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Ana Isabel Rio Tinto de [email protected]
11ª JORNADAS PSICOPEDAGÓGICAS DE GAIAColégio Internato dos Carvalhos – Gaia
“A LIDERANÇA NA SALA DE AULA”
Liderança e Clima de Escola
Ana Isabel Rio Tinto de Matos
23 - 24 de Novembro de 2006
Ana Isabel Rio Tinto de [email protected]
Era uma vez um sapo….Era uma vez um sapo….
ProfissionalProfissional
RespeitaRespeitadodo
FamosoFamoso
Seguro do Seguro do seu mundoseu mundo
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Era uma vez um mundo…Era uma vez um mundo…
Era uma vez umaEra uma vez uma
realidade realidade anunciada…anunciada…
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Nunca é demais afirmar que
só o desenvolvimento pode
ser considerado como a
finalidade da educação.
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Ethos EscolarEthos Escolar
finalidades, valores, normas, finalidades, valores, normas,
comportamentos, percepções e comportamentos, percepções e
sentimentos próprios, com uma sentimentos próprios, com uma
territorialidade espacial, psicológica, social territorialidade espacial, psicológica, social
e cultural específicas. e cultural específicas.
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ClimaClima
É uma metáfora meteorológica que É uma metáfora meteorológica que
designa a atmosfera moral e o designa a atmosfera moral e o
ambiente psicológico e social vivido ambiente psicológico e social vivido
entre as pessoas. entre as pessoas.
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Clima de EscolaClima de Escola
O clima de escola encontra-se no O clima de escola encontra-se no
centro da vida das organizações, centro da vida das organizações,
espelhando toda a sua complexidade: espelhando toda a sua complexidade:
personalidades, interacções e personalidades, interacções e
processos de influência, atribuindo a processos de influência, atribuindo a
cada escola um carácter único.cada escola um carácter único.
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Clima de EscolaClima de Escola
Atitudes, crenças, valores e normas do Atitudes, crenças, valores e normas do
sistema social da escola e o currículo sistema social da escola e o currículo
oculto da escola. oculto da escola.
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O clima possui uma dupla natureza:O clima possui uma dupla natureza:
Realidade objectivaRealidade objectiva
Estrutura subjectivaEstrutura subjectiva
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Dimensão ecológica - ambiente Dimensão ecológica - ambiente
físico dafísico da
escolaescola
Dimensão do ambiente psicossocial Dimensão do ambiente psicossocial
Dimensão social Dimensão social
Dimensão cultural Dimensão cultural
Carvalho, 1992Carvalho, 1992
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CulturaCultura
Espaço próprio de humanidade, onde o Espaço próprio de humanidade, onde o
ser humano se desdobra e organiza a ser humano se desdobra e organiza a
sua condição de "ser".sua condição de "ser".
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CulturaCultura
Normas, valores, rituais e o clima.Normas, valores, rituais e o clima.
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Clima e CulturaClima e Cultura
Clima pode ser compreendido de Clima pode ser compreendido de
forma mais intersubjectiva como a forma mais intersubjectiva como a
manifestação da cultura existente.manifestação da cultura existente.
Cultura é provavelmente um mais Cultura é provavelmente um mais
profundo e menos consciente conjunto profundo e menos consciente conjunto
de significações do chamado clima de significações do chamado clima
organizacional.organizacional.
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LIDERANÇALIDERANÇA
O que é, então, liderança?
Como é possível conciliar uma cultura democrática, de ampla participação das pessoas nos diferentes níveis do sistema social, político e económico, com o exercício de liderança?
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LIDERANÇALIDERANÇA
Como gerir democraticamente a
participação de alunos, professores,
pais, funcionários e comunidades
envolventes na vida escolar?
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LIDERANÇALIDERANÇA
Como fazê-lo, gerando um clima de
confiança, de satisfação, e de permanente
aprendizagem, curiosidade e criatividade
no trabalho de alunos e professores, e uma
cultura de inovação necessária perante
uma realidade social e humana dinâmica,
dialéctica, em permanente mudança?
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O líder como um instrumento deO líder como um instrumento de
aprendizagem e acçãoaprendizagem e acção
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TEORIAS DE LIDERANÇATEORIAS DE LIDERANÇA
1 - Teoria dos traços de personalidade:1 - Teoria dos traços de personalidade:
carismacarisma
2 - Teoria dos estilos de comportamento:2 - Teoria dos estilos de comportamento:
o líder é; o líder fazo líder é; o líder faz
Autoritária - Liberal - DemocráticaAutoritária - Liberal - Democrática
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TEORIAS DE LIDERANÇATEORIAS DE LIDERANÇA
Quanto ao estilo do liderança:Quanto ao estilo do liderança:
- - consideraçãoconsideração: confiança e cooperação: confiança e cooperação
- - estrutura de relaçõesestrutura de relações: comunicação, : comunicação, estrutura das tarefas, etc.estrutura das tarefas, etc.
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TEORIAS DE LIDERANÇATEORIAS DE LIDERANÇA
3 -Teoria Situacional:3 -Teoria Situacional:
- nível de amizade e cooperação;- nível de amizade e cooperação;
- capacidade de manter o controle da - capacidade de manter o controle da
situação, através de um sólido situação, através de um sólido
conhecimento científico e técnico.conhecimento científico e técnico.
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Liderança é m processo de influência Liderança é m processo de influência
interpessoal em parte aprendidainterpessoal em parte aprendida
e em parte inata.e em parte inata.
Mazzarella,1981.Mazzarella,1981.
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Liderança Transformacional ou de Liderança Transformacional ou de
transformação cujo o elemento central transformação cujo o elemento central
é a capacidade do líder em criar é a capacidade do líder em criar
motivação nos seus colaboradores, de motivação nos seus colaboradores, de
modo a que cada um seja, por si, um modo a que cada um seja, por si, um
líder.líder.
Edwin Locke, 1994.Edwin Locke, 1994.
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LiderançaLiderança e Democracia e Democracia
Clima e Cultura DemocráticaClima e Cultura Democrática
Vivemos o paradigma da participação, da Vivemos o paradigma da participação, da
partilha, da cooperação, da partilha, da cooperação, da
interdependência, da liberdade e da justiça, interdependência, da liberdade e da justiça,
valores que não são conciliáveis com o valores que não são conciliáveis com o
binómio dominação-submissão. binómio dominação-submissão.
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O gestor, enquanto líder, deve ter uma visão O gestor, enquanto líder, deve ter uma visão mais alargada da gestão escolar. mais alargada da gestão escolar.
A sua presença discreta, mas permanente A sua presença discreta, mas permanente
deve notar-se em toda a escola, deve notar-se em toda a escola,
transmitindo confiança e motivando todos, e transmitindo confiança e motivando todos, e
cada um, a sentirem-se parte fundamental cada um, a sentirem-se parte fundamental
da organização. da organização.
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A sua principal função é "não fazer nada", A sua principal função é "não fazer nada",
fazendo o trabalho através dos outrosfazendo o trabalho através dos outros, ,
estimulando as pessoas à acção. estimulando as pessoas à acção.
O gestor, enquanto líder e não apenas O gestor, enquanto líder e não apenas
como administrador, deve ser o porta-voz como administrador, deve ser o porta-voz
da da visãovisão da organização, defensor da da organização, defensor da
missãomissão profética da escola, do seu profética da escola, do seu projecto projecto
pedagógicopedagógico..
Ruben Cabral (1989),Ruben Cabral (1989),
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Liderança e PoderLiderança e Poder
O exercício de O exercício de liderançaliderança é, também, o é, também, o
exercício de exercício de poderpoder. .
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Liderança e PoderLiderança e Poder
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Liderança e PoderLiderança e Poder
Poder sobrePoder sobre: autoritarismo, abuso de : autoritarismo, abuso de
poder, arbitrariedade, personificadas em poder, arbitrariedade, personificadas em
algumas figuras da nossa sociedade como algumas figuras da nossa sociedade como
polícia, o "patrão", o militar, ou até, o pai e polícia, o "patrão", o militar, ou até, o pai e
o professor.o professor.
Kreisberg (1986)Kreisberg (1986)
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O processo de desenvolvimento humano e O processo de desenvolvimento humano e
social é um processo complexo, social é um processo complexo,
descontínuo, não determinístico e não descontínuo, não determinístico e não
mecanicista que não pode ser explicado de mecanicista que não pode ser explicado de
forma plena por relações lineares de causa forma plena por relações lineares de causa
e efeito. e efeito.
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Liderança e PoderLiderança e Poder
Poder comPoder com: : ser capaz deser capaz de - ter poder suficiente para fazer;- ter poder suficiente para fazer;- poder da mente, criar, ter talentos.- poder da mente, criar, ter talentos.
Fala-se no Fala-se no poder do amorpoder do amor, , poder da poder da féfé, na , na experiência poderosa.experiência poderosa.
Qual a natureza do poder do diálogo, Qual a natureza do poder do diálogo, da amizade?da amizade?
Kreisberg,1986 Kreisberg,1986
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Liderança e PoderLiderança e Poder
O exercício de O exercício de poder compoder com exprime-se através exprime-se através
da nossa da nossa capacidadecapacidade de partilhar de partilhar com os outroscom os outros
aquilo que somos aquilo que somos capazescapazes de ser e fazer. de ser e fazer.
A natureza das relações humanas com o A natureza das relações humanas com o
mundo e com os outros é, portanto, mundo e com os outros é, portanto,
interdependenteinterdependente, buscando , buscando integraçãointegração, ,
muito mais que adaptação muito mais que adaptação
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A essência da moralidade está no A essência da moralidade está no
conceito de justiça. Quanto mais alto conceito de justiça. Quanto mais alto
for o estágio de desenvolvimento for o estágio de desenvolvimento
moral, maior será a sua capacidade de moral, maior será a sua capacidade de
usar poder para alcançar objectivos usar poder para alcançar objectivos
comuns. comuns.
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Liderança, Clima e CulturaLiderança, Clima e Cultura
A liderança democrática está A liderança democrática está
directamente associada à capacidade do directamente associada à capacidade do
líder de construir uma comunidade líder de construir uma comunidade
moral, ou seja, um clima e uma cultura moral, ou seja, um clima e uma cultura
social que valorize princípios morais mais social que valorize princípios morais mais
altos como justiça,altos como justiça,
liberdade e cooperação.liberdade e cooperação.
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É que a justiça, a liberdade e a É que a justiça, a liberdade e a
democracia não podem ser democracia não podem ser
ensinados, unicamente aprendidos. ensinados, unicamente aprendidos.
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A liderança democrática é a força que A liderança democrática é a força que
une as pessoas de modo a formarem une as pessoas de modo a formarem
um todo em movimento. um todo em movimento.
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Escola: aprender, desenvolver, Escola: aprender, desenvolver, educareducar
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Escola?Escola?
transmissão de conhecimentos, ou transmissão de conhecimentos, ou
espaço multifacetado de espaço multifacetado de
oportunidades de oportunidades de aprendizagem aprendizagem
tanto para alunos como para tanto para alunos como para
professores? professores?
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Escola?Escola?
interdisciplinaridade ou a interdisciplinaridade ou a
organização curricular rígida de aulas organização curricular rígida de aulas
isoladas e fechadas em horários isoladas e fechadas em horários
superlotados ?superlotados ?
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Escola?Escola?
Pretendemos educar para valores, ou Pretendemos educar para valores, ou
com valores? com valores?
Sobretudo, que valores? Sobretudo, que valores?
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Na maior parte das escolas, hoje como ontem,
a pedagogia não é diferenciada, os métodos
não são activos, não se trabalha por projectos,
não se negoceia grande coisa com os alunos. A
autogestão e a escola nova permanecem, em
boa parte, senão como sonhos, pelo menos
como realidades isoladas.
(Perrenoud, 1995)
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A desvalorização da actividade A desvalorização da actividade
docente como promoção da docente como promoção da
aprendizagens dos alunos tem tido aprendizagens dos alunos tem tido
efeitos perversos na afirmação do efeitos perversos na afirmação do
profissional de educação como líder profissional de educação como líder
da sala de aula. da sala de aula.
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O conceito de inovação implica, implícita ou
explicitamente, a ideia de mudança, de
transformação, de divergência com o habitual, com o
modelo estabelecido, portanto uma mudança que se
vê, também, na práxis, na actuação das pessoas,
reflexo da mudança de pensamento e criatividade.
(Varela de Freitas, 1998; Sebarroja, 2001)
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“A tónica da educação é preponderantemente esta -
narrar, sempre narrar. Falar da realidade como algo
parado, estático, compartimentado e bem comportado.
A narração de que o educador é sujeito, conduz os
educandos à memorização mecânica do conteúdo
narrado.
Na visão "bancária" da educação, o "saber" é uma
doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada
saber”.
(Paulo Freire, 1987)
EDUCAÇÃO BANCÁRIA