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Coberturas verdes vêm sendo cada vez mais aplicadas, desenhando de modo diverso e particular, um pouco da flora no meio urbano. Projetos surgem abusando da criatividade e da variação da escala, passando por pequenas, médias
e grandes construções, delineando uma nova tendência. As superfícies aplicadas são as mais diversas, desde pontos de ônibus até aeroportos, buscando sempre o contato mais direto do usuário com a natureza e seus benefícios. No
Brasil, os projetos de cobertura verde ainda se encontram muito tímidos, em contraponto à grande variedade internacional.
Nome: Rockefeller Center Roof GardensAno: 1936
Localização: New York, NY, USATipo de Construção: Comercial
Cobertura Verde: IntensivaSistema de Cobertura Verde: Manual
Tamanho: 7.097,79m2
Inclinação da Cobertura: 1%Arquitetos responsáveis pela cobertura: Ralph
Hancock and A. M. Vanden HockArquitetos: Reinhardt and Hofmeister; Corbett,
Harrison and MacMurray; Hood and Fouihoux
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A aplicação das coberturas verdes pode ser muito versátil. No Estádio coberto de tênis em Paris, ela foi aplicada sob
paredes a 45º, que contornam as quadras. O Estádio possuiuma estrutura piramidal e foi totalmente revestido
externamente por grama. Para realizar a cobertura os arquitetos utilizaram um sistema
onde uma grelha plástica contém os painéis de vegetação, permitindo sua implantação na inclinação desejada. Para
realizar a manutenção criou-se um sistema onde poliaspresas a um cabo ajudam a segurar o cortador de grama,
permitindo os cuidados necessários.
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Os empreendedores do edifício buscavam algo rentável e sustentável, de modo que aumentasse os espaços públicos verdes
acessíveis. A idéia era manter a continuidade da vegetação do Tenjin Central Park. A escadaria coberta por vegetação remete às
montanhas existentes no local, e o bloco de construção que se destaca do todo, representa uma pedra na natureza.
Nome: Northpark 400Ano: 1996
Localização: Atlanta, GA, USATipo de Construção: Comercial
Cobertura Verde: IntensivaSistema de Cobertura Verde: Empresa Especializada
Tamanho: 8.000 m2
Inclinação da Cobertura: 1.5 %Arquiteto: John Portman & Associates
Arquiteto da Cobertura Verde: Haber, ASLA, Roy Ashley & Associates
Thompson, Ventulett, Stainback & Associates
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400Nesse projeto percebe-se mais uma vertente de estilos de
cobertura. O objetivo do arquiteto era fazer uma representaçãoda cidade no edifício, criando, ao colocar a vegetação intensiva,
uma praça superior com desenho fixo e demarcado. Além dacobertura, é interessante ressaltar a aplicação de vegetação
entre os pavimentos. Ela complementa o projeto, que possuitodas suas fachadas esverdeadas, cada uma de um modo
particular.
Nome: Chicago City HallAno: 2001
Localização: Chicago, IL, USATipo de Construção: Governamental, Municipall
Cobertura Verde: semi-extensiva, testes para pesquisaSistema de Cobertura Verde: Empresa Especializada
Tamanho: 1.886 m2
Inclinação da Cobertura: 1.5 %Arquiteto: McDonough + Partners
Arquiteto da Cobertura Verde: Conservation Design Forum
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O edifício foi submetido a um retrofit, que servia comoexemplo de projeto e área de estudo sobre coberturas
verdes. O objetivo era combater o efeito de ilha de calor e melhorar a qualidade do ar. No local foram
feitos testes sobre as variações de temperatura com e sem a cobertura verde, obtendo como resultado que a cobertura com vegetação tinha um resfriamento maisrápido da superfície e uma menor absorção de calor,
diminuindo a necessidade ar condicionado.
Nome: Apple Computer Store, ChicagoAno: 2003
Localização: Chicago, IL, USATipo de Construção: Governamental, Municipall
Cobertura Verde: ExtensivaSistema de Cobertura Verde: Empresa Especializada
Tamanho: 223 m2
Inclinação da Cobertura: 1.5 %Arquiteto: Tom Hanzely, GreenGrid/Weston
Solutions, Inc.Arquiteto da Cobertura Verde: Doug Hoerr
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As lojas da Apple são mundialmente conhecidas porseu design ousado e sustentável, fazendo deles “amigos
da natureza”. Esse projeto mostra a abrangência dasaplicações que a cobertura pode ter, confirmando que
pequenos elementos também podem aderir a essatécnica, melhorando como um todo o entorno.
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O projeto, assim como outros citados, fez de suacobertura verde um jardim acessível, onde pavimento
e vegetação dialogam entre si.
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Nesse projeto temos como destaque a introdução tanto davegetação intensiva, como da extensiva. Até 2007, foi
considerada a maior cobertura verde do mundo.
Nome: Sheffield Bus ShelterLocalização: : Sheffield, South Yorkshire, England, UK
Cobertura Verde: ExtensivaSistema de Cobertura Verde: Manual
Tamanho: 6.0 m2
Inclinação da Cobertura: 9%Sistema da Cobertura Verde: Groundwork Sheffield –
DIY Vicom SL, a ZinCo partner
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As coberturas de ponto de ônibus são ideais paracoberturas verdes. A cobertura auxilia, ainda que
pouco, na melhoria do ar e garante uma proteção aospassageiros que aguardam o meio de transporte. A
aplicação desse revestimento destaca o valor daintegração entre o design sustentável e o transporte
coletivo, fortalecendo idéias muito mais abrangentes.
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A cobertura viva de Renzo Piano, além de servir de isolamentotérmico, absorve anualmente 14 milhões de litros de água pluvial -
98% da chuva que cai sobre ela. A idéia era que o museu abrigasse o usuário tal como uma árvore que protege do clima, sem isolar do
entorno. Todo o perímetro da cobertura foi sombreado por beiraiscom 60 mil células fotovoltaicas que produzem entre 5% e 10% da
energia do prédio (213 mil kWh por ano).
Nome: Residência em Vera CruzAno: 2007
Localização:Vera Cruz, BrasilTipo de Construção: Residência;
Cobertura Verde: ExtensivaSistema de Cobertura Verde: Manual
Tamanho: 220 m2
Inclinação da Cobertura: 58%Arquiteto: João Feijó
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A cobertura verde no Brasil ainda é muito poucodifundida. Ela surge em exemplos pontuais, como, por
exemplo, em residências familiares. Com as novas tecnologias e com o aumento da
conscientização ambiental, a tendência é que novosprojetos utilizem essa técnica no futuro.
Nome: : Vancouver Public Library (Library SquareBuilding)
Localização: : Vancouver, BC, CanadáTipo de Construção: Obra Público
Cobertura Verde: Semi-IntensivaSistema de Cobertura Verde: Empresa Especializada
Tamanho: 2.601,3 m2
Inclinação da Cobertura: 1.5%Projetista da Cobertura Verde: Oberlander, FASLA,
Cornelia Hahn Oberlander Landscape ArchitectsArquitetos: Moshe Safdie, Moshe Safdie and Associates
& Downs Archambault and PartnersO desenho da cobertura verde, não necessariamente precisa virdesvinculado de um significado. Neste exemplo, em Vancouver,
temos na cobertura uma representação do Rio Fraser caminhandoentre as montanhas. A manutenção nesse jardim é relativamentebaixa, devido a um sistema de irrigação de baixa intensidade e a
organização das espécies.A redução de escoamento de água da chuva foi de
aproximadamente 16%.
...do micro ao macro...
...do tradicional ao verde...
...do artesanal ao tecnológico...
...bibliografia...
A estrutura de um edifício pode conseguir uma maior vida útil através do uso de coberturas verdes, já que estas protegem a superfície
estrutural, que não fica completamente exposta aos danos causados pelo tempo. Além disso, as coberturas verdes podem também ajudar a
não propagar o fogo nas edificações. Experimentos realizados na Alemanha indicaram que o risco de pegar fogo de uma cobertura verde
é de 15 a 20 vezes menor do que nos telhados convencionais. Estes dados podem ser confirmados através do curioso desconto de 10 a
20% dado sobre o valor do seguro contra incêndio a estabelecimentos alemães que possuem coberturas verdes.
ACROS Fukuoka Prefectural International Hall
Solihull Centre for Inclusive Learning
Esquema de drenagem abaixoda cobertura verde
As vantagens oferecidas pelo uso de coberturas verdes em edificações são das mais diversas ordens. O mais fácil de perceber é o bem que uma cobertura verde, ou seja,
que a integração entre a natureza e o ambiente construído pelo homem gera para quem passa. Essas áreas ajardinadas formam lugares acolhedores à população,
melhorando inclusive sua produtividade e interferindo na qualidade da saúde humana.
A qualidade de conforto do edifício também pode ser beneficiada. A cobertura verde ajuda na regulação da temperatura, uma vez que as diferentes camadas que a
constituem diminuem a absorção da radiação solar pela superfície externa. A cobertura é a parte da edificação que fica mais exposta aos raios do sol, sendo a principal
responsável por ganhos de calor ao longo do dia(cerca de 70% do calor absorvido por uma edificação vêm pela cobertura). As plantas de um teto verde participam também
de um processo de refrigeração evaporativa, sobre o qual ainda não foram feitos muitos estudos, mas é inegável que a vegetação exerce um certo sombreamento sobre a
construção. Como consequência desta melhora, os edifícios passam a ter mais eficiência energética. Estudos em edifícios comerciais em Cingapura mostram que essas
coberturas verdes podem reduzir em até 15% o consumo energético anual (WONG, 2003b).
A cobertura verde também participa do isolamento sonoro das construções. Por se tratar de apenas uma das faces absorvedoras de som da construção, não é muito
eficiente, ainda mais quando a fonte se encontra angularmente em relação ao edifício, mas as camadas de pedras e terra que compõem uma cobertura verde leve
contribuem para o bloqueio dos sons.
... de dentro para fora...
Se voltarmos nossos olhares para o exterior do edifício, perceberemos ainda mais vantagens da implementação de uma cobertura verde. Além dos efeitos estéticos e
sociais, as coberturas verdes contribuem para a melhora da qualidade do ar, aumentando sua umidade. A filtragem de poluentes também pode ser destacada, já que a
vegetação, ao realizar a fotossíntese, realiza o sequestro de gás carbono.
O aumento das áreas verdes da cidade é muito importante também para combater o aquecimento urbano, sem contar com a contribuição das espécies para a
biodiversidade. Estudos apontam as coberturas verdes como responsáveis por alterações microclimáticas, sendo importantes elementos na atenuação das ilhas de
calor, já que resfriam e purificam o ar adjacente.
As coberturas verdes ajudam também no manejo das águas das chuvas. Uma das principais causas das enchentes mora justamente na falta de áreas permeáveis da
cidade, que fazem com que a chuva escoe rapidamente para os rios, que acabam não suportando e conseqüentemente, transbordando. Com o acréscimo de áreas verdes
parte da água fica retida na terra, e parte é consumida pelas plantas, suavizando o pico dos horários de chuva intensa.
...do estético ao funcional...
Atualmente dispomos de uma multiplicidade de sistemas de coberturas verdes, desde a mais simples estrutura até placas pré-fabricadas de fácil aplicação. Não há motivos que justifiquem
a baixa utilização aqui no Brasil, basta ter uma estrutura que resista as cargas da cobertura (acidentais, pessoas e máquinas para manutenção, e permanentes, todas as camadas do sistema
e o peso da água retida) que já é possível desenvolver uma área ajardinada na cobertura da edificação.
Sistema alveolar pré-fabricado Ecotelhado
Modo mais artesanal de implantação de cobertura verdeapresentado pelo livroManual do ArquitetoDescalço, de Johan Van Lengen.
As camadas tradicionais de um sistema de cobertura verde são basicamente cinco. A primeira é a de impermeabilização da superfície, para
que a água absorvida pela terra não infiltre na estrutura da edificação. Por cima da impermeabilização é preciso que se tenha uma proteção
antiraízes, como uma lona, que impeça que as raízes das plantas cresçam demais e invadam a laje. Depois disso, temos uma camada de
drenagem, que deve permitir que o excesso de água que o solo não consegue absorver escorra. As últimas camadas consistem na terra e
nos vegetais a serem plantados na cobertura.
Há uma diferenciação entre sistema intensivo e extensivo de coberturas ajardinadas, conforme sintetizado na tabela a seguir. O sistema
extensivo é mais simples, mais leve, demandando geralmente pouca ou nenhuma manutenção depois de implantado. A vegetação é
cuidadosamente escolhida para que resista a climas extremos, entre as espécies que podem ser utilizadas, as da família Sedum, composta
por suculentas, é uma boa opção, bem como a grama amendoim. Já o sistema intensivo se assemelha mais a um jardim convencional, com
uma abrangência maior de espécies adequadas. Tem um custo inicial mais alto que o de coberturas extensivas, exigindo também uma
maior reforço estrutural.
BUTTNER, Simone Berigo. Avaliação de desempenho térmico e energético de coberturas em clima tropical continental. São Paulo, 2008
CLIMATE PROTECTION PARTNERSHIP DIVISION IN THE U.S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY’S OFFICE OF ATMOSPHERIC PROGRAMS. Reducing Urban
Heat Islands: Compendium of Strategies.
HORTA, Maurício. A natureza do século 21. Projeto de Renzo Piano para museu de história natural transforma elementos construtivos em parte da expografia.
AU - Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, Edição nº 179, p. 36-47, fev. 2009.
FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico. São Paulo: Studio Nobel, 2003.
LENGEN, Johan Van. Manual do Arquiteto Descalço. Rio de Janeiro: Tibá, 1997.
LOPES, Daniela Arantes Rodrigues. Análise do Comportamento Térmico de uma Cobertura Verde Leve (CVL) e diferentes sistemas de cobertura. USP São
Carlos, 2007 (Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental – Orientador: Prof. Dr. Francisco Vecchia)
MENDES, Bruno. Requalificação ambiental e urbana na região da 25 de Março, com estudo e aplicação de vegetação em edifícios. Trabalho de Conclusão
de Curso (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, 2007.
MORAIS, Caroline; RORIZ, Maurício.Temperaturas em protótipo de edificação com cobertura ajardinada: São Carlos, SP.In: ENCAC – ELACAC 2005, Maceió,
Alagoas, Brasil – 5 a 7 de outubro de 2005.
VECCHIA, Francisco.Cobertura Verde Leve (CVL): Ensaio experimental. In: ENCAC – ELACAC 2005, Maceió, Alagoas, Brasil – 5 a 7 de outubro de 2005.
…sitiografia…
“The Resource Portal for Green Roofs”
<http://www.greenroofs.com>
“Landscape+Urbanism”
<http://landscapeandurbanism.blogspot.com>
“Metaefficient: The Guide to Highly Efficient Things”
<http://www.metaefficient.com/architecture-and-building>
“Green Roofs for Healthy Cities”
<http://www.greenroofs.org/>
“G-Sky: Green Walls and Roofs”
<http://www.greenrooftops.com/>
“IGRA: Information on Green Roofs”
<http://www.igra-world.com/>
Nome: Rockefeller Center Roof GardensAno: 1936
Localização: New York, NY, USATipo de Construção: Comercial
Cobertura Verde: IntensivaSistema de Cobertura Verde: Manual
Tamanho: 7.097,79m2
Inclinação da Cobertura: 1%Arquitetos responsáveis pela cobertura: Ralph
Hancock and A. M. Vanden HockArquitetos: Reinhardt and Hofmeister; Corbett,
Harrison and MacMurray; Hood and Fouihoux
O projeto contém cinco coberturas verdes, localizadassob o 7º pavimento do Rockefeler Center.
Os arquitetos desejavam que o topo dos prédios maisbaixos fossem quintais suburbanos dos demais.
Amenizando a visão urbana do entorno, eles criamuma área de convivência social em equilíbrio com a
natureza.
Nome: Palais Omnisports de Paris-BercyAno: 1984
Localização: Paris, FranceTipo de Construção: Commercial
Cobertura Verde: ExtensiveSistema de Cobertura Verde: Manual
Tamanho: 6.400 m2
Inclinação da Cobertura: 48%Arquitetos: Andrault, Pavat, Prouvé, & Guvan
Nome: ACROS Fukuoka Prefectural International HallAno: 1994
Localização: Fukuoka, JapanTipo de Construção: Comercial
Cobertura Verde: IntensivaSistema de Cobertura Verde: Empresa Especializada
Tamanho: 9.290,3 m2
Inclinação da Cobertura: 2%Arquiteto: Emilio Ambasz, Emilio Ambasz and
Associates, Inc. Arquiteto da Cobertura Verde: Nihon Sekkei
Takenaka Corporation
Nome: Parking Block Roof Garden, QueenstownAno: 2004
Localização: Singapore, SingaporeTipo de Construção: Resindencial Multi-familiar
Cobertura Verde: IntensivaSistema de Cobertura Verde: Manual
Tamanho: 63.000 m2
Inclinação da Cobertura: 1%
Nome: Academia de Ciências da CalifórniaAno: 2007
Localização: São Francisco, Califórnia, Estados UnidosTipo de Construção: Educacional
Cobertura Verde: Extensiva, Testes para pesquisaSistema de Cobertura Verde: Manual
Tamanho: 18.301,9 m2
Inclinação da Cobertura: 65%Projetista da Cobertura Verde: Rana Creek Living
ArchitectureArquitetos: Renzo Piano e Chong Partners
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Conforme mostramos anteriormente, as coberturas verdes são grandes auxiliares na melhora do desempenho térmico das
edificações. As camadas acrescentadas à estrutura representam uma diminuição do fator K, o coeficiente global de transmissão
térmica. Isso quer dizer que a camada de terra que é acrescentada sobre a laje faz uma espécie de isolamento térmico do edifício,
diminuindo a absorção do calor irradiado pelo sol sobre a cobertura. Há ainda o efeito de sombreamento das plantas sobre a
cobertura, como um guarda-sol que protege a edificação da incidência solar direta (ainda não existem softwares acessíveis que
levem em conta este segundo efeito gerado pela vegetação).
Para comprovação desta melhora foram feitas simulações de diferentes tipos de coberturas em uma mesma edificação no
software Arquitrop, sempre com um pavimento apenas, e com as dimensões, aberturas e orientações das fachadas iguais. Foram
simulados os tipos mais comuns de cobertura utilizados no Brasil, laje de concreto e telhas cerâmicas, juntamente com
coberturas verdes extensivas e intensivas.
Observando os gráficos podemos concluir que
a mudança entre os diferentes fechamentos
aparenta ser muito pequena, cerca de 1oC.
Entretanto, essa diferença é significante. A
energia economizada com o ar condicionado,
a sensação térmica e os efeitos climáticos que
essa pequena variação altera são de grande
importância. Pode-se concluir, portanto, que
os resultados obtidos são satisfatórios,
considerando que a cobertura é apenas um
dos elementos determinantes do
desempenho térmico de uma edificação, que
depende também dos fechamentos laterais,
uso e meio onde o projeto está inserido.
Nome: Financial District Banco de SantanderAno: 2005
Localização: Madrid, SpainTipo de Construção: Multi-Uso
Cobertura Verde: Extensiva & IntensivaSistema de Cobertura Verde: Empresa Especializada
Tamanho: 99.870,7 m2
Inclinação da Cobertura: 1%Sistema da Cobertura Verde: Vicom SL, a ZinCo partner
Projeto do Master Plan: Maria Jose Barrio, Vicom SLArquiteto: Sir Norman Foster, London
1. Laje de concreto armado de 12 cm de espessura com pintura externa clara;
2. Laje de concreto armado de 12 cm de espessura com pintura externa escura;
3. Laje de concreto armado de 12 cm de espessura com telha cerâmica (8 mm);
4. Laje de concreto armado de 12 cm de espessura com cobertura verde extensiva (10 cm de terra);
5. Laje de concreto armado de 12 cm de espessura com cobertura verde intensiva (60 cm de terra).
AUT 221
Arquitetura Ambiente e
Desenvolvimento
Sustentável
Prof. Denise Duarte
Anna Paula Sortino
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Renata Scheliga
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