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A Epopeia de Aquilino
Em busca da
verdade
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O jovem Aquilino tinha o desígnio de buscar a
verdade e a honra. Seu questionamento era:
“Como ser um homem honrado em meio a tanta
inverdade?”.
Ele queria encontrar a chama da
sabedoria, para dissipar as
sombras da dúvida.
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Preparou-se para a
aventura; montado
em seu cavalo
adentrou a floresta
em busca do fogo
libertador. A
escuridão o cegava,
e o cavalo se cansara
de tanto ter de
adivinhar o caminho.
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Cautelosamente atravessou o umbral, e as
ninfas da floresta vieram ao encontro dele.
Elas dançavam, seduzindo-o com gestos
ritmados e beleza complacente. Ele,
incrédulo e prudente, continuou mantendo o
cavalo em marcha.
Logo à frente, avistou a grande deusa, que o
saudava.
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Ela proferiu:
“Os jovens buscam o abismo do
risco,
Com coração valente e imaginação
fecunda.
Porém, as opiniões dos homens não
convêm lembrar.
Na estrada da fé, não existe
cruzamento.
Tu terás de atravessar a ti mesmo,
como o punhal a perfurar a carne.
Caso contrário nada aprenderás.”
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A deusa retirou a tocha por trás do trono e
ofereceu a ele, dizendo:
“A palavra é perecível,
Os olhos são solitários,
E os ouvidos ingênuos.
Ao pensar, o intrépido cavalheiro perde a
meta,
A lança cai por terra e o escudo fenece.
O pensamento reverbera em ilusões.
Tu ainda és muitos, repleto de opiniões
incrustadas.”
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“Então serei
honrado?”,
Aquilino perguntou
tranquilamente.
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Texto extraído do livro:
www.pedropaulomonteiro.com