A prescrição é um ato de escolha e uso de medicamentos, baseado na eficácia terapêutica,

na segurança e conveniência em relação às outras drogas ou outros tratamentos. Baseia-se em três

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áreas do conhecimento médico: diagnóstico correto, compreensão da fisiopatologia da doença a

ser tratada e domínio da farmacologia do medicamento indicado (SILVA, 2010).

Os idosos convivem mais freqüentemente com problemas crônicos de saúde, o que os leva

a uma maior utilização de serviços de saúde e a um elevado consumo de medicamentos. Esse

consumo elevado de medicamentos acarreta riscos à saúde, sendo diversos os fatores que

concorrem para isso. Num aspecto mais geral, destacam-se as modificações na farmacocinética

de vários medicamentos em virtude de alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento. No

campo dos medicamentos prescritos, o aumento de déficits cognitivos e visuais dificulta o

reconhecimento do medicamento e um adequado cumprimento da prescrição terapêutica por parte

do idoso (LOYOLA et al., 2005).

Assim, a prescrição de um medicamento é considerada racional sempre que o tratamento

farmacológico seja de fato indicado, o medicamento prescrito seja eficaz para o quadro clínico do

paciente utilizado na dose correta e por período de tempo apropriado, seja a alternativa

farmacoterapêutica mais segura e, preferencialmente, de menor custo (VIDAL, 2008).

Os adolescentes constituem um grupo prioritário para promoção da saúde em todas as

regiões do mundo, em razão dos comportamentos que os expõem a diversas situações de riscos

para a saúde. Nesse período de transição da infância para a vida adulta, ocorrem intensas

transformações cognitivas, emocionais, sociais, físicas e hormonais (MALTA et al., 2010).

Dentre as principais doenças hormonais que acometem os adolescentes e adultos jovens é

a acne, uma dermatose crônica que atinge o folículo pilossebáceo, caracterizada pela

hiperprodução sebácea, aumento da colonização por Propionibacterium acnes e inflamação

dérmica periglandular (STEINER; BEDIN; MELO, 2003).

No estudo realizado 14% dos usuários recebem o medicamento Isotretinoína 20 mg para

tratamento da acne. Tal substância foi sintetizada no ano de 1955, tendo como principal

mecanismo de ação a redução da atividade da glândula sebácea, através da ligação a receptores

para retinóides específicos após quatro semanas de tratamento, no entanto apresenta inúmeros

efeitos colaterais que podem levar o usuário a não aderir ao tratamento (SAMPAIO; BAGATIN,

2008).

Os principais efeitos colaterais causados pela Isotretinoína são: ressecamento da mucosa

nasal, descamação da pele e prurido, secura labial, cefaléia, dores musculares, nervosismo,

insônia, elevação do colesterol e triglicérides, xeroftalmia e alopecia (HERANE, 2002).

A adesão ao tratamento é um dos itens fundamentais para a mencionada melhoria de

qualidade de vida. Fatores como a quantidade de medicamentos, as reações adversas, a

necessidade de períodos de jejum, a incompatibilidade entre as drogas, a dificuldade na

compreensão das metas da terapia e da implicação do seu uso inadequado, contribuem para

dificultar o processo terapêutico (SINKOC et al., 1999).

O índice de adesão para tratamento de doenças crônicas, com períodos prolongados já são

baixos, e isto se agrava ainda mais quanto à terapia farmacológica causa inúmeros efeitos

colaterais. Os estudos categorizam os fatores relacionados à adesão de acordo com característica

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do paciente, do regime de tratamento, do vínculo com os profissionais de saúde e da severidade

da doença (SINKOC et al., 1999).

Outra doença crônica que requer tratamento prolongado é a artrite reumatóide, pois a

prevalência da mesma foi de 10% no estudo realizado, atingindo em sua maioria mulheres com

mais de trinta anos de idade, e o principal medicamento dispensado foi a Leflunomida 20 mg

(6%). Corroborando com a literatura em que estima a prevalência da artrite reumatóide em 0,5%-

1%, com predomínio em mulheres na faixa etária de 30-50 anos (MOTA et al., 2012).

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória sistêmica de caráter autoimune, que se

caracteriza pelo comprometimento da membrana sinovial das articulações periféricas, com maior

comprometimento das mãos e dos pés. Em seu estágio crônico pode levar o paciente a limitações

funcionais, com deformações irreversíveis e perda da qualidade de vida (MOTA et al., 2011).

A terapia farmacológica do paciente varia de acordo com o estágio e gravidade da doença,

as principais classes de fármacos disponibilizadas no mercado são: antiinflamatórios não

hormonais, drogas modificadoras do curso da doença – DMCD (DMCD sintéticas e DMCD

biológicas) e as drogas imunossupressoras. Sendo medicamentos de alto custo, o que causou um

grande impacto do ponto de vista da saúde pública e levou o Ministério da Saúde a publicar o

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o tratamento da artrite reumatóide – Portaria MS

no 855 de 12 de novembro de 2002 (LAURINDO; PINHEIRO; XIMENES, 2002).

O impacto do uso de medicamentos em uma sociedade tem várias facetas. Por um lado, os

medicamentos podem aumentar a expectativa de vida, erradicar certas doenças, trazer benefícios

sociais e econômicos, e por outro lado podem aumentar os custos da atenção à saúde se utilizados

inadequadamente e ou levar à ocorrência de reações adversas/efeitos colaterais.

(PFAFFENBACH; CARVALHO; MENDES, 2002).

4. Considerações Finais

Diante desse contexto, o estudo mostrou as principais doenças que atingem a população

estudada e os medicamentos de alto custo mais dispensados, sendo necessário sempre um

acompanhamento por parte de um profissional farmacêutico. Profissional responsável pela

atenção farmacêutica, com função de orientar os usuários dos serviços de saúde, para um melhor

tratamento farmacoterapêutico, a fim de evitar efeitos tóxicos, interações medicamentosas,

aumentar a eficácia do tratamento tentando reduzir as falhas na adesão ao tratamento e

conscientizar os profissionais prescritores, já que os usuários que serão cadastrados no Programa

do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica são os que estiverem inseridos nos

Protocolos Clínicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

5. Referências

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