documento protegido pela lei de direito autoral filesus, atuando na ação curativa de média e alta...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
REDUÇÃO DE CUSTOS HOSPITALARES COM A
MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE MEDICAMENTOS
Gilberto Barcelos Souza
Orientador
Prof. Dr. William Rocha
Rio de Janeiro
2014
DOCU
MENTO
PRO
TEGID
O PEL
A LE
I DE D
IREIT
O AUTO
RAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
REDUÇÃO DE CUSTOS HOSPITALARES COM A
MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE MEDICAMENTOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de Especialista em Administração em Saúde.
Por: Gilberto Barcelos Souza
3
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal Fluminense,
por ter me proporcionado uma
formação superior pública e gratuita.
4
DEDICATÓRIA
Para minha esposa Ana e meu querido
filho Pedro.
5
RESUMO
Avaliamos a redução do consumo dos comprimidos após e com a
manipulação magistral de medicamentos e economicamente, a redução do
envio de comprimidos de 10 medicamentos para as enfermarias com o preparo
das formulações magistrais para uso nas clínicas pediátricas de um hospital
universitário, em relação ao método tradicional do envio de comprimidos para
dissolução em água destilada nas enfermarias pediátricas.
O trabalho foi enriquecido bibliograficamente por conceitos, definições
e assuntos pertinentes às áreas de consumo de medicamentos, e farmácia
hospitalar. O objetivo geral foi alcançado uma vez que foram encontrados os
percentuais de redução de consumo dos produtos.
6
METODOLOGIA
A investigação foi realizada nas clínicas pediátricas de um Hospital
Universitário de referência do SUS, em Niterói, Brasil, instituição com 263
leitos, taxa média de ocupação de 98% e taxa média de permanência de 25
dias. O hospital tem todas as especialidades e atende à saúde pública pelo
SUS, atuando na ação curativa de média e alta complexidade através do
acesso direto da população ou por referência (clientes encaminhados por
unidades de atenção básica). Os serviços são disponibilizados teoricamente
para a região Metropolitana II que engloba os seguintes municípios: Itaboraí,
Marica, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá. Presta
serviços em consultas ambulatoriais, internações, diagnóstico por imagem e
métodos gráficos, urgência/emergência 24h, e Banco de Sangue e de Leite.
Possui 263 leitos distribuídos em: 118 de cirurgia, 90 de clínica médica, 18 de
materno-infantil, e 37 especiais. Além da área hospitalar e ambulatorial,
compreende ainda em suas instalações serviços de farmácia, cozinha,
lavanderia, segurança, notificação de doenças e investigação epidemiológica.
Com base em pesquisas bibliográficas e a partir da análise das prescrições
médicas dos pacientes pediátricos internados e para os pedidos de
manipulação dos medicamentos, foi calculada a dose atribuída a cada
paciente, conforme a adaptação orientada na prescrição e comparada ao envio
tradicional dos comprimidos que seriam enviados para a dissolução em água
destilada nas seguintes enfermarias: emergência pediátrica, UTI neonatal e
pediatria. A identificação e a coleta de dados das prescrições que envolviam a
adaptação de comprimidos para a forma líquida foram realizadas pelo
pesquisador antes do envio para as enfermarias pelo Serviço de Farmácia.
Descrevemos e analisamos o preparo magistral dos seguintes medicamentos:
ácido ursodesoxicólico, amiodarona, captopril, enalapril, espironolactona,
hidroclorotiazida, metoprolol, nifedipino, propranolol e sildenafil.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Medicamentos em Pediatria 12
CAPÍTULO II - Manipulação Magistral 19
CAPÍTULO III - Redução de Custos Hospitalares 25
CONCLUSÃO 29
GLOSSÁRIO FARMACÊUTICO 30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38
8
INTRODUÇÃO
As principais razões para as prescrições dos medicamentos
configurarem como off-label são os seguintes tópicos: falta de informações
para o uso em crianças; administração por via alternativa; e inadequação das
dosagens recomendadas.
Os medicamentos mais utilizados são os comprimidos, entretanto,
muitos pacientes na pediatria necessitam de formas de dosagens líquidas de
medicamentos utilizados na prática clínica. Em diversos casos, a manipulação
magistral é o único modo através do que alguns pacientes podem ter acesso
aos medicamentos, sendo que em outros casos é a manipulação de
medicamentos que determina o tratamento do paciente e o farmacêutico deve
estar preparado para criar uma nova formulação a partir dos comprimidos, e
até mesmo a partir de preparações injetáveis, desde que esteja
suficientemente documentada a estabilidade desta nova arte farmacêutica.
Uma das maiores dificuldades está na determinação do prazo de
validade da formulação extemporânea desenvolvida, que foram obtidos através
de um levantamento bibliográfico de referências nacionais e internacionais. A
falta de evidências seguras e de formulações padronizadas atinge as crianças
hospitalizadas.
Cada medicamento registrado no Brasil recebe aprovação da ANVISA
para uma ou mais indicações, as quais passam a constar na sua bula, e que
são as respaldadas pela Agência. O registro de medicamentos novos é
concedido desde que sejam comprovadas a qualidade, a eficácia e a
segurança do medicamento, sendo as duas últimas baseadas na avaliação de
estudos clínicos realizados para testá-lo para essas indicações.
O termo off-label refere-se às prescrições de medicamento registrado
para um uso que não está incluído na informação do produto. É importante
9
salientar que a definição de medicamentos não aprovados é diferente de
fármacos off-label. Pode ser destacado como uso off-label indicações
terapêuticas não aprovadas para uso, idade diferente das aprovadas,
dosagens, freqüência da administração do produto farmacêutico e ou
apresentação.
Quando um medicamento é aprovado para uma determinada indicação
isso não implica que esta seja a única possível, e que o medicamento só possa
ser usado para ela. Outras indicações podem estar sendo, ou vir a ser
estudadas, as quais, submetidas à ANVISA quando terminados os estudos,
poderão vir ser aprovadas e passar a constar da bula. Estudos concluídos ou
realizados após a aprovação inicial podem, por exemplo, ampliar o uso do
medicamento para outra faixa etária, para uma fase diferente da mesma
doença para a qual a indicação foi aprovada, ou para outra doença, assim
como o uso pode se tornar mais restrito do que inicialmente se aprovou.
Uma vez comercializado o medicamento, enquanto as novas
indicações não são aprovadas, seja porque as evidências para tal ainda não
estão completas, ou porque a agência reguladora ainda as está avaliando, é
possível que um médico já queira prescrever o medicamento para um seu
paciente que tenha uma delas.
Na literatura encontram-se várias controvérsias a respeito do uso off-
label dos medicamentos, pois quando se trata de insumos farmacêuticos
diferentes expectativas são geradas por diversas partes interessadas, incluindo
os profissionais da saúde, a indústria farmacêutica e os consumidores. O uso
off-label de medicamentos já é uma realidade em nosso meio.
Podem também ocorrer situações de um médico querer tratar
pacientes que tenham certa condição que, por analogia com outra semelhante,
ou por base fisiopatológica, ele acredite possam vir a se beneficiar de um
determinado medicamento não aprovado para ela.
10
Quando o medicamento é empregado nas situações descritas acima
está caracterizado o uso off-label do medicamento, ou seja, o uso não
aprovado, que não consta da bula. O uso off- label de um medicamento é feito
por conta e risco do médico que o prescreve, e pode eventualmente vir a
caracterizar um erro médico, mas em grande parte das vezes trata-se de uso
essencialmente correto, apenas ainda não aprovado.
Há casos mesmo em que esta indicação nunca será aprovada por uma
agência reguladora, como em doenças raras cujo tratamento medicamentoso
só é respaldado por séries de casos. Tais indicações possivelmente nunca
constarão da bula do medicamento porque jamais serão estudadas por
ensaios clínicos.
O que é uso off-label hoje pode vir a ser uso aprovado amanhã, mas
nem sempre isso ocorrerá. O que é off-label hoje, no Brasil, pode já ser uso
aprovado em outro país. Não necessariamente o medicamento virá a ser
aprovado aqui, embora freqüentemente isso vá ocorrer, já que os critérios de
aprovação estão cada vez mais harmonizados internacionalmente.
A aprovação no Brasil, porém, pode demorar, por vários motivos, entre
os quais o de que o pedido de registro pode ser feito muito mais tarde aqui do
que em outros países. Pode ocorrer que o medicamento receba aprovação
acelerada em outro país, baseada na apresentação de estudos preliminares ou
incompletos, o que, via de regra, não é aceito pela ANVISA. Por fim, um uso
autorizado no Brasil pode ser uso off label em outros países.
A classificação de uma indicação como off label pode, pois, variar
temporalmente e de lugar para lugar. O uso off label é, por definição, não
autorizado por uma agência reguladora, mas isso não implica que seja
incorreto.
11
Devem ser desenvolvidas formulações pediátricas com formas de
dosagem que permitam a administração de doses precisas, seguras e
eficazes, aumentem a adesão à terapêutica, reduzam o risco de erros de
medicação, contenham excipientes seguros e sejam adaptadas às
necessidades de doentes pediátricos de várias idades. A população pediátrica
tem sido discriminada ao longo dos anos no que diz respeito à realização de
ensaios clínicos para aprovação de medicamentos. Como consequência
generalizou-se a utilização de medicamentos não aprovados e off label em
todas as subpopulações pediátricas. É necessária regulamentação para que a
indústria farmacêutica proceda a estudos em pediatria e procure aprovação
para novos medicamentos em doentes pediátricos.
12
CAPÍTULO I
MEDICAMENTOS EM PEDIATRIA
A administração de medicamentos por via oral é a via preferida
em pediatria, caso seja possível de acordo com a situação clínica. Entretanto,
dependendo da sua idade e formação muitas crianças não conseguem engolir
comprimidos inteiros ou cápsulas (Nahata, 1999).
As formulações líquidas incluem soluções, xaropes, suspensões e
emulsões e são as mais apropriadas para os pacientes pediátricos até aos 8
anos (Standing e Tuleu, 2005).
O volume da dose é importante para a aceitabilidade de uma
formulação líquida (Nahata, 1999).
Dependendo da idade e formação, muitas crianças não conseguem
engolir comprimidos inteiros ou cápsulas pelo que, muitas vezes, é necessário
a trituração dos comprimidos ou a manipulação de formas farmacêuticas
sólidas em suspensões (Nahata, 1999).
O exemplo do captopril, que está disponível sob a forma de
comprimidos, nas dosagens de 12,5 mg; 25 mg e 50 mg. A dose indicada para
um recém-nascido varia entre 0,1-0,2 mg/kg. Portanto, para um peso corporal
de 4 kg, a dose para ser administrada está entre 0,4-0,8 mg. O captopril com
estas concentrações de 12,5 mg; 25 mg e 50 mg, não está sendo indicado
especificamente para uso pediátrico, apresentam dosagens excessivas e estão
na forma farmacêutica sólida, notadamente comprimidos e cápsulas, o que
dificulta a administração em pediatria, pelas dificuldades de deglutição de
produtos sólidos (Nunn e Williams, 2005; Schell, 1992; Standing e Tuleu, 2005;
Zenk, 1994; Nahata, 1999).
13
A prescrição de medicamentos off label é uma realidade que pode
trazer sérios prejuízos à saúde se não forem observadas evidências de eficácia
clínica (Wertheimer, 2011).
As principais razões para as prescrições dos medicamentos
configurarem como off label foram: falta de informações para o uso em
crianças; administração por vias alternativas; inadequação das dosagens
recomendadas (Santos, 2008).
O uso de medicamentos off label é maior e mais comum do que o uso
de medicamentos não licenciados e envolve grupos terapêuticos de muita
importância clínica e de ampla utilização. É expressiva a dificuldade de
comparação entre as prevalências dos medicamentos off label e não
licenciados, pela diferença de metodologia adotada, e também pela falta de
consenso entre as definições de medicamentos off label e não licenciados
(Wertheimer, 2011; Santos, 2008).
A escassez de medicamentos desenvolvidos para uso em crianças
obriga, frequentemente, os médicos à extrapolação de informações obtidas
através de testes em adultos, bem como à adaptação de formulações
inadequadas para essa faixa etária. As seguintes estratégias terapêuticas e
sugestões, que têm dados resultados: consensos de especialistas, estudos
observacionais, assim como o uso de preparações magistrais, são estratégias
que têm sido empregadas para lidar com essas limitações. A carência de
evidências seguras e de formulações padronizadas afeta, principalmente,
crianças hospitalizadas, particularmente aquelas em unidades de tratamento
intensivo, colocando em risco a eficácia e a segurança dos tratamentos (Costa,
2009; Santos, Coelho, 2006; Nahata, 1999). O uso off label de medicamentos, embora consista em uma
abordagem terapêutica não respaldada pelo órgão de vigilância sanitária, não
é ilegal, podendo, inclusive, corresponder a uma alternativa terapêutica para
aqueles pacientes que apresentem uma doença para a qual não existe
14
tratamento, ou no caso em que os potenciais benefícios superam os riscos.
Entretanto, tal uso se associa a aspectos clínicos, de segurança e éticos a
serem considerados.
A avaliação crítica da literatura disponível é imprescindível, embora,
em todos os casos, seja preciso ainda considerar os aspectos individuais do
paciente, com suas preferências e limitações ao tratamento. Se assim
proceder, é provável que o profissional de saúde reduza o uso inapropriado de
medicamentos, diminua a exposição do paciente a riscos desnecessários e
alcance os melhores resultados possíveis com a terapia.
O processo de tomada de decisão quanto à utilização, ou não, de um
medicamento na forma off label não é algo simples, requer etapas e busca
exaustiva na literatura, para melhor esclarecimento sobre os potenciais
benefícios e riscos envolvidos, o que aponta para a necessidade de grande
cautela por parte do profissional prescritor ao optar por essa forma de
tratamento, devendo estar fundamentado nas melhores evidências científicas
disponíveis.
A experiência clínica continua sendo fundamental nesse novo
paradigma, pois engloba a proficiência e o julgamento provenientes da prática
clínica, em que, a partir de um eficiente diagnóstico, identificam-se situações,
direitos e preferências dos pacientes, influenciando as tomadas de decisão
sobre as condutas que lhes serão oferecidas. Contudo, a evidência externa,
que provém da pesquisa clínica sistemática e relevante, define a acurácia dos
testes diagnósticos, o poder dos marcadores prognósticos e a eficácia e
segurança de medidas preventivas, terapêuticas e reabilitadoras. Assim, é
necessário o uso equilibrado de ambas, pois nenhuma sozinha é suficiente
(Wannmacher, 2000).
1.1. ÁCIDO URSODESOXICÓLICO (Ursacol®): comprimidos de 50
mg, 150 mg e 300 mg, são indicados para o tratamento da dissolução dos
15
cálculos biliares, formados por colesterol que: apresentam litíase por cálculos
não radiopacos, com diâmetro inferior a 1 cm, em vesícula funcionante ou no
canal colédoco; recusaram a intervenção cirúrgica ou apresentam
contraindicações para a mesma; supersaturação biliar de colesterol na análise
da bile colhida por cateterismo duodenal; tratamento da forma sintomática da
cirrose biliar primária; alterações qualitativas e quantitativas da bile;
colecistopatia calculosa em vesícula biliar funcionante; litíase residual do
colédoco ou recidivas após intervenção sobre as vias biliares; síndrome
dispéptico-dolorosas das colecistopatias com ou sem cálculos e pós-
colecistectomia; discinesias das vias biliares e síndrome associadas;
slterações lipêmicas por aumento do colesterol e/ou triglicérides; terapêutica
coadjuvante da litotripsia.
1.2. AMIODARONA (Ancoron®): comprimidos de 100 mg e 200 mg,
são indicados para o tratamento da arritmias ventriculares: taquicardia
ventricular ou fibrilação ventricular hemodinamicamente instáveis. Na maioria
dos pacientes, a amiodarona produz uma eliminação completa da atividade
ectópica ventricular. É eficaz nas arritmias ventriculares em pacientes com
coronariopatia que já apresentaram taquicardia ventricular e fibrilação
ventricular, na taquicardia ventricular idiopática recorrente e nas arritmias
ventriculares da cardiopatia chagásica. Em pacientes com arritmia ventricular
maligna (com exceção do subgrupo de pacientes com antecedente de
fibrilação ventricular e fração de ejeção menor que 30%) e com miocardiopatia
hipertrófica concomitante a arritmia ventricular maligna. Na angina associada a
arritmias e a insuficiência cardíaca não controlada, em casos de
contraindicação ou de ineficácia de outros tratamentos.
1.3. CAPTOPRIL (Capoten®): comprimidos de 12,5 mg, 25 mg e 50
mg, indicados para o tratamento da hipertensão, insuficiência cardíaca
congestiva em associação com diuréticos e digitálicos; é indicado como terapia
pós-infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis com disfunção
ventricular esquerda assintomática ou sintomática para melhorar a sobrevida,
16
protelar o início da insuficiência cardíaca sintomática, reduzir internações por
insuficiência cardíaca e diminuir a incidência de infarto do miocárdio recorrente
e as condutas de revascularização coronariana. O captopril é indicado para o
tratamento de nefropatia diabética em pacientes com diabetes mellitus
insulino-dependentes. Nestes pacientes, previne a progressão da doença renal
e reduz seqüelas clínicas associadas (diálise, transplante renal e morte).
1.4. ENALAPRIL (Renitec®): comprimidos de 5 mg, 10 mg e 20 mg,
indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão essencial,
tratamento da hipertensão renovascular e todos os graus de insuficiência
cardíaca. Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, também é
indicado para aumentar a sobrevida, retardar a progressão para insuficiência
cardíaca e reduzir as hospitalizações por insuficiência cardíaca. Prevenção de
insuficiência cardíaca sintomática; prevenção de eventos coronarianos
isquêmicos. Em pacientes com disfunção ventricular esquerda, é indicado para
reduzir a incidência de infarto do miocárdio e reduzir as hospitalizações por
angina instável.
1.5. ESPIRONOLACTONA (Aldactone®): comprimidos de 25 mg, 50
mg e 100 mg, indicados para o tratamento da hipertensão essencial; distúrbios
edematosos, tais como: edema e ascite da insuficiência cardíaca congestiva,
cirrose hepática e síndrome nefrótica; edema idiopático; como terapia auxiliar
na hipertensão maligna; na hipopotassemia quando outras medidas forem
consideradas impróprias ou inadequadas; profilaxia da hipopotassemia e
hipomagnesemia em pacientes tomando diuréticos, ou quando outras medidas
forem inadequadas ou impróprias; indicado para o diagnóstico e tratamento do
hiperaldosteronismo primário e tratamento pré-operatório de pacientes com
hiperaldosteronismo primário.
1.6. HIDROCLOROTIAZIDA (Drenol®): comprimidos de 25 mg e 50
mg, indicados para o tratamento da hipertensão arterial, quer isoladamente ou
em associação a outros fármacos anti-hipertensivos nos casos mais graves de
17
hipertensão. Está indicado também no tratamento de edema associado à
insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e terapia com
corticosteróides ou estrógenos. Também é eficaz no edema relacionado a
várias formas de disfunção renal, como síndrome nefrótica, glomerulonefrite
aguda e insuficiência renal crônica.
1.7. NIFEDIPINO (Adalat®): comprimidos de 10 mg, 20 mg, 30 mg, 60
mg e 90 mg, indicados para o tratamento da doença arterial coronariana:
angina do peito crônica estável (angina de esforço); angina do peito
vasoespástica (angina de Prinzmetal e angina variante); hipertensão essencial;
na crise hipertensiva.
1.8. PROPRANOLOL (Inderal®): comprimidos de 10 mg, 40 mg e 80
mg, indicados para o tratamento da hipertensão, e pode ser usado
isoladamente ou em associação com outros agentes anti-hipertensivos,
especialmente com um diurético tiazídico. Não está indicado para as
emergências hipertensivas. Indicado no tratamento prolongado de pacientes
com angina pectoris. Tratamento de arritmias cardíacas.
1.9. METOPROLOL (Seloken®): comprimidos de 100 mg, indicados
para o tratamento da pressão arterial, controle das crises de angina de peito,
prevenção de problemas no coração após o infarto e tratamento das alterações
do ritmo cardíaco. Tratamento complementar para a redução dos sintomas
cardíacos de hipertireoidismo.
1.10. SILDENAFILA (Viagra®): comprimidos de 25 mg e 50 mg,
indicados para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar, demonstrou
melhorar a capacidade para realização de exercícios, retardar a piora clínica e
reduzir a pressão arterial pulmonar média.
18
CAPÍTULO II
MANIPULAÇÃO MAGISTRAL
Os medicamentos mais utilizados incluem os comprimidos e as
cápsulas, entretanto, muitos pacientes necessitam de formas de dosagens
líquidas de medicamentos utilizados na prática clínica. Diversos medicamentos
não são comercializados como uma formulação oral líquida, e o farmacêutico
deve ser capaz de preparar esta formulação, desde que esteja documentada a
estabilidade da formulação extemporânea. Adotamos o procedimento de
preparo das formulações extemporâneas: pesagem de um número suficiente
de comprimidos, maceração no gral com um pistilo, adicionar o veículo em
porções geométricas até a formação de uma “pasta” de aspecto uniforme, e
transferido para um frasco de vidro graduado, completando o volume final. A
maior parte das formulações farmacêuticas extemporâneas pediátricas para
uso oral utilizou os seguintes veículos: carboximetilcelulose, xarope simples,
metilcelulose, xarope simples + carboximetilcelulose ou xarope simples +
metilcelulose (Souza, 2003; Ferreira, 2011).
A inexistência de formulações apropriadas para uso pediátrico, a
prescrição de adaptações de forma ou formulação específica para adultos ou
para crianças de outro subgrupo etário, traz riscos de inexatidão da dose,
contaminação durante a manipulação, perda de estabilidade,
incompatibilidades e interações. A existência de formas farmacêuticas
apropriadas facilita a administração e o cumprimento dos tratamentos e evita
perdas desnecessárias, reduzindo os custos em saúde. Uma formulação ideal
teria facilidade de preparo pelo farmacêutico e de administração pela en-
fermeira, concentração e volume suficientes para obtenção da medida ou da
dosagem necessária, sabor agradável e dados científicos que respaldassem o
preparo e a determinação do prazo de validade. Preparações líquidas são as
mais adequadas para uso em crianças, devido à facilidade de ajuste das doses
19
e das características organolépticas, bem como pela facilidade na deglutição e
administração (Costa, 2009; Souza, 2003).
Essa não é a realidade da pediatria, dada a carência de formas
líquidas, o que se verifica, mais frequentemente, é a adaptação de formas
farmacêuticas sólidas para líquidas e a prescrição de formulações magistrais.
A alternativa mais indicada para esse caso seria a preparação de formulações
extemporâneas, com o uso de excipientes apropriados. No entanto, é difícil
assegurar a estabilidade de medicamentos extemporâneos, pela ausência de
testes para comprovar sua qualidade, segurança e eficácia (Nahata, 1999;
Costa, 2009; Souza, 2003).
A manipulação de medicamentos de adultos para uso pediátrico deve
ser o último recurso, sendo simultaneamente reconhecida, em muitos casos,
como uma operação necessária e inevitável. Como exemplo de alguns
medicamentos que não estão comercializados em formas farmacêuticas
líquidas orais e que são usados em pediatria podem ser referidos, entre outros,
captopril, enalapril, ácido ursodesoxicólico, omeprazol. (Nahata, 1999; 2000).
Como se pode constatar, as formulações extemporâneas continuam a
ser necessárias para os medicamentos com pouco interesse para a indústria
farmacêutica e, por isso, os farmacêuticos são encorajados a prepará-las para
obter diferentes concentrações e combinações, quer a partir de fármacos puros
quer a partir de especialidades farmacêuticas existentes para adultos,
desempenhando um papel único na sua formulação e preparação para uso
pediátrico. Preparar e administrar formulações extemporâneas para doentes é
uma experiência diária e um desafio para os farmacêuticos. Por estas razões
tem-se assistido a um ressurgimento de grupos farmacêuticos que se dedicam
a estudar a eficácia e estabilidade de preparações extemporâneas (Nahata,
1999a; 2000; Nahata et al., 2003).
20
2.1. ÁCIDO URSODESOXICÓLICO (Ursacol®): comprimidos de 50
mg, 150 mg e 300 mg, A manipulação magistral de ursodiol pode ser feita
utilizando diversos veículos: glicerol + metilcelulose + xarope de laranja ou
metilose + xarope simples e, evidentemente as manipulações dependem dos
estudos e varia em função da localização geográfica dos pesquisadores. A
estabilidade varia em função dos excipientes dos comprimidos, veículo,
estocagem e condições ambientais da pesquisa. O ursodiol dissolvido na
mistura glicerol + metilcelulose + xarope de laranja, na concentração de 1
mg/mL, é estável para 60 dias em temperatura ambiente e sob refrigeração. A
mistura de ursodiol em metilose + xarope simples, na concentração de 1
mg/mL, é estável para 90 dias em temperatura ambiente e sob refrigeração
(Mallet, 1997; Souza, 2012; Nahata, 1997; Ferreira, 2011).
2.2. AMIODARONA (Ancoron®): comprimidos de 100 mg e 200 mg. A
manipulação magistral de amiodarona pode ser feita utilizando a seguinte
mistura de veículos: xarope simples + metilcelulose + água purificada, e
evidentemente as manipulações dependem das pesquisas e varia em função
da localização geográfica dos pesquisadores. A estabilidade varia em função
dos excipientes dos comprimidos, veículo, estocagem e condições ambientais
da pesquisa. A mistura de amiodarona em metilcelulose + xarope simples +
água purificada, na concentração de 1 mg/mL, é estável para 42 dias em
temperatura ambiente e 91 dias sob refrigeração (Souza, 2012; Nahata, 1999;
Ferreira, 2011).
2.3. CAPTOPRIL (Capoten®): comprimidos de 12,5 mg, 25 mg e 50
mg. A manipulação magistral de captopril pode ser feita utilizando diversos
veículos: xarope simples, xarope simples + metilcelulose, água purificada +
ácido ascórbico ou água purificada + EDTA, e evidentemente as manipulações
dependem dos estudos e varia em função da localização geográfica dos
pesquisadores. A estabilidade varia em função dos excipientes dos
comprimidos, veículo, estocagem e condições ambientais da pesquisa. O
captopril dissolvido na mistura água purificada + EDTA dissódico, na
21
concentração de 1 mg/mL, é estável para 90 dias sob refrigeração. A mistura
de captopril em água purificada + vitamina C, na concentração de 1 mg/mL, é
estável para 56 dias em temperatura ambiente e sob refrigeração (Souza,
2012; Nahata, 1994; Ferreira, 2011).
2.4. ENALAPRIL (Renitec®): comprimidos de 5 mg, 10 mg e 20 mg. A
manipulação magistral de enalapril pode ser feita utilizando diversos veículos:
xarope simples, água purificada, e evidentemente as manipulações dependem
das pesquisas e varia em função da localização geográfica dos pesquisadores.
A estabilidade varia em função dos excipientes dos comprimidos, veículo,
estocagem e condições ambientais da pesquisa. O enalapril dissolvido na
mistura água purificada, na concentração de 1 mg/mL, é estável para 91 dias
sob refrigeração. A mistura de enalapril xarope simples, na concentração de 1
mg/mL, é estável para 60 dias em temperatura ambiente e sob refrigeração
(Souza, 2012; Nahata, 1999; Ferreira, 2011).
2.5. ESPIRONOLACTONA (Aldactone®): comprimidos de 25 mg, 50
mg e 100 mg. A manipulação magistral de espironolactona pode ser feita
utilizando diversos veículos: xarope simples, água purificada, e evidentemente
as manipulações dependem das pesquisas e varia em função da localização
geográfica dos pesquisadores. A estabilidade varia em função dos excipientes
dos comprimidos, veículo, estocagem e condições ambientais da pesquisa. A
espironolactona dissolvida na mistura xaropes imples + carboximetilcelulose +
água purificada, na concentração de 1 mg/mL, é estável para 90 dias em
temperatura ambiente e sob refrigeração. A mistura de espironolactona em
xarope simples, na concentração de 1 mg/mL, é estável para 60 dias na
temperatura ambiente e sob refrigeração (Souza, 2012; Nahata, 1999; Ferreira,
2011).
2.6. HIDROCLOROTIAZIDA (Drenol®): comprimidos de 25 mg e 50
mg. A manipulação magistral de hidroclorotiazida pode ser feita utilizando
diversos veículos: xarope simples, hidroxipropilmetilcelulose, e evidentemente
22
as manipulações dependem das pesquisas e varia em função da localização
geográfica dos pesquisadores. A estabilidade varia em função dos excipientes
dos comprimidos, veículo, estocagem e condições ambientais da pesquisa. A
hidroclorotiazida dissolvida na mistura ácido cítrico + hidroxipropilmetilcelulose,
na concentração de 2 mg/mL, é estável para 70 dias em temperatura
ambiente. A mistura de hidroclorotiazida em xarope simples, na concentração
de 1 mg/mL, é estável para 60 dias na temperatura ambiente e sob
refrigeração (Souza, 2012; Nahata, 1999; Ferreira, 2011).
2.7. NIFEDIPINO (Adalat®): comprimidos de 10 mg, 20 mg, 30 mg, 60
mg e 90 mg. A manipulação magistral de nifedipino pode ser realizada através
de diversos veículos: PEG 400 + metilcelulose + xarope simples; PEG 400 +
glicerina + óleo de menta; metilcelulose + xarope simples;
hidroxipropilmetilcelulose, e evidentemente as manipulações dependem das
pesquisas e varia em função da localização geográfica dos pesquisadores. A
estabilidade varia em função dos excipientes dos comprimidos, veículo,
estocagem e condições ambientais da pesquisa. O nifedipino dissolvido na
mistura HPMC, na concentração de 1 mg/mL, é estável para 28 dias sob
refrigeração. A mistura de nifedipino em xarope simples + metilcelulose, na
concentração de 1 mg/mL, é estável para 90 dias na temperatura ambiente. A
mistura de nifedipino em PEG 400 + glicerol + óleo de menta, na concentração
de 1 mg/mL, é estável para 14 dias na temperatura ambiente e 35 dias sob
refrigeração (Souza, 2012; Nahata, 1999; Ferreira, 2011).
2.8. PROPRANOLOL (Inderal®): comprimidos de 10 mg, 40 mg e 80
mg. A manipulação magistral de propranolol pode ser realizada utilizando
diversos veículos: xarope simples ou xarope de cereja, e evidentemente as
manipulações dependem das pesquisas e varia em função da localização
geográfica dos pesquisadores. A estabilidade varia em função dos excipientes
dos comprimidos, veículo, estocagem e condições ambientais da pesquisa. O
propranolol dissolvido no xarope de cereja, na concentração de 1 mg/mL, é
estável para 120 dias sob refrigeração. A mistura de propranolol em xarope
23
simples, na concentração de 1 mg/mL, é estável para 238 dias na temperatura
ambiente (Dentinger, 2003; Souza, 2012; Nahata, 2002; Ferreira, 2011).
2.9. METOPROLOL (Seloken®): comprimidos de 100 mg. A
manipulação magistral de metoprolol pode ser realizada utilizando diversos
veículos: água purificada + sorbitol, e evidentemente as manipulações
dependem das pesquisas e varia em função da localização geográfica dos
pesquisadores. A estabilidade varia em função dos excipientes dos
comprimidos, veículo, estocagem e condições ambientais da pesquisa. O
metoprolol dissolvido na mistura água purificada + sorbitol, na concentração de
1 mg/mL, é estável para 56 dias em temperatura ambiente e sob refrigeração.
A mistura de metoprolol em xarope simples, na concentração de 1,25 mg/mL, é
estável para 60 dias na temperatura ambiente e sob refrigeração
(Yamreudeewong, 2006; Souza, 2012; Nahata, 2002; Ferreira, 2011).
2.10. SILDENAFILA (Viagra®): comprimidos de 25 mg e 50 mg. A
manipulação magistral de sidenafila pode ser realizada utilizando diversos
veículos: metilcelulose + xarope simples, e evidentemente as manipulações
dependem das pesquisas e varia em função da localização geográfica dos
pesquisadores. A estabilidade varia em função dos excipientes dos
comprimidos, veículo, estocagem e condições ambientais da pesquisa. O
sildenafil dissolvido na mistura xarope simples + metilcelulose, na
concentração de 2,5 mg/mL, é estável para 91 dias em temperatura ambiente
e sob refrigeração (Souza, 2012; Nahata, 2006; Ferreira, 2011).
24
CAPÍTULO III
REDUÇÃO DE CUSTOS HOSPITALARES
Foi calculada a dose atribuída a cada paciente conforme a adaptação
orientada na prescrição e esta foi comparada à dose preconizada na literatura,
considerando-se idade e peso da criança. Os procedimentos de preparo dos
medicamentos também foram comparados àqueles normatizados, que
estabelece as boas práticas de manipulação, a serem realizadas em área
específica da farmácia hospitalar, destinada à manipulação de medicamentos,
por um farmacêutico responsável ou sob sua supervisão imediata e seguindo
procedimentos operacionais padronizados (Costa, 2009; Souza, 2003; Ferreira,
2011).
O prazo de validade das formulações preparadas foram definidas para
30 dias e no volume final de 100 mL, e para um paciente com 1 kg de peso,
comparada à dose máxima relatada nas referências bibliográficas,
considerando-se idade e peso da criança (Souza, 2003; 2012; 2005).
3.1. ÁCIDO URSODESOXICÓLICO (Ursacol®): a dose máxima em
pediatria é de 10-30 mg/kg/dia dividida em 2 doses. A manipulação magistral
de uma suspensão oral, a partir de comprimidos na concentração de 15
mg/mL, o que equivale a 5 comprimidos de 300 mg para o preparo de um
volume final de 100 mL, com estabilidade prevista para 30 dias sob
refrigeração, representa uma redução de 91,67% nas despesas relativas ao
total de comprimidos enviados para a enfermaria. Pelo método tradicional,
deveríamos enviar 2 comprimidos de 150 mg por dia ou 60 comprimidos para
30 dias, para dissolução em água purificada na enfermaria.
3.2. AMIODARONA (Ancoron®): a dose máxima em pediatria na
manutenção do tratamento da taquicardia supraventricular (TSV) é de 2-4
mg/kg/dia, em dose única ou 1 vez ao dia. A manipulação magistral de uma
25
suspensão oral, a partir de comprimidos na concentração de 2 mg/mL, o que
equivale a 1 comprimido de 200 mg para o preparo de um volume final de 100
mL, com estabilidade prevista para 30 dias sob refrigeração, representa uma
redução de 96,67% nas despesas relativas ao total de comprimidos enviados
para a enfermaria. Pelo método tradicional, deveríamos enviar 1 comprimido
de 200 mg por dia ou 30 comprimidos para 30 dias, para dissolução em água
purificada na enfermaria.
3.3. CAPTOPRIL (Capoten®): a dose máxima em pediatria no
tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) é de 1-2 mg/kg/dia, de 8/8 h
ou de 6/6 h. A manipulação magistral de uma suspensão oral, a partir de
comprimidos e na concentração de 1 mg/mL, o que equivale a 2 comprimidos
de 50 mg para o preparo de um volume final de 100 mL, com estabilidade
prevista para 30 dias sob refrigeração, representa uma redução de 98,33% nas
despesas relativas ao total de comprimidos enviados para a enfermaria. Pelo
método tradicional, deveríamos enviar 4 comprimidos de 12,5 mg por dia para
uma dose de 6 em 6 horas ou 120 comprimidos de 12,5 mg para 30 dias, para
dissolução em água purificada na enfermaria.
3.4. ENALAPRIL (Renitec®): a dose máxima em pediatria no
tratamento da insuficiência cardíaca congestiva é de 0,4 mg/kg/dia em 1 ou de
12 em 12 horas. A manipulação magistral de uma suspensão oral, a partir de
comprimidos na concentração de 1 mg/mL, o que equivale a 10 comprimidos
de 10 mg para o preparo do volume final de 100 mL, com estabilidade prevista
para 30 dias sob refrigeração, representa uma redução de 83,33% nas
despesas relativas ao total de comprimidos enviados para a enfermaria. Pelo
método tradicional, deveríamos enviar 2 comprimidos de 5 mg por dia para
uma dose de 12 em 12 horas ou 60 comprimidos de 12,5 mg para 30 dias,
para dissolução em água purificada na enfermaria.
3.5. ESPIRONOLACTONA (Aldactone®): a dose máxima em pediatria
no tratamento de edema é de 1-3 mg/kg/dia como dose única. A manipulação
26
magistral de uma suspensão oral, a partir de comprimidos na concentração de
1 mg/mL, o que equivale a 1 comprimido de 100 mg para o preparo de um
volume final de 100 mL, com estabilidade prevista para 30 dias sob
refrigeração, representa uma redução de 96,77% nas despesas relativas ao
total de comprimidos enviados para a enfermaria. Pelo método tradicional,
deveríamos enviar 1 comprimido de 25 mg por dia ou 30 comprimidos para 30
dias, para dissolução em água purificada na enfermaria.
3.6. HIDROCLOROTIAZIDA (Drenol®): a dose máxima em pediatria
no tratamento de edema é de 2-3 mg/kg em 2 dose diárias. A manipulação
magistral de uma suspensão oral na concentração de 1 mg/mL, o que equivale
4 comprimidos de 25 mg para o preparo de um volume final de 100 mL, com
estabilidade prevista para 30 dias sob refrigeração, representa uma redução de
93,33%, nas despesas relativas ao total de comprimidos enviados para a
enfermaria. Pelo método tradicional, deveríamos enviar 2 comprimidos de 25
mg por dia ou 60 comprimidos para 30 dias, para dissolução em água
purificada na enfermaria.
3.7. METOPROLOL (Seloken®): a dose máxima em pediatria no
tratamento da hipertensão arterial sistêmica é de 1 mg/kg/dia como dose única.
A manipulação magistral de uma suspensão oral, a partir de comprimidos na
concentração de 1 mg/mL, o que equivale a 1 comprimido de 100 mg para o
preparo de um volume final de 100 mL, com estabilidade prevista para 30 dias
sob refrigeração, representa uma redução de 96,77% nas despesas relativas
ao total de comprimidos enviados para a enfermaria. Pelo método tradicional,
deveríamos enviar 1 comprimido de 100 mg por dia ou 30 comprimidos para 30
dias, para dissolução em água purificada na enfermaria.
3.8. NIFEDIPINO (Adalat®): a dose máxima em pediatria no
tratamento da emergência hipertensiva é de 0,5 mg/kg/dose via oral de 6 em 6
horas. A manipulação magistral de uma suspensão oral, a partir de
comprimidos na concentração de 1 mg/mL, o que equivale a 10 comprimidos
27
de 10 mg para o preparo de um volume final de 100 mL, com estabilidade
prevista para 25 dias sob refrigeração, representa uma redução de 90% nas
despesas relativas ao total de comprimidos enviados para a enfermaria. Pelo
método tradicional, deveríamos enviar 4 comprimidos de 10 mg por dia ou 100
comprimidos para 30 dias, para dissolução em água purificada na enfermaria.
3.9. PROPRANOLOL (Inderal®): a dose máxima em pediatria no
tratamento da hipertensão arterial sistêmica é de 2-4 mg/kg/dia em 2 doses. A
manipulação magistral de uma suspensão oral, a partir de comprimidos na
concentração de 2,4 mg/mL, o que equivale a 6 comprimidos de 40 mg para o
preparo de um volume final de 100 mL, com estabilidade prevista para 30 dias
sob refrigeração, representa uma redução de 99,9% nas despesas relativas ao
total de comprimidos enviados para a enfermaria. Pelo método tradicional,
deveríamos enviar 2 comprimidos de 40 mg por dia ou 60 comprimidos para 30
dias, para dissolução em água purificada na enfermaria.
3.10. SILDENAFIL (Viagra®): a dose máxima em pediatria no
tratamento da hipertensão arterial pulmonar é de 10 mg, três vezes ao dia. A
manipulação magistral de uma suspensão oral, a partir de comprimidos na
concentração de 10 mg/mL, o equivalente a 20 comprimidos de 50 mg para o
preparo de um volume final de 100 mL, com estabilidade prevista para 30 dias
sob refrigeração, representa uma redução de 77,78% nas despesas relativas
ao total de comprimidos enviados para a enfermaria. Pelo método tradicional,
deveríamos enviar 3 comprimidos de 25 mg por dia ou 90 comprimidos para 30
dias, para dissolução em água destilada na enfermaria.
28
CONCLUSÃO
Os estudos nacionais e internacionais confirmam a existência de
lacunas entre as necessidades clínicas dos pacientes pediátricos e o descrito
na bula do produto, e considerando ainda que os esquemas de tratamento são
constantemente modificados e devido à inexistência das apresentações
comerciais, o que contribui consideravelmente para a ocorrência de erros de
medicação.
29
GLOSSÁRIO FARMACÊUTICO
Água: a água mencionada nas formulações se refere à água destilada ou com especificação superior Quando for prescrito o uso de água isenta de dióxido de carbono, utilizar água recentemente destilada e fervida, vigorosamente, por, pelo menos cinco minutos e protegida do ar atmosférico durante o resfria-mento e armazenagem. As expressões água quente e água muito quente indicam temperaturas aproximadas entre 60º C e 70º C e entre 85º C e 95º C, respectivamente. Água Purificada: é aquela que atende às especificações farmacopéicas para este tipo de água, obtida mediante destilação, tratamento com osmose reversa, resina de troca iônica ou qualquer outro processo apropriado; não contém substâncias adicionadas. Área de Manipulação: área destinada à manipulação de fórmulas. Assistência Farmacêutica: é o conjunto de ações e serviços que visam assegurar a assistência integral, a promoção, a proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos ou privados, desempenhados pelo farmacêutico ou sob sua supervisão; conjunto de ações e serviços relacionados com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade; envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de súde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos. Atenção Farmacêutica: é um conceito de prática profissional no qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico; a atenção é o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções, dos conhecimentos, das responsabilidades e das habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente; é a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida; esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde. Aviamento de Receitas: manipulação de uma prescrição na farmácia, seguida de um conjunto de orientações adequadas, para um paciente específico.
30
Comprimidos: forma farmacêutica usada atualmente para veicular medicamentos sólidos, obtidos por compressão em equipamentos apropriados, também definido como formas farmacêuticas sólidas de dosificação que contém drogas junto com diluentes apropriados ou não, e que se preparam mediante compressão ou outros métodos adequados. São formas farmacêuticas sólidas obtidas por compressão, contendo dose única com um ou mais princípios ativos. Esta forma farmacêutica deve atender às exigências de desintegração, dissolução, dureza, friabilidade e uniformidade de conteúdo descritas nos métodos gerais e previstas nas monografias específicas. Conservantes: no sentido farmacêutico comum, é toda substância que previne ou inibe a proliferação microbiana e que pode-se agregar para esta finalidade aos produtos farmacêuticos expostos à degradação pelo microorganismos. Corretivo: modifica ou corrige os efeitos indesejáveis da base ou do adjuvante (xaropes, essências, flavorizantes). Dispensação: ato do farmacêutico de orientação e fornecimento ao usuário de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não. Dissolução: é o ato de dissolver uma substância ou mistura, sem alterá-la. Dose: é a quantidade de substâncias em peso ou volume aplica com o fim de obter determinado efeito. Droga: substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária. Especialidade Farmacêutica: produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e disponível no mercado. Estabilidade Química de um Medicamento: é a extensão de tempo em que ele retém sua integridade química e potência rotulada, dentro dos limites especificados pela United States Pharmacopoeia (USP). Excipientes: os excipientes são substâncias que, em concentrações presentes em algumas formas farmacêuticas, não apresentam atividade farmacológica Fabricante: detentor da autorização de funcionamento expedida pelo órgão competente do Ministério da Saúde, conforme previsto na legislação sanitária vigente ou empresa responsável pela realização de, pelo menos, uma das etapas de fabricação.
31
Farmacêutico: profissional com título universitário de nível superior habilitado pelo Conselho Regional de Farmácia, para o exercício das atribuições legais e técnicas inerentes à profissão farmacêutica. Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Farmácia de Atendimento Privativo de Unidade Hospitalar: unidade clínica de assistência técnica e administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às atividades hospitalares. Farmácia Magistral: farmácias autorizadas a manipular medicamento. Fármaco: substância química que é o princípio ativo do medicamento. Farmacopéia Brasileira: conjunto de normas e monografias de farmoquímicos, estabelecido por e para um país Farmacoterapia: a aplicação dos medicamentos na prevenção ou tratamento de doenças. Forma: é o estado físico em que é apresentada a substância (droga) ou mesmo a fórmula. Fórmula: em farmacotécnica, devemos entendê-la como uma composição medicamentosa, com dosagem, e modo de administrar ao paciente. Fórmulas Magistrais: fórmula constante de uma prescrição que estabelece a composição, a forma farmacêutica e a posologia. Fórmulas Oficinais: fórmulas constantes da Farmacopéia Brasileira ou de outros compêndios oficiais, reconhecidos pelo Ministério da Saúde. Formulação Terapêutica: relação quantitativa dos farmoquímicos que compõem um medicamento. Formulário Terapêutico Nacional: documento que reúne os medicamentos disponíveis no país e que apresenta informações farmacológicas destinadas a promover o uso efetivo, seguro e econômico destes produtos. Manipulação: conjunto de operações com a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais, fracionar produtos industrializados para o uso humano.
32
Marca: elemento que identifica uma série de produtos de um mesmo fabricante ou que os distinga dos produtos de outros fabricantes, segundo a legislação de propriedade industrial Material de Embalagem: qualquer material empregado no processo de embalagem de determinado produto farmacêutico; recipientes, rótulos e caixas para acondicionamento das preparações manipuladas. Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos. Medicamentos Órfãos: medicamentos utilizados em doenças raras, de custo elevado, cuja dispensação atende a casos específicos. Medicamentos Genéricos: medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou na sua ausência,pela DCI. Medicamento Similar: aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, posologia, via de administração e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica do medicamento de referência registrado no orgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Nomes Comerciais: são as designações comerciais da substância ou princípio ativo dadas pelos fabricantes e que aparecem nas embalagens. Nomes Populares: designações utilizadas pelos pacientes e pessoas leigas em geral para se referirem genericamente aos remédios, na maioria das vezes associadas aos seus efeitos. Nome Químico: é o único que descreve a estrutura química do fármaco, é dado de acordo com as regras de nomenclatura dos compostos químicos, como por exemplo a IUPAC Nomenclatura: nomes científicos, de acordo com as regras dos códigos internacionais de nomenclatura botânica, zoológica, biológica, químia e farmacêutica, assim como nomes homeopáticos consagrados pelo uso e os existentes em Farmacopéias, Códices, Matérias Médicas e obras científicas reconhecidas.
33
Norma Técnica: documento normativo aprovado consensualmente no âmbito de foro brasileiro (ABNT) ou internacional (ISO e IEC), contendo especificações técnicas ou requisitos aplicáveis voluntariamente a produto. Número de Lote: designação de números e/ou letras que permitem identificar o lote e, em caso de necessidade, localizar e revisar todas as operações praticadas durante todas as etapas de manipulação. Órgão Sanitário Competente: órgão de fiscalização do Ministério da Saúde, dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios e dos Municípios. Pesquisa: classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou contribuir para o conhecimento generalizável, que consiste em teorias, relações ou princípios, ou no acúmulo de informações sobre as quais estão baseados, que possam ser corroborados por métodos científicos aceitos de observação e inferência. Prazo de Validade: data limite para a utilização de um produto com garantia das especificações estabelecidas com base na sua estabilidade ou data limite para utilização de um produto. O prazo de validade limita o tempo durante o qual o produto poderá ser usado. Os produtos deverão indicar nos rótulos a data do término do prazo de validade. Esta data identifica o tempo durante o qual o produto estará em condições ao uso, desde que conservado conforme indicação. Quando o prazo de validade for indicado apenas pelo mês e ano, entende-se como vencimento do prazo o último dia desse mês. Preparação: procedimento farmacotécnico para obtenção do produto manipulado, compreendendo a avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação, fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, conservação e transporte das preparações magistrais e oficinais. Preparação Magistral: é aquela preparada na farmácia para ser dispensada atendendo a uma prescrição médica, que estabelece sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. Preparação Oficinal: é aquela preparada na farmácia cuja fórmula esteja inscrita nas Farmacopéias, Compêndios ou Formulários reconhecidos pelo Ministério da Saúde. Prescrição: ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento, e expresso mediante a elaboração de uma receita médica ou é ordem escrita do médico ao farmacêutico com a indicação de substâncias medicinais ao paciente; inclui instruções ao farmacêutico quanto à preparação, e ao paciente quanto ao modo de usar o medicamento. Prescritores: profissionais de saúde credenciados para definir o medicamento a ser usado.
34
Princípio Ativo: substância ou grupo delas, quimicamente caracterizadas, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos farmacêuticos do produto fitoterápico. Produto Farmacêutico: qualquer medicamento para uso humano, apresentado sob a forma de produto acabado ou como matéria-prima usada em tal produto, sujeito a controle por parte da autoridade competente do país. Protocolo da Pesquisa: documento contemplando a descrição da pesquisa em seus aspectos fundamentais, informações relativas ao sujeito da pesquisa, à qualificação dos pesquisadores e à todas as instâncias responsáveis. Quantidade Total de Medicamento: é a quantidade de medicamento ou de produto necessária para fornecer a dose e o regime de dosagem prescritos. Reação Adversa a Medicamento: resposta prejudicial, não intencional e não desejada a medicamento administrado em doses terapêuticas, normalmente utilizadas em seres humanos, para profilaxia, diagnóstico, tratamento de doença ou modificação de função fisiológica. Refrigerador: é o equipamento que permite temperaturas entre 4º C e 8º C. Registro de Lote: conjunto de documentos relacionados à fabricação de um determinado lote de produto terminado; tais documentos descrevem os procedimentos de produção e registram todas as operações relacionadas à quantidade do lote. Remédio: palavra usada pelo leigo como sinônimo de medicamento e especialidade farmacêutica, remédio é qualquer dispositivo, inclusive o medicamento, que sirva para tratar o doente. Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão, ou decalco, aplicada diretamente sobre recipiente, vasilhames, invólucros ou qualquer outro protetor de embalagem externo ou interno, não podendo ser removida ou alterada durante o uso do produto e durante o seu transporte ou armazenamento. Responsabilidade Técnica: é o ato de aplicação dos conhecimentos técnicos e profissionais, cuja responsabilidade objetiva, está sujeita às sanções de natureza cível, penal e administrativa. Sigla: espécie de abreviatura formada de iniciais ou primeiras sílabas de uma expressão que representa nome de instituição ou entidade comercial, industrial, administrativa ou esportiva. Sistema de Numeração de Lotes: procedimento operacional padrão que descreve os detalhes sobre a numeração de lotes.
35
Soluções Alcoólicas: são as de veículo alcoólico que contém substâncias medicinais incorporadas ao álcool por simples dissolução. Substância Ativa: qualquer substância que apresente atividade farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, alívio, tratamento ou prevenção de doenças, ou afete qualquer função do organismo humano Suspensões: são formas farmacêuticas que contém partículas finas da substância ativa em dispersão relativamente uniforme num veículo no qual este fármaco apresente solubilidade mínima. São preparações farmacêuticas obtidas pela dispersão de uma fase sólida insolúvel ou praticamente insolúvel em uma fase líquida. Quando se destinam a uso injetável, as suspensões devem satisfazer às exigências de esterilidade. Definida pela USP como um preparado que contém um material insolúvel finamente dividido, suspenso em meio liquido. Uso Racional de Medicamentos: é o processo que compreende a prescrição apropriada; a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a dispensação adequada; e o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos seguros e de qualidade. Xarope: são soluções aquosas concentradas de açúcar comum, são úteis como veículos para medicamentos solúveis em água e atuam tanto como dissolventes e como edulcorantes. São preparações aquosas caracterizadas pela alta viscosidade, que apresentam não menos que 45% (p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua composição. Os xaropes geralmente contêm agentes flavorizantes. Quando não se destinam ao consumo imediato, devem ser adicionados de conservadores antimicrobianos autorizados.
36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AD: água destilada
ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CTI: Centro de Terapia Intensiva
INN: Denominação Comum Internacional
DI: dose inicial
DOU: Diário Oficial da União
EPI: equipamentos de proteção individual
FB: Farmacopeia Brasileira
FN: Formulário Nacional
FRS: frasco
h: hora
mcg: micrograma (s)
mg: miligrama (s)
mEq: miliequivalente (s)
mL: mililitros
PET: polietileno
PVC: cloreto de polivinil, cloreto de polivinila, polivinilcloreto
Refrigeração: temperatura entre 2°C e 8°C
TA: temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC)
UTI: Unidade de Terapia Intensiva
UI: unidades internacionais
U: unidade
1 mL = 20 gotas = 60 microgotas
1 microgota/ minuto = 1mL/h
1 grama (g) = 1.000 miligramas = 1.000.000 microgramas
1 kilograma (kg) = 1.000 gramas
1 litro (L) = 1.000 mililitros (mL)
1 decilitro (dL) = 100 mililitros
37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
ALLEN, L.V. Allen’s Compounded Formulations: The Complete U.S.
Pharmacist Collection. Washington: ASHP, 2003.
ANSEL, H.C.; PRINCE, S.J. Manual de Cálculos Farmacêuticos. Porto
Alegre, RS: Artmed Editora; 2005.
ALLEN, L.V.; ERICKSON, M.A. Stability of Ketoconazole, Metolazone,
Metronidazole, Procainamide Hydrochloride, and Spironolactone in
Extemporaneously Compounded Oral Liquids. Am J Health-Syst Pharm.
1996;53:2073-8.
BARBOSA CM; PINTO S. Medicamentos Manipulados em Pediatria. Arquivos
de Medicina 2008;22(2/3):75-84
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Boas
Práticas para a Fabricação de Produtos Farmacêuticos, 32º Relatório.
Brasília, DF: 1994.
BRASIL. Ministério da Saúde. Central de Medicamentos. Boas Práticas para
Estocagem de Medicamentos. Brasília, DF: 1989.
COSTA P.Q.; LIMA J.E.S.; COELHO H.L.L. Prescrição e preparo de medicamentos sem formulação adequada para crianças: um estudo de base hospitalar. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences 2009;45(1):57-66.
CUZZOLIN, L.; ZACCARON, A.; FANOS, V. Unlicensed and off-label uses of
drugs in paediatrics: a review of the literature. Fund Clin Pharmac
2003;17(1):125-131.
38
DAS GUPTA, V.; STEWART, K.R. Stability of Propranolol Hydrochloride
Suspension an Solution Compounded from Injection or Tablets. Am J Hosp
Pharm. 1987;44:360-1.
DENTINGER P.J.; SWENSON C.F., ANAIZI N.H. Stability of Nifedipine in an Extemporaneously Compounded Oral Solution. Am J Health-Syst Pharm. 2003;60:1019-1022.
FERREIRA, A.O.; SOUZA, G.F. Preparações Orais Líquidas. 3ª Edição, São
Paulo: Pharmabooks, 2011.
FERREIRA, A.O.; SOUZA, G.F. Preparações Orais Líquidas. São Paulo:
Pharmabooks, 2005.
FERREIRA, A.O.; SOUZA, G.F. Preparações Orais Líquidas. 2ª Edição, São
Paulo: Pharmabooks, 2007.
FERREIRA L.A; IBIAPINA C.C; FAGUNDES E.D.T; MACHADO M.E.P.
Medicamentos off-label e não licenciados na pediatria: uma revisão da
literatura. Revista Eletrônica de Farmácia 20011;8(3):114-126.
FERREIRA L.A; IBIAPINA C.C; FAGUNDES E.D.T; MACHADO M.E.P. A alta
prevalência de prescrições de medicamentos off-label e não licenciados em
unidade de terapia intensiva de terapia intensiva pediátrica brasileira. Rev
Assoc Med Bras 2012;58(1):82-87.
JEW, R.K.; MULLEN, R.J.; SOO-HOO, W. Extemporaneous Formulations.
The Children’s Hospital of Philadelphia: ASHP, 2003.
MALLET M.S.; HAGAN R.L.; PETERS D.A. Stability of Ursodiol 25mg/mL in an
Extemporaneously Prepared Oral Liquid. Am J Health-Syst Pharm
1997;54:1401-4.
39
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. [citado
em 20 nov 2013] Brasília (DF); 2013. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br.
NAHATA M.C.; MOROSCO R.S.; HIPPLE T.F. Stability of Ursodiol in Two
Extemporaneously Prepared Oral Suspensions. Poster in: American Society of
Health-System Pharmacists Midyear Meeting, Atlanta, USA, December 7-11,
1997 ASHP Midyear Clinical Meeting 32:P-180E (Dec) 1997.
NAHATA M.C. Lack of pediatric drug formulations. Pediatrics 1999;104:607-9.
NAHATA, M.C.; MOROSCO, R.S. Stability of Captopril in Liquid Containing
Ascorbic Acid or Sodium Ascorbate. Am J Hosp Pharm.1994;51:1707-8.
NAHATA M.C.; MOROSCO R.S.; WILLHITE E.A. Stability of Nifedipine in Two
Oral Suspensions Stored at Two Temperature. J Am Pharm Assoc 2002;
42:865-7.
NAHATA M.C.; MOROSCO R.S.; BRADY M.T. Extemporaneously Sildenafil Citrate Oral Suspensions for the Treatment of Pulmonary Hipertension in Children. Am J Health-Syst Pharm 2006;63:254-257.
NAHATA, M.C.; HIPPLE, T.F. Pediatric Drug Formulations. Fifth Edition.
Cincinnati: Harvey Whitney Books Company, 2003.
NUBB T; WILLIANS J. Formulation of medicines for children. Br J Clin Pharmacol 2005;59:674-6. SANTOS, D. B.; COELHO, H. L. L.; CLAVENNA, A.; BONATI, M. Off-label and
unlicensed drug utilization in hospitalized children in Fortaleza, Brazil. Eur. J.
Clin. Pharmacol 2008;64(11):1111-1118.
40
SKILLMAN, K.L.; JOHNSON, C.E.; CARUTHERS, R.L. Stability of an
extemporaneously prepared clopidogrel oral suspension. Am J Health-System
Pharm 2010;67(7):559-561.
SOSNOWSKA, K.; WINNICKA, K.; CZAJKOWSKA-KOSNIK, A. Stability of
extemporaneous enalapril maleate suspensions for pediatric use prepared from
commercially available tablets. Acta Poloniae Pharmaceutica 2009;66(3):321-
326.
SOUZA, G.B. Fórmulas Farmacêuticas Extemporâneas. São Paulo:
Medfarma, 2012.
SOUZA, G.B. Manipulação Magistral de Medicamentos em Pediatria. São
Paulo: Pharmabooks, 2003.
SOUZA, G. B.; BARROS, JFC ; GUERRA, LR ; AZEVEDO, JL ; PESSANHA,
KM ; JESUS, JM ; SANTOS, AR ; RANGEL, R ; CALDAS, MFPP . Redução de
custos hospitalares com a manipulação magistral de medicamentos em
pedriatria a partir de comprimidos, cápsulas ou injetáveis. Poster in: XIV
CONGRESSO PAULISTA DE FARMACÊUTICOS. SÃO PAULO. SP. BRASIL.
2005.
SOUZA, G. B.; AZEVEDO, JL ; BARROS, JFC ; SOUZA, ER ; PEREIRA, MI ;
ARDIZZON, ZM ; PESSANHA, MCM. Manipulação magistral de
medicamentos em pediatria. Redução de custos e sua relação com o
preparo de formulações líquidas orais. Poster in: XIII CONGRESSO
PAULISTA DE FARMACÊUTICOS. SÃO PAULO. SP. BRASIL. 2003.
STANDING JF; TULEU C. Paediatric formulations - Getting to the heart of the
problem. Int J Pharm 2005;300:56-66.
41
INDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Medicamentos em Pediatria 12
1.1. Ácido ursodesoxicólico (Ursacol®) 15 1.2. Amiodarona (Ancoron®) 15 1.3. Captopril (Capoten®) 15 1.4. Enalapril (Renitec®) 16 1.5. Espironolactona (Aldactone®) 16 1.6. Hidroclorotiazida (Drenol®) 17 1.7. Nifedipino (Adalat®) 17 1.8. Propranolol (Inderal®) 17
1.9. Metoprolol (Seloken®) 17
42
1.10. Sildenafila (Viagra®) 17
CAPÍTULO II- Manipulação Magistral 19
2.1. Ácido ursodesoxicólico (Ursacol®) 21 2.2. Amiodarona (Ancoron®) 21 2.3. Captopril (Capoten®) 21 2.4. Enalapril (Renitec®) 22 2.5. Espironolactona (Aldactone®) 22 2.6. Hidroclorotiazida (Drenol®) 23 2.7. Nifedipino (Adalat®) 23 2.8. Propranolol (Inderal®) 23 2.9. Metoprolol (Seloken®) 24 2.10. Sildenafila (Viagra®) 24
CAPÍTULO III - Redução de Custos Hospitalares 25
3.1. Ácido ursodesoxicólico (Ursacol®) 25 3.2. Amiodarona (Ancoron®) 25 3.3. Captopril (Capoten®) 26 3.4. Enalapril (Renitec®) 26 3.5. Espironolactona (Aldactone®) 27 3.6. Hidroclorotiazida (Drenol®) 27 3.7. Metoprolol (Seloken®) 27 3.8. Nifedipino (Adalat®) 28 3.9. Propranolol (Inderal®) 28 3.10. Sildenafila (Viagra®) 28
43
CONCLUSÃO 29
GLOSSÁRIO FARMACÊUTICO 30
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38