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Um diálogo sobre maestros e liderança Do gesto à gestão Rita Fucci-Amato e Martinho Lutero Galati Prefácio de Isaac Karabtchevsky Do gesto à gestão

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A batuta é o símbolo da liderança. O maestro é a representação do chefe que guia sua equipe para que cada um faça sua parte em conjunto e harmonia com o todo: o regente como gerente, Do gesto à gestão. Em um diálogo sincero entre maestro e maestrina, os renomados Rita Fucci-Amato e Martinho Lutero Galati descem do pódio para revelar seu trabalho por trás dos palcos. Temas diversos, como liderança, trabalho em equipe, estratégia, motivação, qualidade de vida no trabalho, aprendizagem e cultura organizacional são abordados a partir da experiência dos próprios.

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Um diálogo sobre maestros e liderançaDo gesto à gestão

Rita Fucci-Amato e Martinho Lutero GalatiPrefácio de Isaac Karabtchevsky

Drucker previu que os negócios no futuro serão como uma sinfonia regida por um maestro que lidera diretamente centenas de cantores e instru-mentistas. Para o pensador da gestão, as orques-tras são típicos exemplos de organizações intensivas em conhecimento. Em artigo na Harvard Business Review, Mintzberg concordou, acrescentando que os músicos são trabalhadores liderados pela inspi-ração, e não pela supervisão.

A batuta é um símbolo da liderança. O maes-tro é a representação do chefe eficaz. Coros e or-

questras são exemplos do trabalho em equipe, pa-radigmas da administração das relações humanas. Vivem em função da performance, de resultados de alto nível. Motivam pessoas para um trabalho técnico árduo e penoso, mas conseguem gerar prazer e bele-za. Demandam estratégia e planejamento, dividindo

tarefas e somando esforços. Cada voz canta uma melodia diversa, mas o resultado final é uma harmoniosa sinergia.

Essas figuras vivem na mente de muitos gestores, mas como será sua real feição? Descendo do pódio e revelando seu trabalho por trás dos palcos, um maestro e uma maes-trina dialogam sobre esses temas e muitos outros: o regente como gerente, do gesto à gestão... Management, maestro!

Rita Fucci-Amato é uma maestrina de formação transdisciplinar, do ges-to à gestão. Pós-doutora em Gestão pela USP, doutora em Educação e especialista em Fonoaudiologia, tem publicações acadêmicas na América Latina, Europa, Estados Unidos e Ca-nadá. É palestrante, consultora e au-tora de vários livros nas áreas de mú-sica, educação, gestão e voz, como A voz do líder: arte e comunicação nos palcos da gestão.

Martinho Lutero Galati de Oliveira é um maestro dos diversos cantos do mundo. Ao longo de mais de quatro décadas, construiu uma forma inova-dora de gestão de organizações mu-sicais, modelo implementado em três continentes: América, África e Euro-pa. Hoje é diretor artístico do Coro Luther King, em São Paulo, e do Coro Cantosospeso, em Milão.

Do gesto à gestão

Rita Fucci-Amato

Martinho Lutero G

alati

9 788564 013698

ISBN 978856401369-8

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Rita Fucci-Amato e Martinho Lutero GalatiPrefácio de Isaac Karabtchevsky

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“Quando o maestro sobe ao pódio e levanta sua batuta, os músicos respondem em uníssono.

Outro movimento, e todos eles param.Essa é a imagem do controle absoluto – gestão captada

perfeitamente em caricatura.E isso tudo ainda é um grande mito.”

(Henry Mintzberg, Liderança velada: notas sobre a gestão de profissionais, artigo na Harvard Business Review, 1998)

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Abertura. Zubin Mehta: Eles são os chefes! ____________________________________12Ato I - Muito além do palco

Cena 1. Caindo do pódio: do gesto à gestão __________________18

Cena 2. Maestro, manager: o regente como gerente ___________________________30

Cena 3. Maestro, mestre: coros e orquestras como organizações de aprendizagem _____________________41

Cena 4. Caminhando e cantando: o processo educacional ____________________________56

Cena 5. Da intenção ao gesto, do discurso à ação: regente = empreendedor? _________________________71

Entreato. Herbert von Karajan: Um grupo para recriar beleza _________________ 82Ato II - Gestão orquestrada

Cena 1. Polifonia, rede e cooperação: trabalho em equipe, canto em comum ______________________88

Cena 2. Talento versus conhecimento _______________________101

Cena 3. Breves e semibreves: cultura organizacional em uma organização cultural _____________________115

Cena 4. Pequenos gestos __________________________________122

Cena 5. Do gesto ao jogo: coaching & conducting, música e futebol ________________________________132

Sumário

Sobre os autores _______________________________________________________8Sobre o libretto, pelo Maestro Isaac Karabtchevsky ___________________10

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Page 8: Do gesto à gestão

Entreato. Claudio Abbado: O som e o silêncio _______________________________ 142Ato III - Uma certa magia

Cena 1. Luz no pódio _____________________________________146

Cena 2. Do sustenido ao sustentável: sustentabilidade sociocultural _____________________152

Cena 3. E-choir: coral, glocal ______________________________157

Cena 4. O gesto: conduzindo os ventos da inovação e da mudança _______________________160

Cena 5. Movendo pelo (en)canto ___________________________169

Entreato. Leonard Bernstein: Um só corpo... E um só espírito _______________ 180Ato IV - Afinando ideias

Cena 1. Orquestrações ____________________________________184

Cena 2. Est(ética): em alto e bom som ______________________192

Cena 3. Forte, piano, pianíssimo: do maestro tirano à autogestão ___________________199

Cena 4. Uníssono? Decisão, negociação e a construção do consenso _______________________211

Cena 5. Estratégia: cantos de paz em tempos de guerra ____________________________218

Entreato. Daniel Barenboim: Um negócio fantástico! _________________________228Ato V - Inspirar, transpirar, transformar

Cena 1. Liderança e teatro: na ópera como na vida? __________________________234

Cena 2. Mil vozes, mil cantos:

gestão transcultural ______________________________________239

Cena 3. Coro, corporação: além do RH ______________________246

Cena 4. A busca da excelência: regência de corpo e alma _________________________251

Cena 5. Fecham-se as cortinas (mas o livro continua...) __________________________259

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Sobre os autores

É uma maestrina de forma-ção transdisciplinar, do ges-to à gestão. Pós-doutora em Gestão pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisou o trabalho do maestro como administrador e a gestão de organizações corais na visão de maestros e cantores de de-zenas de países de todos os continentes. É Doutora e Mes-tre em Fundamentos Históri-cos, Filosóficos e Sociológicos da Educação pela Universi-dade Federal de São Carlos (U FSCar), Especialista em Fonoaudiologia pela Escola Paulista de Medicina, Univer-sidade Federal de São Paulo (EPM - Unifesp) e Bacharel em Música com habilitação em Regência pela Universi-dade Estadual de Campinas

Rita de Cássia Fucci-Amato

(Unicamp). Autora de mais de uma centena de artigos com-pletos publicados em anais de eventos acadêmicos e em revistas científicas do Brasil, Chile, Itália, Portugal, Espa-nha, Estados Unidos e Cana-dá, incluindo os encontros anuais da Production and Ope-rations Management Society (POMS) e da European Opera-tions Management Association (EurOMA). Pela Campus/El-sevier, publicou A voz do líder: arte e comunicação nos palcos da gestão. É também autora dos livros Memória Musical: retratos de um conservatório (Annablume), Escola e Edu-cação Musical: (des)caminhos históricos e horizontes (Papi-rus) e Manual de Saúde Vocal: teoria e prática da voz falada

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Maestro, fundou aos 16 anos de idade o Coro Luther King, em São Paulo, grupo que de-senvolve intensa atividade musical há mais de quatro décadas e vencedor do prê-mio APCA (Associação Paulis-ta dos Críticos de Arte) 2012 de melhor conjunto coral. Estudou na Argentina, Fran-ça, Itália, Hungria e Suíça, sendo discípulo de grandes músicos do século XX, como Hans-Joachim Koellreutter, Pablo Sosa, Péter Erdei, Fran-co Ferrara, Leonard Bernstein e Luigi Nono, com quem con-viveu em Veneza por longos anos. Na Itália, também es-tudou semiótica com Umber-to Eco. Viveu uma década na África, dirigindo e lecionan-do regência e composição na Escola Nacional de Música de Moçambique. Radicou-se

Martinho Lutero Galati de Oliveira

para professores e comunica-dores (Atlas). Regente coral e cantora lírica, tem proferido palestras e ministrado cursos para o público corporativo e

educacional, bem como nas principais escolas de negócios do país. Site: http://www.rita-fucciamato.blogspot.com/

na Europa, com intensa ati-vidade nos mais importantes teatros da Itália, Alemanha e Suíça. Cidadão paulistano, foi o único brasileiro agraciado como cidadão benemérito da cidade de Milão por méritos culturais, depois de Carlos Gomes. Hoje dirige a Rede Cultural Luther King, em São Paulo, bem como a Associa-zione Culturale Cantosospeso, em Milão, e com seus coros realizou turnês pelas princi-pais cidades italianas e por Brasil, Cuba, Alemanha, Fran-ça, Portugal, Croácia, Burkina Faso e Quênia. É presidente do Fórum Coral Mundial. Pelo mundo, ministrou dezenas de cursos e palestras sobre te-mas como canto coral, música brasileira e africana, regência e liderança. Site: http://www.lutherking.art.br/

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Sobre o libretto

A Revolução Industrial, que se expandiria pelo mun-do a partir do século XIX, trouxe também profundas transformações no universo musical. Os pequenos con-juntos, aqueles que se con-dicionavam às salas e teatros de pequenas dimensões, fo-ram confrontados com es-paços enormes, não neces-sariamente condizentes com normas de excelência acústi-ca. Compositores como Hec-tor Berlioz já intuíam o pro-cesso, como bem comprova a primeira audição da Sinfonia Fantástica, acompanhada de um programa literário escrito pelo próprio compositor, em 1836. Além disso, a obra tem dimensões colossais para a época, desde a introdução de tubas, até então restritas às bandas militares, às inúmeras harpas exigidas pelo compo-

sitor e a um número inusita-do de instrumentos de corda. Toda essa euforia instrumen-tal deveria ser acompanhada pela figura do regente, que assume, desde então, um pa-pel central na execução de partituras mais densas em número de intérpretes e com-plexidade estrutural.

Começa aí uma verdadeira revolução da prática da músi-ca de concerto e das óperas: o regente, até então condiciona-do a dirigir, organizar e deixar fluir o discurso musical, passa a exercer função primordial como elemento de ligação das ideias do compositor aos ins-trumentistas ou cantores. Da sua atuação provém o impul-so criador que poderá elevar a partitura a níveis transcenden-tes ou transformá-la em algo banal. Ele não só especializa a arte abstrata dos sons, mas a

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integra como parte de um cri-tério interpretativo; além dis-so, sua atuação ultrapassa essa dualidade e se inscreve dentro de parâmetros do imponde-rável, da mística, da aura que acompanha o artista e que de-termina a sua sonoridade aos conjuntos que dirige.

Lembro-me de um dos últi-mos concertos de Karajan no Festival de Salzburg, quando ele dirigia a Filarmônica de Berlim, na semana que prece-dia um concerto da mesma or-questra com Claudio Abbado. A sonoridade da orquestra, sempre compatível com seus níveis de excelência, era diame-tralmente oposta, de um para outro concerto. Como expli-car o contraste, se os músicos eram os mesmos? A análise mais profunda do fato repou-sa numa esfera mais relacio-nada à psicologia, na relação freudiana indivíduo-massa, do que em qualquer outro fator mais lógico. O regente con-segue transmitir, através do gesto, uma noção explícita de como deve soar um conjunto!

O ensaio Do gesto à ges-tão, de Rita Fucci-Amato e Martinho Lutero Galati, revela todo este amplo e fascinan-

te universo da atividade do maestro. Com sensibilidade e perfeito conhecimento da ma-téria, seus autores descrevem a diversidade que norteia a atuação do regente, naqueles aspectos pouco conhecidos do público em geral. Do ges-to à gestão constitui, a partir de agora, elemento referencial para todos, músicos ou apenas interessados num dos temas mais complexos e interessan-tes da História da Música.

São Paulo, 19 de dezembro de 2012

Maestro Isaac KarabtchevskyRegente titular da Sinfônica

Heliópolis, diretor artístico do Instituto Baccarelli, diretor artístico

e regente titular da Orquestra Petrobras Sinfônica e regente

convidado da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp)

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AberturaZubin Mehta: Eles são os chefes!

“Eu sou o único indiano. ElEs todos são os chEfEs!”

A resposta acima foi dada por um dos maiores maestros da história. A pergunta foi sobre como era reger a Or-questra Filarmônica de Israel, grupo seletíssimo de músicos inaugurado em 1936 (ano em que Zubin Mehta nasceu) sob a regência do maior maestro da época: Arturo Toscanini. Em uma orquestra deste nível e com esta tradição, cada ins-trumentista vê-se como o so-lista. Para coordenar egos e sons, o maestro, como en-sina Mehta, precisa não só empunhar a batuta e gritar

sua autoridade; necessita, sobretudo, neutralizar dis-sonâncias pessoais, fundar as bases para a cooperação e o diálogo com os grupos. Sobre o pódio, com a visão fi-xada na glória, o perigo seria não ter a seu favor o restante do palco. Restaria um maestro sem orquestra, um líder sem grupo.

Filho de um violinista fun-dador da Orquestra Sinfônica de Bombaim, Mehta aprendeu a transcender fronteiras. Aos 18 anos estava em Viena, es-tudando regência. “Na Índia,

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nossos pais escolhem nossa profissão. O meu me disse para ser médico. Mas eu tinha um primo que era um pianista muito bom em Viena e, como ele era três anos mais velho, meus pais tiveram confiança para me mandar para lá.” O irmão de Zubin, Zarin Mehta, estudou contabilidade em Lon-dres e se tornou sócio de uma grande empresa de consulto-ria, mas desistiu dessa carreira quando surgiu a oportunidade para ser diretor da Orquestra Sinfônica de Montreal, na qual ficou por quase duas décadas.

Depois, tornou-se presidente e diretor executivo da Filarmôni-ca de Nova Iorque.

O início da carreira de Zu-bin Mehta, como assistente do maestro britânico John Pritchard1 na Royal Liverpool Philharmonic, não foi inspira-dor. Em entrevista ao jorna-lista John Allison, da revista Opera, Mehta comentou: “Eu nunca dispus de uma comu-nicação real com John Pri-tchard. Eu aprendi muito em seus ensaios, mas ele nunca me preparou propriamente para assumir o comando. Ele simplesmente não seria de li-gar de manhã e me pedir para ensaiar a Segunda Sinfonia de Elgar. Eu diria: ‘Eu não conhe-ço a Segunda de Elgar, acabei de chegar de Viena e peguei a partitura para estudá-la em seu ensaio.’ Ele poderia ter me preparado uma semana antes. Foi o mesmo com as Variações para Orquestra de Schoenberg – ele fez com que ele ensaias-se aquilo! Naquele tempo eu sentia que eu era um fracasso

1. John Pritchard (1921-1989) dirigiu também a Orquestra Filarmônica de Londres e notabilizou-se como um es-pecialista em reger óperas de Mozart e Donizetti.

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completo – quando estava tris-te, pegava um trem para Man-chester e ia ouvir Barbirolli2 – mas essas são partituras que conheço ainda hoje. E penso que sempre fui bom para com meus assistentes por causa dessa experiência.”

Além da Filarmônica de Is-rael, Mehta trabalhou junto a orquestras de Los Angeles, Flo-rença, Munique e Valência, en-tre tantas outras. Em uma das oportunidades,questionado sobre como era reger a Or-questra Filarmônica de Nova Iorque, observou: “Essen-cialmente, a Filarmônica é como qualquer outra or-questra – eles todos têm o espírito de crianças, e se você raspar um pouco da fadiga e do cinismo, logo aparece de novo um es-tudante de música de 17 anos, pleno de maravilha, exuberância e um tremen-do amor pela música.”

Talvez o mais emblemático empreendimento da carreira de Mehta tenha sido reunir 2. John (ou Giovanni) Barbirolli (1899-1970) sucedeu Toscanini na direção da Filarmônica de Nova Iorque e foi regen-te convidado de inúmeras orquestras, como as sinfônicas da BBC e de Londres e as Filarmônicas de Berlim e Viena.

os maiores cantores de seu tempo; afinal, liderar Lucia-no Pavarotti, José Carreras e Plácido Domingo não é ta-refa para qualquer maestro. No documentário O sonho impossível, Mehta e os três tenores contam como foi a realização do projeto do grande concerto que fizeram na Copa do Mundo de fute-bol de 1990, em Roma – ain-da não esperavam se reunir em outro concerto, na Copa de 1994, em Los Angeles.

Para montar o grandioso espetáculo em Roma, nas ter-mas de Caracala, não faltaram dificuldades técnicas, buro-cráticas e políticas. Sobre a escolha do repertório, Mehta comentou: “Todos escolheram as grandes obras primas para tenores. Cada um dos três po-deria trocar de árias. [...] Cada um se utilizava do repertório do outro. Podíamos fazer o concerto na noite seguinte e Carreras podia ter cantado E lucevan le stelle e poderia ter sido muito bonito. Luciano poderia ter cantado O Paradi-so e Plácido poderia ter canta-do Nessun dorma, mas os três tenores, com essa espécie de

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sentimento fraterno existente, eliminaram de vez a ideia de al-guma animosidade entre eles. Para mim, como colega, como maestro os acompanhando, foi uma grande alegria.”

Teria existido esse empre-endimento sem o maestro Mehta? Carreras respondeu: “O papel de Zubin Mehta foi fundamental para o re-sultado final do concerto

devido à versatilidade des-te homem e ao seu incrí-vel talento musical. Não só por isso, mas pela atitude esportiva e pelo jeito cal-mo. Foi uma ajuda incrível que tivemos. Acho que não existem muitas pessoas as-sim no mundo capazes de reger este concerto como ele regeu.”

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