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A ECONOMIA SOCIAL NA UE E NO MUNDO
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14 de Setembro de 2011
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Conta Satélite da Economia Social
O que é a economia social?
• Delimitação Conceptual
«O que é a economia social?
«
1
O que é a economia social?
Delimitação conceptual :
“Conjunto de empresas privadas organizadas formalmente, com autonomia de decisão e liberdade de adesão, criadas para satisfazer as necessidades dos seus membros através do
mercado, produzindo bens e serviços, assegurando ou financiando, e naquelas em que a eventual distribuição de benefícios ou excedentes pelos seus membros, assim como a tomada de decisões, não estão ligadas directamente ao capital ou quotizações, correspondendo a cada sócio um voto.
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O que é a economia social?
Delimitação conceptual :
A Economia social também agrupa as entidades privadas organizadas formalmente com autonomia de decisão e liberdade
de adesão que produzem serviços não mercantis a favor das famílias, cujos excedentes, quando existem, não podem ser apropriados pelos agentes económicos que os criam, controlam ou financiam. “
• Fonte: La Economia Social en la Union Europeia, CIRIEC, CESE/COMM/05/2005 – Comité Económico e Social Europeu.
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Delimitação conceptual :
A definição de economia social tem por base:
• A análise do comportamento dos actores da economia social;
• Princípios históricos;
• Valores próprios da economia social;
• Metodologia dos sistemas de contabilidade nacional;
O que é a economia social?
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Delimitação conceptual :
A definição de economia social tem subjacente que os seus actores podem intervir em duas áreas:
i. mercantil ou empresarial da economia social e;
ii. não mercantil da economia social.
O que é a economia social?
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Delimitação conceptual :
i. Na área mercantil ou empresarial da economia social intervêm:
• Cooperativas
• Mútuas
• Grupos empresariais controlados por cooperativas, mútuas e outras entidades da economia social;
• Outras empresas similares
O que é a economia social?
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Delimitação conceptual :
ii. Na área não mercantil da economia social intervêm:
• Associações (de beneficência, ajuda e assistência, sindicatos, profissionais ou científicas, consumidores, partidos políticos, igrejas, religiosas, clubes sociais, culturais, recreativos e desportivos);
• Fundações;
O que é a economia social?
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Delimitação conceptual :
ii. Na área não mercantil da economia social intervêm:
• Todas as entidades cuja produção é distribuída maioritariamente de forma gratuita ou a preços economicamente pouco significativos;
• Entidades voluntárias não lucrativas de acção social, que não tendo uma estrutura democrática, produzem bens sociais gratuitamente.
O que é a economia social?
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Porquê uma conta satélite da economia social?
• O que é uma conta satélite?
«Porquê uma conta satélite da economia social?
«
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A contabilidade nacional efectua uma descrição global da economia, dando informação sobre os grandes agregados nacionais. Contudo, os agentes económicos e as suas operações aparecem com detalhe muitas vezes insuficiente.
A contabilidade nacional classifica as unidades institucionais que desenvolvem uma actividade produtiva em 5 sectores institucionais (SEC95):
S.11: Sociedades não financeirasS.12: Sociedades financeiras S.13: Administrações PúblicasS.14: Famílias S.15: ISFLSF
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Porquê uma conta satélite da economia social?
O que é uma conta satélite?
As contas satélite da contabilidade nacional são como um “zoom” ao quadro geral da contabilidade nacional, desenvolvendo informação detalhada por:
• actividades económicas (agricultura, comércio, turismo etc.),
• por grandes funções colectivas (protecção social, saúde, educação, justiça etc.)
• e por grupos de agentes com características homogéneas de comportamento (economia social, ISFL e outras).
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Invisibilidade da Economia Social nos Sistemas de Contabilidade Nacional
Nas contas nacionais e em cada um dos sectores institucionais não são identificados os agentes da economia social.
Existe pouca informação estatística da economia social e, quando existe, os critérios utilizados para a sua elaboração são muito heterogéneos.
O manual elaborado pelas Nações Unidas para a construção da conta satélite das ISFLSF a partir das Contabilidade Nacional não inclui as cooperativas e as mútuas.
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Porquê uma conta satélite da economia social?
Porquê uma conta satélite da economia social?
Reconhecimento estatístico
(…)
16. Salienta que a medição da economia social é complementar à medição das organizações sem fins lucrativos (OSFL), convida a Comissão e os Estados Membros a promoverem a utilização do Manual da ONU sobre organizações sem fins lucrativos e a prepararem contas satélite que permitam melhorar a visibilidade das OSFL e das organizações da economia social.
Fonte: Resolução do Parlamento Europeu, de 19 de Fevereiro de 2009, sobre a economia social .
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A Conta Satélite da Economia Social terá como objectivos:– Conhecer os processos produtivos (estrutura de custos, rendimento
gerado, etc.) e os fluxos de bens e serviços por ramos de actividade;
– Conhecer o quadro intermédio de relações entre as contas satélite de produção e exploração das empresas e os ramos de actividade;
– Conhecer informação relativa ao mercado de trabalho (emprego, custos laborais e outros);
– Conhecer informação das empresas da economia social: número de sócios das entidades, dimensão das empresas, valor acrescentado gerado, formação bruta de capital fixo e outra.
Porquê uma conta satélite da economia social?
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O INE elaborou / elabora contas satélite para:
• a Agricultura, Silvicultura, Pesca;
• o Ambiente;
• a Saúde;
• o Turismo;
• as ISFL – Instituições Sem Fim Lucrativo
O que é uma conta satélite?
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ISFL 2006 – Principais resultados
Gráfico 1.1. VAB do Sector das ISFLSF (S.15) na Economia (S.1) (2006)
0,1%0,2% 0,3% 0,3%
0,5% 0,6% 0,6% 0,6% 0,6% 0,7%0,8% 0,9% 0,9%
1,0% 1,1% 1,2%1,3% 1,3%
1,6% 1,6%1,8%
2,6%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
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Conta Satélite das Instituições sem fim lucrativo para Portugal 2006
(Projecto piloto)
Base: “Handbook on Nonprofit Institutions in the system of National Accounts” , ONU
Colaboração: Universidade Johns Hopkins e Universidade Católica do Porto
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Trabalho desenvolvido
A construção da Base 2006 das Contas Nacionais foi determinante na elaboração da Conta Satélite das Instituições sem fim lucrativo:
• Estudo, análise e classificação detalhados das unidades de sector das Instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias (S.15);
• Exploração da “Informação Empresarial Simplificada” (IES) : acesso a informação económico financeira sobre as Instituições sem fim
lucrativo.
Trabalho desenvolvido
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O Manual da ONU: um âmbito mais alargado para as ISFL
– ISFL ao serviços das sociedades (financeiras e não financeiras);(ex.: Associações patronais e profissionais, centros de estudos e investigação)
– ISFL das Administrações Públicas;(ex.: Agências de energia, Agências de Desenvolvimento Regional, Santa
Casa da Misericórdia de Lisboa, Casa Pia - educação)
– ISFL de pequena dimensão, incluídas no sector das Famílias;(ex.: Associações de pais, Administração de condomínios, etc.)
– Trabalho voluntário.
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Trabalho desenvolvido
ISFL 2006 – Principais resultados
Publicação
Destaque
20
Ambiente 1,7%
Desenv. e Habitação
3,9%
Outras 4,1%
Educação e Investigação
4,5%Saúde 1,4%
Ass. P atronais,
P rofissionais e Sindicatos
4,8%
Religião 15,6%
Serviços Sociais 13,7%
Cultura e Recreio 50,3%
ISFL 2006 – Principais resultados
Gráfico 1.2. Universo das
ISFL
(N.º de unidades, 2006)
21
ISFL 2006 – Principais resultados
Religião4,5%
Outras3,4%
Ass. Patronais, Profissionais e
Sindicatos5,2%
Ambiente0,3%
Saúde9,1%
Desenv. e Habitação
2,7%
Educação e Investigação
13,2%
Serviços Sociais53,0%
Cultura e Recreio
8,5%
Gráfico 1.3. Emprego nas
ISFL
(N.º de Postos, 2006)
22
ISFL 2006 – Principais resultados
Gráfico 1.4.
VAB das ISFL
(%)
Religião3,7%
Outras4,5%
Ass. Patronais, Profissionais e
Sindicatos9,0%
Ambiente0,4%
Saúde9,3%
Desenv. e Habitação
2,9%
Educação e Investigação
15,1%
Serviços Sociais45,2%
Cultura e Recreio
9,9%
23
ISFL 2006 – Principais resultados
Gráfico 1.5.
Remunerações das ISFL
(%)Religião
3,3%
Outras4,6%
Ass. Patronais, Profissionais e
Sindicatos7,3%
Ambiente0,4%
Saúde9,4%
Desenv. e Habitação
3,2%
Educação e Investigação
19,1%
Serviços Sociais44,0%
Cultura e Recreio
8,7%
24
ISFL 2006 – Principais resultados
VAB
Transferências e Subsídios
Rendimentos de Propriedade
Outros Recursos
Transferências Sociais
Remunerações
FBC
Outros Empregos
Necessidade de Financiamento
-1000
-500
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
106€
Gráfico 1.6. Recursos, Despesas e Necessidades de Financiamento das ISFL (2006)
25
ISFL 2006 – Principais resultados
Gráfico 1.7. Recursos das ISFL por Actividade (2006)
36,4%
56,8%
30,8%
49,5%
32,7%
38,2%
53,2%
51,0%
27,4%
54,0%
31,2%
65,5%
36,0%
63,3%
48,6%
39,1%
37,8%
59,2%
8,3%
12,1%
11,6%
8,6%
10,0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Cultura e Recreio
Educação e Investigação
Saúde
Serviços Sociais
Ambiente
Desenv. e Habitação
Religião
Ass. Patronais, Profissionais e Sindicatos
Outras
VAB
Transferências e Subsídios
Rendimentos de P ropriedade
Outros Recursos
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ISFL 2006 – Principais resultados
Gráfico 1.8. Recursos das ISFL por Actividade
9,93%16,19% 11,64%
15,06%9,08%
9,82%
8,90%
9,26%21,62%
45%
36%
15%
57%
9,00%7,32% 7,85%
66,39%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
VAB Transferências eSubsídios
Rendimentos dePropriedade
Outros Recursos
Outras
Ass. P atronais, P rofissionais e Sindicatos
Religião
Desenv. e Habitação
Ambiente
Serviços Sociais
Saúde
Educação e Investigação
Cultura e Recreio
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ISFL 2006 – Principais resultados
Gráfico 1.9. Despesas das ISFL por Actividade (2006)
48%
41%
55%
41%
44%
35%
46%
58%
40%
23%
46%
33%
41%
30%
42%
36%
27%
22%
18%
44%
9%
8%
12%
13%
10%
10%
16%
13%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Cultura e Recreio
Educação e Investigação
Saúde
Serviços Sociais
Ambiente
Desenv. e Habitação
Religião
Ass. Patronais, Profissionais e Sindicatos
Outras
Transferências Sociais
Remunerações
FBC
Outros Empregos
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ISFL 2006 – Principais resultados
Gráfico 1.10. Peso dos Principais Indicadores na Economia (2006)
3,4%
4,4%
2,5% 2,4%2,2%
0%
1%
2%
3%
4%
5%
VAB* Remunerações Emprego (P ostosRemunerados)
Despesa de ConsumoFinal*
FBC
29
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ISFLSF (S.15)
Trabalho desenvolvido
Fase 1: Compilação da conta das ISFLSF de acordo com a nova base das CNP – Junho de 2010;
30
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ISFLSF (S.15)
Conta Satélite das ISFL
Fase 2: Extensão da conta das ISFLSF a outras ISFL (não inclui
trabalho voluntário) – início de 2011;
Trabalho desenvolvido
31
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ISFLSF (S.15)
Conta Satélite das ISFL
Cooperativas e Mútuas
Trabalho a desenvolver
Fase 3: Compilação de uma conta satélite abrangendo a totalidade
das unidades no domínio da economia social – final de 2012.
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ISFLSF (S15)
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ISFLSF (S.15)
Conta Satélite das ISFL
Cooperativas e Mútuas
Trabalho a desenvolver
Fase 3: Compilação de uma conta satélite abrangendo a totalidade
das unidades no domínio da economia social – final de 2012.
Inclui Trabalho Voluntário
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Síntese do trabalho em curso e a desenvolver
Fase 3 (Conta Satélite da Economia Social) – Calendarização prevista:
2º Semestre de 2011 1º Semestre de 2012 2º Semestre de 2012
• Revisão da Literatura
• Construção do universo
• Compilação das variáveis
• Integração e análise da informação
• Relatório final / Difusão
Relatório Intermédio 1
Relatório Intermédio 2
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Qual o peso da Economia social na economia portuguesa ???
Porquê uma conta satélite para a “Economia Social”?
2,2%
1,8%
3,4%
2,8%
3,7%
3,2%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
3,5%
4,0%
1ª fase 2ª fase 3ª fase
??
? VAB
Remunerações
Emprego
35
Obrigada pela vossa atenção.
36