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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
A Importância da Controladoria para o Processo Decisório, Nas Instituições Brasileiras e Angolanas. Comparativo do Banco Bradesco-Brasil X Banco BFA-Angola.
Maria Julia Miguel José.
ORIENTADOR: Luciana Madeira.
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Auditoria e Controladoria. Por: Maria Julia Miguel José.
A Importância da Controladoria para o Processo Decisório, Nas Instituições Brasileiras e Angolanas. Comparativo do Banco Bradesco-Brasil X Banco BFA-Angola.
Rio de Janeiro 2016
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AGRADECIMENTOS
Deus por ter me dado saúde e força para superar
as dificuldades.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio
incondicional, em especial meu namorado Adilson
Cabanga e todos que direta ou indiretamente
fizeram parte da minha formação, ao meu amigo
Luís Januário e a toda a minha família, amigos.
4
DEDICATÓRIA
A minha Mãe Luísa, minha heroína que me deu
todo apoio, incentivo nas horas difíceis, de
desânimo e cansaço. Ao meu Pai que apesar de
todas as dificuldades me fortaleceu e que pra mim
foi muito importante.
Obrigada aos meus irmãos e sobrinhos, que nos
momentos de minha ausência dedicados aos
estudos, sempre fizeram entender que o futuro é
feito a partir da constante dedicação no presente.
5
RESUMO
Baseando nas necessidades atuais das empresas que é a garantia de idoneidade de suas operações tanto para sua própria segurança quanto para fatores determinantes externos como investidores e fiscalização governamental, buscamos através da utilização dos principais conceitos elaborados por estudiosos da área, e a adoção dos procedimentos adequados para deter em sua empresa o desenvolvimento do trabalho de auditoria e controle interno. Garantindo assim, a empresa atingindo sua eficiência e podendo garantir sua credibilidade.
Tendo a auditoria o objetivo do exame normal das demonstrações financeiras para expressar uma opinião sobre as propriedades das mesmas, e assegurar que elas representam adequada- mente a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens e aplicações de recursos correspondem aos períodos em exame, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos, aplicados com uniformidade durante os períodos.
Permitindo que o controle interno represente em uma organização o conjunto de procedimentos métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.
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METODOLOGIA
O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica a respeito do
assunto Controladoria feita em artigos científicos, web e revistas de
administração com o objetivo de identificar os modelos de controladoria e
tomada de decisões e os dois Bancos que servirão como exemplo para
ilustração. Quanto aos Fins a pesquisa será do tipo explicativo e descritivo.
Segundo Vergara para pesquisa ser explicativa ela tem que ter como principal
objetivo tornar algo intangível justificar lhe os motivos. Quanto aos Meios a
pesquisa será bibliográfica. Segundo Vergara a pesquisa bibliográfica se
justifica, porque será feito com vários autores de livros e internet, onde poderão
ser comprovados todos os argumentos disponibilizados nos textos. Conforme
Vergara diz que bibliográfico é o estudo sistematizado desenvolvido com base
em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é,
material acessível ao publico em geral. Fornece instrumento analítico para
qualquer outro tipo de pesquisa, mais também pode esgotar-se em si mesma.
O material publicado pode ser fonte primária ou secundária.
Segundo Vergara a pesquisa bibliográfica se justifica, porque será
feita com vários autores de livros e internet, onde poderão ser comprovados
todos os argumentos disponibilizados nos textos. Conforme Vergara diz que
bibliográfico é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material
publicado em livros, revistas, jornais redes eletrônicas, isto é, material
acessível ao publico em geral. Tem como caráter de profundidade e
detalhamento dos últimos 10 anos. Pode ou não ser realizado em campo.
Coleta e Levantamento de Informações serão coletados de modos
bibliográficos. Conforme Vergara (2010) a pesquisa bibliográfica à coleta é feita
na literatura que, direta ou indiretamente trata do assunto: livros, artigos, anais
de congressos, teses dissertações, jornais, internet.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................. 08
CAPÍTULO I- Evolução Histórica da Controladoria......................................13
1.1 - O Que é Auditoria?.................................................................................,13
1.2 - Surgimento da Auditoria.........................................................................15
1.3 - O Que é Controladoria?..........................................................................18
1.4 - Diferença entre Controladoria e Auditoria............................................19
CAPÍTULO II - A controladoria e os Sistemas Gerenciais...........................22
2.1 - A Importância da controladoria para as Organizações.......................22
2.2 - Como as Informações Contábeis Atuam na controladoria.................25
2.3 - Qual a Importância dos Auditores em Todo o Processo....................26
2.4 - As Características de um Bom Conjunto de Relatórios......................27
CAPÍTULO III- Comparativo do Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-
Angola...............................................................................................................30
3.1 - Histórico das Organizações Bancarias.................................................30
3.2 - O Banco (Bradesco)................................................................................34
3.3 - O Banco de Fomento em Angola (BFA)................................................40
3.4 - Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola......................................42
CONCLUSÃO................................................................................................... 48
BIBLIOGRAFIA................................................................................................. 53
ÍNDICE.............................................................................................................. 56
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INTRODUÇÃO
Um dos maiores problemas das organizações e a divulgação de
suas informações e sua confiabilidade, principalmente para o mercado de
ações e por isso a auditoria e controladoria se tornou um tema desafiador e
oportuno, a auditoria é um tema importante para os gestores devido ao papel
fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da
organização. E uma área que vem ganhando cada vez mais espaço nas
organizações e serve como termômetro para o sucesso da organização com
seus investidores, pois um dos recursos mais importante ate na sociedade e
sua importância na construção de organizações melhores estruturadas e
rentáveis e também o desenvolvimento da sociedade esta atrelado ao avanço
das organizações hoje.
A importância de se conhecer as informações fornecidas pela
organização e sua confiabilidade torna-se um diferencial estratégico para a
organização e termina passando pela Gestão das empresas, Avaliação na
bolsa de valores por investidores, Serviços mais usuais de investidores e
também pela CVM e podemos afirmar “que a auditoria consiste num
mecanismo de controle, na medida em que revisa e avalia a eficiência e
adequação dos outros controles existentes e auxilia a alta administração na
tomada de decisões”.
O tema Controladoria e recente e importante quando nos
debruçamos sobre este tema nos vem em mente como uma palavra bastante
desafiadora. Porque ela engloba variável como poder, autoridade e
responsabilidade características dos gestores e administradores. O objetivo
desta monografia centraliza-se sobre a Importância da Controladoria para o
Processo Decisório, Nas Instituições Brasileiras e Angolanas. Comparativo do
Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola, o Controle nas organizações Hoje
e como os acionistas e o mercado pode desenvolver um controle Hoje dentro
da organização.
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A minha escolha ou razão do meu tema em baseia-se de que as
informações geradas pela controladoria são importantes para as organizações
já que é exame cuidadoso e sistemático das atividades para aumentarem
desenvolvidas em determinadas organizações, cujo objetivo é averiguar se elas
estão de acordo com as planejadas e/ou estabelecidas previamente, se foram
implementadas com eficácia e se estão adequadas (em conformidade) a
consecução dos objetivos. Hoje as informações são usadas pelas organizações
para monitorar e mitigar os riscos para aumentar as chances e aumentar
possibilidades de sucesso do projeto.
Quanto ao meu objeto de estudo será sobre auditoria e controladoria
Diante do problema exposto a sequência deste capitulo visa demonstrar a
importância do termo referido o delimitam-se os objetivos Específicos e Geral
com grande intuito de possibilitar a compreensão e a importância deste
trabalho acadêmico e sua justificativa em ainda no decorrer deste estudo
abordarei o papel da auditoria e controladoria como fator e comprometimento
nas organizações.
Como Delimitação esse trabalho restringiu- se ao Sistema de
controle, avaliação de desempenho: governança corporativa, avaliação de
ativos intangíveis e contabilidade internacional. Integração entre padrões-
contabilidade e principais instrumentos de mensuração, o Sistema integrado de
informações e o método de gestão, conceitos básicos de planejamento,
processo de tomada de decisões e políticas, modelo de controladoria. A
importância da Controladoria para os processos decisórios nas instituições
Brasileiras e Angolanas, Estudos dos últimos 10 anos.
As empresas são organizações que desempenham atividades
comerciais, produtivas, agrícolas ou de prestação de serviços tendo como
principal finalidade a obtenção do lucro. A lei permite que as empresas atuem
com os seus próprios meios e com a sua própria responsabilidade, estando o
seu patrimônio claramente destacado do dos seus proprietários. Existem várias
formas legais de constituir empresas que se adaptam à atividade, objetivos e
dimensão de cada uma. As empresas são pessoas e seguem um ciclo de vida
10
que começa no nascimento (momento da sua constituição) e acaba na sua
dissolução.
O papel das empresas na sociedade é amplo. Elas servem para
produzir bens e serviços que satisfazem as necessidades dos consumidores.
Nesse processo, as empresas geram lucro, criam riqueza. Essa riqueza é
distribuída não só pelos proprietários, como também pelos colaboradores,
fornecedores, Estados e a sociedade em geral.
Para além do papel financeiro, as empresas também têm um papel
cívico. Ajudam a resolver problemas que afetam a generalidade das pessoas.
Por exemplo, as empresas patrocinam iniciativas de cari cultural, científico e
social. Em última análise, as empresas têm um papel muito importante na boa
gestão dos recursos. Enquanto organizações profissionais garantem uma maior
eficiência na gestão de recursos naturais, humanos e financeiros.
Levando em consideração as mudanças que ocorrem no mercado
de trabalho e nas relações empresa/funcionário, as organizações precisam ter
estratégias claras sustentadas por uma gestão participativa. Deve-se criar um
laço estreito entre todos os níveis de relacionamento, tanto interno como
externo, do quadro funcional até os clientes e fornecedores. O principal modelo
de gestão de pessoas atualmente é a gestão por competências. A Gestão por
competências visa a instrumentalizar o departamento de recursos humanos e
gestores das empresas para realizar gestão e desenvolvimento de pessoas,
com foco, critério e clareza.
Face essa perspectiva, a delimitação do tema desta monografia foi
estabelecida a partir da elaboração de uma pergunta e de uma hipótese que
norteia todo o trabalho de investigação proposta. Esta pergunta pode ser
enunciada da seguinte forma: Qual importância da Controladoria para o
processo decisório, e como essa área contribui nas instituições brasileiras e
angolanas. Comparativo do banco Bradesco-brasil X banco BFA- angola no
período de 2005 - 2015?
Porém, isto somente faz sentido se o termo empresa for considerado
como sinônimo de organização, que significa os esforços humanos
organizados feitos em comum, com um fim específico, um objetivo. O
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adequado é considerar a Administração de Empresas subárea da
Administração, uma vez que esta trata de organizações que podem ser
públicas, sociedades de economia mista ou privadas com ou sem fins
lucrativos.
Este trabalho tem como objetivo Geral Falar sobre o principio do
controle futuro, como podemos ver este principio prega que é preciso prever
para corrigir antes, ou seja, é necessário que a função de controle trabalhe com
informações projetadas sobre o futuro. e o segundo Principio da agregação dos
subsistemas, a controladoria deve considerar todos os setores da organização,
uma vez que estes se auto relacionam para formar o sistema maior que é a
organização. Este Principio é primordial para elaboração do orçamento
organizacional.
A hipótese A minha possível resposta e que para ser bem sucedida
uma empresa deve estar comprometida com uma abordagem de
gerenciamento pós a controladoria, enquanto área responsável por suprir as
necessidades de informações dos gestores de uma organização, necessita de
uma metodologia de trabalho que lhe permita desenvolver esta atividade da
forma mais dinâmica e econômica possível. A esta metodologia de trabalho é
dado o nome de processo de controle. O processo de controle é um modelo de
gestão voltada à abordagem sistemática das organizações e diz respeito às
atividades desenvolvidas pela controladoria, necessárias á geração de
informações para o processo de tomada de decisões.
O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica a respeito do
assunto Controladoria feita em artigos científicos, web e revistas de
administração com o objetivo de identificar os modelos de controladoria e
tomada de decisões e os dois Bancos que servirão como exemplo para
ilustração. Esta é uma pesquisa bibliográfica realizada a partir de
levantamentos efetuados na literatura em geral, após a definição e delimitação
do tema. O material de pesquisa resumiu-se em livros, artigos, textos e
informações disponíveis na internet. Quanto aos Fins a pesquisa será do tipo
explicativa e descritiva. Segundo Vergara para pesquisa ser explicativa ela tem
que ter como principal objetivo tornar algo intangível justificar lhe os motivos.
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Visa, portanto, esclarecer quais fatores contribui de alguma forma para a
ocorrência de determinado fenômeno e descritiva porque segundo Vergara a
pesquisa expõe as características de determinada população ou de
determinado fenômeno. Quanto aos Meios a pesquisa será bibliográfica.
Segundo Vergara a pesquisa bibliográfica se justifica, porque será
feita com vários autores de livros e internet, onde poderão ser comprovados
todos os argumentos disponibilizados nos textos. Conforme Vergara diz que
bibliográfico é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material
publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material
acessível ao publico em geral. Coleta e Levantamento de Informações serão
coletados de modos bibliográficos. Conforme (VERGARA, 2010) a pesquisa
bibliográfica à coleta é feita na literatura que, direta ou indiretamente trata do
assunto: livros, artigos, anais de congressos, teses, dissertações, jornais,
internet.
A estrutura da monografia contempla, além desta introdução, três
capítulos. No primeiro será abordada a evolução histórica da auditoria que tem
com significado ouvir, segundo Aurélio Buarque de Holanda e sua importante
para a sociedade, organizações e também a importância das áreas de
Auditoria e Controladoria dentro da organização. No segundo capitulo serão
mencionados A controladoria e os Sistemas Gerenciais. No terceiro capitulo
será apresentada o estudo de caso sobre Comparativo do Banco Bradesco-
brasil X Banco BFA-Angola.
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CAPÍTULO I
EVOLUÇÃO HISTORICA DA CONTROLADORIA.
O CONCEITO.
Neste capitulo trataremos sobre a evolução histórica da auditoria
que tem com significado ouvir, segundo Aurélio Buarque de Holanda, e
também abordaremos a sua importância para a sociedade, organizações e sua
ação nas áreas de Auditoria e Controladoria dentro da organização ao longo do
tempo. Trata-se de uma importante técnica de controle em busca da melhor
alocação de recursos atuando não só para corrigir os desperdícios, mas para
inibir a improbidade, a negligência e a omissão e, principalmente, antecipando-
se a essas ocorrências buscando garantir os resultados pretendidos e
contribuir para agregar valor ao corpo gerencial (CASTRO, 2006). A estrutura
da monografia contempla, além desta introdução, três capítulos. No primeiro
será abordada a evolução histórica da auditoria que tem com significado
“ouvir”, segundo Aurélio Buarque de Holanda e sua importante para a
sociedade, organizações e também a importância das áreas de Auditoria e
Controladoria dentro da organização.
1.1. O Que é Auditoria?
A palavra auditoria tem como sua origem do latim “audire”, que
significa ouvir. Segundo Aurélio Buarque de Holanda, auditoria significa “exame
analítico e pericial que segue o desenvolvimento das operações contábeis,
desde o inicio até o balanço; auditagem”.
Segundo castro (2013; pagina 437), ele define como:
“Auditoria é um conjunto de técnicas que visa a avaliar a gestão
0rganizacional, pelos processos de resultados gerenciais, bem como a
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aplicação de recursos das empresarias por meio de entidades sejam publicas
ou privadas, mediante a confrontação entre uma situação encontrada e
determinado critério técnico, operacional ou legal. Trata-se de uma importante
técnica de controle em busca da melhor alocação de recursos, atuando não só
para corrigir os desperdícios, mas para inibir a improbidade, a negligência e a
omissão e, principalmente, antecipando-se a essas ocorrências, buscando
garantir os resultados pretendidos e contribuir para agregar valor ao corpo
gerencial.”
A auditoria não e apenas uma ação de organizações de âmbitos
privados e sim publicas também, e seja privada ou governamental, a auditoria
tem por missão básica assessorar a alta administração no desempenho de
suas funções e nos limites de suas responsabilidades (CASTRO, 2013). As
Normas brasileiras de auditoria são regras ditadas pelos órgãos reguladores da
profissão contábil do Brasil e tem por objetivo a regulação da profissão e
atividades bem como estabelecer diretrizes a serem seguidas pelos
profissionais no desenvolver de seus trabalhos. E através de um exame e
avaliação da missão básica da auditoria interna que são:
• Adequação e eficiência dos controles internos;
• Integridade e confiabilidade das informações e registros;
• Integridade e confiabilidade dos sistemas estabelecidos para
assegurar a observância das políticas, metas, planos, procedimentos, leis,
normas e regulamentos e da sua efetiva utilização;
• Eficiência, eficácia, economicidade, efetividade e legalidade na
gestão pública; e.
• Compatibilidade das ações e programas com os objetivos
definidos nos planos e orçamentos.
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Segundo a (hoje SFC/CGU) As normas atualmente em vigor no
Brasil são emitidas em conjunto pelo CFC, IBRACON, Banco Central do Brasil,
a CVM e a Superintendência de Seguros Privados. No âmbito internacional, a
Federação Internacional de Contadores (IFAC) também emite pronunciamentos
através da Comissão de Normas Internacionais de Auditoria, as quais contêm
orientações aos países-membros daquele órgão. A principal norma em vigor
no Brasil é a Resolução CFC nº 1203, de 27 de novembro de 2009, que aprova
a NBCTA 200 - Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da
Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria.
1.2 - Surgimento da Auditoria.
É difícil saber quando começa a historia da auditoria, visto que toda
pessoa que possuísse a função de verificar a legitimidade dos fatos
econômico-financeiros, prestando contas a um superior, podia ser considerada
como auditor. Os imperadores romanos, por exemplo, nomeavam altos
funcionários, que eram encarregados de supervisionar as operações
financeiras de seus administradores provinciais, e a eles prestar contas
verbalmente.
A auditoria surgiu como consequência da necessidade de
confirmação dos registros contábeis, em virtude do aparecimento das grandes
empresas e da taxação do imposto de renda, baseado no lucro expresso nas
demonstrações contábeis (Castro, 2013. P- 435). Sua evolução ocorreu em
paralelo ao desenvolvimento econômico e com as grandes empresas formadas
por capital de muitas pessoas. A auditoria contábil surgiu primeiramente na
Inglaterra, primeira nação a possuir grandes empresas de comércio e primeira
a instituir imposto sobre a renda. Além disso, na Inglaterra já se praticava
desde 1314 a auditoria nas contas públicas.
Tradicionalmente, a auditoria no Brasil é considerada um ramo da
Contabilidade, sendo traduzida por muitos anos a palavra inglesa “audit” como
“revisão contábil”. Assim, até os anos 50 os auditores eram chamados de
“revisores contábeis” (NBC T12, 1995). Com o desenvolvimento do mercado de
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capitais e a introdução das práticas de gestão angla americanas nas
corporações empresariais a partir do final dos anos 60, a auditoria tornou-se
uma atividade complexa, abandonando o termo simplista da "revisão contábil".
Atualmente é o nome dado a uma das técnicas utilizadas pelos
auditores para validar os sistemas contábeis utilizados pela empresa A
Auditoria de Demonstrações financeiras continua a ser uma atividade regulada
no país pelas normas de contabilidade, havendo regras específicas a serem
seguidas pelos profissionais, provenientes do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) (profissionais contábeis em geral), Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) (profissionais do mercado de capitais), Banco Central do
Brasil (BCB) (profissionais das instituições financeiras) e tribunais de contas
(profissionais da administração pública).
A auditoria contábil compreende o exame de documentos, livros
contábeis registros, além de realização de inspeções e obtenção de
informações de fontes internas e externas, tudo relacionado com o controle do
patrimônio da entidade auditada (Castro, 2013).
Segundo o mesmo autor, A auditoria tem por objetivo averiguar os
registros contábeis e as demonstrações contábeis no que se refere aos
eventos que alteram o patrimônio e a representação desse patrimônio. Para
que possa ter uma segurança razoável (segurança razoável na auditoria é uma
segurança grande) que naquelas demonstrações não existam distorções
materiais. Além de ser uma técnica contábil, a auditoria também pode ser
entendida como um ramo da Contabilidade.
O objeto da auditoria se resume no conjunto dos elementos de
controle do patrimônio, quais sejam os registros contábeis, documentos que
comprovem esses registros e os atos administrativos. Fatos não registrados
documentalmente também são objeto da auditoria uma vez que tais fatos
podem ser relatados por indivíduos que executam atividades relacionadas ao
patrimônio auditado.
Segundo Institute of Internal Auditors (IIA, 2015) Auditoria interna é
uma atividade independente e objetiva de garantia e consultoria, concebida
para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela ajuda
17
uma organização a atingir seus objetivos através de uma abordagem
sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a efetividade dos processos
de gerenciamento de riscos, controle e governança. Esta definição é
mundialmente reconhecida e aceita, sendo divulgada pelo Instituto de
Auditores Internos (Institute of Internal Auditors – IIA, 2015), representado no
Brasil pelo IIA Brasil.
A atividade de auditoria interna geralmente é desempenhada por
departamento de uma entidade incumbido pela direção de efetuar verificações
necessárias e de avaliar os sistemas e procedimentos da entidade, com vista a
minimizar as probabilidades de fraudes, erros ou práticas ineficazes. A
auditoria interna deve ser independente no seio da organização e reportar
diretamente à direção. (in Glossário dos Termos Comuns das Instituições
Supremas de Controle da CPLP).
O referido Órgão define ainda, Os sistemas de controle não se
limitam às áreas contábeis e financeiras, mas englobam os planos da
organização e todos os métodos usados para proteger seus ativos, verificar a
exatidão e fidedignidade de suas informações contábeis, financeiras,
administrativas e operacionais, e promover a eficiência e eficácia operacional,
bem como estimular a observância de normas e diretrizes da administração,
inclusive no âmbito das empresas controladas e coligadas.
A função básica da auditoria interna, de assegurar o sistema de
controle interno eficaz, não desobriga os executivos das responsabilidades de
verificação e controle nos seus respectivos setores. Risco de auditoria é a
possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada
sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. A análise dos
riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos,
considerando a relevância em dois níveis:
• Em nível geral, considerando as demonstrações contábeis
tomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade da
administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação
econômica e financeira da entidade; e.
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• Em níveis específicos, relativos ao saldo das contas ou natureza e
volume das transações.
1.3 - O Que é Controladoria?
A controladoria é uma atividade e um campo do conhecimento
híbrido, que recebe conceitos e conhecimentos da Contabilidade, e da
Administração, sendo responsável pelo suprimento de informações aos
tomadores de decisão. Devido a esse fato, ela pode ser dividida didaticamente
em controladoria administrativa e controladoria contábil, mas na prática
profissional isso não é muito comum, pois ambas as partes costumam ficar sob
a égide de um único gestor (controller ou controlador).
O encarregado pela área de controladoria em uma empresa é
chamado de “controller” ou Tal área é considerada um órgão de staff, ou seja,
de assessoria e consultoria, fora da pirâmide hierárquica da organização.
A controladoria se apoia num sistema de informações e numa visão
multidisciplinar, sendo responsável pela modelagem, construção e manutenção
de sistemas de informações e modelos de gestão das organizações, a fim de
suprir de forma adequada as necessidades de informação dos gestores
conduzindo-os durante o processo de gestão a tomarem melhores decisões.
Por isso é que se exige dos profissionais da controladoria uma formação sólida
e abrangente a cerca do processo de gestão organizacional.
A controladoria, enquanto área responsável por suprir as
necessidades de informações dos gestores de uma organização, necessita de
uma metodologia de trabalho que lhe permita desenvolver esta atividade da
forma mais dinâmica e econômica possível. A esta metodologia de trabalho é
dado o nome de processo de controle.
O processo de controle é um modelo de gestão voltado à
abordagem sistêmica das organizações e diz respeito às atividades
desenvolvidas pela Controladoria, necessárias à geração de informações para
19
o processo de tomada de decisões. Tais informações são decorrentes do
monitoramento e controle prévio ou não, do desempenho dos diversos setores
e subsistemas de uma organização
1.4 - Diferença entre Controladoria e Auditoria.
A controladoria pode ser vista como uma integração entre três
perspectivas quanto ao ramo do conhecimento, quanto aos seus aspectos
práticos (métodos, técnicas e ferramentas) e quanto a um órgão/departamento
organizacional (BORINELLI, 2006).
Segundo Borinelli (2006) quanto a um ramo do conhecimento a
“Controladoria é um conjunto de conhecimentos que se constituem em bases
teóricas e conceituais de ordens operacional, econômica, financeira e
patrimonial relativas ao controle do processo de gestão organizacional”.
Os principais objetivos de um auditor interno são:
• Verificar a existência, a suficiência e a aplicação dos controles
internos, bem como contribuir para o seu Aperfeiçoamento;
• Verificar se as normas internas estão sendo seguidas;
• Verificar a necessidade de melhoramento das normas internas
vigentes;
• Avaliar a necessidade de novas normas internas.
Podemos conceituar auditoria interna como um controle gerencial
que funciona por meio de medição e avaliação da eficiência e eficácia de
outros controles. Deve ser entendida como uma atividade de assessoramento à
administração quanto ao desempenho das atribuições definidas para cada área
da empresa, mediante as diretrizes políticas e objetivos por aquela
determinada.
20
A auditoria interna cumpre um papel fundamental na empresa:
subsidia o administrador com dados e informações tecnicamente elaborados,
relativos às atividades para cujo acompanhamento e supervisão que este não
tem condições de realizar; e ela o faz mediante o exame da:
a) adequação e eficácia dos controles;
b) integridade e confiabilidade das informações e registros;
c) integridade e confiabilidade dos sistemas estabelecidos para
assegurar a observância das políticas, metas, planos,
procedimentos, leis, normas e regulamentos, e da sua efetiva
aplicação pela empresa;
d) eficiência, eficácia e economicidade do desempenho e da
utilização dos recursos; dos procedimentos e métodos para
salvaguarda dos ativos e a comprovação de sua existência, assim
como a exatidão dos ativos e passivos; e
e) compatibilidade das operações e programas com os objetivos,
planos e meios de execução estabelecidos.
Não deve haver limitação, no âmbito da empresa, para atuação da
auditoria interna. O auditor interno deve ter acesso a todas as áreas e
informações, terreno no qual e para o qual desenvolverá seu trabalho.
Naquelas áreas cuja tecnologia desconhece, no todo ou em parte, deve ele
assessorar-se de profissionais habilitados, a fim de entender o processo, para
poder avaliá-lo e julgá-lo, possibilitando, assim, que seu relatório seja emitido
corretamente.
Podemos exemplificar esta condição com referência a um trabalho
desenvolvido numa área de Produção.
Neste caso, o auditor interno se assessorará de um engenheiro,
qualificado tecnicamente para, quando solicitado e autorizado pela Diretoria,
julgar determinada operação ou opinar sobre ela. Deve, ainda, prestar total
21
apoio ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal da entidade, bem
como, se em empresa estatal, coordenar e controlar o atendimento ao Tribunal
de Contas e aos órgãos de Controle Interno.
22
CAPÍTULO II
A controladoria e os Sistemas Gerenciais.
O CONCEITO
Neste capitulo trataremos sobre a controladoria e os Sistemas Gerenciais que
e também a importância da área de Controladoria dentro da organização.
Controladoria é um conjunto de conhecimentos que se constituem em bases
teóricas e conceituais de ordens operacional, econômica, financeira e
patrimonial, relativas ao controle do processo de gestão organizacional. E uma
área que vem ganhando cada vez mais espaço nas organizações e serve como
termômetro para o sucesso da organização com seus investidores, pois um dos
recursos mais importante ate na sociedade e sua importância na construção de
organizações melhores estruturadas e rentáveis e também o desenvolvimento
da sociedade esta atrelado ao avanço das organizações hoje. No segundo
capitulo serão mencionados A controladoria e os Sistemas Gerenciais.
2.1 - A Importância da controladoria para as Organizações.
A Controladoria objetiva, dentre outros fatores, promove a continuidade
da empresa e a maximização de seu resultado. Sendo um órgão de suporte,
auxilia no controle e na definição das estratégias da organização, fornecendo
informações sobre as variáveis internas e externas à empresa.
Tung (1993, p.34) descreve a Controladoria como sendo “o órgão que
fornece dados e informações, que planeja e pesquisa, procurando sempre
mostrar à cúpula os pontos de estrangulamento atuais ou futuros capazes de
colocar a empresa em perigo ou reduzir a rentabilidade”.
O autor ainda menciona que desta forma, infere-se que a Controladoria
está diretamente envolvida no processo de gestão, exercendo papel de apoio
23
aos gestores no planejamento, na execução e no controle. Como fornecedora
de informações, esta possui subdivisões referentes aos diversos tipos de
informações que deseja fornecer. As informações podem ser de custos, de
auditoria, de planejamento e controle, de contabilidade geral, entre outras.
Segundo Perez Junior, Oliveira e Franco (1995, p.37), o papel da
Controladoria “é assessorar a gestão da empresa, fornecendo mensuração das
alternativas econômicas e através da visão sistêmica, integrar informações e
reportá-las para facilitar o processo decisório”. Portanto, verifica o
desempenho, enquanto órgão administrativo dentro da empresa, e responde
pelo gerenciamento das informações, almejando alcançar a otimização dos
resultados da organização.
O referido autor define ainda que uma das atribuições da Controladoria
está em comparar os resultados realizados com os planejados. Esta
comparação é feita a partir dos resultados gerados pelas atividades com os
resultados previstos, sendo necessário, entretanto, o conhecimento dos
objetivos estabelecidos e a forma de alcançá-los por parte da organização.
Neste contexto, o controller é o profissional que controla o fluxo de
informações da empresa, garantindo que as informações úteis à tomada de
decisão cheguem aos usuários na forma e prazo adequados. Está envolvido
com a compilação, síntese e análise das informações geradas, atendendo as
necessidades gerenciais do processo de gestão.
Nakagawa (1993, p.13) afirma que “o controller tem como função o
controle, onde organiza e reporta dados relevantes, exercendo influência sobre
as decisões tomadas pelos gestores segundo a missão e objetivos da
empresa”.
Perez Junior, Oliveira e Franco (1995, p.37) afirmam que “o controller
exerce influência na organização à medida que norteia os gestores para que
mantenham sua eficácia e conseqüentemente da organização”.
24
Infere-se do exposto que a Controladoria e o sistema de informações
gerenciais possuem propósitos comuns, no sentido de dar suporte ao processo
de tomada de decisões. Diferenciam-se em suas atribuições, sendo que o
sistema de informações gerenciais é o provedor das informações e a
Controladoria é o órgão encarregado pelo seu gerenciamento.
Na Controladoria é absorvido o fluxo de informações geradas pelas
diversas áreas da empresa. As informações são organizadas, analisadas,
interpretadas e integradas pelo sistema de informações gerenciais, que as
disponibilizará aos gestores de cada área e à alta direção, na forma de
relatórios. (PEREZ JUNIOR, OLIVEIRA e FRANCO 1995, p.37)
As informações divulgadas por meio de relatórios estão direcionadas ao
futuro da empresa, acompanhando a evolução dos resultados. Com o advento
da tecnologia, a verificação comparativa dos resultados da empresa tornou-se
mais dinâmica, permitindo a simulação e avaliação, inclusive com uma
quantidade maior de variáveis que podem influenciar os resultados.
Tendo a função de staff, a Controladoria requer um sistema de
informações gerenciais adequado para ter acesso rápido e confiável às
informações relevantes. (PEREZ JUNIOR, OLIVEIRA e FRANCO 1995) O fluxo
de informações deve contemplar eventos externos que influenciam a
organização, bem como eventos internos, que são provenientes dos recursos
utilizados para alcançar os objetivos da empresa.
A Controladoria, em conjunto com o sistema de informações gerenciais,
organiza e direciona todas as informações provenientes das várias operações
da empresa. Estas informações devem ser confiáveis e tempestivas, a fim de
possibilitar maior eficiência no processo de planejamento e controle da
empresa.
O autor ainda menciona que, Visando um aporte mais estruturado de
informações disponíveis aos gestores, a Controladoria vem se utilizando dos
controles de gestão. Além de diferentes perspectivas, os controles podem ser
25
classificados em diferentes tipos, de acordo com o momento de ocorrência
destes.
2.2 - Como as Informações Contábeis Atuam na controladoria.
As empresas, durante suas operações, geram dados que interpretados e
analisados, auxiliam no processo decisório, visando o alcance dos objetivos
estabelecidos pelos gestores e a otimização dos resultados. Os dados gerados
nas operações são coletados e decodificados, produzindo informações em que
se baseiam os gestores.
Segundo Mosimann, Alves e Fisch (1993):
“De alguma forma as empresas sempre tiveram ao seu alcance algumas informações que proporcionassem auxílio à gerência, mesmo sendo estas provenientes de um sistema informacional rudimentar. Com o aumento da concorrência, este tipo de sistema não foi mais suficiente para suprir as necessidades gerenciais. Para que as empresas possam se manter competitivas é relevante um sistema de informações abrangente e detalhado, que contribua para o atendimento das necessidades informativas dos gestores.”
Mosimann, Alves e Fisch (1993, p.50) definem sistema de informações
“como sendo uma rede de informações cujos fluxos alimentam o processo de
tomada de decisões, não apenas da empresa como um todo, mas também de
cada área de responsabilidade”.
O sistema de informações faz uso de diversos recursos para fornecer
informações oportunas, corretas, confiáveis e tempestivas, a cada uma das
etapas do processo de gestão. O referido autor define ainda, que Estes
recursos impactam na forma de gerenciamento do sistema, iniciando-se pela
26
coleta dos dados produzidos pelas operações, seguindo-se de sua compilação
e finalizando com sua apresentação aos seus usuários (MOSIMANN, ALVES e
FISCH, 1993, p.50).
Segundo o mesmo autor, os dados e informações de suporte à gestão
integram o sistema de informações gerenciais. O sistema de informações
gerenciais faz parte do sistema de apoio à gestão, que auxilia no processo
decisório da organização. Está localizado no nível gerencial, onde proporciona
o controle de diversas rotinas administrativas.
De acordo com Perez Junior, Pestana e Franco (1995, p.31), o sistema
de informações gerenciais “é o processo de transformação de dados em
informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, bem como
proporciona a sustentação administrativa para aperfeiçoar os resultados
esperados”. Este sistema envolve o processamento de dados operacionais,
que são transformados e agrupados para auxiliarem o processo decisório.
Esta tipologia de sistema de informações interfere na administração da
empresa, colaborando com os gestores por meio do fornecimento de
informações. Para a operacionalização do sistema de informações gerenciais,
faz-se necessário a constituição de um órgão que seja responsável pelo seu
gerenciamento. A Controladoria é o órgão que desempenha este papel nas
empresas (PEREZ JUNIOR, OLIVEIRA e FRANCO, 1995 p.31).
2.3 - Qual a Importância dos Auditores em Todo o Processo.
Segundo Attie, (2001) O trabalho do auditor apóia-se em dois aspectos
considerados fundamentais:
Confidencialidade - O auditor deve manter confidencialidade sobre os fatos e conhecimentos obtidos e não pode em hipótese nenhuma divulgar fatos ou utilizar-se dessas informações em seu próprio benefício ou de terceiros.
27
Independência – é a condição primordial do trabalho de auditoria apresentando-se sobre aspectos como: sem que o auditor expresse sua opinião sobre as demonstrações financeiras nos casos em que tem interesse considerável na companhia auditada, tem interesse de aquisição da companhia auditada, tem relação de parentesco com pessoas comprometidas na aquisição da companhia auditada, tem vínculo familiar com pessoas-chave da companhia auditada, e teve um período imediatamente anterior relação de trabalho na empresa auditada em cargo incompatível com a função.
Segundo Attie, (2001) Podendo ainda ser culpado em ato de descrédito,
quando deixar de expressar um fato importante que conheça, não exposto nas
demonstrações financeiras, mas cuja exposição seja indispensável, quando
deixar de informar acerca de uma exposição errônea importante que conheça,
quando for culpado de negligência importante em seu exame ou relatório,
quando não reunir evidências suficientes para justificar a expressão de sua
opinião e quando não relatar qualquer desvio importante, ou não expor
qualquer omissão importante dos princípios da contabilidade geralmente
aceitos. (ATTIE, 2001)
O auditor pode ser responsabilizado pela não descoberta de fraude
significativa em conseqüência da negligência na execução das normas usuais
de auditoria, ou em conseqüência de não tê-las aplicado convenientemente.
(ATTIE, 2001).
2.4 - As Características de um Bom Conjunto de
Relatórios.
Segundo Iudícibus (1998, p.39), “relatório contábil é a exposição
resumida e ordenada dos principais fatos registrados pela contabilidade, em
determinado período”.
28
“As informações são coletadas pela contabilidade e apresentadas periodicamente aos interessados na forma de um conjunto de demonstrativos. As demonstrações contábeis denominadas demonstrações financeiras pela Lei n.º 6.404/76 representam um tipo de relatório contábil. Estas têm como objetivo básico fornecer informações aos usuários, tanto internos quanto externos da empresa. Estas informações podem subsidiar desde o planejamento até o controle do patrimônio da empresa e de suas atividades. Os relatórios contábeis podem ser legais ou gerenciais. Os relatórios legais são aqueles previstos em textos legais. Por sua vez, os relatórios gerenciais são aqueles elaborados a fim de atender as necessidades informacionais dos gestores, sem rigor formal de estrutura e conteúdo.”
Segundo o mesmo autor, cada categoria de relatórios legais ou
gerenciais tem suas características específicas. Além disso, em cada categoria
podem ser encontrados diferentes tipos de relatórios. No entanto, os legais já
têm sua configuração estabelecida em legislação específica, tendo apenas
algumas particularidades em função do porte da empresa.
A Lei das Sociedades por Ações, Lei n. º 6.404/76 apresenta o conjunto
de relatórios contábeis que devem ser divulgadas pela organização. Fazem
parte deste conjunto, o relatório da administração, as demonstrações
contábeis, as notas explicativas e o parecer dos auditores.
O relatório da administração fornece as informações relativas ao
desempenho, bem como perspectivas da sociedade relativas às estratégias
futuras. Este serve como complemento às demonstrações contábeis e às notas
explicativas definidas pela Lei n.º 6.404/76, em seu art. 176:
Art. 176 – Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar com
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:
29
I. Balanço patrimonial;
II. Demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados;
III. Demonstração do resultado do exercício;
IV. Demonstração das origens e aplicações de recursos.
Estas demonstrações são de fundamental importância ao processo
decisório interno, além da sua relevância para os usuários externos da
empresa.
30
CAPÍTULO III
Comparativo do Banco Bradesco-Brasil X Banco BFA-
Angola.
O CONCEITO
Neste capitulo será apresentada o estudo de caso sobre Comparativo do
Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola e também sobre A importância de
se conhecer as informações fornecidas pela organização e sua confiabilidade
torna-se um diferencial estratégico para a organização e termina passando pela
Gestão das empresas, Avaliação na bolsa de valores por investidores, Serviços
mais usuais de investidores e também pela CVM e podemos afirmar “que a
auditoria consiste num mecanismo de controle, na medida em que revisa e
avalia a eficiência e adequação dos outros controles existentes e auxilia a alta
administração na tomada de decisões”. Neste capitulo será abordada
Comparativo do Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola. No Histórico das
Organizações Bancarias O Banco (Bradesco), O Banco de Fomento em Angola
(BFA) e Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola.
3.1 - Histórico das Organizações Bancarias.
O Sistema Financeiro Nacional do Brasil é formado por um conjunto de
instituições, financeiras ou não, voltado para a gestão da política monetária do
governo federal. É composto por entidades supervisoras e por operadores que
atuam no mercado nacional e orientado por cinco órgãos normativos: o
Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco central do Brasil (BACEN), a
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar
(CNPC).
De acordo com o art. 192 da Constituição Federal: “O sistema financeiro
nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do
País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o
31
compõem abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram.”
A formação do sistema financeiro teve seu início com a vinda da Família
Real portuguesa, em 1808, quando foi criado o Banco do Brasil. Com o tempo
novas instituições foram surgindo, como a Inspetoria Geral dos Bancos (1920),
a Câmara de Compensação do Rio de Janeiro (1921) e de São Paulo (1932),
dentre outros bancos e instituições privadas e as Caixas Econômicas
fortalecendo o Sistema.
Em 2014, as cinco maiores instituições financeiras obtiveram lucro
líquido de aproximadamente, R$ 60,3 bilhões, crescimento de 18,5% na
comparação com o ano anterior.
O maior lucro líquido foi do Itaú Unibanco, de R$ 20,6 bilhões. Esse
resultado representou incremento de 30,2% em relação a 2013. É também o
maior percentual de crescimento do lucro entre os cinco maiores bancos do
país. Tal desempenho vem se repetindo nos últimos anos e decorre de uma
estratégia que combina conservadorismo na concessão de crédito, elevação
das receitas com tarifas e cortes de pessoal. Além desses fatores, em 2014, o
banco expandiu fortemente as receitas com aplicação em Títulos e Valores
Mobiliários, ou seja, em títulos da dívida pública federal.
O Bradesco teve o segundo maior lucro e a segunda maior variação de
lucro no período. Com crescimento de 25,9%, em 12 meses, o banco alcançou
lucro líquido de R$ 15,4 bilhões, o maior da história da instituição.
Os resultados consolidados dos cinco maiores bancos brasileiros, em
2014 foram positivos em relação aos indicadores patrimoniais e de
desempenho operacional.
Destacam-se, em termos de lucratividade e rentabilidade, o Itaú e o
Bradesco. O lucro desses dois grandes bancos soma R$ 36 bilhões,
equivalente a cerca de 60% dos lucros dos cinco maiores.
32
Diante do quadro econômico nacional e internacional e do aumento das
exigências de capital impostas pelo Acordo de Basileia III, a estratégia adotada
pelos bancos privados foi melhorar o Índice de Eficiência mediante,
basicamente corte das despesas com pessoal próprio, por meio da redução de
postos de trabalho, e aumento das receitas com tarifas. Ademais, foram
bastantes conservadores na concessão de crédito.
Para se adequar à desaceleração da atividade econômica e às novas
exigências regulatórias, Banco do Brasil e Caixa reduziram o ritmo da oferta de
crédito em relação aos patamares que vinham sendo praticados desde o início
da crise internacional. Mesmo assim, a Caixa manteve a estratégia de
expansão, ainda que em ritmo menor, cuja estratégia tem sido aumentar a
estrutura de atendimento e ampliar a cobertura pelo país. O banco mostra que
é possível melhorar o Índice de Eficiência, com ampliação de postos de
trabalho mediante o aumento da participação na oferta de crédito na economia.
Já a economia de Angola caracterizava-se, até à década de 1970, por
ser predominantemente agrícola, sendo o café sua principal cultura. Seguiam-
se-lhe cana-de-açúcar, sisal, milho, óleo de coco e amendoim. Entre as
culturas comerciais, destacavam-se o algodão, o tabaco e a borracha. A
produção de batata arroz, cacau e banana eram relativamente importantes. Os
maiores rebanhos eram de gado bovino, caprino e suíno.
Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério
de ferro; possui também jazidas de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica,
chumbo estanho, ouro, prata e platina. As minas de diamante estão localizadas
perto de Dundo, no distrito de Lunda Norte. Importantes jazidas de petróleo
foram descobertas em 1966, ao largo de Cabinda, e mais tarde ao largo da
costa até Luanda, tornando Angola num dos importantes países produtores de
petróleo, com um desenvolvimento econômico possibilitado e dominado por
esta atividade. Em 1975 foram localizados depósitos de urânio perto da
fronteira com a Namíbia.
33
Um problema estrutural sério da economia angolana é a desigualdade
muito marcada entre as diferentes regiões, em parte causada pela guerra civil
prolongada. O dado mais eloquente é a concentração de cerca de um terço da
atividade econômica em Luanda e na província contígua do Bengo, enquanto
em várias áreas do interior se verificam até processos de regressão.
Convém referir que, nas listas do Índice de Desenvolvimento Humano
elaboradas pela ONU, Angola ocupa sempre um lugar entre os países mais
mal colocados. Em Junho de 2014, o Brasil anunciou que apoia a candidatura
de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU. De
acordo com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, “Angola poderá oferecer
um olhar atento e alternativas equilibradas aos atuais desafios da paz e
segurança internacionais”.
Com um stock de ativos correspondentes a 70 mil milhões USD, (6,8
bilhões Kz), Angola é hoje o terceiro maior mercado financeiro da África
subsaariana, superada apenas pela Nigéria e África do Sul. De acordo com na
época com o Ministro da Economia angolano, Abraão Gourgel, o mercado
financeiro do país cresceu modestamente a partir de 2002 e hoje se situa em
terceiro lugar a nível da África Subsaariana.
Em 2013 Angola foi o país africano que mais investimentos realizou no
estrangeiro, especialmente em Portugal, revelou um relatório da Conferência
das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento. O fato de Angola se
ter assumido como emissor de investimento direto estrangeiro é
particularmente surpreendente, tendo em conta o grande volume de
investimentos que o país recebeu nos últimos anos, principalmente ao nível da
exploração petrolífera e do gás natural, bem como de infraestruturas
rodoviárias e ferroviárias.
Globalmente os países da África Subsaariana têm vindo a conseguir
melhorias significativas ao nível do bem-estar das populações, de acordo com
um relatório da Tony Blair África Governance Initiative em conjunto com o The
Boston Consulting Group. Angola tem investido em melhorar infra-estruturas
34
em estado crítico, num investimento possível graças aos fundos de
desenvolvimento provenientes do petróleo. Segundo o mesmo relatório,
apenas 10 anos depois da Guerra Civil, os padrões de vida em Angola
melhoraram surpreendentemente. A esperança média de vida aumentou de 46
anos em 2002 para 51 em 2011. As taxas de mortalidade infantis diminuíram
de 25 por cento em 2001 para 19 por cento em 2010 e o número de alunos em
escolas primárias triplicou desde 2001.
No entanto, as desigualdades econômicas e sociais que têm vindo a ser
uma característica do país não diminuíram, mas em muitos aspectos até
acentuarem-se.
Em Agosto de 2014, a agência de notação financeira Moody’s divulgou
uma nota aos mercados na qual previa um crescimento da economia de Angola
de 7,8% em 2014. O FMI prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) real venha a atingir em 2014 os 3,9 por cento. O Fundo Monetário
Internacional (FMI) afasta assim a possibilidade de em curto prazo conceder
novos empréstimos à economia angolana, pelo fato de esta refletir “melhorias
significativas” no ambiente macroeconômico e na gestão e transparência das
contas nacionais. No dia 19 de Dezembro de 2014 arrancou o Mercado de
Capitais em Angola. A BODIVA (Bolsa da Dívida e de Valores de Angola)
recebeu o mercado secundário de dívida pública, estando previsto para 2015 o
arranque do mercado de dívida corporativa, sendo que o mercado acionista só
deverá ser uma realidade em 2016.
3.2 - O Banco (Bradesco).
O Bradesco foi fundado em 1943, em Marília, no interior de São Paulo,
com o nome de Banco Brasileiro de Descontos S.A. Ao contrário da tendência
de mercado da época, na qual eram priorizados os grandes proprietários rurais,
empresários e pessoas de posses, sua estratégia inicial consistia em atrair o
pequeno comerciante, o funcionário público e as pessoas de poucos recursos
35
numa demonstração de seu esforço para a inclusão do maior número de
brasileiros no mundo bancarizado.
Em 1946, a matriz foi transferida para o centro de São Paulo, na Rua
Álvares Penteado. Com apenas oito anos de existência, em 1951, torna-se o
maior Banco privado do Brasil. Naquela década, o Bradesco já alcançava o
norte rural do Paraná. Decide também erguer sua nova sede em Osasco, a
Cidade de Deus, cuja construção inicia em 1953, sendo concluídos seis anos
mais tarde.
Em 1962 o Bradesco reafirma o seu pioneirismo, ao ser a primeira
empresa da América Latina a adquirir um computador, possibilitando o acesso
a extratos diários pelos clientes, prestação de serviço inédita para a época.
Seguindo a estratégia de oferecer serviços inovadores, implanta em 1968 o
Cartão de Crédito Bradesco, o primeiro no Sistema Bancário brasileiro.
Nos anos 1970, época do chamado “milagre econômico” brasileiro, o
país registra taxas de crescimento anuais acima de 10%. Nesse cenário, o
Bradesco atua fortemente no segmento de crédito, principalmente no
financiamento de veículos e expande sua presença nacionalmente. Nessa
década, incorpora 17 outros bancos e, ao inaugurar duas novas unidades em
1978, uma no Oiapoque (AP) outra no Chuí (RS), pontos extremos do país,
chega à milésima agência.
Na década de 1980, o Bradesco constitui o Grupo Bradesco Seguros,
com negócios nos segmentos de previdência privada aberta e de capitalização,
além de seguros. O Bradesco populariza o uso do cartão magnético entre os
clientes ao longo desses anos e são implantadas as primeiras agências com
Auto-Atendimento e o Tele compras Bradesco. Em 1986, o serviço Tele saldo,
hoje Fone Fácil Bradesco, entra em operação.
No início da década de 1990, todas as Agências Bradesco passam a
trabalhar on-line e o Auto-Atendimento se expande por todo o Brasil, com
máquinas automáticas de saques, recolhimento de depósitos e emissão de
cheques. O sistema de Internet Banking, pioneiro no Brasil, também
36
conquista os clientes e passa a ser um dos mais importantes canais de
atendimento, com milhões de usuários atualmente cadastrados.
O Banco Bradesco é sempre reconhecido como inovador, tanto é que o
que conhecemos hoje como BDN, caixa eletrônico ou autoatendimento nos
remete a década de 1970 quando o Bradesco criou S.O.S Bradesco, que
realizava saque ou consulta sem ter que entrar na agência. O Bradesco teve o
primeiro Internet Banking do Brasil e inclusive na década de 1990 quem tinha
uma linha telefônica e um Mega Drive/Genesis poderia ter um cartucho
elaborado em parceria com a Tectoy que acessava sua conta.
Na primeira década do século 21, o Bradesco reafirma sua vocação
para o varejo, cria o Banco Postal, em parceria com os Correios, em
linha com os seus objetivos de inclusão bancária, viabilizando o acesso a
produtos e serviços financeiros principalmente em localidades então
desassistidas de serviços bancários. Posiciona-se também entre os líderes
em diferentes segmentos como Prime, Corporate, Private e no atendimento a
micros, pequeno e médias empresas.
Nesta trajetória, alguns marcos cabem ser citados:
- 1978: Inaugurada a milésima agência;
- 1980: Constituição do Grupo Bradesco Saúde;
- 1985: Criação do Alô Bradesco;
- 1990: Operação totalmente on-line;
- 1996: Criação da primeira Internet Banking;
- 2001: Lançamentos das ADRs, negociadas na NYSE.
Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), do relatório de
Estabilidade Financeira (Volume 6, novembro de 2007) e do relatório 50
37
maiores bancos e o consolidado do Sistema Financeiro Nacional (ambos do
BACEN).
O Bradesco é o maior Banco privado do Brasil e da América Latina, com
ativos consolidados de R$ 341,184 bilhões (Relatório anual de 2007),
mais de 36 milhões de clientes, dos quais 18,8 milhões são correntistas, e uma
rede de 26.459 pontos de atendimento, entre Agências, Postos Bancários,
Pontos Externos de Autoatendimento e outros.
No ranking elaborado em 2009 pelo Financial Times e outras
companhias, o Bradesco aparece como a 98ª marca mais valiosa do mundo,
com valor estimado de 6,57 bilhões de dólares tornando-se a primeira
companhia brasileira a integrar o ranking das cem mais valiosas marcas do
mundo. Foi eleita pelo Great Place to Work Institute (GPTW) como uma das
cem melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Em 2012 foi considerada a
marca mais valiosa da América Latina, pelo segundo ano consecutivo.
No dia 20 de maio de 2011 o Governo do Estado do Rio de Janeiro
informou que o Bradesco arrematou o Banco do Estado do Rio de Janeiro
(BERJ) e com isso vai operar por três anos, a partir de 2012 a folha de
pagamento dos servidores ativos e inativos do Governo do Estado. Ao todo o
Bradesco pagou R$ 1,8 bilhão. O total de R$ 1,8 bilhão que o Bradesco irá
desembolsar inclui, além do preço do Berj, a folha de pagamentos do Estado e
outras despesas da operação. Com o arremate, o Bradesco recebe um crédito
fiscal de R$ 3 bilhões.
Desde março de 2014, o Bradesco vem trabalhando o conceito Tudo de
BRA em suas campanhas publicitárias. O tema foi escolhido como uma
maneira de ressaltar o valor e as peculiaridades do Brasil, a começar pelo
povo. Em toda a campanha, atitudes como o jeito do brasileiro abraçar, praticar
esportes, celebrar as coisas boas da vida ganham destaque. Como reforçam
as peças da campanha, “Tudo de BRA é o que deixa a vida mais vida. É o que
o brasileiro gosta, do jeito que o brasileiro faz”.
38
No primeiro semestre, o HSBC registrou um lucro líquido de US$ 9,618
bilhões, 1,31% a menos que no mesmo período de 2014. No segundo
trimestre, o lucro líquido caiu 3,8%, a US$ 4,359 bilhões. A queda do lucro foi
provocada principalmente pelos custos totais de operação, que no primeiro
semestre aumentaram 5% na comparação com o mesmo período de 2014, a
19,187 bilhões de dólares. O banco Bradesco atingiu, entre abril e junho, seu
maior lucro trimestral na história, segundo levantamento da consultoria
Economatica. A instituição financeira anunciou ter registrado lucro líquido
contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre de 2015, após atingir R$
4,244 bilhões nos três meses anteriores um aumento de 5,4%. Já na
comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro mostrou
crescimento de 18,4%.
O Banco Bradesco S.A. (Bradesco) comunica a formalização, em
28.7.2014, da parceria estratégica com a IBM Brasil - Indústria Máquinas e
Serviços Limitada (IBM). Nos termos da parceria firmada, ficou acordado que
as atividades de suporte e manutenção de hardware e software atualmente
prestados ao Bradesco pela Scopus Tecnologia Ltda. (Scopus Serviços),
sociedade integrante da Organização Bradesco, passarăo a ser prestadas pela
IBM que utilizará para tanto sua experiência, conhecimento técnico e
capacitação tecnológica.
A IBM assumirá a estrutura operacional da Scopus Serviços e todos os
contratos de suporte e manutenção firmados entre a Scopus Serviços e seus
demais clientes. As atividades de consultoria em inovação e soluções em
tecnologia de informação atualmente desenvolvidas pela Scopus Serviços
passarăo a ser atendidas pela Scopus Soluções em TI S.A. cujo capital social
continuará detido integralmente pelo Bradesco, que manterá a propriedade da
marca Scopus.
Com essa operação, o Bradesco pretende aperfeiçoar a eficiência na
contratação das atividades de suporte e manutenção de hardware e software,
fortalecendo o foco em suas atividades principais, sempre com o objetivo de
maximizar a qualidade de atendimento aos seus clientes e retorno para seus
39
acionistas. A operação contou com a assessoria financeira do Banco Bradesco
BBI S.A.
Em agosto de 2015, foi decretado o acordo entre o Bradesco e a HSBC
Holding, por R$ 17,6 bilhões. O Bradesco irá migrar todas as contas dos
clientes do HSBC no Brasil. Apenas os clientes corporativos irão ter suas
contas mantidas. A previsão para concretização da venda é o segundo
semestre de 2016. O Bradesco, com a compra do HSBC, encosta-se a seu
principal concorrente, o Itaú Unibanco. Com a aquisição do HSBC, o Bradesco
tem 851 novas agências, 5 milhões de novos clientes e R$160 bilhões em
ativos.
A venda ao Bradesco de sua filial “constitui uma etapa importante na
execução das medidas anunciadas aos acionistas em 9 de junho”, afirma o
HSBC em um comunicado. Após vários escândalos e resultados financeiros
ruins, o HSBC, principal banco europeu, anunciou em junho a demissão de
50.000 funcionários em um plano de reestruturação global que inclui a venda
de suas atividades no Brasil e na Turquia.
• Auto-acendimento (Bradesco Dia&Noite) • Fone Fácil Bradesco • Internet Banking Bradesco • Bradesco Celular. • Os ativos totais do Bradesco totalizaram R$ 918,1 bilhões em
dezembro de 2013. • 16,8 milhões de clientes; • 4.674 agências; • Líder privado em Internet Banking, com 7,5 milhões de usuários; • 1,4 milhões de acionistas; • Maior rede privada de autoatendimento, com 27.362 máquinas
Bradesco Dia & Noite e acesso a Rede Banco 24 Horas, composta por 4.631 máquinas;
• R$ 140,2 bilhões em recursos administrados pela BRAM; • 53,3 milhões de Cartões de Débito e Crédito Bradesco; • Maior empregador privado do Brasil; • Maior empregador de mulheres do Brasil;
40
O controle do banco pertence à Cia Cidade de Deus com 47% e à
Fundação Bradesco com 17%. O presidente do banco é Luiz Carlos Trabuco
Cappi e o presidente do conselho é Lázaro de Mello Brandão. O banco foi
indicado como a marca mais valiosa do Brasil pela Brand Analytics.
3.3 - O Banco de Fomento em Angola (BFA).
O Banco de Fomento Angola, S.A. (adiante igualmente designado por
“Banco” ou “BFA”), foi constituído por Escritura Pública de 26 de Agosto de
2002, tendo resultado da transformação da Sucursal de Angola do Banco BPI,
S.A. em banco de direito local.
Conforme indicado na Nota 16, o BFA é detido majoritariamente pelo
Banco BPI, S.A. (Grupo BPI). Os principais saldos e transações com empresas
do Grupo BPI. O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros sob a
forma de depósitos ou outros, os quais aplicam, juntamente com os seus
recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no Banco Nacional
de Angola, aplicações em instituições de crédito, aquisição de títulos ou em
outros ativos, para os quais se encontra devidamente autorizado. Presta ainda
outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda
estrangeira dispondo para o efeito, em 31 de Dezembro de 2013, de uma rede
nacional de 147 agências, 4 postos de atendimento, 8 centros de investimento
e 16 centros de empresas. (144 agências, 8 centros de investimento e 15
centros de empresas em 31 de Dezembro de 2012).
Em Angola, o BPI detém 50.1% do Banco de Fomento Angola (BFA),
que servia 1.2 milhões de clientes, no final de Dezembro de 2013. A atividade
internacional compreende ainda a apropriação de resultados da participação de
30% detida no Banco Comercial e de Investimentos (BCI) em Moçambique
servindo cerca de 780 mil clientes.
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Conheça a História do Banco de todos os Angolanos.
2012
Crescimento da Rede de Balcões atingindo em dezembro um total de 167 balcões 139 Agências, 15 Centros de Empresa, 8 Centros de Investimentos e 5 Postos de Atendimento Bancário. Os Balcões na Província de Luanda atingem uma quota de mercado de 20%, num total de 498 Balcões.
2011 Lançamento do serviço BFA SMS para Clientes particulares. Início do projetoe Mudar@BFA cujo objetivo é dotar o Banco de uma plataforma aplicacional de gestão de processos. Assinatura do Acordo do Programa Bankita com o BNA.
2010 Criação do Arquivo Central inserido num sistema de informação atual e dinâmico que teve como objetivo principal melhorar a qualidade de serviço ao Cliente à nível de consultas e pedidos de documentação.
2009 Expansão da Rede Comercial para 129 Balcões. Lançamento do produto Plano e Poupança BFA e do serviço Western Union.
2008 Alteração na estrutura acionista como conseqüência da venda de 49,9% do capital BFA à Unitel. Alargamento da rede de Centros de Investimento para a Província de Benguela com a abertura do primeiro Centro de Investimento no Lobito. Lançamento do produto Super Poupança BFA, principal veículo de captação de novos recursos particularmente em USD.
2007 Verificou-se a expansão da Rede Comercial com 96 Balcões, 83 Agências, 7 Centros de Empresa, 4 Centros de Investimento e 2 Postos de Atendimento. Em parceria com a VISA e a EMIS, o BFA é o primeiro Banco a lançar o serviço de levantamento de dinheiro através de Cartões de Crédito e Débito, na totalidade de caixas automáticas BFA.
2006 Aceleração significativa da expansão da rede comercial e do reforço da segmentação, com a inauguração do primeiro Centro de Investimento.
2005 É criado o Fundo Social assente em três eixos de atuação: Educação, Saúde e Solidariedade Social. BFA lança o Cartão de Crédito BFA Gold,
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passando deste modo a disponibilizar o primeiro Cartão de Crédito para o mercado angolano.
2004 Iniciou-se o processo de segmentação da Rede Comercial com abertura dos três primeiros Centros de Empresa, vocacionados ao atendimento especializado dos clientes do segmento Empresas.
2003 Inauguração da nova Sede em Luanda, ponto alto da afirmação da marca BFA no mercado angolano e uma referência no plano de expansão da Rede Comercial do Banco por concentrar os Serviços Centrais num único espaço.
2002 BFA assume o estatuto de entidade autônoma de direito angolano.
1996 Aquisição do BFE pelo Grupo BPI, dando-se inicio a uma forte expansão do Grupo em Angola.
1993 Presença reforçada do BFE com abertura de uma Sucursal em Luanda, que iniciou a atividade de Banco Comercial universal, a partir de um capital equivalente de USD 4 milhões.
1990 Abertura, em Luanda, de um escritório de representação do antigo Banco de Fomento Exterior – BFE.
3.4 - Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola.
As informações contidas foram retiradas dos relatórios 2014 do banco
Bradesco e do relatório 2014 do banco BFA nos sites dos dois bancos, que
foram divulgados em seus relatórios anuais e também foi verificada uma
grande diferença entre os dois bancos privados mais o diferencial esta nos
sistemas financeiros do país pesquisado como mostram as informações. O
Bradesco e uma organização com ações em bolsas de valores e tem um
compromisso de divulgar para seus acionistas a relatório anual, já o BFA não
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tem ações em bolsa e a pratica de auditar suas contas com empresas
credenciadas em angola como verificado na pesquisa.
Como verificado no segundo capitulo Perez Junior, Oliveira e Franco
(1995, p.37), o papel da Controladoria “é assessorar a gestão da empresa,
fornecendo mensuração das alternativas econômicas e através da visão
sistêmica, integrar informações e reportá-las para facilitar o processo
decisório”. Portanto, verifica o desempenho, enquanto órgão administrativo
dentro da empresa, e responde pelo gerenciamento das informações,
almejando alcançar a otimização dos resultados da organização.
Auditoria interna é uma atividade independente e objetiva de garantia e
consultoria, concebida para adicionar valor e melhorar as operações de uma
organização. Ela ajuda uma organização a atingir seus objetivos através de
uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a efetividade
dos processos de gerenciamento de riscos, controle e governança. Esta
definição é mundialmente reconhecida e aceita, sendo divulgada pelo Instituto
de Auditores Internos (Institute of Internal Auditors - IIA), representado no Brasil
pelo IIA Brasil.
A atividade de auditoria interna geralmente é desempenhada por
departamento de uma entidade incumbido pela direção de efetuar verificações
necessárias e de avaliar.
O referido autor define ainda que uma das atribuições da Controladoria
está em “comparar os resultados realizados com os planejados”. Esta
comparação é feita a partir dos resultados gerados pelas atividades com os
resultados previstos, sendo necessário, entretanto, o conhecimento dos
objetivos estabelecidos e a forma de alcançá-los por parte da organização.
Neste contexto, o controller é o profissional que controla o fluxo de
informações da empresa, garantindo que as informações úteis à tomada de
decisão cheguem aos usuários na forma e prazo adequados. Está envolvido
com a compilação, síntese e análise das informações geradas, atendendo as
necessidades gerenciais do processo de gestão.
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Há também uma diferença muito clara que são as legislações dos países
a onde se encontram os bancos, e não podemos esquecer que o BFA e um
banco privado mais não detêm ações em bolsas angolanas, só em Portugal ou
Europa.
A Resolução no 3.786/09 do CMN e as Circulares no 3.472/09 e no
3.516/10 do BACEN estabeleceram que as instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN, constituídas sob a forma de
companhia aberta ou que sejam obrigadas a constituir Comitê de Auditoria,
devem, a partir de 31 de dezembro de 2010, elaborar anualmente e divulgar
em até 90 dias após a data-base de 31 de dezembro suas demonstrações
contábeis consolidadas, preparadas de acordo com as normas internacionais
de contabilidade (IFRS), seguindo os pronunciamentos internacionais emitidos
pelo IASB – International Accounting Standards Board.
Porem em angola o Banco Nacional de Angola (BNA) determina que:
“É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco, o resultado das suas operações, as mutações nos seus fundos próprios e seus fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a mutação de um sistema de controlo interno apropriado.”
As referidas demonstrações financeiras apresentam de forma
verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a
posição financeira do Banco de Fomento Angola, S.A. em 31 de Dezembro de
2013, o resultado das suas operações, as mutações dos seus fundos próprios
e seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, em conformidade
com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Angola.
Atualmente, não é possível estimar quando o CMN irá aprovar os
demais pronunciamentos contábeis do CPC e tampouco se a utilização dos
mesmos será de maneira prospectiva ou retrospectiva.
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Conforme estabelecido na Resolução do CMN, o Bradesco divulgou em
seu website, em 28 de março de 2013, suas demonstrações contábeis
consolidadas de 31 de dezembro de 2012 e 2011, preparadas de acordo com
as IFRSs. Na avaliação da Administração, os valores do lucro líquido e do
patrimônio líquido de 31 de março de 2013, estão compatíveis com os valores
em IFRS, considerando o contexto atual dos negócios.
Os infra-assinados, membros do Conselho Fiscal do Banco Bradesco
S.A., no exercício de suas atribuições legais e estatutárias, tendo examinado o
Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis Individuais, bem
como as Demonstrações Contábeis Consolidadas referentes ao primeiro
trimestre de 2013, e o estudo técnico de viabilidade de geração de lucros
tributáveis, trazidos a valor presente, que tem por objetivo a realização de Ativo
Fiscal Diferido de acordo com a Instrução CVM no 371/02, Resolução no
3.059/02, do Conselho Monetário Nacional, e Circular no 3.171/02, do Banco
Central do Brasil, e à vista do relatório da KPMG Auditores Independentes,
apresentado sem ressalvas, são da opinião de que as citadas peças,
examinadas à luz das práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, refletem
adequadamente a situação patrimonial e financeira da Sociedade.
Revisamos o balanço patrimonial consolidado do Banco Bradesco S.A.
(“Bradesco”) em 31 de março de 2013, e as respectivas demonstrações
consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de
caixa para o trimestre findo naquela data, incluindo o resumo das práticas
contábeis significativas e demais notas explicativas (“Informações contábeis
intermediárias consolidadas”).
A administração dos bancos Bradesco e BFA é responsável pela
elaboração e apresentação das informações contábeis intermediárias
consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e em
angola, aplicáveis a instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão
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sobre essas informações contábeis intermediárias consolidadas com base em
nossa revisão.
Após um vigoroso crescimento em 2013, estimado em 6,8%, o
crescimento econômico projetado para 2014 é de 3,9%, a despeito do declínio
na produção de petróleo. O crescimento robusto da economia não petrolífera,
impulsionado, sobretudo, pelo ótimo desempenho do setor agrícola, deverá
compensar uma queda temporária, porém expressiva na produção de petróleo.
2 Espera-se que os investimentos em curso na agricultura resultem num
aumento da produção agrícola de cerca de 11,5% em 2014. Outros setores
como indústria, eletricidade e serviços devem também contribuir para um bom
resultado. Projeta-se que a inflação ascenda a 7,5% no final de 2014,
confortavelmente dentro da meta do BNA.
O saldo orçamental global, que vinha registrando excedentes nos
últimos quatro anos, deverá sofrer uma deterioração significativa em 2014, com
um déficit de cerca de 4% do PIB. A receita do petróleo caiu 14% entre janeiro
e maio de 2014, sobretudo devido a obras não programadas de manutenção e
reparos nalguns campos petrolíferos. O nível de reservas internacionais no
BNA continua apropriado, equivalente a 7¾ meses de importações.
Angola situou-se na 179ª colocação entre 189 economias na edição de
2014 do índice Doing Business do Banco Mundial. Outros indicadores de
competitividade, tais como o Índice de Competitividade Global do Fórum
Econômico Mundial, apontam basicamente o mesmo resultado. Dentre as
várias dimensões do índice do Banco Mundial, o desempenho de Angola é
especialmente ruim em quatro indicadores: i) Solução de insolvências ((188º de
189); ii) Execução de contratos ((188º de 189); iii) Abertura de empresa ((178º
de 189); e iv) Comércio entre fronteiras (169º de 189). Os programas liderados
pelo Ministério da Economia estão a abordar alguns desses elevados custos de
se fazer negócios.
Não obstante o forte crescimento econômico verificado na última
década, a pobreza e a desigualdade de rendimento ainda representam um
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desafio. O inquérito aos agregados familiares de 2009, divulgado em 2011,
mostra que a distribuição de rendimentos em Angola é uma das mais desiguais
da África Subsaariana, com um terço do total de rendimentos a se concentrar
nas mãos dos 10% mais ricos, o que corresponde a um índice de pobreza de
37% em termos relativos (60% nas zonas rurais).
Devido ao alto conteúdo de importações e consequente transmissão
elevada para a inflação, qualquer depreciação significativa da taxa de câmbio
nominal resultaria na subida da inflação e, assim, não teria um efeito
expressivo sobre a taxa de câmbio real.
Embora o corpo técnico apoie a flexibilização gradual do câmbio, as
políticas mais eficazes para abordar a sobrevalorização da moeda são as que
buscam melhorar a infraestrutura do país e atacar os problemas estruturais que
afetam a competitividade, como deficiências no estado de direito, fragilidades
no cumprimento dos contratos e dificuldades na abertura de empresas.
Diante do quadro econômico nacional (Angola e Brasil) e internacional e
do aumento das exigências de capital impostas pelo Acordo de Basileia III, a
estratégia adotada pelos bancos privados foi melhorar o Índice de Eficiência
mediante, basicamente, corte das despesas com pessoal próprio, por meio da
redução de postos de trabalho, e aumento das receitas com tarifas. Ademais,
foram bastantes conservadores na concessão de crédito.
Para se adequar à desaceleração da atividade econômica e às novas
exigências regulatórias, e reduziram o ritmo da oferta de crédito em relação aos
patamares que vinham sendo praticados desde o início da crise internacional.
Mesmo assim, é necessário manter a estratégia de expansão, ainda que em
ritmo menor, cuja estratégia tem sido aumentar a estrutura de atendimento e
ampliar a cobertura pelo país. Os bancos demonstram que é possível melhorar
o Índice de Eficiência, com ampliação de postos de trabalho mediante o
aumento da participação na oferta de crédito na economia.
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CONCLUSÃO
A presente monografia teve como foco a Auditoria e Controladoria e
como ela é capaz de assessorar a gestão da empresa, fornecendo mensuração
das alternativas econômicas e através da visão sistêmica, integrar informações
e reportá-las para facilitar o processo decisório. O interesse do tema justifica-se
em função do exercício de um adequado controle sobre cada uma destas
funções assume fundamental importância para que se atinjam os resultados
mais favoráveis com menores desperdícios. Em virtude dos ajustes exigidos
para atender ao Acordo de Basileia III, a partir de janeiro de 2014, cresceu a
necessidade de se buscar eficiência operacional por meio do incremento de
receitas e redução de despesas, por isso as receitas com tarifas têm se
tornado cada vez mais importante.
O objetivo geral deste trabalho foi à auditoria o objetivo do exame
normal das demonstrações financeiras para expressar uma opinião sobre as
propriedades das mesmas, e assegurar que elas representam adequadamente
a posição patrimonial e financeira, o resultado de suas operações e as origens
e aplicações de recursos correspondem aos períodos em exame, de acordo
com os princípios de contabilidade geralmente aceitos, aplicados com
uniformidade durante os períodos.
Tradicionalmente, a auditoria no Brasil é considerada um ramo da
Contabilidade, sendo traduzida por muitos anos a palavra inglesa “audit” como
“revisão contábil”. Assim, até os anos 50 os auditores eram chamados de
“revisores contábeis” (NBC T12, 1995). Com o desenvolvimento do mercado de
capitais e a introdução das práticas de gestão angla americanas nas
corporações empresariais a partir do final dos anos 60, a auditoria tornou-se
uma atividade complexa, abandonando o termo simplista da "revisão contábil".
Desta forma no capitulo 1 foi abordada a importância da Auditoria e
Controladoria ao longo da Historia e como se deu a evolução histórica,
conceituação da Auditoria e como a foi ganhando cada vez mais espaço nas
organizações e ate na sociedade e sua importância hoje para as organizações
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e para os Resultados da mesma. A importância de se conhecer a auditoria
interna e externa torna-se um diferencial estratégico para a organização e
gerenciamento das informações que podemos afirmar “como o caminho para a
lucratividade empresarial”.
Segundo, foi abordada a importância da controladoria para as
organizações, e suas definições por alguns especialistas que Desta forma,
infere-se que a Controladoria está diretamente envolvida no processo de
gestão, exercendo papel de apoio aos gestores no planejamento, na execução
e no controle. Como fornecedora de informações, esta possui subdivisões
referentes aos diversos tipos de informações que deseja fornecer. As
informações podem ser de custos, de auditoria, de planejamento e controle, de
contabilidade geral, entre outras. As empresas estão atentas e Percebe-se que
uma das atribuições da Controladoria está em comparar os resultados
realizados com os planejados. Esta comparação é feita a partir dos resultados
gerados pelas atividades com os resultados previstos, sendo necessário,
entretanto, o conhecimento dos objetivos estabelecidos e a forma de alcançá-
los por parte da organização.
O capitulo 2 apresenta sobre a controladoria e os Sistemas
Gerenciais que e também a importância da área de Controladoria dentro da
organização. Controladoria é um conjunto de conhecimentos que se constituem
em bases teóricas e conceituais de ordens operacional, econômica, financeira
e patrimonial, relativas ao controle do processo de gestão organizacional. E
uma área que vem ganhando cada vez mais espaço nas organizações e serve
como termômetro para o sucesso da organização com seus investidores, pois
um dos recursos mais importante ate na sociedade e sua importância na
construção de organizações melhores estruturadas e rentáveis e também o
desenvolvimento da sociedade esta atrelado ao avanço das organizações hoje.
As empresas, durante suas operações, geram dados que
interpretados e analisados, auxiliam no processo decisório, visando o alcance
dos objetivos estabelecidos pelos gestores e a otimização dos resultados. Os
dados gerados nas operações são coletados e decodificados, produzindo
informações em que se baseiam os gestores.
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Percebe-se que as organizações têm tomado o caminho mais árduo,
induzido pelo comportamento da sociedade, dos consumidores, da mídia, dos
organismos internacionais e do próprio mercado, rumo à sustentabilidade. Tal
postura depende de boas relações com o publico e implica em redução de
riscos, visão de longo prazo, interação com outros mercados e adaptação ao
ambiente.
Fica demonstrado neste capitulo que as informações são coletadas
pela contabilidade e apresentadas periodicamente aos interessados na forma
de um conjunto de demonstrativos. As demonstrações contábeis, denominadas
demonstrações financeiras pela Lei n.º 6.404/76 representam um tipo de
relatório contábil. Estas têm como objetivo básico fornecer informações aos
usuários, tanto internos quanto externos da empresa. Estas informações
podem subsidiar desde o planejamento até o controle do patrimônio da
empresa e de suas atividades. Os relatórios contábeis podem ser legais ou
gerenciais. Os relatórios legais são aqueles previstos em textos legais. Por sua
vez, os relatórios gerenciais são aqueles elaborados a fim de atender as
necessidades informacionais dos gestores, sem rigor formal de estrutura e
conteúdo
No terceiro e último capitulo é apresentado O estudo de caso sobre
Comparativo do Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola e também sobre
A importância de se conhecer as informações fornecidas pela organização e
sua confiabilidade torna-se um diferencial estratégico para a organização e
termina passando pela Gestão das empresas, Avaliação na bolsa de valores
por investidores, Serviços mais usuais de investidores e também pela CVM e
podemos afirmar “que a auditoria consiste num mecanismo de controle, na
medida em que revisa e avalia a eficiência e adequação dos outros controles
existentes e auxilia a alta administração na tomada de decisões”. Neste
capitulo será abordada Comparativo do Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-
Angola. No Histórico das Organizações Bancarias O Banco (Bradesco), O
Banco de Fomento em Angola (BFA) e Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-
Angola
51
Destacamos a Fundação Bradesco, que desenvolve há 58 anos um
amplo programa sócio educacional, mantendo 40 Escolas próprias no Brasil.
Em 2015, um orçamento previsto de R$ 537,311 milhões irá beneficiar um
número estimado de 101.609 alunos em suas Escolas, na Educação Básica
(da Educação Infantil ao Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de
Nível Médio), Educação de Jovens e Adultos e na Formação Inicial e
Continuada voltada à geração de emprego e renda. Aos cerca de 44 mil alunos
da Educação Básica, também são assegurados, além do ensino formal,
gratuito e de qualidade, uniformes, material escolar, alimentação e assistência
médico - odontológica. A previsão é beneficiar também, na modalidade de
educação à distância (EAD), por meio do seu portal e-learning "Escola Virtual",
380 mil alunos que concluirão, ao menos, um dos diversos cursos oferecidos
em sua programação, além de outros 17 mil que serão beneficiados em
projetos e ações em parceria como os CIDs (Centros de Inclusão Digital), o
Programa Educa+Ação e em cursos de Tecnologia (Educar e Aprender).
Chegou-se então, com os resultados obtidos e as análises
realizadas, responder ao questionamento: Qual importância da Controladoria
para o processo decisório, e como essa área contribui nas instituições
brasileiras e angolanas. Comparativo do banco Bradesco-brasil X banco BFA-
angola no período de 2005 - 2015?
A auditoria contábil compreende o exame de documentos, livros
contábeis registros, além de realização de inspeções e obtenção de
informações de fontes internas e externas, tudo relacionado com o controle do
patrimônio da entidade auditada. Segundo as verificado por este trabalho, A
auditoria tem por objetivo averiguar os registros contábeis e as demonstrações
contábeis no que se refere aos eventos que alteram o patrimônio e a
representação desse patrimônio. Para que possa ter uma segurança razoável
(segurança razoável na auditoria é uma segurança grande) que naquelas
demonstrações não existam distorções materiais. Além de ser uma técnica
contábil, a auditoria também pode ser entendida como um ramo da
Contabilidade.
52
Finalizando esta monografia é importante lembrar que a
necessidade atual da empresas que é a garantia de idoneidade de suas
operações tanto para sua própria segurança quanto para fatores determinantes
externos como investidores e fiscalização governamental, buscamos através da
utilização dos principais conceitos elaborados por estudiosos da área, e a
adoção dos procedimentos adequados para deter em sua empresa o
desenvolvimento do trabalho de auditoria e controle interno. Garantindo assim,
a empresa atingindo sua eficiência e podendo garantir sua credibilidade.
Em relação à própria pesquisa, ficaram evidenciadas que para os
bancos Bradesco e BFA como as empresas mesmo sendo privadas elas são
obrigadas a atender que o objetivo da auditoria se resume no conjunto dos
elementos de controle do patrimônio, quais sejam os registros contábeis,
documentos que comprovem esses registros e os atos administrativos. Fatos
não registrados documentalmente também é objeto da auditoria uma vez que
tais fatos podem ser relatados por indivíduos que executam atividades
relacionadas ao patrimônio auditado.
Concluímos assim, que a adoção pelas empresas desses dois
fatores, a auditoria e o controle interno, garante que a empresa detenha para
tomada de decisões as informações mais precisas possíveis para que se possa
ter um desenvolvimento promissor das atividades e permita a realização do
crescimento da empresa atingindo os resultados mais favoráveis com menos
desperdício. Para finalizar, fica como sugestão para futuras pesquisas: elaborar
estudos para verificar os impactos das legislações nos bancos públicos e
privados, qual a interferência dos sistemas financeiros nos bancos públicos, a
importância de políticas de compras sustentáveis nas organizações bancarias
publicas, com a introdução de critérios ambientais, sociais e econômicos nas
aquisições de bens, critério de contratações de serviços e execução de obras
tendo como finalidade a preservação de um meio ambiente equilibrado.
53
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56
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I – Evolução Histórica da Controladoria. 13 1.1 - O Que é Auditoria? 13 1.2 - Surgimento da Auditoria. 15 1.3 - O Que é Controladoria? 18 1.4 - Diferença entre Controladoria e Auditoria. 19 CAPÍTULO II – A controladoria e os Sistemas Gerenciais. 22 2.1 - A Importância da controladoria para as Organizações. 22 2.2 - Como as Informações Contábeis Atuam na controladoria. 25 2.3 - Qual a Importância dos Auditores em Todo o Processo. 26 2.4 - As Características de um Bom Conjunto de Relatórios. 27 CAPÍTULO III - Comparativo do Banco Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola. 30 3.1 - Histórico das Organizações Bancarias. 30 3.2 - O Banco (Bradesco). 34 3.3 - O Banco de Fomento em Angola (BFA). 40 3.4 - Bancos Bradesco-brasil X Banco BFA-Angola 42 CONCLUSÃO 48 BIBLIOGRAFIA 53 ÍNDICE 56