Download - A arte de viver juntos
Prado Slides – Cidreira / RS
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Muitas pessoas formam um casal pensando que vão iniciar uma grande
brincadeira cujo objetivo maior é o
prazer.
A experiência mostra que eles que pensam apenas no gozo são os que mais sofrem
numa relação.
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Depois de algum tempo, vêm as
insatisfações, as frustrações, as
cobranças, a rotina e o tédio.
A pessoa se sente como um peixe
apanhado no anzol: tentou comer a
minhoca e acabou virando comida de
pescador!
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Quando duas pessoas desejam se unir, devem criar um
espaço no qual possam desenvolver
a capacidade de viver a dois, buscar soluções criativas à
medida que os obstáculos aparecem e aprendem a
desfrutar todas as formas de viver com
amor.
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Após a grande libertação sexual dos anos 60 e 70, ficou fácil para as
pessoas se encontrar e ter
relacionamentos ocasionais, em que aliviam as tensões,
conhecem gente diferente e gozam
de momentos agradáveis.
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Mas, ao mesmo tempo, cada vez
mais, elas sofrem com a "ressaca sexual" - aquela
sensação de vazio, culpa e insatisfação que acompanha tais relacionamentos.
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A pessoa acorda de manhã e se
pergunta: "Meu Deus, o que estou
fazendo nesta cama, ao lado desta
pessoa:" Já dizia um poeta: "Deitei ao
lado de um corpo e acordei à beira de
um abismo..."
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A ressaca sexual aparece toda vez que
se comete uma agressão íntima
contra si mesmo e, sem dúvida, é um
aviso de que é preciso ser mais cuidadoso.
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No passado, muitas pessoas
experimentavam a "ressaca moral" por
ter transgredido uma regra aprendida na
infância, como a norma de que se deve ser fiel ao esposo ou praticar sexo apenas depois do casamento.
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Mas hoje o que nos chama a atenção é a ressaca sexual, cada
vez mais experimentada por mulheres e homens
que tiveram um grande número de
relações superficiais e passageiras.
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Passada a euforia da "liberação sexual", as
pessoas estão sentindo falta de
relações profundas e sólidas!
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Estar com alguém plenamente é um
caminho de crescimento, um aprendizado de viver a dois; é a possibilidade de
vencer o medo da entrega e de se
conhecer no mais íntimo.
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Conviver com alguém que amamos
é o mesmo que comprar um imenso espelho da alma, no
qual cada um dos nossos movimentos é mostrado sem a mínima piedade.
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Ao mesmo tempo que conhecemos melhor o outro, entramos em
contato com nossas inseguranças
também.
E aí começa o inferno... Em vez de encarar a verdade e
de ver a imagem temida do
verdadeiro eu, tenta-se quebrar o
espelho.
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Como é possível quebrar esse
espelho?
Há muitas formas, porém as mais
freqüentes são: fugir da intimidade, culpar o outro, não assumir
as próprias responsabilidades na relação, desacreditar
o amor.
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Viver com alguém que se ama não é só uma oportunidade de
conhecer o outro, mas também a maior chance de entrar em
contato consigo mesmo.
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Apenas quando conseguimos nos
enxergar por inteiro é que percebemos o
medo de nós mesmos e nos damos conta de
que precisamos evoluir para nos tornar pessoas
melhores.
Começamos, então, a nos capacitar para o
amor.
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Um dia, perguntaram a um
grande mestre quem o havia ajudado a
atingir a iluminação, e ele respondeu: "Um cachorro".
Os discípulos, surpresos, quiseram
saber o que havia acontecido, e o mestre contou:
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"Certa vez, eu estava olhando um cachorro, que parecia sedento e se dirigia a uma poça d´água. Quando ele foi beber, viu sua imagem refletida.
O cachorro, então, fez uma cara de
assustado, e a imagem o imitou. Ele fez cara de bravo, e a imagem o arremedou.
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Então, ele fugiu de medo e ficou
observando, distante, durante longo tempo,
a água.
Quando a sede aumentou, ele voltou, repetiu todo o ritual e
fugiu novamente. Num dado momento, a sede era tanta que
o cachorro não resistiu e correu em
direção à água, atirou-se nela e
saciou sua sede.
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Desde esse dia, percebi que, sempre
que eu me aproximava de
alguém, via minha imagem refletida,
fazia cara de bravo e fugia assustado.
E ficava, de longe, sonhando com esse relacionamento que eu queria para mim.
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Esse cachorro me ensinou que eu
precisava entrar em contato com a minha sede e mergulhar no
amor, sem me assustar com as imagens que eu
ficava projetando nos outros".
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CRÉDITOS
Formatação: Prado Slides
E-mail: [email protected]
Texto: Roberto T. Shinyashiki
Imagens: Net / Cadê
Midi: Yanni
One man’s dream
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