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1 | Cenário macroeconômico
Vendas no varejo
Em maio, as vendas no varejo restrito subiram 1,4% na comparação mensal e 16,0% quando
comparado ao mesmo mês do ano anterior, levando a uma alta de 5,4% em 12 meses. Com
esse resultado, as vendas no varejo restrito se encontraram 3,9% acima do patamar pré-
pandemia. Enquanto isso, as vendas no varejo ampliado subiram 3,8% em relação a abril e
26,2% na comparação interanual, acumulando alta de 6,8% nos últimos 12 meses. Com o
resultado de maio, as vendas no varejo ampliado se encontraram 1,6% acima do nível
observado antes da pandemia.
Vale ressaltar a revisão dos resultados das vendas no varejo em abril ante março pelo IBGE. As
atualizações foram de alta nos dois conceitos, indo de 1,8% para 4,9% no restrito e 3,8% para
5,4% no ampliado. Essa elástica revisão está ligada à expressiva mudança no padrão sazonal
gerada pela pandemia, elevando a instabilidade de dados passados.
Em maio, nove das 10 atividades pesquisadas registraram crescimento em relação a abril. Os
principais destaques positivos vieram de tecidos e calçados (16,8%), combustíveis (6,9%) e
outros artigos (6,7%). Artigos de informática (3,3%), livros e revistas (1,4%), supermercados
(1,0%) e móveis e eletrodomésticos (0,6%) também contribuíram com o resultado no mês. A
única variação negativa foi registrada em artigos farmacêuticos (-1,4%). No conceito varejista
ampliado, o grupo de veículos apresentou alta sutil em maio, de 1,0%, ante abril, quando subiu
20,3%. As vendas do grupo material de construção subiram 5,0% em maio, sendo o setor que
acumula a maior alta (23,7%) em 12 meses dentre todas as atividades pesquisadas.
Após o vale das vendas no varejo observado no início da pandemia, a recuperação foi
observada principalmente em materiais de construção (+21,9% acima do nível de fev/20), com
o setor imobiliário impulsionado por baixas taxas de juros. Vendas de supermercados (+3,5%
acima) e farmácias (+10,8% acima) também apresentaram forte recuperação, devido as suas
naturezas essenciais durante a vigência das medidas restritivas. Conforme o ritmo de vacinação
avança e as medidas restritivas são relaxadas, observa-se recuperação nas vendas de
combustíveis e tecidos, apesar de ainda estarem 3,4% e 3,1% abaixo do nível pré-pandemia. O
primeiro, contudo, deve mostrar arrefecimento em função do aumento dos preços no segundo
semestre. Além disso, parte das altas observadas no mês foi também favorecida pelo
pagamento de nova rodada do auxílio emergencial. Do outro lado, as vendas de livros seguem
fortemente deprimidas, estando 37,1% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.
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Gráfico 1 – Diferença em relação ao nível pré-pandemia (fev/20 = 100) – Por Atividade
Mercados; 103,5
Tecidos; 96,9Móveis; 101,6
Farmácia; 110,8
Livros; 62,9
Info; 94,6Veículos; 95,4
Construção; …
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jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20 jan/21 fev/21 mar/21 abr/21 mai/21
Fonte: IBGE. Elaborado por Eleven Financial
Para junho, dados preliminares apontam uma manutenção da tendência positiva no comércio,
com elevação dos índices de mobilidade e continuidade do pagamento do auxílio emergencial.
Apesar da tendência de alta, o crescimento na inflação de comercializáveis e preços
administrados pode frear a tendência positiva até o final do ano. O mesmo vale pelo baixo
estoque de automóveis, cuja oferta vem sendo prejudicada pela escassez de peças e
paralisação de fábricas, conforme dados recentes de produção.
Para junho, esperamos crescimento mensal de 1,8% no conceito restrito e queda de 2,3% na
medida ampliada.
IPCA
Em junho o IPCA apresentou alta de 0,53%, acumulando variação de 8,35% em 12 meses,
aceleração frente ao 8,06% observados na medida anual imediatamente anterior.
No mês, apenas o grupo de comunicação (-0,12%) apresentou recuo, enquanto os demais
mostraram variação positiva. O grupo que gerou maior impacto no índice foi, novamente,
habitação (1,10%, 0,17 p.p), em função do aumento da bandeira tarifária de energia para
vermelho II, ainda que em menor intensidade do que no mês anterior (1,78%). Altas no gás de
botijão, na água e no esgoto também contribuíram para a variação de junho. Em seguida,
transportes (0,41%, 0,09 p.p) também mostraram desaceleração relevante frente a maio
(1,15%), com altas mais contidas em gasolina e etanol. Essa suavização, contudo, deve se
reverter em julho, dada a aceleração dos preços do combustível nas bombas. Enquanto isso,
alimentação e bebidas (0,43%, 0,09 p.p) seguiram com inflação virtualmente estável na base
mensal, devendo ser suficiente para dissipar os choques observados entre o final de 2020 e
2021. Também sem grandes surpresas, saúde e cuidados pessoais (0,51%, 0,07 p.p.) seguem
influenciados pelo reajuste mensal de 0,67% dos planos de saúde.
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Vale destacar, que segundo a ANS o reajuste para os próximos 12 meses deve ser negativo,
contribuindo para uma desaceleração relevante do grupo no futuro.
Adicionalmente, vestuários (1,21%, 0,05 p.p.) e artigos de residência (1,09%, 0,04 p.p.) seguem
pressionados pelo aumento nos custos de produção e maior demanda advinda da reabertura
de centros comerciais. O mesmo vale para as despesas pessoais (0,29%, 0,03 p.p.), ainda que
em menor intensidade vista a dinâmica mais deprimida dos serviços.
É importante lembrar que a elasticidade da inflação foi gerada, em grande parte, por choques,
mas não está restrita a eles. Os indícios de contaminação desses choques em itens estruturais
podem ser observados nos núcleos do IPCA, cuja média em 12 meses acelerou de 4,55% para
4,98%, acima do centro da meta. Com dados mais recentes, a média móvel de três meses
anualizada dessazonalizada dos núcleos (MM3M) também acelerou, de 5,71% para 6,21%,
indicando que a medida deve continuar em tendência de alta nos próximos meses.
Finalmente, a média móvel de 12 meses do índice de difusão mostrou a 13ª elevação mensal
consecutiva, atingindo 63,82%, maior nível desde novembro de 2016. Contudo, a medida de
mensal de junho dessazonalizada mostrou ligeiro recuo frente a maio, indo de 66,78 a 66,13%
Para o IPCA de junho, esperamos alta de preliminar de 0,75%.
Pesquisa mensal de serviços
Em maio, segundo Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE, o volume de serviços
avançou 1,2% frente a abril. O resultado de abril frente a março foi revisado, com alta saindo
de +0,7% para +1,3%. Na comparação interanual o indicador apresentou alta de 23,0%, a maior
já registrada na série histórica, influenciado pela base de comparação depreciada do ano
passado devido à pandemia. Em 12 meses o volume de serviços apresentou queda de 2,2%. Já
no ano de 2021, o volume de serviços acumulou alta de 7,3%, superando marginalmente o
patamar pré-covid-19.
No mês, três das cinco atividades pesquisadas apresentaram crescimento. Destaque para o
segmento de transportes, serviços auxiliares e Correios, que apresentou alta de 3,7% no mês,
influenciado pela maior demanda do transporte aéreo, que subiu 60,7% em maio. O setor de
serviços prestados às famílias registrou forte alta de 17,9%, refletindo o arrefecimento nas
medidas restritivas em algumas partes do país. Os serviços profissionais, administrativos e
complementares subiram 1,0% em maio, quebrando a sequência de dois resultados negativos.
Por outro lado, houve queda em informação e comunicação (-1,0%) e outros serviços (-0,2%).
Apenas dois dos cinco setores se encontraram abaixo no nível registrado antes da pandemia.
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Vale destacar, que segundo a ANS o reajuste para os próximos 12 meses deve ser negativo,
contribuindo para uma desaceleração relevante do grupo no futuro.
Adicionalmente, vestuários (1,21%, 0,05 p.p.) e artigos de residência (1,09%, 0,04 p.p.) seguem
pressionados pelo aumento nos custos de produção e maior demanda advinda da reabertura
de centros comerciais. O mesmo vale para as despesas pessoais (0,29%, 0,03 p.p.), ainda que
em menor intensidade vista a dinâmica mais deprimida dos serviços.
É importante lembrar que a elasticidade da inflação foi gerada, em grande parte, por choques,
mas não está restrita a eles. Os indícios de contaminação desses choques em itens estruturais
podem ser observados nos núcleos do IPCA, cuja média em 12 meses acelerou de 4,55% para
4,98%, acima do centro da meta. Com dados mais recentes, a média móvel de três meses
anualizada dessazonalizada dos núcleos (MM3M) também acelerou, de 5,71% para 6,21%,
indicando que a medida deve continuar em tendência de alta nos próximos meses.
Finalmente, a média móvel de 12 meses do índice de difusão mostrou a 13ª elevação mensal
consecutiva, atingindo 63,82%, maior nível desde novembro de 2016. Contudo, a medida de
mensal de junho dessazonalizada mostrou ligeiro recuo frente a maio, indo de 66,78 a 66,13%
Para o IPCA de junho, esperamos alta de preliminar de 0,75%.
Pesquisa mensal de serviços
Em maio, segundo Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE, o volume de serviços
avançou 1,2% frente a abril. O resultado de abril frente a março foi revisado, com alta saindo
de +0,7% para +1,3%. Na comparação interanual o indicador apresentou alta de 23,0%, a maior
já registrada na série histórica, influenciado pela base de comparação depreciada do ano
passado devido à pandemia. Em 12 meses o volume de serviços apresentou queda de 2,2%. Já
no ano de 2021, o volume de serviços acumulou alta de 7,3%, superando marginalmente o
patamar pré-covid-19.
No mês, três das cinco atividades pesquisadas apresentaram crescimento. Destaque para o
segmento de transportes, serviços auxiliares e Correios, que apresentou alta de 3,7% no mês,
influenciado pela maior demanda do transporte aéreo, que subiu 60,7% em maio. O setor de
serviços prestados às famílias registrou forte alta de 17,9%, refletindo o arrefecimento nas
medidas restritivas em algumas partes do país. Os serviços profissionais, administrativos e
complementares subiram 1,0% em maio, quebrando a sequência de dois resultados negativos.
Por outro lado, houve queda em informação e comunicação (-1,0%) e outros serviços (-0,2%).
Apenas dois dos cinco setores se encontraram abaixo no nível registrado antes da pandemia.
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O setor de serviços prestados às famílias e o segmento de serviços profissionais,
administrativos e complementares se encontraram em 29,1% e 2,7%, respectivamente, abaixo
do nível pré-covid. Esses setores foram os que mais sofreram com adoção das medidas
restritivas desde o início da pandemia. Já o volume de serviços de informação e comunicação,
transporte, serviços auxiliares e Correios e outros serviços estão 6,4%, 4,7% e 3,3% acima do
nível de fevereiro/2020.
Seguindo os resultados positivos e acompanhando a flexibilização de medidas de
distanciamento, o Índice de Atividades Turísticas (IATUR), divulgado pela PMS, subiu 18,2% na
comparação mensal. Ainda depreciado, o segmento de turismo acumulou expressivos ganhos
nos meses com menores restrições de mobilidade, observadas em abril (4,3%) e maio (18,2%),
após a segunda onda ocorrer em março (-26,5%).
Gráfico 2 – Diferença em relação ao nível pré-pandemia (fev/20 = 100) – Por Grupo
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fev/20 mar/20 abr/20 mai/20 jun/20 jul/20 ago/20 set/20 out/20 nov/20 dez/20 jan/21 fev/21 mar/21 abr/21 mai/21
Famílias
Informação e comunicação
Administrativos
Transportes e correio
Outros
Fonte: IBGE. Elaborado por Eleven Financial
Para os próximos meses, o aumento dos índices de mobilidade conforme avança o processo de
vacinação e a suspensão das medidas restritivas aliado à continuidade do pagamento do
auxílio emergencial devem ajudar a manter a tendência positiva observada no mês. O avanço
da variante delta e a chamada inflação de reabertura são riscos a serem monitorados no
segundo semestre.
IBC-Br
A atividade econômica, medida pelo IBC-Br, recuou 0,4% em maio, ante alta de 0,9% registrada
em abril. Na medida interanual, o indicador registrou aumento de 14,2%, enquanto a
comparação de trimestres móveis quebrou a sequência de nove resultados positivos, caindo
0,3%. Com esse resultado, a atividade econômica acumulada em 12 meses voltou para o
terreno positivo após 13 resultados negativos, indo de -1,2% para 1,1%.
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Ainda assim, a atividade econômica ficou 0,2% abaixo do nível de fevereiro/20, mês
imediatamente anterior à chegada das medidas restritivas no Brasil.
Vale observar que houve revisões significativas no resultado dos meses anteriores, com a alta
de abril passando de 0,4% para 0,9% e a queda de março indo de 1,6% para 2,0% na
comparação mensal. No efeito líquido, houve alta de 0,5% no dado até abril, parcialmente
compensado pela queda de 0,4% no mês atual.
Apesar do resultado negativo do IBC-Br, todos os setores amplos apresentaram relevante alta
no mês. As vendas no varejo, com alta de 3,8%, foram impulsionadas pelas categorias de bens
ligadas à flexibilização das restrições de mobilidade, como vestuário (16,8%) e combustíveis
(6,9%). A produção industrial interrompeu três resultados consecutivos de queda e obteve alta
de 1,4%, puxada por bens de consumo semi e não duráveis (3,6%) e bens de capital (1,3%). Já
o setor de serviços avançou 1,2%, influenciado pelo segmento de transportes, serviços
auxiliares e Correios (3,7%) e de serviços prestados às famílias (17,9%).
Dois fatores podem explicar a divergência entre os resultados setoriais e o IBC-Br. Primeiro, o
Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) pelo IBGE mostrou nova queda na
estimativa mensal, resultado principalmente de adversidades climáticas. A partir do balanço
mensal levantado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), também houve
redução nos estoques finais de algodão, feijão e milho, prejudicando o ritmo de exportação.
Em segundo lugar, mudanças no padrão sazonal advindas da pandemia impactam as variações
mensais da série do IBC-Br, sendo de mais valia, portanto, a análise pela medida interanual.
Em relação a fevereiro de 2020, mês antecedente aos impactos da covid-19, os setores de
serviços e comércio superaram em 0,2% e 3,9%, respectivamente, enquanto a produção
industrial se manteve no mesmo nível. Apesar de os grandes setores estarem acima ou
próximos dos níveis de fev/20, o indicador geral se encontrou 0,2% abaixo do patamar pré-
covid-19.
Reforçamos que a recuperação plena de todos os setores reflete, em maior parte, a rede de
suporte que foi dada às empresas e aos consumidores na vigência das medidas restritivas.
Uma vez que esses estímulos forem retirados, no ano que vem, a atividade deve mostrar
gradual acomodação. Além disso, o avanço do programa de imunização tem reduzido o
número de óbitos por covid-19, reduzindo a percepção de risco ligada ao vírus e fortalecendo
as expectativas para a atividade.
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Gráfico 3 – IBC-Br, PIM, PMS e PMC (fev/20 = 100)
2 | Perspectivas
Em agosto, acreditamos que o Ibovespa deva continuar em ritmo de cautela. Em meio aos
ruídos políticos causados pela reforma tributária, CPI da Covid e ameaças do governo em
relação às eleições presidenciais, o mercado tende a sofrer pressão.
As declarações de fraude no sistema eleitoral levou a uma abertura de inquérito pelo Tribunal
Superior Eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro. O inquérito administrativo apurará se, ao
promover uma série de ataques sem provas contra a Justiça Eleitoral e o sistema eletrônico de
votações, o presidente praticou abuso de poder econômico e político, além de uso indevido
dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e
propaganda extemporânea. Isso pode acarretar em impugnação de registro da candidatura de
Bolsonaro ou inelegibilidade do presidente.
Adicionalmente balançam os mercados as declarações sobre a retirada de estímulos
monetários por parte do FED. No dia 2, o diretor da instituição Christopher Waller sinalizou a
possibilidade de o banco central anunciar apertos monetários na próxima reunião do Fomc e
elevar os juros em 2022. Por enquanto, a taxa está em 0,00% e 0,25% ao ano.
Em nossa visão, levando em consideração o comunicado sobre a última decisão do Fomc, o
Fed Funds Rate será mantido no atual intervalo até 2023. No entanto, o FED deve realmente
discutir a retirada de estímulos ao final deste mês, após o encontro de Jackson Hole.
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65
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fev/2020 mai/2020 ago/2020 nov/2020 fev/2021 mai/2021
Indústria
Serviços
Comércio
IBC-Br
Para junho, novos relaxamentos nas medidas restritivas e crescimento expressivo nos índices
de confiança setoriais devem reverter a queda no indicador observada em maio.
Assim, projetamos preliminarmente alta mensal de 0,4% (8,7% YoY) no IBC-Br.
Fontes: BCB e IBGE. Elaborado por Eleven Financial
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3 | Mercados
Bolsa
A bolsa de valores acumulou queda de
3,94% em julho, descolando-se dos
mercados internacionais. No mês, o S&P
500 subiu 2,27%. A correção local
aconteceu após uma sequência de altas:
em março, a bolsa avançou 6,00%; em
abril, 1,94%; em maio, 6,16% e, em junho,
0,46%.
Gráfico - Evolução do Índice Bovespa (Pts)
Contribuiu para a queda de 3,94% da bolsa
o fluxo de capital estrangeiro, que foi
negativo em R$ 8,25 bilhões em julho. A
fuga de investidores foi potencializada pela
variante Delta do coronavírus, que causou
busca por ativos de proteção, como os
americanos.
Câmbio
O fluxo de capital estrangeiro negativo
ajudou com que o dólar tivesse alta de
4,76%, encerrando julho na casa dos R$
4,20.
Gráfico - Evolução do Dólar À Vista (R$)
Juros
Em julho, as taxas do DI voltaram a
apresentar aceleração firme. A de janeiro
de 2022 encerrou o mês com alta de 65
bps, a de janeiro de 2023 avançou 74 bps e
a de janeiro de 2025 subiu 63 bps em
comparação ao mês anterior. Provocaram
esses movimentos os últimos dados de
inflação, como o IPCA, que teve ganho de
0,53% em junho.
Fonte: Eikon. Elaborados por Eleven Financial
DI Jan 2022 DI Jan 2023 DI Jan 2025
jun/21 5,67% 7,07% 8,07%
jul/21 6,32% 7,81% 8,70%
Δ (bps) 65,0 74,0 63,0
121.801
60.000
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120.000
140.000
jul-
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Gráfico – Fluxo Estrangeiro B3 Mensal (bilhões)
1,47 1,97
8,84
33,70
27,2325,30
1,23
-4,61
12,60
17,08 17,25
-8,25-10
0
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5,21
4,40
4,70
5,00
5,30
5,60
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4 | Carteiras recomendadas
Fundos de investimento
RENDA FIXA; 40%
MULTIMERCADOS; 60%
Conservador
RENDA FIXA; 30%
MULTIMERCADOS; 70%
Moderado
Fontes: elaborados por Eleven Financial Research
CONSERVADOR MODERADO AGRESSIVO
BTG PACTUAL TESOURO SELIC FI RF REF DI 20% 10% 5%
ARX VINSON FIC FIRF CP 20% 20% 10%
RENDA FIXA 40% 30% 15%
AZ QUEST LOW VOL FIM 10% 10% 10%
VINCI VALOREM FIM 15% -- --
KINEA CHRONOS FIM 20% 20% --
NOVUS CAPITAL MACRO FIC FIM -- 20% --
JGP MAX PLATAFORMAS FIC FIM 10% -- 20%
HASHDEX 20 NASDAQ CRYPTO INDEX FIC FIM 5% 5% 5%
IBIUNA LONG BIASED FIC FIM -- 15% 25%
MULTIMERCADOS 60% 70% 60%
ATLAS ONE FIC FIA -- -- 25%
AÇÕES 0% 0% 25%
100% 100% 100%
RENDA FIXA; 15%
MULTIMERCADOS; 60%
AÇÕES; 25%
Agressivo
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Perfil conservador
A carteira com perfil conservador é indicada para o investidor que busca uma volatilidade de
aproximadamente 1%-2% ao ano, por meio de um portfólio diversificado, composto por
fundos de renda fixa e fundos multimercados de baixa volatilidade.
Retorno mês(%)
Retorno 2021 (%)
CDI mês (%) CDI 2021 (%)
0,38 3,09 0,36 1,64
PERFIL CONSERVADOR
Alocaçãorecomendada
FundoRetorno Mês
(%)Retorno 2021
(%)Volatilidade
(%)Sharpe Ratio Sortino Ratio
5% Hashdex 20 Nasdaq Crypto Index FIC FIM 3,02 14,63 17,05 2,05 3,18
10% AZ Quest Low Vol FIM 0,71 0,77 2,03 -0,33 -0,35
20% ARX Vinson FIC FI RF CP 0,70 4,89 0,52 9,02 24,67
15% Vinci Valorem FIM 0,56 1,95 1,90 1,27 1,83
20% BTG Pactual Tesouro Selic FI RF Ref DI 0,37 1,52 0,34 -2,29 -2,79
10% JGP Max Plataformas FIC FIM -0,33 -0,13 1,34 -0,86 -1,15
20% Kinea Chronos FIM -0,47 1,37 2,93 0,44 0,64
Fontes: Economatica. Elaborados por Eleven Financial Research
Fonte: Economatica. Elaborado por Eleven Financial Research
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
jul-20 out-20 jan-21 abr-21
Conservador CDI
12
Perfil moderado
A carteira com perfil moderado é indicada para o investidor que busca uma volatilidade entre
4% e 6% ao ano, por meio de um portfólio diversificado, composto por fundos de renda fixa e
fundos multimercados macro e com exposição ao mercado de renda variável.
Retorno mês(%)
Retorno 2021 (%)
CDI mês (%) CDI 2021 (%)
-0,45 4,36 0,36 1,64
PERFIL MODERADO
Alocaçãorecomendada
FundoRetorno Mês
(%)Retorno 2021
(%)Volatilidade
(%)Sharpe Ratio Sortino Ratio
5% Hashdex 20 Nasdaq Crypto Index FIC FIM 3,02 14,63 17,05 2,05 3,18
10% AZ Quest Low Vol FIM 0,71 0,77 2,03 -0,33 -0,35
20% ARX Vinson FIC FIRF CP 0,70 4,89 0,52 9,02 24,67
15% Ibiuna Long Biased FIC FIM 0,50 17,38 16,39 1,24 1,72
10% BTG Pactual Tesouro Selic FI RF Ref DI 0,37 1,52 0,34 -2,29 -2,79
20% Kinea Chronos FIM -0,47 1,37 2,93 0,44 0,64
20% Novus Macro FIC FIM -3,86 -2,41 8,84 -0,03 -0,04
Fonte: Economatica. Elaborado por Eleven Financial Research
Fontes: Economatica. Elaborados por Eleven Financial Research
-2,00%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
jul-20 out-20 jan-21 abr-21
Moderado CDI
13
Perfil agressivo
A carteira com perfil agressivo é indicada para o investidor que busca uma volatilidade entre
7% e 8% ao ano, por meio de um portfólio diversificado, composto por fundos de renda fixa,
fundos multimercados e fundos de ações.
Retorno mês(%)
Retorno 2021 (%)
CDI mês (%) CDI 2021 (%)
0,37 7,55 0,36 1,64
PERFIL AGRESSIVO
Alocaçãorecomendada
FundoRetorno Mês
(%)Retorno 2021
(%)Volatilidade
(%)Sharpe Ratio Sortino Ratio
5% Hashdex 20 Nasdaq Crypto Index FIC FIM 3,02 14,63 17,05 2,05 3,18
10% AZ Quest Low Vol FIM 0,71 0,77 2,03 -0,33 -0,35
20% ARX Vinson FIC FIRF CP 0,70 4,89 0,52 9,02 24,67
25% Ibiuna Long Biased FIC FIM 0,50 17,38 16,39 1,24 1,72
5% BTG Pactual Tesouro Selic FI RF Ref DI 0,37 1,52 0,34 -2,29 -2,79
25% Atlas One FIC FIA 0,15 9,22 19,18 1,15 1,68
20% JGP Max Plataformas FIC FIM -0,33 -0,13 1,34 -0,86 -1,15
Fonte: Economatica. Elaborados por Eleven Financial Research
Fonte: Economatica. Elaborado por Eleven Financial Research
-2,00%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
18,00%
jul-20 out-20 jan-21 abr-21
Agressivo CDI
14
Atlas One FIC FIA
Fundo que investe no mercado de renda variável por meio do processo de análisefundamentalista e gestão ativa. Prazo de Resgate: D+32.
AZ Quest Low Vol FIM
Fundo multimercado de arbitragem nos mercados de renda fixa e renda variável caracterizadopor baixa volatilidade e baixa correlação com a maioria da indústria. Prazo de resgate: D+1.
ARX Vinson FIC FI RF CP
Fundo de renda fixa que opera majoritariamente títulos de crédito privado de alta qualidade(high grade) e títulos públicos do governo federal. Prazo de resgate: D+31.
BTG Pactual Tesouro Selic FI RF Ref DI
Fundo referenciado DI, de liquidez imediata, que cumpre função de fundo-caixa e reserva deemergência. Prazo de regaste: D+0.
HASHDEX 20 NASDAQ CRYPTO INDEX FIC FIM
Fundo multimercado que investe 20% de seus recursos no HDAIF (índice de criptomoedasnegociado no Nasdaq) e 80% em ativos de alta liquidez atrelados ao CDI. Prazo de resgate:D+7.
Ibiuna Long Biased FIC FIM
Fundo multimercado long biased com foco no mercado de renda variável no Brasil e que podeter uma parcela da carteira vendida. Prazo de resgate: D+32.
JGP Max Plataformas FIC FIM
Fundo multimercado que investe em ativos líquidos em mercados de renda fixa, rendavariável, de câmbio, crédito e commodities. Prazo de resgate: D+16.
Kinea Chronos FIM
Fundo multimercado que replica a carteira do Kinea Atlas II FIM com menor volatilidade. Prazode resgate: D+30.
Novus Capital Macro FIC FIM
Fundo multimercado macro que investe em mercados de renda fixa e de renda variável,commodities e moedas. Prazo de resgate: D+31.
Vinci Valorem FIM
Fundo multimercado que opera exclusivamente juros e moedas estrangeiras. Prazo de resgate:D+1.
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Renda fixa
Perfil conservador
Fonte: elaborado por Eleven Financial Research
30%
30%
20%
20%
Tesouro Selic mar/27 (LFT mar/27)
LCA pós-fixada (isenta de IR)
Tesouro pré-fixado jul/24 (LTN jul/24)
Tesouro IPCA+ 2026 (NTN-B 2026)
Perfil moderado
20%
15%
15%15%
25%
10%
Tesouro Selic mar/27 (LFT mar/27)
LCA pós-fixada (isenta de IR)
Tesouro pré-fixado jul/24 (LTN jul/24)
LCA pré (isenta de I.R.) - 2 anos
Tesouro IPCA+ 2026 (NTN-B 2026)
Debênture incentivada Petrobras (PETR17)
Fonte: elaborado por Eleven Financial Research
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Perfil arrojado
Fonte: elaborado por Eleven Financial Research
Perfil agressivo
10%
10%
10%
25%
30%
15%Tesouro Selic mar/27 (LFT mar/27)
LCA pós-fixada (isenta de IR)
Tesouro pré-fixado jul/24 (LTN jul/24)
LCA pré (isenta de I.R.) - 2 anos
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B 2035)
Debênture incentivada Corsan (RSAN44)
10%
5%
10%
20%
25%
15%
15%Tesouro Selic mar/27 (LFT mar/27)
LCA pós-fixada (isenta de IR)
Tesouro pré-fixado jul/24 (LTN jul/24)
LCA pré (isenta de I.R.) - 2 anos
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B 2035)
Debênture incentivada Corsan (RSAN44)
Debênture incentivada Pampa Sul (UTPS11)
Fonte: elaborado por Eleven Financial Research
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Ativos recomendados em renda fixa (títulos bancários)
Ativo, indexador e prazo
Risco/emissor Racional de alocação
LCA pós-fixado com vencimento em 1 ano (103%
do CDI ao ano) e 2 anos (105% do CDI
a.a.)
BTG PactualDaycoval
Preservação de caixa com baixo risco de crédito. Por ora, as LCAs e LCIs são isentas de
imposto de renda para as pessoas físicas. Esses papéis são emitidos pelas instituições
financeiras e possuem lastros para operações direcionadas para os setores agrícola (LCA)
e imobiliário (LCI). As LCAs/LCIs são isentas de imposto de renda para o investidor pessoa
física e contam com a garantia do FGC até o limite de R$ 250.000,00.
LCA pré-fixado com vencimento em 1 ano (7,10% a.a.) e 2 anos (8%
a.a.)
Daycoval
Racional de alocação segue a mesma linha do Tesouro pré-fixado. Porém,
diferentemente dos títulos públicos, das letras financeiras e dos CDBs, as LCAs/LCIs são
isentas de imposto de renda para o investidor pessoa física e contam com a garantia do
FGC até o limite de R$ 250.000,00.
Ativos recomendados em renda fixa (títulos públicos)
Ativo e indexador Emissor Racional de alocação
LFT/Tesouro Selic (% do CDI)
Tesouro Nacional
Título que acompanha a taxa Selic e negocia com deságio neste momento, tornando a
aplicação mais atrativa, visto que a normalização dos juros básicos (Selic) tende a atrair
investidores para este ativo, reduzindo o prêmio da taxa e aumentando o preço unitário
(PU) do ativo. Além disto, o título possui baixo risco de crédito (risco soberano) e liquidez
diária para resgate - caso o investidor resgate o título antes do prazo de vencimento, a
aplicação poderá apresentar perda ou ganho devido à marcação a mercado.
Tesouro pré-fixado julho 2024
Tesouro Nacional
Os ativos pré-fixados são recomendados para investidores que buscam previsibilidade em
seus investimentos. Apesar do cenário complexo com inflação alta e crescentes revisões
nas projeções macroeconômicas, enxergamos um considerável exagero na curva de juros
futura, principalmente quando analisamos as estimativas que estão precificadas para os
próximos 2 anos – 7,75% para o final de 2021, 8,75% para dez/22 e 9,25% para ago/23. Por
fim, as expectativas inflacionárias (implícitas) precificadas nos ativos de renda fixa (pré-
fixado x inflação) para os próximos três anos se encontram em 5,59% (1 ano), 4,97% (2
anos) e 4,83% (3 anos), muito acima das metas de inflação definidas pelo CMN (3,75% em
2021, 3,50% em 2022 e 3,25% em 2023).
Tesouro IPCA+ 2026 e Tesouro
IPCA+ 2035Tesouro Nacional
Título público com ganho real superior a 4% ao ano, uma vez que este ativo é híbrido, ou
seja, ele carrega uma taxa pós (IPCA+) e outra pré (contratada no momento da compra).
Apesar da elevação da Selic e do esperado arrefecimento da inflação nos próximos meses,
o "carry" desse ativo permanece elevado considerando a compra até a taxa de IPCA+
3,80% (Tesouro IPCA+ 2026) e IPCA+ 4% (Tesouro IPCA+ 2035). Em termos comparativos
com o principal benchmark do mercado de renda fixa, o CDI, o investidor terá um retorno
real anualizado (descontando a inflação) ligeiramente abaixo do seu benchmark, além da
possibilidade de ganho no curto prazo com a redução da inclinação da curva de juros.
Ressaltamos que os ativos possuem alta volatilidade em virtude das durations elevadas.
Fonte: elaborado por Eleven Financial
Fonte: elaborado por Eleven Financial
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Ativos recomendados em renda fixa (debêntures incentivas)
Papel Emissor RatingVencimento
durationTaxa
(Anbima)Taxa de entrada
NTN-B dereferência
Taxa NTN-B Spread over B
PETR17 Petrobras AAA (S&P)15/09/2029
6,9 anosIPCA+
4,37% a.a.
IPCA+
4% a.a.NTN-B 2030
IPCA+
4,27% a.a.+10bps
Pontos positivos: forte geração de caixa e liquidez. A companhia apresentou aumento na receita líquida 14,2% no 1T21 vs. 1T20,
atingindo R$ 86,2 bilhões, reflexo principalmente de uma valorização de 21,2% no preço médio do Brent (US$ 60,9/bbl no 1T21 contra
US$ 50,3/bbl no 1T20). Desse modo, mesmo com redução no volume em decorrência das restrições de mobilidade impostas pela
pandemia, houve aumento na receita com gasolina e diesel, com destaque para as vendas de diesel S-10 (menor teor de enxofre, menor
impacto no meio ambiente). O Ebitda alcançou R$ 47,8 bilhões, um aumento de 29,3% contra 1T20, já retirados os efeitos de impairment
no valor de R$ 508 milhões em função, principalmente, da parada das atividades da plataforma P-33 na bacia de Campos. Ao final de
mar/21 possuía um robusto nível de caixa e TVM de R$ 71,5 bilhões além de linhas de crédito compromissadas (revolving) de US$ 8,4
bilhões no exterior e R$ 6,3 bilhões localmente.
Pontos de atenção: suscetível às variações no preço do petróleo e interferência política. Como observado no início de 2020 com o
choque na cotação dos barris de petróleo, a performance da companhia está intrinsicamente ligada às dinâmicas de preço dos
combustíveis fósseis. Em adição, no longo prazo enxergamos risco relacionado à procura por fontes limpas e renováveis para obtenção
de energia. Em relação ao novo management acreditamos que ainda é cedo para estimar a performance da companhia sob a nova
gestão do general Joaquim Silva e Luna, que tomou posse em abril deste ano. No entanto, é esperado que ele continue com as políticas
de paridade de preços e estratégias de desinvestimentos.
Ativos recomendados em renda fixa (debêntures incentivas)
Papel Emissor RatingVencimento
durationTaxa
(Anbima)Taxa de entrada
NTN-B dereferência
Taxa NTN-B Spread over B
RSAN44 Corsan AA- (Fitch)15/02/2031
5,5 anosIPCA+
5,35% a.a.
IPCA+
4,75% a.a.NTN-B 2028
IPCA+
4,22% a.a.+53bps
Pontos positivos: alavancagem conservadora e perfil de dívida alongado. Em dez/20 a companhia apresentava um caixa robusto de R$
245 milhões, suficientes para cobrir 2,1x suas obrigações de curto prazo (financiamentos e debêntures). O Ebitda em 2020, já retirados
efeitos one-off principalmente de ganhos tributários, alcançou R$ 588 milhões, atingindo uma baixíssima alavancagem DFL/Ebitda de
0,6x.
Pontos de atenção: exposição a risco político. Apesar de recentes avanços no processo de privatização, a companhia é pública e
controlada pelo Estado do Rio Grande do Sul. Sendo assim, ela está suscetível a eventuais interferências políticas na sua gerência.
Fonte: elaborado por Eleven Financial
Fonte: elaborado por Eleven Financial
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Ativos recomendados em renda fixa (debêntures incentivas)
Papel Emissor RatingVencimento
durationTaxa
(Anbima)Taxa de entrada
NTN-B dereferência
Taxa NTN-BSpread over B
UTPS11Usina
Termelétrica Pampa Sul
AAA (Fitch)15/04/2028
3,7 anosIPCA+
5,59% a.a.
IPCA+
4,70% a.a.NTN-B 2025
IPCA+
3,89% a.a.81 bps
Pontos positivos: receita contratada. A recomendação de compra reflete a condição operacional da usina a carvão, o perfil de receita
totalmente contratada por meio de contratos de comercialização de energia elétrica no ambiente regulado (CCEARs) e sua exposição aos
preços de energia no mercado spot em caso de déficit de geração.
Pontos de atenção: ESG failed e possível troca de controle. Para gerar energia elétrica, as usinas termelétricas utilizam a energia liberada
pela queima de combustíveis fósseis, restos de madeira, óleos, gás natural e qualquer outro material que possa ser queimado. Essa
queima libera grandes quantidades de poluentes e vai na contramão da tendência global por energias renováveis. Outro ponto
importante é a possibilidade de mudança do controlador da empresa, atualmente ocupado pela Engie. Desde o início das operações, a
Pampa Sul está classificada no balanço da controladora como “ativo mantido para venda” e notícias de março deste ano indicam que a
Engie já começou a movimentar-se para a venda.
Fonte: elaborado por Eleven Financial
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5 | Glossário
Bbl: barril.
Benchmark: referência.
Bps: pontos base, equivalentes a 0,01%.
Brent: petróleo negociado na Bolsa de Londres.
Carry: carrego.
CDB: título de renda fixa emitido por bancos que pode ser pré ou pós-fixado.
CDI: título emitido por bancos.
CMN: Conselho Monetário Nacional.
Debênture incentivada: título de dívida de empresa, a qual se compromete a investir no setor
de infraestrutura.
Deságio: depreciação do valor nominal de um título ou do preço de uma mercadoria em
relação ao seu valor de mercado.
Duration: indicador de risco utilizado em títulos de renda fixa de modo a mensurar a
sensibilidade à variação da taxa de juros durante o período de aplicação.
Ebitda: lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
ESG: melhores práticas ambientais, sociais e de governança de um negócio.
Failed: fracassado.
FGC: Fundo Garantidor de Créditos.
Fitch: agência de rating.
LCA: Letra de Crédito do Agronegócio.
LCI: Letra de Crédito Imobiliário.
Management: gestão.
NTN-B: título do Tesouro atrelado ao IPCA.
Política de paridade de preços: política que mira a paridade de preços com o mercado
internacional.
Rating: classificação de risco de crédito.
S&P: agência de rating.
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