Teoria da Constituição
Prof.ª Helena de Souza Rocha
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CONSTITUIÇÃO SURGIMENTO VIGÊNCIA EM
ANOS
1824 25/03/1824 65
1891 24/02/1891 39
1934 16/07/1934 03
1937 10/11/1937 08
1946 18/09/1946 20
1967 24/01/1967 02
EC nº 1/1969 17/10/1969 18
1988 05/10/1988 28
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Independência em 7 de setembro de 1822
Assembleia Constituinte em 1823 (dissolvida por D. Pedro I)
Outorgada por D. Pedro I
Governo: monarquia hereditária constitucional
Estado unitário: divisão do território em províncias
Quadripartição de poderes (Poder Moderador –Benjamin Constant)
Religião oficial: catolicismo
Mutabilidade da constituição: semirrígida.
Eleições: indiretas e censitárias, vedada aos analfabetos e às mulheres. 4
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Proclamação da República em 1889
Governo Provisório 1889-1891 (Mal. Deodoro)
Assembleia Constituinte (1890) – Rui Barbosa
Contexto:
Abolição do trabalho escravo
Ampliação da indústria
Deslocamento de pessoas do meio rural para centros urbanos
Abandono do modelo do parlamentarismo franco-britânico, em proveito do presidencialismo norte-americano.
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Forma federativa de Estado (união perpétua e indissolúvel das províncias)
Forma republicana de governo
Sistema de governo: presidencialismo
Tripartição dos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário Controle difuso de constitucionalidade
Criação do sufrágio com menos restrições, impedindo ainda o voto aos mendigos, analfabetos e mulheres (não era secreto)
Separação entre a Igreja e o Estado (laicidade)
Instituição do habeas corpus.
Mutação: rígida
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Manteve a forma federativa do Estado.
Manteve a forma de governo: República.
Manteve o sistema de governo: Presidencialismo.
Manteve a tripartição de poderes (Montesquieu).
Inovações:
Institui voto secreto e obrigatório para os maiores de 18 anos, estendendo-o às mulheres.
Possui capítulo sobre ordem econômica e social (Constituição de Weimar).
Cria a Justiça do Trabalho e institui normas sobre família, educação e cultura.
Cria Justiça Eleitoral
Laicidade, facultando ensino religioso e admite casamento religioso com fins civis. “Deus” no preâmbulo.
Mutação: rígida
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Outorgada por Getúlio Vargas (deveria ter sido submetida a plebiscito)
Foi fortalecido o Poder Executivo (autoridade suprema do Estado), deixa de existir o Senado e representantes seriam eleitos por sufrágio indireto. Nunca se instalou o Legislativo.
Direitos individuais eram condicionados ao bem público.
Embora previstos, direitos e garantias eram suprimidos em caso de estado de emergência.
No final da Constituição havia dispositivo que instituiu o estado de emergência.
Inspirada nos regimes nazifascistas , por isso apelidada de “Constituição Polaca” (em alusão à constituição polonesa fascista de 1935, outorgada pelo Marechal Josef Pilsudski .
Entre as principais medidas adotadas, destacam-se: Instituição da pena de morte
Supressão da liberdade partidária e da liberdade de imprensa
Anulação da independência dos Poderes Legislativo e Judiciário
Restrição das prerrogativas do Congresso Nacional
Permissão para suspensão da imunidade parlamentar
Prisão e exílio de opositores do governo
Eleição indireta para presidente da República, com mandato de seis anos.
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Retomou a linha democrática de 1934 e foi promulgada de forma legal, após as deliberações do Congresso recém-eleito, que assumiu as tarefas de Assembleia Nacional Constituinte.
Entre as medidas adotadas, estão: Restabelecimento dos direitos individuais
Fim da censura e da pena de morte.
Devolveu a independência ao Executivo, Legislativo e Judiciário e restabeleceu o equilíbrio entre esses poderes, além de dar autonomia a estados e municípios.
Instituição de eleição direta para presidente da República, com mandato de cinco anos.
Incorporação da Justiça do Trabalho e do Tribunal Federal de Recursos ao Poder Judiciário
Pluralidade partidária
Direito de greve e livre associação sindical
Condicionamento do uso da propriedade ao bem-estar social, possibilitando a desapropriação por interesse social.
Ato adicional, de 2 de setembro de 1961, instituiu o regime parlamentarista. Como essa emenda previa consulta popular posterior, por meio de plebiscito, realizado em janeiro de 1963, o país retomou o regime presidencialista.
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Outorgada em 1967, buscando a “Segurança Nacional”.
Amplos poderes à União e ao Poder Executivo.
Manteve a Federação, com expansão da União, e adotou a eleição indireta para presidente da República, por meio de Colégio Eleitoral formado pelos integrantes do Congresso e delegados indicados pelas Assembleias Legislativas.
Redução gradual dos direitos individuais pelos Atos Institucionais.
De 1964 a 1969, foram decretados 17 atos institucionais, regulamentados por 104 atos complementares.
O AI-5, de 13 de dezembro de 1968, foi um instrumento que deu ao regime poderes absolutos:
Fechamento do Congresso Nacional por quase um ano e o recesso dos mandatos de senadores, deputados e vereadores,
Suspensão de qualquer reunião de cunho político
Censura aos meios de comunicação, estendendo-se à música, ao teatro e ao cinema
Suspensão do habeas corpus para os chamados crimes políticos
Decretação do estado de sítio pelo presidente da República em qualquer dos casos previstos na Constituição
Autorização para intervenção em estados e municípios. 16
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Em 27 de novembro de 1985, foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte com a finalidade de elaborar novo texto constitucional para expressar a realidade social pela qual passava o país, que vivia um processo de redemocratização após o término do regime militar.
Características:
Ampliação das liberdades civis e os direitos e garantias individuais.
Concedeu direito de voto aos analfabetos e aos jovens de 16 a 17 anos.
Plebiscito sobre forma e sistema de governo
Laicidade
Tripartição dos Poderes
Ampliação ADI
Constituição rígida
Até agora, a Constituição de 1988 já recebeu 91 emendas. 18