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Dos Teus Olhos
Marcos Flávio
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Poemas de Marcos Flávio
Apresentação: Eliana de Castela
Ilustrações: Mané do Café
Organização: Oliveira de Castela
Petrópolis, RJ, 2014
Dos Teus Olhos
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APRESENTAÇÃO
Conhecemos Marcos Flávio na serra
de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro,
lugar marcantemente embelezado pelas
montanhas, onde a Maria Comprida se
destaca na paisagem do bairro de Araras,
mas o que isso importa? A poesia mora em
toda parte.
Quando decidimos, quase que à
revelia, organizar este livro, pois primeiro
selecionamos os poemas e só depois, que
fizemos a proposição ao poeta de publicá-
los, isso objetivado unicamente, incentivá-lo
a seguir a trajetória da escrita poética. Ele
aceitou de imediato!
Nascido em 1979, na cidade de
Petrópolis – RJ, o poeta Marcos Flávio,
profissional da área da construção civil,
trabalha como armador de ferragem, ou no
bar de sua família, não tem nenhuma
formação profissional, fato este, que passa ao
lado do seu despertar para a poesia.
Começou a escrever poemas em 2012,
quando tomamos conhecimento, através das
Marcos Flávio
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novas mídias, ou redes sociais, como são
mais conhecidos esses meios de
comunicação. Com o passar dos dias,
percebemos a evolução nas publicações, ou
seja, maior zelo com a escrita, ampliação da
abordagem temática e o aumento no número
de poemas, quase que diariamente, novos
vem sendo escritos.
Dois aspectos são relevantes, não
apenas no caso de Marcos Flávio, que é a
poesia e a tecnologia, ambas servindo de
motor para o aperfeiçoamento do
conhecimento da língua e do conhecimento
universal, a partir do contato com outros
poetas locais e mundiais.
Eliana de Castela
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Dos Teus Olhos
I
O coração é o único
que bate inocentemente
eu nunca vou denunciar o meu
apanho contente.
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II
A sua camisa de força,
não prende meu pensamento!
pode calar a minha boca,
mas não pode tirar o meu talento.
Estarei sempre soprando
aos seus ouvidos,
coisas que pra você
não faz sentido,
tipo, abraçar o vento!
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III
Temos harmonia no olhar
somos dois corações sedentos
com medo de amar.
Vem logo matar minha sede!
Que eu derrubo mil paredes
só para em seu lábios tocar.
Marcos Flávio
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IV
A poesia é uma mulher nua
sem nenhum pudor
brilha feito a lua
iluminando o amor.
Dos Teus Olhos
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V
Completamente desarmado
invadi a favela
um viciado apaixonado
perdido em meio a tantas vielas
mas eu não saio daqui
sem achar a boca dela
traficante do amor.
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VI
Você me olha por fora
mas não sabe quem eu sou
se entrar pelos meus olhos
e visitar o meu avesso
vai ver que eu mereço
todo o seu amor.
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VII
A mente de um poeta
não mente,
você pode até não gostar,
mas ele escreve o que sente.
Sente vontade de ver as pessoas
sorrindo,
mesmo quando ele está chorando.
Marcos Flávio
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VIII
Para minha amada!
posso te dar o universo
em forma de verso.
Ou um simples, eu te amo!
em forma de parábola.
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IX
Para ela
Os olhos fazem a mente pensar
Que por sua vez, acorda o coração
Que mesmo sonolento
Em mímica avisa a boca
Que sedenta e louca
Simplesmente diz: é uma conspiração.