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crise sanitária da COVID-19 afetou não apenas o setor de saúde como também o da economia. Segundo levantamento feito pelo Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as empresas mineiras geraram o segundo menor saldo de em- prego do país (-88 mil vagas) no mês de abril, sendo responsáveis por 10% do resultado negativo do Brasil. Essa diferença entre o número de demissões e contratações só não foi pior que o do estado de São Paulo, cujo resultado foi quase três vezes maior, totalizando 264 mil postos de trabalho a menos. ECONOMIA – PÁGINA 4 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • A r t i c u l i s t A s d A s e m A n A • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • roberto l. FAgundes PÁGINA 4 FAbiAno lopes PÁGINA 3 mArinA FrAnco PÁGINA 7 sérgio moreirA PÁGINA 12 itAmAury teles PÁGINA 2 A 37 Belo Horizonte/Brasília 13 a 20 de junho de 2020 1920 R$ 0,50 www.edicaodobrasil.com.br minAs gerAis tem o segundo pior sAldo de empregos do pAís Divulgação Fuad Noman é preferido para ser vice de Kalil Alguns nomes que foram vice-prefeitos em Belo Hori- zonte estão esquecidos nos meandros da política mineira, entre eles, Ronaldo Vas- concelos, Roberto Carva- lho e, inclusive, o atual ocupante do posto, Paulo Lamac, distanciado do prefeito Alexandre Kalil (PSD). Agora, com a proxi- midade do pleito e diante da popularidade de Kalil, todos querem compor chapa com atual chefe do Executivo. No entanto, ao que tudo indica, o nome preferido para essa empreitada é o do ex-secretário de Fazenda, Fuad Noman (foto). 6 em cada 10 brasileiros com mais de 45 anos já pensaram sobre a morte Diariamente, os jornais estampam o número de vítimas da COVID-19 e, com a morte tão pre- sente atualmente, pensar sobre ela se torna algo natural. Segundo a pesquisa “Plano de Vida & Legado”, feita pela startup Janno em parceria com a MindMiners, 60% da população com mais de 45 anos já refletiu sobre o assunto. “O Google registrou um aumento de 75% nas buscas da palavra ‘testamento’. Ou seja, além de pensar, os brasileiros também estão se planejando”, diz Layla Vallias, cofundadora da Janno e coordena- dora do estudo. Torcidas mineiras se unem nas ruas para combater fascismo e racismo Conhecidas por serem rivais declaradas, as torcidas organizadas de Belo Horizonte têm se unido nas últimas semanas pelas ruas da capital com gritos que defendem a democracia e combatem o fascismo e o racismo. Além do tom crítico ao governo federal, os registros das manifestações mostram cartazes como “Vidas negras importam” e “Justiça por Miguel”. “As torcidas organizadas, por serem formadas majoritariamente pela classe trabalhadora e por já estarem acostumadas a serem margi- nalizadas, foram os primeiros movimentos a criarem coragem de ir à rua nesse momento tão conturbado e contraditório da nossa his- tória. Defendemos o isolamento social, mas a assustadora escalada do fascismo nos assusta tanto quanto a letalidade da COVID-19”, explica um membro da Resistência Alvinegra, torcida antifascista do Atlético. Unificar eleições abre precedente para ruptura na democracia Com o avanço do coronavírus e a proximidade de outu- bro, mês em que as eleições geralmente ocorrem, o assunto pleito municipal de 2020 tem sido bastante discutido. Al- guns acreditam que a votação deveria ser adiada, enquanto outros defendem a unificação com o processo eleitoral de 2022. Mas alterar o rito democrático pode trazer prejuízos à democracia? Para o consultor e professor de comunica- ção política, Marcelo Vitorino, não há dúvidas que sim. “O problema em protelar é que você cria justificativas para que isso aconteça em outros momentos da história”, garante. Homeopatia é usada no combate à coVid-19 Fiemg vai apoiar pequenos empresários do estado políticA – páginA 3 OPINIÃO – PÁGINA 2 ECONOMIA – PÁGINA 5 gerAl – páginA 9 esporte – páginA 12 sAúde e VidA – pAginA 7 gerAl – páginA 9 Mais de 60 milhões de trabalhadores poderão sacar até r$ 1.045 do Fgts Divulgação

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crise sanitária da COVID-19 afetou não apenas o setor de saúde como também o da economia. Segundo levantamento feito pelo Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as empresas mineiras geraram o segundo menor saldo de em-prego do país (-88 mil vagas) no mês de abril, sendo responsáveis por 10% do resultado negativo do Brasil. Essa diferença entre o número de demissões e contratações

só não foi pior que o do estado de São Paulo, cujo resultado foi quase três vezes maior, totalizando 264 mil postos de trabalho a menos.ECONOMIA – PÁGINA 4

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minAs gerAis tem o segundopior sAldo de empregos do pAís

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Fuad Noman é preferidopara ser vice de Kalil

Alguns nomes que foram vice-prefeitos em Belo Hori-zonte estão esquecidos nos meandros da política mineira,

entre eles, Ronaldo Vas-concelos, Roberto Carva-lho e, inclusive, o atual ocupante do posto, Paulo Lamac, distanciado do prefeito Alexandre Kalil (PSD). Agora, com a proxi-midade do pleito e diante da popularidade de Kalil, todos querem compor chapa com atual chefe do Executivo. No entanto, ao

que tudo indica, o nome preferido para essa empreitada é o do ex-secretário de Fazenda, Fuad Noman (foto).

6 em cada 10 brasileiroscom mais de 45 anos já

pensaram sobre a morteDiariamente, os jornais estampam o número

de vítimas da COVID-19 e, com a morte tão pre-sente atualmente, pensar sobre ela se torna algo natural. Segundo a pesquisa “Plano de Vida & Legado”, feita pela startup Janno em parceria com a MindMiners, 60% da população com mais de 45 anos já refletiu sobre o assunto. “O Google registrou um aumento de 75% nas buscas da palavra ‘testamento’. Ou seja, além de pensar, os brasileiros também estão se planejando”, diz Layla Vallias, cofundadora da Janno e coordena-dora do estudo.

Torcidas mineiras se unemnas ruas para combater

fascismo e racismo Conhecidas por serem rivais declaradas, as

torcidas organizadas de Belo Horizonte têm se unido nas últimas semanas pelas ruas da capital com gritos que defendem a democracia e combatem o fascismo e o racismo. Além do tom crítico ao governo federal, os registros das manifestações mostram cartazes como “Vidas negras importam” e “Justiça por Miguel”. “As torcidas organizadas, por serem formadas majoritariamente pela classe trabalhadora e por já estarem acostumadas a serem margi-nalizadas, foram os primeiros movimentos a criarem coragem de ir à rua nesse momento tão conturbado e contraditório da nossa his-tória. Defendemos o isolamento social, mas a assustadora escalada do fascismo nos assusta tanto quanto a letalidade da COVID-19”, explica um membro da Resistência Alvinegra, torcida antifascista do Atlético.

Unificar eleições abre precedentepara ruptura na democracia

Com o avanço do coronavírus e a proximidade de outu-bro, mês em que as eleições geralmente ocorrem, o assunto pleito municipal de 2020 tem sido bastante discutido. Al-guns acreditam que a votação deveria ser adiada, enquanto outros defendem a unificação com o processo eleitoral de 2022. Mas alterar o rito democrático pode trazer prejuízos à democracia? Para o consultor e professor de comunica-ção política, Marcelo Vitorino, não há dúvidas que sim. “O problema em protelar é que você cria justificativas para que isso aconteça em outros momentos da história”, garante.

Homeopatia é usadano combate à coVid-19

Fiemg vai apoiar pequenos empresários do estado

políticA – páginA 3

OPINIãO – PÁGINA 2 ECONOMIA – PÁGINA 5

gerAl – páginA 9

esporte – páginA 12

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Mais de 60 milhões detrabalhadores poderão

sacar até r$ 1.045 do Fgts

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O P I N I Ã O2 EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

Eujácio Antônio Silva (Editor-chefe)

Avenida Francisco sá, nº 360 • bairro prado • belo Horizonte • mg • cep 30411-145

Editado sob aresponsabilidadede Mantiqueiraeditorial ltda.

Administrativo/Financeiro:Luiz Gherardi [email protected]:[email protected]ção:[email protected]ção nas bancas: r$ 0,50 / A distribuição dirigida é gratuita

telefones: (31) 3291-9080 / (31) 3047-8271

Equipe:

Jornalista: Daniel Amaro

Repórter fotográfico: Neilton Sávio

Diagramador e designer: Cristiano Iderlandes

Articulistas não remunerados:Opinião: Hyé Ribeiro, José Maria Trindade e Sergio Prates.Economia: André Luiz Martins, deputado Antônio Carlos Arantes, Flávio Roscoe, Marcelo de Souza e Silva e Roberto Fagundes.Esporte: Emanuel Carneiro, Luiz Carlos Gomes, Sérgio Moreira e Wanderley Paiva.Colunistas: Acir Antão e Paulo Pedrosa.

www.edicaodobrasil.com.br instagram: @edicaodobrasil

itAmAury teles

O conteúdo desta coluna é de responsabilidade exclusiva do seu autor

escritor e [email protected]

E D I T O R I A L

Opandemia x Finanças

s números apresentados pelas autoridades do estado em relação à perda de arrecadação, especialmente, no tangente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) são assustadores. De acordo com previsão da Lei Orçamentária, da Secretaria de Estado da Fazenda, no mês de abril,

um montante de R$ 1,017 bilhão deixou de ser coletado. Já no mês de maio, essa cifra caiu para R$ 902 milhões, colocando o governador Romeu Zema (Novo) em um verdadeiro dilema perante o povo mineiro: saber se vai ou não ter dinheiro para pagar o funcionalismo público.

Tendo como fonte avaliadora o próprio Ministério da Economia, Minas Gerais obteve uma defasagem de 30% em relação aos cálculos iniciais, galgando o segundo lugar no país, relativamente às perdas nesta modalidade de impostos, ficando atrás apenas do Piauí, cuja diferença foi da ordem de 40%. Semana passada, o secretário-geral do governo, Mateus Simões, sinalizou que o bom relacionamento de Zema com o presidente Jair Bolsonaro pode ser uma saída para minimizar a crise financeira do governo do esta-do, a partir de renegociação da dívida mineira com a União, além de outras sugestões, como a inclusão de uma operação para a venda do nióbio mediante leilão público.

No entanto, por conta da COVID-19 e levando em consideração a estagnação da economia, a sugestão dos mineiros recomenda a concretização da aludida negociação comandada diretamente pelo Ministério da Economia. Na entrevista concedida à im-prensa, Simões acrescentou que a venda da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) é uma condicionante para que esses entendimentos prossigam em Brasília. Porém, a possibilidade de privatizar a empresa caberá à Assembleia Legislava do Estado de Minas Gerais (ALMG), visto que o projeto que trata sobre o capítulo já está nos bastidores da Casa há mais tempo.

Vale ressaltar que no momento está ocorrendo uma situação complicada para votações normais em plenário desta e de outras matérias enviadas. Convém registrar uma realidade: depois de 60 dias paralisadas, as Comissões Técnicas e Temáticas do Legislativo voltaram a funcionar, mas de maneira precária. Tudo isso tem influenciado na pauta e no ambiente destinado às condições de aprovação de temas relevantes, inclusive, no processo de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Somente neste período relacionado à pandemia do coronavírus, os cofres do tesouro mineiro já teriam perdido algo em torno de R$ 2 bilhões, isto é, um montante sem a inclusão de um déficit no orçamento já previsto em mais de R$ 7 bilhões. E tudo corrobora para a penúria da atual situação financeira. Neste ponto, cabe registrar uma frase da entrevista concedida por Simões: as ajudas ou transferências da União para o Estado são importantes, contudo, insuficientes para minorar a crise. Com base em números, ele julga ser necessário um esforço concentrado na busca de um efetivo apoio do presidente, via Ministério da Economia, com o objetivo de sanar ao menos essa fenda de caixa registrado nas contas públicas para depois planejar os próximos passos e encontrar um norte mais coeso, mediante o uso de uma bússola orientadora da administração estadual.

Em verdade, o governador mineiro, nesta fase de negociações com o poder cen-tral, também carece de delinear melhor o seu relacionamento na ALMG. O presidente Agostinho Patrus (PV) tem demonstrado todo apreço pelas demandas analisadas, especialmente, em relação ao coronavírus. Para além desta realidade de ordem eco-nômica e financeira, o clamor a ser patenteado abrolha da área política, explicitando nitidamente que o chefe do Executivo seja convencido de um fato concreto: a sua base política e de sustentação no âmbito da Assembleia é efetivamente frágil. Eis aí um fato incontestável, diga-se de passagem.

Nestes dias sombrios, em que nos encontramos cumprindo reclusão domiciliar, privados da liberdade

de ir e vir, não devemos deixar o medo, a emoção, a insensatez e o pânico obstruírem nossa capacidade de pensar racionalmente.

Assim, conclamo as pessoas sensatas, os governantes e os formadores de opinião a refletirem comigo sobre a pandemia que nos assola, com um vírus mutante de baixo po-der de letalidade, porém, por paradoxal que seja, com alto potencial de causar pânico.

Os meios de comunicação, com raras exceções, têm contribuído para disseminar informações numéricas sobre a pandemia, de forma sensacionalista, sem um exame crí-tico e ponderado dos dados coletados. E isso tem efeitos colaterais graves, na medida em que tais informes podem causar mais mortes que a própria doença, ao afetar diretamente as condições psíquicas do cidadão.

O que nos chamou a atenção, neste particular, foi a metodologia que vem sendo utilizada para o cálculo da taxa de letalidade, percentual resultante da divisão do número efetivo de mortes causadas pelo vírus pela quantidade de pessoas comprovadamente infectadas, multiplicado por cem.

Não precisamos ser bons analistas para constatarmos haver descompasso significativo na apuração dos dados uti-lizados no cálculo. Enquanto o número de mortes causadas pela COVID-19 pode ser obtido quase em tempo real, não há meios de precisar rapidamente o número de infectados numa população. A causa do atraso nessa apuração vai da insufici-ência de pessoas capacitadas até a falta de kits utilizados para “testar positivo” a

presença do novo coronavírus no corpo do indivíduo.

A primeira conclusão é óbvia. Ao utilizarmos um número real (dividendo) e dividi-lo por outro irreal (divisor) - pois não atualizado e muito menor que o real -, o quociente multiplicado por cem resultará em percentual de mortalidade muito maior do que o real. Isso é matemática elementar. Quando se diminui o divisor, o quociente é sempre maior. Este é um ponto falho e de consequências gravíssimas, na medida em que o resultado é amplificado várias vezes, podendo causar pânico nas pessoas.

Vejo como compromisso social a ten-tativa de contribuir, de alguma forma, com sugestões tendentes a mitigar o sofrimento das pessoas, principalmente neste período grave em que o número de mortes ronda a casa dos 40.000 e os governantes ensaiam a flexibilização de normas para a reabertura de segmentos importantes da nossa economia.

A sugestão que se faz passa pela mu-dança de paradigma, com alteração na metodologia de cálculo, para uma fórmula mais consentânea com a realidade relativa dos fatos.

Nesse sentido, a proposta sinaliza para um cálculo mais correto, mais real, com números efetivos e que independem de se conhecer a quantidade exata de infec-tados, no momento, pois se trata de dado impossível de se obter. Ademais, segundo os infectologistas, as viroses se espraiam pelo mundo rapidamente e não podem ser combatidas, pois são invisíveis e cada corpo reage de uma forma, dependendo da idade e da resistência do indivíduo, às vezes sem apresentar qualquer sintoma. Mas, segura-

mente, no mínimo, 70% da população será infectada, mais dia, menos dia. Não é como calcular taxa de letalidade de doenças como câncer, diabetes, insuficiência renal e outras, que atingem pequena parte da população.

Diante do exposto, há que se ponderar no cálculo da taxa de letalidade a população como um todo, e não o número irreal de infectados.

Com efeito, o indicador a ser conside-rado – por ser mais preciso, mais real e menos traumático - deveria ser o resultante da divisão do número de mortes causadas pelo COVID-19 pela população do país sob análise, pois ambos os números são conhe-cidos, facilmente. A taxa seria encontrada pela multiplicação do quociente resultante por 100.

Transportando os números do Brasil para a fórmula (população de 210 milhões e 40.000 mortes), a taxa de letalidade seria de 0,019047619%, ou seja, uma morte para cada grupo de 5.250 brasileiros.

Na Itália, a taxa de letalidade seria de 0,0567%, ou uma morte para cada grupo de 1.767 italianos.

A vantagem nessa sistemática proposta é que possibilita a comparação efetiva entre países diferentes. A taxa de letalidade pela COVID-19 No Brasil, por exemplo, é quase três vezes menor que a da Itália.

Os números, normalmente, não men-tem. Mas há quem os utilizam para mostrar realidades inexistentes. Precisamos ficar muito atentos a essas manobras, para que essas tentativas não afetem nossa paz inte-rior e nossa esperança na ciência, que haverá de nos proporcionar, em breve, meios de vencermos mais uma pandemia.

unificar eleições por causa do novocoronavírus enfraquece democracia

A s eleições são consideradas o ponto máximo do exercício da democracia. É neste período que a população exerce seu

poder de escolha, vota e elege seus repre-

sentantes. Porém, devido à pandemia, o pleito de 2020, tem sido o centro de um debate: a votação deveria ser adiada ou, pior, cancelada e unificada com o processo eleitoral de 2022? O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) é um dos defen-sores desta teoria. Ele apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC)

com a finalidade de realização de um único pleito em 2022 para escolha de prefeitos, vereadores, presidente, gover-nadores, deputados federais e estaduais. Na visão do parlamentar, sem eleições este ano, os recursos do Fundo Eleitoral poderiam ser destinados para o combate ao coronavírus.

De acordo com Marcelo Vitorino (foto), consultor e professor de co-municação e marketing político, esse discurso é vazio e perigoso, uma vez que o processo deve ser preservado ao máximo para que não se abra pre-cedentes de rupturas na democracia brasileira.

da redação

Quais os prós e contras da uni-ficação das eleições?

O Brasil já teve eleições unificadas uma vez e isso não mostrou bons resul-tados. Dada essa experiência, preferiu-se separar novamente. O processo eleitoral não é feito junto porque nós temos um grande número de candidatos que devem ser escolhidos pela população. Por exemplo, em Portugal, as eleições são no mesmo ano, só que com uma no primeiro semestre e outra no segundo. No Brasil, fazer todos os candidatos se submeterem à escolha dos eleitores ao mesmo tempo seria asfixiar o debate eleitoral. Se, durante uma campanha presidencial, os governadores já têm menos tempo de exposição midiática, os deputados estaduais e federais sequer aparecem, imagina juntando esta elei-ção com a municipal. Toda a discussão dos vereadores ficaria completamente prejudicada. A proposta de unificação do ex-senador Aécio Neves não leva em consideração a democracia e o trabalho de supervisionar a votação em 5.700 municípios. Em 2020, teremos algo em torno de 600 mil postulantes, se você soma essa quantidade com os outros fica inviável para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fazer a fiscalização. Então, esse discurso de redução de gastos não é plenamente legítimo.

não é a primeira vez que po-líticos defendem a unificação dos pleitos. A quem interessa essa modificação no calendário eleitoral?

Sendo muito prático, os estadis-tas que defendem a unificação do processo eleitoral têm interesse em fazer com que outros políticos pa-guem as suas campanhas. O intuito não é o bem da democracia, mas sim um discurso personalístico de redução de custos para uma ou outra campanha. Só isso.

eleição é algo sagrado em uma democracia. Qual é o problema de abrir um precendente de não termos votação em 2020?

O problema em protelar é que você cria justificativas para que isso aconteça em outros momentos da história. Portanto, se não há pleito baseado em um contratempo como a pandemia, pode também não ter eleição diante de uma ameaça de invasão a um país. Por exemplo, um presidente poderia, num ano eleito-ral, justificar que não haveria clima

para votação devido a um conflito com uma nação vizinha. Por isso, o processo democrático deve ser preser-vado ao máximo para evitar qualquer tipo de ato que o prejudique.

uma das justificativas é de que a unificação baratearia o processo democrático. Há evi-dências disso?

O discurso da redução do custo eleitoral para unificação é bastante vazio. Não existe só a despesa das campanhas, tem também o de fis-calização do TSE. Além disso, aquele horário das redes de televisão e rádio para fornecer o programa eleitoral gratuito é fruto de renúncia fiscal e o custo disso não vai mudar. Se olharmos de uma forma prática, ao juntar vários pleitos no mesmo ano, a atenção do eleitor ficará mais cara, pois cada candidato vai ter que investir ainda mais para mostrar suas propostas.

Há exemplo de outros países em que as eleições são juntas?

Não existe em nenhum país democrático, com as dimensões do Brasil, eleições unificadas. Não pode-mos comparar o Brasil com Portugal,

que tem o tamanho de um estado brasileiro. Portanto, se você pega países com dimensões semelhantes ao do Brasil, por exemplo, os EUA, não existe eleição unificadas. Aus-trália também não. Nenhum país com democracia forte existe eleição unificada. Esse é um experimento que o mundo já fez, abandonou e não quer mais saber fazer.

o brasil já se tornou o epicentro da pandemia com recorde de mortes diárias. como você vê o pleito acontecendo esse ano?

Dada à crise sanitária, as eleições no Brasil devem ter um pequeno atra-so de cerca de um mês e meio, mas devem acontecer. Já era uma tendên-cia natural que elas ficassem menos presenciais, de rua, e mais digitais. No pleito de 2018, por exemplo, candidatos usaram muito das redes sociais para promoverem suas ideias. O que vai ser preciso é uma mudança no entendimento dos profissionais de marketing e na cultura dos políticos tradicionais que terão que aprender um novo meio. Antigamente, domi-navam a televisão e as ruas, agora precisam compreender as telinhas também.

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Um novo olhar sobre a pandemia

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P O L Í T I C A 3EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

V I G Í L I A S

experimente a cachaça “purAnA”.

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FAbiAno lopes FerreirA

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AdVogAdo, empresário e conselHeiro benemérito do clube Atlético [email protected]

Neujácio silva

ser vice-prefeito de belo Horizonteé uma aposta política complicada

os últimos 12 anos, ser vice-prefeito em Belo Horizonte se tornou sinô-nimo de supressão da vida política cotidiana no cenário da capital, assim como em Minas Gerais. É sempre bom rememorar que foi na

administração do então prefeito Célio de Castro que seu vice, Fernando Pimentel (PT), assumiu durante o afastamento do titular, sendo reeleito posteriormente para o cargo de prefeito.

Na sequência, Pimentel foi nomeado ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil no governo Dilma Rousseff (PT), chegando ao status de governador de Minas Gerais. Afora esta realidade, ser vice-prefeito de BH é tido como “cemitério político” para quem almeja continuar na vida pública.

Quem foi vice de quem?

O empresário Ronaldo Vasconcelos tinha um perfil político de vence-dor. Além disto, foi ve-reador de Belo Horizon-te, deputado estadual de várias legislaturas

e se tornou vice-prefeito à época de Fernando Pimentel, depois de passados 12 anos. A partir daí, teve início o seu verdadeiro inferno astral. Sua última incursão no mundo das disputas não obteve sequer a condição de se eleger vereador, devido a um minguado número de votos conquistado.

No comando da prefeitura, coube ao empresá-rio Marcio Lacerda suceder a Fernando Pimentel. Ser vice nos primeiros 4 anos de mandato recaiu sob o petista Roberto Carvalho. E, como não po-deria deixar de ser, ambos se desentenderam logo no primeiro ano de administração. Coincidência ou não, certo é que depois disso, Carvalho passou a ser um mero militante do PT, vivendo do passado, mesmo porque assim como Ronaldo Vasconcelos, ele também foi vereador e deputado estadual. Hoje está no real ostracismo da política mineira.

Já no segundo mandato, outro deputado estadual se prestou a ser vice de Marcio Lacerda. Desta vez, o influente advogado Délio Malheiro, funcionário de carreira da Assembleia, que naquela oportunidade estava em seu segundo mandato como parlamentar. Chegou à PBH com bom trânsito junto à equipe do prefeito. Ele disputou a sucessão do próprio Lacerda, mas fragorosa-mente derrotado, atualmente, não é visto em BH, sequer para um cafezinho. Aliás, os seus amigos do Mercado Central, onde costumava comparecer sempre, dizem: ele deve estar morando fora, pois, seu sumiço é total. Tem pessoas que revelam: Malheiro não deve retornar à vida pública jamais,

pois estaria desiludido.Pode ser uma fatalidade, mas

para a sina do atual vice-prefeito de Belo Horizonte Paulo La-mac, ex-vereador e ex-deputado, está traçada uma espécie de abis-mo da escuridão

política. Isolado na prefeitura nos últimos 2 anos, o nome do vice não é mencionado nos meandros dos diversos segmentos que permeiam o cotidiano. Certamente, o seu futuro político é incerto, mesmo porque, a possibilidade de ele tentar disputar a própria sucessão do prefeito Alexandre Kalil (PSD) estaria fora de cogitação. Lamac sabe que, se for bater de frente com o chefe do Executivo no pleito eleitoral deste ano, seria o seu suicídio po-lítico, como argumentam matemático da política mineira.

Mas tudo pode ser diferente neste próximo período. O prefeito Alexandre Kalil está bem ava-liado politicamente e cogita a possibilidade de ser reeleito. Neste caso, conforme comentários de bastidores, já estaria com um projeto pronto para disputar o governo de Minas. Sendo assim, seu postulante ao posto de vice-prefeito reuniria uma ótima oportunidade para comandar a prefeitura, considerada uma das maiores do país e, segundo consta, sob uma administração bem avaliada do ponto de vista da sua estrutura. E veja bem: o nome mais palatável para fazer parte da chapa

Kalil 2020, no momento, é do ex-secretário de Fa-

zenda, Fuad Noman, isto é, dependendo

das negociações po-líticas que ocorrerão até o final de julho,

período das con-v e n ç õ e s

partidá-rias.

Pimentel foi o único vice que seelegeu para cargos importantes

Fuad noman pode ser vice de Kalil em 2020

José

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Hoj

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Dia

lAgoA sAntA gAnHA noVA VArA judiciAl

“Hoje nós transformamos mais um sonho em realidade com a instalação da Vara Criminal, de Execuções Penais e da Infância e da Juventude da Comarca de Lagoa Santa, uma demanda antiga da população”. A afirmação foi feita pelo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Nelson Missias de Morais, ao participar da solenidade de instalação da nova unidade judiciária em Lagoa Santa.

O evento foi realizado de forma remota, com transmissão ao vivo pela página do TJMG no Facebook. Na sede do Judiciário mineiro em Belo Horizonte, Nelson Missias se comunicou com ma-gistrados e representantes da comunidade local por videoconferência. “Lagoa Santa já estava de-mandando uma reestruturação, já que a comarca recebe grande fluxo de conflitos, por estar muito próxima a Belo Horizonte. A cidade cresce e se desenvolve, já merecia uma presença maior do poder Judiciário”, destacou Missias. Ele também agradeceu o empenho dos desembargadores Paulo Cézar Dias e Geraldo Domingos Coelho, que contribuíram para a reestruturação da comarca.

MetasO presidente da Corte mineira enfatizou que

sua gestão alcançou metas importantes nos úl-timos 2 anos. “Quando assumimos a direção da Casa, tínhamos implantado o Processo Judicial eletrônico (PJe) em apenas 12% das comarcas do estado. Hoje, o PJe está presente nas 297 comarcas mineiras, incluindo a de Jaíba, criada recentemente”, disse.

Nelson Missias ressaltou ainda a importância da implantação do projeto piloto do PJe Criminal, em Belo Horizonte, que será adotado em todo o país, conforme orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O presidente lembrou que sua gestão priorizou a Primeira Instância, “onde tudo

começa e termina”. “Nós reformamos, ampliamos e construímos dezenas de fóruns, e outros serão inaugurados nos próximos dois anos. Estamos mudando a paisagem da Primeira Instância em Minas Gerais, devolvendo aos juízes e servidores o mais importante: o sentimento de pertencimento de cada um com esse trabalho”, completou.

Primeira InstânciaParticipando da solenidade no Fórum de La-

goa Santa, a juíza Gislene Martins destacou que a reestruturação da comarca vai resultar em melhor prestação jurisdicional.

A juíza diretora do foro de Lagoa Santa, Gislene Martins, disse que a instalação da nova vara represen-ta um marco para o poder Judiciário local, que só foi alcançado com a valorização da Primeira Instância, promovida pela atual gestão do TJMG.

“A reestruturação da comarca acarreta, segura-mente, a melhoria da prestação jurisdicional para a comunidade e melhores condições de trabalho para magistrados e servidores”, destacou a juíza.

Foi designada a juíza Sandra Salete da Silva para assumir a Vara Criminal, de Execuções Penais e da Infância e da Juventude.

MedalhaDe forma simbólica, a juíza Gislene Martins en-

tregou ao presidente do TJMG a Medalha Peter Lund, concedida a pessoas físicas e jurídicas que contribuíram para o desenvolvimento de Lagoa Santa. A comarca passa a contar com quatro varas: 1ª Vara Cível, 2ª Vara Cível, Juizado Especial e a nova Vara Criminal, de Execuções Penais e da Infância e da Juventude.

presençasNa sede do Judiciário na capital mineira estavam

presentes o 1º vice-presidente do TJMG, desembarga-dor Afrânio Vilela, os juiz auxiliar da Presidência, Del-van Barcelos Júnior - responsável pela implantação do sistema de videoconferência Cisco/Webex no TJMG, por meio da Dirfor - o juiz Rui de Almeida Magalhães, o assessor especial da Presidência, Renato Cardoso Soares, e o diretor financeiro da Casa, Eduardo Codo.

Participaram da solenidade em Lagoa Santa a desem-bargadora Márcia de Paoli Balbino, o juiz Carlos Alexandre Romano, a juíza Sandra Salete da Silva, a promotora de justiça Aimara de Britto Dias Leite Cabaleiro, o defensor público Vinícius Lopes Martins, o representante da OAB/MG Wendell Maciel Ribeiro e o prefeito Rogério Avelar.

nelson missias: “A cidade cresce e se desenvolve, já merecia uma presença maior do poder judiciário”

Mir

na d

e M

oura

No próximo dia 30 de junho, o governo de Romeu Zema (Novo) completa dezoito meses de gestão. Este prazo já nos permite algumas reflexões sobre este respeitável araxaense como comandan-te maior de Minas Gerais. Uma nova administração sempre traz esperanças e algumas preocupações também. Com Zema não poderia ser diferente. Aqueles que já o conheciam sabiam da sua com-petência e honestidade, pois, o chefe do Executivo mineiro é conhecido no mundo empresarial como um homem de sucesso e de moral ilibada.

A dúvida de algumas pessoas, e até de alguns especialistas, era sobre sua atuação no mundo político, que é bastante diferente do empresarial no qual ele é especialista e faz muito sucesso. Na política, principalmente nos regimes democráticos, é preciso negociar e conciliar interesses. Nada

preocupante para um governante da experiência profissional de um homem como o govenador Zema, se os interesses a negociar forem para o bem do estado e do povo. O problema é com relação aos interesses não muito republicanos que às vezes aparecem.

Apesar disso, como já era esperado, Zema teve certa dificuldade no relacionamento com a Assembleia Legislativa no começo, mas logo depois achou o caminho e, a toda evidência, a situação já se encontra sob controle. Com relação à sua gestão propriamente dita, ainda não dá para fazer uma avalição mais aprofundada, uma vez que o governador encontrou o estado em situação fali-mentar, com dívidas imensas, principalmente com os funcionários públicos, fornecedores e repasses ao governo federal e aos municípios.

Agora, no início do ano, quando a expectativa era de melhora, surgiu esta assustadora pandemia do coronavírus que está quebrando todos os esta-dos da federação e o país também. Mas aqueles que conhecem bem Romeu Zema sabem de sua capacidade de encontrar caminhos para tirar o estado desta situação falimentar que o encontrou.

Contudo, todos estão na dependência desta questão da COVID-19. O que mais espanta é que não há uma previsão de até quando irá durar esta crise sanitária. O bom desempenho do país depen-de do pleno funcionamento das empresas. A queda na arrecadação dos impostos, principalmente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos estados, é imensa e tem assustado bastante os governantes. Infelizmente, 2020 para a economia já está totalmente perdido.

Um ano e meio do governo Zema

menin presidente?Nas imediações da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

(ALMG), mesmo no período de pandemia o assunto político, como não poderia deixar de ser, toma conta das rodadas. Agora, já existem pessoas defendo o nome do mega empre-sário mineiro rubens menin para ser candidato a presidente da República. Recentemente, ele foi cogitado para disputar o governo de Minas. “Seu foco, por enquanto, é no mundo dos negócios”, dizem amigos.

sucessão em contagemEm Contagem, terceiro colégio eleitoral de Minas, o assunto

sucessão do atual prefeito Alex de Freitas está temporaria-mente proibido, mesmo porque, o próprio chefe do Executivo já declarou não ser candidato à reeleição. Contudo, segundo comentários ouvidos por lá, sua estrutura para disputar a Câmara Federal em 2022 já está montada. A conferir.

política em nova limaCom seus mais de 78 anos, o prefeito Vitor Penido (DEM),

agora impedido de disputar mais um mandato como prefeito de Nova Lima, muito possivelmente deve pendurar a chuteira e se aposentar da vida pública. O problema é que ele não tem herdeiro político à altura de sucedê-lo. É o que diz a turma de fofoqueiros na Praça Bernardino de Lima, em frente à prefeitura local. Coisas da política mineira.

domínio chinêsDurante este período de fechamento do comércio de Belo

Horizonte por conta da COVID-19, muitas informações circula-ram nas redes sociais. Umas até controversas, por exemplo, o comentário segundo o qual os chineses teriam um projeto para dominar definitivamente o segmento popular de vendas no centro da cidade. Atualmente, eles já são fortíssimos no “Shopping Oi”, o que ainda não estaria suficiente para o grupo asiático, declaram as fontes.

prestígio de patrusUm levantamento informal aponta que o atual presidente

da ALMG, deputado Agostinho patrus (PV), é o político de projeção estadual a conquistar maior espaço semanalmente na denominada mídia tradicional de Belo Horizonte. Logo depois, vem o governador romeu Zema (Novo), ambos seguidos pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD).

política em jFInformações procedentes da Zona da Mata Mineira con-

firmam: o ex-prefeito de Juiz de Fora, bruno siqueira (MDB), tem planos de ficar quieto neste pleito de 2020, ou seja, não irá disputar cargo algum. Porém, fontes garantem que ele não ficará longe da cena política no município.

Alberto conselheiroNestes 20 dias de isolamento social não houve trégua

para o ex-governador Alberto Pinto Coelho, que como diz a imprensa da capital, é atualmente destacado como conselheiro político do Estado, pois está sempre discutindo e debatendo assuntos de interesse de Minas, com experiência de quem já foi presidente da ALMG e ex-comandante titular do Palácio da Liberdade.

nos meandros da justiçaAviso aos navegantes: o desembargador Nelson Missias,

que nos próximos dias deixa a presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não irá pendurar a chuteira. Pelo contrário, continuará na ativa por quase uma década, é o que comenta os amigos.

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E C O N O M I A4 EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

V I G Í LI A S DOBRADAS

roberto luciAno FAgundes

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E TI IC CAO S

Psicanal í t ico

Av. Dr. João Luiz de Almeida, 250 - sala 105 - Vila GuilherminaMontes Claros - MG

“Somos feitos de carne, mas somos obrigados a viver como se

fôssemos de ferro”Freud

A

engenHeiro, presidente dA FederAÇÃo de cVb-mg, presidente do conselHo doinstituto sustentAr e Vice-presidente dA FederAminAs – [email protected]

da redação

O conteúdo desta coluna é de responsabilidade exclusiva do seu autor

sucessão em mocO delegado e deputado federal marcelo de Feitas (PSL-MG),

tem planos de disputar a Prefeitura de Montes Claros. Se pos-sível ainda neste ano, mas, caso não tenha ambiente para tal, estará disposto para daqui a 4 anos.

Chineses maltratadosO jornalista Gerson Camarotti aconselha: “Apesar de ser

a maior compradora de produtos do Brasil, ultimamente, a China está sendo muito maltratada por nós. Eles podem ficar zangados em determinado momento e tomar atitudes mais drásticas”.

Americanos ciumentosCom experiência de professor de várias universidades em

São Paulo, o economista Gesner Oliveira disse à uma rede de TV semana passada: “Os norte-americanos morrem de inveja do Brasil que tem um agronegócio potente, capaz de fazer frente à própria produção daqueles gringos”.

Germe infernalRespeitado médico e membro da Academia Nacional de

Medicina (ANM), o paulistano paulo saldiva, assustou os brasileiros ao declarar: “Em geral, quando um paciente vai para uma UTI por conta da COVID-19, termina saindo de lá com algum tipo de complicação viral, ou seja, contaminando-se por outro tipo de vírus”. Cruz credo, doutor!

Vazando informaçõesNo auge da Operação Lava Jato, muitas pessoas achavam

bonito o vazamento de informações, que em última análise, já condenava os denunciados antes do julgamento. “Recente-mente, houve exposição de dados do presidente da República e de alguns ministros e, neste caso, os responsáveis pelo ato ainda não foram punidos. Ou seja, o assunto é muito sério e deve ser levado ao pé da letra. Todos os crimes devem ser mais investigados”. Opinião do cientista político ricardo sennes.

regina sem cultura“Onde está a cultura de regina? Cadê regina? Quais eram

os planos de regina?”. Essas foram as indagações da atriz denise Fraga, ironizando a respeito da rápida passagem de sua colega de profissão, regina duarte, na Secretaria Especial da Cultura. Para denise, isto foi o fiasco do ano, diga-se de passagem.

sem politizaçãoIrritado com os acontecimentos nacionais, o diretor do

Instituto Butantan dimas covas alertou: “As autoridades brasi-leiras precisam parar de ficar fazendo manifestações políticas e colocar o assunto pandemia em pauta. Os procedimentos para erradicar e tratar a COVID-19 são dos médicos e não dos polí-ticos. Estas marchas e encontros grandiosos nada contribuem para minimizar o avanço do vírus. É abominável politizar um assunto tão sério como este”.

novo coronavírus: minas geraisperdeu 88 mil vagas de emprego

Estado teve o segundo pior saldo do país, ficando atrás apenas de São Paulo

C O m V i d a – 20Dias atrás, recebi um vídeo de uma série

asiática, “My Secret, Terrius”, com atores lo-cais e legenda em francês, datada de 2018. No episódio 10 em diante, a atriz recebe um alerta sobre um problema crescente de saúde pública. Ela vai em busca de maiores informações com uma médica especialista que explica não ser uma gripe qualquer, mas sim o denominado coronavirus mutante, que ataca o sistema respiratório.

Segundo a médica, alguém o modificou para aumentar a taxa de mortalidade, com período de incubação de 2 a 14 dias, atacan-do diretamente os pulmões. Na sequência, aparece o ministro da Saúde com assessores, em uma apresentação no auditório de uma escola, alertando às crianças e professores sobre a higiene, ensinando-os a lavar bem as mãos sempre e decidem suspender as aulas para que os pequenos não transmitam o vírus aos seus familiares, em suas residências, com o alerta “fiquem em casa”.

Vejam, em 2018 já sabiam tudo sobre o vírus, rebatizado como COVID-19 ou com um adjetivo acompanhando, o “novo coro-navírus”.

Neste momento aflitivo que estamos vivendo, reclusos em nossas casas há 90 dias, as notícias que recebemos parecem ser a rea-

lização profissional dos editores e repórteres da grande mídia. O dia inteiro somos mas-sacrados com informes da pandemia, sendo que a manchete é sempre a pior, vinculada ao número de mortos.

Se analisarmos um pouco e para tanto temos que tentar achar a notícia completa, encontramos nos boletins divulgados que o número de pacientes recuperados é próximo de 50% dos casos registrados e o de mortos está em torno de 5% do total, incluindo aí os idosos e os que já estavam mais enfraqueci-dos por outras infecções, com baixa imuni-dade. Só que o detalhe dos recuperados não merece nenhum comentário ou destaque. Em um país-continental como o nosso, com uma faixa grande de pessoas vivendo em condições subumanas, sem facilidade de acesso à água ou qualquer tipo de higiene, os números apre-sentados tendo como base a população atual, é de 0,30% de casos confirmados, 0,13% de pacientes recuperados e 0,01% de mortos.

Para piorar ainda a prefeitura de New York, uma das cidades mais afetadas, divulgou um estudo que o maior índice de transmissão (68%) está dentro das residências, entre as pessoas confinadas com os familiares. Esta informação foi confirmada pelas autoridades do norte da Itália.

E como se não bastasse este pandemônio que estamos vivenciando, vemos aqueles que são responsáveis pela governança do país, em nível federal, estadual e municipal, líderes que representam a nós pagadores de impostos, não conseguem se entender, misturando os interesses político partidários com os da nação, estimulando o “nós contra eles” e vice-versa. É uma atitude amoral, usando pandemia como ferramenta, sem nada a ver com a saúde ou bem-estar da população. E reparem que estamos próximos das eleições municipais, nas quais vários oportunistas planejam se candidatar à reeleição.

O que precisamos agora é preservar o regime democrático, a ordem constitucional e a harmonia social. Respeitarmos uns aos outros pela forma que estão convivendo com essa situação. Cada um tem a sua dor e sabe o que é bom para ele e dos riscos que corre. Não podemos querer obrigar o outro a ter a mesma opinião que a nossa. Cultivemos a to-lerância, liberdade, justiça e igualdade. Plan-temos mudas no jardim do nosso coração. Aos poucos elas irão germinar e poderemos distribui-las com o nosso exemplo.

O que todos nós mais desejamos é saúde, trabalho, segurança e PAZ, COmVIDa, em 2020.

lém da crise na área da saúde, o co-ronavírus também está causando impactos negativos na economia e os trabalhadores já estão sentindo

isso na pele. Segundo levantamento feito pelo Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempre-gados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as empresas mineiras gera-ram o segundo menor saldo de emprego do país (-88 mil vagas) no mês de abril, sendo responsáveis por 10% do resultado negativo do Brasil.

Essa diferença entre o número de demissões e contratações só não foi pior que o do estado de São Paulo, cujo o resultado foi quase três vezes maior, totalizando 264 mil postos de trabalho a menos. “Quando olhamos o saldo acumulado em 2020, ou seja, de janeiro a abril, Minas teve o terceiro pior resultado (-79.746), atrás de São Paulo (-250.377) e Rio de Janeiro (-114.686). A região Sudeste, como um todo, começou a sofrer primeiro os impactos da pandemia de COVID-19, pois o estado de São Paulo foi o pri-meiro epicentro da doença”, explica a assistente do Sebrae Minas, Gabriela Martinez.

O único setor que registrou saldo de em-prego positivo no estado foi a agricultura (706 vagas). Já os segmentos que demitiram mais que contrataram foram: indústria da transfor-mação (-23 mil vagas), comércio e reparação de serviços automotores e motocicletas (-22,9 mil vagas), informações, comunicação e atividades financeiras e imobiliárias (-11,2 mil vagas) e alojamento e alimentação (-11 mil vagas).

Outras atividades que também ficaram com resultado negativo no mês foram construção (-8,9 mil vagas), transporte, armazenagem e correio (-4,3 mil vagas), administração pública, defesa e seguridade social, educação e saúde humana (-3,6 mil vagas), outros serviços (-3,4 mil vagas), outras indústrias (-457 vagas) e serviços domésticos (15 vagas).

Gabriela ressalta que, no Brasil, os setores de serviços, comércio e indústria da transformação foram os principais impactados. “Em Minas Ge-rais seguiu-se o mesmo padrão do país. Serviços não essenciais como: informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissio-nais e administrativas, além de alojamento e alimentação, tiveram saldos bem negativos. Co-mércio e a indústria de transformação também tiveram resultados ruins, uma vez que muitos pararam suas operações”.

No mês de maio, as cinco cidades com os sal-dos mais baixos de emprego no estado foram: Belo Horizonte (-20,9 mil vagas), Nova Serrana (-3,8 mil vagas), Uberlândia (-3,7 mil vagas), Contagem (-3,1 mil vagas) e Juiz de Fora (-3 mil vagas). “A capital foi a mais afetada, pois como tem maior fluxo de pessoas e atividades teve que ser mais agressiva nas medidas restritivas para conter o avanço da pandemia. As outras podem ser consideradas como polos regionais e, seguindo a mesma lógica de BH, também sofreram mais os impactos do isolamento social do que municípios menores e mais isolados”.

Por outro lado, Paracatu (815 vagas), Monte Belo (360 vagas), João Pinheiro (186 vagas), Frutal (177 vagas) e Nova Ponte (166 vagas) foram os municípios mineiros que registraram os melhores resultados. “Paracatu foi o terceiro melhor colocado entre os municípios brasileiros para o saldo gerado em abril. Olhando o resul-tado entre os meses de janeiro e abril deste ano, o município foi o segundo do Brasil com mais contratações de carteira assinada: 2.803. A principal atividade responsável por esse saldo positivo foi o setor de agronegócio”.

Para finalizar, a analista acrescenta que ainda não está claro qual será o impacto total gerado pela pandemia da COVID-19 para a eco-nomia. “Não sabemos até quando a doença vai durar no país. Estamos vendo um movimento de reabertura das atividades em muitos estados, mas ainda existe o risco de ter que dar um passo atrás nessa retomada. Muitas empresas que demitiram os funcionários estão na esperança de uma recuperação e da possibilidade de re-contratar, mas tudo depende da sua capacidade de sobreviver nesse período”.

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E C O N O M I A 5EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

daniel Amaro

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saque emergencial do Fgts deveinjetar r$ 36,2 bilhões na economia

Expectativa é que 60,8 milhões de pessoas sejam beneficiadas

A economia é um dos setores que também vem sofrendo as graves consequências da crise sanitária da COVID-19. Muitos

brasileiros estão desempregados, tiveram redução salarial ou estão sem renda. Para tentar amenizar esses impactos, o governo federal decidiu liberar mais uma rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O acesso ao valor de até um salário mínimo (R$ 1.045), que valerá para cotistas com saldo nas contas ativas e inativas, prevê a injeção de R$ 36,2 bilhões na economia ainda neste ano.

Inicialmente, o pagamento será de-positado em uma conta digital da Caixa Econômica Federal (CEF) e depois será liberado para transferência para outros bancos ou saque do dinheiro em espécie. A medida é para evitar filas nas agências durante a pandemia. Independente de quantas contas do fundo o trabalhador tiver, terá direito a fazer apenas um saque com o valor máximo de R$ 1.045. Os recursos estarão disponíveis a partir de 15 de junho até 31 de dezembro.

Caso o cotista tenha mais de uma conta do FGTS, o saque será feito primeiro da inativa (contratos de trabalho extintos), começando pela que tiver o menor saldo. Depois, o dinheiro será retirado das demais, também iniciando pela que tiver o menor valor. A expectativa é que 60,8 milhões de pessoas sejam beneficiadas. Cerca de 30,7 milhões poderão sacar todo seu recurso do FGTS, o que representa 50,5% do total.

Alívio no bolso

A notícia da liberação para saque do FGTS agradou muitos brasileiros, princi-palmente, quem está no aperto financeiro como é o caso da professora Jussara Ribeiro. Ela conta que não teve direito ao auxílio emergencial de R$ 600 e está enfrentando dificuldades em honrar seus compromissos. “Trabalho com carteira assinada e não aten-do aos requisitos do benefício. A medida de poder usar o dinheiro do FGTS veio em boa hora. Esse valor de R$ 1.045 é pouco, mas vai ajudar bastante. A primeira coisa que pretendo fazer é quitar contas atrasadas, mas vou guardar uma parte na poupança caso aconteça alguma emergência”.

Fazer o pagamento de débitos atra-sados também será prioridade para o publicitário Ramon Dias. “Dei uma descontrolada nas finanças e estou com contas pendentes do cartão de crédito. Há 2 meses venho pagando o mínimo e está acumulando dívidas. O valor não é tão alto, mas é o suficiente para me tirar o sono. Nesse período de pandemia os trabalhos diminuíram, consequentemente, minhas receitas também. O recurso extra vai me ajudar a sair do sufoco. Se sobrar algum valor pretendo gastar comprando algo para mim”, afirma.

Análise orçamentária

De acordo com o economista e espe-cialista em finanças Leandro Martins, o dinheiro liberado pelo governo deve ser bem empregado. “Nesse momento deli-cado de pandemia, todos devem rever seu

orçamento e optar por manter apenas os serviços de extrema necessidade. As contas atrasadas e essenciais para a sobrevivência, como água e energia, o ideal é quitar o mais rápido possível ou tentar negociar prazos maiores com os fornecedores. Isso tudo para evitar que a situação fique pior e a questão financeira ainda mais no vermelho”.

O cartão de crédito é mais um vilão que as pessoas devem ter atenção redobrada. “A melhor coisa é não fazer novos gastos. A dívi-da pode acabar virando uma bola de neve e comprometer ainda mais a renda em curto prazo. Veja com a operadora se tem alguma possibilidade de parcelamento ou extensão para pagamento com juros menores. Esse é um problema que não há como fugir e pode gerar restrição no Serasa”, alerta.

Mas usar o dinheiro do FGTS apenas para quitação de contas não é o mais indicado a fazer. “É sempre bom fazer uma reserva para eventuais emergências. Mesmo sendo um salário mínimo, isso é importante até para quem está conseguindo manter as contas em dia e as necessidades básicas. A gente sabe que o futuro depois que essa crise sanitária passar é incerto. Ter algum dinheiro extra é fundamental para equilibrar o orçamento”.

Para finalizar, o economista chama atenção que ter um planejamento finan-ceiro já era necessário antes mesmo da CO-VID-19. “Esse problema só veio para mostrar o quanto ele é importante, principalmente, para conseguir passar por esse momento sem que haja muitos danos ao bolso. A situ-ação forçou as pessoas a serem econômicas e a mudar todo um estilo de vida. Quem conseguir aprender a conter gastos agora poderá sair da crise ainda melhor”.

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como consultar saldo do Fgts

O saldo pode ser consultado por meio do endereço www.caixa.gov.br/extrato--fgts. Basta informar seu CPF ou NIS e a senha. Caso seja o primeiro acesso, o trabalhador precisará fazer um cadastro, preenchendo todos os campos solicitados com os dados pessoais. Em seguida, criar uma senha com até 8 dígitos, com letras e números. Você será direcionado para a tela de login novamente. Também é possível acessar pelo celular. Na loja de aplicativos, busque por FGTS, clique em instalar e abra o aplicativo. Selecione a opção “cadastre-se” e informe os dados solicitados. A senha numérica deve ser com 6 dígitos. Você receberá um e-mail de confirmação no endereço informado. É preciso confirmar o cadastro no link que foi enviado. A plataforma é totalmente gratuita e está disponível tanto para Android quanto iOS.

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C O T I D I A N O6 EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

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D A C O C H E I R A AN I V ERSAR I ANT E S

A todos, os nossos Parabéns!

O empresário Joel Paschoalin (foto), presi-dente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), tra-vou uma enorme luta para não deixar de aten-der os usuários mesmo diante de tantas dificul-dades em função do iso-lamento social, no qual afetou consideravelmen-te as entidades do setor.

O homem do transporte

sem rumo - A imprensa de um modo geral tem se ocupado em críticas a Jair Bolsonaro, porque diferentemente de todos os outros presidentes, ele não tem porta-voz e todos os dias se presta a falar com os jornalistas na porta do Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo, como aquele menino que o pai ou a mãe tem que estar sempre atento para corrigi-lo, fala demais e errado quando dispara palavras de baixo calão, depois vem os assessores, verdadeiros papeis higiênicos para tentar limpar o que ele falou. Pensando bem, o governo de Bolsonaro está totalmente sem rumo, diante da famosa reunião ministerial do dia 22 de abril, que nada mais foi que uma sessão para colocar em dia o vocabulário escroto do supremo mandatário do país.

impostos - O sindicato que congrega os auditores fiscais de Minas Gerais está contestando a administração Romeu Zema (Novo), que anda propagando aos quatro cantos que o Estado está quebrado e que a arrecadação de impostos caiu absurdamente. O Sindifisco prova que o rombo não é do tamanho medido pelo governo que tem se exagerado.

sérgio moro - O ex-juiz e ex-ministro da Justiça jogou uma carreira de 25 anos de magistratura fora. Agora, está tentando tirar sua carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas tem encontrado uma certa dificuldade. Foi necessário que o presidente nacional da entidade, Felipe Santa Cruz, viesse a público para dizer que ele é favorável a conceder o documento para o ex-ministro. Se ele foi juiz é porque cursou direito e se é advogado formado deve ter acesso a sua carteira. Porém, alguns integrantes da OAB querem impugnar o pedido de registro de Moro. O mesmo aconteceu com o então ministro Joaquim Barbosa, que depois conseguiu o certificado para exercer a profissão de advogado. Sérgio Moro só aceitou ser ministro de Bolsonaro, porque o presidente acenou para uma futura nomeação dele para o Supremo Tribunal Federal (STF).

A multa prevista em Projeto de Lei da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ao cidadão que não usar máscara nos espaços públicos não vai passar da discussão no plenário do legislativo municipal. Estão chegando à conclusão de que não haverá uma fórmula para cobrança da penalidade.

Proprietários de veículos reclamam que até hoje não chegaram os documentos de 2020 a serem expedidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Pelo menos, as Blitz estão suspensas por conta da COVID-19

Ademir lucas disse estar recuperado para a nova batalha da eleição municipal deste ano, quando pretende ser candidato a prefeito de Contagem. Ele já dispara WhatsApp para seus amigos na cidade.

Pelo menos 40% dos comerciantes do Barro Preto estão quebrando com o fechamento forçado de suas lojas. A cidade está matando a sua galinha dos ovos de ouro. Belo Horizonte não tem indústria e nem atacado. O Barro Preto era a única esperança de fazer da capital um centro de moda para o país.

editAl de notiFicAÇÃo

Faz saber, aos que o presente EDITAL DE NOTIFICAÇÃO, com prazo de 15 (quinze) dias, virem ou dele tiverem conhecimento ou a quem interessar possa, acerca do ingresso de ata para usucapião extrajudicial em epígrafe, em trâmite ao 7ª Ofício de Notas de Belo Horizonte, movida por ARILDA ALVES DA COSTA em face de SILVANO MARCONI, que se encontra em local incerto e não sabido, objetivando usucapir fração do imóvel situado na Avenida Virgílio de Melo Franco nº 570, inscrito sob a matrícula nº 7875, no 6º Ofício de Imóveis da Comarca de Belo Horizonte, Minas Gerais, composto pelo Lote nº 20, da quadra nº 95, bem como para quaisquer direitos relativos ao imóvel inscrito sob a matrícula nº 23.083, no 6º Ofício de Imóveis da Comarca de Belo Horizonte, Minas Gerais, composto pelo Lote nº 19, da quadra nº 95, podendo oferecer IMPUGNAÇÃO, se quiser, por petição junto a serventia, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme art. 216A da LRP/1974, cujo termo inicial será o dia útil. Fica (a) o ré(u) ciente, ainda, de que, não impugnada no prazo legal, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato, para que chegue ao conhecimento de todos, foi expedido o presente edital.

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domingo, 14 de junho

Jornalista Danilo AndradeJornalista Rafael VidigalMarcus Leandro de Oliveira

segunda-feira, 15

Geraldo Diniz CoutoJornalista Oldack Esteves

terça-feira, 16

Jornalista Eugenio de OliveiraDona Neném GutierrezLeonardo Graça Boechat - ALMG

Quarta-feira, 17

Jornalista Ana MarinaJornalista Paulo LottDelegado Edmo Santos Menezes

Quinta-feira, dia 18

Ex-presidente Fernando Henrique CardosoIvana Maria Guimarães CostaDr. Vilmar de Oliveira Filho

sexta-feira, 19

Jornalista Eleuza Passos GuimarãesNilton Paiva Ferreira FilhoJúnia Barcelos Gonçalves Melo

sábado, 20

Luiz Antônio Prazeres Lopes - ALMGDr. Antônio Caetano Camargo

Parabéns ao

advogado

Vicente Amorim,

aniversariante

do dia 21 de junho

Nei

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psicólogA e especiAlistA em terApiA cognitiVo [email protected]

mArinA FrAnco

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Homeopatia passa a ser usada comotratamento complementar da coVid-19

A técnica não exclui a utilização da medicina convencional

Em meados de fevereiro, quando o coronaví-rus começou a ganhar força e a romper as barreiras da China, o governo da Índia pas-sou a sugerir a homeopatia, tratamento ba-seado em uma medicina alternativa e com-

plementar para quase todos os tipos de doenças físicas e psicológicas, como forma de combate à COVID-19.

A princípio a ideia pareceu não ser aceita ao redor do mundo, porém, após alguns meses, a homeopatia passou a ser difundida como possível tratamento com-plementar contra a patologia que já infectou mais de 700 mil pessoas só no Brasil.

O Conselho Nacional de Saúde (CSN), instância deliberativa do Sistema Único de Saúde (SUS) e in-tegrante do Ministério da Saúde, chegou a publicar um documento recomendando que os órgãos de saúde de todo o país utilizem as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) como auxílio contra a COVID-19. Práticas como a própria homeopatia e também o reiki, florais, acupuntura, etc podem ser uti-lizadas como complemento aos recursos terapêuticos.

Em Belo Horizonte, profissionais da saúde, junta-mente com o Conselho Municipal de Saúde, passaram a discutir sobre o uso da homeopatia no enfrentamen-to da pandemia. Ao debaterem o tema, a categoria relembrou a eficiência da medicina alternativa em outras epidemias e decidiu por apresentar planos de contenção que a inclua. Foi defendida ainda que a homeopatia possa atuar como um complemento as atuais ações já estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O médico especialista em homeopatia e acu-puntura Roberto Debski lembra quando a medicina alternativa foi utilizada em outras epidemias. “Sa-muel Hahnemann, o médico criador da terapêutica homeopática utilizou o medicamento Belladonna na prevenção e tratamento da epidemia de escarlatina no ano de 1799. Resultado semelhante foi obtido

por outros médicos em novo surto da doença na década de 1820. Nas proliferações de cólera asiáti-ca, difteria, gripe espanhola e até dengue, aqui no Brasil, ela obteve resultados positivos”.

Ele acrescenta que a homeopatia praticada por um médico especialista é plenamente segura e efetiva em doenças agudas e crônicas, tanto para crianças, quanto para adultos. “É um tratamento que leva em conta o paciente como um todo, ou

seja, corpo, emocional e comportamento, além de não ter efeitos colaterais. Há um acompanhamento do processo de doença e também de prevenção e qualidade de vida”.

O especialista afirma que a técnica causa re-sultados rápidos e efetivos. “Trazendo a cura e o alívio de sintomas de maneira pronta e segura. É uma opção saudável e que não exclui a utilização da medicina convencional. Vale ressaltar que é o

médico homeopata que fará a avaliação da neces-sidade de medicamentos comuns associados ao método complementar”.

contra a coVid

Debski esclarece que a homeopatia vem para so-mar outras técnicas já utilizadas na prevenção e cura da COVID-19. “As epidemias podem ser causadas por um mesmo agente etiológico, em diferentes épocas, porém, pela abordagem da homeopatia, os medica-mentos tem especificidade própria de acordo com os sintomas presentes, que costumam ser diferentes não somente pelo agente causador”.

Dessa forma, cada epidemia deve ser avaliada no momento atual. “O objetivo é buscar identificar os sinais chamados ‘patognomônicos’, sintomas gerais, particulares, mentais e também os raros, próprios de cada indivíduo. Por meio dessa análise, chegaremos a cerca de seis medicamentos do ‘gênio epidêmico’, ou seja, os que abarcarão, em sua maioria, os sintomas da epidemia atual e serão utilizados nas diversas fases, desde a prevenção até os indícios graves e de forma individualizada”.

No Brasil, foi criada uma comissão científica da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), chamada COVID-19 AMHB, para propor protocolos e estudo dos sintomas do “gênio epidêmico” da doença. “Essa comissão passou a solicitar a médicos homeopatas do país inteiro, através de boletins e mensagens enviados pela AMHB em mídias sociais, que encaminhassem relatos de casos de pacientes brasileiros portadores da COVID-19 laboratorialmente confirmados”.

Com isso, centenas de profissionais se volunta-riaram para iniciar o atendimento por meio de uma plataforma digital desenvolvida pela AMHB. “Essa é uma iniciativa inovadora na homeopatia nacional e mundial e vai ajudar muitas pessoas no enfrentamento da pandemia”, conclui.

recurso terapêutico vem de uma medicina alternativa que atuaem quase todos os tipos de doenças físicas e psicológicas

Pixa

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Estresse, ansiedade,depressão e a pandemia

Um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio (UERJ) mostrou que os casos de ansiedade e estresse mais do que dobraram e os de depressão tiveram um crescimento de 90% durante a crise do novo corona-vírus. Com esses dados, vemos que os transtornos mentais estão aumentando e que, mesmo após a pandemia, os números devem continuar subindo.

Na ansiedade causada por doença, o indivíduo está sempre preocupado de ter ou adquirir a patologia. Alguns sintomas envolvem a hipervigilância, po-dendo acompanhar falta de ar, palpitação, agitação entre outros. Na depressão, os sin-tomas são uma sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. O estresse agudo ocorre juntamente com reações emocionais, fisiológicas e mudanças de pensamento, em razão da vivência de um trauma. Os sintomas são as lembranças

angustiantes e recorrentes do trauma, sofrimento e qualquer situação que relembre o baque, crenças negativas sobre si e sobre o mundo entre outros.

Para amenizar os transtor-nos, há algumas técnicas de redução de ansiedade que po-dem ajudar, como, por exem-plo, a meditação, exercícios de respiração, exercícios físicos e o próprio contato social para ex-por os sentimentos e falar sobre isso. Em casos mais graves, são necessários o atendimento e o acompanhamento psicológico.

Com a pandemia, o isola-mento social e o aumento das incertezas são alguns fatores que consideramos de “risco” para o surgimento de alguns proble-mas mentais. As pessoas que já possuíam algum transtorno de ansiedade ou depressão estão mais vulneráveis em relação às pessoas que não tinham essas questões de ordem mental, anteriormente. Também são

vulneráveis aqueles que já ti-nham baixa autoestima, crença de incapacidade e que não viam mais sentido na vida, e que ainda estão sozinhas durante esse pe-ríodo, sem poder ver os amigos. Essas pessoas ficam sem saber o que vai ou pode acontecer com elas.

De acordo com algumas pesquisas, as mulheres podem ser, sim, mais vulneráveis aos transtornos ligados ao estresse. Isso acontece até por conta da questão hormonal, que influen-cia no humor. Mas também não devemos esquecer que tem a questão da cobrança. Até hoje a sociedade cobra muito o ‘papel’ da mulher, a imagem dela. E com a pandemia, ela fica sobrecarre-gada com o acúmulo de papeis.

Anteriormente, a exigência vinha da parte sexual. Hoje, ela é cobrada para ser a mãe perfeita, tem que dar conta do trabalho de maneira impecável e ser boa esposa. Quando ela não atinge as expectativas sobre alguns des-ses papeis, ela acaba se sentindo frustrada, ansiosa e culpada.

Quando vivenciamos uma situação, como essa crise da COVID-19, em que a nossa pos-sibilidade de controle é inexis-tente, e que tem a morte como possibilidade real, isso pode ser um evento traumático. Com isso, a quantidade de pessoas com doenças mentais pode aumen-tar. Essa pandemia, repleta de incertezas, pode ser um desen-cadeador de outros transtor-nos mentais. Por isso, é preciso procurar ajuda o quanto antes, para que o impacto não seja tão comprometedor no futuro.

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G E R A L8 EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

uda redação

em 2020, manifestações contra oracismo se espalham pelo mundo

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ma pandemia que acontece há um bom tempo e cuja cura ainda não foi encontrada. Não estamos falando da COVID-19, mas dos inú-

meros casos de racismo que dividiram os holo-fotes com o coronavírus nas últimas semanas.

João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, morto a tiros pela Polícia Militar, no Rio de Janeiro, dentro de casa enquanto brincava. George Floyd, 46, morto sufocado por um policial de Minneapolis, EUA, após, supos-tamente, usar uma nota falsa de US$ 20 em uma loja. E Miguel Otávio de Santana, 5 anos, morto após ter sua segurança negli-genciada pela patroa de sua mãe e primeira -dama de Tamandaré, caindo do 9º andar do prédio em que ela trabalhava como empre-gada doméstica.

Todas as vítimas são negras e, por isso, o tema racismo tem sido destaque na mí-dia. No Brasil, os números relacionados à desigualdade racial são expressivos. Apesar de pretos e pardos representarem 56% da população, eles são minorias em espaços importantes: apenas 29% do grupo ocupa cargos de gerência nas empresas.

Dentre os 10% dos brasileiros com me-nor renda mensal, 75% são negros. Uma estatística ainda mais grave aponta que as chances de uma pessoa negra morrer vítima de homicídio é 2,7 vezes maior que a de um branco. De janeiro a novembro de 2019, Mi-nas Gerais registrou 384 denúncias de crimes raciais, totalizando mais de um caso por dia.

O doutor em Teoria do Direito e Ética Social e coordenador do Grupo de Pesquisa Étnico Racial e Diversidade de uma faculdade de Belo Horizonte, Luciano dos Santos, explica que casos de racismo sempre aconteceram,

porém, tem sido cada vez mais denunciados. “As pessoas racistas acreditam que são supe-riores aos negros. Essa é uma mentalidade errônea em decorrência da própria sociedade que fez essa divisão por cor de pele e de cabelo. O racismo é um transtorno social. A grande dificuldade de uma parcela da população em combatê-lo está na falta de uma mudança interior e empatia. A violência contra negros foi banalizada”.

Após a morte de George Floyd, os norte-americanos puxaram uma série de manifestações antirracistas que tem aconte-cido ao redor do mundo. “Todos esses atos são fundamentais para fortalecer a luta da população negra contra o genocídio cotidia-no. O caminho do povo negro é o grito pela liberdade, respeito e direito de ser e de viver sua vida e história, tendo as mesmas opor-tunidades da população branca. Por isso, os manifestos vêm fortalecer a luta contra o racismo e a morte de milhares de pessoas negras no EUA, no Brasil e no mundo”.

Contudo, em alguns lugares, os ma-nifestos geraram quebradeira, prisões e até mortes. “Sou contra todas as formas

de violências. Mas, ao analisar a morte de George Floyd, as pessoas negras reagiram ao absurdo do fato numa sociedade que é marcada fortemente por atitudes racistas. O dia em que não houver mais racismo e o genocídio negro, com certeza, não haverá a prática da violência como os protestos que estão ocorrendo nos EUA”.

Ele acrescenta que a população negra está cansada de ver os fatos se repetirem todos os dias. “É fácil criticar, entretanto, difícil é se colocar no lugar e na dor do outro. As pessoas negras não devem ser julgadas pelos seus protestos, pois estão em seu direito, ou seja, ‘decidi não mais servir e sereis livres’”.

privilégio branco“Acesso à educação de qualidade,

não morar em área de risco, não sofrer preconceito pela cor da pele, não ter dificuldades de criar laços de amizade, acesso ao sistema de saúde particular, não enfrentar violência policial direta, maiores oportunidades às vagas de emprego, etc, são alguns dos privilégios que os brancos

têm na sociedade. No Brasil, o racismo é um fato generalizado que está vinculado ao preconceito de marca, baseado na cor da pele. Ele estrutura as relações cotidia-nas e de poder, gerando continuamente os privilégios para as pessoas brancas”, explica Santos.

Ele esclarece que o privilégio branco é uma herança da escravidão e se tor-nou, historicamente, um fator silencioso e naturalizado nas relações humanas, condicionando os negros às péssimas condições de vida. “Ele impede o reco-nhecimento afetivo, jurídico e solidário com a população negra em nosso país”.

O especialista afirma que a compreensão desses privilégios é fundamental para os mo-vimentos negros e para a sociedade civil que reconhece essa forma de injustiça histórica perpetrada desde o período da escravidão. “Não podemos concordar com um Estado Democrático de Direito fundado em privilé-gios, mas sim construído a partir da igualdade perante a lei, conforme os direitos fundamen-tais e sociais presentes na Constituição Federal brasileira de 1988”.

Ele ressalta que pessoas brancas têm um papel a ser exercido na luta antirracista e que passa pelo reconhecimento afetivo, jurídico e solidário. “Somos uma sociedade em sua di-versidade cultural, porém somos todos ‘filhos e filhas’ da mãe terra. Os indivíduos brancos devem se comprometer para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. É preciso despertar deste status quo de violência física e verbal contra a população negra no Brasil e no mundo. Ninguém nasce racista. É um aprendizado reproduzido na sociedade. Assim, precisamos repensar a nossa educação e a nossa relação com as pessoas não mais pela cor da pele, mas pelo direito de ser e de viver”.

soluçõesSantos considera que o ser humano pode

modificar a sua forma de pensar e de agir para que o racismo seja eliminado. “Infelizmente, onde existir a espécie humana haverá a pos-sibilidade de comportamentos racistas. Há muitos caminhos traçados na sociedade como os movimentos negros e o estudo da cultura afro-brasileira em nossas escolas. O Grupo de Pesquisa Étnico Racial e Diversidade no qual participo, por exemplo, foi criado para a superação do racismo e reconhecimento da di-versidade sexual, cultural, política e religiosa”.

Ele acredita no caminho da educação, do reconhecimento nas esferas do afeto, do direito e da solidariedade. “Todas as institui-ções devem se unir e trabalhar para que esses comportamentos não sejam aceitos. É uma conscientização em massa e permanente. É preciso se permitir ao reconhecimento recí-proco e vencer o privilégio branco por meio de oportunidades. As crianças aprendem com os adultos. Assim, os adultos devem modificar as suas atitudes, caso carreguem consigo, o sentimento racista de superioridade”.

miguel, 5 anos; joão pedro, 14; george Floyd, 46. todos negros e mortos brutalmente

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G E R A L 9EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

da redação

déficit previdenciário de minas gerais é r$ 500 milhões

superior ao do ano passado

O déficit do governo de Minas Gerais com a Previdência dos ser-vidores foi de R$ 6,580 bilhões, nos cinco primeiros meses de 2020. Isso significa que somente as contribuições atuais dos funcionários públicos e a contrapartida do empregador não foram suficientes para cobrir as despesas previdenciárias. Por isso, esse montante teve que ser aportado pelo Tesouro Estadual para pagar as aposentadorias e pensões. Esse valor é R$ 500 milhões superior ao déficit registrado no mesmo período de 2019, que foi de R$ 6,080 bilhões.

Os déficits previdenciários, ou seja, a diferença entre o que o estado arrecada de contribuições e o que gasta, têm crescido exponencialmente, saltando de R$ 6,11 bilhões em 2011 para R$ 18,6 bilhões, em 2019. Para 2020, o déficit previdenciário previsto é de R$ 19,1 bilhões. Se nenhuma medida para conter esse ritmo for adotada, a estimativa é o déficit acumulado no período 2019-2022 atinja R$ 78 bilhões.

O gasto a mais do Tesouro com a Previdência representa um impacto significativo na Receita Corrente Líquida (RCL), que é o recurso que efetivamente fica no caixa do estado. De janeiro a maio de 2019, o déficit representou 22,3% da RCL. Em 2020, nos cinco primeiros meses, esse impacto foi maior: 23,7%. Em todo o ano de 2019, o impacto foi de 29% da RCL.

rombo

O tamanho do rombo reforça a necessidade da implemen-tação da reforma da Previdência estadual, conforme atesta o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa.

“A questão da Previdência vem se agravando, ano após ano, faz muito tempo, em função de o sistema previdenciário não acompanhar a mudança demográfica (o aumento do número de aposentados). Sem o impacto causado pela Previdência, o estado teria registrado sucessivos superávits fiscais, nos últimos anos. Praticamente um terço da nossa RCL é consumido pelo déficit previdenciário. Esse recurso do Tesouro que é utilizado para cobrir a diferença poderia estar sendo direcionado para áreas como Saúde, Segurança e Educação”, afirma Gustavo Barbosa.

De acordo com o secretário, a reforma preparada pelo governo mineiro segue a proposta adotada pela União. “É preciso deixar claro que a reforma não tem a pretensão de zerar o déficit. Mas ela é necessária para que, a curto, médio e longo prazos, esse problema gigantesco seja mitigado e mais recursos possam ser utilizados nas políticas públicas e até mesmo no pagamento dos salários dos servidores”, ressalta.

Estudo mostra que 60% dos brasileiros commais de 45 anos já refletiram sobre a morte

A pandemia do coronaví-rus está transformando vários aspectos sociais, fazendo as pessoas re-

pensarem – ou começarem a pensar – sobre temas que estavam esquecidos ou que eram difíceis de refletir e, entre eles, a morte é um dos que estão mais presen-tes. A pesquisa “Plano de Vida & Legado”, feita pela startup Janno em parceria com a MindMiners, mostrou que 60% dos brasileiros com mais de 45 anos já refletiram sobre o assunto.

Com o distanciamento social e os números crescentes de mor-tes causadas pela COVID-19, os brasileiros começaram a pensar o tema e, conforme a idade passa, fica cada vez mais fácil falar: 47% entre 45 e 54 anos; 38% entre 55 e 64 anos; e 31% entre os 65+. Além disso, 54% com mais de 45 anos se identifica com a afirmativa: eu me preocupo com o que vou deixar (patrimônio ou dívidas) para meus filhos e familiares quando não estiver mais aqui.

“Aquela hipótese de que as pessoas mais velhas não gostam de falar sobre a morte não foi comprovada na pesquisa. Quanto mais lidamos com a possibilidade de morrer, mais fácil fica de falar e pensar sobre o assunto”, explica Layla Vallias, cofundadora da Jan-no e coordenadora da pesquisa.

Longevidade e finitude tam-bém foram temas que vieram à tona neste momento. Sete em cada 10 entrevistados com mais

de 60 anos afirmam que estão refletindo mais sobre a finitude du-rante a pandemia; quatro em cada 10 estão com medo de morrer; e dois em cada 10 começaram o pla-nejamento de fim de vida durante o distanciamento social. “Todos os dias vemos nos jornais a morte estampada com os números de vítimas da COVID-19 e isso faz com

que, consequentemente, passa-mos a pensar mais sobre isso. Para se ter uma ideia, o Google registrou um aumento de 75% nas buscas da palavra ‘testamento’. Ou seja, além de pensar, os brasileiros também estão se planejando”.

Sobre as “vontades”, 60% com mais de 45 anos afirmam que querem morrer em casa; 13% em

hospice (com cuidados especiais de tratamento de fim da vida); 13% em hospital, mas não UTI; 4% em casa de repouso (ILPI); e 2% na UTI.

Ademais, seis em cada 10 bra-sileiros com 45+, que já refletiram sobre a morte, sabem quais são os desejos de final de vida: 70% já conversaram sobre os ritos funerá-rios com familiares e amigos próxi-mos; metade já falou sobre como querem ser cuidados em caso de doença terminal. Entretanto, nesse assunto falta à reflexão sobre a ela-boração (pessoal e financeiro) para essa etapa da vida, 80% de quem tem mais de 45 anos não registra-ram os seus desejos, por exemplo. “Os brasileiros acreditam ser im-portante organizar documentos, testamento e plano funeral, mas apenas poucos já começaram efetivamente esse planejamento”.

Morte ainda é tabu

Embora seja um tema frequen-temente abordado pelas religiões e artes, a morte não chega facil-mente à mesa do jantar, como também demonstra o estudo. Segundo a pesquisa, sete em cada 10 brasileiros ainda consideram a morte um tabu.

Layla diz que as pessoas, de um modo geral, não falam sobre o as-sunto, pois é algo que causa medo. “Há o receio do que virá após a vida e pensar que somos finitos traz a responsabilidade do hoje. Por isso, pensar sobre a morte, seja a nossa ou de quem é querido, dói muito e deixamos isso sempre para o futuro”, finaliza.

“Quanto mais lidamos coma possibilidade de morrer,

mais fácil fica de falar epensar sobre o assunto”

Pequenos empresários mineiros terão apoio deR$ 100 mi com adesão do Sicoob Credifiemg

Desde o dia 10 de junho, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio do Sicoob Credifiemg, passou a inte-grar oficialmente a iniciativa Estímulo 2020, que irá oferecer R$ 100 milhões para as pequenas empresas do estado. Com esse valor, a versão mineira do movimento multiplicará em até cinco vezes o montante aportado para oferecer crédito barato e facilitado aos pequenos empresários.

Lançado no mês passado, em São Paulo, o projeto já arrecadou R$ 130 milhões em doações de empresas e pessoas físicas para ajudar os negócios mais afetados pela crise da COVID-19. “A Fiemg, como entidade representativa, atuou como articuladora para impulsionar o movimento. Lideramos uma ação de mobilização que trouxe grandes empresas para essa parceria, que ajuda a movimentar a economia mineira e brasileira nesse momento de restrições”, explica o presidente da federação, Flávio Roscoe. Os valores levantados com grandes empresas mineiras serão aplicados na Sicoob Credifiemg, que disponibilizará cinco vezes mais ao mercado em linhas de crédito.

“A entrada da Fiemg é um marco não ape-nas para a trajetória do Estímulo 2020, mas também para a história do empreendedorismo e do cooperativismo no Brasil. Com essa par-ceria, e os recursos que ela foi capaz de trazer, mudamos o patamar da ajuda que estamos oferecendo aos pequenos negócios mineiros. Esperamos que esse anúncio de hoje estimule novas adesões para que possamos ampliar nossa atuação para outros estados, além de São Paulo e Minas Gerais”, afirmou Eduardo Mufarej, fundador do RenovaBR e do fundo de investimento de impacto GK Ventures, que mobilizou sua equipe para viabilizar o projeto.

O Estímulo 2020 é um movimento espon-tâneo da sociedade civil criado para ajudar os pequenos negócios a atravessar o período mais agudo da crise. Em uma plataforma totalmente digital, o objetivo é oferecer capital de giro no valor equivalente a até um mês de faturamento das empresas, com juros de 7% ao ano, carência de 3 meses para o principal e pagamento em até 15 vezes. A iniciativa é 100% privada e reúne executivos, empresários, artistas, empreendedo-res sociais e empresas que contribuíram com os recursos financeiros e vão oferecer gratuitamente todos os conteúdos de capacitação, em temas como Educação Financeira, Gestão, Empreendedo-rismo, Inovação e Design, entre outros. Inspirada nos relief funds americanos, o Estímulo 2020 é a primeira iniciativa do gênero no Brasil, em que entidades privadas e pessoas físicas oferecem

socorro a empreendedores em dificuldades. Em Minas, o projeto contou com o apoio de Fiemg, Codemge, Energisa, Grupo Ferreira Lopes, MRV, Banco Inter, Localiza, Supermercados BH, BMG, ArcelorMittal, Construtora Barbosa Mello, Banco Máxima, Entre Investimentos, Pif Paf, Direcional, Banco BS2, Bamaq, Afya, Una, Uni BH e Mater Dei, entre outros.

Para Eugenio Mattar, CEO da Localiza, uma das apoiadoras do projeto, a chegada do Estímulo 2020 a Minas Gerais faz parte da evolução natural da iniciativa. “Sempre acreditamos e apostamos no potencial do pequeno empresário mineiro. Agora vamos ajudá-los a seguir fazendo o que sempre fizeram: gerar riquezas e criar empregos no nosso estado”, afirmou. O empresário Rubens Menin, CEO da MRV Engenharia, que também se juntou ao grupo de apoiadores, destacou o papel de Minas no cenário nacional. “O empreendedo-rismo do estado sempre foi reconhecido no Brasil, por tantas empresas que nasceram e cresceram aqui. Queremos reduzir o impacto da pandemia para que os pequenos negócios continuem sendo reconhecidos como um verdadeiro patrimônio dos mineiros”, disse.

Para ter acesso ao auxílio financeiro e aos demais benefícios da plataforma, os interessa-dos devem se cadastrar no site https://www.estimulo2020.org/home-mg/ e completar um curso on-line de educação financeira. Além de solicitar o crédito, todos poderão consumir gratuitamente os conteúdos da plataforma, que inclui cursos, palestras e atividades de mentoria para os negócios, oferecidas pelos organizado-res. Os critérios de concessão vão considerar indicadores operacionais e histórico das em-presas solicitantes. O movimento continua captando doações e atraindo novos parceiros no mercado e pretende anunciar aportes para

outras regiões, com novos valores, de acordo com as adesões. Os pedidos serão processados a partir de 15 de junho.

“Graças ao engajamento de empresas e em-presários locais pudemos colocar essa iniciativa de pé e agora, com a chegada da Fiemg e do Sicoob Credifiemg, contamos com muito mais recursos para socorrer os pequenos negócios do estado. São empreendedores mineiros ajudan-do outros empreendedores mineiros. E nós não vamos parar por aqui, queremos ampliar nossa atuação para apoiar empresas Brasil afora. Por exemplo, outros estados e empresas estão desde já convidados a desenvolver seus próprios modelos usando nossa plataforma tecnológica”, afirmou Pedro Faria, sócio da Tarpon, outra importante apoiadora do Estímulo 2020.

balanço

Após pouco mais de um mês de atividade, o Estímulo 2020 já concedeu créditos para cerca de 250 empresas de 14 setores. A média dos valores emprestados é de 25 mil reais e os segmentos mais beneficiados até aqui foram: varejo, ali-mentação e serviços. Em geral, os recursos são usados para capital de giro, principalmente para pagamentos de funcionários e fornecedores.

Flávio roscoe: “lideramos uma açãode mobilização que trouxe grandes

empresas para essa parceria”

coordenação: GK Ventures

Apoiadores: Fiemg, Codemge, Ener-gisa, Grupo Ferreira Lopes, MRV, Banco Inter, Localiza, Supermercados BH, BMG, ArcelorMittal, Construtora Barbosa Mello, Banco Máxima, Entre Investimentos, Pif Paf, Direcional, Banco BS2, Bamaq, Afya, Una, Uni BH e Mater Dei

realização: Biz Capital, BMP Money Plus, Grafeno Digital, iugu, Pinheiro Neto Advogados, Neoway e Sicoob Credifiemg

parceiros: Capitalismo Consciente, Efforts, Fundação Arymax, Galápagos, Ibmec, Pílula Filmes, Rede Mulher Empre-endedora, Serasa Experian e Stone

soluções para o empreendedor: Cora, Loja Integrada, Omie, Resultados Digitais e Unicesumar

comunicação: Africa

Quem faz oEstímulo 2020 em MG

secretário de estado de Fazenda, gustavo barbosa

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C I D A D E S10 EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

O prefeito Antônio Almas (PSDB), durante live no dia 8, divulgou o primeiro boletim com perfil epi-demiológico dos casos confirmados de COVID-19 na cidade. Os dados são do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea) da Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).

Das 727 pessoas que testaram positivo para doença, 383 são mulheres e 344 homens. Em relação à faixa etária, foram registrados três casos em bebês com até um ano (0,41%), 15 em crianças de um a nove anos (2,18%), 13 em adolescentes de 10 a 19 anos (1,78%), 112 em jovens com 20 a 29 anos (15,40%), 196 em adultos com 30 a 39 anos (26,96%), 149 entre 40 e 49 anos (20,49%), 103 entre 50 e 59 anos (14,16) e 136 idosos (18,70%).

Em relação à região, oito bairros de Juiz de Fora apresentam maior número de casos confirmados regis-trados na Vigilância. São eles: Centro (61), São Mateus (43), São Pedro (29), Bom Pastor (22), Alto dos Passos (18), Cascatinha (14), Santa Helena (14), Santa Luzia (13). Para esse informativo foram levantados números absolutos, o que significa que o dado não é baseado em incidência, quando é levado em consideração, por exemplo, o número de residentes de determinada área.

Durante a transmissão on-line, o prefeito também revelou o número de casos confirmados, suspeitos e mortes, que pode ser conferido no site covid19.pjf.mg.gov.br/boletim.php, divulgado diariamente pela PJF, através de sua página especial para informações sobre a COVID-19 no município. No anúncio destes números foi ressaltado que todos os dados presentes no boletim epidemiológico são referentes a residentes de Juiz de Fora.

testes realizados pela uFjF

O chefe do Executivo também informou que a Universidade Federal de Juiz de Fora já entregou 984 laudos de testes para diagnóstico de COVID-19 ao Dvea. Deste total, 197 deram positivos. Os exames realiza-dos pelos dois laboratórios da instituição passaram a constar no boletim epidemiológico no município desde 30 de abril.

O material é coletado por quatro equipes, fruto da parceria da PJF com a UFJF, e transportado nas condições adequadas para os dois laboratórios, um no Instituto de Ciências Biológicas e outro na Faculdade de Farmácia. Ambos passaram por inspeção da Vigi-lância Sanitária e foram devidamente credenciados, recebendo alvará para o funcionamento e efetuação dos testes.

shoppings e galerias

As atividades que estão previstas na “onda ver-de” do programa “Minas Consciente”, do governo estadual, foram liberadas em shoppings e galerias. Contudo, o prefeito reforçou que somente os serviços essenciais estão autorizados: “O decreto estadual permite que apenas algumas atividades funcionem nos shoppings e galerias. Mas não foram abertos todos os serviços, e a fiscalização da Prefeitura de Juiz de Fora vai atuar neste sentido”. Ele também informou que, no momento, ainda não há possibi-lidade de Juiz de Fora passar para a “onda branca” do Minas Consciente.

conta de luz em minas geraisteria aumentado indevidamente

Segundo a Cemig, casos seriam exceçãoAumentos nas contas de luz de

consumidores de diversos municí-pios mineiros, inclusão de nomes de inadimplentes em órgãos de proteção ao crédito e interrupção do fornecimento de energia elétrica. Es-sas foram algumas das reclamações levantadas, no dia 9, em audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que debateu a gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) no contexto da pandemia de COVID-19.

O advogado Frederico Justino Te-otônio, representando o Movimento Contagem Maior, deu exemplos de consumidores do referido município, na região metropolitana de Belo Horizonte, que tiveram aumentos exorbitantes na conta de energia. Ele citou dois casos. Em um deles, hou-ve aumento de 342% (de uma conta de R$ 131 para outra de R$ 583,29).

No outro exemplo, o aumento foi ainda maior. O consumidor pagava R$ 66,20, e a cobrança seguinte foi de R$ 543,49, uma variação de 720%. “Não há dúvidas de que hou-ve erros em procedimentos de leitura e faturamento de contas”, enfatizou.

O deputado Carlos Henrique (Republicanos) destacou que ele já sabia de reclamações nesse sentido e também se sentiu lesado com o aumento da conta de luz da sua residência. “Mesmo ficando mais em casa com a pandemia, a fatura que

vinha em torno de R$ 200 passou para cerca de R$ 500, o que não se justifica”, relatou. Ele disse que solicitou revisão e foi atendido.

Também destacou diversos casos de aumento na fatura de energia o presidente da comissão, deputado Rafael Martins (PSD). Ele acrescentou que apenas o seu gabinete encami-nhou 20 pedidos de explicação à Cemig referentes a esses aumentos, sendo que não houve nenhuma revisão das faturas.

O parlamentar enfatizou que são graves essas reclamações, em um momento de insegurança trazido pela pandemia. “As pessoas estão perdendo renda neste momento e não sabem se conseguirão arcar com a despesa”, disse.

Inadimplência O coordenador-geral do Espaço

Cidadania, que inclui o Procon Assem-bleia, Marcelo Barbosa, relatou que a Cemig não está cortando a energia de inadimplentes durante a pandemia, mas está colocando os nomes nos ór-gãos de proteção ao crédito. Segundo ele, essa medida impede até mesmo que o consumidor tenha acesso a crédito durante a pandemia.

Na audiência, solicitada pelos mem-bros efetivos da comissão, foram aprova-dos requerimentos com pedidos de in-formação ao presidente da Cemig sobre aumento das contas e inadimplência.

interrupção de energiaO deputado Ulysses Gomes

(PT) destacou que há relatos de 19 municípios do Sul de Minas, que têm sofrido com a interrupção do fornecimento de energia elétri-ca, sobretudo, no fim do dia. Ele acrescentou que moradores dessas cidades também relataram que pi-cos de energia estão queimando equipamentos elétricos e causam prejuízos.

Já o deputado Guilherme da Cunha (Novo) questionou a Cemig sobre o número de registros de con-testações de fatura. Também apre-sentaram perguntas à Cemig sobre contas de energia para pessoas de baixa renda os deputados Carlos Pi-menta (PDT) e Celise Laviola (MDB).

Representante da Cemig des-taca que leitura com aumento exorbitante é exceção

A superintendente de Proteção da Receita da Cemig, Silvia Cristia-ne Martins Batista, enfatizou que os exemplos citados de aumento significativo na fatura de energia devem ser analisados caso a caso e que eles são exceção.

Conforme relatou, na última semana de março, diante do con-texto de pandemia e para preservar clientes e trabalhadores, a Cemig, em vez de fazer a leitura nas residên-cias, optou por fazer uma média dos últimos 12 meses para quatro blocos

de consumidores. “Mesmo assim, para 80% dos clientes, a leitura e faturamento ocorreram de forma normal”, disse.

Essa média, segundo partici-pantes da reunião, contribuiu para o aumento da fatura, uma vez que incluiu os meses de dezembro e janeiro, período de festas, férias e calor, com a presença de mais pessoas em casa e com uso de equipamentos para refrescar.

De acordo com Silvia, em 1º de abril, as leituras presenciais foram retomadas para todos os clientes a partir de um protocolo elaborado e de treinamento dos leituristas sobre como devem proceder du-rante a pandemia. Ela também explicou que automaticamente houve um acerto em relação ao cálculo da média, já inserido na fatura seguinte.

Outra informação prestada pela superintendente diz respeito à estatística de erros de leitura por parte da companhia, o que fica em torno de um erro para cada 10 mil leituras/mês. Silvia destacou também que, em 2019, foram cerca de 10 mil reclamações/mês sobre faturas. Esse número se manteve nos primeiros meses de 2020, o que representa 0,1% dos consumidores.

A superintendente enfatizou que já é possível perceber aumen-to da inadimplência por causa da pandemia. Ela acrescentou que a

Cemig tem regras especiais para pessoas de baixa renda e micro-empresários poderem parcelar va-lores em atraso neste momento.

Sobre os problemas relatados em municípios do Sul de Minas, Silvia disse que vai analisar os casos citados.

tarifa social de energia A superintendente explicou

como funciona o benefício, que pre-vê isenção da taxa de até 220 KWh de consumo para pessoas de baixa renda cadastradas. Quase 800 mil consumidores recebem esse benefí-cio em Minas, como contou.

Ela disse que, mesmo que con-sumam acima de 220 KWh, não perdem o benefício. Nesse caso, o cliente paga a tarifa normal sobre o excedente.

Silvia acrescentou que, durante a pandemia, se o consumidor não quiser receber o leiturista, uma opção é ele próprio fazer a leitura e informar a Cemig em até cinco dias antes da data que vem registrada na fatura. Ela divulgou o número 3506-1160, pelo qual por meio de WhatsApp o cliente pode entrar em contato com a companhia e informar a leitura, além de outros serviços disponíveis.

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Juiz de Fora divulga primeiro boletim com perfil epidemiológico de casos confirmados da COVID-19

Prefeito Antônio Almas

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Municípios afiliados podem enviar fotose textos para o projeto “circuito Amm”

Em tempos de pandemia, os municípios afiliados à Associação Mineira de Mu-nicípios (AMM) podem enviar fotos das particularidades de cada região e um

breve texto, descrevendo as curiosidades e as atrações turísticas locais de cada um. Elas serão postadas nas redes sociais da associação, dentro do projeto “Circuito AMM”, que busca proporcio-nar mais um espaço aos municípios para mos-trarem suas atrações turísticas e curiosidades locais, incentivando a visitação pós-pandemia e fomentando o turismo mineiro.

O projeto Circuito AMM visa a publicação no Instagram e Facebook da associação todas as segundas, quartas e sextas- feiras.

As prefeituras afiliadas à Associação que quiserem mostrar um pouco das suas cidades nas redes sociais da AMM, devem enviar 5 fotos que mostrem o município, um pequeno texto descrevendo as principais atrações, chamando os turistas para conhecerem cada pedacinho de Minas; O envio das fotos deve ser feito pela administração municipal, para o e-mail [email protected].

Para o coordenador de Comunicação da AMM, Lu Pereira, o projeto visa mostrar um pouco dos municípios de Minas por meio das redes sociais da entidade. “Vamos tentar retratar a beleza, a natureza, a cultura, o turismo de Mi-nas com essas particularidades dos municípios. Nesse momento de isolamento, todos terão a oportunidade de fazer uma pequena viagem pelas Gerais”, conclui.

“Vamostentar

retratar abeleza, anatureza,a cultura,o turismode Minascom essas

particularidadesdos municípios”

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C I D A D E S 11EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

PA U L O C E S A R P E D R O S AQuem sAbe, sAbe Advogado & jornalista

PROTEJA NOSSAS CRIANÇAS. EM CASO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE. TELEFONE: 0800-311119

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mtur ApresentA protocolos pArA retomAdA do setor

comércio com preÇos bAiXos

jogAdores no brAsil gAnHAm pouco

O Ministér io do Tur ismo (MTur) divulgou os protocolos sanitários recomendados para 15 segmentos turísticos que de-sejam solicitar o selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”. A expectativa é de que a adoção das medidas contribua para a retomada do setor ao atender as

novas exigências do turista cada vez mais atento à questão da segurança e higiene. Estão dis-poníveis protocolos para: meios de hospedagem; agências de turismo; transportadoras turísti-cas; organizadoras de eventos; parques temáticos; acampamen-tos turísticos; restaurantes, cafe-

terias, bares e similares; parques temáticos aquáticos; locadoras de veículos para turistas, guias de turismo, entre outros. O selo cria-do pelo Ministério do Turismo é gratuito e será utilizado em todo o Brasil, sendo um diferencial extre-mamente relevante nesse “novo” turismo. (Informações: MTur)

Após quase 3 meses fechado devido à pandemia do corona-vírus, o comércio de Belo Hori-zonte está voltando a funcionar gradativamente, o que é muito bom para os empresários e os consumidores. Mas o momento é de todos se reinventarem para

sobreviver em meio a uma crise sem precedentes. Quem não reduzir os preços ou fazer pro-moções, não conseguirá vender produtos, porque o dinheiro está circulando pouco. Responsáveis por fazer a roda do comércio girar, os consumidores estão

duplamente desconfiados. Pri-meiro, que muita gente teme a infecção e continua evitando sair de casa e, segundo, quem vai sair gastando no comércio e correr o risco de se endividar sem a garantia de que o trabalho será mantido?

Uma pesquisa realizada pela consultoria Esporte Executivo, em parceria com a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), revelou que 75% dos jogadores brasileiros recebem sa-lários abaixo de R$ 7 mil mensais. Destes, a maior parte ganha até R$ 2 mil, e 37% entre R$ 2 mil e R$ 7

mil mensais. Os supersalários são raros: apenas 10% dos atletas do futebol brasileiro recebem mais de R$ 40 mil. O estudo ouviu mais de 500 atletas de todos os estados e divisões, e tem margem de erro de 5%. A Esporte Executivo e a Fenapaf também realizaram uma pesquisa para saber a opinião dos jogadores

brasileiros sobre a volta do futebol no atual momento da pandemia. No Brasileiro da Série A, 55% dos atletas se disseram a favor de reto-mar as atividades, enquanto 45% foram contra. Quem pensa que todo jogador de futebol é bem-sucedido financeiramente está enganado, principalmente no Brasil.

c A n A l A b e r t o

uberlândia no caminho certo da universalização do saneamento básico

Uberlândia é a única cidade de Minas Gerais, pelo terceiro ano consecutivo, a figurar na lista de mu-nicípios brasileiros de grande porte com as melhores pontuações do Ranking Abes da Universalização do Saneamento Básico, sob a respon-sabilidade da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária Ambiental (Abes), edição de 2020. O levan-tamento divulgado aponta que a cidade integra a categoria Rumo à Universalização, destinada àquelas que atingiram mais de 489 pontos dentro dos índices de saneamento.

O número foi alcançado ape-nas por 40 municípios do Bra-sil. Uberlândia alcançou 494,93 pontos nestes indicadores dentro de 500 possíveis. Na edição de 2019, o município havia atingido 493,40 pontos.

Na composição do ranking, a pesquisa avalia os dados disponi-bilizados pelo Sistema Nacional de Informações de Saneamento (Snis) de 2018, do Ministério das Cidades. Foram avaliados os serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta de resíduos e destinação adequada de resíduos sólidos.

Nos quesitos tratamento de esgoto e destinação adequada de resíduos sólidos, Uberlândia aten-de a população em 100%. Já em relação ao abastecimento de água, a cidade alcançou 98,39% e, em relação à coleta de esgoto, 100% do esgoto recolhido é tratado e 97,86% dos imóveis contam rede de esgoto. Os 2,14% restantes referem--se aos setores de chácaras, cujos proprietários são responsáveis por garantir infraestrutura nestes locais, conforme a lei de parcelamento de solo do município (Lei municipal 253/2011 e suas alterações).

Investimento contínuo

Os bons índices apontados no ranking decorrem dos inves-timentos contínuos por parte do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) na melhoria dos serviços prestados à população. Mais de R$ 385 milhões já foram investidos no sistema de abasteci-mento e esgotamento sanitário de 2005 até agora.

O saneamento e a qualidade da água são prioridades da prefei-tura para Uberlândia, uma vez que novos investimentos, empregos

e qualidade de vida decorrem destas iniciativas. Exemplo destas ações é a obra do Sistema Capim Branco, em construção às margens do Rio Araguari. Previsto para ser concluída em setembro, o sistema será interligado às estações já exis-tentes – Sucupira e Bom Jardim – e vai garantir abastecimento para 1,5 milhão de pessoas.

Como é feita a pesquisa

O Ranking Abes da Univer-salização do Saneamento é um instrumento de avaliação do setor no Brasil. Ele apresenta o percen-tual da população das cidades brasileiras com acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta de resíduos sólidos e o quanto desses resíduos recebem destinação adequada. Dessa ma-neira, permite identificar o quão próximo os municípios estão da universalização do saneamento, ou seja, próximo dos 100%. Ao todo foram analisados dados de 1.857 municípios, divididos em quatro categorias, segundo a pontuação.

rumo à universalização

A universalização do acesso aos serviços de saneamento básico é uma meta do Plano Nacional de Saneamento Básico que visa garantir abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação de resí-duos sólidos a 100% da população. Conforme o ranking Abes, os mu-nicípios classificados no “Rumo à Universalização” estão mais próxi-mos de atender toda a população, enquanto na outra ponta da tabela aparecem “Primeiros passos para a Universalização”, cujas localidades estão abaixo de 200 pontos (dos 500 possíveis).

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prefeitura de contagem apresentaplano para retomada da coleta seletiva

Com intuito de apresentar o plano de retomada das atividades de coleta seletiva no município, a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), realizou encontro, na semana passada, com representantes da Associação Rede Solidária de Contagem (Coopercata) e da Associação de Catadores Autônomos de Materiais Recicláveis de Contagem (Asmac).

A reunião ocorreu no Galpão de Triagem do Bairro Perobas e seguiu as normas sanitárias e medidas de segurança à saúde pública, respeitando as regras de distanciamento social em razão da pandemia da COVID-19. Foi apresentado aos catadores os protocolos de segurança e o plano de retomada das atividades de coleta seletiva no município, contidas na Portaria Semad nº 05 de 20 de maio de 2020.

Com isso, o serviço de coleta seletiva voltará a ser executado e contará com todas as regras de segurança sanitária para a proteção dos envolvidos no processo, desde a coleta, transporte, triagem e destinação final.

De acordo com a Superintendência de Planejamen-to em Resíduos Sólidos (Supres), nos próximos três meses estão previstas a ampliação da Coleta Seletiva

em aproximadamente 115 quilômetros de vias da cidade, no Projeto Porta a Porta.

O atendimento contemplará os bairros Balneário Ressaca, Parque Turista, São Gotardo, Parque Recreio, Santa Luzia, Jardim Riacho, Flamengo, Novo Eldora-do, Alvorada, Europa e Nacional. “Essas ampliações objetivam a atingir as metas previstas no Plano Mu-nicipal de Coleta Seletiva”, disse o Superintendente de Planejamento em Resíduos Sólidos da Semad, João Batista de Lima Filho.

reunião aconteceu entre representantes dasemad e de associações de catadores de materiais

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encontro de amigos

Macoud Patrocínio eMarcelo de Souza e Silva

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Aeroporto industrial é projeto inédito no país. O Ae-roporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, anunciou a primeira empresa que irá operar dentro do Aeroporto Industrial, um projeto inédito no país que será inaugurado em breve. A Clamper é fabricante de itens eletrônicos e, até então, tinha sua unidade fabril em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. Há uma expectativa de atração de cerca de 250 empresas, ao longo dos próximos anos, o que tende a gerar milhares de empregos e renda. O proje-to contempla áreas comuns, como vestiário, business center, refeitório, entre outros. Ao manufaturar seus produtos dentro do Aeroporto Industrial, as empresas terão os benefícios das isenções fiscais. Além disso, terão a facilidade de importar matérias-primas e exportar sua produção utilizando o modal aéreo para acessar mercados internacionais e nacionais de forma rápida, eliminando o custo e o risco com o transporte rodoviário em seus processos logísticos.

Informações: Agência Minas

poluição do ar cai em bH com o isolamento. O isolamento social ajudou muito na redução de emissões atmosféricas e, consequentemente, para a melhoria da qualidade do ar em Belo Horizonte, revela estudo divulgado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam), com base em dados de março e abril de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. A paralisação, a restrição, a suspensão e a redução de algumas ativi-dades contribuíram para a diminuição na circulação de veículos em BH e redução de 45% do material particulado fino (PM2,5) lançado na atmosfera, con-forme medição realizada na Estação PUC São Gabriel. A professora Taciana Toledo, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), destaca que o trá-fego de veículos é a principal fonte de poluentes nas grandes capitais e, por isso, o poder público deveria investir em mobilidade urbana.

Fonte: UFMG

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E S P O R T E12 EDIÇÃO DO BRASIL13 a 20 de junho de 2020

da redaçãoda redação

[email protected]

sérgio moreirA

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rivais nas arquibancadas, torcidas mineiras seunem em protestos contra o fascismo e o racismo

A rivalidade entre cruzeirenses, atleticanos, americanos, corinthia-nos e outros torcedores de times de futebol tem ficado em segundo plano nos últimos finais de semana na capital mineira. As torcidas têm se unido e ido às ruas e praças de Belo Horizonte, anteriormen-te ocupadas por manifestantes pró-governo, para protestar contra o racismo e o fascismo no Brasil.

Um desses exemplos é o Grê-mio Associado e Recreativo Re-sistência Alvinegra, torcida an-tifascista do Atlético. Criado em 2019 por uma turma de amigos atleticanos, o movimento define-se como uma torcida organizada que vai além de apoiar o Galo. “A criação foi motivada pela falta de posicionamento de outros grupos com relação às bandeiras que encaramos como fundamentais para o bem-estar social. Nós luta-mos contra o fascismo, racismo, machismo, homofobia e xenofobia dentro e fora dos estádios. Além desse combate de lutas sociais, defendemos também a democra-tização do futebol enfrentando o dito ‘futebol moderno’”, afirma um dos membros da diretoria da Resistência Alvinegra, que terá sua identidade preservada.

Sobre o estopim para ir às ruas, o atleticano não vê um fator isolado. “Vejo que foi o acúmulo de todas as decisões arbitrárias do governo. A descrença na ciên-cia, a divulgação da reunião que comprova que o presidente só está preocupado em salvar sua família, a fala do ministro Salles sobre

aproveitar uma pandemia para flexibilizar ainda mais as leis am-bientais, as declarações absurdas do Weintraub e Damares”, ressalta.

Além do tom crítico ao go-verno federal, os registros das manifestações mostram cartazes como “Vidas negras importam” e “Justiça por Miguel”, lembrando os recentes assassinatos de Geor-ge Floyd, 46, nos Estados Unidos, e do garoto João Pedro Mattos Pinto, 14, no Rio de Janeiro, por

policiais e a morte do menino Miguel Otávio de Santana, 5, filho de uma funcionária doméstica, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio de luxo no Recife,

enquanto estava sob os cuidados da patroa da mãe, Sari Corte Real.

“As torcidas organizadas, por serem formadas majoritariamente pela classe trabalhadora e por já

estarem acostumadas a serem marginalizadas, foram os primeiros movimentos a criarem coragem de ir à rua nesse momento tão con-turbado e contraditório da nossa história. Defendemos o isolamento social, mas, conforme frisamos, a assustadora escalada do fascismo nos assusta tanto quanto a letali-dade da COVID-19. Orientamos os manifestantes a seguirem todas as recomendações da Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS),

com algumas medidas até mais rigorosas que as do órgão. Mas, não poderíamos cruzar os braços nesse momento de ameaça à nos-sa democracia. A nossa oposição estava muito acomodada, sentin-do-se dona das ruas”, defende.

O grupo rechaça os comentá-rios que defendem que política e futebol não devem ser misturados. “A pessoa que acredita que futebol e política não se misturam entende de futebol tanto quanto entende de política: nada. Tudo é política, inclusive o futebol. Vimos diversas vezes na história governantes usando clubes de futebol para aumentar seu prestígio popular, um grupo usar os estádios para protestar por direitos e grandes jogadores viraram símbolos de luta, como é o caso do nosso ídolo Reinaldo. O atual presidente do Brasil entende muito bem isso e é muito oportunista nesse sentido. Sempre aparece com uniformes de diversos times na tentativa de melhorar sua imagem. Deixamos claro que ele não representa a Massa do Galo. Futebol e política sempre caminharam juntos, não somos nós que misturamos, nós apenas não separamos”, declara.

Sobre a continuidade dos pro-testos, a resistência diz que de-penderá da oposição. “O principal motivo para ir às ruas foi fazer oposição às carreatas bolsonaris-tas. Eles já estão recuando e, se isso acontecer, a ideia é ficar em casa e se proteger da COVID-19. Ainda estamos planejando os próximos passos e ainda não tomamos ne-nhuma decisão. Queremos chegar aonde a ‘esquerda tradicional’ não vem chegando”, concluem.

“Nós lutamos contra o fascismo,racismo, machismo, homofobia e

xenofobia dentro e fora dos estádios”Ca

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Futebol brasileiro pode voltar!

C o m a s c o m p e -tições suspensas d e s d e m a r ç o , como os campe-onatos estaduais,

Copas do Brasil, Sul Ame-ricana e Libertadores, as equipes ficaram mais de 60 dias paradas, jogadores em casa por um mês, depois as equipes concederam fé-rias de 30 dias. Algumas equipes já retornaram as atividades em seus centros de treinamentos no final do mês passado, como Atlético, Cruzeiro, América, Tomben-se, Boa Esporte, no Rio de janeiro, o Flamengo, no Sul, Grêmio e Internacional, além de outras equipes em Goiás. Em São Paulo ainda nenhum time voltou, a si-tuação do coronavírus lá é muito alta com recorde de mortos e casos da doença. Outros clubes do Brasil já inic iaram ativ idades em treinos remotos, os atletas em suas casas, sendo mo-nitorados pelas comissões técnicas.

Aos poucos os clubes vão retornando e o futebol poderá voltar com os jogos conforme a previsão da Con-federação Brasileira de Fute-bol (CBF) com o término dos campeonatos estaduais. O Campeonato Brasileiro ain-da não tem data marcada. O futebol brasileiro começou a ensaiar uma retomada que, dependendo da curva de casos da COVID-19, poderia ocorrer no fim de junho, em alguns estados.

Os campeonatos estadu-ais e o Campeonato Brasilei-ro pode ter todos os jogos

com portões fechados, e este ser concluído apenas no começo de 2021. Na Europa, os campeonatos alemão e português foram os pri-meiros a voltarem para as televisões do mundo, todos sem torcida nos estádios. Isso deu uma esperança ao futebol mundial e mostrou uma perspectiva animado-ra. Parar foi necessário e voltar é possível. Esse é o grande aprendizado.

O protocolo f ina l de saúde da CBF, que será recomendado aos clubes, está em fase de conclusão, mas incluirá ações como testes permanentes para a COVID-19, distanciamento social, medidas de higiene, transporte em veículos par-ticulares de atletas e jogos com portões fechados.

Caso não houvesse a pandemia, o Campeonato Brasileiro deveria ter come-çado em maio, há um mês. Normalmente, ele termina no começo de dezembro, mas, diante do atraso provo-cado pela pandemia, a com-petição usará datas perto do Natal e do Ano Novo e pode até só ser concluído em 2021.

Com a paralisação do futebol, vários clubes es-tão amargando prejuízos enormes, falta de vendas de camisas em suas lojas, não tendo recursos de bi-lheterias de jogos, diversos patrocinadores cancelaram os contratos, além das ven-das de atletas que são ótima s receitas estão tímidas ou mesmo paradas por causa da paralisação do futebol pelo Brasil e no mundo.

Os clubes sofrerão com a redução das receitas com o Pay-Per-View (PPV), que terá menos clientes devido ao agrave da crise econômica e dos ganhos com sócios-torce-dores. A pandemia do novo coronavírus e a consequente paralisação do calendário do futebol brasileiro provoca-ram prejuízo de cerca de R$ 4 bilhões para o setor, segundo estudo encomendado pela CBF. As dívidas estão aumen-tando, inclusive têm clubes pegando empréstimos em bancos para tentar cumprir obrigações, muitos times re-duziram os salários em 25%, 30% e até 50%, a maioria está atrasando salários de jogadores, comissões técni-cas e funcionários, a bola de neve não para de crescer. Neste momento é necessário que os diretores usem de criatividade para arrecadar recursos financeiros.

A maioria, ou seja, mais de 90% dos clubes de futebol do Brasil devem, conforme os balanços financeiros publi-cados em 2019, e este ano será mais complicado ainda. Mas, temos certeza, que tudo dará certo, tudo vai voltar com cautela. Serão novos tempos, uma nova mentali-dade da população de viver, com cuidados com a saúde, o uso das máscaras, do álcool em gel, distanciamento de no mínimo um metro, entre outras medidas de cuidados na prevenção ao coronavírus.

Para todos nós que gos-tamos de esporte, princi-palmente de futebol, acre-ditamos em dias melhores. Tenhamos fé!

o seu consórcio multibrasileiro

A Prefeitura de Uberlândia, por meio da Fundação Uberlan-dense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), tem promovido diversas obras nos equipamentos espor-tivos e de lazer do município. Um desses locais é o UTC – Centro Mu-nicipal de Alto Rendimento, que está passando por manutenções e melhorias. No total, as obras executadas nos últimos meses – todas com recursos próprios da fundação – somam cerca de R$ 185,16 mil em investimentos (confira o valor de cada obra no quadro abaixo).

A maior parte das obras foi realizada pelos próprios servidores

especializados da Futel, sendo elas: instalação de portão no Ginásio Dr. Eugênio (local em que funciona a Ginástica Artística), substituição do portão de acesso da Academia, reparo nas quadras externas de cimento, instalação de telas nas quadras externas para impedir a entrada de aves, reparo nos buracos ao redor das piscinas, substituição das telas dos bueiros, pintura das quadras externas, aterramento das piscinas infantis e rejunte das piscinas.

Já as obras executadas por meio de licitação de empresas foram: poda das palmeiras, ins-talação de espelhos nos vestiários

do Ginásio Dr. Eugênio e da Aca-demia, impermeabilização dos telhados dos Ginásios de Vôlei (Anexo) e Dr. Eugênio e instalação de cinco coberturas de policarbo-nato para que os professores de natação fiquem protegidos do sol durante as aulas.

Com essas ações, a Futel busca oferecer ainda mais conforto a todos os frequentadores do UTC, que, após o fim do isolamento so-cial, poderão voltar a participar de diversas atividades no local, como natação, hidroginástica, vôlei, basquete, futsal, multiesporte, judô, karatê, ginástica funcional e ginástica artística.

Uberlândia: Futel promove obrasde melhoria e manutenção no UTC

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