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HISTÓRIA GEOLÓGICA DE PORTUGAL
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GEOLOGIA DE PORTUGAL • Relevo: aproximadamente
¾ de Portugal apresenta
relevos de altitudesinferiores a 400 metros;
• A zona norte possui terrasaltas e vales profundos;
• A zona sul possui baixas
elevações;• O vale do Tejo separa a
zona norte da zona sul;
• Rede hidrográfica densa,
com vales encaixados, comdireção NE – SW ou ENE – WSW, frequentementeretilínea;
• Litoral com extensa orla de
praias, baixas e arenosas.
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UNIDADES GEOTECTÓNICAS FUNDAMENTAIS • Zona centro-Ibérica – terrenos
antigos, do pré-câmbrico e dopaleozoico, constituídos
essencialmente por rochasgraníticas; é a mais extensa e é oeixo de uma antiga cadeiamontanhosa.
• Zona de Ossa-Morena – a sul dacentro-ibérica; materiais pré-
câmbricos e câmbricos até aoOrdovícico. Rochas gnaisse-magmáticas e metamórficas(mármores).
• Zona Sul-Portuguesa – a sul daOssa-Morena; terrenos jovens(Devónico e Carbónico), por vezes
afetados por metamorfismo debaixo grau; rochas predominantessão sedimentares comimportantes jazigos minerais(cobre e estanho, das pirites).
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• Orlas mesocenozoicasocidental (lusitana) emeridional (algarvia) – terrenos mesocenozoicos,com início de formação noTriásico superior; comrochas sedimentares(calcários, margas, argilas,arenitos e conglomerados)
e intrusões magmáticas eescoadas lávicas.
• Bacias cenozoicas do Tejo edo Sado – terrenos de
cobertura (terraços,depósitos de praias antigas,aluviões…), de idaderecente (início doCenozoico).
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TERRENOS PRÉ-CÂMBRICOS E CÂMBRICOS
Estão mais ou menos metamorfizados, enrugados e
em discordância com terrenos recentes, o que leva aadmitir:
1. Um período de submersão em que ocorreusedimentação.
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2. Metamorfismo, enrugamento e emersão; o
enrugamento provocou a formação de cadeias
montanhosas (orogenia caledónica) e consequenteemersão, acompanhada de regressão marinha.
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3. Erosão, seguido de transgressão no princípio do
Silúrico.
Maior representação: gnaisses, micaxistos, xistos luzentes, quartzitos; O pré-câmbrico aflora em: Alto Alentejo, vale do tejo, vale do douro, Beiras…
O câmbrico aflora em: Elvas, Estremoz, Serpa…
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DO SILÚRICO AO PÉRMICO • Série muito espessa de
terrenos enrugados, sem
lacunas (sedimentaçãocontínua), cujas camadasapresentam fáciesfrancamente marinho;
1. As camadas mais antigas, dosilúrico, iniciam-se por um
conglomerado de base, seguem-se sedimentos mais finos e notopo mais grosseiros (série).
Esta série assenta emdiscordância sobre os terrenosdo câmbrico e pré-câmbrico, o
que assinala a interrupção desedimentação durante o períodode emersão que precedeu osilúrico.
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2. O conglomerado na base dos terrenos silúricos assinala
a transgressão marinha que ocorreu; a grande extensão
da série indica grande amplitude da transgressão, que
deve ter atingido também o território espanhol, ficando
toda a península submersa.
3. Período de sedimentação contínua em ambiente
marinho, até ao pérmico (afloramentos em Buçaco).
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4. Regressão marinha – granularidade grosseira no
topo da série; foi provocada pelo enrugamento destes
terrenos e consequente formação de cadeiasmontanhosas – orogenia hercínica (orientação NW-SE)
• Orogenia hercínica – colisão da placa ibéria com a
placa americana, dando origem à Pangea.
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5. Emersão e erosão: ficou emerso o bloco
continental Arqueolusitânia.
O norte estava emerso e sujeito a erosão; o sulestava submerso, em período de sedimentação
(justifica haver terrenos do Devónico superior e
carbónico com fácies marinho a sul e não haver a
norte).
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6. Terminou a orogénesehercínica e o mar retirou-se dosul do país, formando-se o
Maciço Hercínico.7. Intrusão granítica quemetamorfizou e deslocou osterrenos anteriores; em CastroDaire, cortou em duas a faixa
paleozoica e formaafloramentos extensos enumerosos no centro e norte.
8. Na região do Porto, após um
período de erosão quedestruiu os terrenos dodevónico, ocorreu a formação
de uma bacia lacustre onde seformaram leitos de carvão.
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9. A erosão atacou mais facilmente as rochas xistentes
e pôs em evidência, nos anticlinais das rugas, os
quartzitos do silúrico (formam altas cristas que são os
relevos mais antigos de Portugal – serra de Valongo,
Buçaco, Agrela, Marão…)
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ERA MESOZOICA 1. A partir do Pérmico e durante oTriásico, deu-se a fraturação da
Pangea, segundo vários riftes;esta distensão originou grandesfossas tectónicas, até na placaibérica, onde se depositaramsedimentos detríticos. Durante oJurássico inferior e médio
começou a separação e a derivados continentes americano eeuropeu.
2. Emersão e erosão do maciçohercínico, formando-se bacias
para onde os detritos foramarrastados, o que provocou aformação de extensos depósitoscontinentais (conglomerado debase), que estão em discordânciacom os terrenos antemesozoicos.
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3. Fraturação domaciço, commovimentos dedeslocação lateral,afundamentos,levantamentos; istolevou à formação de
uma extensa fossatectónica a ocidente queseparou uma massacontinental (que deu as
Berlengas e Farilhões)da outra que deu aMeseta Ibérica.
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4. No final do Triásico e atémeio do jurássico, ocorreu
transgressão, que cobriu asterras até à meseta; formou-se um espesso depósito desedimentos (calcáriosfossilíferos com amonites e
alguns braquiópodes) naorla ocidental, entre o Sadoe o Vouga (sedimentos maisfinos e fácies marinho);
também aconteceu noalgarve, formando-se a orlameridional.
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5. No jurássico superior ou
cretácico inferior ocorreu
regressão, mantendo-se
submersa apenas a região
Sintra-Cascais e a Arrábida;
o grande golfo entre o Sado
e o Vouga ficou reduzido a
uma pequena reentrância.
Fácies marinho: calcários
recifais, margas lagunares
com leitos de carvão; fácies
continental: conglomerados,
arenitos, argilas.
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6. Cretácico médio – transgressão, comreconstituição do grande golfo
– depósitos calcários.
7. Cretácico superior – emersão da maior parte dasorlas, acompanhada porfraturas que desnivelaram osdiversos compartimentos(movimentos orogénicosalpinos); entre Aveiro eCondeixa permaneceu umpequeno golfo onde
prosseguiu a sedimentação orade fácies marinho, ora fluvialou fluvial marinho.
8.Dos enrugamentos queacompanham a emersão,
temos os relevos calcários docentro do país (Montejunto,Aires, Candeeiros).
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9. Fenómenos de magmatismo devido às pressões existentesaquando do enrugamento eemersão: rochas eruptivas deSintra (possuem inclusões derochas do jurássico e cretácico),Sines (metamorfizou calcários jurássicos) e Monchique (filõescortam terrenos do cretácicoinferior).
10. Volumosas manifestaçõesvulcânicas, que se prolongarampelo cenozoico; extensasescoadas de lava e abundantespiroclastos – complexo vulcânicode mantos basálticos (efusivo)
alternados com leitos de tufos ebrechas vulcânicas (explosivo)(Lisboa); assentam sobre oscalcários do cretácico médio esão cobertos por terrenoscenozoicos.
Complexo vulcânico de Lisboa
Penedo do Lexim
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ERA CENOZOICA 1. Fase erosiva muito intensa.
2. Transgressão – mar invade
áreas extensas dasbordaduras, penetrandoprofundamente nos golfos doTejo e do Sado, com depósitosde calcários e argilasintercalados com arenitos,com muitos fósseis marinhos eterrestres (indica vizinhança dacosta).
3. Emersão – formam asbacias terciárias do Tejo e do
Sado; na Arrábida e na costaAlgarvia há sedimentosmarinhos com a mesma idade.
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4. Movimentosorogénicos alpinos
originam fraturas e
deformações no maciço
antigo e nos terrenos
cenozoicos, com recuo
do mar – regressão.5. Transgressão, com
formação de extensos
depósitos em toda a
costa, formando arribasfósseis no interior.
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6. Regressão antropozoica – com recuos e avanços
progressivos com paragens (depósitos e níveis de praia
ou terraços marinhos em degrau até à linha de costa
atual).
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7. Ao longo dos rios originaram-se depósitos espessos e
extensos.
8. Glaciações – em Portugal fez-se sentir sobretudo a última
glaciação, cujos vestígios se podem ver na Serra da Estrela – coincide com a última regressão (nível do mar desceu 150 a
200m e os rios escavaram profundamente o leito).
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9. Transgressão - verificada ainda hoje, com
assoreamento progressivo da foz dos rios.