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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AUTONOMIA E APRENDIZAGEM Diego Córdoba de Oliveira e Silva ORIENTADOR: Profª. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AUTONOMIA E APRENDIZAGEM

Diego Córdoba de Oliveira e Silva

ORIENTADOR:

Profª. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO P

ROTEGID

O PELA

LEID

E DIR

EITO A

UTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Tecnologia Educacional. Por: Diego Córdoba de Oliveira e Silva

A autonomia do sujeito quanto a sua aprendizagem, uma

abordagem teórica sobre o novo saber tecnológico e sua

relação com o ensino a distância.

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos e parentes, que me deram forças. A

minha orientadora Dra Mary Sue Pereira. E a

minha querida Luana Rodovalho, parceira na vida

e nos estudos.

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DEDICATÓRIA

Dedica-se a minha mãe Nilzete de Oliveira e

Silva, que com sua formatura como Assistente

Social no ano de 2016, me serve de exemplo para

sempre prosseguir.

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RESUMO

Existe hoje não somente diversas teorias de aprendizagem, mas

também novas modalidades de ensino. A educação a distância surge em meio

a uma transformação da sociedade como a conhecemos. Entendendo que a

educação aos poucos vai aderindo as inovações tecnológicas, temos nessa

modalidade de ensino uma proposta diferenciada e atualizada para que o

estudante tenha suas capacidades de pesquisa potencializadas.

Entendendo que o mecanismo atual de ensino disposto em todo

território nacional, é limitador e não estimulante, permeando assim nossas

salas de aula com um ensino baseado em transmissão unilateral de

informação. Surge então, juntamente com o avanço das tecnologias e

ampliação da oferta da educação a distância, uma nova necessidade. A

necessidade de aprender a aprender.

A educação a distância se apresenta como uma modalidade de

ensino regimentada, organizada e com muitas ferramentas que visam agregar

ao estudante, maiores chances de adquirir um novo saber. Com características

inovadoras, dialógicas e interacionistas, esta modalidade de ensino traz uma

nova atuação de docentes e discentes no âmbito educacional. Moldando

assim, o novo papel do estudante na sua formação.

Aprender a aprender é um grande desafio que deve ser encarado de

braços dados com os atores da educação, permeando todas as modalidades

de ensino. Mas fica evidente neste estudo, que os fundamentos da educação a

distância impulsionam esta características no estudante. Formando assim, um

sujeito capaz de realizar suas pesquisas e gerenciar os seus estudos, a fim de

gerar um sólido novo saber.

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METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica desenvolvida e documentada através de

Revisão de livros, artigos acadêmicos e documentos digitais. Como base inicial

para pesquisa, cito:

O funcionamento da mente: uma jornada para o mais incrível dos

universos, por Augusto Cury, Editora Cultrix, São Paulo, 2016.

Cibercultura, por Pierri Lévy, tradução por Carlos Irineu da Costa, Editora 34

Ltda, São Paulo – SP, 1999.

O que é educação a distância, por José Moran, Publicado pela primeira vez

com o título: Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD - Centro

de Educação a Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dezembro de

1994, páginas 1-3. Foi atualizado tanto o texto como a bibliografia em 2002.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Os processos de aprendizagem 10

CAPÍTULO II

Características do Ensino a distância 20

CAPÍTULO III

Parâmetros que potencializam a aprendizagem autônoma 29

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40

ÍNDICE 42

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INTRODUÇÃO

Cada vez mais, podemos observar os constantes anúncios a

respeito de cursos no modelo de ensino a distância nos diversos níveis

educacionais. O que a cerca de duas décadas atrás era disponibilizado por

rádio, TV ou correspondência, hoje conta com o advento tecnológico mais

impactante em nossa sociedade, a saber, a internet.

A partir de 1969, quando a chamada Arpanet surgiu nos Estados

Unidos com a função de interligar laboratórios de pesquisa, se dá início à uma

nova forma de acesso as informações. Essas conexões e interações sofreram

mudanças e avanços, que nos permitiram o surgimento da internet como ela é

hoje. Desde a década de 90 o Brasil se integra a essa tecnologia, que por sua

vez aos poucos, porém de forma gradativa e consistente se integra ao

cotidiano do povo e nas mais diversas áreas da vida humana, incluindo à

educação. Essa interação das tecnologias com a educação permitiu uma

mudança no acesso ao ensino e também na forma de ensinar. O ensino a

distância, que por sua vez já existia antes do surgimento da internet, também

foi impactado.

Com a melhor articulação da oferta do ensino a distância, cada vez

mais temos interessados em ingressar nesta forma de estudos. As

universidades abrem cada vez mais as suas portas, para os alunos que visão

ingressar no ensino superior, mas não possuem tempo ou condições de

deslocamentos para as unidades de ensino. Sendo assim, temos um público

cada vez maior de estudantes no ensino a distância no Brasil. No entanto, as

diferenças desta forma de aprendizagem não estão apenas nas questões de

localidade ou disponibilidade síncrona dos professores, estão também no

próprio corpo discente.

Os estudantes da modalidade de ensino a distância, tendem a

assumir um conjunto de características diferentes dos alunos do ensino

presencial. Isso é facilmente observável, devido à própria diferença entre as

modalidades de ensino.

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Dessa forma temos uma mudança na relação de ensino

aprendizagem, na exposição e oferta de conteúdo e na consciência do aluno a

cerca de suas responsabilidades com o seu aprendizado.

Uma frase muito comum no ensino a distância é: “o aluno é o

responsável pelo seu aprendizado”. Mas por quê? Quais características

permitem que o aluno seja autônomo?

Ao refletir sobre estes questionamentos, podemos ter uma dimensão

do real desafio do aluno como o sujeito responsável pela sua própria

aprendizagem. Podemos ainda ter noção da visão do estudante do ensino a

distância e também das características e responsabilidades da educação com

este mesmo estudante.

Visando responder essas perguntas, este estudo elaborado de forma

teórica, descrevendo os processos da aprendizagem, evidenciando as

características do ensino a distância e observando os parâmetros que

potencializam a aprendizagem autônoma, pretende identificar as características

da aprendizagem a distância, para determinar a identidade da aprendizagem

autônoma, compreendendo os princípios básicos que fundamentam essa

autonomia.

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CAPÍTULO I

OS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM

O corpo humano é uma das mais fabulosas máquinas dispostas no

planeta terra. De fato, não há mecanismo tão complexo quanto o nosso próprio

corpo. Em destaque temos a mente humana, que trabalha de forma ininterrupta

e é capaz de atingir resultados consideráveis, principalmente se entendermos

que todas as nossas decisões, pensamentos ou o que aprendemos, é de

responsabilidade da nossa mente. Se tratarmos do órgão responsável para a

existência da mente, temos ainda sobre sua responsabilidade todos os outros

órgãos do corpo, sinais, reações a estímulos físicos e conexões nervosas.

A grandeza da mente humana é realmente surpreendente. Mas de

fato, temos em nossos ambientes de aprendizagem, explorado esse potencial

de forma errada. Na verdade, colocamos a prova a nossa capacidade de

memorização através de uma enxurrada de informações desconexas. Assim,

formamos muitas salas de aula. Com o tradicional ensino, onde um fala e o

outro ouve.

“[...] o objetivo máximo da educação não é entulhar o cérebro

com milhões de informações, as quais não são organizadas,

assimiladas nem trabalhadas, tornando o aluno apenas um

receptor passivo. O objetivo máximo de todas as escolas do

mundo, quer no Ocidente quer no Oriente, é, ou deveria ser,

formar engenheiros de ideias, cidadãos que saibam transformar

informações em conhecimento, conhecimento em experiência e

experiência em sabedoria.” (O funcionamento da mente, por

AUGUSTO CURY, 2015, p.29)

1.1. Aprendizagem na Educação a distância

De acordo com AUUSTO CURY (2015) temos na mente humana

infinitas possibilidades de experimentar uma aprendizagem mais participativa e

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funcional. A leitura da memória humana, além de complexa, não deve ser

tratada como um único recurso que fundamenta a aprendizagem. Temos então

que ir mais fundo na investigação das variáveis envolvidas na construção do

conhecimento, e em especial do estudante da Educação a Distância.

Conhecer as potencialidades da educação não presencial, conhecer

as diversas possibilidades da mente humana, conhecer o exercício da docência

e conhecer em especial o estudante. Analisar as características de um público

alvo, é necessário para que se obtenha sucesso na oferta de um produto. No

caso da educação, não exatamente a informação, mas a capacidade de gerar

por si só um novo saber, é que é o produto a ser trabalhado.

“A educação mundial por desconhecer os mecanismos

de formação do EU e as formas do pensamento, vicia a mente das

crianças no mais pobre e restritivo deles, o pensamento dialético.

Ainda que ele seja importante para desenvolver o raciocínio

lógico, realizar provas e se comunicar, não dá conta das questões

psíquicas.” (O funcionamento da mente, por AUGUSTO CURY,

2015, p.193)

Aproveitar então a formação do próprio sujeito, seus conhecimentos

inatos, respeitar as suas individualidades e potenciar suas capacidades é um

processo a ser elaborado e devidamente utilizado em sala de aula. Mas com o

ensino que temos hoje em sala de aula por todo o território brasileiro,

formamos sujeitos capazes de ouvir. Ouvir muito é verdade, mas dificilmente

solidifica-se um conhecimento de forma prática. Afinal, apenas memorizamos

informações. Com a inserção da educação a distância como uma nova

modalidade de ensino e aprendizagem, apresenta-se uma nova necessidade.

Isso por quê não temos um professor verbalizando os seus conhecimentos em

sala de aula e implantando de forma mecânica na mente do estudante.

“Se a âncora da memória restringir muito o território da

leitura diante dos estímulos estressantes, a inteligência trava, ou

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seja, o EU fica paralisado em sua capacidade de pensar.” (O

funcionamento da mente, por AUGUSTO CURY, 2015, p.144)

O estudante que inicia na Educação a Distância precisa passar por uma

desconstrução de paradigma, para que haja aproveitamento do ensino. Isso

por termos algumas distâncias que não permitem um comportamento passivo e

ouvinte como no ensino presencial.

Adaptar-se a uma nova cultura não é fácil. Aprender um novo idioma não

é simples. O desconhecido assusta. Com toda certeza, essas frases não só

tem a ver com a mente humana, mas também com os alunos que pouco a

pouco estão migrando para o ensino a distância. De fato, é uma adaptação que

pra muitos, chega a ser dolorosa. Muitos alunos sentem a simples ausência do

professor a frente da sala ou ainda de ser um ouvinte e aprender assim o que

precisa. Mas vamos aos fatos, essa é realmente a única forma de aprender?

A questão é que aprendemos por necessidades. Quando se tem um

objetivo a nortear um estudo, alia-se, em resumo, um conteúdo teórico (o

simples conhecimento da existência de um determinado assunto), à um

conteúdo prático (até mesmo o exercer), e assim internalizamos e

acomodamos um novo saber. Essa se aplica desde aprender a cozinhar, a uma

nova profissão. Com a educação a distância, isso fica mais prático ainda, posto

que o mesmo tem esse processo, incluindo a prática, como base do seu

formato de ensino. Seja qual modelo de curso for opcionado, sempre une a

necessidade, a teoria e a prática.

“Assim, é necessário motivar os alunos para que se

tornem estudantes com elevada auto-estima, que lhes permita ser

autônomos, capazes de se dedicarem a uma tarefa pela

satisfação experimentada em lidar com a própria tarefa,

independente de recompensas externas. O ideal é experimentar a

satisfação do saber como a melhor recompensa.” (Entendendo um

pouco mais de aprendizagem: Motivação, Atenção e Memória,

por: Elisabeth Aizman Zynger, Leia Aizman, rista Edler Caralho,

Vera d’Orey, p. 89)

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1.2. Teorias de ensino aprendizagem na educação a distância

Existem inúmeras teorias de aprendizagens disponíveis para nortear estudos a

respeito de educação. A educação por si só, contém em sua essência a

mutável capacidade de adaptação ao tempo e ao meio em que vivemos. Com

isso, nascem as teorias de aprendizagem.

Listadas abaixo, pontuo 4 (quatro) teorias clássicas e suas possibilidades junto

ao ensino a distância. Suas bases formativas, possibilidades e

compatibilidades.

1.2.1. Humanismo

Esta teoria tem por base a individualidade do sujeito, seja ele, professor ou

aluno. Em uma busca do saber interior do aluno, o professor com suas

individualidades busca estimular e trazer a tona o sujeito oculto com todos os

seus saberes, gerando também uma relação onde o aluno possui liberdade

para pesquisar. Enquanto o educador desenvolve sua metodologia para facilitar

o ganho do conhecimento.

A linha humanista de ensino, apesar de ter suas interações, em muitos

momentos baseia-se em uma linha unidirecional de exposição de conteúdo. O

que pode ser muito positivo em salas de aulas presenciais, dentre todas as

teorias abordadas neste texto, apresenta-se como a de menor efetividade no

EaD. Ainda mais por quê o toque humano, não é a base desta modalidade de

estudos.

No processo ensino-aprendizagem o conceito da “distância” –

ou do seu inverso “proximidade” – pode ser mais útil, se

concebido em termos de suas variáveis psicológicas e

pedagógicas do que sob os fatores geográficos e tecnológicos

que dominam a maior parte das discussões (PETERS apud

KEEGAN, 1993).

Vale lembrar que existem diversos projetos e recursos que trabalham a

“humanização” da EaD.

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1.2.2. Construtivismo

Nesta teoria de ensino a construção do saber parte da interação do sujeito com

o mundo em que vive, sempre considerando os seus conhecimentos prévios.

Tratando assim o conhecimento como um processo que está sendo construído

ao longo de sua história de vida. Considerando sempre os processos de

assimilação e acomodação de conteúdo, gerando assim um novo saber.

O grande legado desta teoria é o termo: “Aprender a aprender”.

Focar o ensino em estímulos, onde a meta básica é tornar o aluno em um ser

capaz de aprender por si e sua busca de conhecimento, absorvendo assim o

mundo e o seu conteúdo, traz a linha construtivista, como uma boa opção de

teoria para o ensino a distância.

[...] Ao contrário do que pressupunha o modelo tradicional, a

teoria construtivista defende que o aluno não aprende por

memorização, nem por associação entre estímulo e resposta,

ou pela transmissão do conhecimento pelo professor e

assimilação pelo aluno. A partir dessa nova concepção, deve-

se considerar que nem sempre o que o professor ensina,

corresponde ao que o aluno aprende. (FUNDAMENTOS

TEÓRICO-PEDAGÓGICOS PARA EAD, p.5, Regina Lúcia

Sartorio Marinato de Resende)

Sendo assim o professor assume o papel de estimulador por busca de

conhecimento. Sempre considerando os valores já encontrados no aprendente.

1.2.3. Behaviorismo

Através de estímulos e respostas, a linha behaviorista, também

conhecida como comportamentalista, existe baseada em uma determinada

guia de reforços pelos quais o aluno ganha conhecimento. Cabendo ao

professor assegurar este ganho.

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Comparando com a Ead, temos os feedbacks ou devolutivas. Estes

métodos que são os utilizados por tutores e outros atores da educação a

distância, em muito se parecem com os estímulos citados nesta teoria.

Temos o e-learning como um exemplo prático de aproximação com a

prática comportamentalista, outra proximidade notada, é a forma avaliativa.

Neste, os métodos avaliativos são realizados ao longo do curso,

visando objetivos finais e intermediários.

1.2.4. Cognitivismo

O cognitivismo segue uma linha interacionista e de autonomia

intelectual. Esta, trabalha o desenvolver do conhecimento do sujeito, levando

em conta a sua situação social. A abordagem cognitivista tem como o realizar

da inteligência, o momento em que o aluno elabora e participa da construção

dos novos saberes.

Alguns autores nos levam à observar a linha evolutiva das relações de

teorias de ensino e aprendizagem. Deve ser levado em conta, que as mesmas

nasceram em um cunho presencial, mas esta com sua característica de estudo

autônomo e o foco sujeito como um todo, aproxima-se a realidade do EaD.

“As crianças não aprendem a pensar, as crianças pensam.

Quando pensam[...] desenvolvem mecanismos mais avançados

de pensamentos.” ( Furth e Wachs, 1979, pp.321-2)

Cabe ao professor propiciar possibilidades, estabelecer uma relação

bidirecional, em um modo cooperativo de estudos, investigando a busca por

conhecimento sem apresentar soluções diretamente. Gerando assim ao aluno,

a possibilidade de assumir um papel investigativo.

Para finalizar, deixo uma reflexão citada por Oreste Preti em conclusão do seu

textual:

“Não existe, portanto, uma abordagem “melhor” do que as

outras. São os “contextos” educacionais, políticos, econômicos

e culturais (sempre históricos), as condições objetivas e

subjetivas vivenciadas pelas equipes e instituições educativas

que produzem ou levam à escolha de determinada

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abordagem.” (BASES EPISTEMOLÓGICAS E TEORIAS EM

CONSTRUÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, p. 18, Oreste

Preti)

1.3. Docência a Distância

Com o surgimento da modalidade a distância de ensino, temos uma nova

categoria de docentes. Esses docentes não podem ser classificados com uma

subcategoria, na verdade, estes docentes de fato, são fruto da evolução da

educação. A educação, ao longo do tempo passou por diversas

transformações. Incluindo o surgimento da educação a distância. O surgimento

desta modalidade de ensino é anterior ao advento da internet ou mesmo do

computador, tornando assim o E-Learning uma versão contemporânea da

educação a distância.

Sendo assim temos na educação a distância, uma forma educacional

complexa, com suas regras, conceitos, história e valores próprios que buscam

sempre oportunizar ao estudante uma forma concreta de fundamentar seus

conhecimentos estimulando o seu novo saber. Sendo a EaD (Educação a

Distância), uma realidade do cenário atual no ensino brasileiro, podemos mais

uma vez concluir que o docente do ensino a distância não pertence a uma

subcategoria dentre os docentes do ensino tradicional.

Uma vez, entendido a importância do docente em EaD, na atual base de

ensino nacional, e ainda a importância deste profissional que surge em um

momentos de crescentes inovações, temos que refletir sobre o papel deste

profissional. Afinal, quais são as suas atribuições relevantes?

Antes de qualquer informação, é necessário saber que o docente por sí só

trabalha com a mediação do conhecimento, buscando ser um facilitador do

conhecimento. Em épocas de sites de buscas, e-mails, videologs e bancos de

artigos e afins, o conhecimento está cada vez mais na palma da mão dos

interessados. Se pensarmos pela óptica de quem estuda via internet, ficam

ainda mais evidente as facilidades de acesso as informações. É ai que entra a

figura do docente. Este profissional do ensino, que chamaremos de tutor, será

o responsável por nortear essa busca por conhecimento, mediando as relações

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homem x máquina e homem x informações. O tutor se torna então, nesse

momento um grande agente motor em meio a um momento onde há uma

metamorfose na forma de aprender.

“Este tipo de mediação abre espaço para que a produção do

conhecimento seja construída em coautoria; para que o processo

de mediação possa ser assumido por um aluno que tenha

condições para fazê-lo em uma situação específica. [...] Tais

lideranças, advindas em circunstâncias pontuais, uma vez

assumidas pelo mediador pedagógico como possibilidade

colaborativa para a formação crítico-reflexiva de educadores,

voltada ao desenvolvimento do pensamento autônomo,

constituinte da sua autoformação colegiada, pode se efetivar na

mediação partilhada: um processo em que o aluno assume a

mediação frente a temas de domínio e é acompanhado pelo

professor, que está na mediação de todo o processo.” (BRUNO e

PESCE, 2012, p. 696).

As benesses da ação mediata são de grande valia no processo de ensino

aprendizagem proposto na educação a distância. Com tudo isso, temos então a

exposta grandeza das ações do tutor nesta modalidade de ensino. No entanto,

a educação a distância possui um caráter descrito sobre o conceito da

polidocência.

Sem adentrar muito em explicações sobre esse conceito, polidocência

se caracteriza pela divisão multifacetada das atribuições dos docentes, na

promoção da aula na EaD. Com isso temos atividades distintas dos “atores” da

educação online. Surgem assim, além de alguns outros, o tutor a distância e o

tutor presencial.

Como o próprio nome diz, o tutor presencial exercerá as suas atividades

de tutoria de forma presente. Ou seja, de forma síncrona e no mesmo ambiente

que o estudante. Entendendo que este tutor tem algumas atribuições distintas

do tutor a distância, cito algumas das funções básicas definidas para os tutores

dos cursos do LANTE na UFF:

“· Apoiar o Coordenador de Disciplina (CD) e o Tutor a Distância

(TD) no desenvolvimento das atividades presenciais discentes;

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· Participar de fóruns quando solicitado;

· Fomentar a formação de grupos de estudos dando suporte

logístico/administrativo nos encontros presenciais desses grupos;

· Elaborar relatórios mensais de acompanhamento dos alunos e

encaminhar às coordenações de tutoria e de Polo;

· Acompanhar as atividades presenciais discentes, conforme o

cronograma do curso; [...]” (Trecho do GUIA DO TUTOR dos

Cursos de Pós-Graduação do Laboratório de Novas Tecnologias

de Ensino do Instituto de Matemática da Universidade Federal

Fluminense, Jul. 2013, p. 3)

Enquanto que o tutor a distância fica com sua função de atendimento direto ao

estudante. Com possibilidade assíncrona de devolutiva e indiferente a

regionalidade onde se encontram os seus estudantes. O papel de apoio direto

a promoção do saber, é diretamente ligada ao acompanhamento direto das

tarefas, fóruns, materiais e todo conteúdo promovido para o estudante e pelo

estudante na plataforma de ensino.

“· Conhecer o Projeto Pedagógico do Curso, sua organização,

estrutura e funcionamento, o material didático das disciplinas em

que atuar e o sistema de tutoria do LANTE;

· Conhecer a estrutura e o funcionamento do LANTE, do CEAD e

da UAB;

· Prestar serviços de tutoria aos alunos no Ambiente Virtual de

Aprendizagem sob responsabilidade do CD em que estiver

atuando;

· Propor, em consonância com o CD em que estiver atuando, as

atividades de avaliação da aprendizagem, bem como os critérios

de correção;

· Corrigir as avaliações dentro do prazo estipulado pela

Coordenação geral de Tutoria (CGT) e discutir os resultados com

a Coordenação da Disciplina; [...]” (Trecho do GUIA DO TUTOR

dos Cursos de Pós-Graduação do Laboratório de Novas

Tecnologias de Ensino do Instituto de Matemática da Universidade

Federal Fluminense, Jul. 2013, p. 2)

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Analisando as informações acima, podemos concluir que há uma subdivisão

das atribuições cotidianas do professor do ensino presencial, e ainda, a

inserção de atribuições exclusivas referentes ao ensino a distância. Atribuição

essas que se seguidas como uma cartilha pode ser a chave para o sucesso

das atividades do curso em questão. Mas acima de tudo, a chave para a

obtenção do novo saber do estudante, promovendo-a de forma a respeitar as

suas singularidades, potencializando o sujeito como o senhor do seu próprio

conhecimento.

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CAPÍTULO II

CARACTERÍSTICAS DO ENSINO A DISTÂNCIA

Os processos de ensino e aprendizagem são constantemente

impactados pelas evoluções tecnológicas. Hoje com a presença das TICs no

ensino, temos cada vez mais recursos para promover novos saberes. Aliando

tecnologia e aprendizagem, surge a educação a distância, que por sua vez

antecede o advento da internet, que por muitos é associado como ponto de

partida.

Segundo MORAN J. (2002) a educação a distância em sua mais clara

definição, apresenta-se como um processo de ensino aprendizagem,

assíncrono e independente de sala de aula, sendo este processo apoiado com

recursos tecnológicos. Por esta ótica é possível perceber que a educação a

distância não está vinculada exclusivamente com a internet e que possui

características mais significativas a serem explicitadas.

2.1. Definição de educação a distância

Muito se discuti sobre o que é de fato educação a distância. Igualmente

e de forma errônea, há muitas associações da educação a distância com o

advento da internet. É importante compreender que esta, na verdade, é uma

modalidade de ensino. Ou seja, uma forma de ensinar.

Paramentada historicamente pelas tecnologias, esta modalidade exibe

um poder de alcance importante para satisfazer necessidades sociais e ampliar

os horizontes de possibilidades, para aqueles que se encontram residentes

distantes dos grandes centros urbanos. Não só isso, também aumenta a oferta

de vagas, amplia o alcance das IES (instituição de ensino superior), e

democratiza o ensino por si só.

Educação a distância pode ser praticada online, ou seja, via internet.

Mas também via rádio, correspondência, TV ou qualquer meio de comunicação

disponível que permita conectar os educadores aos estudantes. Como

exemplo, cito o telecurso da Fundação Roberto Marinho, que desde 1978 é

oferecido a nossa população, como um meio de levar educação à um grande

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número de brasileiros via televisão. Somente em 1994 a internet passa a fazer

parte das vias de comunicação disponíveis para a educação a distância.

Temos ainda em 2005 a criação da UAB (universidade Aberta do Brasil),

pelo MEC (Ministério da Educação) objetivando a expansão da oferta de

educação de nível superior de qualidade, acessível a uma maior parcela da

população. Cito:

“O programa busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e

programas de educação superior, por meio da educação a

distância. [...] Outro objetivo do programa é reduzir as

desigualdades na oferta de ensino superior e desenvolver um

amplo sistema nacional de educação superior a distância.” (Texto:

Universidade Aberta do Brasil, categoria: Apresentação, Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/uab>)

Sendo assim, integrasse à esta modalidade de ensino o cunho social de

alcançar os interessados em prosseguir em sua formação, nas terras mais

distantes no território nacional. Colaborando para o processo de

democratização do ensino superior no Brasil.

Tendo a sua regulamentação estabelecida, pela Lei de Diretrizes e

Bases na Educação Nacional n°9.394, de 20 de dezembro de 1996, o sistema

de ensino brasileiro, ganha mais uma ferramenta à sua proposta de educação.

Tendo suas regras e características estipuladas e respeitadas. A exemplo,

temos a característica do ensino não presencial, que é citada ao MEC explicitar

por lei a necessidade presenças contabilizadas, permitindo a exceção dos

praticantes da educação a distância, no § 3º do artigo 47: “É obrigatória a

freqüência de alunos e professores, salvo nos programas de educação a

distância.” .

Dado a todas essas características, não podemos definir esta

modalidade de ensino que permite tantas possibilidades à educação de nosso

país, como “ensino via internet”. Vai muito além. A educação a distância, é um

meio de ensinar e aprender que não depende de localização geográfica e

sincronia na atuação dos seus participantes, mediado por tecnologias. Cito:

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“Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos

e professores estão separados, física ou temporalmente e, por

isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de

informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma

legislação específica e pode ser implantada na educação básica

(educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de

nível médio) e na educação superior.” (Texto: O que é educação a

distância, por: MEC, disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12823>)

2.2. História da evolução da educação a distância

Uma vez entendendo o que de fato é a educação a distância, torna-se

interessante entender de onde vem essa formação de processos que mesmo

em distância de seus participantes, possibilita o processo de aprendizagem.

Segundo a fé cristã, no século I as epístolas de São Paulo, eram

transladadas e disseminadas em território asiático, a fim de permear o seu

aprendizado. Mutável como os surgimentos tecnológicos a educação a

distância, ganha notória intensificação após a invenção da imprensa no século

XV, quando Guttemberb inventa o mecanismo da imprensa. No século XIX com

toda mudança na tecnologia, na vida profissional e social, surgem as primeiras

escolas por correspondência. Estas surgiram na França, Inglaterra e

Alemanha.

No século XX, surge o conceito de e-learning. Essa aprendizagem

eletrônica, teve seu início com os disquetes, após substituídos por cd e dvds.

As mídias eletrônicas foram parte de uma grande revolução na forma de

apresentar dados, no entanto, a grande evolução foi dada quando as

informações passaram a ser distribuídas na grande rede de computadores.

Uma vez que as informações estavam disponíveis na internet, foi uma questão

de tempo até a educação a distância, se tornar a EAD como a conhecemos

hoje.

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2.3. Base da legislação regulamentadora

A primeira coisa a se observar é que as normas e diretrizes

estabelecidas por decreto tem o mesmo objetivo que qualquer item regido e

regulamentado por lei. Essa regulamentação é o primeiro dos argumentos à

constatar que a educação a distância, não é uma educação de segunda

categoria.

Vencido este estigma, pode-se então, voltar os olhos ao que diz essas

normas e assim entende-las. Em uma tentativa de qualificar o processor de

ensino a distância, os legisladores fizeram ordenanças a nível nacional na lei

sancionada pelo Presidente da República em 20 de dezembro de 1996, por

meio da Lei Federal nº. 9.394. Mas vale lembrar que alguns estados (Acre,

Ceará, Espirito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Piauí, Paraná, Rio de

Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), gozam de legislação

específica, não somente as normas estabelecidas pelo MEC.

Neste estudo abordarei as principais partes das leis comuns aos

estados brasileiros, designadas tão somente pelo MEC. Esses norteadores

tendem a caracterizar e regulamentar essa categoria.

No que se trata a caracterizar, temos no artigo primeiro a seguinte a

regulamentação:

“Art. 1º (...) caracteriza-se a educação a distância como

modalidade educacional na qual a mediação didático-

pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre

com a utilização de meios e tecnologias de informação e

comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo

atividades educativas em lugares ou tempos diversos.”

Percebe-se então a tentativa de explicitar, que esta proposta de ensino

em seus moldes, conta como prática formal de ensino. Insere-se o conceito de

ensino assíncrono e distante (relação professor e aluno). Ainda explicitado

neste artigo, há a utilização de recursos tecnológicos e de comunicação.

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Quando nos referimos aos recursos de comunicação, nos referimos a

diversas possibilidades como rádio, televisão, telefone, correspondências e

outros meios possíveis. Agregando os valores tecnológicos temos também os

sites, fóruns, e-mails, arquivos para download e upload. E não distanciando de

qualquer possível inovação que venha favorecer o acesso a essa forma de

compartilhamento de conhecimento.

Uma vez devidamente caracterizada a EaD, podemos abertamente

compreender sua validade. Por sua vez, ao compreender sua validade e

estando de acordo é imprescindível que haja oferta e estudos voltados e

regulamentados para esta modalidade.

No artigo 80 desta referida lei, temos os seguintes incisos que atestam

a participação da força pública na formatação e regulamentação da existência

dos cursos de qualquer espécie vinculados ao ensino a distância.

“§1º − A educação a distância, organizada com abertura e

regime especiais, será oferecida por instituições

especificamente credenciadas pela União.

§2º − A União regulamentará os requisitos para a realização de

exames e registros de diplomas relativos a cursos de educação

a distância.

§3º − As normas para produção, controle e avaliação de

programas de educação a distância e a autorização para a sua

implantação, caberão aos órgãos normativos dos respectivos

sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração

entre os diferentes sistemas. (...)”

Nota-se que a União centraliza em seu poder a regulamentação básica

de abertura de cursos, registros de diplomas, realização de exames. Já a

autorização e supervisão de programas de educação a distância, caberão aos

respectivos órgãos normativos de acordo sistema de ensino. Em resumo, tem-

se disponível o mesmo nível de cobrança aos EaD que se tem com qualquer

curso, faculdade ou outra forma de ensino devidamente regularizada em solo

nacional, mais uma vez afastando a ideia de bagunça, desordem e até mesmo

descaso das autoridades. Com tudo isso, pode ser oferecido cursos com

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qualidades desde que normas básicas, como mão de obra qualificada, sejam

atendidas.

No artigo quinto fica registrado a respeito da validade dos diplomas.

Uma vez inspecionadas e autorizadas ao funcionamento, as instituições de

ensino poderão emitir diplomas, que terão por sua vez, validade em território

nacional.

“Art. 5º Os diplomas e certificados de cursos e programas a

distância, expedidos por instituições credenciadas e registrados

na forma da lei, terão validade nacional. (...)”

Vale observar também que muitos desses diplomas indeferem em seus

formatos, de diplomas oferecidos em cursos presenciais.

O cuidado com a educação a distância é muito grande. Para fins

universitários e acima, monta-se também um grupo de regras a fim de passar o

aluno a todas as provas necessárias a assim garantir uma aprendizagem

verdadeira e aceitável aos moldes da exigência no cenário universitário

nacional.

No decreto de lei Nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007, altera os

dispositivos dos Decretos nos 5.622, de 19 de dezembro de 2005 e 5.773, de 9

de maio de 2006, que regulamentam a avaliação de instituições de educação

superior a nível de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino,

norteando por exemplo a existência, oferta e execução das atividades

presenciais obrigatórias para os alunos enquadrados nesta categoria como se

lê no artigo 10 do alterado decreto 5.622 em seus incisos.

“§ 2o As atividades presenciais obrigatórias, compreendendo

avaliação, estágios, defesa de trabalhos ou prática em

laboratório, conforme o art. 1o, § 1o, serão realizados na sede

da instituição ou nos pólos de apoio presencial, devidamente

credenciados.

§ 3o A instituição poderá requerer a ampliação da abrangência

de atuação, por meio do aumento do número de pólos de apoio

presencial, na forma de aditamento ao ato de credenciamento.”

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Ao definir essas normas de condutas, percebe-se que a educação a

distância se projeta com todos os recursos para que a educação do aprendente

seja equiparada e/ou superior do que a de qualquer um que siga as linhas de

educação formal (presencial).

A questão desta regulamentação é permitir uma linha de educação,

consistente, regulamentada e aparada por todos os órgãos competentes

vinculados as redes de ensino.

Para iniciar minha conclusão, trago o artigo 7 que elucida bem o pensamento

de “na educação a distância não há bagunça”. Ao contrário, devidamente

regulamentada e alicerçada nos mesmos moldes de todas as formais formas

de ensino disponíveis.

“Art. 7º Compete ao Ministério da Educação, mediante

articulação entre seus órgãos, organizar, em regime de

colaboração, nos termos dos arts. 8º, 9º, 10º e 11º da Lei no

9.394, de 1996, a cooperação e integração entre os sistemas

de ensino, objetivando a padronização de normas e

procedimentos para, em atendimento ao disposto no art. 80

daquela Lei:

I - credenciamento e renovação de credenciamento de

instituições para oferta de educação a distância; e

II - autorização, renovação de autorização,

reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos ou

programas a distância.

Parágrafo único. Os atos do Poder Público, citados nos

incisos I e II, deverão ser pautados pelos Referenciais de

Qualidade para a Educação a Distância, definidos pelo

Ministério da Educação, em colaboração com os sistemas de

ensino.”

Não há dúvida que ao citar o Ministério da Educação, estamos garantindo e

legitimando toda a existência do ensino a distância.

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É inegável o crescimento atual à procura pelos cursos em EaD. Esse

crescimento se reflete em números bem vistos, porém por muitos considerados

a quem do que se gostaria ao se comparar com todo potencial dessa

modalidade. Mas ainda temos diversos impasses a serem superados, tais

como: problemas de infraestrutura, ausência de sinal de telefonia móvel em

diversas regiões, a deficitária distribuição de renda que torna irrisório a

quantidade de municípios informatizados no Brasil.

O fato verdadeiramente positivo a observar é que essa lei nos leva a frente,

trazendo credibilidade à educação a distância.

2.4 Características da Educação a Distância

Ainda sobe o olhar de MORAN J. (2002), temos pontualidades da

modalidade de educação a distância a serem observadas. Em paralelo com

uma crescente evolução das TICs, chegamos a um momento de redefinição

dos termos e meios que caracterizam a EAD.

Uma das características mais marcantes desta modalidade de ensino é

a questão da localização geográfica. Conhecidamente, o ensino presencial,

precisa de um espaço físico onde os estudantes irão interagir com o corpo

docente a fim de fomentar um novo saber. Na educação a distância, essa

barreira é rompida. Seja via correspondência ou utilizando os atuais meios de

comunicação como a internet, um estudante do interior de Goiás pode ter

acesso as Universidades do Rio de Janeiro e de outros centros brasileiros de

ensino. Cito:

“A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais,

mas acontece fundamentalmente com professores e alunos

separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo

estar juntos através de tecnologias de comunicação.” (texto: O que

é educação a distância, por MORAN j., 2002, PG. 1)

Algumas pessoas fazem confusão com o termo assíncrono, quando

referido a forma de interação entre corpo docente e discente na educação a

distância. É muito comum encontrar pessoas que entendem que não há

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contato em tempo real nesta modalidade de ensino. No entanto, mesmo que

rompida a barreira geográfica, é sim possível a interação síncrona mediada por

vias tecnológicas. Com os avanços destas mesmas tecnologias, hoje dispomos

de chats, fóruns, vídeo conferências e diversas ferramentas que permitem essa

sincronia na troca de informações.

“A Internet está caminhando para ser audiovisual, para

transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias

streaming, que permitem ver o professor numa tela,

acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou

comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais

profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite

navegar, fazer pesquisas...). [...]” (texto: O que é educação a

distância, por MORAN j., 2002, PG. 3)

Sendo assim, temos então o estudo assíncrono e síncrono, como meios

de elaboração de um novo saber na educação a distância.

Outra questão relevante da educação a distância, é formação da equipe

multidisciplinar, redefinindo o papel do professor e inserindo novos “atores” da

educação. Com isso, surge a figura do tutor a distância, tutor presencial e

outros especialistas, como coordenadores de polo, designer instrucional,

professor conteudista e outros.

Em educação a distância, há um liberdade na composição do seu

modelo de gestão e implementação. Sendo assim, também haverá uma

variedade na forma de utilização dos recursos humanos para a composição

deste quadro.

O tutor é o profissional de educação desta modalidade, que serve como

base para a mediação entre o estudante, o conteúdo proposto e o professor

conteudista. Com isso, o tutor é uma peça chave para a existência desta

modalidade de ensino. Cito:

“O tutor deve ser compreendido como um dos sujeitos que

participa ativamente da prática pedagógica. Suas atividades

desenvolvidas a distância e/ou presencialmente devem contribuir

para o desenvolvimento dos processos de ensino e de

aprendizagem e para o acompanhamento e avaliação do projeto

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pedagógico.” (Texto: Referências de qualidade para educação

superior a distância, por: MEC, pg. 21, Brasília, Ago/2007)

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CAPÍTULO III

PARAMETROS QUE POTENCIALIZAM A

APRENDIZAGEM AUTÔNOMA

Entender um aluno de ensino a distância, significa entender um novo

processo de cultura de aprendizagem e todas as propostas de ensino que

orbitam em torno deste tema. A compreensão do aprendente online e todos

seus paradigmas, passa pelo importante entendimento de como funciona o

ensino não presencial e/ou assíncrono e suas singularidades.

A Tecnologia contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento

da Educação a Distância, pois as barreiras até então

apontadas que dificultavam os processos de aprendizagem

foram vencidos. As características essenciais da Educação a

Distância é a flexibilidade do espaço e do tempo, abertura dos

sistemas e a maior autonomia do aluno. (Texto: O aluno como

sujeito da sua própria aprendizagem, Autor: Antônio Carlos

Ribeiro da Silva, Abril/2004.)

3.1. O estudante da educação a distância

O ensino a distância tem como características básicas a disponibilidade

do conteúdo, o incentivo a aprendizagem autônoma, a participação dos alunos

em debates disponíveis em fóruns e outras ferramentas, a riqueza de material

disponível, modelos de design pedagógicos distintos de curso para curso, os

atores do ensino e os diversos métodos avaliativos. Cito isso, para

entendermos que existem várias novas possibilidades que o aluno terá de se

adaptar.

O já engessado ensino tradicional presencial, sempre muito

questionado, beira formatos medievais de exposição de conteúdo. No entanto,

está fórmula já está arraigada em nossa sociedade. E é alimentada por

diversos profissionais que em muitos momentos, se sentem satisfeitos com

essa relação de poder existente em sala de aula.

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A sala de aula presencial existe em uma cultura onde o detentor do

saber ilumina seus alunos com o seu precioso conhecimento. Essa única

verdade a ser assimilada, também é devidamente cobrada em métodos

avaliativos. Mas a grande verdade é que o próprio aluno também está

adaptado a essa situação. Em uma relação de dependência é constituído o

processo de ensino e aprendizagem que conhecemos hoje.

Sendo assim o aluno que pretende se inserir nesta nova forma de

aprender, precisa de uma mudança de paradigmas e deve ser uma pessoa

organizada para controlar sua rotina flexível de estudos; deve ser autônomo

para aproveitar de todos os recursos de materiais disponível para o seu ganho

de conhecimento; deve ter uma capacidade mínima como um pesquisador,

para aumentar ainda mais o seus recursos mentais já que se dispõem de tanto

material; deve ser participativo, posto que a troca de conteúdo entre os alunos

e ainda os tutores é o alicerce para a composição de um ambiente virtual de

aprendizagem.

“A Aprendizagem Autônoma está fundamentada nos princípios

da Epistemologia Genética, teoria que explica a construção do

conhecimento nos seres humanos.” (Texto: O aluno como

sujeito da sua própria aprendizagem, Autor: Antônio Carlos

Ribeiro da Silva, Abril/2004.)

Com isso, como citado no início deste texto, temos então uma nova

cultura. Onde o aluno é o grande responsável pelo seu ganho de

conhecimento. É um ser ativo no processo de ensino e aprendizagem, não

mais um ouvinte passivo e acumulador de conteúdo.

3.2. O impacto das inovações na sociedade digital

Há ainda o entendimento a ser discutido, a respeito do impacto

provocado por essas transformações que vem ocorrendo de forma exponencial

na nossa sociedade, graças as evoluções tecnológicas. O pós-doutor em

sociologia Hugo Assmann já na introdução de seu trabalho sobre “A

metamorfose do aprender na sociedade da informação”, fala que “A espécie

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humana alcançou hoje uma fase evolutiva inédita na qual os aspectos cognitivo

e relacional da convivialidade humana se metamorfoseiam com rapidez nunca

antes experimentada. Isso se deve em parte à função mediadora, quase

onipresente, dessas novas tecnologias.”. Sendo assim, mais do que inclusão

digital, deve-se ter em mente que um sujeito que não se caracteriza como um

alfabetizado digital, não acompanhará esta sociedade.

Brynjolfsson E. e McAfee A., em uma dialógica paralela, afirmam que de

fato as tecnologias estão em um ponto de evolução que a sociedade não está

necessariamente pronta para acompanhar.

“E não são apenas os trabalhadores. O progresso tecnológico –

em especial, as melhorias em hardware, software e redes – tem

sido tão rápido e tão surpreendente que muitas organizações,

instituições e visões atuais não estão acompanhando. [...]” (Texto:

Novas tecnologias versus empregabilidade, p. 17, Por Erik

Brynjolfsson e Andrew McAfee, Editora: M.Books do Brasil, 2014)

Em acordo com a óptica dos autores, fazendo entendimento destas

discussões, qual seria a ponto “sine qua non” para uma mudança efetiva deste

problema sociológico? Como tornar a população em mediadores da

informação? Certamente o caminho passará pela educação.

Todas as grandes transformações do mundo tiveram os seus impactos

na educação, ou sofreram de alguma forma os impactos causados por uma

mudança na educação.

Desde a reforma Luterana na Alemanha no século XVI até o advento do

e-learning, a informação propagada a pretexto de iluminar o ser em questão

continuam sendo o ponto de mudança sociocultural, que possibilita a evolução

cognitiva de um povo e sua cultura.

Em conformidade aos argumentos dos autores Henrique Garcia S.,

Liliane Leroux, Leonardo Lima S., Felype Lopes B. e Rodrigo Mesquita da S.,

temos um local em comum em todo o redor do globo terrestre, destinado a

repasse de informação e construção de novos saberes. Isso claro, levando em

conta que sempre será respeitada as necessidades sociológicas de acordo

com a regionalidade em questão. Cito:

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“O tradicional espaço de aprendizagem denominado escola tem,

desde o seu surgimento, um conjunto de características e

modulações que fazem com que possamos identificá-lo até

mesmo de olhos fechados. Não se trata somente das carteiras

enfileiradas, do quadro (seja branco ou negro) ou da mesa do

professor mais alta e maior que as demais mesas do ambiente;

esse conjunto compõe uma maneira de aprender e (re)produzir

hábitos, rituais e conteúdos que persistem, há décadas, no mundo

inteiro.” (Inovação tecnológica na área de Educação em contexto

de disseminação tecnológica – a experiência da Pós-Graduação

em Educação, Cultura e Comunicação nas Periferias Urbanas –

FEBF/Uerj, P.17, Por: Henrique Garcia S., Liliane Leroux,

Leonardo Lima S., Felype Lopes B. e Rodrigo Mesquita da S.,

07/2013)

Uma nova reflexão vem à tona, se a transformação social tem maior

efetividade quando atuante através da educação e temos um local destinado

ao ensino, por que não associar isso a preparação de uma sociedade (desde

sua base formadora), quanto aos meios tecnológicos e suas evoluções?

No entanto, algumas barreiras se apresentam como a resistência de

professores as inserções tecnológicas, o distanciamento de uso tecnológico

das gerações existente dentro de uma escola, a disponibilidade de recursos

efetivos quanto ao seu próprio uso.

“No entanto, sabemos que há também, hoje, em todas as escolas,

a forma herética , para usar a expressão de Blikstein e Zuffo

(2009), de uso das tecnologias: a dos alunos com seus celulares,

trocando mensagens, gravando as aulas, colocando no Youtube,

etc.” (Inovação tecnológica na área de Educação em contexto de

disseminação tecnológica – a experiência da Pós-Graduação em

Educação, Cultura e Comunicação nas Periferias Urbanas –

FEBF/Uerj, P.18, Por: Henrique Garcia S., Liliane Leroux,

Leonardo Lima S., Felype Lopes B. e Rodrigo Mesquita da S.,

07/2013)

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Analisando a pesquisa apresentada neste texto, concordamos que surge

então um sujeito a ser preparado para todo esse novo processo. A indução da

formação tecnológica aos professores seria o primeiro passo para a mudança

da cultura escolar. Sequencialmente, mudando também através do seu

alcance, a sociedade que desde o início está em pauta. Sendo assim,

precisamos trabalhar uma reformulação da formação de professores e ainda

segundo Brynjolfsson E. e McAfee A., “[...] a educação e as habilidades

exigidas para tirarmos o máximo da tecnologia.” (p. 75).

Neste pensamento teríamos o professor preparado e engajado na

produção de materiais, para a disseminação do uso tecnológico e da nova

forma de aprender. Está poderia ser uma forma de atingir desde a formação de

base ao ensino universitário. Lembrando rapidamente, que temos hoje nas

universidades a educação a distância como uma sonora e crescente realidade.

É permissivo o pensamento de que cada vez mais cedo o cidadão tem de ser

preparado para a utilização destes recursos e métodos. Tendo isso em vista,

agregasse ainda mais importância ao papel do professor na formação social e

da sua própria formação.

“Por esses motivos, inseparáveis da inovação tecnológica

introduzida pela pesquisa Modelos de Educação e de

Comunicação para as Salas de Aula do Futuro em espaços

educacionais, está a formação de professores – dos profissionais

que estão se formando nos cursos de licenciatura –, para que

possam ser habilitados para a criação de conteúdos e programas

(software) e também para customizarem o aparato que utilizam –

o hardware. O professor passa a ser, na concepção da pesquisa,

construtor e produtor de software e hardware. Ele deve ser

formado para que seja capaz de atualizar a plataforma que utiliza

em suas aulas de acordo com suas próprias demandas.”

(Inovação tecnológica na área de Educação em contexto de

disseminação tecnológica – a experiência da Pós-Graduação em

Educação, Cultura e Comunicação nas Periferias Urbanas –

FEBF/Uerj, P.19, Por: Henrique Garcia S., Liliane Leroux,

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Leonardo Lima S., Felype Lopes B. e Rodrigo Mesquita da S.,

07/2013)

3.3. Avaliação na educação a distância

Em um movimento continuo, caminhamos aos poucos para uma só educação.

As ideias que giram em torno das formas construtivistas de ensino, objetivando

sempre o ganho de conhecimento do estudante, transpassam as questões de

ensino presencial x ensino a distância.

Um conceito que vem surgindo com muita força no cenário brasileiro é o de

ensino hibrido. Algumas recomendações sugerem, por exemplo, que aulas de

cursos presenciais podem conter até 20 % (vinte por cento), de aulas a

distância. Com isso, temos a inserção da realidade do ensino a distância

mesclando-se de forma agregadora e complementar ao ensino presencial.

“O blended learning, ou ensino híbrido na tradução para o

português, é um deles. A ideia por trás do termo é combinar o

aprendizado online com o offline, criando modelos que

mesclem momentos em que o aluno estuda sozinho, em um

ambiente virtual, com outros em que a aprendizagem é

presencial, na qual há interação entre pares e entre estudante

e professor. [...]” (Trecho, Disponível em: <

http://www.desafiosdaeducacao.com.br/cinco-dicas-para-

abracar-conceito-de-ensino-hibrido-na-sala-de-aula >)

Mas tudo isso precisa ser muito bem pensado, planejado, e gerido. Se não for

bem traçado, essa linha de contribuição pode ser tornar desagregadora.

De acordo com o Ministério de Educação e Cultura do Governo Federal, temos

em disponibilidade as referências de qualidade para nortear o planejamento,

gestão e implementação em cursos a distância. Objetivando manter um alto

nível de qualidade nesta modalidade de ensino, o MEC, traz pontuações

norteadoras a serem copiadas por gestores de ensino presencial. Muitos

pedagogos e filósofos educacionais acreditam que no Brasil e em boa parte do

mundo, quando se trata de avaliar o aluno, estamos apenas medindo-o em sala

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de aula. Uma única prova ou teste para dizer se ele é "capaz de" ou não. Como

fica todo desempenho ao longo do curso? Como ficam todas as contribuições

feitas pelo estudante ao longo do semestre? Essa prova tem mesmo a

capacidade de invalidar todo o esforço do estudante?

Foi pensando nisso, que essas normas foram elaboradas, visando avaliar o

aluno de forma continua e formativa. Com um caráter agregador e não punitivo,

buscando gerar conhecimento e não meramente cobra-lo.

“ [...] o modelo de avaliação da aprendizagem deve ajudar o

estudante a desenvolver graus mais complexos de

competências cognitivas, habilidades e atitudes, possibilitando-

lhe alcançar os objetivos propostos. Para tanto, esta avaliação

deve comportar um processo contínuo, para verificar

constantemente o progresso dos estudantes e estimulá-los a

serem ativos na construção do conhecimento. [...]” (Referencias

de qualidade para educação superior a distância., p. 16)

As intenções de avaliações com o caráter formativo, ficam bem evidentes no

texto supracitado. A ideia de avaliar o aluno progressivamente de forma à

subsidiar o progresso do conhecimento do mesmo, identificando e retirando

suas dúvidas, são de fato a opção que temos a nos nortear em qualquer forma

de ensino. Vale a informação, que esta é uma referência proposta dentro dos

princípios de qualidade do ensino a distância. No entanto, como dar-se-á?

“As avaliações da aprendizagem do estudante devem ser

compostas de avaliações a distância e avaliações presenciais,

sendo estas últimas cercadas das precauções de segurança e

controle de freqüência, zelando pela confiabilidade e

credibilidade dos resultados. Neste ponto, é importante

destacar o disposto no Decreto 5.622, de 19/12/2005, que

estabelece obrigatoriedade e prevalência das avaliações

presenciais sobre outras formas de avaliação.” (Referencias de

qualidade para educação superior a distância., p. 17)

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O interessante deste parágrafo sobre o processo avaliativo, é a questão da

confiabilidade da verificação do autor dos documentos avaliados. O objetivo é

atestar que o autor da prova, teste ou qualquer forma avaliativa proposta assim

como monografias e afins, que seja o verdadeiro. A ideia então é garantir que

“ele é ele mesmo”.

Tendo em vista que estas avaliações, devem considerar todo o esforço

acadêmico do estudante, permite então uma analise mais profunda de seu

desempenho. Permite também, uma orientação do aprendizado antes que

surjam erros demais ao ponto de que uma inevitável reprovação, seja o destino

deste estudante. Participação em fóruns, realização de tarefas, textos

apresentados são algumas das diversas formas de interação que podem e

devem ser avaliadas no processo de ensino e aprendizagem no ensino a

distância.

Um outro ponto interessante é que no ensino a distância, temos também a

avaliação institucional. Esta visa o crescimento da capacidade de ensinar da

instituição. Objetivando uma devolutiva sobre a estrutura do curso, processos

de ensino, sistema de tutoria, parte administrativas do curso e todas as partes

necessárias para que haja ensino a distância, gera-se um canal onde o aluno

deve ser ouvido. Essas informações devem ser analisadas e trabalhadas, para

que haja sempre um progresso na qualidade do curso oferecido pela

instituição.

“Esta avaliação deve configurar-se em um processo

permanente e conseqüente, de forma a subsidiar o

aperfeiçoamento dos sistemas de gestão e pedagógico,

produzindo efetivamente correções na direção da melhoria de

qualidade do processo pedagógico coerentemente com o

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

(SINAES).” (Referencias de qualidade para educação superior

a distância, p. 17)

Não obstante da tentativa de objetivar a qualidade, temos as referências que

norteiam a respeito do material didático. É muito comum ouvir falar que

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material didático, avaliações e tutoria, formam a tríade mais importante a se

observar na composição de um curso a distância.

Neste caso, temos um grande benefício a ser considerado. O material didático

dispõe de diversas possibilidades, a fim de gerar conhecimento, pesquisa e

ampliar a capacidade de pesquisa do estudante.

As diversas formas de mídias disponíveis hoje permitem que o aluno continue

pesquisando e agregando conteúdo ao seu próprio eu e de seus colegas

estudantes, quando há interações com os mesmos. Materiais impressos não

são mais os únicos a serem considerados. Além dos PPS, já usados com

frequência em sala de aula, temos vídeos, áudios, músicas, poadcasts, que se

apresentam como possibilidade, neste mundo diverso de novas mídias.

“O Material Didático, tanto do ponto de vista da abordagem do

conteúdo,quanto da forma, deve estar concebido de acordo

com os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos

explicitados no projeto pedagógico, de modo a facilitar a

construção do conhecimento e mediar a interlocução entre

estudante e professor [..]“ (Referencias de qualidade para

educação superior a distância , p13)

E ainda:

“Além disso, é recomendável que as instituições elaborem seus

materiais para uso a distância, buscando integrar as diferentes

mídias, explorando a convergência e integração entre materiais

impressos, radiofônicos, televisivos, de informática, de

videoconferências e teleconferências, dentre outros, sempre na

perspectiva da construção do conhecimento e favorecendo a

interação entre os múltiplos atores.” (Referencias de qualidade

para educação superior a distância , p13)

Com isso, o MEC o nosso órgão regulamentador, define bem o que pretende

com o termo qualidade. Norteando e acima de tudo elevando os padrões de

ensino. Acredita-se que a tendência é que cada vez mais o ensino a distância

interaja e influencie outras formas de ensino.

Aos poucos observamos, que o próprio ensino a distância, torna-se referência.

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Quanto a matéria de FEAD, temos visivelmente a aplicação destes dois

conceitos abordados. As tarefas propostas semanalmente, sempre apoiadas no

material didático disponibilizado via plataforma. Valendo lembrar que o material

conta com os impressos, disponíveis para download e vídeos com seus links.

Todos eles sendo citados em debates nos fóruns semanais. A existência das

devolutivas, email de suporte que funciona, materiais de instrução disponíveis

na plataforma e enviados via email. Fora a avaliação continua, acompanhada

de perto pela tutora. Todas estas, formalizam o cumprimento das referências

dispostas. Em minha opinião, com excelência.

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CONCLUSÃO

O estudante passa atualmente por uma metamorfose. Metamorfose

essa que acompanha as mudanças que estão sendo impostas a nossa

sociedade, que aos poucos se torna em definitivo, a sociedade da informação.

Seja no acesso as informações ou na forma do acesso as instituições de

ensino, está tudo diferente. Com isso o ensino tradicional, não se apresenta

como eficaz.

Uma constante renovação de recursos técnicos se apresenta no

cotidiano de toda a população hoje. Com o surgimento das novas tecnologias e

com a educação abraçando esses novos recursos, o estudante é convocado à

aprender a aprender. De fato, se tratando de Educação a distância, a

autonomia de estudo e aprendizagem é algo essencial para o pretendente à

ingressar nesta modalidade de ensino, assim como organização pessoal,

concentração e objetivos bem estipulados.

A educação a distância, também passou por importantes evoluções.

Originalmente sendo trabalhada por correspondência, pouco a pouco se

permeou com as novas mídias de comunicação. Esse fenômeno por sua vez,

permitiu que a educação a distância se tornasse um braço forte para a

integralidade da disponibilização do ensino para todos em nosso país. Tendo

como maior limitação, as dificuldades técnicas que o Brasil ainda apresenta na

disponibilização do acesso a internet.

A mudança do paradigma educacional é iminente. Aos poucos, não

mais veremos espaço para o aluno ouvinte e passivo, memorizando as

informações despejadas pelo iluminado detentor do saber. Com a

disponibilização das informações na rede mundial de computadores,

dispositivos móveis e a velocidade que acontecem as transformações

tecnológicas, o estudante abraça novas características, neste novo

ecossistema em que vive. Surge então, um sujeito investigativo, capaz de filtra

informação, motivado a aprender e senhor da sua própria aprendizagem.

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Concluo neste estudo que a educação a distância não só favorece

ao estudante ser um sujeito autônomo, como também exige tal comportamento,

para que o conhecimento seja solidificado e ainda para que este mesmo

estudante esteja adaptado a um mundo em que a informação está na palma de

sua mão.

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BIBLIOGRAFIA

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BRUNO, Adriana Rocha; PESCE, Lucila, Mediação partilhada, dialogia digital e letramentos: contribuições para a docência na contemporaneidade, set/dez. 2012, atos de pesquisa em educação - PPGE/ME FURB. Cinco dicas para abraçar o conceito de ensino híbrido na sala de aula, Disponível em

<http://www.desafiosdaeducacao.com.br/cinco-dicas-para-abracar-conceito-de-ensino-

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HENRIQUE GARCIA S.; LILIANE LEROUX, LEONARDO LIMA S.; FELYPE LOPES

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HUGO ASSMANN, A metamorfose do aprender na sociedade da informação, Artigo,

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Foi atualizado tanto o texto como a bibliografia em 2002.

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Referencias de qualidade para educação superior a

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Universidade Aberta do Brasil (UAB), categoria:

Apresentação, Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/uab>

PETERS, Otto. A educação a distância em transição. Tendências e desafios. Trad.

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PIERRI LÉVY, Cibercultura, tradução por Carlos Irineu da Costa, Editora 34 Ltda, São

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Disponível em: <http://educacao.globo.com/telecurso/noticia/2014/11/historico.html>

Trecho do GUIA DO TUTOR dos Cursos de Pós-Graduação do Laboratório de Novas

Tecnologias de Ensino do Instituto de Matemática da Universidade Federal

Fluminense, Jul. 2013, Baseado em: ESQUINCALHA. A. Guia do Tutor dos Cursos de

Pós-Graduação. Mar. 2010. Localizado em

<http://www.lanteuff.org/moodle/course/view.php?id=347>. Acesso em 25 jul. 2016.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

OS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM 10

1.1. Aprendizagem na educação a distância 10

1.2. Teorias de ensino aprendizagem na educação a distância 13

1.2.1. Humanismo 13 1.2.2. Construtivismo 14 1.2.3. Behavorismo 14 1.2.4. Cognitivismo 15 1.3. Docência a Distância 16

CAPÍTULO II

CARACTERÍSTICAS DO ENSINO A DISTÂNCIA 20

2.1. Definição de educação a distância 20

2.2. História da evolução da educação a distância 22

2.3. Base da legislação regulamentadora 23

2.4. Características da educação a distância 27

CAPÍTULO III

PARÂMETROS QUE POTENCIALIZAM A APRENDIZAGEM 30

3.1. O estudante da educação a distância 30

3.2. O impacto das inovações na sociedade digital 31

3.2. Avaliação na educação a distância 35

CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA 40 ÍNDICE 42