divulgaÇÃo - esmavc.edu.pt · nas com uma carta de recomendação para o capitão dos...
TRANSCRIPT
DIVULGAÇÃO
NOVAS AQUISIÇÕES
1.º TRIMESTRE
2019-2020
No final do século XV, um velho mestre flamengo introduz
num dos seus quadros um enigma que pode mudar a his-
tória da Europa. No quadro, o duque de Ostenburgo e o seu cavaleiro
estão embrenhados numa partida de xadrez enquanto são observa-
dos por uma misteriosa dama vestida de negro. Todavia, à época em
que o quadro foi pintado, um dos jogadores já havia sido assassina-
do.
Cinco séculos depois, uma restauradora de arte encontra a inscrição
oculta: uis necavit equitem? (Quem matou o cavaleiro?) Auxiliada
por um antiquário e um excêntrico jogador de xadrez, a jovem deci-
de resolver o enigma. A investigação assumirá contornos muito sin-
gulares: o seu êxito ou fracasso será determinado, jogada a jogada,
através de uma partida de xadrez constantemente ameaçada por
uma sucessão diabólica de armadilhas e equívocos.
Livro fundamental para os amantes do mistério, A tábua de Flandres foi a obra que tornou Arturo Pé-
rez-Reverte o escritor espanhol contemporâneo mais lido em todo o mundo. Já adaptado ao cinema,
é um apaixonante puzzle que o autor encadeia com uma destreza absolutamente excecional.
O s três mosqueteiros é o mais famoso romance dos muitos
escritos por Alexandre Dumas. D’Artagnan, a sua personagem princi-
pal, é um jovem gascão, audacioso e até imprudente. Armado ape-
nas com uma carta de recomendação para o capitão dos mosquetei-
ros do rei, parte para Paris em busca do futuro.
Alexandre Dumas teceu as suas ficções sobre uma trama do século
XVII, misturando personagens reais das mais altamente colocadas
com personagens imaginárias, conseguindo colocar uma e outras no
panteão dos imortais. A sua inspiração faz agir e falar o monarca ab-
soluto Luís XIII e o temível cardeal Richelieu, Ana de Áustria e Bu-
ckingham, reviver toda uma época em que se sucedem as aventuras
dos seus heróis, D' Artagnan, Athos, Porthos, Aramis e essa fasci-
nante Milady, à volta da qual a acção se desenrola com inegável po-
der dramático. Gerações de leitores renderam-se a esta obra brilhan-
te. E hoje, passado mais de uma século, o livro conserva todo o seu
interesse e continua a ser adaptado ao cinema, televisão e mesmo a desenhos animados, transfor-
mando esta numa verdadeira obra para todas as idades.
PROJETO DE LEITURA
L emuel Gulliver, cirurgião naval e náufrago, acorda em Lilli-
put, onde o tamanho minúsculo dos seus habitantes torna
as suas discussões e preocupações ridículas. Uma segunda
viagem leva-o até ao reino dos gigantes, onde de novo o tamanho
lhe dá uma nova perspetiva do comportamento humano. Depois, de
novo lançado no mar por piratas, Gulliver visita uma série de ilhas
onde a aprendizagem é mal orientada e a imortalidade é algo a la-
mentar. A última viagem de Gulliver leva-o à terra dos houyhnhnms,
cavalos racionais, que partilham o seu domínio com os brutais
Yahoo. Uma sátira corrosiva que abrange todos os aspectos da hu-
manidade.
Aqui, encontra-se o mundo. Gulliver, um inocente médico inglês,
transforma-se num intrépido viajante. Naufragando em paragens
desconhecidas, descobre civilizações fantásticas, excêntricas, mas
também a cupidez, a inveja e a intriga. Os velhos vícios da humani-
dade, satirizados pelo olho cirúrgico de Swift, o grande ironista, numa prosa magnífica.
N os confins do interior Sul do Brasil, numa pacata família de
judeus que desbrava o mato para erguer uma fazenda,
nasce um estranho ser que, pela sua singularidade, está
destinado a um percurso singular. É um centauro, metade
homem metade cavalo. A estranheza da sua aparência afasta-o do
mundo dos homens. A sua alma humana, a sua aspiração de viver
com os outros, amarram-no irresistivelmente à sociedade. Qual pode
ser o destino de um centauro no mundo dos homens?
Através desta fábula Moacyr Scliar, um dos mais destacados escrito-
res brasileiros contemporâneos, expõe de modo exemplar perante os
nossos olhos a contradição entre a nossa condição de ser social e a
necessidade de afirmação da nossa individualidade. Revelando uma
imaginação fulgurante, que cria as situações mais inesperadas e as
resolve do modo mais feliz, com um estilo rico e fluente, O Centauro
no Jardim, que a Caminho agora reedita, será uma revelação para
muitos leitores portugueses. Com este romance Moacyr Scliar obteve o prémio da Associação Paulista
dos Críticos de Arte de 1980 para a melhor obra de ficção.
A menina Júlia, depois de ter rompido com o noivo, não
acompanha o pai numa visita a casa de parentes e passa a
noite de S. João na sua propriedade na companhia dos cria-
dos que festejam a noite mais curta do ano. Durante o bai-
le, inicia uma relação tempestuosa com João, o criado do Senhor
Conde, o qual está noivo de Cristina, a cozinheira da casa.
Desejo, recalques, ódios, atracção e repulsa, conflitos de poder, de
humilhações, o choque violento das classes sociais e dos sexos, tudo
povoa uma noite trágica que conduzirá fatalmente à derrota de uma
das partes em confronto. Um texto clássico da literatura dramática
universal, pedra de toque de todo o teatro moderno.
13 de Maio de 1506: ao desembarcar em Constantino-pla, Miguel Ângelo sabe que enfrenta o poderio e a
cólera de Júlio II, papa guerreiro e mau pagador, para quem deixou preparada a edificação de um túmulo em
Roma. Mas como não havia de responder ao convite do sultão Baya-zid, que, depois de ter recusado os planos de Leonardo da Vinci, lhe
propõe a conceção de uma ponte sobre o Corno de Ouro? Assim começa este romance, todo ele feito de alusões históricas, que se serve de um facto concreto para expor os mistérios daquela via-
g e m . Perturbante como o encontro do homem do Renascimento com as belezas do mundo otomano, exato e cinzelado como uma peça de
ourivesaria, este retrato do artista em pleno trabalho é também uma fascinante reflexão sobre o ato de criar e sobre o simbolismo de um gesto inacabado para a outra margem da civilização.
É que, através da crónica dessas poucas semanas da História, Mathi-as Énard esboça uma geografia política cujas hesitações ainda hoje,
passados cinco séculos, são igualmente sensíveis.
E stórias de dentro de casa inclui três novelas: “In memo-
riam”, “As mulheres de João Nuno” e “Agravos de um artista”.
Em todas elas está presente uma particular visão dos homens (e
das mulheres) - uma visão filtrada pelo sentido de humor próprio de
Germano Almeida.
Vícios, ambições desmedidas, agravos, necessidades comezinhas,
vaidades feridas, convenções sociais obsoletas mas pertinazes,
constituem um modo muito próprio do autor.
Um mundo em que se reconhece, pelo exterior, o cabo-verdiano, e
onde nos descobrimos, bem no fundo da alma de cada personagem,
todos nós.»
É como poeta que Francesco Petrarca (1304-1374) se
distingue, sobretudo pelo seu Cancioneiro e pelos Triun-
fos, obras traduzidas por Vasco Graça Moura - e especialmente pela
arte do soneto, cuja estrutura aperfeiçoou de forma inovadora e de-
finitiva, e que não deixou de inspirar outros poetas até hoje.
Nesta obra notável, a maior parte dos sonetos é dedicada a uma
«musa impossível», Laura - e o amor, além de tema principal, ad-
quire uma subtil dimensão erótica e lírica, cheia de metáforas que
influenciaram toda a poesia posterior. Tudo isso contribui para que
Petrarca, humanista e filósofo, fosse considerado o Poeta dos Poe-
tas e uma das referências fundamentais da literatura ocidental.
L ongo poema épico e teológico, A Divina Comédia divide-se em três par-
tes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. Não há uma datação exacta da obra, mas pre-
sume-se que tenha sido escrita entre 1304 e 1321, ano da morte de Dante.
A Divina Comédia foi escrita em língua toscana - muito próxima do que hoje se desig-
na por italiano - num registo vulgar, portanto, por oposição ao uso generalizado do
latim na escrita erudita. Assim se tornou a obra fundadora da língua italiana moderna.
Em Portugal A Divina Comédia chegou a um universo de leitores alargado através da
inexcedível tradução de Vasco Graça Moura. Com mais de seis edições desde a sua
primeira publicação, A Divina Comédia conheceu em Portugal um sucesso e uma po-
pularidade extraordinários.
Obra integral.
E m A casa assombrada e outros contos estão reunidos al-
guns dos mais inovadores contos originalmente escritos
em inglês.
É certo que Virginia Woolf não é uma contista e que foi em roman-
ces como Orlando e As ondas que sobretudo cumpriu o «insaciável
desejo de escrever alguma coisa antes de morrer».
Mas é em contos como “A marca na parede”, “Lappin e Lapino-
va” e “O legado” que melhor nos revela o modo como soube captar
um universo feminino que os homens desfazem, revelando que a
marca na parede é uma lesma, recusando-se a recriar a vida de co-
elhos no ribeiro ao fundo da floresta ou tornando-se apenas insensi-
velmente desatentos.
1984 oferece hoje uma descrição
quase realista do vastíssimo
sistema de fiscalização em que passaram a assentar as democracias
capitalistas. A eletrónica permite, pela primeira vez na história da
humanidade, reunir nos mesmos instrumentos e nos mesmos gestos
o trabalho e a fiscalização exercida sobre o trabalhador. O Big
Brother já não é uma figura de estilo — converteu-se numa vulgari-
dade quotidiana.
Na noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi,
um jovem químico membro da resistência, é deti-
do pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua
ascendência judaica, é deportado para Auschwitz
em Fevereiro do ano seguinte; aí permanecerá até
finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado.
Da experiência no campo nasce o escritor que neste livro relata, sem
nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-se sempre dentro
dos limites da mais rigorosa objectividade, a vida no Lager e a luta
pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta.
Se Isto é um Homem tornou-se rapidamente um clássico da literatura
italiana e é, sem qualquer dúvida, um dos livros mais importantes da
vastíssima produção literária sobre as perseguições nazis aos judeus.
U ma selecção dos melhores contos fantásticos de Edgar
Allan Poe (1809-1849). Inclui os clássicos “A queda da
casa de Usher”, “O coração revelador” ou “O barril de
Amontillado”. Poe é um grande escritor norte-americano, poeta admi-
rado, narrador admirável de histórias em que o sobrenatural e o mis-
tério têm sempre lugar. É por muitos considerado não só um mestre
do fantástico como o inventor do conto policial moderno, criador dos
antepassados de Sherlock Holmes, Poirot e tantos outros detetives
conhecidos pelos seus poderes de observação e dedução.
P ublicado em 1919, com o pseudónimo Emil Sinclair, Demi-
an conta-nos a história de uma difícil caminhada para a
maturidade, que culmina nos dias sombrios da Primeira
Guerra Mundial. Os seus protagonistas - o enigmático Max
Demian e o narrador, o jovem Emil Sinclair - erguem, ao longo das
páginas deste romance, um inesquecível grito de revolta contra os
processos de uniformização então predominantes e contra a barbá-
rie massificada que viria a constituir a marca mais característica do
século XX.
Demian é um brilhante retrato psicológico de alguém que rompe
com as convenções sociais em busca da realização espiritual e do
autoconhecimento. Influenciado pelas ideias de Carl Jung, fundador
da psicologia analítica, mas também pela sabedoria oriental, Hesse
interroga-se acerca da natureza humana, com as suas contradições
e dualidades, e aborda muitos dos seus temas característicos, al-
guns dos quais haveria de retomar em Siddhartha.
Romance cuja influência Thomas Mann comparou à de Werther de Goethe, Demian continua a marcar
gerações de leitores, pois, como todas as obras-primas, a mensagem que contém é de perene inte-
resse.
O mais admirável êxito de Hesse e um dos mais importantes livros do século XX.
A s novas mil e uma noi-
tes é um livro de histó-
rias. Nem outra coisa
poderia ser, já que tal título —
New Arabian Nights, no original
inglês — nos remete direta e ime-
diatamente para a fabulosa e fa-
mosíssima coletânea das Mil e
uma noites.
Xerazade, tal como o ignorado
árabe que escreveu as histórias
que ela contou, era senhora dos
recônditos segredos dessa arte por
tantos praticada e por tão poucos
conseguida. Também assim acon-
teceu com Robert Louis Stevenson, que, após a conclusão de cada uma das histórias que coligiu sob
os títulos de O clube dos suicidas e O diamante do rajá, nos faz saber que delas teve conhecimento
por intermédio de um suposto manuscrito redigido por um misterioso autor árabe.
Com estas discretas alusões, Stevenson não nos revela apenas a sua admiração pelas histórias
das Mil e uma noites. Diz-nos também que o seu objetivo, ao escrever umas Novas mil e uma noi-
tes, era idêntico ao de Xerazade; ou seja, o Escocês das Arábias — chamemos-lhe assim — preten-
de apenas que quem o leia possa passar o tempo sem se dar conta de que o tempo voa, tal como
aconteceu com o príncipe árabe, aquele que julgava ser o dono e o senhor de Xerazade. A publica-
ção deste segundo volume encerra a publicação desta obra admirável na Assírio & Alvim.
OUTROS — LITERATURA
PSICOLOGIA E APRENDIZAGEM
Os mais recentes desenvolvimentos no conhecimento do cérebro e o
crescente interesse na sua aplicação para a área da educação levam à
necessidade de clarificar e distinguir factos científicos de extrapolações
precipitadas. O ritmo a que a ciência avança parece lento quando com-
parado com as expectativas associadas às questões do ensino e da
melhoria dos processos de aprendizagem.
A curiosidade dá energia ao cérebro?
Quanto maior a acumulação de dívidas de sono menor a capacidade de
consolidação de novas informações?
Questionar e socializar fortalece a cognição?
A propensão dos adolescentes para correrem riscos está relacionado
com as zonas cerebrais que ainda não atingiram a sua maturação?
O exercício físico favorece a memória?
O treino musical modifica estruturalmente o cérebro?
Neste livro, seguimos o caminho percorrido pela ciência e destacamos o que atualmente se investi-
ga, relançando o estudo do «cérebro que aprende», nas crianças e jovens em idade escolar, para
um futuro que nos parece ser promissor.
E sta obra, lançada em 1985, constitui uma coleção de histó-
rias de casos verdadeiros nos limites das experiências neu-
rológicas. Trata-se do relato de histórias da luta de doentes
com esquizofrenia, a doença de Parkinson, a doença de
Alzheimer, síndrome de Tourett, autismo, etc.
Numa linguagem clara, objetiva e descomplicada, este livro apresenta
uma visão panorâmica e aprofundada da Psicologia da Aprendizagem, a
ciência que suporta as práticas para que se aprenda mais e melhor.
Em quatro capítulos, a autora enquadra e fundamenta a área de inter-
venção, apresenta as teorias e seus paradigmas, bem como os aspetos
motivacionais da aprendizagem e, no final, as dificuldades com que o
processo se pode deparar.
Com este livro, o leitor aprenderá e aprofundará conhecimentos que lhe
permitirão analisar e compreender o processo de aprendizagem e de-
senvolvimento humano no contexto dinâmico e abrangente em que es-
te se desenrola.
Uma leitura recomendável para estudantes e profissionais de Psicologia,
professores, educadores, pais e cuidadores e para todos aqueles que
pretendam aprender a aprender melhor para conseguir, deste modo,
potenciar as suas capacidades e o seu desenvolvimento.
AMBIENTE E ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
A adesão de Portugal à Comuni-
dade Europeia implicou conse-
quências marcantes para as
questões ambientais. Se a nível
oficial se sucederam medidas,
diretivas e reforço do quadro ad-
ministrativo, a nível social o inte-
resse pelas questões ambientais
assumiu uma importância cres-
cente que cruza transversalmen-
te, embora de forma desigual, a
sociedade portuguesa. Este livro
apresenta um panorama da evo-
lução da opinião pública em Por-
tugal sobre questões de ambiente, consumo e energia nas úl-
timas décadas. A enquadrar cada tema analisam-se as princi-
pais políticas entretanto lançadas às escalas europeia e nacio-
nal. As acentuadas e rápidas mudanças ocorridas no país des-
de 1986 constituem um pano de fundo essencial para compreender muito do que se passa e pensa
atualmente neste domínio. Da energia à mobilidade urbana, das alterações climáticas aos resíduos,
da água ao consumo, as respostas dos portugueses aos inquéritos Eurobarómetro são vistas à luz das
tendências europeias e das diferenças por idade, género ou nível de educação. São exploradas ques-
tões como a informação sobre temas ambientais, nível de preocupação com os problemas, concor-
dância com as medidas de política ou práticas do quotidiano. O livro resulta da atividade do OBSERVA
- Observatório de Ambiente e Sociedade, que realiza estudos e ações de divulgação sobre as dimen-
sões sociais e políticas dos problemas de ambiente, energia e sustentabilidade. A obra constitui o pri-
meiro número da colecção de publicações dos Observatórios do ICS-ULisboa.
A crise global do ambiente representa, pela primeira vez
na história da humanidade, uma ameaça ontológica, de
origem antrópica, à sustentabilidade das condições biofí-
sicas que permitiram o prosperar das civilizações tecnoló-
gicas complexas desde o final da última glaciação, na breve época
geológica conhecida por Holocénico. Este volume está organizado
em duas grandes áreas temáticas. Em primeiro lugar abordam-se
as questões conceptuais incontornáveis que permitem garantir uma
especificidade teórica às relações entre ética e ambiente.
Neste domínio integram-se as próprias doutrinas éticas, bem como
as políticas ambientais. Em segundo lugar, este volume incide so-
bre grandes problemas específicos, que exigem escolhas e decisões
onde o escrutínio ético não pode ficar ausente, como é o caso das
alterações climáticas, energia, alimentação, água, oceanos, entre
outros.
Ver índice na página seguinte
N o fundo o que está em causa é, nada mais nada menos, do
que a base efetiva da própria crença no progresso, que ali-
mentou várias mitologias e narrativas, tanto sagradas como
profanas. Seremos capazes de administrar corretamente o
poder da técnica e da ciência, no sentido da maior justiça entre os hu-
manos e do maior cuidado com todas as outras criaturas que connosco
partilham o tempo e o espaço? Seremos capazes de habitar sabiamente
a Terra?
ÍNDICE
Introdução
I PARTE — O Desenvolvimento Sustentável: Condições e Limites de Uma Grande Política
PRIMEIRO ENSAIO: Os Desafios da Crise Global e Social do Ambiente
SEGUNDO ENSAIO: Política Internacional de Ambiente e Desenvolvi-mento Sustentável
TERCEIRO ENSAIO: A «Segurança Ambiental»: Oportunidades e Limites
II PARTE — Origens das Representações Culturais do Ambiente e da Sustentabilidade
QUARTO ENSAIO: Pensar a Paisagem
QUINTO ENSAIO: Temperança e Crise Global do Ambiente
SEXTO ENSAIO: Génese da Consciência Ambiental na Cultura Portuguesa
SÉTIMO ENSAIO: Raízes do Ambientalismo em Portugal
III PARTE — A Última Fronteira: O Futuro da Condição Humana
OITAVO ENSAIO: Pensamento Utópico e Crise Ambiental
NONO ENSAIO: A Bioética no Horizonte da Encruzilhada Contemporânea
DÉCIMO ENSAIO: Crise Ambiental e Condição Humana
DÉCIMO PRIMEIRO ENSAIO: O Desafio da Pós-Humanidade
Índice
A consciência do mundo • Maria do Céu Patrão Neves e Viriato Soromenho-Marques
Para uma ética ambiental: percursos fundamentais • Maria José Varandas
I TEMAS FUNDAMENTAIS
Ética e ordenamento do território • João Ferrão
Ética das políticas de cooperação para o desenvolvimento • Korinna Horta
Ética das políticas de ambiente e conservação da natureza • Jorge Paiva
Ética da política e diplomacia ambientais: natureza, implicações e fundamentos • Viriato Soromenho-
Marques
II PROBLEMAS ESPECÍFICOS
Implicações éticas das alterações climáticas antropogénicas • Filipe Duarte Santos
Implicações éticas das políticas energéticas • Júlia Seixas
Implicações éticas das políticas agrícolas: para uma intensificação sustentável • José Lima Santos
Implicações éticas dos organismos geneticamente modificados • Margarida Silva
Implicações éticas das políticas hídricas • Luís Ribeiro
Implicações éticas das políticas do mar • Tiago Pitta e Cunha e Emanuel Gonçalves
Implicações éticas das políticas de transportes • João Vieira
Implicações éticas da justiça ambiental • Francisco Ferreira
Implicações éticas das políticas de saúde ambiental • José Manuel Calheiros
Implicações éticas dos comportamentos do cidadão consumidor • Sofia Guedes Vaz
Implicações éticas da cidadania ambiental • I,uísa Schmidt
O mundo já está muito diferente daquele em que a nos-
sa civilização floresceu: mais quente, mais extremo,
mais inseguro. Para a frente, muito além da incerteza,
ficam certezas: ainda pode piorar mais. O sistema de
produção em que vivemos criou uma devastação ambiental e so-
cial sem precedentes na nossa história enquanto espécie. De en-
tre todas essas devastações, a alteração da composição da nossa
atmosfera e o aquecimento global do planeta destacam-se pelo
seu potencial catastrófico, alterando os climas em que a nossa
espécie proliferou.
Num mundo cada vez mais desigual, pendem sobre nós crises
simultâneas: da banca, do emprego, da produção, do ambiente,
do clima, da democracia ou do capitalismo. É a crise do próprio
Homo sapiens, com a colisão entre o que é e o que pode ser. Na-
da ou tudo: a urgência das alterações climáticas é a urgência da
Humanidade. Para isso precisa de lutadores, pessoas empenha-
das em resgatar o futuro. Por isso, para aprender e ensinar a
combater, este livro é um (feroz) guia de combate.
A Terra vive um período de alterações climáticas e de
aquecimento global. Sabemos que o comportamento
humano e as emissões de CO2 associadas contribu-
em para esse aquecimento. Mas tanto as alterações
climáticas como a sua solução foram ampla e excessivamente
simplificadas. De uma forma precoce, uma hipótese passou a
teoria dominante, proibindo outras hipóteses e enviesando a
investigação científica. Com clareza e frontalidade, uma cien-
tista opõe-se ao atual consenso, que considera desvirtuar o
método científico e ser determinado por razões políticas. São
muitas as incertezas relativas às interações gravitacionais e
magnéticas do sistema solar, aos vulcões subaquáticos, às os-
cilações oceânicas a longo prazo e, por isso, este é um livro
que nos alerta para o perigo de agirmos sem conhecimento:
não resolveremos as alterações climáticas e podemos provocar
uma catástrofe humana, gerando atraso, pobreza e morte. Ju-
dith A. Curry é climatologista e está na linha da frente do mo-
vimento climático cético. Há 40 anos que a sua investigação
incide em furacões, deteção remota, modelação atmosférica, climas polares e interação ar-mar.
DVD
F lorença e a Gale-
ria dos Ofícios é
uma viagem mul-
tidimensional e multissensorial
ao Renascimento através das
suas belezas mais representati-
vas. O primeiro passeio cine-
matográfico que conduz o espe-
tador à descoberta das maravi-
lhas de Florença de uma ma-
neira inédita, abrangente e
sensacional: otticelli, Leonardo,
Masaccio e Michelangelo todos
numa tela. Os espetadores são
envolvidos numa experiência
única com sequências surpre-
endentes e imagens impressio-
nantes da cidade. A narração é
da responsabilidade de Simon
Merrells que, no papel de Lou-
renço, O Magnífico, acompanha
-nos através das memórias da
sua Florença num incessante
diálogo entre o passado e o
presente.
O mestre da renascença, San-
dro Botticelli passou mais de
uma década a pintar e dese-
nhar o inferno tal como o poeta
Dante o descreveu. Este filme
leva-nos por uma viagem ao
mundo através dos nove círcu-
los do inferno para revelar os
segredos de uma obra de arte
que intrigou muitos, incluindo
Dan Brown e Ron Howard.
Uma jornada cinematográfica
emocionante e inquietante pela
vida e pelo trabalho do pintor
italiano Caravaggio. Luz e som-
bra, contrastes e contradições,
génio e intemperança distin-
guem a sua existência e a sua
arte. Uma experiência visual
extraordinária, filmada em mi-
lão, Florença, Roma, Nápoles e
malta.
Houve duas formas de os Nazis coloca-
rem as mãos na arte: tentando destruir a
que classificaram como “degenerada” e
saqueando sistematicamente peças de
arte clássica e moderna por toda a Euro-
pa. Em finais dos anos 30, sob as ordens
de Hitler e Goering, tomou início a pilha-
gem. Estas obras iriam ocupar o espaço
que o Führer planeava tornar no “Louvre
de Linz” e a residência de Goering perto
de Berlim. Este filme conta o que suce-
deu aos tesouros roubados pelos Nazis e
a muitas das pessoas que estiveram en-
volvidas na época. A narração que acom-
panha o documentário é feita pelo ator
Toni Servillo.
N o Verão de
2002, uma
praga de
origem des-
conhecida destruiu to-
do o esperma, todos os
fetos, todos os mamí-
feros com um cromos-
soma Y — com a apa- rente excepção de
um jovem e do seu animal doméstico, um macaco-
capuchinho.
Este "generocídio" exterminou instantaneamente
48% da população global, ou seja aproximadamente
2.9 mil milhões de homens. 495 dos CEO's da lista dos
500 mais ricos da Fortune morreram, tal como 99%
dos proprietários do mundo.
Só nos Estados Unidos, 95% de todos os camionis-
tas, pilotos aéreos e capitães de navios morreram. No
mundo inteiro, 99% de todos os mecânicos, electricis-
tas e operários da construção civil estão desapareci-
dos... embora 51% da força de trabalho agrícola do
planeta ainda esteja viva.
14 nações, incluindo a Espanha e a Alemanha, têm
soldados mulheres que serviram em forças de combate
terrestre. Nenhuma das cerca de 200.000 mulheres
das forças armadas dos EUA participou alguma vez em
combate terrestre. A Austrália, a Suécia e a Noruega
são os únicos países com mulheres a servir a bordo de
submarinos.
Em Israel, todas as mulheres entre os 18 e os 26
cumpriram serviço militar obrigatório nas Forças de De-
fesa Israelitas (IDF) durante pelo menos um ano e no-
ve meses. Antes da Praga, pelo menos três bombistas
suicidas Palestinos foram mulheres.
A nível mundial, 85% de todos os representantes de
governos morreram... bem como 100% de todos os
padres Católicos, imãs Muçulmanos e rabis Ortodoxos
Judaicos.
Mas quem ainda está vivo é Yorick Brown, o último
homem da Terra. Filho de uma congressista dos Esta-
dos Unidos, Yorick conseguiu chegar a Washington DC
depois do início da Praga e juntar-se à sua mãe, que
está a tentar manter os mecanismos da democracia
americana em funcionamento. Com a chegada da nova
Presidente (a
antiga Secretá-
ria da Agricul-
tura), Yorick é
alistado para
participar na
busca de uma
especialista de
clonagem cha-
mada Allison Mann, e para a ajudar nos seus esforços
de impedir a extinção da raça humana. Juntamente
com a agente 355 — uma representante extraordinari-
amente capaz de uma das mais secretas e sombrias
agências do governo — Yorick e o seu macaco Amper-
sand conseguiram localizar a Dra. Mann no seu labora-
tório de Boston.
Infelizmente, é difícil esconder que ainda existe um
homem vivo, e a notícia espalha-se por todo o mundo.
A caminho de Boston, um encontro com membros de
um grupo radical feminista que odeia homens, chama-
do As Filhas da Amazona, mostra a Yorick e a 355 al-
guns dos perigos de viajar através de uma América pós
-masculina... mas não teria havido nenhuma maneira
de eles preverem as ações de uma equipa militar israe-
lita que também persegue em segredo o Último Ho-
mem — e quando as militares Israelitas encontram o
laboratório da Dra. Mann vazio, decidem incendiá-lo.
Neste momento, Yorick e 355 estão confrontados
com uma decisão difícil. Yorick está desesperado para
se reencontrar com a sua namorada, que da última vez
que falou com ele estava na Austrália, enquanto a
agente 355 tem ordens para regressarem todos a Was-
hington. Mas, se eles quiserem continuar a missão de
ajudar a Dra. Mann na sua investigação, terão de ajudá
-la a recuperar o backup dos seus dados e amostras —
e isso significa uma viagem longa e perigosa até à Cali-
fórnia.
Banda Desenhada Y : o último homem (10 volumes)
A Febre de Urbicanda, de Schuiten e Peeters, é
um dos títulos mais emblemáticos da série Cidades
Obscuras, premiado em Angoulême em 1985, esgo-
tado em Portugal há mais de 20 anos e que agora
regressa numa edição definitiva que, para além de
um dossier final sobre a lenda da Estrutura, inclui
também a história A Última Visão de Eugen Robick, feita em
1997 para o número final da revista (A Suivre), onde a série
nasceu.
Eugen Robick, o urbitecto responsável pelo plano de urbaniza-
ção que pretende restituir a simetria à cidade de Urbicanda, é
confrontado com a descoberta de um misterioso cubo, feito de
uma matéria desconhecida, cujo crescimento geométrico vem
perturbar e transformar profundamente a imagem da própria
cidade e a vida dos seus habitantes. O que irá acontecer à uto-
pia urbana de Robick, agora que a cidade está desestabilizada
pelo cubo, e o próprio arquitecto transtornado pela irrupção do
amor na sua vida tão regrada?
G ente de Dublin é uma obra arduamente documenta-
da, salpicada de múltiplas anedotas, uma cativante
viagem pelas cidades onde este irlandês universal
deixou o seu rasto – Dublin, Trieste, Paris ou Zurique. Autores e
figuras ilustres desfilam pelas suas páginas, de Henrik Ibsen a W.
B. Yeats, de Ezra Pound a H. G. Wells, ou Bernard Shaw, T. S.
Eliot, Virginia Woolf, e muitos mais, incluindo mesmo Lenine.
“Zapico confirma o seu valor e projeção, com uma história de rit-
mo vital, que sabe combinar a exposição rigorosa dos factos com
a acentuação correta daqueles aspetos vitais que marcam a pro-
dução artística de James Joyce.”
– Babelia – El País
Prémio nacional do comic 2012 .
N uma pequena aldeia branca, numa ilha perdida do Me-
diterrâneo, um bar onde param turistas e viajantes vai
tornar-se no nexo central de uma série de histórias
diversas e variadas. Porque Rafa, o seu dono barbudo, viaja pelo
mundo nas asas dos contos que os seus clientes lhe narram a tro-
co de comida ou de uma bebida, sem nunca sair da sua ilha.
N asser Ali Khan é um famoso músico (e tio-avô da au-
tora) que vive no Irão de 1958. Na sequência de uma
discussão familiar, o seu tar, o instrumento de que é
virtuoso e que é o seu bem mais precioso, é partido.
Nenhum outro tar o irá satisfazer e Nasser vai perder o gosto
pela música.
Tomado de uma melancolia imensa, decide deixar-se morrer,
levando-nos numa viagem às suas emoções, aos seus sonhos e
à sua história pessoal, que se mistura com a do seu Irão natal
num período conturbado da sua história.
Vencedor do prémio de Melhor Álbum de Angoulême em 2005,
Frango com Ameixas é também considerado como a obra maior
de Marjane Satrapi.
Num futuro próximo, numa
Los Angeles obcecada por
comida e governada por
chefs poderosos, e em que as
pessoas são capazes de lite-
ralmente matar por um lugar
no seu restaurante favorito,
Jiro, um chef de sushi rene-
gado, chega à cidade com
ideias muito próprias. E o re-
sultado?
Uma guerra culinária san-
grenta e de proporções épi-
cas, ao fim da qual é bem
capaz de não haver sobras!
Anthony Bourdain foi um chef
famoso e um autor best-
seller do New York Times
(Cozinha Confidencial), para
além de ter sido a estrela de
vários programas, incluindo “No Reservations” – vencedor de dois Emmy – durante os quais visitou
inclusivamente Portugal por três vezes.
Para Todos querem apanhar o Jiro! juntou-se ao escritor Joel Rose (Kill Kill Faster Faster: a sombra
do corvo) e ao artista Langdon Foss, para esta sátira estilizada e dinâmica à cultura da comida e a
uma sociedade obsessiva. Saída da mente de Anthony Bourdain, esta história... é fantástica!
Nesta prequela à novela gráfica Todos querem apanhar o Jiro! , Anthony Bourdain e Joel Rose exa-
minam as origens do misterioso Jiro, e os acontecimentos que o tornaram no chef que conhecemos
no primeiro volume. Jiro é ainda um jovem que está a aprender o seu ofício.
Filho de um dos mais poderosos gangsters de Tóquio, sente-se dividido entre a lealdade ao seu pai
e aos planos que ele tem para si, e o seu desejo profundo de se tornar num mestre de sushi.
Mas, quando a sua família empreende uma ambiciosa tentativa para dominar o submundo do crime
de Tóquio, Jiro tem de seguir o seu pai, ou arriscar-se a ver o seu meio-irmão Ichigo roubar-lhe o
protagonismo...
Uma versão sangrenta de um conto clássico de crime e de vingança, misturado com um sentido de
humor irreverente e uma visão de uma cultura foodie futura, tudo temperado com os sabores que
só Anthony Bourdain conseguia cozinhar.
© Frango com ameixas