1
1 Introdução 2
2 Pulverizadores para culturas herbáceas
2.1 Resumo da inspecção 5
2.2 Verificação de requisitos por medição 6
2.2.1 Rigor do manómetro principal 6
2.2.2 Capacidade da bomba 7
2.2.3 Distribuição transversal 8
2.2.3.1 Débito de bicos de pulverização 9
2.2.3.2 Pressão nos sectores da barra 10
2.2.3.3 Mesa de recuperação de líquido 11
2.3 Registo de resultados 15
3 Pulverizadores para culturas arbustivas e arbóreas
3.1 Resumo da inspecção 18
3.2 Verificação de requisitos por medição 19
3.2.1 Pressão de trabalho estável (abrir/fechar circuito de pulverização) 19
3.2.2 Rigor do manómetro principal 20
3.2.3 Capacidade da bomba 20
3.2.4 Distribuição 21
3.2.4.1 Débito de bicos de pulverização 21
3.2.4.2 Diferença entre os débitos médios dos lados esquerdo e direito 22
3.2.4.3 Pressão no circuito hidráulico 23
3.2.4.4 Medições complementares (painel recuperador de líquido) 24
3.3 Registo de resultados 26
4 Tabelas de débito de bicos de pulverização
4.1 Bicos de fenda 29
4.1.1 Código ISO de cores 29
4.1.2 Código tradicional de cores 30
4.2 Bicos de jacto cónico 31
4.3 Pastilhas / discos retentores de débito 32
5 Agradecimentos 33
6 Bibliografia citada 33
2
1. Introdução
Neste documento, elaborado para a prática dos cursos de inspecção de equipamento de pulverização,
abordam-se os ensaios de funcionamento que requerem a medição de débito e pressão, em diferentes
pontos do respectivo circuito hidráulico, para comprovarem o seu adequado estado de conservação.
O esquema proposto no capítulo 2, com procedimentos para verificar os requisitos da inspecção de
equipamento com barras para aplicação em culturas herbáceas, teve como principal base as notas
apresentadas nas múltiplas sessões de esclarecimento no âmbito da inspecção de equipamento de
aplicação em cereais, desenvolvidas em 2008, pela equipa de técnicas de aplicação da Direcção de
Serviços de Produtos Fitofarmacêuticos e Sanidade Vegetal, com apoio da Bayer Crop Science e especial
colaboração da delegação Ibérica, da Empresa Internacional AAMS e da TOMIX.
Com efeito, para preparar aquele capítulo, seguiu-se a Norma Europeia intitulada, na versão inglesa,
“Agricultural machinery – Sprayers – Inspection of sprayers in use – Part 1: Field crop sprayers” (EN 13
790 (1)) e, para seguir a terminologia que tem sido utilizada no âmbito das técnicas de aplicação,
consultaram-se os documentos, neste tema divulgados pela DGADR em 2001 (2) e 2006 (3). Assinala-se,
porém, que as fichas que se apresentam adaptadas desta EN poderão divergir ligeiramente da redacção da
sua versão em português, pois, a elaboração das notas para inspecção de pulverizadores de cereais,
indicadas na parágrafo anterior, e adaptadas na sua totalidade para este caderno, foi anterior à divulgação
oficial da respectiva tradução.
Todavia, a consulta cuidada da NP EN 13 790 - 2 (4) e dos Anexos do Decreto-Lei nº 86/2010 (5) de 15
de Julho (cujas leituras atentas se aconselham, para melhor percepção das exigências para a inspecção de
equipamento de produtos fitofarmacêuticos), fundamentaram a apresentação, no capítulo 3, dos requisitos
a desenvolver perante os componentes, de verificação essencial, para apurar as condições de
funcionamento da máquinas de produtos fitofarmacêuticos de culturas arbustivas e arbóreas. Também se
adaptaram informações do documento específico da AAMS para a inspecção de equipamento de produtos
fitofarmacêuticos, cuja versão em português se encontra em preparação, e do documento, em elaboração,
com indicações para calibração e inspecção de equipamento de pulverização de produtos
fitofarmacêuticos (6).
3
A consulta de documentos, para registo de dados das máquinas examinadas, utilizados por algumas das
Entidades proponentes à formação de Centros de Inspecção Periódica de Pulverizadores, como a APAS, o
COTHN, a ENGUIRELVA e a Escola Superior Agrária de Beja, permitiu igualmente consolidar o
conteúdo destas notas.
Como se apresentou noutro documento (7), a inspecção de equipamento de pulverização de produtos
fitofarmacêuticos, ao assegurar o correcto funcionamento dos seus componentes, envolve preocupações
ao nível de segurança e de protecção da saúde humana e ambiental, visando primordialmente a
verificação da eficácia na operação da aplicação.
Em Portugal, a inspecção de pulverizadores de produtos fitofarmacêuticos tem sido efectuada,
voluntariamente, por diversas entidades (8), estando previsto que a primeira inspecção do equipamento de
produtos fitofarmacêuticos (excluindo os pulverizadores de dorso e outros pequenos aparelhos) passará a
obrigatória até ao ano de 2015, por força da Directiva do Parlamento e do Conselho Europeu “Uso
Sustentável de Produtos Fitofarmacêuticos”. A implementação da inspecção obrigatória, e periódica como
indicado na Directiva, constituirá um passo decisivo para a correcta aplicação dos produtos, com
salvaguarda dos riscos para o aplicador e para o ambiente e melhoria da eficácia dos tratamentos.
Este caderno tem igualmente o objectivo de preparar pessoal devidamente habilitado a verificar o correcto
funcionamento do equipamento de forma a permitir a maior precisão entre a calibração para a aplicação
de um volume de calda previamente estabelecido e o volume de calda realmente aplicado.
Como é evidente, o débito dos bicos de pulverização, normalmente expresso em L/min, depende da
pressão e do respectivo diâmetro. Uma vez escolhida a velocidade de trabalho e conhecida a largura de
trabalho, o sucesso na calibração da máquina, para um volume de calda previamente estabelecido,
depende do rigor do cálculo daquele débito.
Este tipo de calibração depende da precisão entre o valor do débito tabelado, para a pressão escolhida, dos
bicos de pulverização hidráulica e os valores verificados com o pulverizador em funcionamento.
Assim especial cuidado tem de ser dado, neste documento, aos débitos de todos os bicos e à exactidão da
pressão indicada no manómetro e em diferentes sectores de pulverização das máquinas. Aliás a legislação
para as inspecções considera imprescindível o rigor dos instrumentos de Regulação, Medição e Controlo,
4
para que os dispositivos de controlo de pressão mantenham uma pressão de trabalho constante respeitante a
uma rotação constante da bomba.
A consulta do Manual de inspección de equipos aplicación de fitosanitaros (9) permitiu acrescentar
breves, mas valiosos, comentários nos procedimentos propostos para as medições exigidas na inspecção
de pulverizadores de culturas herbáceas e de culturas arbustivas arbóreas, apresentadas, respectivamente,
nas alíneas 2.2 e 3.2.
Neste documento apresentam-se resultados de proveitosos métodos, com a mesa de recuperação de líquido
da AAMS, para aferir a distribuição de barras horizontais e de medições complementares da qualidade da
distribuição vertical de pulverizador pneumático, com os painéis de recuperação de líquido da COTHN,
ambos desenvolvidos informaticamente pela AAMS, na sessão prática do 1º curso de inspecção, realizada na
AGROMAIS, em 2012.
Para comparar os valores dos débitos medidos com os dados no fabricante, no capítulo 4 constam as
tabelas, com os valores de referência, do débito dos bicos de pulverização mais habituais no equipamento
de aplicação.
Um muito restrito tipo de instrumentos necessários para verificar a uniformidade da pulverização, vulgar
nas acções para formação de formadores de operadores de aplicação de produtos fitofarmacêuticos,
também se pode utilizar nas inspecções. Todavia, a inspecção das máquinas requer a utilização de sistema
informático para gestão de dados e não é fácil sem a utilização de instrumentos específicos de modo a
assegurar o rigor dos ensaios por medição referido nas normas em vigor (ex: medição da regularidade na
distribuição horizontal e vertical, rigor na leitura de manómetros, medição de débitos e da uniformidade
de pressão no circuito hidráulico de pulverização).
A forma e os dados apresentados neste caderno têm o objectivo de facilitar a realização da componente
prática nos cursos de inspecção. Com este documento não se pretende criar um modelo de relatório dos
resultados obtidos com equipamento exclusivo para inspecção.
5
2. Pulverizadores de barras horizontais
2.1 Resumo da Inspecção #
RESUMO DA INSPECÇÃO
Item Requisito Inspecção/Ensaio
de funcionamento Medição Notas
1 Elementos de transmissão de potência X
2 2.1 2.2 2.3 2.4
Bomba - Capacidade - Pulsações - Válvula de segurança de pressão, se aplicável - Fugas
X X X
X
No manómetro
3 Agitação X Depósito meio cheio
4 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9
Depósito de calda - Fugas - Crivo - Rede (no incorporador de produto) * - Compensação de pressão - Indicador de nível - Esvaziamento - Dispositivo anti-retorno * - Recipiente incorporador de produto * - Dispositivo de limpeza de embalagens*
X X X X X X X X X
Na abertura do depósito de calda No incorporador de produto Fiável Fiável
5 5.1 5.2 5.3-5.6 5.7
Sistemas de medição, de comandos e de regulação - Fiabilidade/fugas - Accionamento dos dispositivos de comando - Manómetro - Outros dispositivos de medição
X X X
X X
Fiável
6 6.1 6.2
Tubagem rígida e flexível - Fugas - Estrangulamento/desgaste
X X
Pressão máxima admissível do sistema
7 7.1 7.2 7.3
Filtragem - Presença de filtros - Limpeza* - Facilidade de substituição de elementos de filtragem
X X X
8 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6 8.7 8.8 8.9 8.10 8.11
Barra de pulverização - Estabiidade/rectilínea - Retorno automático - Bloqueio seguro - Distância entre bicos/orientação - Altura dos bicos - Contaminação do pulverizador por produto - Prevenção de danos dos bicos - Controlo dos sectores da barra - Regulação de altura - Amortecimento compensação de declives - Variação de pressão
X X X X X X X X X X
X
Na posição de transporte Uniforme Na posição de pulverização Barra/secções na extremidade
9 9.1 9.2
Bicos - Idênticos - Gotejamento
X X
10 10.1 10.2
Distribuição - Medição no banco de ensaio de bicos - Medição de débito
X X
Nota: Inspecção = observação da máquina para verificar todos os elementos e a sua correcta montagem Ensaio de funcionamento = verificação do funcionamento normal da máquina ou dos componentes para comprovar o funcionamento como especificado Medição = determinação dum valor pela utilização dum dispositivo ou instrumento
*se aplicável # adaptado da EN 13790-1 ANEXO A
6
2.2 Verificação de requisitos por medição
2.2.1 Rigor do manómetro principal
Para aferir o rigor na leitura de pressão, os manómetros devem ser testados no pulverizador ou em mesa
de ensaio. As medições devem realizar-se com pressões crescentes e decrescentes.
Verificação do rigor de leitura do manómetro:
Erro admissível para leituras:
- entre 1 e 2 bar; aprox. 0,2 bar
- superiores a 2 bar; 10 % do valor real
7
2.2.2 Capacidade da bomba
Observar:
- movimento de retorno de líquido para o depósito principal (recirculação claramente visível quando se
pulveriza ao regime nominal da tomada de força com o depósito cheio a metade da sua capacidade –
adaptado de agitação, alínea 4.3 da EN 13 790 -1), com todos os bicos da barra em funcionamento;
- regularidade do ponteiro no manómetro de referência colocado no bico de pulverização.
Quando os pulverizadores não têm adaptador para verificar o correcto funcionamento das bombas, com os
tipos de dispositivos abaixo apresentados (caso muito frequente), ou quando não se conhece a pressão
máxima de trabalho das bombas, deve colocar-se um manómetro de referência num bico de extremidade
da barra e durante o ensaio deve ser estabelecida a pressão máxima de trabalho recomendada pelo
fabricante do pulverizador ou do bico (adaptado da alínea 5.2.1 b da EN 13 790 -1).
A utilização de manómetro de aferição/calibrador permite verificar a existência de quebras de pressão no
respectivo circuito hidráulico e de pulsações originadas pela bomba.
. pulsações na pressão: o movimento oscilatório do ponteiro do manómetro de referência no bico de
pulverização (lado esquerdo da Fig. seguinte) pode ser causado, sobretudo em bombas de menor
capacidade, por incorrecta pressão do tanque de oscilação (três imagens do lado direito).
8
2.2.3. Distribuição transversal
Um dos processos, indicados pela norma em vigor, para aferir a distribuição da barra é por medição de
débito de bicos (apresentado em 2.2.3.1 na pág. seguinte) e da pressão em distintos sectores da barra de
pulverização (no mínimo com duas pressões de referência estabelecidas no manómetro do pulverizador,
ver 2.2.3.2). O erro permitido nestas duas medições é de 10 %. (como se pode observar, no ponto 10, da
lista de requisitos, actualmente em vigor, para a inspecção de pulverizadores de culturas baixas,
apresentada no capítulo 2.3).
No entanto o cálculo do coeficiente de variação (c.v.) e da sobreposição dos jactos leques, obtido por
mesa de recolha de líquido é igualmente aceite para avaliar este item, como se resume na alínea 2.2.3.3.
9
2.2.3.1 Débito de bicos de pulverização
Débito de bicos de pulverização (L/min)
Tipo de bico e cor _________
pressão (bar) _______ débito tabelado para pressão utilizada ______ (L/min)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
_________ (L/min)______ (diferença para valor tabelado %) _______ (L/min)_________(diferença para valor tabelado %)
Débito total ________ L/min
10
2.2.3.2 Pressão nos sectores da barra *
Como se indicou em 2.2.3 para avaliar a distribuição horizontal, sem recorrer a uma mesa de recolha de
líquido (2.2.3.3), está igualmente prevista, na norma actual, a verificação dos débitos dos bicos (2.2.3.1) e
do equilíbrio de pressão no circuito de hidráulico.
- diferença de pressão admitida: 10 %.
Pressão de refª (P1) Pressão verificada em distintos sectores (PS) /// diferença entre P1 e PS1 (%)
(manómetro do pulverizador)
P1 _______ bar PS1' _________ /// ________ (%)
PS1'' _________ /// ________ (%)
PS1''' _________ /// ________ (%)
PS1'''' ________ /// _________ (%)
Pressão de refª(P2) Pressão verificada em distintos sectores (PS) /// diferença entre P2 e PS2(%)
(manómetro do pulverizador)
P2 ______ bar PS2' _________ /// ________ (%)
PS2'' _________ /// ________ (%)
PS2''' _________ /// ________ (%)
PS2'''' ________ /// _________ (%)
* comparar as duas pressões de referência do manómetro do pulverizador (P1 e P2), com os valores do
manómetro de aferição, colocado no local de um bico na extremidade de cada sector da barra (neste caso
em 4 distintos sectores, para cada uma das pressões do manómetro do pulverizador: PS1', PS1'', PS1''',
PS1'''' e PS2' , PS2'', PS2''' e PS2'''')
11
2.2.3.3 Mesa de recuperação de líquido
A utilização de uma mesa de recuperação de líquido, prática corrente nos Centros fixos de inspecção de
pulverizadores, noutros Estados Membros, permite conferir a qualidade da distribuição horizontal, de uma
forma muito mais produtiva do que os procedimentos por medição de débito e de pressão, igualmente
aceites na legislação em vigor, como se apresentou nas alíneas 2.2.3.1 e 2.3.3.2.
A mesa de distribuição, com ligação a um sistema
informático adequado, fornece os dados do c.v. da
distribuição, assim como o valor de sobreposição do
líquido (quantidade de líquido recolhido, na faixa de
sobreposição dos jactos, em cada canalículo da mesa
de recuperação, não se deve desviar mais do que + 20 %
do valor médio total – adaptado da alínea 4.10.1 b., da EN
13 790 – 1). Nas imagens de ensaios desenvolvidos
na Nozzle Test Center, da HARDI, em 2004, na Dinamarca
e num Centro fixo de inspecção Belga, em 2007, a variação na
distribuição está dentro dos limites impostos na norma em vigor.
12
No entanto considera-se pertinente, salientar que o resultado final, da inspecção do mesmo pulverizador
de barras, pode divergir com o método utilizado para apreciar a distribuição horizontal. Por ex., os
resultados da análise daquele requisito, através de uma mesa de recuperação de líquido - coeficiente de
variação (< 10 %) e do desvio máximo relativo ao valor médio relativo à sobreposição de jactos de
pulverização da barra (< 20%) - , podem divergir dos resultados alcançados por medição de débito e de
pressão (desvio do débito relativamente ao débito tabelado e quebra de pressão no circuito ≤ 10%).
Em seguida observa-se a mesa de recuperação de líquido utilizada da prática do 1º curso de inspectores
de equipamento de pulverização (AGROMAIS; Golegã, 2012) e o resumo de resultados, depois do
adequado tratamento informático da AAMS. Com este exemplo pretende-se exemplificar o facto do
resultado final da avaliação da distribuição poder variar consoante o método de apreciação (registou-se o
débito inferior, em mais de 10 % relativamente ao valor padrão, em 3 bicos, mas, por outro lado, o c.v. da
pulverização da barra esteve dentro do limite aceite, i.e inferior a 10 %).
13
Coeficiente de variação (c.v.) 8,19 %.
Máxima variação permitida: 10 %
Resultado de mesa de distribuição (c.v. < 10 %)
bico
Adaptado de registo informático da AAMS
14
Resultado da medição de débitos dos bicos da barra de pulverização
bico
Adaptado de registo informático da AAMS
Como se pode observar nas colunas coloridas registou-se débito insuficiente em 3 bicos de pulverização.
(a variação do débito dos bicos do mesmo tipo não deve exceder em +- 10 % o débito tabelado pelo fabricante)
15
2.3 Registo de resultados
Em seguida apresentam-se os quadros para registar os resultados da inspecção.
Registo de Verificação Técnica #
Local da verificação :
Relatório de inspecção dos
pulverizadores de culturas
herbáceas adaptado da
Norma EN 13790-1
Nome do proprietário:
Morada do proprietário: Fabricante
Tipo
□ suspenso
□ rebocado
□ autopropulsor
Propriedade de
□ agricultor
□ empresa aplicadora
□ cooperativa
NOTAS:
Resultado da inspecção Assinatura
□ sem defeitos
□ pequenos defeitos
□ defeitos graves
Selo de aprovação
□ sim
□ não
# adaptado de EN 13790-1 ANEXO B
16
O estado geral do pulverizador assim como o seu grau de limpeza devem ser igualmente avaliados:
Defeito Observações gerais
relativas ao estado do pulverizador
Componente
Descrição
Nenhum
Pequeno
Gra
ve
Repara
do
a) estado geral do pulverizador
Limpeza
(Continuação)
Defeito Observações gerais
relativas ao estado do pulverizador
Componente
Descrição
Requisito
Nenhum
Pequeno
Gra
ve
Repara
do
1-Transmissão de potência
Resguardos
2-Bomba □ de êmbolo Capacidade
□ de membrane Pulsações
□ ……… Válvula de segurança
… l/min a …... bar Fugas
3-Agitação □ Mecânica Recirculação
□ Hidráulica
4-Depósito de calda
Volume ……. litros Fugas
Crivo
Grelha (no incorporador de produto) *
Compensação de pressão
Indicador de nível
Esvaziamento
Dispositivo anti-retorno *
Recipiente incorporador de produto
Dispositivo de limpeza *
5-Sistemas de medição, de comando e de regulação
Função
Fugas
Funcionamento dos comandos
Manómetro
• legibilidade -----------------------------------------
• marcação ----------------------------------------
• diâmetro ---------------------------------------
• precisão ---------------------------------------
• estabilidade do ponteiro ----------------------
Outros dispositivos de medição (erro <5%)
6-Tubagem rígida e flexível
Fugas
Estrangulamento/desgaste
7-Filtragem
Presença de filtros
Limpeza *
Elemento filtrante substituível
* se aplicável
17
(Continuação)
Defeito Observações gerais
relativas ao estado do pulverizador
Componente
Descrição
Requisito
Nenhum
Pequeno
Gra
ve
Repara
do
8-Barra de pulverização
Largura de trabalho…….m Estabilidade/rectilínea
Distância entre bicos ……. cm Simetria
Número de sectores …… Retorno automático
Bloqueio seguro
Distância entre bicos/orientação
Altura das bicos (10 cm ou 1%)
Contaminação do pulverizador
Prevenção de danos nos bicos
Comando das secções da barra
Regulação de altura
Amortecimento
Compensação de declives
Variação de pressão na entrada das secções (< 10%)
9-Bicos Nº de bicos …….. Idênticos
Tipo …….. Gotejamento
10-Distribuição transversal
Cv verificado …....% Coeficiente de variação (≤ 10%)
Desvio máximo relativo ao valor médio (< 20%)
ou
Desvio do débito relativamente ao débito tabelado (≤ 10%)
Quebra de pressão (ponto de medição/extremo da secção, ≤ 10%)
18
3. Pulverizadores de vinhas e pomares
3.1 Resumo da Inspecção #
Requisito Inspecção/Ensaio
de funcionamento Medição Notas
1 Elementos de transmissão de potência e ventilador X
2 2.1 2.2 2.3 2.4
Bomba - Capacidade - Pulsações - Válvula de segurança de pressão, se aplicável - Fugas
X X X
X
No manómetro
3 Agitação X Depósito meio cheio
4 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8 4.9
Depósito de calda - Fugas - Crivo - Rede (no incorporador de produto*) - Compensação de pressão - Indicador de nível - Esvaziamento - Dispositivo anti-retorno* - Recipiente incorporador de produto* - Dispositivo de limpeza de embalagens*
X X X X X X X X X
Na abertura do depósito principal No incorporador de produtol Fiável Fiável
5 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 - 5.8 5.9
Sistemas de medição, de controlos e de regulação - Fiabilidade/Perdas - Pressão de trabalho estável - Accionamento de comandos - Aplicação para um só lado - Manómetro - Outros dispositivos de medição
X
X X X
X
X X
Fiável
6 6.1 6.2 6.3
Tubagem rígida e flexível - Fugas - Estrangulamento/desgaste - Sem contacto com jacto de pulverização
X X X
Pressão máxima admissível do sistema
7 7.1 7.2 7.3
Filtragem - Presença de filtros - Limpeza* - Facilidade de substituição de elementos de filtragem
X X X
8 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5
Bicos - Adequados - Simetria - Gotejamento - Fecho - Regulação
X X X X X
9 9.1 9.2 9.3
Distribuição - Uniformidade do jacto de pulverização - Débito dos bicos - Diferença de pressão
X
X X
10 10.1 10.2 10.3 10.4
Ventilador - Velocidade rotacional - Desligamento - Pás deflectoras orientáveis - Gotejamento
X X X X
Nota: Inspecção = observação da máquina para verificar todos os elementos e a sua correcta montagem Ensaio de funcionamento = verificação do funcionamento normal da máquina/componente para comprovar o funcionamento como especificado Medição = determinação dum valor pela utilização dum dispositivo ou instrumento
*se aplicável
# adaptado de NP EN 13 790 -2
19
3.2 Verificação de requisitos por medição
3.2.1 Pressão de trabalho estável (abrir/fechar o circuito de pulverização)
Todos os dispositivos para ajustar a pressão devem manter uma pressão de trabalho estável, para as
velocidades de rotação constantes e alcançar a mesma pressão de trabalho depois do equipamento ter sido
desligado e ligado novamente (adaptado de 4.5.2 da NP EN 13 790 -2).
Para comprovar a recuperação e estabilidade da pressão ao retomar o funcionamento do equipamento de
pulverização deve-se registar a pressão no manómetro do pulverizador:
1. em funcionamento: ___________ bar
2. parar a pulverização
3. ler a pressão após retomar novamente a pulverização ___________ bar
Admite-se uma variação, entre os valores obtidos em 1 e 3, de 10 %
20
3.2.2 Rigor do manómetro principal
Verificação do rigor de leitura do manómetro:
Erro admissível para leituras:
- entre 1 e 2 bar; aprox. 0,2 bar
- superiores a 2 bar; aprox. 10 % do valor real
3.2.3 Capacidade da bomba
Em seguida resumem-se as indicações do ponto 2.2.2, para aferir o funcionamento das bombas do
equipamento de pulverização sem adaptador para o respectivo ensaio de funcionamento.
Observar:
- movimento de retorno de líquido para o depósito principal, com os bicos em funcionamento
(recirculação claramente visível quando se pulveriza ao regime nominal da tomada de força com o
depósito cheio a metade da sua capacidade)
- regularidade do ponteiro no manómetro de referência colocado no bico de pulverização.
21
3.2.4 Distribuição *
3.2.4.1 Débito de bicos de pulverização #
. o débito de cada bico, de igual tipo e diâmetro, não deve divergir
mais de 15 % do débito indicado pelo fabricante (< 15 % valor tabelado)
ou
. o débito médio de todos os bicos com a mesma identificação < 10 %
(no caso de não se conhecer o débito nominal dos bicos, como é frequente do equipamento com bicos de
jacto regulável, calcula-se o débito médio de cada um dos diferentes tipos de bicos e comparar-se-á o
débito individual de cada bico com o débito médio do tipo de bico correspondente. O desvio neste caso
não pode ser superior a 10 %) – ponto 4.9.2 da NP EN 13 790 – 2.
* observar a uniformidade do jacto de pulverização, sem ventilação auxiliar, excepto no caso dos
pulverizadores pneumáticos, em que o fluxo de ar criado pelo ventilador é fundamental para a formação e
emissão das gotas
# a medição de débito dos bicos de pulverização hidráulica, realiza-se com o ventilador desligado
Débito Débito Diferença para
Posição Tipo tabelado medido débito tabelado
(L/min) (L/min) (%)
Débito Débito Diferença para
Posição Tipo tabelado medido débito tabelado
(L/min) (L/min) (%)
Débito Débito Diferença para
Posição Tipo tabelado medido débito tabelado
(L/min) (L/min) (%)
Débito Débito Diferença para
Posição Tipo tabelado medido débito tabelado
(L/min) (L/min) (%)
Média de
cada tipo de
bicoL/min
L/min DiferençaTipoPosição
Média de
cada tipo de
bicoL/min
L/min DiferençaTipoPosição
Média de
cada tipo de
bicoL/min
L/min DiferençaTipoPosição
Média de
cada tipo de
bicoL/min
L/min DiferençaTipoPosição
22
3.2.4.2 Diferença entre os débitos médios dos lados esquerdo e direito
Para uma pulverização simétrica, a diferença de débitos médios entre o lado esquerdo e direito deve ser
menor de 10 %.
Diferença da média do débito esquerdo / direito ______ %
Débito total _______ L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
L/min
Média do débito lado esquerdo ______ L/min
L/min
Média do débito lado direito _______ L/min
________
23
3.2.4.3 Pressão no circuito hidráulico *
Um manómetro de referência deve ser colocado, na extremidade de cada sector de pulverização, no
mesmo local que um bico.
- diferença de pressão admitida: 15 %.
Pressão de refª (P1) Pressão verificada em distintos sectores (PS1) ///diferença entre P1 e PS1 (%)
(manómetro do pulverizador)
P1 _______ bar PS1' _________ /// ________ (%)
PS1'' _________ /// ________ (%)
PS1''' _________ /// ________ (%)
PS1'''' ________ /// _________ (%)
Pressão de refª(P2) Pressão verificada em distintos sectores (PS2) /// diferença entre P2 e PS2(%)
(manómetro do pulverizador)
P2 ______ bar PS2' _________ /// ________ (%)
PS2'' _________ /// ________ (%)
PS2''' _________ /// ________ (%)
PS2'''' ________ /// _________ (%)
* comparar as duas pressões de referência no manómetro do pulverizador (P1 e P2), com os valores do
manómetro de referência, colocado no local de um bico na extremidade de cada sector do circuito de
pulverização (neste caso em 4 distintos sectores, para cada uma das pressões do manómetro do
pulverizador: PS1', PS1'', PS1''', PS1'''' e PS2' , PS2'', PS2''' e PS2'''')
24
3.2.4.4 Medições complementares (painel recuperador de líquido)
As medições do débito e da pressão, em diferentes pontos do circuito hidráulico, são essenciais para aferir
o requisito da distribuição vertical (ver 3.2.4.1 a 3.2.4.3, referentes às alíneas 4.9.1 a 4.93 da NP EN 13
790 -2). No entanto, além daquelas medições obrigatórias para aferir a qualidade da distribuição vertical,
unicamente com objectivo de melhorar a informação, prestada ao utilizador das máquinas, pode ser
utilizado um painel vertical específico de recolha de líquido pulverizado.
Em seguida, observam-se os dispositivos, expostos no BBA em 1995 (10) e no Centre de Mecanitzación
Agrária, em Lérida (2001), para o estudo da distribuição vertical das turbinas e de equipamento de
aplicação com bocal de pulverização.
Na páginas seguinte, incluem-se imagens e breves dados da afinação de um pulverizador pneumático
TOMIX, alcançados com o recuperador de calda do COTHN, depois do adequado arranjo informático da
AAMS, no 1º curso de inspectores, na AGROMAIS, Golegã, em 2012.
Dispositivo de recolha de calda para avaliar a distribuição vertical das máquinas para aplicação de
culturas arbustivas e arbóreas
25
Painéis de recolha de líquido (1) que se deposita nos recipientes graduados na base deste
dispositivo de medição (2). No gráfico observa-se o volume distribuído por distintos bocais de
pulverização do equipamento ensaiado
1
2
26
3.3 Registo de resultados
Seguidamente apresentam-se os quadros para registo de resultados da inspecção.
Registo de Verificação Técnica #
Local da verificação :
Relatório de inspecção dos
pulverizadores de culturas
herbáceas adaptado da
Norma EN 13790-2
Nome do proprietário:
Morada do proprietário: Fabricante
Tipo
□ suspenso
□ rebocado
□ autopropulsor
Propriedade de
□ agricultor
□ empresa aplicadora
□ cooperativa
NOTAS:
Resultado da inspecção Assinatura
□ sem defeitos
□ pequenos defeitos
□ defeitos graves
Selo de aprovação
□ sim
□ não
# adaptado de NP EN 13 790 – 2 ANEXO B
27
O estado geral do pulverizador assim como o seu grau de limpeza devem ser igualmente avaliados:
Defeito Observações gerais
relativas ao estado do pulverizador
Componente
Descrição
Nenhum
Pequeno
Gra
ve
Repara
do
a) estado geral do pulverizador
Limpeza
Defeito Observações gerais
relativas ao estado do pulverizador
Componente
Descrição
Requisito
Nenhum
Pequeno
Gra
ve
Repara
do
1-Transmissão de potência
Resguardos
2-Bomba □ de êmbolo Capacidade
□ de membrane Pulsações
□ ……… Válvula de segurança
… l/min a …... bar Fugas
3-Agitação □ Mecânica Recirculação
□ Hidráulica
4-Depósito de calda
Volume ……. litros Fugas
Crivo
Grelha (no incorporador de produto) *
Compensação de pressão
Indicador de nível
Esvaziamento
Dispositivo anti-retorno *
Recipiente incorporador de produto
Dispositivo de limpeza de embalagens*
5 - Sistemas de medição, de comando e de regulação
Função
Fugas
Funcionamento dos comandos
Utilização de um só lado
Manómetro
• legibilidade ---------------------------------------
• marcação ----------------------------------------
• diâmetro ----------------------------------------
• precisão ----------------------------------------
• estabilidade do ponteiro ----------------------
Outros dispositivos de medição (erro <5%)
6-Tubagem rígida e flexível
Fugas
Estrangulamento/desgaste
Fora da área do jacto de pulverização
7-Filtragem
Presença de filtros
Limpeza *
Elemento fitrante substituível
28
(Continuação)
Defeito Observações gerais
relativas ao estado do pulverizador
Componente
Descrição
Requisito
Nenhum
Pequeno
Gra
ve
Repara
do
8 – Bicos de pulverização
Número de bicos Tipo
Apropriados
Simetria
Gotejamento
Encerramento
Regulação
9 - Distribuição Uniformidade do jacto de pulverização
Desvio do débito de cada bico ( < 15 % relativamente ao débito nominal ou < 10 % relativamente ao débito médio
Diferença do débito do lado esquerdo / direito < 10 %
Diferença de pressão à entrada do sector hidráulico de alimentação dos bicos (< 15%)
10 – Ventilador Resguardo
Velocidade de rotação
Desligamento
Exposição à pulverização
29
4. Tabelas de débito de bicos de pulverização por pressão hidráulica
4.1 Bicos de fenda
4.1.1 Código ISO de cores
Seguidamente apresenta-se a tabela (Tab.), adaptada de diferentes fabricantes, com os débitos de
bicos de fenda (ou de jacto em leque), de cores mais comuns nas barras dos pulverizadores, o
respectivo código (cód.) ISO e a malha adequado para os respectivos filtros. No lado esquerdo
exemplifica-se um modelo do bico de fenda referido nesta tabela.
Código ISO
Malha filtro
(Mesh)
110015
80 Mesh
11002
80 Mesh
11003
50 Mesh
11004
50 Mesh
11005
50 Mesh
11006
50 Mesh
Tab. de débito de bicos de fenda (ou de jacto em leque), com indicação
de cód. ISO e da malha dos filtros (adaptado de documentação técnica
da TOMIX e do fabricante ALBUZ)
Zona exterior (1) e interior (2) de um bico
de fenda azul, cujo jacto em leque de 110 º,
à pressão de 3 bar, de acordo com o valor
tabelado, conduz ao débito de 1,2 L/min.
A pressão nesta tabela, indicada em bar,
em termos práticos equivale a 1 kg/cm2
(1 kg/cm2 = 1,01997 bar).
2
1
30
4.1.2 Código tradicional de cores
Os bicos de fenda tradicionais têm um cód. de cores
diferente do cód. ISO, atrás referido.
A Tab. de débito dos bicos tradicionais de fenda apresenta
um maior número de opções que a tabela dos bicos do
código ISO. Por ex. à pressão de 3 bar, os diferentes
diâmetros dos bicos tradicionais permitem débitos desde
0,43 até 9,7 L/min (ver dados do fabricante no lado
direito), enquanto que nos bicos ISO mais habituais com
igual pressão, o débito máximo é de 2,5 L/min (ver Tab. da
pág. anterior).
Por outro lado, considera-se essencial salientar que a
mesma cor, dos bicos ISO e dos bicos tradicionais,
corresponde a diferentes débitos. Na Tab. de débito do cód.
ISO, atrás apresentada, por ex. os bicos de fenda verdes
são de baixo débito (0,6 L/min a 3 bar), enquanto que nos
bicos tradicionais, a cor verde equivale a um débito
intermédio (1,71 L/min a 3 bar), como se vê nas tabelas
adaptadas do fabricante.
Tab. de débito de bicos de fenda tradicionais
(diferente do cód. de cores ISO, para bicos de
fenda)
Adaptado de catálogo de ALBUZ
A pressão nesta tabela, indicada em bar, em termos práticos equivale a 1
kg/cm2 (1 kg/cm2 = 1,01997 bar).
Bicos de fenda tradicionais amarelos e cinzentos. Os débitos indicados pelo
fabricante, para estes bicos, à 3 bar de pressão, são respectivamente, de
O,61 e 3,41 L/min.
31
Após as imagens de diferentes tipos bicos de jacto cónico (ou bicos de turbulência), comuns
em pulverizadores de vinhas e fruteiras, mas menos habituais nas barras de pulverização,
junta-se a respectiva tabela de débitos com o código de cores tradicional, para este tipo de
bico.
bardébito (L/Min )
pre
ssão
Tab. de débito para bicos de jacto cónico (ou bicos de turbulência). Adaptado de documentação do fabricante ALBUZ.
4.2 Bicos de jacto cónico *
Conjunto de componentes dos bicos de jacto cónico, onde se destacam as peças exteriores de diferente diâmetro
A pressão nestas tabelas, indicada em bar, em termos práticos equivale a 1 kg/cm2 (1 kg/cm2 = 1,01997 bar).
lilás castanho
o amarelo laranja vermelho verde azul
débito (L/min)
bar pressão (bar)
32
As pastilhas substituíveis são habituais nos bicos de turbulência e nos bicos de jacto regulável.
4.3 Pastilhas / discos retentores de débito
A pressão nestas tabelas, indicada em bar, em termos práticos equivale a 1 kg/cm2 (1 kg/cm
2 = 1,01997 bar).
Tabela de débito de pastilhas de diferente diâmetro e posição de montagem (adaptado de manual da TOMIX)
Dispositivo rotativo de pulverização de pressão
hidráulica, com bico de jacto variável em posição de
utilização (1) e pastilha, com montagem invertida, na
extremidade do lado direito (2). A extremidade do lado
esquerdo (3) inclui o bico de pulverização de jacto fixo,
cujo repartidor (4) é essencial para criar a turbulência na
saída do líquido (jacto cónico). A anilha, arredondada em
borracha (5), é imprescindível para ajustar correctamente
a pastilha (6).
Tubagem flexível (1) para movimentar o líquido até à
extremidade do bocal de pulverização pneumática (2).
Desmontagem da pastilha, que neste caso funciona como
retentor de débito (3).
1 2
3
Os valores do débito do tipo de pastilha mais vulgar no equipamento de pulverização (apresentado
nas fig. seguintes), de igual diâmetro varia, evidentemente, com a pressão, mas também com a sua
posição de montagem.
Nos pulverizadores pneumáticos, estas pastilhas
podem funcionar como retentor de débito.
Pastilhas com diâmetro de
1,0 e 1,5 mm na posição
normal (de maior débito)
2
3
1
2 3
4 5
6
33
5. Agradecimentos
À empresa AAMS (Bélgica e Espanha) – Advanced Agricultural Measurement Systems – as múltiplas
informações recebidas e a cedência do numeroso equipamento de medição para a inspecção de
pulverizadores, incluindo a mesa de recuperação de líquido das barras e o sistema informático de recolha
e tratamento dos dados obtidos por variados métodos de medição utilizados.
Ao COTHN o empréstimo do painel vertical específico para recolha de líquido de pulverizadores de
culturas arbustivas e arbóreas, de particular interesse, para apreciar a aparência da distribuição vertical
proporcionada pelo equipamento ensaiado.
À AGROMAIS a cedência do espaço onde se realizaram as medições apresentadas, os pulverizadores de
pressão hidráulica e os tractores utilizados.
À TOMIX o empréstimo do pulverizador pneumático.
6. Bibliografia citada
1 CEN – Comité Européen de Normalization (2003) EN 13790-1 Agricultural machinery – Sprayers –
Inspection of sprayers in use – Part 1: Field crop sprayers. Management Centre, Brussels.
2 Moreira J F (2001) Técnicas e Material de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. Caderno de
Práticas. Direcção-Geral de Protecção das Culturas. PPA(AB-IMA) 1/01. 55 pp.
3 Moreira, J F (2005) Material de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos. Série Didáctica -
Herbologia. Direcção-Geral de Protecção das Culturas, Instituto Superior de Agronomia, ISAPress.
55 pp.
4 NP EN 13 790 - 2 (2008) Máquinas agrícolas. Pulverizadores – Inspecção de pulverizadores em uso.
Parte 2: Pulverizadores de pressão hidráulica assistidos por ar para culturas arbustivas e arbóreas.
5 Dec.-Lei nº 96/2010 de 15 de Julho. Diário da República – I Série – Nº 136.
6 Moreira, J F (em elaboração). Calibração e inspecção de equipamento de pulverização de produtos
fitofarmacêuticos.
7 Moreira J F (2006) Inspecção de Pulverizadores na União Europeia. Situação em Portugal.
Direcção-Geral de Protecção das Culturas. 20 pp.
8 Moreira J F (2008) Inspecção de pulverizadores de produtos fitofarmacêuticos. Revista Frutas,
Legumes e Flores. Março/Abril. 65-66.
9 Gil Moya, E; Llorens Calveras, J; Gracia Aguilá, F; Escolá i Agustí, A; Llop Casamanda, J; Camp
Feria-Carot, F (2009) Manual de inspección de equipos de aplicación. Universitat Politécnica de
Catalunya. Generalitat de Catalunya. Universitat de Lleida. (Borrador)
10 Moreira, J F (1995) Técnicas de aplicação na utilização de produtos fitofarmacêuticos. Relatório sobre
“workshop” organizado pela EPPO e BBA de 4 a 6 de Abril de 1994, em Braunschweig. Relatórios
CPA (D)-3. PPA (HL/R) – 11. Centro Nacional de Protecção da Produção Agrícola. Lisboa. 34 pp.