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Documento de apoio de Futsal para a disciplina de Educação Física

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  • Documento de Apoio de Educao Fsica

    FUTSAL

    Henrique Nunes

    Escola Secundria com 3 CEB Dr. Bernardino Machado | Figueira da Foz

    1

    I Futsal

    Origem do Futsal

    O Futsal, inicialmente com a designao de Futebol de Salo, comeou a ser praticado, na primeira

    metade do sculo XX (dcada de 30), em pases da Amrica do Sul.

    Ter surgido por aco da Associao Crist de Jovens que, nas suas escolas, para manter uma

    atividade fsica regular, durante os rigores do inverno, jogavam Futebol num recinto fechado e com

    recurso a luz artificial. Inicialmente usaram campos de basquetebol e at sales de festas. Como

    esses espaos eram menores do que um campo de Futebol, tiveram de ser elaboradas novas regras

    e uma nova bola com um ressalto mais baixo.

    Criado na escola da Associao Crist de Jovens de Montevideu (Uruguai) foi, desde logo, difundido

    por todas as delegaes dessa escola na Amrica do Sul, particularmente no brasil.

    Na ltima dcada do sculo XX, o Futsal conheceu uma enorme evoluo. Na altura, havia o Futebol

    de Salo (dirigido pela Federao Internacional de Futebol de Salo - FIFUSA) e o Futebol de Cinco

    (dirigido pela Federao Internacional de Futebol Amador FIFA). A FIFUSA foi extinta e integrada

    na FIFA, tendo sido criada uma comisso especfica para o desenvolvimento da modalidade.

    Podemos, por isso, afirmar que o Futsal surgiu da fuso do Futebol de Salo com o Futebol de

    Cinco.

    Em Portugal, apesar desta modalidade se ter comeado a praticar em 1986, s no ano de 1997 se

    deu a sua integrao na Federao Portuguesa de Futebol FPF.

    A

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    2

    reve Caracterizao do Jogo de Futsal O Futsal uma modalidade praticada por duas equipas, compostas por cinco elementos cada

    (um guarda-redes e quatro jogadores de campo) em jogo e que exige movimentaes

    constantes, rapidez e um grande domnio tcnico. Poder haver diferentes verses para

    responder a situaes especficas e possibilitar a prtica do jogo a todas as pessoas.

    O objetivo do jogo colocar regulamentarmente a bola na baliza adversria e impedir, por outro

    lado, que ela entre na baliza colocada no seu prprio campo. A bola jogada com os ps, exceto no

    caso especfico do guarda-redes que pode utilizar as mos, apenas numa rea limitada.

    Dois rbitros asseguram o cumprimento das Leis de Jogo e so auxiliados por um cronometrista

    que controla os tempos (de jogo, das interrupes, das penalizaes, etc.) e por um terceiro rbitro

    que ajuda o cronometrista (registo de faltas acumuladas, marcadores de golos, advertncias e

    expulses, etc.).

    rincipais regras do Jogo de Futsal

    1. Terreno de Jogo

    O Futsal um Jogo Desportivo Coletivo normalmente jogado sobre um terreno de quarenta

    metros de comprimento por vinte metros de largura (40x20m), podendo, no entanto, estas

    dimenses variar entre os 25 e os

    42m de comprimento e os 16 e os

    25m de largura. No centro da linha

    que divide o campo em duas partes

    iguais linha do meio-campo

    marcado um ponto a partir do qual

    se traa um crculo de 3m de raio

    o crculo central.

    Em cada linha de baliza, existe, ao

    centro, uma baliza com 3m de

    largura por 2m de altura.

    A rea de grande penalidade

    limitada por uma linha a 6m de

    distncia da poro da linha de baliza compreendida entre os postes da baliza. Nessa linha, ao

    centro, a 6m da baliza, assinala-se a marca de grande penalidade.

    distncia de 10m do ponto central de cada baliza, assinala-se a segunda marca de grande

    penalidade.

    B

    P

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    3

    Em cada canto, existe um quarto de crculo, com um raio de 0,25m, a partir da interseco da linha

    de baliza com a linha lateral, para delimitar o arco de crculo de canto.

    Em frente a cada banco dos tcnicos e substitutos, existe a zona de substituies, logo a seguir

    mesa do cronometrista, a 5m de um e outro lado da linha do meio-campo, prolongando-se 5m para

    a linha de baliza.

    2. A bola

    A bola esfrica, feita de couro ou material semelhante. Deve ter um circunferncia de 64cm no

    mximo e 63cm no mnimo e um peso compreendido entre os 400 e os 440g.

    3. N de Jogadores

    Cada equipa composta por cinco jogadores efetivos (em campo), dos quais um o guarda-redes

    e, no mximo, sete jogadores substitutos.

    4. Substituies

    As substituies so ilimitadas e podem ser realizadas sempre, quer a bola esteja em jogo ou no.

    Devem ser realizadas pela zona de substituies de cada equipa e o substituto s pode entrar no

    terreno de jogo aps a sada do jogador que vai substituir.

    5. Durao do jogo

    O jogo composto por duas partes de 20 minutos cada, separados por um intervalo que no pode

    exceder os 15 minutos. Esta durao varia em funo do escalo de competio.

    Cada equipa pode pedir um tempo morto (1 minuto) em cada uma das partes, mas somente

    quando essa equipa estiver na posse da bola e a bola estiver fora de jogo.

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    6. Pontap de sada e recomeo de jogo

    A escolha dos campos feita mediante sorteio por moeda ao ar. A equipa vencedora do sorteio

    escolhe a baliza em direo qual atacar durante a primeira parte. A outra equipa ter direito ao

    pontap de sada inicial.

    No incio da segunda parte, as equipas trocam de posio e atacam na direo contrria (trocando

    tambm de banco) sendo o pontap de sada efetuado pela equipa que venceu o sorteio inicial.

    O pontap de sada utiliza-se no incio do jogo, aps a marcao de um golo e no incio da segunda

    parte, no se podendo obter golo diretamente deste pontap.

    Na execuo de um pontap de sada todos os jogadores devem estar colocados na sua prpria

    metade do terreno de jogo, sendo que os jogadores da equipa que no executa o pontap devem

    estar colocados a uma distncia mnima de 3m da bola.

    A bola, colocada sobre o ponto central, entra em jogo logo que pontapeada para a frente, aps o

    sinal do rbitro. O jogador que executa o pontap de sada s pode voltar a jogar a bola depois de

    ela ser tocada por outro jogador.

    7. Bola em jogo e bola fora

    A bola est fora de jogo quando:

    ultrapassar completamente a linha de baliza ou a linha lateral,

    o jogo for interrompido pelo rbitro ou

    tocar no teto.

    8. Marcao de golos

    Quando a bola ultrapassa completamente a linha de baliza, entre os postes e por baixo da barra,

    golo, desde que a equipa que o marca no tenha, previamente, cometido nenhuma infraco s leis

    de jogo.

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    9. Faltas e comportamento antidesportivo

    Assinala-se um pontap livre direto a favor da equipa adversria do jogador que cometeu uma das

    seguintes faltas:

    Dar ou tentar dar um pontap num adversrio;

    Passar ou tentar passar uma rasteira a um adversrio;

    Saltar sobre um adversrio;

    Carregar um adversrio;

    Agredir ou tentar agredir um adversrio;

    Empurrar um adversrio;

    Entrar em tacle sobre um adversrio;

    Agarrar um adversrio;

    Cuspir sobre um adversrio;

    Tocar intencionalmente a bola com as mos (exceto o guarda-redes dentro da sua prpria

    rea de grande penalidade).

    Os pontaps livres diretos so executados no local em que as faltas foram cometidas e todas as

    faltas sancionadas so acumuladas.

    No pontap de livre direto pode obter-se um golo diretamente na baliza

    adversria. O rbitro mantm um brao na horizontal, indicando a direo

    e o outro brao indicando o local da infraco.

    Quando uma destas faltas for cometida por um jogador dentro da sua rea

    de grande penalidade, independentemente do local onde a bola se

    encontre em jogo nesse momento, ser assinalado um pontap de grande

    penalidade a favor da equipa adversria.

    Assinala-se um pontap de livre indirecto a favor da equipa adversria do jogador que cometeu

    uma das seguintes faltas:

    Jogar de maneira perigosa;

    Fazer obstruo progresso do adversrio;

    Impedir o guarda-redes de soltar a bola das mos;

    Cometer outras faltas no mencionadas pelas quais o jogo seja interrompido, a fim de

    advertir ou expulsar um jogador.

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    Assinala-se tambm um pontap de livre indirecto nas seguintes faltas cometidas pelo guarda-

    redes:

    Controlar a bola com as mos ou com os ps por mais de 4 segundos no seu meio-campo;

    Depois de ter jogado a bola tocar-lhe novamente no seu meio-campo, sem ter sido jogada

    por um adversrio;

    Tocar a bola com as mos dentro da sua rea de grande penalidade aps ter sido tocada por

    um colega da equipa;

    Tocar a bola com as mos dentro da sua rea de grande penalidade aps t-la recebido

    diretamente de um pontap de linha lateral da sua equipa.

    Os pontaps de livre indirectos so executados no local em que as faltas foram cometidas, a no

    ser que a falta seja cometida no interior da rea de grande penalidade nesse caso, o pontap de

    livre indirecto ser executado sobre a linha da rea de grande penalidade, no ponto mais prximo

    do local onde a falta foi cometida.

    Para assinalar o pontap de livre indirecto, o rbitro levanta um brao por cima

    da cabea e mantm essa posio at que a bola toque noutro jogador ou saia do

    terreno de jogo. S considerado golo se a bola entrar na baliza adversria

    depois de ter sido tocada por outro jogador, para alm do executante.

    10. Faltas acumuladas

    Todas as faltas, sancionadas com pontap de livre direto ou pontap de grande penalidade so

    acumuladas.

    As faltas acumuladas por cada equipa, em cada parte de jogo, devem ficar registadas. A partir da

    sexta falta acumulada:

    No permitida a formao de barreira;

    O jogador que executa pontap livre dever ser identificado;

    O guarda-redes deve estar na sua rea de grande penalidade a uma distncia mnima de 5m

    da bola;

    O executante tem de marcar a falta diretamente para a baliza, no podendo fazer um passe

    para um colega.

    11. Pontap de grande penalidade

    Assinala-se sempre que equipa cometa, dentro da sua rea de grande penalidade e com a bola em

    jogo, uma das faltas punidas com pontap de livre direto.

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    12. Pontap de linha lateral

    concedido um pontap de linha lateral equipa adversria do jogador que tocou a bola em

    ltimo lugar quando a bola ultrapassar completamente a linha lateral ou tenha batido do teto. De

    um pontap de linha lateral no pode ser obtido golo diretamente.

    O executante deve:

    Colocar-se no local onde a bola ultrapassou a linha lateral;

    Ter um p na linha lateral ou no solo fora do terreno de jogo;

    Pontapear a bola at um tempo limite de 4 segundos;

    Os jogadores adversrios devem estar no terreno de jogo e a uma distncia mnima de 5m.

    13. Lanamento de baliza

    concedido quando a bola, tocada um ltimo lugar por um jogador da equipa atacante, ultrapassar

    completamente a linha de baliza, sem que tenha sido marcado um golo. O guarda-redes pode

    efectuar o lanamento de qualquer ponto da sua rea de grande penalidade, dentro do tempo

    limite de 4 segundos. No se pode marcar diretamente um golo com um lanamento de baliza.

    14. Pontap de canto

    Assinala-se pontap de canto quando a bola, tocada em ltimo lugar por um jogador da equipa

    defensora, ultrapassar completamente a linha de baliza, sem que tenha sido marcado um golo.

    A bola pontapeada de dentro do arco de canto mais prximo do ponto onde a bola atravessou a

    linha de baliza, dentro do tempo limite de 4 segundos. Os jogadores adversrios devem estar no

    terreno de jogo e a uma distncia mnima de 5m. Pode-se marcar diretamente um golo.

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    estos Tcnicos

    O Futsal fundamenta-se em modelos tcnicos especficos da modalidade devido limitao que as

    regras impem na forma de jogar a bola. Esta no pode ser agarrada ou tocada com as mos, tendo

    que ser tocada com os ps ou qualquer outra parte do corpo.

    Tendo em conta o objetivo do Jogo de Futsal e procurando maximizar o sucesso das aes sobre a

    bola, podemos distinguir seis gestos tcnicos fundamentais: a receo, a conduo de bola, o passe,

    o remate, o drible e a finta.

    Em funo dos contedos abordados nas aulas de Futsal, aprofundaremos a anlise da receo com

    a planta do p e com a parte interna, da conduo de bola, do passe com a parte interna, do

    remate e da finta e drible, atravs da leitura da tabela abaixo.

    Nesta, podemos observar, para cada um dos gestos includos, os princpios de execuo, utilizao

    preferencial em situao de jogo e uma imagem ilustrativa do modo de execuo.

    Princpios de Execuo Utilizao em jogo

    Rec

    e

    o c

    om

    a p

    lan

    ta d

    o p

    Travar a bola entre a planta do p e o solo; transferir o peso do corpo para a outra perna que deve estar ligeiramente fletida, permitindo um controlo eficaz da bola.

    Na receo de um passe com trajectria rasteira ou com ressalto sua frente.

    G

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    Princpios de Execuo Utilizao em jogo

    Rec

    e

    o c

    om

    par

    te in

    tern

    a Transferir o peso do corpo para a outra perna e travar a bola

    com a parte interna do p (orientando esse p para o exterior), atravs de um movimento da perna da frente para trs, permitindo um controlo eficaz da bola.

    Na receo de um passe com trajectria rasteira ou area.

    Co

    nd

    u

    o d

    e b

    ola

    Levar a bola com sucessivos toques ligeiros, sempre prxima do p que a conduz, mantendo a cabea levantada para observar colegas e adversrios. Pode ser feita com vrias superfcies do p: peito, interior, exterior e planta).

    Sempre que haja espao livre frente do portador da bola para progredir no terreno.

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    Princpios de Execuo Utilizao em jogo

    Pas

    se c

    om

    a p

    arte

    inte

    rna

    Colocar o p de apoio ao lado da bola, orientado para o alvo do passe e fletir a perna de batimento pelo joelho, balanando-a de trs para a frente em direo bola e continuar esse movimento na direo do passe. Tocar a parte posterior da bola com a parte interna do p que deve estar perpendicular direo do passe.

    Para entregar a bola a um colega em posio mais ofensiva ou mais favorvel ao desenvolvimento do jogo. NOTA: O alvo do passe pode ser um companheiro ou um espao vazio a explorar.

    Rem

    ate

    Colocar o p de apoio ao lado da bola e direccionado para a baliza e impulsionar a outra perna frente com fora, tocando a bola com a parte interna do p (ver descrio do passe com parte interna), com a biqueira (ponta do p) ou com o peito do p (p com os dedos virados para o solo e tocar a bola na zona mdia).

    Para finalizar ou tentar finalizar uma jogada de ataque.

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    Princpios de Execuo Utilizao em jogo

    Dri

    ble

    e F

    inta

    So deslocamentos com bola drible e sem bola fintas para ultrapassar ou enganar o adversrio. Devem ser rpidos e implicar mudana de direo e de sentido como voltas, rotaes e paragens bruscas.

    Sem bola so utilizados para garantir uma boa desmarcao e com bola so utilizados para ultrapassar um ou mais adversrios.

    undamentos Tticos

    Como todos os Jogos Desportivos Coletivos, o Futsal fundamenta-se em gestos tcnicos e

    comportamentos que respeitem a forma de jogar a bola consubstanciada pelo regulamento

    especfico da modalidade que concorrem para alcanar o objetivo de jogo.

    No caso do Futsal, esse objetivo , como j foi referido, colocar regulamentarmente a bola na baliza

    adversria e impedir, por outro lado, que ela entre na baliza colocada no seu prprio campo. A

    partir desse objetivo imediatamente se distinguem duas fases: a fase de ataque, que corresponde

    ao(s) momento(s) em que a equipa tem a posse de bola, e a fase de defesa, correspondente ao(s)

    momento(s) do jogo em que essa equipa procura evitar que a bola entre na sua baliza.

    1. Fase de Ataque

    Nesta fase a equipa encontra-se na posse de bola e procura colocar a bola na baliza adversria.

    Para tal, a equipa deve movimentar-se no sentido de aproximar a bola da baliza adversria,

    garantindo permanentemente a criao de linhas de passe ao portador da bola e explorando

    espaos vazios prximos da zona de finalizao.

    2. Princpios bsicos ofensivos

    Os princpios bsicos no so solues tticas para resolver problemas especficos colocados pela

    equipa adversria; eles referem-se a comportamentos que os jogadores devem ter no sentido de

    atingir o objectivo da equipa nesta fase.

    F

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    O primeiro princpio ofensivo a penetrao e diz respeito ao portador da bola. E com este

    princpio pretende-se que o portador da bola conduza a bola preferencialmente no sentido do

    ataque, invadindo o espao defensivo adversrio e, simultaneamente, aproximando a bola da baliza

    adversria. Por outras palavras, o portador da bola deve ter sempre presente que o seu objetivo (e

    o da sua equipa) finalizar. Para melhor entender este princpio, lembram-se as situaes de 1X1 e

    2X1+GR trabalhadas nas aulas.

    Os restantes princpios referem-se aos jogadores envolvidos nesta fase de jogo. Assim, o segundo

    princpio o da cobertura ofensiva defende que o 2 atacante deve permanentemente garantir

    uma linha de passe segura ao portador da bola. Esta linha de passe deve ser mais ofensiva atravs

    da explorao do espao vazio nas costas do defesa ou de apoio ao portador da bola, afastado dele

    e do defesa. (2X1+GR).

    Finalmente, o terceiro princpio ofensivo a mobilidade defende a necessidade de os jogadores

    atacantes se movimentarem constantemente em funo do portador da bola, dos adversrios e da

    baliza adversria, procurando desequilibrar a defesa adversria, oferecer linhas de passe ao

    portador da bola ou finalizar a jogada. (3X2+GR)

    3. Princpios bsicos defensivos

    Aos princpios ofensivos opem-se os defensivos que procuram ser comportamentos permanentes

    nos jogadores da equipa que se encontra nesta fase.

    Ao princpio da penetrao, ope-se o da conteno. Se, em fase atacante, o objetivo finalizar, a

    equipa em fase defensiva deve procurar, prioritariamente, defender a sua baliza e no recuperar a

    posse de bola. Assim, ao jogador que se ope ao portador da bola, pede-se que atrase a progresso

    do adversrio para a baliza, atravs de um enquadramento defensivo adequado, isto , mantendo

    uma distncia relativamente prxima do portador da bola e colocando-se entre ele e a baliza que

    defende.

    O 2 defesa deve respeitar o segundo princpio o da cobertura ofensiva que diz que este

    jogador deve deslocar-se defensivamente garantindo a cobertura ao seu companheiro de equipa

    nos casos em que ele ultrapassado, a marcao aos adversrios sem bola e a defesa da sua baliza.