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DIRETRIZES E PROPOSIÇÕES
PROCESSO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
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EQUIPE TÉCNICA
# PROFISSIONAL FORMAÇÃO RESPONSABILIDADE
01. Constança Lacerda Camargo Arquiteta e Urbanista Coordenação Geral e Diretrizes Socioespaciais
02. Alessandra Stremel Pesce Ribeiro Socióloga e Antropóloga M.Sc.
Indicadores Qualidade de Vida / Diretrizes Socioeconômicas
03 Alex Neme Tomita Economista Plano de Ações
04. Ana Paula Tomachewski Economista Plano de Ações/ Diretrizes Econômicas
05 Ana Letícia Galves Genaro Jornalista Revisão
06. Carolina de Paula Furlan Engenheira Ambiental Indicadores Ambientais/ Diretrizes Ambientais
07. Débora Mehler Jornalista Redação e Revisão
08. Guilherme Raduenz Acadêmico de Engenharia Agronômica Diretrizes Econômicas
09. Hellem de Freitas Miranda Arquiteta e Urbanista Diretrizes Infra-Estrutura e Equipamentos
10. Pollyana Aguiar Fonseca Santos Acadêmica de Geografia Diretrizes Ambientais e Sistema de Informações
11 Ricardo Augusto Valle Pinto Coelho Engenheiro Agrônomo Coordenação Administrativa
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1 2 DIRETRIZES AMBIENTAIS.................................................................................... 2 2.1 AGROPECUÁRIA ......................................................................................................2 2.2 SANEAMENTO.........................................................................................................4 2.3 MEIO AMBIENTE .....................................................................................................6 3 DIRETRIZES SOCIOECONÔMICAS......................................................................12 4 DIRETRIZES ECONÔMICAS ................................................................................22 4.1 SETOR PRIMÁRIO .................................................................................................22 4.2 SETOR SECUNDÁRIO.............................................................................................22 4.3 SETOR TERCIÁRIO ................................................................................................23 5 DIRETRIZES DE INFRA-ESTRUTURA..................................................................28 5.1 SISTEMA VIÁRIO...................................................................................................28 5.2 EDUCAÇÃO ...........................................................................................................28 5.3 SAÚDE .................................................................................................................29 5.4 LAZER ..................................................................................................................29 6 DIRETRIZES SOCIOESPACIAIS ..........................................................................35 6 SISTEMA DE INFORMAÇÕES ..............................................................................45 7 INDICADORES ....................................................................................................46 7.1 INDICADORES AMBIENTAIS...................................................................................48 7.2 INDICADOR FINANCEIRO MUNICIPAL:....................................................................48 7.3 INDICADORES SOCIAIS DO MUNICÍPIO ..................................................................50 8 PLANO DE AÇÕES ...............................................................................................55
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 SUGESTÕES DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO .................................................7 TABELA 2 DIRETRIZES – MEIO AMBIENTE.....................................................................10 TABELA 3 DIRETRIZES SOCIOECONÔMICAS ..................................................................14 TABELA 4 DIRETRIZES ECONÔMICAS............................................................................25 TABELA 5 DIRETRIZES DE INFRA-ESTRUTURA...............................................................30 TABELA 6 DIRETRIZES SOCIOESPACIAIS.......................................................................35 TABELA 7 DADOS NECESSÁRIOS PARA O CÁLCULO DOS ÍNDICES...................................50 TABELA 8 CÁLCULO DOS ÍNDICES DE TIMBÓ ................................................................50 TABELA 9 INVESTIMENTO ($).......................................................................................55 TABELA 10 PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS (R$) .......................................55 TABELA 11 PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS A PREÇOS CORRENTES (R$).....56 TABELA 12 PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS (R$) .......................................56 TABELA 13 PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS A PREÇOS CORRENTES (R$).....56 TABELA 14 ORÇAMENTO – PLANO DE AÇÕES ................................................................57 TABELA 15 FONTES – ORÇAMENTOS.............................................................................61 TABELA 16 SALÁRIOS – ORÇAMENTOS..........................................................................62
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1 INTRODUÇÃO
As diretrizes e proposições elaboradas para o Município de Timbó estão sintetizadas neste
documento em tabelas para melhor estruturação e compreensão das mesmas. Cada tabela está
subdividida nos seguintes itens: diretriz principal, diretriz, metas, ações, prazo e responsáveis.
Os itens diretrizes e proposições foram englobados em grandes áreas de acordo com seu
conteúdo, abrangendo os grandes temas no qual foi dividido o Núcleo Gestor, grupo misto do poder
público e da sociedade civil, que teve importante participação na elaboração das proposições.
Os aspectos de uso e ocupação do solo, economia, infra-estrutura e equipamentos,
patrimônio, turismo, meio ambiente e sistema viário são grandes temas e estão subdivididos em
diretrizes propriamente ditas, as quais possuem suas metas, que são os objetivos a serem alcançados
com a implementação daquela diretriz e as ações necessárias à sua concretização.
O prazo é o tempo limite de aplicação da diretriz, para melhor organização das atividades
administrativas e da distribuição de verbas. Os prazos são divididos em curto, médio e longo, sempre
contados a partir da aprovação da Lei do Plano Diretor Municipal de Timbó, instrumento legal no qual
constará o conjunto das diretrizes. Os prazos denominados curto, médio e longo referem-se
respectivamente a períodos de zero a dois anos, de zero a cinco anos e de zero a dez anos.
Por fim, os responsáveis são os departamentos municipais, órgãos estaduais, associações,
entre outros que terão a atribuição de implantar a diretrizes as que estão relacionados.
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2 DIRETRIZES AMBIENTAIS
A questão ambiental de um Plano Diretor é um conjunto de ações com o objetivo de
alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, compreendendo, além dos serviços públicos de
saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos
urbanos e manejo de águas pluviais urbanas); também o controle ambiental, nas condições que
maximizem a promoção das condições de vida e reduzam os impactos ambientais das atividades
humanas, tanto no meio urbano quanto no rural.
Para o município de Timbó, as diretrizes e suas respectivas ações para implantação estão
descritas a seguir.
2.1 Agropecuária
2.1.1 Criação de uma Secretaria de Agricultura e Pecuária
Deverão fazer parte desta secretaria, a ser criada em longo prazo, um responsável pela
parte administrativa e financeira da mesma, um médico veterinário e um agrônomo. Suas funções
serão:
Fiscalização do cumprimento da legislação (respeito das áreas de Preservação Permanente,
normas de produção, utilização de agrotóxicos);
Acompanhamento e proposições de alternativas à situação produtiva do agricultor
(assistência técnica);
Organização dos agricultores em grupos (diferentes culturas), formar sistemas cooperativos
e cadastro;
Promover a capacitação desses grupos através de palestras, seminários, cursos, visitas,
entre outros métodos;
Incentivar a criação de diferentes animais (evitar os bovinos e suínos), assim como caprinos,
ovinos, coelhos e aves em geral.
Objetivos:
Incentivar a criação de uma associação de agricultores como pessoa jurídica
Liderar a associação de agricultores
Controlar a produção agropecuária do município,
Fazer acordos com supermercados, indústrias para comercializarem produtos de Timbó.
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2.1.2 Criação de animais e produtos com maior valor no mercado
A criação de cabras é uma ótima alternativa se comparada à criação de bovinos e suínos,
pois o leite produzido tem maior valor agregado. Outra opção viável é o plantio de girassol, para
extração do óleo. A escolha da cultura e do produto resultante deve ser feita segundo viabilidade
econômica dentro das características do município.
2.1.3 Utilização dos dejetos dos suínos nas propriedades como adubo
Visando mitigar o impacto ambiental gerado pelos dejetos de suínos, os dejetos gerados da
suinocultura deverão ser aplicados como adubos naturais nas propriedades, fazendo com que o
produtor tenha uma forma de geração de renda ao vender esse material a outros proprietários. É
importante que o tratamento dos dejetos, que já é feito atualmente, não seja deixado de lado e que a
fiscalização do bom funcionamento do mesmo não cesse. A distribuição dos dejetos deverá ser
realizada pelo órgão competente da área de Agricultura e futuramente pela Secretaria de Agricultura a
ser criada.
2.1.4 Diminuição da utilização dos agrotóxicos nas atividades agrícolas
Existem diferentes alternativas para o agricultor que deseja reduzir a utilização de
defensivos agrícolas. Para a cultura do arroz, uma alternativa rentável é a rizipiscicultura, que é a
criação de peixes juntamente com o arroz. Para tanto, pode-se utilizar a espécie de peixes marrecos
de pequim, que se alimentam de algumas espécies consideradas pragas para o arroz.
Na cultura da banana pode-se controlar a Sigatoka-Amarela utilizando variedades resistentes
à doença; fazendo a poda fitossanitária (que elimina partes da planta com sintomas da doença) ou
pulverizando as frutas com calda de biomassa cítrica (Citrobio ou Ecolife – revigorantes
bioestimulantes) e óleo mineral agrícola. Para a “broca-da-bananeira” o controle biológico pode ser
feito utilizando-se o fungo Beauveria bassiana, rebaixamendo-se o pseudocaule das plantas após a
colheita ou a criando-se aves soltas nas áreas de plantio.
Na lavoura de milho é interessante utilizar os herbicidas pré e pós emergentes para controle
das ervas daninhas ou lançar mão da técnica do plantio direto que mantém uma camada de palha
sobre o solo, reduzindo e dificultando o surgimento das mesmas.
Com a criação da Secretaria de Agricultura, os técnicos poderão avaliar caso a caso e sugerir
alternativas pontuais que mais se encaixem para a situação dos produtores de Timbó.
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2.2 Saneamento
2.2.1 Rede de esgoto em Araponguinhas
O bairro de Araponguinhas é um local de intenso crescimento que, no entanto, não está
compreendido no sistema de rede coletora de esgoto já projetado. É de extrema importância que este
bairro seja atendido por uma rede de esgoto e tenha deste modo, uma estação de tratamento
independente da outra.
2.2.2 Melhorias do Aterro Sanitário
O Aterro sanitário de Timbó é modelo para as demais cidades do Brasil. No entanto,
algumas adequações devem ser feitas, assim como realizar a cobertura diária dos resíduos, cercar
com uma cortina arbórea a área de disposição, implantar queimadores de gás (para a transformação
do gás metano (CH4) gerado em gás carbônico (CO2), cujo potencial poluidor é doze vezes menor).
A proibição da disposição de materiais recicláveis juntamente com resíduos orgânicos é de
extrema importância e urgência, uma vez que isso acarreta a perda de eficiência do aterro sanitário e
também, a diminuição de sua vida útil.
2.2.3 Mudança das rotas de caminhões de lixo
A partir da finalização das obras do anel viário, os caminhões de lixo deverão utilizar-se
deste caminho para chegar ao Aterro Sanitário, desviando assim do centro da cidade, o que ocasiona
trânsito e mau cheiro.
2.2.4 Amenizar os problemas de abastecimento
O Município de Timbó capta água para o abastecimento público no Rio Benedito. Para
otimizar esse abastecimento e minimizar os gastos e esforços para a adequação da qualidade da
água, ações de despoluição do rio, campanhas de conscientização são de extrema importância. A
fiscalização do lançamento de efluentes industriais e esgoto sanitário, o replantio da mata ciliar e
campanhas de conscientização são outras ações que contribuem para manutenção da qualidade da
água desse rio.
Outras estratégias que melhoram o abastecimento de água são:
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Incentivo ao aproveitamento das águas pluviais, especialmente em épocas de estiagem, em
residências, escolas, indústrias, postos de gasolina, entre outros estabelecimentos. A Prefeitura
Municipal de Timbó poderá fazer isso através da redução de impostos para quem realizar a prática.
Fiscalização e controle do plantio de espécies exóticas, a fim de controlar a silvicultura no
município, evitando-se assim que essas espécies agravem a situação da falta de água no município e,
visando respeitar as áreas de preservação permanente e de reserva legal.
Fiscalização e controle das áreas de preservação permanente. Essas áreas garantem o
equilíbrio ambiental no município e protegem os corpos hídricos.
Busca de mananciais alternativos. O Rio Benedito não deve ser a única fonte de
abastecimento da população, assim sendo, a busca de um outro local de captação em paralelo com o
atual é o ideal. Propõe-se que seja captada água no Rio dos Cedros entre as Áreas de Preservação
Ambiental Cedro Margem Direita e Margem Esquerda, pois é um local a montante da área ocupada do
município e com vazão que atende às necessidades da população.
2.2.5 Utilização do modelo de reservação para a drenagem urbana
Sabe-se que as enchentes em Timbó são uma resposta natural da bacia hidrográfica na qual
o município está inserido. No entanto, a urbanização pode agravar a situação, aumentando os níveis
de água quando do fenômeno. Para evitar tal tendência, a drenagem urbana tem um papel de
extrema importância e precisa ser bem planejada.
A drenagem urbana se dá em diferentes conceitos. O conceito tradicional é o da canalização,
que se refere à prática da canalização convencional exercida por décadas no mundo todo, voltada à
implantação de galerias e canais de concreto, ao tamponamento dos córregos, à retificação de
traçados e outras medidas que visam promover o rápido escoamento das águas pluviais.
Contudo, esse modelo tradicional traz inúmeros problemas de drenagem à jusante da área
urbana. Portanto, foi desenvolvido o modelo de reservação do escoamento, que visa o retardamento
das águas à calha receptora. Esse modelo promove a redução do pico das enchentes por meio de
amortecimento das ondas de cheias pelo armazenamento de parte do volume escoado na bacia
hidrográfica.
As medidas desse modelo podem ser estruturais e não estruturais. As estruturais são
constituídas por medidas físicas de engenharia destinadas a desviar, deter, reduzir ou escoar com
maior rapidez e menores níveis as águas do escoamento superficial, evitando assim os danos e
interrupções das atividades causadas pelas inundações.
As não estruturais não utilizam estruturas que alteram o regime de escoamento das águas
do escoamento superficial. São representadas, basicamente, por medidas destinadas ao controle do
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uso e ocupação do solo (nas várzeas e nas bacias) ou à diminuição da vulnerabilidade dos ocupantes
das áreas de risco dos efeitos das inundações. Nesta última, buscam-se maneiras para que estas
populações passem a conviver melhor com o fenômeno e fiquem mais bem preparadas para
absorverem o impacto dos prejuízos materiais causados pelas inundações. As medidas não estruturais
envolvem, muitas vezes, aspectos de natureza cultural, que podem dificultar sua implantação em
curto prazo. O envolvimento do público é indispensável para o sucesso dessa implantação.
As medidas estruturais e não estruturais sugeridas para o município de Timbó estão
relacionadas abaixo.
Medidas Estruturais:
Implantação de um pequeno reservatório no Rio dos Cedros entre as Áreas de Preservação
Ambiental Cedro Margem Esquerda e Margem Direita, onde é previsto como outro local para captação
de água para abastecimento;
Captação e armazenamento das águas pluviais em telhados de casas, postos de gasolina,
escolas, entre outros estabelecimentos;
Instalação de pisos permeáveis em grandes áreas calçadas, como estacionamentos, pátios
industriais, escolas;
Medidas Não Estruturais:
Uso e ocupação do solo respeitando o zoneamento e a Lei de Uso e Ocupação do Solo
Urbano e Rural;
Respeito das áreas verdes e de preservação ambiental;
Seguro contra enchentes;
Educação Cidadã, que juntamente com a educação ambiental, é imprescindível para o
sucesso de todas as ações propostas.
2.3 Meio Ambiente
2.3.1 Adequação das indústrias nos padrões ambientais
No município existem diversas indústrias, das quais nem todas estão adequadas nos padrões
ambientais de lançamento de efluentes. Portanto, a Prefeitura Municipal e/ou a futura Fundação do
Meio Ambiente devem fiscalizar e controlar a descarga tanto dos efluentes líquidos quanto gasosos,
de acordo com a Legislação Federal existente.
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2.3.2 Preservação das Áreas de Proteção Permanente
Ao longo dos corpos hídricos, em morros cujas inclinações são superiores a 45º e outras
localidades são consideradas áreas de Preservação Permanente (APP). Estas áreas são protegidas por
lei, mas muitas vezes não são respeitadas. Cabe à Fundação do Meio Ambiente, fiscalizar e garantir a
preservação das mesmas.
Algumas ações estratégias para essa meta são:
Planejamento das áreas para desmatamento e exploração de recursos (areia, macadame,
argila, entre outros);
Preservação e incentivo de parques montanhosos, explorando deste modo, o turismo
ecológico e/ou de aventura;
2.3.3 Estabelecimento de Unidades de Conservação
Existem inúmeras áreas passíveis de transformação em Unidades de Conservação em Timbó.
Para tal, deverá ser decretado oficialmente a Criação dessas Unidades com suas respectivas
classificações e elaboração de Planos de Manejo, de acordo com a Lei Nº. 9.985 de 18 de julho de
2000, a qual estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC.
As áreas de Proteção Ambiental Cedro Margem Esquerda e Cedro Margem Direita foram
criadas a partir dos decretos Nº 2.222, de 02 de outubro de 1986 e Nº 2.317, de 6 de julho de 1987,
respectivamente. Contudo, suas áreas não estão bem definidas nesses decretos. Sugere-se a
revogação desses decretos e a formulação de novos, para que se possa tornar exato tanto o
perímetro, área e atividades passíveis, assim como determina o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação. É necessária também a exigência da elaboração de Planos de Manejo dessas unidades
de conservação a serem criadas.
TABELA 1 SUGESTÕES DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO U. C. CEDRO MARGEM ESQUERDA
O Decreto Municipal Nº 2.222 de 02 de Outubro de 1986 estabelece “Proteção à tradição dos usos e costumes e da natureza na atual área agrícola da localidade de Cedro Margem Esquerda no município
de Timbó” Formado pela Floresta Atlântica Ombrófila Densa, estágios de vegetação secundária inicial, média
avançada de regeneração, pastagens e lavouras agrícolas. O solo predominante é classificado como Podzóico vermelho-amarelo com manchas de cambissolo,
textura argilo-arenosa, solos Gley pouco húmicos. Situado na margem esquerda do Rio dos Cedros
Área aproximada de 2.000ha. U. C. CEDRO MARGEM DIREITA
O Decreto Municipal Nº 2.317 de 06/07/1987 estabelece “Proteção à tradição dos usos e costumes e
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da natureza na atual área rural da localidade de Cedro Margem Direita no município de Timbó”. Formado pela Floresta Atlântica Ombrófila Densa, estágios de vegetação secundária inicial, média
avançada de regeneração, pastagens e lavouras agrícolas.
U. C. CEDRO MARGEM DIREITA O solo predominante é classificado como Podzóico vermelho-amarelo com manchas de cambissolo,
textura argilo-arenosa, solos Gley pouco húmicos. Situado na margem direita do Rio dos Cedros.
Área aproximada de 2.200ha.
U. C. DO RIO FORTURNA
Localizado no final da Rua Tiroleses/Divisa com o município Rio dos Cedros, Bairro de Tiroleses Altitude máxima 696m
Formado pela Floresta Atlântica Ombrófila Densa, estágios de vegetação secundária inicial, média e avançada de regeneração.
U. C. DO RIO FORTURNA
O solo predominante é classificado como Podzóico vermelho-amarelo com manchas de cambissolo, textura argilo-arenosa.
Apresenta 5 nascentes que formam o Ribeirão Fortuna que desemboca no Rio dos Cedros, onde se chama Riberão Fortuna/Tiroleses/Ferrari.
Apresenta uma área aproximada de 1.000ha. U. C. ARAPONGUINHAS
Localizado na Rua Tupã, Bairro Araponguinhas.
Altitude máxima 585m Formado pela Floresta Atlântica Ombrófila Densa, estágios de vegetação secundária inicial, média e
avançada de regeneração. O solo predominante é classificado como Podzóico vermelho-amarelo com manchas de cambissolo,
textura argilo-arenosa. Apresenta uma nascente que alimenta o Ribeirão Araponguinhas que desemboca no Rio Benedito.
Apresenta uma área aproximada de 1.200ha. O Morro do Araponguinhas é um Parque Natural ainda não decretado oficialmente pelo poder público
municipal.
U.C. FRANZ DANN
Localizado na Rodovia Estadual SC-417, km 01 (Timbó – Rio dos Cedros – Pomerode) Altitude média 70m
Formado pela Floresta Atlântica Ombrófila Densa, estágios de vegetação secundária inicial, média e avançada de regeneração.
U.C. FRANZ DANN O solo predominante é classificado como Podzóico vermelho-amarelo com manchas de cambissolo,
textura argilo-arenosa. Por ele passa o Ribeirão Fortuna/Tiroleses/Ferrari
U.C. FRANZ DANN Apresenta uma área de 32ha.
Hoje é conhecido popularmente como Jardim Botânico, onde se encontra o Horto Florestal Municipal produzindo mudas de árvores nativas, ornamentais, flores e olerícolas.
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É um parque natural ainda não decretado oficialmente pelo poder público municipal. Fonte: Projeto Anel Viário
2.3.3.1 Mitigação dos Passivos Ambientais
A presença de passivos ambientais em um município apresenta várias implicações a este,
sendo considerado muitas vezes um problema. Para evitar a formação desse tipo de passivo, é
necessário, sempre quando da implantação de algum empreendimento, a exigência do EIA/RIMA e,
quando os já instalados, os estabelecimentos que apresentam risco ao meio ambiente devem elaborar
planos de controle ambiental (PCA).
Esses documentos devem ser exigidos pela Prefeitura ou pela Fundação do Meio Ambiente,
conforme Resolução CONAMA 001/1986.
2.3.3.2 Implementação a Educação Ambiental
É necessário continuar investindo na educação ambiental como forma de conscientizar a
população da importância do desenvolvimento sustentável, tanto em escolas, para crianças, como por
meio de campanhas educativas, atingindo toda a população. Isto deverá ser feito pela Prefeitura
Municipal de Timbó e/ou pela Fundação Municipal de Meio Ambiente.
Nas escolas, é importante frisar que uma disciplina chamada Educação Ambiental não é o
melhor caminho para essa implementação. É necessário que a educação ambiental esteja inserida de
uma maneira multidisciplinar, fazendo com que as crianças compreendam que o meio ambiente não
está isolado de outras atividades, mas sim inserido em tudo que se refere à vida.
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TABELA 2 DIRETRIZES – MEIO AMBIENTE
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Melhor gerenciamento da agropecuária
Criação de uma secretaria responsável pela gestão da agropecuária LONGO Prefeitura Municipal de
Timbó Criar e produzir produtos de maior
valorização pelo mercado Incentivar a diversidade de produtos e animais CURTO Secretaria de Agricultura
Aplicação de adubos naturais nas propriedades rurais, Diminuição do impacto ambiental
gerado pelos dejetos de suínos Geração de renda
CURTO Secretaria de Agricultura Agropecuária
Diminuição ou extinguir a utilização de defensivos agrícolas Implantação de alternativas CURTO Secretaria de Agricultura
Rede de esgoto em Araponguinhas Elaboração de projeto de saneamento no bairro
Araponguinhas, com estação de tratamento própria.
MÉDIO SAMAE
Obrigar os demais municípios do consórcio a promover a coleta seletiva de materiais recicláveis
Realizar a cobertura diária dos resíduos Cortina arbórea
Melhoria do funcionamento do aterro sanitário
Implantação de queimadores de gás
CURTO SAMAE
Caminhões que não atrapalhem o trânsito e nem causem mau cheiro no
centro da cidade
Desvio da rota dos caminhões de lixo e horários diferenciados pré-definidos para a passagem dos
mesmos. CURTO Prefeituras do consórcio e
SAMAE
Ações de despoluição do rio, Campanhas de conscientização,
Fiscalização do lançamento de efluente das indústrias e esgoto
Melhoria da qualidade da água do Rio Benedito
Replantio da mata ciliar
MÉDIO MÉDIO
SAMAE e Fundação Municipal do Meio Ambiente
SAMAE e Fundação Municipal do Meio Ambiente
Saneamento
Amenizar problemas de Incentivar o aproveitamento das águas pluviais MÉDIO Prefeitura Municipal
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DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Fiscalização e controle do plantio de espécies exóticas CURTO
Controle e fiscalização das áreas de preservação permanente MÉDIO
Fundação Municipal do Meio Ambiente
abastecimento
Busca de mananciais de abastecimento alternativo LONGO SAMAE Enquadramento das indústrias nos
padrões ambientais Fiscalização sobre os efluentes líquidos e gasosos
das indústrias MÉDIO
Planejamento de áreas para desmatamento e exploração MÉDIO
Preservação e incentivo de parques montanhosos Preservação das APPs
Turismo ecológico/aventura CURTO
Decretar Oficialmente a Criação das UCs Estabelecimento de Unidades de Conservação Elaboração de planos de manejo
CURTO
Minimização dos impactos ambientais e consequentemente seus passivos
Exigência da elaboração de planos de controle dos impactos já gerados e EIA/RIMA antes da implantação de algum empreendimento
MÉDIO
Continuar investindo na educação ambiental como forma de conscientizar a população da importância
do Desenvolvimento Sustentável LONGO
Conservação do Meio
Ambiente
Conscientizar a população sobre a importância do meio ambiente
Estabelecer a educação ambiental obrigatória nas escolas CURTO
Fundação Municipal do Meio Ambiente
Fundação Municipal do Meio Ambiente
Fonte: VPC/Brasil; 2006
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3 DIRETRIZES SOCIOECONÔMICAS
A elaboração de diretrizes e proposições relacionadas aos aspectos socioeconômicos levou
em conta as características particulares do município de Timbó. Tais características envolvem
diferentes aspectos da realidade social e cultural de Timbó, tais como: a identidade cultural, o perfil
etário da população, a relação entre o urbano e o rural, o mundo do trabalho e as organizações
coletivas da sociedade civil.
No que diz respeito à identidade cultural de Timbó sabe-se que essa, juntamente com os
demais municípios da região do Médio Vale do Itajaí, está fortemente relacionada à colonização
marcada pela imigração européia, sobretudo a alemã.
A preservação do patrimônio cultural material e imaterial de uma localidade depende de sua
população. Em Timbó é possível notar que a população local possui um sentimento de orgulho e
pertencimento ao município, pautada em grande parte em torno da imagem do imigrante ítalo-
germânico e dos valores a ele relacionados. A identidade do imigrante se preservou graças a
instituições sociais distintas: a língua do imigrante (veículo por excelência de transmissão de valores,
normas, sentimentos); e as organizações coletivas ligadas ao imigrante (como as sociedades de caça
e tiro, os grupos folclóricos, etc.). Entretanto, as gerações mais jovens estão perdendo o interesse
pelos costumes e tradições locais. São poucos os jovens, por exemplo, que se interessam pelas
sociedades de caça e tiro ou por aprender a língua dos seus antepassados. Ora, qualquer tradição só
persiste no tempo se é transmitida pelas gerações mais jovens. Deste modo, é preciso tomar algumas
medidas no sentido de preservar e resgatar a memória e a identidade local.
Ao analisar a pirâmide etária de Timbó foi possível observar a existência de uma parcela
significativa de idosos. Este fato implica na adoção de políticas públicas específicas para garantir o
bem estar e a qualidade de vida a este segmento etário, como a oferta de atividades recreativas
permitindo ao idoso manter um convívio social ativo. Durante a leitura da realidade local ficou
evidente que a população urbana de Timbó tem aumentado progressivamente nos últimos anos. São
os jovens, em sua maioria, que deixam o campo a procura de melhores oportunidades de emprego e
renda. Desta migração campo/cidade resulta num problema grave: o crescimento das áreas urbanas
sobre o meio rural. Para reverter este quadro é preciso criar atividades que valorizem o modo de vida
rural nas escolas, como, por exemplo, a produção de hortas comunitárias. Aos jovens é preciso
oferecer oportunidades de renda no meio rural, através da capacitação técnica dos mesmos.
Durante as leituras comunitárias, realizadas entre os meses de maio e junho de 2006,
muitos moradores apresentaram queixas sobre o atual modelo de funcionamento dos centros
comunitários. Segundo estes moradores, atualmente os centros comunitários se resumem a bares,
campeonatos de futebol e bolão, etc. Muitos destes espaços perderam sua função tradicional, ou seja,
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intervir em favor da comunidade local para melhorar os equipamentos e infra-estrutura da mesma.
Além disso, muitos centros comunitários deixaram de ser um espaço para toda a família, restringindo-
se a espaços de sociabilidade eminentemente masculinos. É de fundamental importância reestruturar
os centros comunitários e transformá-los em um espaço de convivência para toda a família,
implementando nestes centros aulas de artesanato, grupos de terceira idade, grupos folclóricos, etc.
Também é importante transformá-los em espaços de cidadania, onde o morador discuta os problemas
de seu bairro e aponte soluções, participando desta forma do processo democrático.
O diagnóstico do município revelou que há um alto índice de acidentes de trabalho em
Timbó. O município possui o maior índice de sua microrregião. Nota-se também que a maioria destes
acidentes ocorre no setor industrial são provocados pelo estresse do próprio ambiente de trabalho.
Desta forma, é necessário implementar estratégias preventivas eficazes, além de palestras e cursos
educativos, também é necessário diminuir o estresse do ambiente de trabalho, proporcionando
atividades físicas de relaxamento e alongamento.
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TABELA 3 DIRETRIZES SOCIOECONÔMICAS DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Difundir a história do município entre a população local,
principalmente entre jovens e crianças
Elaborar e distribuir nas escolas municipais e
estaduais material didático sobre a história e a cultura
de Timbó
Curto Prefeitura Municipal (Secretaria da Educação; Fundação Cultural
de Timbó)
Valorizar a história do colono imigrante
Implantação de uma semana cultural nas escolas do
município, durante a qual os alunos das escolas
municipais apresentarão trabalhos, números de dança, canto, teatro
envolvendo a história do colono e do imigrante ítalo-
germânico
Curto Prefeitura Municipal (Secretaria da Educação; Fundação Cultural
de Timbó)
Incentivar a visita de escolas nos espaços culturais
disponíveis no município Imediato
Prefeitura Municipal (Secretaria da Educação; Fundação Cultural
de Timbó) Em eventos expressivos no município - como a Festa do Imigrante e a festa anual das Sociedades de Caça e Tiro - promover apresentações dos grupos de teatro, contanto a
saga colono imigrante
Médio
Valorização da História do Município
Difundir a história do município em eventos culturais
Implantar o museu do desbravador na casa anexa
ao Museu do Imigrante Longo
Prefeitura Municipal – Secretaria da Educação e Fundação Cultural
de Timbó.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
15
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Apoio permanente à criação e manutenção dos
espaços culturais do município.
Criação e manutenção adequada dos espaços culturais do município, tais como os museus, videotecas, pinacotecas, discotecas, arquivo
histórico, biblioteca pública, dentre outros
Procurar parcerias com a iniciativa privada, através do selo de incentivo a cultura,
visando a criação e a manutenção adequada dos
espaços culturais.
Imediato Fundação Cultural e Iniciativa Privada.
Estabelecer parcerias com instituições de ensino
superior da Europa e do Brasil para registrar e
estudar os idiomas alemão e italiano falados no local Implantação de aulas
optativas de alemão ou italiano nas escolas
municipais
Resgate da língua do imigrante
Preservar a cultura do imigrante através do estudo e do registro dos idiomas alemão e italiano
falados na região e oferecer ao munícipe a oportunidade de
aprender o alemão e o italiano
Oferecer aulas de alemão e italiano à comunidade
Médio
Prefeitura Municipal – Secretaria da Educação e Fundação Cultural de Timbó. Instituições de Ensino
Superior.
Estabelecer parcerias com instituições privadas para
arrecadar fundos para a festa do imigrante
Imediato
Revitalização das festas
locais Revitalização das festas
locais
Envolver a comunidade na organização dos eventos locais,
principalmente aqueles relacionados à identidade local, como a festa do imigrante e a
festa anual das sociedades de caça e tiro. Revitalizar os eventos
culturais no município
O envolvimento da população na festa do imigrante deverá
ser realizado através da articulação entre Fundação Cultural e associações de
bairros. Os moradores participantes ajudarão na
organização e realização do evento, podendo expor
artesanatos ou pratos típicos
Imediato
Fundação Cultural de Timbó, iniciativa privada, associações de bairros, sociedades de Caça e Tiro e outras organizações coletivas.
Fundação Cultural de Timbó, iniciativa privada, associações de bairros, sociedades de Caça e Tiro e outras organizações coletivas.
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DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS durante o mesmo
As festas das Sociedades de Caça e Tiro devem ser
revitalizadas com campanha da prefeitura, e realização de
um evento atrativo aos moradores, com barracas de
comida, bebidas, apresentação de danças
folclóricas, etc
Curto
Caracterizar a Festa do Imigrante como um evento
que celebra a saga do imigrante germânico
Realizar um concurso para eleger o prato típico de Timbó e introduzi-lo de
forma estratégica no evento
Revitalização da Festa do Imigrante
Atribuir uma identidade local forte
e bem delineada à Festa do Imigrante. Fomentar a
participação da população na organização da Festa do Imigrante.
Tornar o evento uma fonte de renda paralela à população local
Atribuir uma identidade local forte e bem delineada à Festa do
Incentivar a formação de grupos de canto e dança
CURTO
Prefeitura Municipal Iniciativa privada. Associações de bairro e outras organizações coletivas.
Prefeitura Municipal Iniciativa privada. Associações de bairro e
outras organizações coletivas
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DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS Imigrante. Fomentar a
participação da população na organização da Festa do Imigrante.
Tornar o evento uma fonte de renda paralela à população local
Oferecer cursos de artesanatos nas associações de bairros ligados a arte do imigrante germânico – e em certos casos do imigrante
italiano. A produção destes cursos deverá ser
comercializada pela população dos bairros
durante o evento Envolver o jovem em grupos
folclóricos de dança e/ou canto
Oferecer oficinas de artesanatos típicos (como a escultura típica em madeira) Promover um concurso para
a produção de cartazes temáticos para a festa do imigrante e a festa das
sociedades de caça e tiro
Recuperação da identidade local entre os jovens
Fortalecer a identidade local entre a população jovem
Promover concurso de poesia e contos cujo tema envolva a
história e os costumes da região em português e na
língua do imigrante (alemão e italiano)
CURTO Secretaria da Educação e
Fundação Cultural de Timbó Iniciativa Privada
Revitalização dos Grupos Folclóricos
Fortalecer a identidade local através dos grupos folclóricos.
Fomentar o surgimento de novos grupos folclóricos, além dos dois já
Divulgar nas escolas e associações de bairro a
importância de conservar grupos folclóricos
CURTO
Fundação Cultural de Timbó Iniciativa Privada. Associações de
Bairro e outras organizações coletivas.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
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DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS A Fundação Cultural deverá viabilizar o surgimento de
novos grupos, mais diversificados, como um
grupo de dança italiana, de música alemã, etc
As associações de bairro serão utilizadas como espaço para o ensaio e a reunião dos
grupos folclóricos Os grupos folclóricos deverão
ter o acompanhamento da Fundação Cultural.
Juntamente com aulas de dança e/ou música estes
grupos deverão ter aulas de história sobre as culturas e
tradições que irão representar
Depois de formados e consolidados os grupos
folclóricos poderão e deverão organizar eventos, como
apresentações no município
existentes no município (grupo folclórico de dança alemã e de canto italiano). Fortalecer os
grupos folclóricos já existentes.
A Fundação Cultural deverá fomentar a apresentação
destes grupos folclóricos em outros municípios
MÉDIO
Ampliação do Acervo da Biblioteca Municipal
Ampliar o acervo da Biblioteca Municipal
Estabelecer parcerias com outras bibliotecas para o fornecimento de livros
CURTO Secretaria da Educação e Iniciativa Privada
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
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DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS Realizar campanhas de doação de livros junto a
população e mesmo junto a iniciativa privada
Fomentar a criação ou reestruturação (quando
necessária) dos grupos de terceira idade
Os grupos de terceira idade deverão utilizar o centro
comunitário como sede para a realização dos encontros e
reuniões Oferecer atividades
recreativas adequadas a este segmento etário, como aulas de alongamento, cursos de
artesanato, produção e conservação de hortas
comunitárias, etc
CURTO
Atividades para a Terceira Idade
Oferecer atividades recreativas a terceira idade, visando melhorar sua qualidade de vida. Recuperar os valores e tradições dos idosos para que seu conhecimento de
mundo seja preservado. Aproximar os idosos das gerações mais
jovens.
Oferecer atividades recreativas a terceira idade, visando melhorar sua qualidade de vida. Recuperar os valores e tradições dos idosos para que seu conhecimento de
mundo seja preservado. Aproximar os idosos das gerações mais
jovens.
Selecionar entre os participantes dos grupos
aqueles com maior vocação para “contar estórias” sobre a vida corriqueira de Timbó.
Estes “contadores de estórias” deverão visitar as
escolas da rede pública municipal periodicamente,
para contar suas estórias às crianças
MÉDIO
Prefeitura Municipal Iniciativa privada e associações de bairro e
outras organizações coletivas
Prefeitura Municipal Iniciativa privada e associações de bairro e
outras organizações coletivas
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
20
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS Manter as crianças da zona
rural em escolas rurais, como estratégia para preservar o
sentimento de pertencimento ao campo.
Criar hortas comunitárias dentro das escolas da rede
de ensino municipal
CURTO Preservação do modo de
vida rural
Diminuir a evasão das zonas rurais. Incentivar as gerações mais
novas a permanecer no campo.
Criação de cursos técnicos e pós-médio voltados ao meio rural e produção agrícola.
MÉDIO
Prefeitura Municipal, Iniciativa privada, Governo Estadual e
Governo Federal.
Formular um estatuto comum a todos os centros
comunitários, contendo suas atribuições e funções
Estabelecer os horários de funcionamento das
atividades desenvolvidas no centro comunitário, tais
como: reuniões, palestras, aulas de artesanato, reunião dos grupos folclóricos, dos grupos da terceira idade, campeonatos de futebol e
bolão, etc
Reestruturação dos Centros Comunitário
Transformar os centros comunitários em espaços
importantes para o exercício da cidadania, a ser utilizado por toda a família e responsável por difundir
a cultura local.
Estabelecer parcerias com as empresas privadas para obter equipamentos, tais
como: computador, televisão, DVD, etc
CURTO
Prefeitura Municipal Iniciativa privada. Associações de bairro e outras organizações coletivas.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
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DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS Envolver os centros
comunitários na organização da festa do imigrante
A prefeitura municipal deverá realizar uma campanha de
sensibilização junto as indústrias para que as
mesmas adotem práticas preventivas contra acidentes
de trabalho Oferecer cursos e palestras
sobre os cuidados necessários a prevenção de
acidentes de trabalho Oferecer aos funcionários, ao menos, meia hora diária de exercícios de relaxamento e
alongamento
Prevenção dos acidentes de trabalho
Diminuir o número de acidentes de trabalho no setor industrial.
Diminuir o estresse do ambiente de trabalho.
A Secretaria de Saúde deverá realizar um cadastro das indústrias que adotaram
medidas preventivas contra acidentes de trabalho
IMEDIATO
Prefeitura Municipal e Iniciativa privada.
Fonte: VPC/Brasil; 2006
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4 DIRETRIZES ECONÔMICAS
4.1 Setor Primário
A agricultura e agropecuária em Timbó possuem característica familiar e pequenas
propriedades, portanto não é a principal atividade econômica, mas tem importância cultural para a
cidade e para quem vive dessas atividades. Apesar de dispor de tecnologias essas atividades não
apresentam produção suficiente para atender grandes mercados e restringem-se a atender o mercado
local.
Algumas ações são necessárias para melhorar a vida dos agricultores, para estes se
manterem no campo e agregarem valor aos seus produtos. Para que isso ocorra é interessante a
criação de uma secretaria de agricultura e agropecuária ou a contratação de consultores, vinculados à
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com a finalidade de organizar o setor primário, dividi-lo
em grupos de acordo com a aptidão do solo e definir junto com os agricultores, o que cada grupo
produzirá, como produzirá, para quem será vendida a produção total dos grupos e também ajudar os
agricultores em relação aos custos de produção, valor de venda, situação do mercado, Marketing,
como um acompanhamento mais intensivo em cooperação com a própria Epagri.
4.2 Setor Secundário
Com o crescimento dos setores industrial e turístico em Timbó, faz-se necessária a
qualificação das pessoas para ocuparem as vagas oferecidas, sem necessidade das empresas
buscarem profissionais em outras cidades ou regiões.
A implantação da Uniasselvi ajudará na formação de novos profissionais aptos a ocupar
alguns cargos que exijam qualificação a nível superior. Os cursos profissionalizantes da cidade têm a
função de proporcionarem reciclagem profissional para os cargos técnicos, operacionais, que devido a
constante inovação tecnológica estão sempre necessitando de aperfeiçoamento.
Com o desenvolvimento do turismo, alguns hotéis podem oferecer, além dos serviços
tradicionais aos turistas, espaço para reuniões, cursos, palestras, seminários, atraindo o turista de
negócios e sendo um modo de aperfeiçoamento profissional, interessante tanto para as empresas
quanto para os profissionais.
Com relação ao crescimento das áreas industriais no município, é importante planejar quais
serão essas áreas, prevendo possíveis conflitos entre moradores e as indústrias, como por exemplo,
reclamações contra eventual poluição sonora causada por alguma empresa. Definir quais áreas serão
destinadas somente às indústrias que possam causar alguma poluição, dentro dos limites
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
23
estabelecidos por lei, constituindo micro-pólos industriais inseridos nos bairros, descentralizando a
atividade econômica e os empregos na área urbana. Esta descentralização também deve ser dar, a
médio e longo prazo, com a instalação de indústrias não incômodas e serviços de apoio industrial ao
longo do futuro anel viário.
Esse planejamento também é importante para a qualidade de vida das pessoas que
trabalham nas indústrias. A médio e longo prazo haverá um remanejamento para que as pessoas
trabalhem em locais próximos de suas casas, evitando perda de tempo no trajeto até o trabalho e
vice-versa, além do estresse.
Para que, além de crescimento obtenha-se também desenvolvimento econômico e todos
sejam beneficiados é importante planejar o crescimento econômico visando qualidade de vida para as
pessoas, educação, cultura, qualificação profissional e prever possíveis problemas econômicos como,
por exemplo, uma crise em determinado setor predominante no município, caso não exista
diversificação, evitando que a crise afete a economia local.
4.3 Setor Terciário
O setor de comércio e serviços é o setor que mais sente o momento que a economia se
encontra. Se há uma retração, a quantidade de dinheiro em circulação é menor, diminui o consumo,
em contrapartida havendo expansão as pessoas detêm maior poder de compra e vão consumir
movimentando principalmente o setor terciário.
Pensando no crescimento de Timbó, o comércio precisa estar preparado para atender a
demanda dos consumidores e turistas, oferecendo produtos e serviços diversificados, excelente
atendimento ao cliente e capacitação profissional agregando valor ao setor, objetivando a satisfação
dos clientes e aumento das receitas.
A renda per capita do município está entre as melhores do Estado, portanto a propensão a
consumir da população também deverá ser maior. Se houver um planejamento de marketing, pode-se
oferecer uma diversidade maior de produtos e serviços, evitando que os consumidores movimentem o
setor em outras cidades e Timbó deixe de arrecadar, não dando condições de os comerciantes locais
lucrarem.
Os produtos e serviços turísticos serão bem vindos, uma vez que a cidade é carente em
relação à oferta dos mesmos. A melhoria da infra-estrutura turística é essencial para o
desenvolvimento do turismo mostrando-se como oportunidade de negócios para investidores.
A implantação da Uniasselvi apresenta-se como outra oportunidade ao comércio e serviços
locais, uma vez que demandará serviços e produtos principalmente nas áreas de alimentação,
hospedagem e moradia. Indiretamente movimentará também o segmento de entretenimento,
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
24
vestuário, calçados, etc, ou seja, todo setor terciário será beneficiado.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
25
TABELA 4 DIRETRIZES ECONÔMICAS
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Organização dos pequenos proprietários e produtores em grupos conforme aptidão do
solo, para conseguirem melhores preços e valor
agregado
Criação de uma secretaria de agricultura
ou contratação de profissionais para dar
consultoria aos grupos de agricultores e
agropecuaristas
Contratação, através de concurso público, de um agrônomo, um
veterinário e um especialista de mercado (consultores), para
assessorar os produtores no que diz respeito a: o que será plantado,
quanto e para quem será vendido. Esse grupo ficaria responsável
também pelos cálculos de custos e preços de venda. Os contratados
ficariam vinculados à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e trabalhariam exclusivamente na consultoria para os agricultores e
agropecuaristas. Outra opção seria criar uma secretaria de Agricultura e
Pecuária com a mesma finalidade
CURTO
Oferecer capacitação aos produtores agrícolas de forma que estes possam optar por atividades que agreguem
maior valor à produção.
Setor Primário
Setor Primário
Capacitação agrícola
Prevenção dos acidentes de trabalho
Promover o beneficiamento da produção na própria região,
possibilitando sua comercialização no mercado local.
MÉDIO
Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, EPAGRI, grupo de Consultores ou secretaria de agricultura
(caso seja criada).
Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, EPAGRI, grupo de Consultores ou secretaria de agricultura
(caso seja criada).
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
26
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Determinar breve período de isenção fiscal aos produtores de modo a garantir a sua consolidação no
mercado
CURTO
Maior participação na Assagro
ICMS Ecológico - quando implementado pelo Estado - utilizado pelos consultores para beneficiar o
pequeno produtor rural
MÉDIO
Intensificar os cursos profissionalizantes para qualificação da mão de
obra industrial e turística
Aliar ações na área de turismo, atraindo investidores na área hoteleira e gastronômica para
investir no turismo de negócios, uma vez que a cidade possui várias
indústrias e está ampliando o setor industrial. Nos hotéis também
podem ser realizados cursos de aperfeiçoamento profissional e palestras sobre tendências de mercado e da economia, etc,
interessantes às indústrias locais
Setor Secundário
Diversificar o setor industrial para não haver dependência de apenas
alguns segmentos evitando possíveis crises
no setor
Destinar as áreas para os micropolos industriais evitando conflitos com
áreas residenciais. Prever instalação em locais estratégicos com facilidade de transporte e abastecidos por uma
rede completa de infra-estrutura
MÉDIO
Secretaria de Desenvolvimento
Econômico Municipal.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
27
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Incentivar preferencialmente empresas que desenvolvam e
agreguem tecnologias CURTO
Incentivar promoções no comércio para atrair os consumidores, por
exemplo, sorteio de prêmios, vales compra, etc
Promover cursos, palestras para melhoria da qualidade dos produtos, serviços e atendimento oferecidos,
agregar valor ao setor
Fortalecer e incentivar a melhoria do comércio
local;
Diversificação dos produtos e serviços oferecidos
Setor Terciário
Incentivar o desenvolvimento do
comércio local
Disciplinar instalação de empresas comerciais buscando distribuição
mais eqüitativa evitando a concorrência nociva que prejudica a
economia local.
CURTO Associação Comercial.
Controlar ou proibir feiras itinerantes e comércios temporários CURTO
Fonte: VPC/Brasil; 20
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
28
5 DIRETRIZES DE INFRA-ESTRUTURA
5.1 Sistema viário
As medidas previstas ao sistema viário buscam facilitar e organizar a vida de pedestres,
motoristas e ciclistas da cidade. Foram tratados de assuntos corriqueiros a todos os cidadãos,
buscando sempre alcançar seu conforto e bem-estar. As análises indicaram que Timbó é
desfavorecida pela pouca sinalização rodoviária. A falta de indicações pode gerar transtorno a seus
visitantes. É aconselhável a intervenção de uma sinalização clara e objetiva indicando distâncias e
acessos até mesmo em municípios fora da região metropolitana de Blumenau.
A sinalização viária urbana apresenta deficiências nas placas que indicam arruamento. É
aconselhável a adoção de um padrão que indique o nome da rua, bairro a qual pertence e a
numeração dos lotes na quadra em questão. Essa simples medida seria responsável por dar um fim ao
corriqueiro problema do desconhecimento dos limites dos bairros.
O projeto existente para o Anel Viário demonstra ser de grande valia para a manutenção da
boa qualidade do tráfego interno de veículos no centro de Timbó. Sua execução será imprescindível
ao desenvolvimento da cidade, que contará também com uma reestruturação do Sistema Viário
Básico, uma medida que prevê a padronização dos gabaritos das vias proporcionando ordenamento
não apenas à circulação, mas também na própria paisagem urbana. Foi proposta a abertura de novas
diretrizes viárias com a finalidade de interligar áreas com deficiências de fluxos ou ainda novas regiões
com tendências a se adensarem, promovendo a ocupação de vazios territoriais. A pavimentação da
vias é assunto delicado e foi proposta de modo a seguir uma hierarquia de usos e volume de tráfego,
favorecendo a maior quantidade de usuários possível.
O grande uso da bicicleta como meio de transporte pela população local também foi
considerado. Foi proposta a implantação de um sistema de ciclovias com faixas de larguras bem
determinadas de forma a garantir um transporte seguro a todos os usuários. Outro meio de
transporte considerado foi o transporte coletivo, que atualmente encontra-se numa situação de pouca
aceitação e dificuldades de adaptação. Os programas para estimular o uso dos ônibus e a criação de
novas rotas com mais horários disponíveis e a implantação de novos terminais integrados são
propostas a serem estudas e discutidas.
5.2 Educação
A educação municipal é considerada pela grande parcela da população como um serviço de
grande qualidade prestado pela administração pública. As poucas dificuldades encontradas limitam-se
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
29
à quantidade de vagas oferecidas pelos NEIs, Núcleos de Educação Infantil. A ampliação das unidades
mais solicitadas e a preocupação e oferecer total atendimento às mães operárias foram consideradas
metas a serem alcançadas. Foram também consideradas as novas exigências educacionais que
prevêem a ampliação do ensino fundamental, além da prática de atividades esportivas com qualidade
dentro das instalações educacionais.
5.3 Saúde
Assim como a educação, a saúde também recebe o reconhecimento da população local. As
principais medidas as serem tomadas referem-se à especialização dos serviços oferecidos pelo
CEMUR, criando o Centro de Referência Regional, uma maneira de evitar que os casos de alta
complexidade necessitem buscar leitos em centros alternativos de tratamento, mesmo que em longo
prazo.
5.4 Lazer
Timbó apresenta uma grande qualidade visual e paisagística, todo esse potencial deve ser
canalizado para o proveito da comunidade através do aprimoramento e reestruturação das áreas
verdes. Além disso, a proposta para a criação de novas áreas verdes deve ser associada ao programa
cicloviário, integrando o transporte ao lazer.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
30
TABELA 5 DIRETRIZES DE INFRA-ESTRUTURA
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Energia elétrica Iluminação urbana Enviar pedido à CELESC requisitando a
expansão da rede de iluminação pública
Curto CELESC e Prefeitura Municipal
Telecomunicações Estender o serviço de
telefonia fixa a todas as localidades rurais
Enviar pedido à ANATEL para garantir a ampliação do serviço de telefonia Curto ANATEL
Enviar pedido ao DEINFRA requisitando melhoramentos na
sinalização das rodovias que levam à cidade
Curto DEINFRA Reestruturação da sinalização viária
Reestruturar o padrão de sinalização urbana Curto Secretaria de
Planejamento
Preservação do tráfego interno de veículos no
centro da cidade desviando os veículos pesados de passagem
Execução de todo anel viário Longo Secretaria de
Planejamento, DEINFRA e DENIT
Reestruturação do Sistema Viário Básico e
Estrutural
Desenvolver estudo do sistema viário urbano prevendo gabaritos específicos
para os diferentes tipos de vias Longo DEMUTRAN
Complementação do sistema viário
promovendo a ligação entre bairros
Abertura de diretrizes de arruamento urbano Longo Secretaria de
Planejamento
Sistema Viário
Pavimentação das vias Identificar através da hierarquia e
volume de tráfego as vias prioritárias para receberam a pavimentação
Longo
Secretaria de Planejamento e
Secretaria de Obras Públicas
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
31
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Eliminação de mãos-inglesas
Elaborar estudo de trânsito que viabilize a inversão das mãos-inglesas Curto Secretaria de
Planejamento
Qualidade dos passeios Manutenção e execução dos passeios
em todos os bairros, garantindo a padronização
Longo
Secretaria de Planejamento e
Secretaria de obras Públicas
Garantir a segurança e facilidade de trânsito dos
ciclistas Implantação do sistema cicloviário Longo Secretaria de
Planejamento
Desenvolver programa que estimule os usuários a procurar esse serviço
LANCATUR e Prefeitura Municipal
Revisão dos horários oferecidos aos usuários do transporte coletivo,
prevendo a ampliação dos sistemas.
Curto LANCATUR e Prefeitura
Municipal
Implantação de cobertura nos pontos de ônibus
Secretaria de Planejamento Transporte coletivo
Implantação de terminais urbanos nos bairros traçando itinerários que passem pelo Terminal Central
prevendo: a escolha dos locais de implantação, o traçado dos itinerários,
a aquisição dos terrenos e a elaboração de projeto e execução das
obras.
Médio Secretaria de
Planejamento e DEMUTRAN
Estacionamentos públicos
Regulamentar vagas de estacionamento na área central,
priorizando o uso em apenas de um lado da rua.
Curto Secretaria de Planejamento
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
32
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Ordenação do tráfego
Identificar os usos que são potenciais geradores de tráfego delimitando os
locais ou tipos de vias para sua instalação
Curto Secretaria de Planejamento
Paisagismo urbano
Desenvolver estudo paisagístico indicando as espécies mais adequadas para a arborização de passeios e vias
públicas
Médio Secretaria de Planejamento
Ampliação dos NEIs com maior demanda (Quintino e Nações)
Construção de novos NEIs nos bairros que necessitam locar suas instalações
(Pe. Martinho Stein, Estados e Vila Germer)
Médio
Atendimento à criança
Permitir o funcionamento dos NEIs no período de férias Curto
Secretaria de Educação
Educação
Desenvolvimento de práticas esportivas com instalações adequadas
aos estudantes
Construção de ginásios esportivos nas escolas municipais que não possuem esse equipamento (Nestor Margarida,
Tiroleses e São Roque)
Médio Secretaria de Educação
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
33
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Adaptação das escolas municipais para atender
às novas exigências educacionais com a
implantação de um ano a mais no ensino fundamental
Ampliação das escolas municipais Curto Secretaria de Educação
Ensino médio mais abrangente
Buscar acordo com o governo do estado que promova a qualificação e
ampliação das escolas de ensino médio
Médio Secretaria de Educação
Criar opções de emprego e renda a jovens com
pouca experiência profissional
Oferecer ensino profissionalizante gratuito ou e parceria com o município Médio Secretaria de Educação
Construção de novas Unidades de Saúde nos bairros que necessitam
locar suas instalações (Imigrantes, Pe. Martinho Stein e Pomeranos)
Longo
Construção de uma Unidade de Saúde Avançada nas Muldes Médio
Saúde
Fortalecer o atendimento à saúde da população
local
Fortalecer o atendimento à saúde da população
local Desenvolver o CEMUR buscando
recursos para a construção do Centro de Referência Regional, oferecendo atendimentos de alta complexidade,
como leitos em UTI.
Longo
Secretaria Municipal de Saúde e Assistência
Social
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
34
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Estimular a população a praticar a medicina preventiva aproveitando o trabalho das agentes comunitárias.
Promover Conferências da Saúde, aos sábados, para toda a população
Curto
Reestruturação do Jardim Botânico Lazer
Reestruturação dos espaços públicos e áreas
verdes Criação de novos parques Médio Secretaria de
Planejamento
Fonte: VPC/Brasil; 2006.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
35
6 DIRETRIZES SOCIOESPACIAIS
TABELA 6 DIRETRIZES SOCIOESPACIAIS
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Incentivar a preservação de edificações de
importância histórica e arquitetônica
Eleger os lotes e edificações a serem beneficiados com redução de IPTU
Secretaria de Planejamento
Estudar alternativas de compensação da arrecadação
Vincular a redução do IPTU à obrigatoriedade de fiscalização por
parte da Prefeitura Municipal sobre os lotes e edificações beneficiados
Incentivo fiscal para unidades de preservação
e lotes atingidos por APPs Preservar as faixas de
mata ciliar e vegetação em topos de morros
Vincular o incentivo fiscal à manutenção da área verde ou da
edificação
CURTO
Procuradoria Municipal
Através do recadastro técnico imobiliário, identificar os lotes onde há
produção agrícola
Secretaria de Planejamento
Estipular uma redução tributária proporcional à área e ao tempo de
produção
Incentivo fiscal sobre lotes urbanos onde há
atividade agrícola
Desonerar proprietários que efetivamente
sobrevivem da atividade agrícola e se encontram no interior do perímetro
urbano Vincular o benefício apenas para atividades que não estejam em
desacordo com os parâmetros de Uso e Ocupação do Solo
CURTO Secretaria de
Desenvolvimento Econômico
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
36
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Eleger - em conjunto com a Comissão de Estética Urbana - edificações e serem tombadas através de lista elaborada pela Fundação Cultural
Secretaria de Planejamento
Estipular direito de preempção sobre as edificações mais significativas,
destinando um uso para as mesmas
Tombamento de edificações e
monumentos de importância histórica e
arquitetônica
Preservação do patrimônio histórico
material
Preservar o entorno das edificações através de parâmetros de uso e ocupação do solo compatíveis
MÉDIO
Fundação Cultural
Eleger edificações, monumentos e cemitérios como objetos de restauro
Secretaria de Planejamento
Estipular direito de preempção sobre edificações significativas, particulares
e em mau estado de conservação
Restauro de edificações e monumentos de
importância histórica e arquitetônica
Recuperação de edificações e
monumentos em atual comprometimento civil e
estético Estipular catagorias de preservação
para as edificações
MÉDIO
Fundação Cultural
Recuperação e preservação das
edificações de valor cultural
Secretaria de Planejamento Dotar de função o
patrimônio atualmente subutilizado Dotar o patrimônio de
função social, enquanto imóvel utilizado
Recuperação e preservação das edificações de valor cultural MÉDIO
Fundação Cultural
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
37
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Instrumentalizar a Lei de Parcelamento do Solo de
maneira a criar incentivos para que o
uso e a ocupação do solo sejam adequados ao
meio ambiente e diversificados
Vincular a área mínima dos lotes de acordo com a presença de
declividades no terreno
Secretaria de Planejamento
Melhorar a infra-estrutura de calçamento
e pavimentação da cidade
Estipular inclinação máxima dos taludes Procuradoria Municipal
Regulamentar a exigência de pavimentação nas vias de loteamentos
a serem abertos Integrar lotes de valor
acessível à malha urbana
Diversificar o mercado imobiliário
Descentralizar os equipamentos
comunitários e as atividades econômicas
Regulamentar a exigência de execução de meio fio nos loteamentos
a serem abertos
Instrumentos de política urbana no parcelamento
do solo
Coibir a formação de novos vazios urbanos
Regulamentar os loteamentos fechados através da concessão deste tipo de uso, do controle do tamanho
dos mesmos, da continuidade do
CURTO
Conselho de Desenvolvimento
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
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DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
sistema viário
Incentivar o parcelamento de áreas para atividades econômicas junto aos
loteamentos residenciais
Amortecer a urbanização sobre as áreas rurais através de critérios como
a criação de áreas de expansão urbana, conforme previsto na Lei
6766/ 1979
Vincular à aprovação de loteamentos critérios como a distância para com os loteamentos vizinhos, assim como o
grau de ocupação dos mesmos
Instrumentos do Estatuto da Cidade e do Código
Civil
Preservação das unidades de interesse
histórico
Vincular edificações históricas e lotes com vegetação significativa à zonas
de maior potencial construtivo através da Transferência do Direito de
Construir
CURTO Secretaria de Planejamento
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
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DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Vincular os imóvies objeto de Transferência do Direito de Construir à
manutenção de suas características ambientais ou arquitetônicas, fiscalizando periodicamente
Preservação das áreas verdes urbanas
Delimitar Zonas Especiais onde o parcelamento do solo pode gerar lotes mais acessíveis à população de baixa
renda
Ocupação dos vazios urbanos
Aplicar a Outorga Onerosa do Direito de Construir e posteriormente o IPTU
Progressivo nos vazios urbanos presentes nas zonas favoráveis ao
adensamento da ocupação
Implantação de equipamentos
comunitários e áreas de lazer
Aplicar o Direito de Preempção sobre áreas de interesse histórico, ambiental
e recreativo, para implantação de equipamentos
Criação de reservas de terra para lotes acesíveis sem segregar os mesmos
da malha urbana
Mesclar instrumentos de regularização fundiária do Estatuto da Cidade e
principalmente do Código Civil, mais adequados à realidade local
Ampliar as possibilidades de parcerias público -
privadas
Aplicar a Utilização Compulsória e posteriormente o IPTU Progressivo nos vazios urbanos presentes nas
zonas favoráveis ao adensamento da ocupação
Conselho de Desenvolvimento
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
40
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Promover a regularização fundiária urbana e rural
Aplicar a Outorga Onerosa do Direito de Construir nas zonas em que pode ser aceito um grau de verticalização sem o comprometimento da infra-
estrutura
Vincular o uso misto, as atividades comerciais e se serviços ao sistema
viário, diferenciando a ocupação sobre vias arteriais e coletoras e
decentralizando as atividades econômicas
Secretaria de Planejamento
Delimitar tamanhos de lotes eo Uso e a Ocupação do solo às características
do relevo nas área urbana e rural
Delimitar tamanhos de lotes e ocupação do solo às características do
relevo Descentralizar os lotes de valor
acessível Preservar o entorno de áreas de
interesse histórico
Vincular o Uso e a Ocupação do Solo às
características ambientais e às vocações
apresentadas pela evolução da Cidade
Estabelecer conceitos de Uso e Ocupação do Solo
para orientação ao desenvolvimento dos
espaços urbano e rural
Vincular o Uso e a Ocupação do Solo aos projetos viários e de
equipamentos a serem implantados
CURTO
Conselho de Desenvolvimento
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
41
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Aproveitar as potencialidades dos espaços de transição entre as áreas
urbana e rural
Localizar equipamentos comunitários em vias que suportem os picos de
tráfego, sem prejudicar a fluidez da circulação viária
Respeitar as vocações do Município dentro de critérios técnicos
Delimitar o perímetro urbano e as áreas de expansão urbana de maneira
a ocupar áreas favoráveis ambientalmente e coibir a formação
de vazios
Estruturar critérios para uma política habitacional
Criação de um fundo municipal de habitação
Secretaria de Planejamento
Coibir ocupações irregulares, em especial
sobre áreas ambientalmente frágeis
Promover cursos de mão de obra voltada à construção civil
Política Habitacional
Instrumentalizar o Município para a
obtenção de verba junto aos órgãos federais e
estaduais
Regulamentar locais onde os lotes podem ser acessíveis à população de
baixa renda que não necessita de subsídio do governo para adquirir a
casa própria
CURTO
Conselho de Desenvolvimento
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
42
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Trabalhar junto à população para a formação de cooperativas
habitacionais
Aplicar o Consórcio Imobiliário através da construção de moradias sobre
áreas particulares
Vincular programa habitacional voltado ás famílias de baixa renda à
programas de ascensão social; atrelar participação no programa à
qualificação profissional e emprego
Formar parcerias com concessionárias de infra-estrutura para a implantação
de redes apenas sobre áreas regularizadas ou em processo de
regularização
Criar sistema de Indicadores de Risco para estabelecer critérios de relocação ou urbanização de ocupação irregular
de acordo com as seguintes situaçãoes da edificação:
Sobre área com declividades acima de 30%;
Sobre áreas com risco de desmoronamento - taludes, falta de
cobertura vegetal
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
43
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Sobre APPS ao longo de cursos d´água
Sobre locais de difícil acesso viário e das redes de infra-estrutura
Edificação com risco de desabamento por desordem civil
Sobre áreas com características geológicas ou geotécnicas inapropriadas à ocupação
Consideradas como de uso "proibido" pela Lei de Uso e Ocupação do solo
Edificação sem atendimento aos dispostos nos códigos de Obras e
Posturas sobre questões relacionadas à salubridade
Situações em que ocorra densidade construtiva no lote pela ocupação de
mais de uma residência
Pedagogia da Gestão Territorial
Disseminar para a população conhecimento acerca do conteúdo do
arcabouço legal do Plano
Elaborar material com o resumo do conteúdo dos parâmetros de Uso e Ocupação do Solo e das demais leis
do Plano Diretor
CURTO Secretaria de Planejamento
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44
DIRETRIZ METAS AÇÕES PRAZO RESPONSÁVEIS
Elaborar material - folderes - explicativos sobre temas do Código
de Obras e de Sistema Viário, como a padronização das calçadas, a
implantação de para-raios, entre outros
Criação do Conselho de Desenvolvimento e atribuição ao
mesmo de disseminar as práticas de gestão territorial e ambiental à
população
Diretor
Realização de audiências e conferências para discussão sobre a
Cidade
Departamento de Relações Públicas
Fonte: VPC/Brasil; 2006.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
45
6 SISTEMA DE INFORMAÇÕES
Os sistemas de informações geográficas (SIG) em geral visam possibilitar o armazenamento,
atualização e visualização de dados georreferenciados, ou seja, informações com algum tipo de
referência espacial, portanto podem ser localizadas na superfície terrestre.
O município de Timbó passa a dispor de uma grande disponibilidade de dados após a
elaboração do Cadastro Técnico, no qual foram levantadas informações relativas à base territorial e
dos padrões de uso e ocupação do solo, principalmente dos lotes urbanos do município, mas também
alguns lotes adjacentes. E ainda, o trabalho elaborado na Leitura da Realidade Local, o
desenvolvimento das Diretrizes e Proposições e da Legislação Básica do Plano Diretor Municipal de
Timbó geraram uma ampla base de dados e informações.
Tais dados poderão servir para diversas funções no planejamento municipal e urbano, bem
como auxiliar no controle territorial e de uso e ocupação do solo, através da representação
cartográfica dos mesmos, pois permitem a visualização de uma dada realidade espacial.
Entretanto, a efetivação destas funções depende da atualização e processamento destes
dados em softwares de SIG. Algumas demandas são claras neste sentido, dentre elas a
complementação do banco de dados com informações dos lotes não levantados; a atualização dos
arquivos, acompanhando alterações como desmembramento ou unificação de lotes; e ainda, buscar
relacionar a base cartográfica e de dados, relativa aos lotes, com a base cartográfica e dados
existentes relativos às edificações.
Faz-se necessário ainda, dispor de estrutura de geoprocessamento para dar suporte às
diversas secretarias e departamentos da Prefeitura, visando possibilitar e otimizar a utilização das
informações existentes.
Tais aplicações dos sistemas de informações geográficas poderão ser úteis, por exemplo, no
acompanhamento das famílias pela Secretaria de Saúde e Ação Social, através da possibilidade de
acompanhar/controlar o trabalho desenvolvido através do uso de mapas. Esta medida pode ser
realizada por meio do relacionamento do banco de dados da secretaria citada aos bancos de dados e
bases georreferenciadas, espacializando as informações e possibilitando a localização de eventos e
casos específicos ou, classificando determinada informação para a visualização de sua distribuição
espacial.
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46
7 INDICADORES
Os indicadores são formas de medir o desempenho de programas e projetos, necessários
para que se conheça a eficiência e a eficácia dos mesmos. Também são importante forma de
democratizar informações sobre as realidades sociais para possibilitar a ampliação do diálogo da
sociedade civil com o governo, favorecendo um eventual aumento da participação popular nos
processos de formulação e definição de agendas, bem como de monitoramento e avaliação de
políticas públicas.
Porém, deve-se ter sempre em mente que indicadores normalmente geram índices que
refletem a intenção daqueles que o criaram, ou seja, os interesses de medição dos formuladores. A
interpretação também acaba voltando os resultados para os interesses de quem os lê. “Os problemas
centrais no que diz respeito à produção de indicadores são: a) clareza do que se pretende medir; b)
qualidade e precisão na produção das informações que comporão os indicadores; e c) cautela e
cuidado na interpretação das informações disponíveis” (KAYANO; CALDAS, 2002, p. 12). Os
indicadores devem manter sua intenção original, que é a formação de informação para permitir o
diálogo entre a gestão pública e a sociedade civil. Considera-se então que a produção de indicadores
deve democratizar as informações disponíveis, favorecendo um eventual aumento da participação
popular nos processos de formulação (e definição) de agendas, bem como de monitoramento e
avaliação de políticas públicas.
Indicadores e índices são números que procuram descrever um determinado aspecto da
realidade, ou apresentam uma relação entre vários aspectos. Adotando-se técnicas para ponderação
dos valores, podem-se criar índices que sintetizem um conjunto de aspectos da realidade e
representem conceitos mais abstratos e complexos, tais como qualidade de vida, grau de
desenvolvimento humano de uma comunidade ou, ainda, nível de desempenho de uma gestão. A
produção de bons indicadores pode esbarrar na disponibilidade de informações, que nem sempre são
produzidas da maneira ideal para a formulação desejada, ou então não são produzidas de forma
alguma, ou mesmo na já referida possibilidade de leituras tendenciosas.
Os indicadores podem ser classificados como simples e compostos. Os simples descrevem
imediatamente um determinado aspecto da realidade ou apresentam uma relação entre situações ou
ações. Servem para realizar avaliações setoriais e para a avaliação de cumprimento de pontos do
programa de governo, permitindo conclusões rápidas e objetivas. Indicadores compostos apresentam
de forma sintética um conjunto de aspectos da realidade, agrupando, em um único número, vários
indicadores simples, estabelecendo algum tipo de média entre eles, sendo necessário, para isso,
estabelecer algum tipo de ponderação entre eles. Para a avaliação da gestão, indicadores compostos
são importantes porque permitem fazer comparações globais da situação do município e do
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
47
desempenho da gestão.
Umas das características fundamentais dos indicadores é que, necessariamente,
estabelecem um certo padrão normativo a partir do qual se avalia o estado social da realidade em que
se quer intervir, construindo-se um diagnóstico que alimente o processo de definição de estratégias e
prioridades, ou avalia-se o desempenho das políticas e programas, medindo-se o grau em que seus
objetivos foram alcançados (eficácia), o nível de utilização de recursos (eficiência) ou as mudanças
operadas no estado social da população alvo (impacto).
Além do aspecto normativo, outras características importantes de qualquer indicador são:
• simplicidade – facilidade de compreensão
• validade/estabilidade – relação entre conceito e medida
• seletividade/sensibilidade/especificidade – expressar características essenciais e
mudanças esperadas
• cobertura – amplitude e diversidade
• independência – não condicionado por fatores externos (exógenos)
• confiabilidade – qualidade dos dados (da coleta, sistematização e padronização dos
dados)
• baixo custo/ fácil obtenção/ periodicidade/ desagregação – produção, manutenção e
factibilidade dos dados
Para determinar qual indicador é adequado para qual programa ou projeto, primeiro é
necessário estabelecer critérios de avaliação, baseados em algumas concepções de bem-estar, o que
permitiria ainda definir prioridades entre os critérios, ou seja, exige-se uma avaliação política como
etapa anterior à avaliação de políticas, que se coloca, então, como a “análise e elucidação do critério
ou de critérios que fundamentam determinada política: as razões que a tornam preferível a qualquer
outra”.
A questão da invidualização dos indicadores versus sua generalização esbarra no fato de
que, quanto mais generalizado o indicador, maiores são as possibilidades de comparações com outras
realidades. Por outro lado, quanto menos generalizados, maiores são as possibilidades de
individualizar e medir determinadas especificidades locais.
Para a construção dos indicadores, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, a
disponibilidade da informação, ou seja, as bases de dados devem ser acessíveis e, de preferência,
devem constituir séries históricas, para permitir, ao mesmo tempo, a comparação entre fatores e
evolução, no tempo, do desempenho. Os resultados dos indicadores devem ser traduzidos para uma
escala adimensional, permitindo uma mescla entre diferentes indicadores. Eles devem ser
quantificáveis, ou seja, devem ser traduzidos em números, justamente para que se obtenha uma
comparabilidade maior e mais simples, pois o indicador deve ser de fácil compreensão.
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48
A seguir, estão listados alguns indicadores propostos para a realidade do Município de Timbó
em aspectos considerados além de importantes, mensuráveis. Foram então abordados temas como
Meio Ambiente, Qualidade de Vida e Finanças Públicas.
7.1 Indicadores Ambientais
Indicadores Ambientais de um Município:
• Área verde por habitante
• Número de unidades arbóreas por habitante
Estes indicadores mostram a relação da área verde, ou unidades arbóreas, proporcional para
cada habitante. Quanto maior for esta relação, mais preservada está a natureza do município.
• Qualidade das águas
Este indicador se faz através da escolha de um parâmetro físico ou químico da água, como
por exemplo a DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) ou até mesmo a Turbidez da água, medida
ponto a ponto de um corpo hídrico. Pode-se fazer uma comparação entre os diferentes pontos ao
longo do curso ou a variação do parâmetro num mesmo ponto em diferentes épocas, assim como um
histórico da qualidade das águas.
• Qualidade do ar
Da mesma maneira que se faz a comparação entre a qualidade da água, a medição da
qualidade do ar se dá através da escolha de parâmetros atmosféricos, como a concentração de gases
poluentes, por exemplo, em diferentes locais e diferentes épocas.
7.2 Indicador Financeiro Municipal:
A FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo
desenvolveu um Indicador Financeiro Municipal, composto por cinco índices distintos:
1 - Grau de independência municipal:
(RTP/(RTP+TC))
2 - Índice de liquidez de curto prazo I:
(salários e encargos/RTP)
3 - Índice de liquidez de curto prazo II:
(salários e encargos/(RTP+TC))
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49
4 - Índice de Endividamento de curto prazo:
(Dívida flutuante/Receita total)
5 - Índice de Endividamento de longo prazo:
(Dívida flutuante fundada/ Receita total)
RTP: receita tributária própria;
TC: transferências correntes.
• Dívida Flutuante: Restos a Pagar, Serviços da Dívida a Pagar, Depósitos, Débitos da
Tesouraria, Valores Pendentes.
Compreende as dívidas de curto prazo, as quais devem ser saldadas até o final do exercício
financeiro seguinte, resultantes geralmente de empenhos não pagos até o encerramento do exercício
financeiro. Os depósitos e os empréstimos para cobrir insuficiência momentânea de caixa são os
principais fatos registrados nesse grupo.
• Dívida Fundada: Interna (em títulos; por contratos) e Externa (em títulos; por
contratos).
Representa os compromissos de exigibilidade maior que 12 meses, contraídos para atender
a desequilíbrios orçamentários ou a financiamentos de obras e serviços públicos.
Resultado:
Esses índices possuem ponderações diferentes e seu resultado conjunto permite verificar a
situação financeira do município. Para chegar ao resultado final, calculam-se esses cinco índices para
dois anos diferentes e divide-se o resultado do ano mais recente (2005) pelo resultado do ano mais
antigo (2004) – R1/R0. O resultado maior que 1 (um) significa uma melhoria na situação financeira
municipal; o resultado menor que 1 (um) significa uma piora da situação financeira municipal.
R1/R0 > 1 indica uma melhoria na situação financeira municipal;
R1/R0 < 1 indica uma piora na situação financeira municipal.
R1 – representa o tempo (ano 2005) mais recente analisado.
R0 – representa o tempo (ano 2004) mais antigo analisado.
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50
TABELA 7 DADOS NECESSÁRIOS PARA O CÁLCULO DOS ÍNDICES 2004 2005
Receita Total 36.236.589,68 42.216.312,68 Transferências correntes (TC) 20.201.797,98 25.683.641,97
Salários e encargos 14.219.346,14 17.665.332,76 Dívida flutuante 198.569,81 622.326,05 Dívida fundada 771.772,75 1.072.741,82
Receita tributária própria (RTP) 6.314.906,71 6.933.151,07 Fonte: Balanço Financeiro, Balancete Analítico e Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada.
TABELA 8 CÁLCULO DOS ÍNDICES DE TIMBÓ 2004 2005 R1/R0
Grau de independência financeira: 0,238 0,213 0,89256945 Índice de liquidez de curto prazo I 2,252 2,548 1,131562306 Índice de liquidez de curto prazo II 0,536 0,542 1,009997945
Índice de endividamento de curto prazo 0,005 0,015 2,69012079 Índice de endividamento de longo prazo 0,021 0,025 1,193088863
Fonte: VPC/Brasil; 2006.
Com exceção do Grau de Independência Financeira Municipal, os outros índices obtiveram
resultados acima de 1 (um) indicando melhora da situação financeira municipal de 2004 para 2005.
O resultado menor que 1 (um) para o Grau de Independência Financeira já era previsível,
uma vez que ao fazer a leitura das finanças públicas municipais foi constatado que suas maiores
fontes de renda seriam as transferências estaduais e federais. Para que o resultado fosse maior que 1
(um) as receitas tributárias próprias (ISS, ITBI, IPTU, contribuição de melhorias, entre outras taxas)
teriam que ser maiores.
7.3 Indicadores Sociais do Município
7.3.1. Aspectos Culturais
7.3.1.1 Diretriz: Valorização da História do Município
Indicadores:
• Freqüência da visita das escolas locais nos museus e espaços culturais do município.
• Número mensal de visitantes nos museus e espaços culturais.
• Número de trabalhos e apresentações artísticas inscritos durante a “Semana
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51
Cultural”.
• Número de pessoas da comunidade que compareceram à “Semana de Cultural”.
Justificativa e objetivos:
Estes indicadores terão o objetivo de avaliar o interesse da população do município (e de
outras localidades) sobre os aspectos culturais e históricos de Timbó. Os dois primeiros têm a função
de avaliar a visitação dos espaços culturais de Timbó (como os museus e teatro) por estudantes,
moradores locais e turistas. Os dados deverão ser apresentados mensalmente, assim será possível
identificar os meses de maior movimento. A partir da análise destes indicadores será possível verificar
o grau de interesse que as pessoas nutrem por estes espaços e, quando for o caso, propor
alternativas para popularizá-los. Já os últimos, pretendem avaliar o desempenho da Semana Cultural
(a ser criada no município) e o alcance deste evento a comunidade mais abrangente.
6.3.1.2 Diretriz: Resgate da Língua do Imigrante.
Indicadores:
• Número de alunos matriculados nas aulas de alemão e italiano (a ser implantado no
município).
• Número de procura por vagas para as aulas de alemão e italiano.
Justificativa e objetivos:
Estes dois indicadores devem ser analisados conjuntamente, pois o objetivo é avaliar a
relação entre a demanda pelo ensino destas línguas e a capacidade de atendimento da prefeitura.
Deste modo, será possível planejar com antecedência a ampliação deste serviço.
7.3.1.3 Diretriz: Revitalização das Festas Locais.
Indicadores:
• Estimativa do número de visitantes nos seguintes eventos: Festa do Imigrante e no
encontro da Sociedade de Caça e Tiro.
• Renda gerada pelos eventos.
Justificativa e objetivos:
Deverá ser realizada uma estimativa anual do número de presentes nas festas do município
para avaliar a eficiência da divulgação e a aceitabilidade do público. Desta forma, caso o número de
presentes tenha sido inferior a expectativa será possível estudar mudanças na estrutura do evento
para atrair um número maior de pessoas. Outro indicador importante é a renda gerada por estes
eventos. Após alguns anos estes indicadores poderão ser analisados comparativamente, permitindo
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
52
avaliar o desempenho do evento.
Número de visitantes + Renda
7.3.1.4 Diretriz: Revitalização dos Grupos Folclóricos.
Indicadores:
• Número de participantes dos grupos folclóricos.
• Número de participações anuais dos grupos folclóricos em evento.
Justificativa e objetivos:
Deverá ser elaborado um cadastro com os dados de todos os participantes dos grupos
folclóricos, o tempo que permaneceram no grupo e as atividades das quais participaram. O cadastro,
articulado ao número de participação anual dos grupos em eventos, ajudará o acompanhamento e o
desenvolvimento destes, a ser realizado pela Fundação Cultural de Timbó (FCT).
7.3.2. População.
7.3.2.1. Diretriz: Atividades para a Terceira Idade.
Indicadores:
• Cadastro das agentes de saúde: número de pessoas com mais de 60 anos.
• Número de pessoas que participam das atividades para os grupos da terceira idade.
• Avaliação qualitativa: os participantes dos grupos da terceira idade responderão a
uma avaliação trimestral dos Grupos da Terceira Idade.
Justificativa e objetivos:
Estes dois indicadores devem ser analisados conjuntamente, pois o objetivo é avaliar a
relação entre o número de idosos e aqueles que freqüentam os grupos de terceira idade. Por um lado
estes indicadores terão como objetivo avaliar a adesão deste grupo etário aos serviços e atividades
promovidos pelos Grupos da Terceira Idade; por outro permitirão avaliar a capacidade destes grupos
em absorver a população idosa. Os participantes dos grupos também deverão responder a avaliação
trimestral, analisando a qualidade da infra-estrutura e serviços oferecidos e sugerindo melhorias.
7.3.2.2. Diretriz: Preservação do Modo de Vida Rural.
Indicadores:
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
53
• Cadastro das agentes de saúde: Acompanhamento anual do número de pessoas
residentes nas áreas urbana e rural.
Justificativa e objetivos:
No diagnóstico ficou evidente que a população rural do município tem diminuído nas últimas
décadas e foram elaboradas algumas diretrizes para amenizar este problema. Desta forma, o cadastro
das agentes de saúde com o número de pessoas residentes nas áreas urbanas e rurais permitirá
avaliar e acompanhar a eficácia, os avanços das políticas públicas no combate ao êxodo rural.
7.3.2.2. Diretriz: Reestruturação dos Centros Comunitários
Indicadores:
• Número de reuniões e lista de presença das mesmas.
• Avaliação qualitativa: os participantes dos centros comunitários responderão a uma
avaliação trimestral avaliando as atividades desenvolvidas pelos Centros
Comunitários.
Justificativa e objetivos:
O principal objetivo desta diretriz é reestruturar os centros comunitários, transformando-os
em espaços de convivência para diferentes faixas etárias. Outra meta é transformar este espaço num
local privilegiado para o exercício da cidadania. Desta maneira, é necessário estabelecer indicadores –
quantitativos e qualitativos – para acompanhar a participação popular nos centros comunitários. Por
um lado, o indicador qualitativo irá acompanhar a participação popular em reuniões e atividades
desenvolvidas pelos mesmos. Já o indicador qualitativo, permitirá avaliar a aceitação e satisfação da
população em relação às atividades desenvolvidas pelos centros comunitários.
7.3.3 Empregabilidade
7.3.3.1. Diretriz: Prevenção de Acidentes de Trabalho
Indicadores:
• Número de empresas com políticas de prevenção a acidentes de trabalho.
• Número de acidentes de trabalho ocorridos mensalmente, discriminando: o tipo de
acidente, o estabelecimento, sexo e faixa de idade.
Justificativa e objetivos:
Timbó possui as maiores taxas de acidente de trabalho da sua região. Nas diretrizes foi
proposta uma parceria entre poder público e iniciativa privada para diminuir as ocorrências. Dentre as
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
54
medidas propostas estavam: aulas de relaxamento e alongamento para diminuir as tensões do
ambiente de trabalho; e cursos e palestra visando prevenir estes acidentes As empresas que
adotarem estas medidas serão cadastradas e assim será possível acompanhar a queda no número de
acidentes comparativamente, ou seja, entre as empresas que adotaram estas medidas e as que não
adotaram.
7.3.4. Educação
7.3.4.1 Núcleos de Educação Infantil.
Indicadores:
• Cadastro das agentes comunitárias de saúde: número de crianças de 0 a 6 anos por
bairro.
• Número de vagas oferecidas por ano.
Estes dois indicadores devem ser analisados conjuntamente, pois o objetivo é avaliar a
relação entre a demanda por vagas e a capacidade de atendimento oferecida. Deste modo, será
possível planejar a ampliação do número de vagas nos NEIs levando em conta a demanda por bairros.
7.3.4.2 Evasão Escolar
Indicadores:
• Evasão escolar no ensino fundamental (anual)
• Evasão escolar no ensino médio (anual)
• Número de pessoas matriculadas na educação de jovens e adultos.
• Número de pessoas matriculadas em cursos técnicos.
Estes indicadores têm como objetivo acompanhar a evasão escolar e a procura por cursos
supletivos. Deste modo, será possível compreender as demandas educacionais do município, a
qualificação profissional da mão-de-obra, a escolaridade do cidadão. Estes dados permitirão elaborar
estratégias para combater a evasão escolar e melhorar a qualificação profissional do munícipe.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
55
8 PLANO DE AÇÕES
O Plano de Ações é destinado a estipular valores e prioridades das ações previstas pelas
diretrizes. Estas estão de acordo com as necessidades do município. Porém, para que estas diretrizes
possam ser executadas é necessário haver um planejamento das ações a serem tomadas para melhor
estruturação do desenvolvimento do município.
Neste plano de ações englobam-se somente as diretrizes que necessitam de recursos para
sua implantação. Os recursos para estas ações provêm, principalmente, do orçamento do município e
de Operações de Crédito.
Ao longo dos anos certa quantia do orçamento municipal vem sendo destinada a
investimentos. Para determinar a quantidade de investimento que será destinada para o plano de
ações, faz-se necessária execução de uma projeção. Esta projeção será calculada com base na
tendência linear dos investimentos feitos a partir de 2002. Contudo, deve-se observar que o limite por
lei de endividamento municipal é de 120% da receita corrente líquida (Resolução Federal nº 40 de
2001). Quanto às operações de crédito, não podem exceder as despesas de capital (art. 167 da
Constituição Federal), também não podem exceder de 16% da receita corrente líquida em um
exercício financeiro e o comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida
consolidada, inclusive relativos a valores a desembolsar de operações de crédito já contratadas e a
contratar, não poderá exceder a 11,5% da receita corrente líquida (Resolução Federal nº 43 Art. 7º,
Inciso II).
Recursos Próprios:
A seguir os valores investidos no Município de Timbó desde 2002 até 2005 e a projeção
destes para os próximos cinco anos:
TABELA 9 INVESTIMENTO ($) ANO 2002 2003 2004 2005
INVESTIMENTO 3.905.386,26 4.324.113,23 4.212.284,45 4.226.490,57 Fonte: Secretaria Municipal de Finanças
TABELA 10 PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS (R$) ANO 2007 2008 2009 2010 2011
INVESTIMENTO 4.379.939,57 4.465.087,98 4.550.236,40 4.635.384,81 4.720.533,23 Fonte: Secretaria Municipal de Finanças
Como os valores das ações serão orçados com dados atuais, a quantidade de investimento
para os anos subseqüentes estará sujeita a uma desvalorização. Esta desvalorização foi considerada
na tabela a seguir:
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
56
TABELA 11 PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS A PREÇOS CORRENTES (R$) ANO 2007 2008 2009 2010 2011 TOTAL
INVESTIMENTO 4.379.939,57 4.320.356,06 4.260.033,34 4.199.081,95 4.137.606,02 21.297.016,94 Fonte: Secretaria Municipal de Finanças
A taxa de inflação considerada foi o acumulado de Novembro de 2005 a Outubro de 2006 da
taxa IGP-DI – IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que é de 3,35%. Desta forma,
considera-se um valor atual de R$21.297.016,94 destinados ao plano de ações, utilizando recursos
próprios.
Operações de Crédito:
A seguir são apresentados os valores relativos às operações de crédito a partir de 2007,
segundo dados da contadora do município, Carla Moser, a serem utilizados no Plano de Ações.
TABELA 12 PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS (R$) ANO 2007 2008 2009 2010 2011
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
200.000,00 500.000,00 500.000,00 500.000,00 500.000,00
Fonte: Secretaria Municipal de Finanças
Considerando a taxa de inflação, no mesmo período acima citado, temos a Tabela 13 com os
valores a preços correntes:
TABELA 13 PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS A PREÇOS CORRENTES (R$) ANO 2007 2008 2009 2010 2011 TOTAL
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
3.200.000,00 483.792,94 468.111,21 452.937,79 438.256,21 5.043.098,15
Fonte: Secretaria Municipal de Finanças
Portanto o valor total a ser considerado no plano de ações para os próximos cinco anos será
de R$26.340.115,09.
Destinação dos Recursos
Conforme discutido com membros da equipe de acompanhamento do Plano Diretor, foram
escolhidas várias diretrizes a serem executadas nos próximos cinco anos. Dentre elas estão diretrizes
que precisam e outras que não precisam de recursos financeiros para serem executadas. Somente as
diretrizes estabelecidas como de curto e médio prazo que necessitam de recursos financeiros foram
listadas e orçadas.
PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE TIMBÓ/ SC
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TABELA 14 ORÇAMENTO – PLANO DE AÇÕES
PRAZO DE EXECUÇÃO DIRETRIZ UNIDADE
VALOR UNITÁRIO
(R$) QUANTIDADE MODELO VALOR (R$)
Grupos de lotes - Direito de Preempção: ZER - Zona especial recreação - Bairro Capitais( 85% da área
total) m² 30,00 282.785,730 9.980.672,82
ZER - Zona especial recreação - Bairro Centro m² 30,00 29.647,337 889.420,11 ZPP Centro m² 30,00 31.264,453 937.933,59
ZPP Bairro Pomeranos m² 30,00 1.516,875 45.506,25 Total 11.989.756,41
Unidades de Saúde: Bairro Pomeranos m² 30,00 505,000 Terreno 15.150,00
Médio
Bairro Imigrantes m² 30,00 600,000 Terreno 18.000,00 Escolas Municipais: ampliações 0,00
Nestor Margarida m² 30,00 600,000 Terreno 18.000,00 Curto
Erwin Prade m² 30,00 600,000 Terreno 18.000,00
Núcleos de Educação Infantil: ampliações 0,00 Bairro Quintino 30,00 Terreno 0,00
Curto
Bairro Nações m² 30,00 418,000 Terreno 12.540,00 Núcleos de Educação Infantil: áreas a construir
Bairro Pe. Martinho Stein m² 30,00 600,000 Terreno 18.000,00 Bairro Estados m² 30,00 600,000 Terreno 18.000,00 Vila Germer m² 30,00 600,000 Terreno 18.000,00
Total 135.690,00 Unidades de Saúde:
Bairro Pe. Martinho Stein m² 887,73 287,030 Construção Civil 254.805,14 Bairro Pomeranos m² 887,73 287,030 Construção Civil 254.805,14
Curto
Bairro Imigrantes m² 887,73 388,680 Construção Civil 345.042,90 Escolas Municipais: ampliações
Pe. Martinho Stein m² 887,73 180,000 Construção Civil 159.791,40 Curto
Nestor Margarida m² 887,73 206,790 Construção Civil 183.573,69
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PRAZO DE EXECUÇÃO DIRETRIZ UNIDADE
VALOR UNITÁRIO
(R$) QUANTIDADE MODELO VALOR (R$)
Erwin Prade m² 887,73 114,300 Construção Civil 101.467,54 Núcleos de Educação Infantil: ampliações
Bairro Quintino m² 887,73 300,000 Construção Civil 266.319,00 Curto
Bairro Nações m² 887,73 300,000 Construção Civil 266.319,00
Núcleos de Educação Infantil: áreas a construir Bairro Pe. Martinho Stein m² 887,73 150,000 Construção Civil 133.159,50
Bairro Estados m² 887,73 200,000 Construção Civil 177.546,00 Vila Germer m² 887,73 150,000 Construção Civil 133.159,50
Curto
Total 2.275.988,81 Pavimentações de Vias Urbanas:
Trecho do Projeto Anel Viário de Timbó na Rua Araponguinhas * m² 185,71 35.000,00 Asfática 6.499.990,00
Rua Ascurra m² 49,80 1.491,87 Asfática 74.295,13 Rua São Bento m² 49,80 6.120,10 Asfática 304.780,98
Ruas Massaranduba e Biguaçú m² 49,80 4.075,97 Asfática 202.983,31 Rua Ibirama m² 49,80 6.107,52 Asfática 304.154,50
Rua Irmã Gustmann m² 49,80 13.153,11 Lajotas pré-moldadas 655.024,88
Ruas Seara, trecho das ruas Áustria e Rio Negrinho m² 49,80 5.774,68 Lajotas pré-moldadas 287.579,06
Rua Haiti m² 49,80 6.004,83 Lajotas pré-moldadas 299.040,53
Rua Luiz Adam m² 49,80 10.684,45 Asfática 532.085,61 Rua Cuiabá m² 49,80 6.339,72 Asfática 315.718,06
Rua Alemanha (2ª parte até Rua Áustria) m² 49,80 2.461,92 Paralelepípedos 122.603,62 Rua Alasca (2ª parte) m² 49,80 2.010,88 Paralelepípedos 100.141,82
Beco Terezina m² 49,80 715,52 Paralelepípedos 35.632,90 Beco Osvaldo Zickuhr m² 49,80 661,76 Paralelepípedos 32.955,65
Médio
Rua Capanema m² 49,80 1.905,60 Asfática 94.898,88
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PRAZO DE EXECUÇÃO DIRETRIZ UNIDADE
VALOR UNITÁRIO
(R$) QUANTIDADE MODELO VALOR (R$)
Rua Groelândia m² 49,80 1.744,32 Paralelepípedos 86.867,14 Rua Guabiruba m² 49,80 1.663,12 Paralelepípedos 82.823,38
Rua João Pessoa m² 49,80 964,40 Paralelepípedos 48.027,12
Rua Piracicaba m² 49,80 839,28 Lajotas pré-moldadas 41.796,14
Rua Rio Negrinho m² 49,80 3.771,60 Paralelepípedos 187.825,68 Rua Tangará m² 49,80 3.921,60 Asfática 195.295,68
Rua Max Loewen m² 49,80 3.972,00 Asfática 197.805,60 Rua Piauí m² 49,80 800,00 Asfática 39.840,00
Rua Chapecó m² 49,80 4.042,50 Asfática 201.316,50 Av. Getúlio Vargas - reurbanização m² 49,80 9.140,05 Reurbanização 455.174,49
Passeios Rua Indaial m² 49,80 396,00 Passeios 19.720,80
Total 11.418.377,44 Equipamentos para UTI: 0,00
Monitor Cardíaco de sinais vitais INSTRAMED - LINHA INMAX Unidade 16.220,00 1 Linha INMAX 16.220,00 Desfibrilador INSTRAMED Unidade 4.749,00 1 Instramed 4.749,00
Oxímetro de Pulso NELLCOR Unidade 5.100,00 1 N 595 5.100,00 Bomba de Infusão Micro Peristáltica - UNISET Unidade 6.499,00 1 NB 400 6.499,00
Marcapasso - Biosensor Unidade 6.499,00 1 MP 20B 6.499,00 Ventilador (respirador)
Materiais para Entubação Endotraqueal: Laringoscópio Inox, conjunto com três lâminas Unidade 410,00 1 Três lâminas 410,00
Sonda Endotraqueal com balão Unidade 6,70 1 Pediátrico 6,70 Sonda Endotraqueal com balão Unidade 3,45 1 Adulto 3,45 Sonda Endotraqueal sem balão Unidade 2,60 1 sem balão 2,60
Longo
Total 39.489,75 Total Geral 25.859.302,41
* Valor unitário desse item fornecido pela Prefeitura Municipal.
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Como não há possibilidade de realizar um projeto para cada item, os orçamentos são apenas
previsões e aproximações de quanto irá custar a obra ou projeto. Para embasar os orçamentos foi
criada uma tabela de fontes. Esta tabela demonstra donde foram tirados os valores base orçados.
Vale ressaltar que o valor de pavimentação é único e exclusivo do asfalto. Se necessário drenagem,
paisagismo ou qualquer outro item deverá ser adicionado ao valor do orçamento. Também foi
considerado apenas o valor do orçamento de pavimentação asfáltica por ser de maior valor e em
maior número do que a pavimentação em paralelepípedo ou lajotas pré-moldadas. Dessa forma o
custo aproximado de todos os tipos de pavimentações ficou orçado pelo valor de pavimentação
asfáltica por ser a mais onerosa, mesmo que a prefeitura municipal opte por outros tipos de materiais
para as pavimentações.
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TABELA 15 FONTES – ORÇAMENTOS EMPRESA FORNECEDORA CONTATO TELEFONE E-MAIL / SITE
Pavimentação (R$) Viapav Construtora Eng. Ondino 47 3363-1463 [email protected] Pavimentação
(extensão) Prefeitura Municipal Arquiteta Ariana 47 3382-3655
Construção Civil Sinduscon - Sindicato da Indústria
da Contrução Civil
Sinduscon http://www.sinduscon-fpolis.org.br
Valor de lotes em Timbó
Imobiliária Timbó e Imobiliária Alternativa
sites www.imobiliarialternativa.com.br; www.imobiliariatimbo.com.br
Equipamentos para UTI
Rhoma Produtos e Equipamentos Hospitalares
Rosele Paschoalick
41 8417-5098 [email protected]
Salário Eng. Agronônomo
SEAGRO - Sind. Dos Eng. Agrônomos de Santa Catarina
48 3224-5681
Salário Médico Veterinário
Sindicato dos Médicos Veterinários SC
48 3334-0009
Fonte: VPC/Brasil; 2006
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Em curto ou médio prazo será necessária a contratação de alguns profissionais. Na tabela de
salários estão os valores a serem pagos para os profissionais que serão contratados. Lembrando que
além deste salário mensal há os encargos sociais que são aproximadamente 100% a mais do valor
fixado.
TABELA 16 SALÁRIOS – ORÇAMENTOS PRAZO DE EXECUÇÃO
PROFISSIONAL UNIDADE VALOR UNITÁRIO
QUANTIDADE VALOR (R$)
Curto Engenheiro Agrônomo Salário 350,00 8,5 2.975,00 Curto Médico Veterinário Salário 350,00 8,5 2.975,00 Total 5.950,00
O total de gastos tirando as despesas com salários dá um total de R$ 25.859.302,41. Um
pouco a menos do que foi estipulado como recursos a serem investidos. Como todos os cálculos aqui
propostos são previsões e aproximações o valor é válido, pois chega muito próximo da previsão do
valor de investimento para os próximos cinco anos.