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11 de Outubro de 2010
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Referência históricaDecreto-Lei n.º 272/87, de 3 de Julho – Capítulo II:
Vendas por correspondência
Directiva 97/7/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Maio, relativa à protecção dos consumidores em matéria de contratos celebrados à distância
Decreto-Lei n.º 143/2001, de 26 de Abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 57/2008, de 26 de Março, e 82/2008, de 20 de Maio
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Definição
Artigo 2.º, alínea a): “qualquer contrato relativo a bens ou serviços, celebrado entre um fornecedor e um consumidor, que se integre num sistema de venda ou prestação de serviços a distância organizado pelo fornecedor, que, para esse contrato, utilize exclusivamente uma ou mais técnicas de comunicação à distância até à celebração do contrato, incluindo a própria celebração”.
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Primeiro elemento
Relação jurídica de consumo (“celebrado entre um fornecedor e um consumidor”)
alínea a) do n.º 3 do artigo 1.º: consumidor é a “pessoa singular que actue com fins que não pertençam ao âmbito da sua actividade profissional”
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Segundo elemento
“Qualquer contrato relativo a bens ou serviços” / “Sistema de venda ou de prestação de serviços”
Grande amplitude.
Qualquer contrato não excluído (compra e venda, prestação de serviço, empreitada, locação, etc.)
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Terceiro elemento
“Sistema de venda ou prestação de serviços a distância organizado pelo fornecedor”.
Exemplos.
Preparação por parte do profissional para cumprir as exigências legais.
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Quarto elemento
Utilização exclusiva de “uma ou mais técnicas de comunicação à distância até à celebração do contrato, incluindo a própria celebração”.
Característica fundamental dos contratos celebrados à distância.
Declarações com carácter negocial directo.
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Técnica de comunicação à distância
Alínea b) do artigo 2.º: “qualquer meio que, sem a presença física e simultânea do fornecedor e do consumidor, possa ser utilizado tendo em vista a celebração do contrato entre as referidas partes”.
Definição ampla.
Exemplos
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Técnica de comunicação à distância
Internet.
Contratos celebrados através da Internet Decreto-Lei n.º 143/2001 Decreto-Lei n.º 7/2004, de 7 de Janeiro (comércio
electrónico)
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Técnica de comunicação à distância
“sem a presença física e simultânea do fornecedor e do consumidor”.
Relação entre os dois elementos.
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Exclusões totais (artigo 3.º)Contratos relativos a serviços financeiros
(Decreto-Lei n.º 95/2006, de 29 de Maio)
Contratos celebrados com estabelecimentos automatizados
Contratos de empreitada ou compra e venda de imóveis
Contratos celebrados em leilões
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Deveres pré-contratuais – artigo 4.ºConteúdo mínimo da declaração (dever do
profissional): Identidade e endereço do profissional; Características do bem ou serviço; Preço (incluindo impostos); Despesas de entrega; Modalidades de pagamento; Existência do direito de arrependimento; Custo da técnica de comunicação (valor acrescentado); Prazo de validade da proposta; Duração mínima do contrato.
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Declaração contratualArtigo 4.º - conteúdo mínimo da declaração do
profissional.
Generalidade dos elementos tem relevância contratual directa – cláusulas do contrato a celebrar.
Identidade e endereço do profissional: puros elementos de informação.
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Comunicação do conteúdo mínimo da declaração
O consumidor deve dispor da informação sobre as cláusulas essenciais “em tempo útil e antes da celebração de qualquer contrato à distância”.
Importância da reflexão antes da decisão de contratar.
Elementos: complexidade e relevância do contrato.
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Comunicação do conteúdo mínimo da declaração
Artigo 4.º, n.º 2: o objectivo comercial da comunicação deve ser sempre “inequivocamente explicitado”.
O conteúdo da mensagem deve ser transmitido “de forma clara e compreensível por qualquer meio adaptado à técnica de comunicação a distância utilizada, com respeito pelos princípios da boa fé, da lealdade nas transacções comerciais e da protecção das pessoas com incapacidade de exercício dos seus direitos, especialmente os menores”.
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Forma clara e compreensível
Clareza: elementos facilmente apreensíveis (tamanho da letra, tom de voz, etc.; comunicação directa e não remissão).
Compreensível: linguagem acessível.
Língua – determinar o público-alvo.
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Formação do contrato
Inexistência de modelo único.
Forma do contrato. Alternativa à forma escrita.
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Dever de apresentação de proposta contratual
Artigo 4.º - todos os elementos necessários para uma declaração completa.
Razão de ser da norma não permite que o profissional indique que não se trata de uma proposta:
Exige-se declaração completa; Objectivo comercial deve ser indicado; Obrigatoriedade de fazer constar o prazo de validade da
proposta (o prazo de validade só faz sentido se vincular o emitente da declaração).
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Correspondência postal
Catálogos
Elementos do artigo 4.º devem constar do formulário a preencher pelo consumidor.
Tamanho da letra / Idioma.
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Televisão
Televendas
Publicidade
Comunicação do conteúdo da declaração
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TelefoneTransmissão oral da mensagem e do conteúdo
da declaração.
Técnica especialmente agressiva.
Artigo 4.º, n.º 3: “caso a comunicação seja operada por via telefónica, a identidade do fornecedor e o objectivo comercial da chamada devem ser explicitamente definidos no início de qualquer contacto com o consumidor”.
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Internet JORGE MORAIS CARVALHO, “Comércio Electrónico e
Protecção dos Consumidores”, in Themis – Revista da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, Ano VII, n.º 13, 2006, pp. 41-62
Noção de comércio electrónico.
Comércio electrónico directo e comércio electrónico indirecto.
Conexão entre o contrato e a declaração.
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Momento da celebração do contratoArtigo 32.º do Decreto-Lei n.º 7/2004: “a oferta de
produtos ou serviços em linha representa uma proposta contratual quando contiver todos os elementos necessários para que o contrato fique concluído com a simples aceitação do destinatário, representando, caso contrário, um convite a contratar”.
Artigo 29.º do mesmo diploma: n.º 1: “logo que receba uma ordem de encomenda por via
exclusivamente electrónica, o prestador de serviços deve acusar a recepção igualmente por meios electrónicos”
n.º 5: “a encomenda torna-se definitiva com a confirmação do destinatário, dada na sequência do aviso de recepção, reiterando a ordem emitida”.
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Forma nos contratos electrónicosRegime jurídico dos documentos electrónicos
e da assinatura digital: Decreto-Lei n.º 290-D/99, de 2 de Agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.os 62/2003, de 3 de Abril, 165/2004, de 6 de Julho, 116-A/2006, de 16 de Junho, e 88/2009, de 9 de Abril.
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Forma nos contratos electrónicosArtigo 26.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 7/2004: “as
declarações emitidas por via electrónica satisfazem a exigência legal de forma escrita quando contidas em suporte que ofereça as mesmas garantias de fidedignidade, inteligibilidade e conservação”.
artigo 3.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 290-D/99: “o documento electrónico satisfaz o requisito legal de forma escrita quando o seu conteúdo seja susceptível de representação como declaração escrita”.
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Assinatura electrónicaArtigo 373.º do Código Civil: “os documentos
particulares devem ser assinados pelo seu autor”.
Artigo 26.º, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 7/2004 – remissão para o regime da assinatura electrónica.
Remissão para o n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 290-D/99 – “aposta uma assinatura electrónica qualificada certificada por uma entidade certificadora credenciada”.
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Confirmação do conteúdo do contrato
Artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 143/2001: “em sede de execução do contrato o consumidor deve, em tempo útil e, no que diz respeito a bens que não tenham de ser entregues a terceiros, o mais tardar no momento da sua entrega, receber a confirmação por escrito ou através de outro suporte durável à sua disposição”.
Obrigação acessória, resultante da celebração do contrato.
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Elenco do conteúdo mínimo da confirmação
Artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 143/2001
Alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 4.º (se não tiverem sido prestadas antes através de suporte durável);
Informação por escrito sobre as condições e modalidades de exercício do direito de livre resolução;
Endereço geográfico; Informações relativas a serviços pós-venda e garantias; Condições de resolução de contrato de execução
duradoura.
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Forma da confirmação
“por escrito ou através de outro suporte durável”.
Diferença entre a forma e o suporte.
Diferença entre a o n.º 1 e a alínea a) do n.º 3 do artigo 5.º.
Elemento relevante: suporte durável.
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Suporte durávelArtigo 2.º, alínea d): “qualquer instrumento que
permita ao consumidor armazenar informações de um modo permanente e acessível para referência futura e que não permita que as partes contratantes manipulem unilateralmente as informações armazenadas”.
Três elementos essenciais (suporte e informação): Permanência; Acessibilidade; Inalterabilidade.
![Page 31: 11 de Outubro de 2010. Referência histórica Decreto-Lei n.º 272/87, de 3 de Julho – Capítulo II: Vendas por correspondência Directiva 97/7/CE, do Parlamento](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022070507/570638551a28abb8238fac7b/html5/thumbnails/31.jpg)
Exclusões parciaisNão se aplicam os artigos 4.º e 5.º do
Decreto-Lei 143/2001 nas situações previstas nas seguintes normas:
Artigo 3.º, n.º 2
Artigo 5.º, n.º 4
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11 de Outubro de 2010
![Page 33: 11 de Outubro de 2010. Referência histórica Decreto-Lei n.º 272/87, de 3 de Julho – Capítulo II: Vendas por correspondência Directiva 97/7/CE, do Parlamento](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022070507/570638551a28abb8238fac7b/html5/thumbnails/33.jpg)
Referência históricaDirectiva 85/577/CEE, de 20 de Dezembro, relativa
à protecção dos consumidores no caso de contratos negociados fora dos estabelecimentos comerciais
Decreto-Lei n.º 272/87, de 3 de Julho – Capítulo I
Decreto-Lei n.º 143/2001, de 26 de Abril, alterado pelos Decretos-Leis n.os 57/2008, de 26 de Março, e 82/2008, de 20 de Maio
![Page 34: 11 de Outubro de 2010. Referência histórica Decreto-Lei n.º 272/87, de 3 de Julho – Capítulo II: Vendas por correspondência Directiva 97/7/CE, do Parlamento](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022070507/570638551a28abb8238fac7b/html5/thumbnails/34.jpg)
Factor de desprotecção do consumidor
Fragilidade associada a uma situação de pressão.
Contacto promovido pelo profissional.
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Contratos celebrados no domicílio
Definição (art. 13.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 143/2001)
“aquele que, tendo por objecto o fornecimento de bens ou de serviços, é proposto e concluído no domicílio do consumidor, pelo fornecedor ou seu representante, sem que tenha havido prévio pedido expresso por parte do mesmo consumidor”.
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1.º elemento – Relação de consumo
Alínea a) do n.º 3 do artigo 1.º (noção de consumidor).
Identificação do profissional (artigo 15.º).
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2.º elemento – Bens ou serviços
Abrange, à partida, quaisquer contratos.
Exclusões (artigo 14.º).
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3.º elemento – Domicílio do consumidor
Domicílio não deve interpretado em sentido técnico-jurídico (v. artigo 82.º do Código Civil).
Lugar fechado, sem ligação ao exterior ou acesso do público em geral:
Casa de um amigo ou familiar? Casa arrendada? Hotel?
Lugar aberto ao público (restaurante, transporte, recinto desportivo, via pública)?
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4.º elemento – Inexistência de pedido prévio
Não se aplica o regime se se verificam os seguintes quatro elementos:
Existência de pedido (não basta uma autorização); Antecedência do pedido; Existência de declaração expressa; Correspondência entre a pessoa que faz o pedido e
aquela que celebra o contrato.
Artigo 13.º, n.º 3
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Artigo 13.º, n.º 3“Aplica-se, ainda, o disposto no presente capítulo
aos contratos que tenham por objecto o fornecimento de outros bens ou serviços que não aqueles a propósito dos quais o consumidor tenha pedido a visita do fornecedor ou seu representante, desde que o consumidor, ao solicitar essa visita, não tenha tido conhecimento ou não tenha podido razoavelmente saber que o fornecimento de tais bens ou serviços fazia parte da actividade comercial ou profissional do fornecedor ou seus representantes”.
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Deveres pré-contratuais
Não existem regras especiais que imponham deveres pré-contratuais.
Excepção: artigo 17.º (catálogos e outros suportes publicitários).
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Formação do contrato
Contrato “proposto e concluído no domicílio do consumidor”.
Artigo 13.º, n.º 5 (indiferente quem emite as declarações contratuais).
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FormaO n.º 1 do artigo 16.º estabelece que os contratos
celebrados no domicílio do consumidor devem, “sob pena de nulidade, ser reduzidos a escrito […]” e conter as indicações previstas (contratos de valor igual ou superior a € 60)
n.º 3: o consumidor deve datar e assinar o documento, “conservando em seu poder uma cópia assinada igualmente pelo outro contraente”.
Consequência: nulidade do contrato.
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Contratos celebrados no local de trabalho
Alínea a) do n.º 2 do artigo 13.º equipara aos contratos celebrados no domicílio, os “celebrados no local de trabalho do consumidor”.
Local de trabalho entendido em sentido amplo.
Relação de consumo (não se aplica à relação de trabalho). E se for o empregador a promover os bens?
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Contratos celebrados em reuniõesAlínea b) do n.º 2 do artigo 13.º equipara aos
contratos celebrados no domicílio os “celebrados em reuniões, em que a oferta de bens ou serviços é promovida através de demonstração realizada perante um grupo de pessoas reunidas no domicílio de uma delas a pedido o fornecedor ou do seu representante”.
http://www.tupperware.com.br/xchg/br/hs.xsl/67.html
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Contratos celebrados em excursões
Alínea c) do n.º 2 do artigo 13.º equipara aos contratos celebrados no domicílio os “celebrados durante uma deslocação organizada pelo fornecedor ou seu representante, fora do respectivo estabelecimento comercial”.
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Contratos celebrados no local indicado pelo fornecedorAlínea d) do n.º 2 do artigo 13.º equipara aos
contratos celebrados no domicílio os “celebrados no local indicado pelo fornecedor, ao qual o consumidor se desloque, por sua conta e risco, na sequência de uma comunicação comercial feita pelo fornecedor ou pelos seus representantes”.
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11 de Outubro de 2010
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Definição
Artigo 21.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 143/2001: “consiste na colocação de um bem ou serviço à disposição do consumidor para que este o adquira mediante a utilização de qualquer tipo de mecanismo e pagamento antecipado do seu custo”.
Pagamento antecipado do custo não constitui um elemento relevante.
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Exemplos
Grande número de situações.
Venda de bens ou prestação de serviços.Títulos representativos de direitos (bilhetes).Jogos.Música.Parques de estacionamento. Parquímetros.
Auto-estradas.
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Distinções
Ligadas a computador central / autónomas
Cumprimento imediato do contrato / outro acto para o cumprimento do contrato
Bens encontram-se visíveis / não se encontram visíveis
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Formação do contrato
Proposta ou convite a contratar?
Artigo 22.º, n.º 2 – elementos que devem estar afixados nas máquinas
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Declarações
Proposta contratual (contém, em princípio, todos os elementos).
Aceitação – acto material.
Indisponibilidade de bens?Avaria no mecanismo?
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Responsabilidade (artigo 23.º)
“Nos casos em que os equipamentos destinados à venda automática se encontrem instalados num local pertencente a uma entidade pública ou privada, é solidária, entre o proprietário do equipamento e o titular do espaço onde se encontra instalado:
a) A responsabilidade pela restituição ao consumidor da importância por este introduzida na máquina no caso de não fornecimento do bem ou serviço solicitado ou de deficiência de funcionamento do mecanismo afecto a tal restituição;
b) A responsabilidade pelo cumprimento das obrigações previstas no n.º 2 do artigo 22.º”.
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11 de Outubro de 2010
![Page 56: 11 de Outubro de 2010. Referência histórica Decreto-Lei n.º 272/87, de 3 de Julho – Capítulo II: Vendas por correspondência Directiva 97/7/CE, do Parlamento](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022070507/570638551a28abb8238fac7b/html5/thumbnails/56.jpg)
Decreto-Lei n.º 57/2008
Alínea f) do artigo 12.º: é agressiva, em qualquer circunstância, a prática de consiste em “exigir o pagamento imediato ou diferido de bens e serviços ou a devolução ou a guarda de bens fornecidos pelo profissional que o consumidor não tenha solicitado […]”.
Sanção contra-ordenacional.
Não existe contrato.
![Page 57: 11 de Outubro de 2010. Referência histórica Decreto-Lei n.º 272/87, de 3 de Julho – Capítulo II: Vendas por correspondência Directiva 97/7/CE, do Parlamento](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022070507/570638551a28abb8238fac7b/html5/thumbnails/57.jpg)
Regime geral
Valor declarativo do silêncio – Artigo 218.º do Código Civil.
Consequências?
(v. também artigo 19.º, alínea d), do Decreto-Lei n.º 446/85)
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Consequências civisArtigo 13.º
“1 – No caso de envio de bens ou serviços não encomendados ou solicitados, que não constitua o cumprimento de qualquer contrato válido, o destinatário desses bens ou serviços não fica obrigado à sua devolução ou pagamento, podendo conservá-los a título gratuito”.2 – “A ausência de resposta do destinatário, nos termos do número anterior, não vale como consentimento”.3 – “Se, não obstante o disposto nos números anteriores, o destinatário efectuar a devolução do bem, tem direito a ser reembolsado das despesas desta decorrentes no prazo de 30 dias a contar da data em que a tenha efectuado”.
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Envio do bem
Diferença entre as duas normas.
V. artigo 9.º, n.º 4, da Lei de Defesa do Consumidor.
Interpretação extensiva da palavra “envio”.
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Distinção
Fornecimento de bens ou serviços não solicitados / Cobrança de bens ou serviços não fornecidos.
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Casos práticos1 – Fornecimento parcial de bem ou serviço não solicitado. A meio, é exigido o pagamento do preço para o fornecimento integral do bem ou serviço.
2 – Televisão por cabo. O profissional oferece o acesso a um canal pago durante três meses, com uma cláusula indicando que se o consumidor nada disser, este passa a ser pago. O consumidor tem de pagar?
3 – Restaurante. O consumidor tem de pagar pelos bens colocados na mesa que não tenha pedido?