dons e talentos
DESCRIPTION
Onde estão aplicados seu dons e talentos?TRANSCRIPT
e
DONS
TALENTOS
"Qual a diferença entre um talento e um dom espiritual?"
Há semelhanças e diferenças entre talentos e dons
espirituais.
1. Os dois são dádivas divinas.
2. Os dois crescem em efetividade com o uso.
3. Os dois são para ser usados a favor de outras pessoas, não
para propósitos egoístas. 1 Coríntios 12:7
"Qual a diferença entre um talento e um dom espiritual?"
Como os dois maiores mandamentos são para amar a Deus e a
outras pessoas, dá a entender que talentos devem ser usados
para esse propósito.
Mas talentos e dons espirituais diferem em para quem são
dados e quando.
Uma pessoa (independente de sua crença em Deus e Cristo)
recebe talento natural como resultado de uma combinação da
genética (alguns têm a habilidade natural para música, arte ou
matemática) e
ambiente (crescendo em uma família musical vai ajudar o
desenvolvimento do talento em música), ou
simplesmente porque Deus quis favorecer certas pessoas com
certos talentos (por exemplo, Bezalel em Êxodo 31:1-6).
Dons espirituais são dados a Cristãos pelo Espírito Santo
(Romanos 12:3,6) no mesmo tempo que eles colocam sua
fé em Cristo para perdão de seus pecados.
Naquele momento, o Espírito Santo dá ao novo crente o(s)
dom(ns) espirituais que Ele deseja que aquele crente tenha
(1 Coríntios 12:11).
Quantos Dons existem?
1 Coríntios, são pelo menos 13 dons.
Depois há uma lista de sete dons em Romanos 12 (dos quais
cinco não ocorrem em nenhuma lista de 1 Coríntios 12) e
outra lista, de cinco dons, em Efésios 4 (dos quais dois são
novos),
além de outros dois dons citados em 1 Pedro 4, um dos quais ("se
alguém fala") anda não recebera menção específica antes. Ao
compararmos as listas, nem sempre está claro quais dons são
idênticos, mas é quase certo que, no conjunto, o Novo Testamento
faça referência a vinte ou mais dons diferentes.
Além disto, não temos motivos para crer que estas cinco
listas somadas formam uma lista completa de todos os dons
espirituais.
Já mencionamos que nas duas listas que aparecem no mesmo
capítulo (1Cor. 12) somente cinco dons são repetidos, de
maneira que cada uma tem quatro dons novos, além dos dois
inéditos em Efésios, que não estão em nenhuma das duas
listas de 1 Coríntios.
Nenhum dom aparece em todas as cinco listas, e treze dons
estão em apenas uma das cinco listas cada um.
A menção dos dons parece obedecer somente ao acaso, como
que para enfatizar que cada lista é uma seleção limitada de
um total muito maior.
Acrescente-se ainda que é verdade que sabemos, pela história
e pela experiência, de dons que o Espírito Santo concedeu a
algumas pessoas, que não constam de nenhuma lista bíblica.
Será que a capacidade de Charles Wesley de escrever hinos
não era tanto um carisma quanto o dom de evangelista de seu
irmão, John?
E o que dizer de cantores evangélicos, poetas cristãos, e
homens e mulheres com dons espirituais destacados (não
consigo descrevê-los com nenhuma outra expressão) na
literatura cristã, na composição musical, no rádio e na
televisão?
Repito que somente uma das cinco listas inclui
"evangelistas".
Será que este dom é abrangente, concedido a todos que
labutam em algum tipo de evangelização?
Ou será que nosso conhecimento da variedade de dons
evangelísticos de Deus não sugere que pode haver o dom da
evangelização de massas, o da evangelização nos lares, o da
evangelização por amizade, o da evangelização pelo ensino, o
da evangelização pela literatura, o da evangelização de
crianças, e muitos outros?
Aventuro-me a sugerir que com os dons espirituais ocorre o
mesmo que acontece com as experiências mais profundas:
nosso Deus é um Deus de uma diversidade rica e colorida.
Nossa tendência humana é de tentar limitá-lo em fronteiras
arbitrárias que inventamos, para "captá-lo” e criar
estereótipos inflexíveis de experiência e ministério. Todavia,
o Deus da criação fez uma variedade praticamente infindável
de criaturas fascinantes e mesmo entre os seres humanos há
um quadro complexo de raças e temperamentos. A Escritura
deixa claro que o Deus da redenção é o mesmo.
Em um caso sua sabedoria salvadora é chamada de
"multiforme” (Efésios 3:10 – polupoikilos).
A mesma palavra – sem o prefixo – é usada para sua graça na
distribuição dos dons espirituais. Somos incentivados a
exercer os dons que recebemos, "como bons despenseiros da
multiforme graça de Deus" (1 Ped. 4:10; poikilos é
'"multiforme" ou "mesclada"; a BLH traz: "Sejam bons
administradores dos diferentes dons que receberam de
Deus"). A palavra era usada para se referir a mármore, tecidos
bordados e tapetes orientais.
A graça de Deus é como uma tapeçaria detalhada, e a rica
diversidade dos dons espirituais é como os diversos fios de
muitas cores que são entrelaçados para formar a beleza do
conjunto.
Como resposta à nossa pergunta inicial: "Quantos dons
diferentes existem?", creio que devemos dizer: "O Novo
Testamento especifica pelo menos vinte, e o Deus vivo que
ama a diversidade e é um doador generoso pode muito bem
conceder muito, muito mais do que isto“.
Paulo afirma isto, repetindo com ênfase, ao falar do
assunto, que, em contraste com o único Espírito, há
"dons diversos", "diversidade nos serviços" e
"diversidade nas realizações" (1 Cor. 11:4-6).
Romanos 12:3-8 nos dá uma lista de dons espirituais:
1. profecia,
2. ministério de servir (em um sentido geral),
3. ensinar,
4. exortar,
5. generosidade,
6. liderança e
7. mostrando misericórdia.
1 Coríntios 12:8-11 faz uma lista dos dons como sendo:
1. a palavra da sabedoria (habilidade de comunicar sabedoria
espiritual),
2. a palavra do conhecimento (habilidade de comunicar verdade
prática),
3. fé (confiança incomum em Deus),
4. operações de milagres,
5. profecia,
6. discernimento de espíritos,
7. línguas (habilidade de falar em uma língua que tal pessoa nunca
estudou) e
8. interpretação das línguas.
A terceira lista é encontrada em Efésios 4:10-12, que fala de
Deus dando a Sua igreja :
1. apóstolos,
2. profetas,
3. evangelistas,
4. pastores e
5. mestres.
Para resumir as diferenças entre dons espirituais e talentos:
(1) Um talento é um resultado de genética e/ou treinamento, enquanto
que um dom espiritual é o resultado do poder do Espírito Santo.
(2) Qualquer pessoa pode possuir um certo talento, Cristão ou não-
Cristão, enquanto que apenas os Cristãos possuem dons
espirituais.
(3) Enquanto talentos e dons espirituais devem ser usados para a
glória de Deus e para ministrar uns aos outros, dons espirituais se
focalizam nesses serviços apenas, enquanto que talentos podem
ser usados para objetivos completamente não espirituais.
"Como Deus distribui dons espirituais?
Será que Deus vai me dar o dom espiritual pelo qual eu pedir?"
Romanos 12:3-8 e 1 Coríntios 12 deixam bem claro que cada
Cristão recebe dons espirituais de acordo com a escolha de Deus.
Dons espirituais são distribuídos com o propósito de edificação do
corpo de Cristo (1 Coríntios 12:7; 14:12). O tempo exato de
quando essa distribuição acontece na vida do crente não é
especificamente mencionado. Muitos acreditam que os dons
espirituais são distribuídos no momento do nascimento espiritual
(no momento de salvação).
No entanto, há alguns versículos que aparentam indicar que
Deus às vezes distribui esses dons espirituais mais tarde.
Tanto 1 Timóteo 4:14 como 2 Timóteo 1:6 mencionam um
“dom” que Timóteo tinha recebido no momento de sua
ordenação “por profecia”.
Isso provavelmente indica que um dos presbíteros durante a
ordenação de Timóteo falou sob a influência de Deus sobre
um dom espiritual que Timóteo receberia para melhor
equipá-lo para o seu ministério futuro.
1 Coríntios 12:28-31 e 1 Coríntios 14:12-13 também nos
dizem que Deus (não nós mesmos) é quem escolhe os dons.
Essas passagens também indicam que nem todo mundo vai ter
um dom em particular. Paulo diz ao crentes da igreja de
Coríntios que se eles vão desejar ou cobiçar certos dons
espirituais, que eles devem deixar de lado sua fascinação com
os dons “espetaculares” ou “ostentosos”, mas ao invés devem
procurar os dons que são melhores para edificar, tais como o
dom de profecia (falando a palavra de Deus para a edificação
de outras pessoas).
Agora, por que Paulo diria para eles com tanta veemência
que desejassem os “melhores” dons, se eles já tivessem
recebido tudo que iriam receber, e não tivesse mais
oportunidade nenhuma de ganhar esses “melhores” dons?
Essa passagem pode levar alguém a acreditar que como até
mesmo Salomão procurou ganhar sabedoria de Deus para
poder ser um bom governante de seu povo, que Deus vai nos
conceder esses dons dos quais precisamos para podermos
trazer grande proveito à Sua igreja.
Em resumo:
Os dons espirituais nos são dados quando recebemos a
Cristo, ou eles são cultivados através da nossa caminhada
com Deus?
A resposta é os dois.
Normalmente, os dons espirituais são dados no momento de
salvação, mas também precisam ser cultivados através de
crescimento espiritual.
Será que você pode ir atrás de um desejo do seu
coração e desenvolvê-lo em um dom espiritual?
Você pode ir atrás de certos dons espirituais?
1 Coríntios 12:31 aparenta indicar que é possível procurar,
“com zelo, os melhores dons”.
Você pode pedir a Deus por um dom espiritual e ser zeloso
com ele através de sua procura de tentar desenvolver essa
área.
Ao mesmo tempo, se não for da vontade de Deus, você não
vai receber certo dom espiritual, não importa quão
ardentemente você o procure.
Deus é infinitamente sábio e sabe em quais dons você vai ser o
mais produtivo para o Seu reino.
Não importa quão dotados somos em um dom ou outro, todos
nós somos chamados a desenvolver certas áreas mencionadas
na lista de dons espirituais....
• somos chamados a ser hospitaleiros,
• mostrar atos de misericórdia,
• servir uns aos outros,
• evangelizar, etc....
À medida que procuramos servir a Deus com amor, para o
propósito de encorajar uns aos outros para a Sua glória, Ele vai
trazer glória ao Seu nome, edificar Sua igreja e nos retribuir (1
Coríntios 3:5-8; 12:31-14:1).
Deus promete que quando nos deleitamos nEle, Ele vai nos
dar os desejos de nosso coração (Salmo 37:4-5).
Isso com certeza incluiria nos preparar para servi-lO de uma
forma que vai nos trazer propósito e gratificação.
"Como saber qual o meu dom espiritual?“
Não há fórmula mágica ou “teste” para sabermos quais são
nossos dons espirituais.
O Espírito Santo distribui os dons como Ele mesmo
determina (I Coríntios 12:7-11).
Ao mesmo tempo, Deus não quer que sejamos ignorantes
em como Ele quer que nós o sirvamos.
"Como saber qual o meu dom espiritual?“
"Como saber qual o meu dom espiritual?“
O problema é que é muito fácil que fiquemos tão presos à
idéia de dons espirituais que busquemos apenas servir a
Deus na área em que sentimos ter um dom espiritual.
Não é assim que os dons espirituais funcionam. Deus nos
chama para servirmos a Ele com obediência.
“Testes” e avaliações, nos quais não podemos confiar
totalmente, podem, entretanto, nos ajudar a compreender
onde pode estar nosso dom.
A confirmação por parte de outras pessoas também pode
dar uma luz quanto ao nosso dom espiritual.
Outras pessoas que nos vêem servindo ao Senhor podem
freqüentemente identificar um dom espiritual em uso que
nós mesmos não percebemos ou reconhecemos.
A oração também é importante.
A única pessoa que sabe exatamente como somos
espiritualmente capacitados é o mesmo que nos capacita
com dons: o Espírito Santo.
Podemos pedir a Deus que nos mostre como somos
capacitados, para que possamos melhor usar esses dons
espirituais para Sua glória.
Sim, Deus chama alguns para serem professores e dá a
eles o dom do ensino. Deus chama alguns para serem
servos e os abençoa com o dom de generosidade.
Entretanto, saber especificamente nosso dom espiritual
não é desculpa para que não sirvamos a Deus em áreas
fora de nosso dom. É então proveitoso saber que dons
espirituais Deus nos deu? Claro que sim.
É errado se concentrar tanto nos dons
espirituais que perdemos outras oportunidades
de servir a Deus?
Sim!
Se formos dedicados, com disposição para sermos
usados por Deus, Ele nos equipará com os dons
espirituais de que precisamos.
1 Coríntios 12:4-6, Paulo declara:
"Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo.
E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é
o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o
mesmo Deus é quem opera tudo em todos”.
"Ele também usa três palavras diferentes para os dons.
Primeiro (v. 4) eles são charismata, dons da graça de Deus.
Depois, (v. 5) eles são diakoniai, maneiras de servir.
Em terceiro lugar, (v. 6) eles são energêmata, energias,
atividades ou poderes, que o mesmo Deus "energiza" ou
"inspira" (energôn) em todos.
E há "diversidade" ou "porções" (diaireseis) de cada grupo.
"Há dons miraculosos do Espírito hoje em dia?”
Era uma igreja muito engraçadaNão tinha culto, não tinha nada.Lá Deus não ouve minha oraçãoSó do apóstolo com sua unção.O lenço dele é uma tristezaMas tá curando que é uma beleza.Lá não se fala contra o pecadoPorque não rende nem um trocado.E os seus membros tão enganadosPois o Evangelho não é pregado.E Cristo aqui é só um curandeiroQue troca a bênção por seu dinheiro.Lá nós falamos língua de anjosDesde as crianças até os marmanjos.E nessa igreja encontrei “vitória”Mas eu não sei se vou para glória.E abocanhado fui por um loboQue o tempo todo me fez de bobo…
Invenção de Maicon Custódio em minutos de revolta com lápis e papel na mão
"Há dons miraculosos do Espírito hoje em dia?"
Primeiramente, é importante reconhecer que esta não é uma
questão de saber se Deus ainda faz milagres nos dias de hoje.
Seria tolo e não-bíblico afirmar que Deus não cura as
pessoas, não fala às pessoas e nem que faz sinais miraculosos
e maravilhas nos dias de hoje.
A questão é se os dons miraculosos do Espírito, descritos
principalmente em I Coríntios capítulos 12 -14, ainda se
encontram ativos na igreja de hoje. Esta também não é
questão do Espírito Santo “poder” dar a alguém um dom
miraculoso. A questão é “se” o Espírito Santo ainda dispensa
os dons miraculosos nos dias de hoje.
Acima de tudo, reconhecemos plenamente que o Espírito
Santo é livre para dispensar dons de acordo com Sua
vontade (I Coríntios 12:7-11).
No livro de Atos e nas Epístolas, a vasta maioria dos
milagres é feita pelos apóstolos e seus companheiros.
II Coríntios 12:12 nos dá a razão: “Os sinais do meu
apostolado foram manifestados entre vós com toda a
paciência, por sinais, prodígios e maravilhas.”
Se cada crente em Cristo fosse equipado com a habilidade
de fazer sinais, prodígios e maravilhas, sinais, prodígios e
maravilhas não poderiam, de modo algum, ser marcas que
identificam um apóstolo.
Atos 2:22 nos diz que Jesus foi “reconhecido” por
“maravilhas, prodígios e sinais”.
De modo parecido, os apóstolos foram “marcados” como
genuínos mensageiros de Deus pelos milagres que faziam.
Atos 14:3 descreve a mensagem do Evangelho sendo
“confirmada” pelos milagres que Paulo e Barnabé faziam.
I Coríntios capítulos 12-14 lida principalmente com o
assunto dos dons do Espírito. Parece, pelo texto, que aos
cristãos “comuns”, às vezes eram dados dons milagrosos
(12:8-10; 28-30).
Não é dito a nós o quão comum isto era. Pelo que
aprendemos acima, que os apóstolos eram “marcados” por
sinais e maravilhas, poderia parecer que era exceção, e não
regra, que os dons miraculosos fossem dados a cristãos
“comuns”.
Fora os apóstolos e seus colaboradores chegados, o Novo
Testamento, em nenhum lugar, descreve especificamente
pessoas exercendo os dons miraculosos do Espírito.
Também é importante saber que a igreja primitiva não
possuía a Bíblia em sua totalidade, como temos hoje em dia
(II Timóteo 3:16-17).
Por isto, os dons de profecia, conhecimento, sabedoria, etc.,
eram necessários para que os cristãos primitivos soubessem o
que Deus os faria fazer. O dom da profecia capacitava os
crentes a comunicar novas verdades e revelações de Deus.
Agora que a revelação de Deus é completa na Bíblia, os
dons de “revelação” não se fazem mais necessários, pelo
menos não na mesma capacidade como eram no Novo
Testamento.
Deus miraculosamente cura as pessoas todos os dias. Deus
ainda fala a nós nos dias de hoje, tanto com voz audível, ou
em nossas mentes, ou através de impressões e sentimentos.
Deus ainda faz milagres assombrosos, sinais e prodígios, e
às vezes faz tais milagres através de um cristão. Entretanto,
o que acaba de ser descrito não necessariamente diz respeito
aos dons miraculosos do Espírito.
O propósito principal dos dons miraculosos era provar que o
Evangelho era verdadeiro e que os apóstolos eram
verdadeiramente mensageiros de Deus.
A Bíblia não diz de forma clara e direta que os dons
miraculosos já cessaram, mas explica por que talvez não sejam
mais necessários.
"Há dons de língua nos dias de hoje?“
A primeira ocorrência de falar em línguas ocorreu no Dia do
Pentecostes em Atos 2:1-4. Os apóstolos saíram e
compartilharam o Evangelho com as multidões, falando a
elas em suas próprias línguas, “Cretenses e árabes, todos nós
temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas
de Deus” (Atos 2:11).
A palavra grega traduzida “línguas” significa literalmente
“idiomas”.
Por esta razão, o dom de falar em línguas é falar em uma
língua que não se sabe falar a fim de ministrar a uma outra
pessoa que fala esta língua.
Em I Coríntios capítulos 12-14, onde Paulo discute os dons
milagrosos, ele faz o seguinte comentário: “E agora, irmãos,
se eu for ter convosco falando em línguas, que vos
aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou
da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?”(I Coríntios 14:6).
De acordo com o Apóstolo Paulo, e de acordo com as línguas
descritas em Atos, falar em línguas é de grande valor para o
que ouve a mensagem de Deus em seu próprio idioma, mas
de nada serve para os demais, a não ser que haja uma
interpretação, ou tradução.
A pessoa com o dom de interpretar línguas
(I Coríntios 12:30) poderia entender o que uma que fala
as línguas estivesse dizendo mesmo que ela não
soubesse a língua sendo falada.
O intérprete de línguas então comunicaria a
mensagem do que fala línguas a todos os demais, e
todos poderiam entender. “Por isso, o que fala em
língua desconhecida, ore para que a possa
interpretar” (I Coríntios 14:13).
A conclusão de Paulo a respeito de línguas não
interpretadas é poderosa:
“Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras
na minha própria inteligência, para que possa
também instruir os outros, do que dez mil palavras
em língua desconhecida” (I Coríntios 14:19).
É o dom de línguas para os dias de hoje?
I Coríntios 13:8 menciona que cessa o dom de línguas,
apesar de conectar este cessar com a chegada do “perfeito”
em I Coríntios 13:10.
Alguns apontam para uma diferença na língua na profecia e
conhecimento “cessando” com línguas “sendo cessadas”
como prova para línguas cessando antes da chegada do
“perfeito”.
Mesmo sendo possível, isto não é explicitamente
claro a partir do texto.
Alguns ainda apontam passagens como Isaías 28:11
e Joel 2:28-29 como prova de que o falar em línguas
era um sinal do julgamento vindouro de Deus.
I Coríntios 14:22 descreve línguas como um “sinal
para os infiéis”.
De acordo com esta discussão, o dom de línguas foi
uma advertência para os Judeus de que Deus julgaria
Israel por rejeitar Jesus Cristo como Messias.
Por isto, quando Deus de fato julgou Israel (com a
destruição de Jerusalém pelos Romanos em 70 D.C.),
o dom de línguas não mais serviria para os propósitos
planejados.
Enquanto esta visão é possível, o propósito principal
das línguas, sendo cumprido, não necessariamente
exige que elas então cessem. As Escrituras não
afirmam conclusivamente que o dom de falar em
línguas já cessou.
Ao mesmo tempo, se o dom de falar em línguas fosse
ativo na igreja hoje, seria executado de acordo com
as Escrituras.
Seria uma linguagem real e inteligível (I Coríntios
14:10).
Seria para o propósito de comunicar a Palavra de
Deus com uma pessoa de outra língua (Atos 2:6-12).
Estaria de acordo com a ordem dada por Deus através
do Apóstolo Paulo: “E, se alguém falar em língua
desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito
três, e por sua vez, e haja intérprete.
Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja,
e fale consigo mesmo, e com Deus” (I Coríntios
14:27-28).
Estaria também em submissão a I Coríntios 14:33:
“Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz,
como em todas as igrejas dos santos.”
Deus certamente pode dar à pessoa o dom de falar
em línguas para capacitá-la a se comunicar com uma
pessoa que fala uma outra língua. O Espírito Santo é
soberano na distribuição de dons espirituais (I Coríntios
12:11).
Imagine só quanto mais produtivos poderiam ser os
missionários se não precisassem freqüentar uma
escola de idiomas, e seriam instantaneamente capazes
de falar a outros povos em seus próprios idiomas.
Entretanto, parece que Deus não está agindo assim.
As línguas não estão ocorrendo hoje em dia da
maneira como ocorriam no Novo Testamento, apesar
de que seria imensamente útil.
A vasta maioria dos crentes que afirmam praticar o
dom de falar em línguas não o faz de acordo com as
passagens das Escrituras mencionadas acima.
Este fato leva à conclusão de que o dom de línguas já
cessou, ou é, pelo menos, raro nos planos de Deus para a
igreja de hoje.
Aqueles que acreditam no dom de línguas como uma
“língua para orações” para a auto-edificação baseiam seu
ponto de vista em I Coríntios 14:4 e/ou 14:28: “O que fala
em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que
profetiza edifica a igreja.”
Por todo o capítulo 14, Paulo enfatiza a importância de haver
uma interpretação, uma tradução das línguas.
Veja I Coríntios 14:5-12.
O que Paulo está dizendo no verso 4 é:
“Se você falar em línguas sem interpretação, a única coisa
que você está fazendo é edificar a si mesmo, parecendo ser
mais espiritual do que os outros. Se você falar em línguas e
elas forem interpretadas, você estará edificando a todos.”
O Novo Testamento, em nenhum lugar, dá o propósito de
“orar em línguas”, ou descreve especificamente uma pessoa
“orando em línguas”.
Indo além, se “orar em línguas” for para auto-edificação, não
é isto por acaso injusto com os outros que não têm do dom de
línguas, e que por isto não poderão edificar a si mesmos?
I Coríntios 12:29-30 indica claramente que nem todos têm o
dom de falar em línguas.
CONCLUSÃO
Começamos com a "promessa" ou "batismo" do Espírito, este
generoso dom inicial que Deus nos dá quando nos toma para
sermos seu povo.
O perdão e o dom do Espírito são verso e anverso da salvação
ampla que Cristo nos dá. Nunca devemos deixar de agradecer
a Deus com admiração renovada diariamente pelo fato de que
ele, em seu amor, primeiro deu seu Filho para morrer por nós,
e depois deu seu Espírito para viver em nós.
Hoje não há más templo em Jerusalém para onde precisamos ir
a fim de nos encontrarmos com Deus; cada um de nós é
templo de Deus, bem como a igreja local, porque Deus mora
em nós através do seu Espírito.
Em segundo lugar, precisamos buscar cada vez mais a
plenitude do Espírito, através de arrependimento, fé e
obediência e, também, continuar semeando no Espírito, de
modo que seu fruto cresça e amadureça em nosso caráter.
Eu creio que posso dizer sem medo de errar que já há muitos
anos criei o hábito de orar para que cada dia Deus me encha de
seu Espírito e faça aparecer o fruto do Espírito mais em minha
vida.
Por último, devemos nos lembrar sempre que o Espírito Santo
se preocupa tanto com a Igreja quanto com os cristãos
individuais. Por isso devemos nos alegrar igualmente com sua
charis (graça) dada a todos, que nos torna um, e com seus
charismata (dons) distribuídos a todos, que nos tornam
diferentes.
Tanto a unidade quanto a diversidade da Igreja são da sua
vontade.
Vimos que os dons são capacitações múltiplas e variadas para
o serviço;
que cada cristão, sem exceção recebeu pelo menos um dom;
que eles são distribuídos pela vontade soberana de Deus, Pai,
Filho e Espírito Santo;
e que eles são dados "para o bem de todos", para edificar em
maturidade o Corpo de Cristo, a Igreja.
Portanto, usemos nossos dons em favor dos outros,
"como bons despenseiros da multiforme graça de
Deus ...para que em todas as cosas seja Deus
glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem
pertence a glória e o domínio pelos séculos dos
séculos. Amém" (1Ped. 4:10,11).