do iluminismo a websemântica
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Do Iluminismo à Web SemânticaReflexões sobre a comunicação com base
em uma única língua
Flavia Di Luccio
Orientadora: Ana Maria Nicolaci-da-CostaCo-orientador: Danilo Marcondes de Souza Filho
Desejo utópico de criação
de uma língua única de comunicação
- Diversidade linguística intrigante
- Pontos em comum entre as várias línguas
- Língua original
Ao longo dos tempos tem
acontecido algumas tentativas.
Do Iluminismo à Websemântica
O esclarecimento de Kant
• Submissão, dependência e inferioridade – estágio de
menoridade
• Sapere aude! (“ouse saber!” “tenha
coragem de usar suas próprias ideias!”)
O esclarecimento de Kant
• Para Kant, o conhecimento daria liberdade da
submissão e inferioridade impostos pelos senhores
detentores do acesso ao saber.
• Conhecimento - progresso - estágio de maioridade
• Reunir todo o conhecimento da
humanidade em 24 volumes -
Enciclopédia
• Conhecimento acessível aos que
pudessem ler, se instruir e acessar às
bibliotecas
• Conteúdo inquestionável
• Elitista
Projeto Enciclopedista Diderot – (1751 – 1766)
• Postulam o progresso da humanidade a partir do
livre acesso ao conhecimento e da
universalização do saber
Kant e a Enciclopédia
Kant e o projeto
enciclopedista não
abarcam a diversidade
linguística e a busca
pela língua universal
Século XVIII foi o século da escrita.
Condorcet acredita que o esclarecimento se daria através da
circulação dos escritos, alavancada pela imprensa.
A concretização aconteceria através da criação de uma
língua única, universal e artificial permitindo a comunicação
entre os homens e a disseminação dos saberes.
• Condillac propõe uma volta à língua originária
com o objetivo de criar artificialmente uma língua
única e universal
• Língua perfeita, única e universal =
linguagem dos cálculos
• Análise das línguas
• Raciocínio autônomo
• Ausência de diversidade linguística
• Bom raciocínio e boa comunicação
• Aproximação dos povos
• Esclarecimento
Tanto Condorcet quanto Condillac
não desenvolveram um projeto
formal da língua universal.
A busca pela criação de uma
língua universal artificial adentrou
o séc. XIX e a primeira metade do
séc. XX.
Esses projetos buscavam a
criação de uma língua
internacional auxiliar (LIA).
O Volapuque, o Esperanto e o
Latino sine flexione foram algumas
tentativas sem sucesso.
Por que fracassaram?
Porque tentaram unir em uma única língua
o conhecimento e a comunicação.
A partir da segunda metade do séc.XX, surgiu a
ideia que a língua inglesa poderia desempenhar o
papel de língua única de comunicação.
Crystal, Seidlhofer e Rajagopalan propõem projetos
que simplificam o inglês, com regras fechadas,
vocabulário restrito e invariável.
Porém, não levaram em consideração que as línguas
são dinâmicas, flexíveis e sofrem alterações de acordo
com os usuários, local e época.
Apesar
do fracasso, a
contribuição do
inglês como língua
de comunicação na
contemporaneidade
é inegável.
E aí nasce a Internet...
Tendo como língua mãe o inglês.
Interligando computadores de pessoas
de todo o mundo.
A Internet ganha força e se expande globalmente.
E com ela a necessidade de comunicação entre
as pessoas de várias partes do mundo.
A língua inglesa começa a perder sua soberania com
a disseminação de possibilidades de comunicação
oferecidas on-line
O rápido desenvolvimento dos sistemas de
programação possibilitaram a criação de
ferramentas de tradução automática que permitiram
aos usuários escolher a língua durante a
comunicação mediada pelo computador.
Tornando a Web
multilíngue.
Colocando a língua em uma posição secundária.
A Web permite que a comunicação ocorra
independemente da língua.
Quebrando as barreiras linguísticas.
A língua não
impede mais a
busca pelo
conhecimento.
A Web evolui propiciando o desenvolvimento de
ferramentas para que os próprios usuários
produzam e disseminem conteúdo
Nasce a Web 2.0: social, colaborativa,
democrática, interativa, multilíngue e da geração
coletiva de conteúdo
Devido a facilidade para publicação e o grande volume
de conteúdo disponível cresce a necessidade de filtrar
essas informações
Surge uma proposta para estabelecer melhores
conexões entre as informações para facilitar
o acesso à informação
Enquanto a Web 2.0 utiliza a Internet para
estabelecer conexões entre as pessoas, a Web 3.0
usa a Internet para estabelecer conexões entre
as informações que estão na Rede.
A Web dos documentos (2.0) dá lugar a
Web dos significados (3.0).
Seu foco está no armazenamento, integração,
combinação e interação de todas as informações
contidas na rede.
Para a concretização da Web 3.0, linguagens de
programação como XML, RDF e OWL são
necessárias.
E elas, que são as mesmas em qualquer parte do
mundo, podem ser consideradas linguagens
universais.
A Web 3.0 tem como objetivo permitir, através da
Internet, o compartilhamento de todo o
conhecimento existente no mundo.
Os ideais iluministas, o projeto enciclopedista e a
Web 3.0 possuem similaridades.
Sua concretização dependerá
do aprimoramento das
ferramentas de busca, de
tradução automática, acesso
ao conteúdo, criação de
ontologias e principalmente
da democratização do acesso
a rede e ao seu conteúdo.
Obrigada!
@flaviadiluccio
#doiluminismoawebsemantica