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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O PAPEL DO CONTROLLER E AS SUAS FUNÇÕES
NICAELA SANTANA DOS SANTOS
ORIENTADORA: Prof.ª Luciana Madeira
Rio de Janeiro 2016
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Auditoria e controladoria. Por: Nicaela Santana dos Santos
O PAPEL DO CONTROLLER E AS SUAS FUNÇÕES
Rio de Janeiro
2016
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AGRADECIMENTOS
Á Deus pelo dom da vida e aos meus pais Nivaldo
e Zulmira que são minha fonte de inspiração.
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RESUMO
Este trabalho visa esclarecer o papel do Controller e suas funções no cenário
atual dentro das organizações, ou seja, os desvios de funções, a má gestão que é
uma dos principais fatores para a falência e desequilíbrio financeiro.
Por tanto, será demonstrado à importância do papel e funções do controle
que auxilia os tomadores de decisões das organizações, como também influência na
mudança de estrutura da empresa, desde o chão de fábrica até a sociedade na qual
essa organização está inserida. À controladoria seria então a correlação entre a
contabilidade e a administração para se alcançar às metas e objetivos propostos. É
dentro dessa área da Controladoria que está o nosso foco “O Controller”, que é a
pessoa chave na empresa que terá que ter uma interação ampla com os vários
departamentos da organização na busca dos melhores resultados.
Por fim, veremos que o Controller é a coesão do Contador e do Administrador,
que tem por objetivo reduzir custos e maximizar os lucros, usando as práticas
contábeis, aliada às formas de gerenciamento administrativas.
Palavras chave: Controller, tomada de decisão e funções.
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METODOLOGIA
Esta monografia foi elaborada a partir de pesquisas bibliográficas, que
consiste na busca de idéias de diversos autores. Além, de mostrar novas
abordagens do mesmo, de forma atualizada de caráter promissor.
No entanto, esta pesquisa abrange material disponível sobre o tema, a partir
de publicações já existentes como livros e artigos sobre controladoria, contabilidade
e administração onde foi possível adquirir informações relevantes para o
desenvolvimento do mesmo.
Sendo assim, Gil (2008, p. 61) explica, que:
As fontes bibliográficas mais conhecidas são os livros de leitura corrente. No entanto, existem muitas outras fontes de interesse para a realização da pesquisa, tais como: obras de referência, teses e dissertações, periódicos científicos, anais de encontro científico e periódicos de indexação e resumo.
Sendo assim, os principais autores pesquisados foram Armando Catelli e José
Carlos Marion e entre diversos autores que também tratam a respeito do tema
pesquisado. Constituindo assim, uma base bibliográfica enriquecedora com o
principal objetivo de demonstrar como os dados foram analisados e,
consequentemente, interpretar os resultados obtidos na análise, para enfim formular
as possíveis considerações, sobre as questões quanto à importância da controller
para o processo de gestão nas organizações.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
História da Contabilidade 10
CAPÍTULO II
História da Administração 17
CAPÍTULO III
História da Controladoria 22
CAPÍTULO IV
Controller 31
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA 44
ÍNDICE 47
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INTRODUÇÃO
Desde o início do século XX, com o crescimento das organizações e a
dinâmica do ambiente empresarial começaram a aparecer os Controllers nas
organizações americanas e com isso surgiu o interesse em conhecer suas
atribuições e o que eles desempenham.
De uma função eminentemente contábil, o controller ocupa hoje outras
posições, tornando-se um profissional indispensável na gestão empresarial. Nessa
perspectiva, estabelece a seguinte questão de pesquisa: Qual o papel do controller e
as sua funções dentro da controladoria?
Para isso, empreende-se uma abordagem bibliográfica com o intuito principal
de investigar o papel do controller, suas atividades desenvolvidas, análise crítica do
processo de inserção, efetivação e o papel da controladoria na dinâmica decisória
das organizações com o ambiente externo, na divulgação de conhecimentos e
práticas utilizadas pelos controllers pertencentes a distintos empresariais.
Contudo entende-se que a Controladoria é um segmento da Contabilidade,
mas também pode ser definidas como ramo da Administração, dependendo do
enfoque dado pelos gestores e contadores, responsáveis pelo suprimento de
informações aos tomadores de decisão. A Controladoria tem como funções
principais exercer os controles contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e
patrimoniais da instituição. Com sua ampla visão e generalista, o controller influencia
e assessora todos os outros departamentos da empresa, onde as informações são
geradas e colocadas à disposição dos executivos para a tomada de decisões.
No entanto, a Controladoria pode ser dividida em Controladoria Administrativa
e Controladoria Contábil, mas na execução isso não é muito comum, pois ambas as
partes costumam ficar sob o gerenciamento de um único gestor controller ou
contador. Porém, a vista do ponto contábil, o relacionamento com a Administração e
a Controladoria pode ser considerado como pertencente ao ramo especializado da
Contabilidade administrativa.
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Entretanto, o papel do Controller tem se expandido de um Contador voltado
de atribuições básicas, para um profissional voltado para gerenciamento com
habilidades interpessoais que o qualifica e cria sinergia com outros departamentos e,
além disso, gerencia atividades de um grupo de colaboradores. Desta forma, o papel
do moderno Controller requer pelo menos muita experiência em administração e
amplo conhecimento contábil.
Por fim, este trabalho tem como objetivo analisar o papel dos controller e suas
funções para compreender alguns aspectos relativos ao exercício do cargo, tais
como, funções desempenhadas e habilidades requeridas. Espera-se com os
resultados obtidos auxiliar a compreensão das funções do controller e promover a
valorização deste profissional tão importante na gestão das organizações.
É importante ressaltar que no primeiro capítulo será abordado a história da
Contabilidade com seus conceitos e o seu principal papel para tomada de decisão e
no auxílio das ferramentas de controle. O segundo capitulo visa esclarecer como
surgiu a Administração e informar suas principais tarefas dentro das possibilidades
da empresa, proporcionando ao empregado a satisfação de seus desejos e
interesses.
Já no quarto capitulo será abordado todo o surgimento da Controladoria e
como foi desencadeada a dimensão das responsabilidades do Controller, pois além
de análise, interpretações e informações contábeis, A principal função do controller é
gerar eficiência e eficácia dentro das organizações, usando a administração para
direcionar a empresa a alcançar tais objetivos e metas.
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CAPÍTULO I
HISTÓRIA DA CONTABILIDADE
Desde os primórdios da civilização e a um longo período, foi citada como arte
da escrituração mercantil. As técnicas de utilização foram se aperfeiçoando,
especializando e sendo algumas delas aplicadas até hoje. Desde então, a
contabilidade tem sido o acompanhamento das atividades realizadas pelas pessoas,
no sentido indispensável de controlar o comportamento de seus patrimônios e
comparação dos resultados obtidos. A contabilidade realiza registros metódicos e
ordenados dos negócios realizando e verificando a sistemática dos resultados
obtidos.
Abreu (2006, p. 1) afirma que a origem da contabilidade vem desde a Pré-
História. Naquela época, o registro era realizado através da quantidade de animais
possuídos e era feito pela associação do número de animais com uma determinada
quantidade de pedras. O indivíduo pré-histórico sustentava em suas mãos uma
pedra para cada animal no qual era levada ao pastoreio. Ao recuar, observava se a
quantidade de pedras conferia com a de animais, podendo verificar se algum animal
teria se perdido.
Com isso, pode-se afirmar que a contabilidade é considerada tão ou mais
antiga que a matemática.
Partindo desse princípio, o autor Sá (2009, p.31) relata que a contabilidade
deve ser utilizada para fins administrativos como um conhecimento aplicado sendo
necessário distinguir os conceitos que lhe foram atribuídos.
A contabilidade moderna se originou no norte da Itália, possivelmente em
meados dos séculos XII e XIV. Foram datados dessa época diversos registros
relacionados aos constatados na contabilidade moderna. Aplica ao Frei Luca Pacioli
a concepção dessa ciência, no século XV, embora, ele apenas tenha exposto o
método conhecido como o das partidas dobradas. (ABREU, 2006, p.2).
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A publicação deste artifício ocorreu somente neste momento, porque não
existia imprensa, criada por Gutenberg, cerca de 30 anos antes da divulgação da
obra de Pacioli. (ABREU 2006, p.2). Desse período até o começo do século XX, a
Europa foi o núcleo dos estudos contábeis.
Nesse momento, a contabilidade procurava aperfeiçoar o formato de
demonstrar a conjuntura das instituições, apesar de não existir muita preocupação
em transmitir as informações necessárias ao indivíduo externo; por conseguinte, os
dados tinham por finalidade atender especialmente ao empregador da empresa.
Tanto a contabilidade quanto a Administração apresentaram critérios, regimes e
doutrinas, onde precisaram se adaptar às exigências da época. As constituições dos
patrimônios juntamente com as necessidades se modificaram. (SÁ, 2009, p.23).
No começo do século XX, com a elevação da economia norte-americana, os
mais importantes centros de estudos de ciências contábeis foram transferidos para
os Estados Unidos. Depois desse período, a Contabilidade cresceu grandemente,
principalmente devido ao aumento das pesquisas indutivas, da busca de maior
quantidade de aplicações das hipóteses desenvolvidas e de um sistema de
regulamentação dos demonstrativos contábeis através do órgão como o Financial
Accounting Standards Board (FASB) e a Securities and Exchange Commission
(SEC). (ABREU, 2006, p.2).
Com isso podemos observar que essas modificações ocorreram devido a um
mercado de capitais, e com a precisão de enviar o conhecimento necessário às
pessoas que acometiam nesse mercado e com tantas transformações no cenário
mundial devido à globalização, as informações acerca das empresas são
transmitidas rapidamente e a contabilidade deve acompanhar estes avanços.
O profissional da área contábil no século XXI deve ter um conhecimento vasto
e qualificado. Diante das novas necessidades do mercado, que dispõe de muitas
informações em reduzido espaço de tempo, e devido às inovações tecnológicas, é
exigido do profissional ética, agilidade diante dos problemas, auxílio na tomada de
decisões, além de manter-se atualizado continuamente. Para isso os Conselhos
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Regionais e o Conselho Federal de Contabilidade atuam realizando cursos,
seminários e fóruns.
Diante dos anseios da sociedade perante a profissão contábil, o autor Franco
(1999, p. 86), afirma: As expectativas da sociedade crescem continuamente, uma
vez que ela vê a profissão contábil como capaz de enfrentar os desafios do futuro e
de cumprir suas responsabilidades.
A profissão tem, portanto, a responsabilidade de avaliar e reconhecer até
onde ela pode atender às expectativas da sociedade, sempre crescentes,
adaptando-se às novas situações, seu crescimento será assegurado. Isso exigirá
constante comparação entre as expectativas da sociedade e a capacitação dos
membros da profissão para atender a essas expectativas. Ela terá, portanto, função
de atualizar constantemente seus conhecimentos para justificar sua afirmação de
que pode atender às necessidades da sociedade.
Antigamente, o mercado de trabalho não exigia dos profissionais da área de
Contabilidade o ensino superior, por isso a figura do técnico de Contabilidade supria
as necessidades deste mercado. Diante das expectativas em torno do crescimento
do profissional contábil, podemos verificar que este, vem buscando a evolução e
amadurecimento para atender o mercado.
A Contabilidade disponibiliza neste século muitas áreas de atuação para este
profissional:
a) Planejamento Empresarial: planejador tributário; analista financeiro, contador
geral, auditor interno, contador de custos, contador gerencial e atuário;
b) Ensino: Professor; pesquisador; escritor; conferencista;
c) Autônomo: auditor independente; consultor; empresário contábil; investigador
contábil; perito de fraudes;
d) Em órgão público: contador público; agente ou auditor fiscal; tribunal de contas;
oficial contador e outros cargos públicos.
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1.1 Conceitos de contabilidade
A contabilidade desde quando surgiu com uma junção de conhecimentos,
com objetos e finalidades definidos, tem sido considerada como ciência, sendo na
acepção ampla do conceito uma das ciências econômicas e administrativas. E tem
como função registrar, demonstrar, classificar, analisar e auditar todos os
acontecimentos que ocorrem no patrimônio das entidades, com o objetivo de
fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição do mesmo,
para a tomada de decisões de seus administradores. Possui como objeto de estudo
o patrimônio e o seu campo de aplicação o das entidades econômico
administrativas, que para atingirem sua meta, utilizam bens patrimoniais e
necessitam de um órgão administrativo.
Consideravelmente, a contabilidade modifica-se numa fonte de
conhecimentos na proporção em que pode facultar a qualquer instante a noção da
condição da empresa e o fluxo dos seus negócios. Em tempos atuais, com a
formação de grandes organizações, a informação contábil e a informação gerencial
se tornaram de interesse para grupos mais amplos como os fornecedores,
financiadores, banqueiros, poderes públicos e até empregados que participam do
lucro ou dos resultados das empresas.
Para Marion (2008, p.23) a contabilidade é o grande instrumento que auxilia a
administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos,
mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de
relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de
decisões.
Como algumas das demonstrações contábeis são sintéticas, a contabilidade
utiliza de outra técnica especializada, chamada de Análises de Balanços, que
permite decompor, comparar e interpretar o conteúdo das demonstrações contábeis,
fornecendo informações orientadoras e úteis à tomada de decisões, não somente
para administradores, mas também para investidores, financiadores e todos os que
com eles mantêm relações de interesse.
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Conforme a RESOLUÇÃO CFC (Conselho Federal de Contabilidade) Nº 785
de 28 de julho de 1995:
A Contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio, busca, por meio da apreensão, da quantificação, da classificação, do registro, da eventual sumarização, da demonstração, da análise e relato das mutações sofridas pelo patrimônio da Entidade particularizada, a geração de informações quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos quanto monetários.
Nessa definição pode-se ver o objeto da contabilidade, que é o patrimônio,
que corresponde ao conjunto de bens, direitos e obrigações referentes a pessoas
jurídicas com fins lucrativos, empresas informais, entidades sem fins lucrativos,
empresas publicas e pessoas físicas. Ou seja, o objeto da contabilidade é o
patrimônio da entidade e o seu campo de aplicação são as entidades econômico-
administrativas assim chamadas àquelas que, para atingir seu objetivo, seja
econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão
administrativo que pratica atos de natureza econômica necessárias aos seus fins.
Os relatórios contábeis emitidos e que são tratados como obrigatórios pela
Legislação societária pela Contabilidade são:
Balanço Patrimonial;
Demonstração do Resultado do Exercício;
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
Demonstração do Fluxo de Caixa;
Demonstração do Valor Adicionado.
1.2 O papel da Contabilidade
A Contabilidade tem como função fornecer dados baseados em informações
contábeis que sirvam para o gestor em seu processo decisório, na administração
geral de uma empresa. Ludícibus e Marion (2000, p. 19) confirmam que a
contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões.
Ludícibus explica que:
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A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. (IUDÍCIBUS, 2000, p. 58)
Marion (2005, p. 24) complementa que “a Contabilidade é a linguagem dos
negócios. Mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios,
dando diretrizes para a tomada de decisões”.
Marion (2005) cita ainda, que a finalidade principal da Contabilidade é permitir
a cada grupo de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da
entidade, bem como fazer deduções sobre tendências futuras.
Padoveze (2003, p. 8) cita que “a Contabilidade é o único sistema de
informação que consegue mostrar a empresa como um todo, pois é a única que
atribui valor a tudo”.
Segundo Mosimann e Fisch, (1999, p. 104), “a Contabilidade, pois, deve ser
preditiva e fornecer informações e não dados. Cada grupo de tomadores de decisão
impõe-lhe limites referentes à informação necessária às suas decisões, que
condicionarão à seleção de dados de entrada”.
Para os autores, a contabilidade tem a função de disponibilizar as
informações que descrevam a situação atual, permitindo aos usuários interessados
verificar uma série de fatores relevantes. Dessa forma, entende-se que a
contabilidade é como ferramenta de gestão e torna-se indispensável.
Porém, para que essas informações sejam apuradas em tempo hábil, com
total confiabilidade, é necessário que a empresa possua um setor de controladoria e
um sistema de controles internos, facilitando atingir o objetivo proposto pela direção
da organização.
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1.3 A contabilidade como ferramenta de controle
A Ciência Contábil tem por finalidade, assegurar o controle do patrimônio
administrado, através do envio de informações e orientação necessárias à tomada
de decisões a respeito da composição e das variações do mesmo como também no
que se refere ao resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade
para alcançar seus fins, que podem ser lucrativos ou simplesmente sociais, culturais,
beneficentes ou outros.
Nash e Roberts (1984) definem de forma interessante o sistema de
informação para as organizações.
O sistema de informações é uma combinação de pessoas, facilidades, tecnologias, mídias, procedimentos e controles, com os quais se pretende manter canais de comunicação relevante, processar transações rotineiras, chamar a atenção dos gerentes e outras pessoas para eventos internos e externos significativos e assegurar as bases para a tomada de decisões inteligentes.
Segundo os autores podemos observar que processo de tomada de decisão
termina com a escolha da melhor ação a ser implantada. Para se alcançar esse
ponto é necessário que se passe pelas fases de definição do problema, obtenção
dos fatos, formulação de alternativas, ponderação e decisão.
Em todas essas etapas a informação contábil é de grande importância. Alguns
problemas existem somente quando os relatórios contábeis são analisados
regularmente e, com o orçamento elaborado com base nas informações históricas e
projeções contábeis, pode-se formular e testar as alternativas para se chegar à
decisão mais acertada.
No capitulo seguinte será abordado à história da Administração o seu
surgimento, evolução e idéias durante o passar dos anos. Como era e como se
entende hoje a Profissão de Administrador de Empresas.
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CAPÍTULO II
HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO
Administração iniciou-se no ano 5.000 a.C, na Suméria, quando os antigos
sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos,
exercitando assim à arte de administrar. Vindo do latim administratione a
Administração é um conjunto de atividades voltadas à direção de uma organização
utilizando-se de técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de forma eficaz,
com responsabilidade social e ambiental.
A administração é uma ciência exata que exige um profissional altamente
afinado com os resultados, capaz de analisar a Contabilidade Gerencial (receitas,
despesas e balanço patrimonial), vendas e produção.
Lacombe (2003, p.4) diz que a essência do trabalho do administrador é obter resultados por meio das pessoas que ele coordena. A partir desse raciocínio de Lacombe, temos o papel do "Gestor Administrativo" que, com sua capacidade de gestão com as pessoas, consegue obter os resultados esperados. Drucker (1998, p. 2) diz que administrar é manter as organizações coesas, fazendo-as funcionar.
Na evolução histórica da administração, duas instituições se destacaram: a
Igreja Católica Romana e as Organizações Militares. CHIAVENATO (2003, p.32).
A Igreja Católica Romana pode ser considerada a organização formal mais
eficiente da civilização ocidental. Através dos séculos vem mostrando e provando a
força de atração de seus objetivos, a eficácia de suas técnicas organizacionais e
administrativas, espalhando-se por todo mundo e exercendo influência, inclusive
sobre os comportamentos das pessoas, seus fiéis.
Já as Organizações Militares evoluíram das displicentes ordens dos
cavaleiros medievais e dos exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os
tempos modernos com uma hierarquia de poder rígida e adoção de princípios e
práticas administrativas comuns a todas as empresas da atualidade.
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Entretanto, este fenômeno provocou o aparecimento da empresa e da
moderna administração que ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo
do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno trouxe rápidas e
profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamando-se Revolução
Industrial.
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a
vapor, por James Watt, em 1776. A aplicação da máquina a vapor no processo de
produção provocou um enorme surto de industrialização, que se estendeu
rapidamente a toda a Europa e Estados Unidos. A Revolução Industrial
desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de 1780 a 1860. É a
revolução do carvão, como principal fonte de energia, e do ferro, como principal
matéria-prima. A segunda fase de 1860 a 1914. É a revolução da eletricidade e
derivados do petróleo, como as novas fontes de energia, e do aço, como a nova
matéria-prima. CHIAVENATO (2003, p.33).
Porém, ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a
moderna administração surgiu em resposta a duas consequências provocadas pela
Revolução Industrial, a saber:
a) Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir
uma administração científica capaz de substituir o empirismo e a
improvisação;
b) Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer
face à intensa concorrência e competição no mercado.
Com isso, no século XX, surge Frederick W. Taylor, engenheiro americano,
apresentando os princípios da Administração Cientifica e o estudo da Administração
como Ciência. Taylor falava sobre a prática da divisão do trabalho, enfatizando
tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos "de máxima produção a mínimo
custo", seguindo os princípios da seleção científica do trabalhador, do tempo padrão,
do trabalho em conjunto, da supervisão e da ênfase na eficiência. Paralelamente aos
estudos de Taylor, surgi Henri Fayol, francês que defendia princípios semelhantes
na Europa, baseado em sua experiência na alta administração.
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É importante ressaltar que na história da evolução da Administração não se
pode esquecer a valiosa contribuição de Elton George Mayo, o criador da teoria das
relações humanas desenvolvida em 1940, nos Estados Unidos. Ela foi, basicamente,
o movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração, com
ênfase centrada nas pessoas.
No entanto, é preciso considerar a Administração também como ciência
social, onde na sua conceituação ela existe para apoiar, para ajudar e que a sua
missão só é válida quando respeita os princípios da ética, moral, sem comprometer
o futuro das instituições, da comunidade e da nação, isto é, como atividade que mais
colabora com a melhoria da qualidade de vida.
Enfim administrar é o processo de fluir e conduzir o comportamento das
pessoas para garantir a sobrevivência, o crescimento e a saúde das organizações.
2.1 Atividades e tarefas da Administração
Administrar é o processo de planejar, organizar, liderar, comandar, coordenar
e controlar os esforços realizados pelos membros da organização, além de outros
recursos para alcançar os objetivos da organização.
Segundo FAYOL (2003, p.26) independentemente do tipo de organização o
administrador sempre terá que:
Planejar: pensar, decidir, escolher antecipadamente seus objetivos, suas ações,
seus atos, baseando-se em algum método, plano ou lógica, analisando a melhor
forma ou estratégia para alcançar seus objetivos organizacionais.
a) Organizar: decidir que recursos e atividades são necessários para atender os
objetivos organizacionais, criando grupos de trabalho, atribuindo autoridade e
responsabilidade para sua consecução.
b) Coordenar: selecionar, treinar, desenvolver e orientar os empregados
necessários para serem mais produtivos.
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c) Liderar: dirigir, influenciar, motivar os empregados para realizar as tarefas
para consecução das metas, informando-os acerca de suas atribuições de
trabalho. O processo de liderar envolve o trabalho com a pessoa, tornando-se
mito concreto em relação ao planejar e organizar.
d) Controlar: Finalmente, o administrador deve certificar-se de que os atos dos
membros da organização levam-no de fato em direção aos objetivos
estabelecidos.
Esta tarefa envolve os seguintes elementos:
Estabelecer padrões de desempenho
Medir o desempenho Atual
Comparar esse desempenho com os padrões estabelecidos.
Caso seja detectado desvio, executar ações corretivas.
Através, de a função controlar o administrador mantém a organização no
caminho escolhido e estabelecido.
Na realidade, várias são as combinações dessas atividades, vistas à cima
costumam acontecer ao mesmo tempo, por isso o administrador deve adaptar-se e
conhecer bem o ambiente no qual a organização atua. Para bem dirigir seus
subordinados o administrador deve motivar, comunicar, coordenar e liderar, pois
estes comportamentos são importantes no desempenho do pessoal que está sob
suas ordens.
Destacamos a seguir, cinco motivações do trabalho:
Melhor remuneração;
Projeção e prestígio social;
Oportunidade de progredir;
Trabalho interessante;
Tratamento humano.
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Por isso, que o administrador não pode os ignorar, sob pena de tornar-se um
dirigente e ineficaz. Tudo isso é importante para o trabalho e o administrador deve
ver estas coisas e procurar, dentro das possibilidades da empresa, proporcionar ao
empregado a satisfação de seus desejos e interesses. Realmente, um administrador
deve ser um verdadeiro líder. Ele precisa ser um condutor ou guia de seus
subordinados.
Embora o administrador tenha o poder de admitir, promover, demitir e exigir
dos funcionários a prestação de serviços (por força de sua autoridade), ele terá
sucesso nos resultados de cada um se souber conduzi-los como um líder. A
liderança está baseada no prestígio pessoal do administrador e na aceitação pelos
dirigidos ou subordinados.
No capitulo a seguir será abordado sobre a controladoria que é constituída
por uma combinação de conhecimentos das mais diversas bases teóricas e campo
dos saberes tendo como pilar a contabilidade.
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CAPÍTULO III
HISTÓRIA DA CONTROLADORIA
A controladoria surgiu no início do século XX nos Estados Unidos, e com o
crescimento empresarial no Século XIX surgiu a Revolução Industrial que foi
desencadeando o desenvolvimento das funções nas empresas e aumentando a
multiplicação de empresas, que, segundo Beuren (2002) ao final do mesmo século,
começaram a se fundir, formando grandes empresas, organizadas sob formas de
divisões, mas com controle centralizado. Com o aumento da concorrência e
competitividade, as buscas por técnicas de produção mais eficazes fizeram com que
os gestores envolvidos no meio empresarial buscassem os novos métodos
gerenciais, que fornecessem informações gerenciais seguras, precisas e no tempo
correto para o suporte ao processo decisório.
A controladoria como área de conhecimento tem uma alta responsabilidade
na construção e manutenção do sistema de informação da gestão da entidade, pois
é responsável por gerar as informações adequadas para a tomada de decisão.
Assegurando-se sempre pelo princípio da continuidade e a procura de um excelente
resultado.
Por isso, que a controladoria varia de empresa para empresa dependendo,
em grande parte do ambiente institucional no qual está inserida, porém mantendo a
característica básica de departamento responsável por gerar informações
necessárias para os executivos decidirem sobre os rumos da sociedade.
É nessa característica básica de garantir informações que se concentra o
grande trabalho, tendo como pilar vários campos de conhecimento como economia,
contabilidade, custos, sistemas de informação, finanças, meio ambiente, entre
outras, além de exigir cuidado especial com a qualidade das informações. A
controladoria é uma ferramenta que mostrará informações para agregar os controles,
evidenciando os custos e receitas dos resultados operacionais, conduzindo à
organização de sua missão institucional.
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Nesse contexto surge a controladoria. Portanto, a controladoria chegou às
empresas com a função de suprir a deficiência da contabilidade no suprimento de
informações gerenciais que visem à eficácia organizacional.
A controladoria, segundo Orleans Martins (2005), tem a finalidade de garantir
informações adequadas ao processo decisório dos gestores, colaborando assim
para a busca pela eficácia da empresa e de suas subdivisões, levando-se em conta
o aspecto econômico.
Já o Borinelli (2006) chega à seguinte conclusão: Controladoria é um conjunto
de conhecimentos que se constituem em bases teóricas e conceituais de ordem
operacional, econômica, financeira e patrimonial, relativas ao controle do processo
de gestão organizacional.
Os autores definem a controladoria como um modelo de gestão, ou seja,
gestão de sistemas integrados em toda a organização, que serão monitorados por
um controller, desempenhando sua função de maneira muito especial. Dentro do
ambiente contábil e financeiro da organização, sendo responsável em organizar e
reportar informações relevantes para a tomada de decisão nas organizações.
3.1 Missão da Controladoria
De acordo com Nascimento e Reginato (2009, p.7) a área de Controladoria
possui como missão criar as ligações do processo de gestão, além das informações
necessárias adquiridas pela utilização de um sistema de informações que possibilite
praticar essa atividade. Levando-se em consideração, que para ser útil, a informação
deve ser confiável.
Já para Mosimann e Fisch (1999, p.89) a missão da Controladoria é
empenhar-se para garantir a execução da missão e a continuidade da empresa.
Tendo como seu principal papel coordenar os esforços para obter o resultado
desejado em todas as áreas da empresa.
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3.2 O Profissional da Controladoria
Este novo campo de atuação para os profissionais de contabilidade requer o
conhecimento e o domínio de conceitos de outras disciplinas, como administração,
economia, estatística e informática.
Aí, a importância do profissional será medida muito mais pela sua contribuição
para administração geral da organização do que pela correção com que são feitos os
conjuntos de demonstrações contábeis que relatam puramente aspectos financeiros
da gestão.
O Controller é o gestor encarregado do departamento de Controladoria, seu
papel é, através do gerenciamento de um eficiente sistema de informação, zelar pela
continuidade da empresa, viabilizando as sinergias existentes fazendo com que as
atividades sendo desenvolvidas conjuntamente, alcancem resultados superiores aos
que alcançariam se trabalhassem independentemente.
O controller tem como tarefa manter o executivo principal da companhia
informado sobre os rumos que esta deve tomar onde ela pode ir e quais os
caminhos que devem ser seguidos.
Kanitz afirma que “os controladores foram inicialmente recrutados entre os
indivíduos das áreas de contabilidade e finanças das empresas, por possuírem, em
função do cargo que ocupam, uma visão ampla da empresa que os habilita a
enxergar as dificuldades como um todo e propor soluções gerais. Além disso, as
informações que chegam ao controller são predominantemente de natureza
quantitativa, físicas e monetárias.
Segundo Mendes 1991”O controller pode ser visto ao mesmo tempo como
protagonista e coadjuvante, de uma mudança comportamental importante sem
precedentes na história da contabilidade e da administração. ”
Dentre os requisitos necessários para o desempenho da função da
Controladoria podemos elencar:
25
a) Um bom conhecimento do ramo de atividade ao qual a empresa faz parte, assim
como dos problemas e das vantagens que afetam o setor;
b) Um conhecimento da história da empresa e uma identificação com seus objetivos,
suas metas e suas políticas assim como com seus problemas básicos e suas
possibilidades estratégicas;
c) Habilidade para analisar dados contábeis e estatísticos que são a base
direcionadora de sua ação e conhecimento de informática suficiente para propor
modelos de aglutinação e simulação das diversas combinações de dados;
d) Habilidade de bem expressar se oralmente e por escrito e profundo conhecimento
dos princípios contábeis e das implicações fiscais que afetam o resultado
empresarial.
Hecker e Wilson estabelecem alguns princípios que devem nortear o trabalho
do Controller: Iniciativa, Visão Econômica, comunicação racional, síntese, Visão
voltada para o futuro, oportunidade, persistência, cooperação, imparcialidade,
persuasão consciência da limitação.
3.3 Funções da Controladoria
A controladoria desempenha um importante papel no êxito empresarial, tendo
como missão a geração de informações para a tomada de decisão no âmbito da
organização.
Segundo Kanitz (1976) as funções da controladoria se confundem algumas
vezes na literatura com as funções do controller, ao abordar sobre a origem da
controladoria e suas funções reportando-se à figura do Controller. O mesmo autor
cita também que a controladoria surgiu com pessoas que exerciam cargos de
responsabilidade no departamento contábil, ou no departamento financeiro, uma vez
que estes profissionais possuem uma visão ampla da empresa, capacidade esta que
os tornou capazes de detectar as dificuldades e propor soluções.
De acordo com Beuren (2002), as funções da controladoria foram se
ampliando aos poucos. No início eram voltadas para o desenvolvimento e
26
implantações de sistemas de informações capazes de atender aos diversos tipos de
usuários da contabilidade.
Com o passar do tempo, o perfil do usuário foi se alterando, e a controladoria
passou a acompanhar os interesses mais variados e dinâmicos tais como:
acionistas, credores ou administradores, cujas as funções passaram a ser mais
amplas, isto é, voltadas ao processo decisório da empresa como um todo.
Almeida, Parisi e Pereira (2001) salientam que as funções da controladoria
estão interligadas ao conjunto de objetivos diretamente relacionados com a missão
da empresa e destaca as seguintes funções:
a) Subsidiar o processo de gestão: ajudar o processo de gestão dando suporte e
apoio para projeções e simulações sobre eventos econômicos que possam afetar as
decisões dos gestores;
b) Elaborar a avaliação de desempenho: a controladoria elabora a análise de
desempenho de todas as áreas, dos gestores, da empresa e da própria área;
c) Apoiar a avaliação de resultado: elaborar a análise de resultado econômico dos
produtos e serviços e monitorar e orientar o processo de estabelecimento de
padrões;
d) Gerenciar os sistemas de informação: realizar a padronização e harmonização
das diversas informações econômicas transmitidas aos gestores;
e) Atender aos agentes do mercado: através da interação com o meio externo,
analisar e mensurar o impacto das legislações no resultado econômico da empresa
e apoiar os gestores no atendimento aos diversos agentes do mercado.
Neste sentido, percebe-se que as funções da controladoria de acordo com os
autores são divergentes em alguns pontos, e algumas vezes se confundem com as
funções do controller, mas todos apontam para o gestor responsável pelo processo
decisório das organizações. Observam-se as maiores divergências em torno da
nomenclatura das funções de controladoria, em especial as ligadas ao ramo da
informática e sistemas de informações gerenciais, mas todas têm rotinas e funções
semelhantes em algum aspecto.
27
As funções da controladoria estão divididas no auxílio a matérias referentes
ao controle de operações, avaliação de resultados e no processo de planejamento
de ações necessárias e tem por finalidade auxiliar na área de atuação onde
podemos exercer os conhecimentos numa gestão organizacional.
Conforme Junior, Pestana e Franco (1997, p.36) a principal função da
Controladoria é estabelecer a direção e a implantação dos sistemas de:
1. Informação: entender os sistemas contábeis e financeiros da organização; 2. Motivação: está relacionada aos efeitos do sistema de controle sobre o comportamento das pessoas diretamente envolvidas; 3. Coordenação: tem como objetivo concentrar informações vistas a aceitação de planos; 4. Avaliação: tendo em vista interpretar fatos, informações e relatórios, avaliando os resultados por área de responsabilidade, por processos, por atividades e entre outros; 5. Planejamento: busca estabelecer se os planos são consistentes ou viáveis, se são aceitos e coordenados e se poderão dar informações para uma possível avaliação posterior; 6. Acompanhamento: refere-se à verificação da evolução dos planos traçados, buscando corrigir falhas ou revisar o planejamento.
Nascimento e Reginato (2007) afirmam que a função da Controladoria é
auxiliar os gestores no processo decisório, promovendo a eficácia das decisões,
monitorando o desempenho dos objetivos estabelecidos, investigando e
diagnosticando as razões de possíveis desvios entre os resultados alcançados e os
esperados.
Kanitz (apud Mosimann e Fisch, 1999, p. 90) estabelece como função
primordial da Controladoria, a direção e a implantação de sistemas de:
1. Informação: compreende os sistemas contábeis e financeiros da empresa;
2. Motivação: refere-se aos efeitos dos sistemas de controle sobre o comportamento das pessoas diretamente atingidas;
3. Coordenação: centralização das informações, com vistas à aceitação de planos, sob o ponto de vista econômico e à assessoria da direção da empresa, não somente alertando, mas também sugerindo soluções;
4. Avaliação: tem o intuito de interpretar fatos e avaliar resultados por centro de resultado, por área de responsabilidade e desempenho empresarial;
28
5. Planejamento: tem a função de determinar se os planos são consistentes ou viáveis, se são aceitos e coordenados e se realmente poderão servir de base para uma avaliação posterior;
6. Acompanhamento: relativo à contínua verificação da evolução dos planos traçados para fins de correção de falhas ou revisão do planejamento.
Segundo os autores entende-se que as suas funções são constatadas em
toda organização, estando praticamente no dia a dia da controladoria para elevar a
efetividade da entidade. Enfim, esse controle se transformou num excelente plano
estratégico num mercado cada dia mais rigoroso e competitivo.
Para Catelli (2006), as funções da controladoria são facilmente perceptíveis,
sendo atribuídas de cinco maneiras específicas:
1. Subsidiar o processo de gestão: ajudar na adequação dos processos a realidade da empresa e controlar, orientar e consolidar o orçamento da empresa; 2. Apoiar a avaliação de desempenho: elaborar a análise de desempenho Poe áreas e elaborar análise de desempenho da empresa; 3. Apoiar a avaliação do resultado: elaborar a análise de resultado por produtos e serviços e orientar o processo de estabelecimento de padrões; 4. Gerir os sistemas de informações econômicas e financeiras: definir base de dados que possibilite à organização de dados necessários a gestão, elaborar modelos que permitem avaliação por diversas áreas da empresa e padronizar as informações econômicas conforme a necessidade de cada organização; 5. Atender aos agentes de mercado: garantir que as normas societárias e fiscais estão sendo obedecidas pela entidade.
Neste sentido, percebe-se que as funções da controladoria de acordo com os
autores são divergentes em alguns pontos, e algumas vezes se confundem com as
funções do controller, mas todos apontam para o gestor responsável pelo processo
decisório das organizações.
Entendendo o conceito de controladoria e conhecendo a missão que a
mesma reflete nas organizações, é necessário também conhecer o papel da
controladoria no processo de gestão.
29
3.4 O papel da Controladoria
A Controladoria como órgão complementar de uma corporação organizacional
é incumbida de controlar as consequências dos atos da administração econômica
interna, verificando que os resultados aconteçam e se desenvolvam de forma a
propiciar a continuidade da entidade. É evidente que o objetivo da controladoria é
buscar meios para que o funcionamento da empresa possa ser avaliado e verificado,
mas para isso é imprescindível analisar as atividades de outras empresas, a fim de
demonstrar ao gestor um parâmetro para o caminho da busca da melhoria nos
resultados.
A Controladoria não é apenas um método contábil, ele envolve todo o sistema
de gestão organizacional, a começar do planejamento até o controle efetivo das
operações, assegurando assim uma coleta de dados importante para o
desenvolvimento da missão, com a finalidade de agrupar o máximo de informações
para a tomada de decisão.
3.5 O Objetivo da Controladoria
A controladoria tem como principal objetivo ser um meio de suporte
informacional, de auxílio ao processo de tomada de decisão. Para o alcance desse
objetivo é necessário a formulação de ferramentas informacionais que possam servir
como subsídio a gestão.
Para Cabrelli e Ferreira (2007, p. 30, a controladoria tem por objetivo, facilitar
o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão.
Os objetivos da controladoria estão focados e ligados ao processo decisório,
uma vez que é de facilitar o mesmo. Sendo assim, a controladoria tem forte
participação quanto à definição do modelo de gestão empresarial utilizado em
determinada organização.
30
No ultimo capitulo será abordado o processo de inserção e desenvolvimento
da controladoria, bem como identificar o perfil do controller, verificar a aderência de
suas práticas profissionais com a literatura, e, averiguar o grau de relevância da
controladoria no processo decisório das empresas.
31
CAPÍTULO IV
O CONTROLLER
O controller surgiu após as instalações de empresas multinacionais norte-
americanas (em meados do século XX). Nessa época, os profissionais ensinavam as
teorias e práticas contábeis, desenvolvendo e implantando sistemas de informações
que fossem capazes de atender aos diferentes tipos de usuários da Contabilidade,
inclusive para manter um adequado sistema de controle sobre as operações dessas
empresas. Hoje, o campo de atuação para profissionais de contabilidade como
controller requer o conhecimento e o domínio de conceitos de outras disciplinas,
como: administração, economia, estatística, informática e marketing.
Segundo o autor, Yoshitake (2003, p.50), conclui que no Brasil, o controller
ocupa uma posição hierárquica de staff do presidente, ou do diretor financeiro.
De acordo com o autor Tung (1993), a palavra “controller” não existe em
nosso vocabulário. Foi recentemente incorporada à linguagem comercial e
administrativa das empresas no Brasil, por meio da experiência prática de países
como os Estados Unidos e a Inglaterra.
As palavras “controller” ou “Contropller” serviam inicialmente, nesses
respectivos países, para designar o executivo que tinha a tarefa de controlar ou
verificar as contas.
Segundo os autores o controller é um profissional que analisa os números,
reunindo todas as informações quantitativas necessárias como, rentabilidade, taxas,
investimentos, resgates, despesas, captação, custo, empréstimos, riscos e tem
pleno conhecimento da vida financeira da empresa e conhecimento do conjunto de
todas as variáveis relacionadas ao abrangente campo da controladoria
organizacional, consolidando uma visão estratégica e integrada da gestão de
finanças e controladoria empresarial, buscando a relação entre os diversos
desempenhos da empresa. Ele sabe exatamente tudo o que ocorre na organização.
32
Segundo Peres Junior (1995), as principais responsabilidades do controller
são:
a) Organizar adequados sistemas de informações gerenciais que permitam a
administração conhecerem os fatos ocorridos e os resultados obtidos com as
atividades;
b) Comparar, permanentemente o desempenho esperado com o real;
c) Classificar variações de desempenho e estimativa;
d) Orientar e fornecer informações confiáveis para gestores;
e) O profissional deve estar atento às mudanças, ter conhecimento em gestão
organizacional, de recursos humanos, estoque e produção, ser capaz de
enxergar além do óbvio e ser dedicado ao trabalho.
Esse conhecimento vem de um controle preciso de indicadores da empresa,
sendo necessário que tenha certa independência estando diretamente ligado
diretamente aos gestores.
O Controller precisa ter a capacidade de prever os problemas que surgirão e
coletar as informações necessárias para tomada de decisão, assumindo o papel de
conselheiro e crítico (sentido construtivo) do processo, visando à implantação de
ações de melhorias.
Dessa forma o Controller responde o que as empresas vêm buscando, que é
um profissional capacitado e disposto a assumir esse papel de visão futura, otimista
em seu resultado e com esse olhar crítico construtivo com intenção de melhoria para
a empresa.
O controller pode e deve exercer influência junto aos demais gestores e o faz pelo conhecimento da ciência da gestão econômica. Em outras palavras, o conhecimento da empresa como um todo e o conjunto dos planos de ação, associados ao conhecimento científico da administração, permitem ao profissional de controladoria exercer um papel influenciador. (PADOVEZE, 2003, p. 36)
Controller é o gestor encarregado do departamento de controladoria, seu
papel é gerenciar um eficiente sistema de informação fazendo com que as atividades
33
desenvolvidas alcancem os resultados esperados e zelando pela continuidade da
empresa. Nos Estados Unidos da América, foi onde surgiram os primeiros
Controllers através de um estatuto (Controller Institut of America) que relata as
competências do profissional com dezessete funções básicas, das quais mais se
destacam:
A elaboração e acompanhamento do orçamento;
Implantação e supervisão de um eficiente sistema de controle interno;
Confiável sistema de custeio de produção;
Preparação, demonstração e supervisão;
Impostos;
Prestação de contas a respeito de cada exercício financeiro.
O Controller é um profissional capacitado para analisar todas as informações
necessárias como taxas, investimentos, resgates, despesas, custos, empréstimos,
riscos entre outros. Tendo assim pleno conhecimento da vida financeira da
organização.
Controller é o executivo financeiro de uma grande ou média empresa que
combina as responsabilidades por contabilidade, auditoria, orçamento, planejamento de lucros, relatórios de desempenho, controle de impostos e outras atividades da empresa. (TUNG, 1993, p. 41)
Por se tratar de um profissional da contabilidade, o Controller tem facilidade
em visualizar os pontos positivos ou negativos da organização, e analisar as
demonstrações de relatórios financeiros para assim sugerir alterações para a
melhoria de desempenho em determinadas áreas. Diante dessas facilidades o
controller é tido como um elo entre a direção e o restante da organização, pois ele se
depara com situações nas diversas áreas da organização tendo que proporcionar à
direção as mudanças que devem ser realizadas para obtenção de melhores
resultados e fazer com que estas mudanças sejam aceitas e se difundam de forma
positiva entre os colaborados.
Através da controladoria a direção de uma empresa tem a possibilidade de conduzir seus esforços e que sejam produtivos. É junto a essa área que a alta direção e os gestores da organização buscarão informações consistentes a fim de definir os rumos a serem seguidos pela organização. (ROEHL, 1996, p. 85)
34
Para tanto o Controller acaba sendo o responsável pelo projeto, implantação
e manutenção de um sistema integrado de informação.
4.1. Funções básicas do CONTROLLER
Para Tung (1997), o controller é o executivo financeiro que detém as
responsabilidades sobre os setores de Contabilidade, Orçamento, Planejamento,
Controle de impostos, Auditoria e outras atividades das empresas.
Segundo Figueredo e Caggiano (1997), os primeiros controllers foram,
inicialmente, recrutados entre os indivíduos das áreas de contabilidade e finanças
das empresas, por possuírem uma ampla visão da empresa, o que os possibilitaria
reconhecer dificuldades e propor soluções gerais.
Para Ricardino Filho (1999) não é possível precisar quem foi o primeiro
Controller em uma empresa comercial nos Estados Unidos, entretanto, é razoável
supor que a atividade se tenha desenvolvido nos primeiros vinte anos no século XX,
mais precisamente em segunda década, não obstante alguns autores apontem para
períodos mais distantes.
Kanitz (1976) menciona sobre várias atribuições de um Controller. Cabe
ressaltar que, a sua função básica consiste em gerenciar, além de implantar os
seguintes sistemas: informação, motivação, coordenação, avaliação, planejamento e
acompanhamento.
Oliveira, Perez Junior e Silva (2007) descrevem as atividades do controller
como forma de prever os problemas, elaborar relatórios gerenciais e fornecer
informações para o processo de tomada de decisão.
Pondera Beuren (2002) que tradicionalmente, o controller era o chefe da
contabilidade e o planejador financeiro. Nestes casos, cabe-lhe expandir as funções
da controladoria.
35
Segundo o estatuto dos “Controllers norte-americanos, agrupados no
“Controller Institute of America”, as funções básicas do controller são:
1. Implantação e supervisão do plano contábil da empresa;
2. Preparação e interpretação os relatórios financeiros da empresa;
3. Verificação contínua das contas e registros em todos os setores da empresa;
4. Compilação dos custos da produção;
5. Compilação das despesas com a distribuição;
6. Realização e custeio das contagens físicas dos estoques
7. Preparação, apresentação e supervisão dos assuntos referentes aos impostos;
8. Preparação e interpretação das estatísticas e relatórios para as decisões da
direção;
9. Preparação do orçamento global da empresa;
10. Supervisão do seguro de todos os bens das empresas;
11. Fixação de norma padrão relativas à contabilidade e aos processos e sistemas
de trabalho da empresa.
12. Supervisão dos planos de aquisição de ativo fixo;
13. Aplicação de todas as decisões financeira tomada pela direção, pela direção,
pela direção, pela direção, uma vez de acordo com as normas vigentes;
14. Manutenção de todos os contratos celebrados pela empresa com terceiros;
15. Aprovação do pagamento e assinatura dos cheques, notas promissórias, de
comum acordo com o tesoureiro;
16. Aplicação dos regulamentos da empresa no tocante a assuntos relativo a
cauções e ações emitidas pela empresa.
17. Preparação ou aprovação dos regulamentos internos que visem ao cumprimento
dos regulamentos governamentais.
Atualmente, podemos afirmar que a função de controller é diversificada e não
compreende apenas as funções ligadas a contabilidade. Na mesma perspectiva,
afirmou-se que uma das funções mais exercidas está ligada ao planejamento
estratégico.
36
4.1.1. Características da função do CONTROLLER
Para Tung (1997), Controller é o executivo financeiro que detém as
responsabilidades sobre os setores de Contabilidade, Orçamento, Planejamento,
Controle de impostos, Auditoria e outras atividades das empresas.
Segundo Kanitz (1976) cita várias atribuições de um Controller. Cabe ressaltar
que, a sua função básica consiste em gerenciar, além de implantar os seguintes
sistemas: informação, motivação, coordenação, avaliação, planejamento e
acompanhamento. Ou seja, as atividades do controller têm como objetivo prever
problemas, elaborar relatórios gerenciais e fornecer informações seguras para o
processo de tomada de decisão.
Para executar bem suas funções o controller deve ter suas tarefas
perfeitamente fixadas. Qualquer duplicidade de autoridade dificultará seu exercício.
Por outro lado, certas qualidades são indispensáveis ao controller. Os estudos de
J.B.Heckert e J.D.Wilon apresentam as seguintes características do controller.
1. Ser capaz de prever os problemas que possam surgir e de coletar as informações
necessárias para e tomarem decisões. O controller é antes de tudo, um executivo do
“staff” cuja principal função é obter e interpretar os dados que possam ser úteis aos
executivos na formulação de uma nova política. Não deve o controller esperar que
os outros executivos lhe solicitem orientação. Deve prever as necessidades de cada
um deles e com eles procurar os meios para atendê-los;
2. Ser capaz de prever o aparecimento de problemas nos diferentes departamentos,
bem como de providenciar os elementos para as soluções devidas;
3. Fornecer as informações na linguagem do executivo que as receba. Tais
informações podem variar desde complicadas tabelas estatísticas até relatórios
resumidos em poucas linhas;
4. Traduzir os fatos e estatísticas em gráficos de tendências e em índices, uma vez
que números isolados não auxiliam a administração da empresa;
37
5. O controller deve ser capaz de analisar os resultados sem perder de vista que só
os devidos ajustem de tais análises poderão servir de base para as providências
futuras;
6. Dar informação e fornecer relatórios quando solicitado;
7. Prosseguir insistentemente nos estudos e interpretações, mesmo que os
executivos das áreas controladas não dispensem atenção imediata aqueles
assuntos. O Controller não deve forçar uma decisão, mas pode consegui-la
mantendo o assunto em pauta até uma atitude satisfatória;
8. Assumir a posição de conselheiro, não de crítico. Com suas investigações
geralmente trazem à luz pontos fracos de outras áreas, nunca deve revelar
rapidamente;
9. Ser impacial e honesto. Em certas ocasiões deve fazer relatórios negativos sobre
outros executivos ou empregados. É função de o controller avaliar o desempenho de
todos os funcionários da empresa;
10. Ser capaz de “vender” suas idéias ao demais executivos da empresa;
11. Ser capaz de compreender que a contribuição de suas funções para outras
áreas sofre limitações. Mesmo que acolhidas, analisadas e interpretadas da melhor
maneira possível, as informações estatísticas nunca substituem a capacidade
individual do executivo que as recebe.
4.2. Tarefas do CONTROLLER
O controller é o principal executivo da área de controle financeiro da empresa
e é responsável pelos seguintes pontos:
Registros contábeis;
Preparação dos relatórios financeiros e administrativos do sistema de
controle;
Administração dos orçamentos e previsões;
Auditoria interna;
Processamento de dados.
38
Organização: Subordinado ao Vice-Presidente de Finanças. Supervisiona o
Gerente de Contabilidade, o Gerente de Orçamento, e o Gerente de Auditoria, o
Gerente de Sistemas e Métodos e o Gerente de Processamento de Dados.
Responsabilidade: Manter o Presidente e o Vice-Presidente informado sobre
as principais atividades e planos da empresa, através de reuniões periódicas;
Rever os programas importantes com o Vice-Presidente de Finanças, dando
sugestões na linha da política geral da empresa e informar sobre os principais
acontecimentos, através de relatórios periódicos e outros meios apropriados.
Recomendar as modificações que se façam necessárias na política contábil da
empresa;
Cooperar com o tesoureiro para assegurar a existência de controles contábeis
e financeiro adequados.
4.2.1. Evolução das tarefas do CONTROLLER
As delegações de autoridade surgem em todos os setores da vida empresarial
e as atribuições de responsabilidades decorrem da expansão dos negócios, estágios
em que a centralização das responsabilidades em uma só pessoa ou em um grupo
reduzido de pessoas se torna impraticável. Como por exemplo, ao receber uma
herança ou quando no leito de morte delega ao filho todos os encargos, na
expectativa que a empresa continue sendo controlada pela família.
Em tempos remotos, as maiorias das empresas brasileiras não tinham
escrituração, e por não sentirem necessidades de apresentar os dados econômico-
financeiros agora exigidos pelo Governo. As empresas (comerciais ou industriais)
eram tão pequenas que os empresários não sentiam necessidade de ao fim de cada
ano saber mais do que o lucro aproximado. Com o advento das grandes empresas,
a situação mudou drasticamente.
39
No atual estágio de seu desenvolvimento, o Brasil se ressente da falta de
pessoas competente. Daí o aparecimento de nova classe de executivos financeiros,
a dos Controllers.
4.3. Perfil do CONTROLLER
Este novo campo abre as portas para um novo modelo de gestor, com um o
perfil que concentra no indivíduo características pessoais e de relacionamento
interpessoal, com habilidades comunicativas para expressar-se bem oralmente e por
escrito, inclusive em outros idiomas, competência gerencial, visão abrangente das
cadeias de produção e conhecimento do seu negócio, qualificações técnicas,
sintonia com as especificidades do setor, flexibilidade e polivalência.
Este profissional que para desempenhar de maneira competente as suas
funções deve ter profundos conhecimentos dos princípios contábeis e das
implicações fiscais que afetam o resultado empresarial e estar preparado para a
análise dos dados contábeis e estatísticos. Deve ser uma pessoa carismática com
livre aceso a todos os departamentos e as empresas precisam definir perfeitamente
as suas tarefas para que este possa executá-las de maneira coerente e perfeita, de
modo que possa desenvolver um trabalho consciente e tenha liberdade de agir.
O Controller deve ser ágil e deve estar preparado para identificar as fontes de
perigo, os problemas, coletar dados, analisar situações e propor soluções, manter
um banco de dados atualizado para interpretação e fornecimento de informações
necessárias à tomada de decisão. Deve ser ousado, com iniciativa, não deve
esperar que lhe solicitem informações, deve estar sempre um passo a frente,
prevendo as necessidades da alta administração.
Porém, é necessário que seja sem vícios, sem bloqueios e dispostos a
assimilar a cultura da empresa, trabalhando de forma que obtenha um bom
conhecimento do seu ramo de atividade para entender os problemas, vantagens e
desvantagens, bem como todas as características do empreendimento. Com este
conhecimento, deve estar sempre preparado para prever o aparecimento de
40
problemas em qualquer setor da empresa e estar pronto para providenciar as
informações para a solução desses.
Com todo esse conhecimento e as responsabilidades atribuídas ao seu cargo
o Controller através de sua iniciativa, utilização de suas técnicas gerenciais,
certamente executará sem dificuldades a sua função.
4.4. Qualidades do CONTROLLER
O sistema contábil e a metodologia financeira constituem as ferramentas
principais para a montagem de um método eficaz de controle. O conhecimento das
responsabilidades que lhe são confiadas e da autoridade que lhe é conferida
proporciona-lhe uma sólida base de trabalho. Se ás qualidades inerentes á função
estiver unida uma razoável dose de tato, de imaginação construtiva, de iniciativa, de
imparcialidade e sinceridade, e o controller não terá dificuldade para bem
desempenhar suas tarefas.
4.5. O Papel do CONTROLLER
Figueiredo e Caggiano (2004) apontam o Controller como o gestor
encarregado pelo departamento de Controladoria, tendo este o papel de zelar pela
continuidade da empresa, cumprindo-o através do gerenciamento de um eficiente
sistema de informação gerencial.
Para Figueiredo e Caggiano (2004), o Controller deve buscar a interação
entre as diferentes atividades da empresa, a fim de que juntas estas alcancem os
resultados esperados.
Salgado (2005), considerando as características das informações gerenciadas
pelo Controller, afirmam que este se torna o profissional mais requisitado pelos
gestores quando eles necessitam de orientações quanto à direção e ao controle das
atividades empresariais. Ainda, o Controller tem com responsabilidade manter os
41
gestores informados sobre os eventos passados, o desempenho atual e os possíveis
rumos da empresa.
Conforme Beuren e Moura (2000), o Controller contribuirá para o processo de
gestão empresarial exercendo suporte informacional ao planejamento, execução e
controle, por meio de um sistema de informações eficaz e sinérgico entre os
gestores, zelando pela maximização do resultado da empresa.
De acordo com os autores, as funções do Controller não se limitam apenas na
execução acertadas de demonstrações contábeis e sim as do que relatam dados
estáticos. Porém, devem através destes dados traçarem um prognóstico das
atividades operacionais, procurando direcionar as ações para os objetivos traçados.
42
CONCLUSÃO
Atualmente, a controladoria indica que o Controller desempenha sua função
controle de maneira especial, isto é, ao organizar, reportar dados relevantes e
exerce uma força ou influência que induz os gerentes a tomarem decisões lógicas e
consistentes com a missão e objetivos da empresa.
No entanto, respondendo a seguinte questão de pesquisa: Qual o papel do
controller e as sua funções dentro da controladoria? Foi possível concluir que o
principal papel do Controller é gera informações confiáveis e eficazes, supervisionar
os setores de contabilidade, finanças, administração, informática e recursos
humanos, tomando decisões que envolvem a todos e principalmente, atuando em
mudanças no mercado, tecnologias e em sistemas de gestão, gerenciando assim,
um papel fundamental dentro das organizações.
Pôde ser constatado que a informação é fundamental e o gerenciamento é
um fator indispensável para a sobrevivência das empresas modernas na dura
realidade competitiva imposta pela globalização. Com o crescimento e necessidade
de especialização os Controllers demonstram que cada vez mais existe um maior
número de empresas em plena expansão de conhecimento, com recursos humanos
altamente qualificados, que certamente são fatores decisivos neste mundo
competitivo, onde cada centavo economizado e a economizar é um lucro em
potencial.
Entende-se, que todas as atividades gerenciais e de controle são altamente
prioritárias e torna-se cada vez mais relevante o capital intelectual. A qualificação é
indispensável, bem como uma formação acadêmica continuada que assegure ao
profissional de Controladoria a capacitação suficiente para análise e tomada de
decisões o Controller é a coesão do gerente financeiro e do contador, que tem por
objetivo reduzir os custos operacionais e administrativos, maximizando lucros,
através de um adequado gerenciamento de caixa com projeção de recebimentos e
pagamentos, balanços com controle de custos, despesas, receitas, vendas e
faturamento e, também, a guarda das informações.
43
Por isso, o controller acaba tornando-se o responsável pelo projeto,
implantação e manutenção de um sistema integrado de informações, que
operacionaliza o conceito de que contabilidade, como principal instrumento para
demonstrar a quitação de responsabilidades que decorrem da empresa, a
planejarem, executarem e controlarem, adequadamente as atividades de uma
empresa, seja elas de suporte ou operacionais, utilizando com eficiência e eficácia
os recursos que lhes são colocados a sua disposição. O controller é o gestor desse
sistema, na qualidade de principal executivo de informações de uma empresa.
Entretanto, o Controller é a junção do gerente financeiro e do contador, que
tem por objetivo reduzir os custos operacionais e administrativos, maximizando
lucros, através de um adequado gerenciamento de caixa com projeção de
recebimentos e pagamentos, balanços com controle de custos, despesas, receitas,
vendas e faturamento e, também, a guarda das informações.
Por fim, conclui-se que as atitudes necessárias para um bom controller,
devem estar relacionadas ao seu comportamento social, o que envolve aspectos
éticos vindos da sua personalidade. Deve ser mediador das áreas departamentos e
pessoas, e por isso deve criar um espírito de cooperação; suas atividades devem
proceder de maneira não formal logo, seu desempenho é fortemente influenciado
pela sua capacidade de persuasão pessoal, além de ter que ser sempre um
facilitador, ter pró-atividade e saber exercer a liderança.
44
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
História da Contabilidade 10
1.1. Conceitos de contabilidade 13
1.2. O papel da contabilidade 14
1.3. A contabilidade como ferramenta de controle 16
CAPÍTULO II
História da Administração 17
2.1. Atividades e tarefas da Administração 19
CAPÍTULO III
História da Controladoria 22
3.1. Missão da Controladoria 23
3.2. O profissional da Controladoria 24
3.3. Funções da Controladoria 25
3.4. O papel da Controladoria 29
3.5. O objetivo da Controladoria 29
CAPÍTULO IV
O Controller 31
4.1. Funções básicas do Controller 34
4.1.1. Características da função Controller 36
4.2. Tarefas do Controller 37
4.2.1. Evolução das tarefas do Controller 38
4.3 Perfil do Controller 39
4.4 Qualidades do Controller 40
4.5 O Papel do Controller 40