dmrh | dicas magazine rh
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O seu guia mensal sobre a área de recursos humanos. Assinatura anual 49.20€ http://www.dicasmagazine.com/?product=anuidade-dmrh-dicas-magazine-rhTRANSCRIPT
MAGAZIN€ RH
Até 20 de janeiro de cada ano deve ser remetido aos contribuintes, a quem foram
efetuadas retenções, o documento comprovativo dos montantes retidos no ano
anterior. Assim como deve ser entregue ao Estado, até final de fevereiro, a relação
dos sujeitos a quem foram feitas retenções, com identificação dos montantes sujeitos
a retenção e respetivos montantes retidos.
AGENDA
Prepare-se para as
novidades da DM
Editores que vão
acontecer na 1ª semana
de Fevereiro.
Depois da entrada em
vigor da lei, é o
trabalhador que tem 5
dias para decidir se quer
receber os seus subsídios
de férias e de Natal em
duodécimos,
mensalmente, ou em
Junho e Dezembro, como
se processava até agora
ÍNDICE
1. RECIBOS VERDES
Retenção na fonte
2. PROCEDIMENTOS Justa
causa
3. SEGURANÇA SOCIAL
Baixa por doença
4. SUBSÍDIOS Subsídio Pré
-natal
5. PROCEDIMENTOS
Tornar-se TOC
6. CONTRATOS
Subcontratos
7. SUBSÍDIOS Subsídio de
Desemprego
8. PESSOAL Viatura
pessoal
Um dos meus fornecedores passa recibos verdes ou como é chamado
agora fatura-recibo. Neste caso é obrigatório efetuar retenção na
fonte? Quem é responsável por esta retenção?
GUIA 9
ANO 2 - 2013.01.18
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QUEM DEVE EFETUAR A RETENÇÃO NA FONTE?
As entidades que disponham ou que, por lei, devam dispor de contabilidade
organizada, são obrigadas a efetuar retenção na fonte dos rendimentos de que
sejam devedoras. A responsabilidade da retenção na fonte não recai sobre quem
presta o serviço, mas sim sobre quem paga o serviço.
Dica A taxa deve ser aplicada ao rendimento ilíquido sujeito a retenção antes de se
proceder à liquidação do IVA.
Dispensa de retenção Para rendimentos anuais inferiores a €10.000, montante
previsto no artigo 53.º do n.º1 do Código do IVA, há dispensa de retenção na fonte.
Estão também dispensados de retenção na fonte os rendimentos referentes ao
reembolso de despesas em nome e por conta do cliente ou de despesas de
deslocação e estada, conforme estabelece o artigo 9.º do n.º1 alínea b) do Decreto-
Lei n.º42/91 e respeitantes a serviços prestados por terceiros, desde que direta e
totalmente imputáveis ao cliente.
Dispensa facultativa Os titulares que não ultrapassem o limite legal de €10.000 e
optem pela dispensa da retenção na fonte, devem incluir expressamente nos seus
recibos a seguinte menção: “Sem retenção, nos termos do n.º1 do artigo 9.º do
Decreto-Lei n.º42/91, de 22 de Janeiro”.
Excedi os €10.000! A isenção termina no mês seguinte ao que tiver sido atingido o
limite dos €10.000. No ano procedente a esse facto, não pode ser exercida a
dispensa de retenção na fonte.
Sujeição parcial de retenção A retenção na fonte pode incidir apenas sobre 50% dos
montantes recebidos quando estes sejam rendimentos provenientes de propriedade
literária, artística e científica (artigo 58.º EBF) ou rendimentos auferidos por alguns
profissionais da saúde (artigo 10.º, n.º1, alínea a), DL 42/91). A base de incidência
pode ainda ser reduzida para 25% nos casos de rendimentos auferidos por titulares
deficientes com grau de invalidez permanente igual ou superior a 60%.
Atenção As obras arquitetónicas e publicitárias não são abrangidas na classificação
de carácter literário, artístico ou científico, referenciado acima.
Sujeição parcial facultativa Tal como nas situações de dispensa, a sujeição parcial é
facultativa, sendo que aqueles que optem pela retenção na fonte devem apresentar
nos seus recibos uma das duas seguintes menções: “Retenção sobre 50%, nos
termos do n.º2 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º42/91, de 22 de janeiro” ou
“Retenção sobre 25%, nos termos do n.º3 do artigo 10.º do Decreto Lei n.º42/91, de
22 de janeiro”, consoante o caso.
Processo disciplinar Independentemente das circunstâncias, é muito importante
seguir o procedimento correto quando se pretende iniciar um processo disciplinar
contra um trabalhador. O Código do Trabalho, Lei n.º7/2009, de 12 de fevereiro,
regulamenta este procedimento e identifica claramente quais as situações
consideradas como justas causas que podem levar ao despedimento do trabalhador.
Atenção Se a entidade empregadora não respeitar o procedimento legislado, o
despedimento pode ser considerado inválido ou mesmo ilícito.
Justa causa Constituem justa causa de despedimento comportamentos do
trabalhador que representem:
● Desobediência ilegítima às ordens dadas por responsáveis hierarquicamente
superiores.
● Violação dos direitos e garantias de outros trabalhadores da empresa.
● Provocação repetida de conflitos com outros trabalhadores da empresa.
● Desinteresse repetido pelo cumprimento, com a diligência devida, das
obrigações inerentes ao exercício do cargo ou posto de trabalho que lhe seja
confiado.
● Lesão de interesses patrimoniais sérios da empresa.
● Reduções anormais de produtividade.
● Falsas declarações relativas à justificação de faltas.
● Faltas não justificadas ao trabalho que determinem diretamente prejuízos ou
riscos graves para a empresa ou, independentemente de qualquer prejuízo ou
risco, quando o número de faltas injustificadas atingir, em cada ano civil, cinco
seguidas ou dez interpoladas.
● Falta culposa de observância de regras de higiene e segurança no trabalho.
● Prática, no âmbito da empresa, de violência física, de injúrias ou outras ofensas
punidas por lei sobre trabalhadores da empresa, elementos dos corpos sociais ou
sobre o empregador individual não pertencente aos mesmos órgãos, seus
delegados ou representantes.
● Sequestro e, em geral, crimes contra a liberdade das pessoas referidas
anteriormente.
● Incumprimento ou oposição ao cumprimento de decisões judiciais ou
administrativas.
Nota de culpa Caso se tenha verificado qualquer um dos comportamentos acima
referidos e o empregador deseje, por isso mesmo, proceder contra o trabalhador,
deve ser instaurado um processo disciplinar. Este processo tem início com a
comunicação por escrito ao trabalhador da intenção do empregador, juntando uma
nota de culpa com a descrição circunstanciada dos factos que lhe são imputados.
Qual o correto procedimento que devo iniciar com vista a despedir
um trabalhador por justa causa?
Disponibilizamos-lhe na nossa área de Extras um modelo da carta que acompanha a
nota de culpa. Este modelo pode ser descarregado para o seu computador e
adaptado.
DICAS MAGAZINE
RH
ANO 2 N.º 9
2013.01.18
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MINI-DICAS
O empregador deve
enviar à comissão de
trabalhadores da
empresa uma cópia da
carta e da nota de culpa
enviadas ao trabalhador.
No caso do trabalhador
ser representante
sindical, deve também
ser enviada uma cópia
dos documentos
referidos para a
associação sindical
respetiva.
As microempresas estão
dispensadas do envio da
nota de culpa a estas
entidades, desde que o
trabalhador em questão
não seja membro de
comissão de
trabalhadores ou
representante sindical.
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PROCEDIMENTOS
PAG. 3 www.dicasmagazine.com
Subsídio de doença Cabe à Segurança Social efetuar o pagamento deste subsídio ao
funcionário que está de baixa médica.
CERTIFICAÇÃO DE DOENÇA
O subsídio de doença só pode ser atribuído mediante apresentação de Certificado
de Incapacidade Temporária para o Trabalho por Doença (CIT).
A doença tem que ser certificada em impresso próprio emitido pelos serviços de
saúde competentes do Serviço Nacional de Saúde, com exceção dos serviços de
urgência, confirmando-se a incapacidade do beneficiário e a natureza da mesma e
indicando igualmente se se trata de uma baixa inicial ou de uma prorrogação desta.
Atenção O CIT tem de ser enviado à Segurança Social no prazo de 5 dias úteis a
contar da data em que é emitido.
Requisitos Os trabalhadores por conta de outrem para terem direito a este subsídio
para além de terem que apresentar o CIT, têm simultaneamente que: i) ter
trabalhado e descontado durante 6 meses para a Segurança Social ou outro sistema
de proteção social que assegure um subsídio em caso de doença, e ii) ter trabalhado
pelo menos 12 dias nos primeiros 4 meses dos últimos 6 anteriores à baixa.
Período de concessão O subsídio de doença é atribuído por períodos máximos de:
1.095 dias a trabalhadores por conta de outrem a contrato e trabalhadores
marítimos e vigias nacionais que trabalhem em barcos de empresas estrangeiras;
365 dias a trabalhadores independentes (a recibos verdes ou empresários em nome
individual) e bolseiros de investigação científica.
Cessação do pagamento O pagamento do subsídio de doença cessa quando:
● for atingido o termo do período constante do CIT (vulgo baixa médica);
● durante o período de incapacidade tenha sido declarada a não subsistência da
doença pelos serviços de saúde competentes ou pela comissão de reavaliação;
● o beneficiário tenha retomado o exercício da atividade profissional, por se
considerar apto;
● o beneficiário tenha trabalhado durante a baixa, mesmo que não haja provas de
ter sido pago;
● o beneficiário não tiver apresentado justificação atendível para a ausência da
residência ou falta a exame médico para que tenha sido convocado.
Subsídios de Natal e férias As prestações compensatórias relativas ao pagamento
dos subsídios de Natal e de férias só são pagas pela Segurança Social se o
beneficiário, em consequência de doença subsidiada, não tenha direito aos mesmos
ou no caso destes não lhe terem sido pagos pela entidade empregadora de acordo
com o estabelecido em regulamentação coletiva de trabalho ou outra fonte de
direito laboral.
Quanto tempo pode estar um funcionário de baixa por doença?
Cabe à minha empresa ou à Segurança Social efetuar o
pagamento do subsídio ao funcionário?
Relativamente à baixa de um trabalhador por conta de outrem (a contrato), a
Segurança Social é obrigada a pagar o respetivo subsídio durante a totalidade do
tempo de baixa fixado pelo médico assistente, desde que este período não ultrapasse
os 1.095 dias de limite máximo previsto na lei.
DICAS MAGAZINE
RH
ANO 2 N.º 9
2013.01.18
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MINI-DICAS
O subsídio de doença é
uma prestação
pecuniária atribuída para
compensar a perda de
remuneração, resultante
do facto do trabalhador
estar impedido
temporariamente de
trabalhar por motivo de
doença.
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SEGURANÇA SOCIAL
DICAS MAGAZINE
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ANO 2 N.º 9
2013.01.18
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Num agregado
monoparental considera
-se parente até ao 3.º
grau: pai, mãe, avó, avô,
bisavô, bisavó, irmão,
irmã, sobrinho, sobrinha
tio e tia.
No apuramento do
rendimento global do
agregado familiar são
consideradas diferentes
categorias de
rendimentos,
nomeadamente: de
trabalho dependente, de
trabalho independente
(empresariais e
profissionais), de
capitais, prediais,
pensões, algumas
prestações sociais e
subsídios de renda de
casa ou outros apoios
regulares à habitação.
QUEM TEM DIREITO?
Têm direito ao abono de família pré-natal as grávidas que: i) já atingiram a 13.ª
semana de gravidez; ii) são residentes em Portugal ou equiparadas a residentes; iii)
têm um rendimento de referência e património mobiliário abaixo dos valores limite
estipulados por lei e atualizados todos os anos.
Qual é o valor total máximo do património? Apenas tem acesso ao abono de família
pré-natal a grávida pertencente a um agregado familiar em que o valor total do
património mobiliário (depósitos bancários, ações, certificados de aforro ou outros
ativos financeiros) de todos os elementos, seja inferior a €100.612,80 (240 vezes o
valor do Indexante de Apoios Sociais, IAS = €419,22).
Quando se pode pedir? O abono de família pré-natal pode ser pedido a partir da
13.ª semana de gravidez. Se não for pedido durante a gravidez, pode ainda ser
solicitado no prazo de 6 meses contados a partir do mês seguinte ao do nascimento.
Se não for pedido dentro deste prazo de 6 meses, a mãe perde o direito a esse
abono.
Documentos necessários São necessárias aquando do pedido: i) as fotocópias dos
documentos de identificação civil (cartão de cidadão, bilhete de identidade, certidão
do registo civil, boletim de nascimento ou passaporte) e dos cartões de contribuinte
de cada membro do agregado familiar (se os membros do agregado familiar já
estiverem identificados na Segurança Social não é preciso entregar estes
documentos); ii) o certificado médico que comprova o tempo de gravidez e o
número de crianças que vão nascer (se o pedido for feito durante a gravidez) ou
identificação da(s) criança(s) recém-nascida(s) (se o pedido for feito depois do
nascimento); iii) documento comprovativo do NIB (talão de multibanco, fotocópia da
primeira folha da caderneta bancária ou de um cheque em branco), caso se pretenda
que o pagamento seja feito por transferência bancária.
Onde requerer? O pedido pode ser efetuado na Segurança Social Direta
preenchendo o formulário online e entregando a documentação digitalizada ou nos
serviços de atendimento da Segurança Social apresentando os formulários em papel
e respetivos documentos anexos. A Segurança Social pode ainda solicitar a
apresentação de prova de rendimentos e documentos adicionais sobre composição
do agregado familiar e residência.
Atenção A Segurança Social deve ser informada, no prazo de 10 dias, nos casos de
aborto espontâneo ou interrupção voluntária da gravidez (IVG).
QUANDO TERMINA?
O apoio termina: se a mãe deixar de residir em Portugal; se terminar o prazo de
validade do comprovativo de residência legal em Portugal, no caso da mãe ser
estrangeira; se houver um aborto espontâneo ou IVG (o pagamento pára no mês
seguinte); no mês seguinte ao do nascimento da criança; se a gravidez durar mais
de 40 semanas; ao fim de 6 prestações mensais, no caso de nascimento prematuro.
A Segurança Social enviou-me uma carta a indicar que não tenho
direito ao subsídio pré-natal. Mas afinal quem tem direito a este
subsídio ou abono? Podem esclarecer-me?
Poupe tempo e apresente o seu pedido de abono pré-natal através da Segurança
Social Direta . Lembre-se de ter à mão o seu NISS e a sua palavra chave.
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SUBSÍDIOS
PAG. 5 www.dicasmagazine.com
Cursos e estágios Para inscrição na Ordem, o proponente TOC tem de efetuar um
estágio profissional, que atualmente tem uma duração mínima de um ano. Em
alguns casos, dependendo da análise da OTOC, o estágio pode ser dispensado por o
TOC ter experiência profissional ou experiência profissional complementada de
determinados cursos complementares igual ou superior a três anos.
Dica Os valores de inscrição na Ordem, dos exames, do registo de sociedades e de
técnicos responsáveis foram atualizados, sendo o valor mais elevado o de pedido de
derrogação do limite de pontuação e custa €500.
Sociedades de profissionais Os sócios de Sociedades de Técnicos Oficias de Contas
têm forçosamente de ser TOC com a inscrição em vigor. Este tipo de sociedades tem
como objeto social a prestação exclusiva de serviços de TOC, sendo que os sócios
desta sociedade não podem integrar outra sociedade do mesmo género. O nome da
sociedade tem de ser composto pelos nomes dos sócios e conter a sigla STOC, ou
por extenso: Sociedade de Técnicos Oficiais de Contas. Em alternativa pode ter o
nome de apenas um sócio, acrescido da sigla “& Associados” (ou associado).
Atenção O pacto social deste tipo de sociedade deve ser submetido à aprovação da
OTOC, sendo que o registo da sociedade não pode exceder os 60 dias após a sua
constituição.
Sociedades de contabilidade Por exclusão de partes, as sociedades de contabilidade
são aquelas que não estão abrangidas nas sociedades de profissionais. Consideram-
se sociedades de contabilidade, por exemplo, as sociedades em que os sócios não
necessitam de ser TOC ou as sociedades cujo objeto social não se limita ao
exercício das funções de TOC. Mesmo que este tipo de sociedade permita outras
práticas, não se pode pôr em “causa a independência e dignidade da profissão” de
TOC. Estas sociedades também carecem de registo junto da Ordem e têm de
nomear um responsável técnico.
Dica Nas sociedades de contabilidade se um dos gerentes for TOC deve ficar como
responsável técnico; caso o gerente não tenha essa habilitação, pode ser qualquer
TOC que tenha contrato de trabalho ou de prestação de serviços com a sociedade.
Qualidade Na aferição dos níveis de qualidade aplicados pelos TOC no desempenho
das suas funções é avaliado, nomeadamente, o modo de exercício de atividade, tal
como previsto no artigo 7.º dos Estatutos do TOC. A aferição desta qualidade é
efetuada com observação de vários requisitos, entre os quais uma ponderação entre
número de clientes e a dimensão da empresa.
Formação Para qualificar os serviços do TOC, houve necessidade de criar linhas
mestras e obrigações no que diz respeito à formação. Inicialmente, a Ordem era a
entidade exclusiva de formações inferiores a 16 horas. Atualmente, essas
formações podem ser ministradas por outros organismos, desde que devidamente
credenciados. Para os TOC em exercício de funções, o mínimo de créditos referente
à formação é 12 por ano.
Quais os requisitos para me tornar um TOC? Que tipo de sociedades
podem os TOC criar? Como se efetua o controlo de qualidade das
mesmas? As consultas à Ordem têm um limite?
O controlo de qualidade de desempenho do TOC passa, entre outros fatores, pela
avaliação da complexidade do trabalho deste e sua competência, instalações da
atividade, formação realizada, podendo-se até efetuar consultas, para verificação de
documentação de clientes a cargo do TOC.
DICAS MAGAZINE
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ANO 2 N.º 9
2013.01.18
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Para o exercício de
funções os candidatos a
TOC devem deter grau de
licenciatura ou superior e
em cursos em que as
cadeiras ministradas
obedeçam às matérias e
número de horas
mínimos constantes no
Anúncio n.º 6060/2010.
O número de consultas
efetuadas pelo TOC
deixou de ser ilimitada,
pelo menos sem
acréscimo de custos.
Assim, cada TOC com a
inscrição válida e as
quotas em dia tem
direito a um máximo de
cinco consultas por ano,
com um máximo de três
perguntas cada.
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PROCEDIMENTOS
Subempreitada O contrato de subempreitada é uma subespécie de contrato com a
característica principal de estar subordinado a outro previamente outorgado, o
contrato de empreitada. O contrato de subempreitada inclui-se na categoria geral
dos subcontratos, onde os dois (empreitada e subempreitada) se mantêm distintos e
não fundidos num só negócio jurídico, embora tenham o mesmo objeto, ainda que
parcial (nomeadamente quando visam a execução de uma parte dos trabalhos que
constituem a obra), e tenham a mesma finalidade (o interesse do dono da obra).
Dica Não determinando a lei quaisquer outros aspetos deste regime, há que atender
desde logo ao contrato celebrado entre o dono da obra e o empreiteiro para saber
se é ou não admissível, a este último, recorrer ao regime da subcontratação e, em
caso afirmativo, em que termos.
O dono da obra tem que autorizar? Estando no domínio da liberdade contratual, as
partes podem estipular se a subcontratação carece de autorização por parte do
dono de obra. Paralelamente, as partes podem determinar também se o dono da
obra deve participar na formalização dos subcontratos.
Subcontratação Não estando impedido pelo contrato, o empreiteiro geral pode
subcontratar trabalhos desde que a empresa subcontratada detenha as habilitações
necessárias para a execução dos mesmos. Se o empreiteiro geral contratar um
subempreiteiro e este não estiver habilitado, incorre na prática do ilícito de
contraordenação muito grave, aplicável também à empresa subcontratada.
Atenção Se a empresa a subcontratar não apresentar as habilitações necessárias
para o trabalho e mesmo assim se proceder à sua execução, pode ser aplicada
medida cautelar de suspensão preventiva, total ou parcial, da atividade, o que inibe
a prática de qualquer ato no âmbito da atividade da construção.
Subcontratação vs. cessão da posição contratual A subcontratação distingue-se da
cessão da posição contratual na medida em que, nesta última, há uma total
transferência da posição assumida num contrato para a 3º. Esta transmissão a
terceiro exige que o contraente, antes ou depois da celebração do contrato,
consinta a transmissão.
E quem é o responsável? Apesar do empreiteiro poder recorrer à figura da
subcontratação, há que lembrar que sem o contrato de empreitada original não
pode haver subempreitada. Consequentemente, cabe ao empreiteiro, em primeira
linha, responsabilizar-se perante o dono da obra. Sendo o subempreiteiro um
elemento da responsabilidade do empreiteiro, obriga-se a seguir as regras do
contrato inicial que lhe dá origem. Desta forma, o subempreiteiro não pode negar
ao dono da obra os meios de defesa que podem ser invocados pelo próprio
empreiteiro, existindo essa autonomia.
Atenção A ausência de relação direta entre subempreiteiro e dono da obra implica
que o dono da obra possa apenas reagir contra o empreiteiro, devendo este depois
reagir contra o subempreiteiro, nos termos do direito de regresso.
Sou dono de uma obra e o empreiteiro quer subcontratar outras
empresas. Queria saber se tenho de fazer contratos com estas
empresas ou se só tenho que autorizar a celebração destes?
O regime das empreitadas de obras públicas é diferente do existente para as obras
privadas. Nas obras públicas, para além de ser limitada a certas situações, a
subcontratação carece sempre de consentimento do dono da obra. Em resultado da
relação contratual estabelecida, a responsabilidade também é, em primeiro lugar, do
empreiteiro e aplicam-se igualmente os termos do direito de regresso.
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ANO 2 N.º 9
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O contrato de
empreitada (de obra
particular) é um
contrato típico que
encontra a sua disciplina
no Código Civil. É neste
que se define a
subempreitada como o
contrato pelo qual um
terceiro se obriga, para
com o empreiteiro, a
realizar a obra a que
este se encontre
vinculado ou uma parte
dela.
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CONTRATOS
PAG. 7 www.dicasmagazine.com
PAG. 7/8
Que elementos devo ter em conta? Antes de tomar a decisão de emigrar, o
interessado deve ter em consideração alguns fatores como:
1. os seus conhecimentos linguísticos tendo como ponto de referência a língua do país e outras utilizadas no dia-a-dia;
2. as suas habilitações, tendo em conta as necessidades laborais do país;
3. se o país pertence, ou não, à União Europeia (UE);
4. custo e qualidade de vida;
5. segurança.
Dica Se possível, ao emigrar, parta já com a garantia do posto de trabalho e de
alojamento, assegurando-se da legitimidade da empresa que o contrata.
Pertence à UE? Dentro do espaço da UE não são necessários vistos ou autorizações
para trabalhar, sendo que o emigrante apresenta os mesmos direitos que no seu
país de origem. No entanto, tal já não acontece em países que não são membros da
UE. Antes de qualquer viagem para o estrangeiro, mesmo com objetivo laboral, é
importante consultar a página de internet ou consulado do país em questão.
Exemplo Em países como o Brasil, Angola, Suíça ou China são necessários vistos e/
ou autorizações de permanência para ficar no país e poder trabalhar.
Procure saber do que precisam! Torna-se cada vez mais frequente a divulgação de
recrutamentos, em Portugal, efetuados por entidades governamentais ou empresas
estrangeiras. Tem vindo a verificar-se que: Alemanha, Angola, Austrália, Brasil,
Canadá, EUA, França, Holanda, Noruega e Reino Unido procuram engenheiros fora
de portas; Reino Unido, Noruega, Alemanha, Austrália e Canadá procuram técnicos
de saúde; Reino Unido, EUA e Médio-Oriente recrutam enfermeiros no estrangeiro;
França procura enfermeiros e médicos; Alemanha, Angola, Canadá, EUA, Holanda e
Noruega necessitam de informáticos; Angola, Brasil e China procuram quadros
técnicos especializados; no Brasil necessitam de arquitetos, designers e consultores;
em Angola e na China procuram-se gestores; e, no Canadá e na Suíça pedem
funcionários para a hotelaria.
Dica Se está interessado em trabalhar em algum outro Estado membro da UE visite
o Portal Europeu da Mobilidade Profissional (EURES) em ec.europa.eu/eures/
home.jsp?lang=pt, e conheça as ofertas de emprego lá publicitadas.
Quanto mais línguas dominar melhor! Com a maior facilidade de movimentação de
trabalhadores, torna-se essencial ser fluente em várias línguas e no que diz respeito
a quadros superiores técnicos, o inglês ou o francês acabam por ser, muitas vezes, a
língua base. No entanto, em campos como a saúde, onde é necessária uma maior
aproximação ao utente, torna-se indispensável ser-se fluente na língua da
comunidade onde se integra.
Atenção Se optar pela China deve dominar bem o inglês e perceber o mandarim ou
cantonês!
Tive de fechar a minha empresa e agora estou desempregado sem
direito ao subsídio de desemprego. Estou a pensar seriamente em
emigrar. Será esta uma boa opção no meu caso?
Se analisarmos os valores das remunerações, por exemplo, na Alemanha, Médio-
Oriente ou no Canadá, estes podem ser até cinco vezes mais elevados do que em
Portugal. Avalie realisticamente o seu custo de vida de modo a ter uma perceção dos
seus gastos e perceber verdadeiramente se vai lucrar ou quanto vai lucrar ao emigrar.
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Depois da proposta ter
sido aprovada no
Parlamento Europeu, a
partir de 01 de julho o
preço do uso do
telemóvel em roaming
vai descer dos 35 para
os 29 cêntimos por
minuto nas chamadas
efetuadas, valor
acrescido de taxa de
IVA.
A Alemanha, França,
Reino Unido e países
do Médio-Oriente têm
vindo a recrutar
trabalhadores em
Portugal, prevendo-se
uma continuidade
destas ações.
SUBSÍDIOS
Responsáveis editoriais:
Tânia Marques, Gisela Franco
(coloque-nos a sua questão para
Colab oradores pr inc ipa is : Henrique Nunes (Advogado), Sara Quaresma (Jurista), Lino Bailão (Revisor Oficial de Contas), Susana Machado (Jurista), Pedro Cruz (Consultor Fiscal), Nádia Marques (Jornalista) , Amélia Bailão (Advogada), Carlos Rosado (Técnico
Oficial de Contas)
PUBLICADO POR:
DM Editores, Soc. Unipessoal Lda.
(NIF 508 864 240)
Apartado 69
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Isento de registo no Instituto da Comunicação Social ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do art. 12º do Decreto Regulamentar n.º 8/99 de 09 de Junho. Todos os direitos reservados. Esta publicação não pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo eletrónico, mecânico ou fotográfico, sem autorização prévia e escrita da editora. Textos elaborados com base na interpretação da legislação em vigor, não sendo vinculativos da posição da Administração Fiscal ou de outros entendimentos sobre os mesmos assuntos.
Por não termos frota, os nossos funcionários utilizam as suas
viaturas ao serviço da empresa. Podemos deduzir os custos com os
seguros, gasolina e manutenção dessas viaturas?
Compensações Considera-se como compensação por deslocações ao serviço da
empresa em viatura própria, a compensação dada aos trabalhadores (através da
atribuição de montante fixo por quilómetro feito) pela disponibilização da sua
própria viatura ao serviço da empresa. Na ausência de um regime geral ou especial
aplicável às relações jurídico-laborais de direito privado na matéria de atribuição
destes abonos, tem vindo a ser aplicado a todos os trabalhadores por conta de
outrem o regime estabelecido para as deslocações dos funcionários públicos ao
serviço do Estado.
As compensações são dedutíveis? A alínea f) do n.º1 do artigo 45.º do CIRC fixa a
não dedutibilidade fiscal das despesas com compensação pela deslocação em
viatura própria do trabalhador, ao serviço do empregador, não faturadas a clientes,
escrituradas a qualquer título, sempre que a entidade patronal não possua, por cada
pagamento efetuado, um mapa através do qual seja possível efetuar o controlo das
deslocações a que se referem aquelas despesas, exceto na parte em que haja lugar
a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário. Nesse mapa devem
estar identificados os respetivos locais, tempo de permanência, objetivo e, no caso
de deslocação em viatura própria do trabalhador, identificação da viatura e do
respetivo proprietário, bem como o número de quilómetros percorridos.
Dica Só são dedutíveis as compensações por deslocações que se destinem a fazer
face a outras despesas da empresa, sejam ao serviço da mesma, e,
comprovadamente indispensáveis para a realização dos proveitos da entidade.
Tributação autónoma Por força do previsto no n.º9 do artigo 88.º do CIRC, são
tributados autonomamente os encargos dedutíveis relativos a despesas com
compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da
entidade patronal, não faturadas a clientes e escrituradas a qualquer título, exceto
na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo
beneficiário. O mesmo acontece com os encargos não dedutíveis, nos termos do
disposto no n.º1 do artigo 33.º do CIRS, suportados pelos sujeitos passivos que
apresentem prejuízo fiscal no exercício a que os mesmos respeitam.
IRS Na esfera do trabalhador e de acordo com a alínea d) do n.º3 do artigo 2.º do
CIRS, consideram-se rendimentos do trabalho dependente as importâncias auferidas
pelo uso de automóvel próprio em serviço da entidade patronal, na parte em que
excedam os limites legais (definidos para os funcionários do Estado) ou quando não
sejam observados os pressupostos da sua atribuição aos servidores do Estado.
Atenção É obrigatória a existência de um boletim de itinerário.
Boletim de itinerário A nível fiscal, a compensação pelas deslocações em viatura
própria deve ser fundamentada com base num boletim de itinerário, com os
seguintes dados: i) identificação da viatura e respetivo proprietário; ii) número de
quilómetros percorridos; iii) local de destino e de origem; e, iv) justificação da
deslocação. As assinaturas do trabalhador e dos responsáveis pela receção e
autorização destes boletins devem ser sempre dos próprios e não de terceiros.
Os custos assumidos pela empresa com as despesas suportadas com o seguro ou
reparação da viatura do trabalhador não são aceites pelo fisco, uma vez que a viatura
não pertence à empresa, permitindo-se apenas deslocações. Se ao serviço da
empresa estas deslocações são frequentes, é melhor adquirir um veículo, já que
fiscalmente é mais vantajoso, possibilitando-lhe a dedução dos custos.
DICAS MAGAZINE
RH
ANO 2 N.º 9
2013.01.18
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PAG. 8/8
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