Trabalho de Conclusão de Curso
A EVASÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO TÉCNICO INTEGRADO DO
IFMS/PONTA PORÃ BENEFICIÁRIOS DA BOLSA PERMANÊNCIA E AUXÍLIO
TRANSPORTE: PRIMEIRAS INVESTIGAÇÕES
Maria Laudicéia Gonçalves Soares1
Guilherme Afonso Monteiro de Barros Marins2
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo realizar a análise investigativa sobre os
motivos que causaram a evasão dos alunos do ensino médio técnico integrado do Instituto
Federal de Mato Grosso do Sul, campus Ponta Porã, beneficiários da Bolsa Permanência e
Auxílio Transporte. A análise se dará a partir da fala e percepção dos alunos evadidos sobre
as justificativas que os fizeram abandonar a instituição. Os dados para esta pesquisa partiram
da metodologia de entrevistas semiestruturada. Nosso objetivo foi compreender se os fatores
por esta evasão estão relacionados intrinsecamente com a instituição escolar ou se relacionam
com as dinâmicas sociais que perpassam a relação do aluno-escola: necessidade de trabalhar.
Por fim, ao transcorrer do trabalho surgiram novas indagações, diferentes da hipótese inicial,
as quais abrem novas possibilidades de pesquisa.
Palavras-chave: Ensino Médio integrado. Evasão Escolar. Auxílio Permanência. Auxílio
Transporte. Assistência Estudantil.
1. INTRODUÇÃO
Compreender a educação não é uma tarefa simples, pois, se faz necessário pensa-la,
assim como todas as suas instituições: escola, ensino, aprendizagem, metodologia, como um
dos produtos e uma das produtoras de uma sociedade. Em uma relação dialética, refletir sobre
ela - educação- se faz importante considerar a dinâmica social, histórica e de produção
humana da qual ela está inserida (SAVIANI, 2008). Caso contrário, este objeto torna-se
1 Graduada em Licenciatura em Geografia (FAP), Especialista em Ensino de Geografia e História (ESAP) e
Especialista em Educação pelo programa Educação, Pobreza e Desigualdade Social (UFMS). Assistente de
Alunos no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) - e-mail: [email protected]. 2 Graduado em Educação Física (UFPR) e Administração Pública (UFPR), Mestre em Educação (UFMS).
Professor da educação básica no estado de Mato Grosso do Sul - e-mail: [email protected].
Trabalho de Conclusão de Curso
acrítico, descontextualizado de um cenário maior onde se cruzam as multideterminações que
o compõem.
Longe de entender a educação como determinante principal das
transformações sociais, reconhece ser ela elemento secundário e
determinado. Entretanto, longe de pensar, como o faz a concepção crítico-
reprodutivista que a educação é determinada unidirecionalmente pela
estrutura social dissolvendo-se a sua especificidade, entende que a educação
se relaciona dialeticamente com a sociedade. Nesse sentido, ainda que
elemento determinado, não deixa de influenciar o elemento determinante
(SAVIANI, 2001, p. 75).
A partir dessa consideração, para tratarmos de nosso objeto: a evasão dos alunos do
ensino médio técnico integrado do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul - campus Ponta
Porã - beneficiários da Bolsa Permanência e Auxílio Transporte, estabeleceremos algumas
relações que contextualizarão criticamente o nosso objeto em questão.
A vontade em pesquisar a evasão escolar, especificamente para alunos beneficiários
da bolsa permanência e/ou auxílio transporte, se apresenta no próprio objetivo do auxílio que
visa diminuir as desigualdades sociais e contribuir para que os alunos continuem seus estudos
e permaneçam nas instituições de ensino. Com isso, nossa problematização refere-se aos
motivos, no olhar do próprio aluno evadido, sobre as justificativas que os fizeram abandonar
a escola. Seria o auxílio insuficiente? O objetivo do programa dos benefícios não contribui
para diminuir as desigualdades e acaba tornando o aluno beneficiário necessitado em buscar
outras fontes/formas de renda? Qual são as necessidades que estes alunos passam?
A importância desta pesquisa se dá em duas frentes, a primeira de caráter mais
ampliado e a segunda com significado mais estrito. A forma mais ampliada é referente ao
próprio assunto: evasão escolar na rede federal de educação profissional, científica e
tecnológica, que fez o governo federal no ano de 2014 a criar um documento específico para
tratar do assunto3. Este documento tem o intuito de
[...] realizar diagnósticos locais sobre evasão e retenção em cursos técnicos e
de graduação, com indicação de causas e medidas de combate, e a
3 O documento em questão foi intitulado como Documento orientador para a superação da evasão e retenção na
rede federal de educação profissional, científica e tecnológica e foi criado no ano de 2014 durante o governo da
presidenta Dilma Roussef.
Trabalho de Conclusão de Curso
participar, por meio do envolvimento direto de representantes, de uma
oficina para consolidar uma proposta para o plano estratégico de
intervenção e monitoramento para superação da evasão e retenção (MEC,
2014, p. 4).
Isso, grosso modo, nos faz perceber que a evasão e a preocupação na retenção de
alunos é uma discussão central dentro das políticas educacionais para ensino médio
integrado, assim como o levantamento dos motivos da evasão são pertinentes para reverter o
seu quadro de incidência.4 Para ilustrar esta defesa, vejamos abaixo o Quadro 1, que
representa a evasão de alunos matriculados em instituições federais de ensino.
QUADRO 1
Alunos evadidos, por tipos de curso, de ciclos de matrícula iniciados a partir de 2004 e encerrados até
dezembro de 2011.
Fonte: MEC, 2014, p. 27.
Para a educação de ensino médio técnico integrado, objeto desta pesquisa, se
somarmos os estudantes em idade própria e aqueles em distorção idade/série chegamos a uma
taxa de evasão de 30,4%. Ao levarmos em consideração, por exemplo, que no ano de 2011
tivemos um número total de matriculados na Educação profissional concomitante ao Ensino
4 O significado de Evasão que trabalharemos nesta pesquisa é o mesmo que o governo federal utiliza, sendo
Evasão caracterizada pela “situação em que o estudante abandonou o curso, não realizando a renovação da
matrícula ou formalizando o desligamento/desistência do curso” (MEC, 2014, p.21).
Trabalho de Conclusão de Curso
Médio de 189 mil e 988 alunos, temos, com uma taxa média de evasão de 6,40% (Quadro 1),
um total de 12.160 alunos que evadiram naquele ano.
A outra frente de importância desta pesquisa, de caráter mais estrito, refere-se às
pesquisas realizadas com o tema Evasão Escolar no Ensino Médio Integrado na região de
Mato Grosso do Sul. Em levantamento feito na base de dados Periódico da Capes, quando
procuramos pela palavra chave: ‘Evasão Escolar’ nos títulos dos artigos, encontramos apenas
10 registros. Quando procurado pela mesma palavra chave no assunto do artigo, os registros
expandem-se para 21. Todavia, quando relacionamos esta palavra chave - ‘Evasão Escolar’ –
com ‘Ensino Médio Integrado’ e/ou ‘Instituto Federal’ , tanto na busca pelo título como
assunto nos artigos, o encontro é igual a zero. Esse resultado é muito parecido, quando
fazemos a pesquisa no banco de dados do Scielo. Quando pesquisada a palavra chave
‘Evasão Escolar’ por assunto, são encontrados 13 registros. E assim como na plataforma
anterior, na tentativa de associar mais uma palavra chave – como ‘Ensino Médio Integrado’
e/ou ‘Instituto Federal’- não encontramos nenhum artigo. O resultado desta busca corrobora
com a justificativa da importância desta pesquisa. Embora o tema seja importante, comparado
a outros temas, ainda é pouco pesquisado. Segundo Dore e Lüscher (2011), existe uma
dificuldade no levantamento desses dados, pois,
O Ministério de Educação – MEC –, por intermédio do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep –, realiza
anualmente o Censo Escolar de toda a educação básica e profissional. No
entanto, os dados relacionados ao desempenho escolar (aprovação,
reprovação, abandono, transferência, dentre outros) dos estudantes dos
cursos técnicos não constituem um campo de preenchimento obrigatório no
censo, e nem são devidamente sistematizados pela equipe do Inep (DORE;
LÜSCHER, 2011, p.783).
Um dos trabalhos, encontrado no banco de dados do Periódico da Capes, nos chamou
atenção por tratar do assunto: Evasão Escolar no ensino médio técnico no estado de Minas
Gerais5. Este trabalho tem o objetivo de compreender melhor a evasão escolar na Educação
5 Embora os trabalhos encontrados nas bases de dados procurados, Periódico Capes e Scielo, estejam
relacionadas com Evasão Escolar, este foi o trabalho que melhor se assemelha ao público e ambiente a qual
nossa pesquisa também se refere. A pesquisa (Permanência e evasão na educação técnica de nível médio em
Minas Gerais) encontra-se referenciada neste trabalho: Dore e Lüscher (2011).
Trabalho de Conclusão de Curso
Técnica de Ensino Médio em Minas Gerais do ano de 2001 a 2008. Os dados utilizados neste
trabalho supracitado são informações do Censo Escolar do estado de Minas Gerais e apontam
que
[...] em primeiro lugar, o abandono do curso por motivo de
emprego/trabalho (36,56%). Essa causa pode ser relacionada às condições
socioeconômicas do estudante, que o obrigam a optar pelo trabalho ao invés
do estudo. Trata-se de uma motivação para o abandono escolar que encontra
respaldo nas pesquisas realizadas em outros níveis de ensino no Brasil, bem
como em estudos sobre o ensino técnico desenvolvidos em outros países. A
segunda causa mais indicada no estudo da SEE-MG é o abandono sem
qualquer justificativa (20,91%) (DORE; LÜSCHER, 2011, p.784).
Temos como intuito em realizar uma comparação entre os motivos que levaram os
alunos do IFMS - Ponta Porã a evadirem o ensino médio integrado com as respostas
disponibilizadas pela secretaria de educação de Minas Gerais contidas no trabalho de Dore e
Lüscher (2011), para comparativamente percebermos se existe relação entre os dados do
Estado de Minas Gerais e do IFMS- Ponta Porã.
Nosso trabalho se baseará em uma pesquisa de caráter qualitativo onde usaremos a
entrevista semiestruturada como instrumento de pesquisa. Foram sete entrevistados que se
caracterizam por serem ex-alunos evadidos entre os anos de 2014 e 2016. Todos os alunos
recebiam Bolsa Permanência e/ou Auxílio Transporte, dentre eles seis ex alunos realizaram
seus estudos no ensino fundamental em escola pública e apenas um em escola privada.
Nosso objetivo com este trabalho é desvelarmos as causas que levaram a Evasão dos
alunos Beneficiários do Auxílio Permanência e Auxílio Transporte do ensino médio técnico
integrado do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul – campus Ponta Porã. Assim como,
compreender se os fatores por esta evasão estão relacionados endogenamente com a
instituição escolar: dificuldade no aprendizado, metodologia, ou relacionam-se com as
dinâmicas sociais que perpassam a relação do aluno-escola: necessidade de trabalhar. Nossa
hipótese é que os motivos relacionados a evasão escolar dos alunos se dê pela necessidade de
trabalhar meio período ou período integral, levando em consideração que os cursos no
IFMS/Ponta Porã são oferecidos em dois períodos, para auxiliar os rendimentos mensais
familiares. E que os valores dos benefícios não sejam suficientes para a permanência dos
alunos na instituição de ensino.
Para adentrarmos na análise de pesquisa, trabalharemos na continuidade do texto com
a apresentação do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, onde um de seus campi é cenário
Trabalho de Conclusão de Curso
do motivo gerador desta pesquisa. Posteriormente, apresentamos a Bolsa Permanência e o
Auxílio Transporte, o primeiro uma política federal que visa à permanência do aluno na
Instituição de Ensino Federal (IEF) e o segundo; uma política da instituição para facilitar o
acesso do aluno à instituição. Por fim, tratamos da análise das entrevistas a fim de responder
a nossa problemática.
2. INSTITUO FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
A Educação Profissional e Tecnológica no Brasil não é algo novo, iniciou-se com o
Decreto nº 7.566 de 23 de setembro de 1909, há mais de um século, com a criação de
dezenove Escolas de Aprendizes Artífices. Segundo Kuenzer (2007) apud Escott (2012)
“sendo essas, as precursoras das escolas técnicas estaduais e federais”. Objetivando assim,
capacitar os filhos dos proletários desprovidos de bens materiais voltados para inclusão social
destes jovens do que propriamente capacitá-los para o mercado de trabalho.
O decreto 7.566, de 23 setembro de 1909, assinado pelo presidente Nilo
Peçanha, é considerado o marco inicial do ensino profissional, científico e
tecnológico de abrangência federal no Brasil. O ato criou 19 Escolas de
Aprendizes Artífices, que tinham o objetivo de oferecer ensino profissional
primário e gratuito para pessoas que o governo chamava de
“desafortunadas” à época. Essas escolas pioneiras, portanto, tinham uma
função mais voltada para a inclusão social de jovens carentes do que
propriamente para a formação de mão de obra qualificada (BRASIL, 2011).
Nessa trajetória secular, o sistema federal de ensino passou por diversas
reformulações. Em 1978, com a Lei nº 6.545, três Escolas Técnicas Federais (Paraná, Minas
Gerais e Rio de Janeiro) são transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica –
(CEFET). E em 1997 foi criado o Decreto 2.208/1997 que regulamenta a educação
profissional e cria o Programa de Expansão da Educação Profissional – (PROEP). A Lei nº
11.534, de 25 de outubro de 2007, dispôs sobre a criação de Escolas Técnicas e Agrotécnicas
Federais. Entre elas, estão a Escola Técnica Federal de Mato Grosso do Sul, com sede na
capital, e a Escola Agrotécnica Federal no município de Nova Andradina, região Sudeste do
Estado (IFMS, 2014, p.16).
Com mais de cem anos de existência, a escola passou por várias transformações e no
ano de 2008 criou-se os Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica. Foi através da Lei 11.892 onde ficou instituída a Rede Federal de Educação
Trabalho de Conclusão de Curso
Profissional, Científica e Tecnológica, vinculada ao Ministério da Educação. (BRASIL,
2008)
O novo modelo de escola técnica, estruturados nos Centros Federais de Educação
Tecnológica (CEFET), escolas técnicas e agrotécnicas federais e os novos Institutos Federais
de Educação, Ciência e Tecnologia, se fortaleceram para que pudessem alcançar um
desenvolvimento educacional, social e econômico no país.
Estruturados a partir do potencial instalado nos Cefet, escolas técnicas e
agro técnicas federais e escolas vinculadas às universidades federais, os
novos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia geram e
fortalecem condições estruturais necessárias ao desenvolvimento
educacional e socioeconômico brasileiro (SILVA 2009).
No final de 2008 houve uma reformulação da educação no país e as duas escolas
técnicas criadas no Estado foram transformadas em Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS), surgindo, então, os campi Campo Grande e Nova
Andradina. Ficando conhecida como a primeira fase de expansão.
Conforme Plano de Desenvolvimento Institucional do IFMS (2014- 2018), na segunda
fase de expansão da Rede Federal, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
(Setec/MEC), por meio de uma chamada pública de apoio à implantação de novas instituições
federais, contemplou o IFMS com outros cinco campi nos municípios de Aquidauana,
Corumbá, Coxim, Ponta Porã e Três Lagoas.
Em 2010 deram início as atividades os Campi de Nova Andradina, Campo Grande,
Aquidauana, Corumbá, Coxim e Ponta Porã. Aonde as primeiras turmas foram em Educação
á Distância (EaD) em parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Somente em 2011 com a Portaria do MEC n. 78 de 28 de janeiro de 2011 foram
autorizados o funcionamento, com cursos presenciais, dos Campi de Campo Grande,
Aquidauana, Corumbá, Coxim, Ponta Porã e Três Lagoas. Porém em espaços provisórios.
No ano seguinte, a Portaria do MEC n° 79, de 28 de janeiro de 2011,
autorizou o IFMS a iniciar o funcionamento, com cursos presenciais, dos
Campi Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Ponta Porã e Três
Lagoas. Em espaços provisórios, iniciaram a oferta de cursos técnicos
integrados de nível médio e de graduação, além da ampliação de cursos na
modalidade Educação a Distância (EaD), inclusive em polos localizados em
outros municípios. Nesse processo de implantação, o IFMS contou com a
tutoria da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). (IFMS,
2014, p.17).
Trabalho de Conclusão de Curso
No segundo semestre de 2013 foram entregues as sedes definitivas dos Campi de
Aquidauana e Ponta Porã. Com uma estrutura arquitetônica, com laboratórios, biblioteca,
setor administrativo e quadra poliesportiva. E em 2014 foram entregue as novas sede
permanentes dos Campi de Coxim e Três Lagoas. Atualmente o IFMS conta com dez (10)
Campi entre eles o Campus de Dourados e Jardim que estão lotadas em sede própria e
Naviraí em sede provisória.
3. BOLSA PERMANÊNCIA E AUXÍLIO TRANSPORTE NO INSTITUTO FEDERAL
DE MATO GROSSO DO SUL
Os esforços do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e
Estudantis (FONAPRACE) juntamente com a soma do plano apresentado pela Associação
Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) e que
resultou na Portaria Normativa n. 39 do MEC de dezembro de 2007 que institui o Programa
Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) (NASCIMENTOS; SANTOS, 2014, p. 95).
Nascimento e Santos (2014) ressaltam a importância do PNAES e a grandeza da sua
representatividade como um marco histórico e essencial para a questão da Assistência
Estudantil, pois foi resultado de uma luta coletiva de dirigentes, docentes, técnicos
administrativos e discentes.
Verifica-se no âmbito do PNAES6 - Artigo 3º, parágrafo 1-, que as ações de
Assistência Estudantil, devem ser desenvolvidas nas seguintes áreas: moradia estudantil,
alimentação, transporte, atenção á saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche, apoio
pedagógico, acesso, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência e transtornos,
Destacam-se como objetivos gerais deste Plano: Garantir o acesso,
permanência e a conclusão de curso dos estudantes das IFES, na perspectiva
da inclusão social, da formação ampliada, da produção de conhecimento, da
melhoria do desempenho acadêmico e da qualidade de vida e garantir que
recursos extra orçamentários da matriz orçamentária anual do MEC
destinada ás IFES sejam exclusivos á Assistência Estudantil.
(FONAPRACE, 2007 apud NASCIMENTO; SANTOS, 2014, p. 96).
O Programa Bolsa Permanência (PBP) esta instituído pelo disposto no Decreto nº
7.234 de 19 de julho de 2010. É uma ação do Governo Federal o qual concede um auxílio
6 Decreto de Lei nº 7.234 de 19 de julho de 2010.
Trabalho de Conclusão de Curso
financeiro aos estudantes matriculados em Instituições Federais de Ensino que estejam em
situação de vulnerabilidade socioeconômica e para estudantes indígenas e quilombolas.
Art. 2º. O Programa de Bolsa Permanência – PBP reger-se-á pelo disposto
no Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010, Lei nº 12.801, de 24 de abril de
2013 e nesta Portaria, bem como pelas demais disposições legais aplicáveis.
Art. 3º. O PBP tem por objetivos: I – viabilizar a permanência, no curso de
graduação, de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica,
em especial os indígenas e quilombolas; II – reduzir custos de manutenção
de vagas ociosas em decorrência de evasão estudantil; e III – promover a
democratização do acesso ao ensino superior, por meio da adoção de ações
complementares de promoção do desempenho acadêmico. Art. 4º. A Bolsa
Permanência é um auxílio financeiro que Manual de Gestão do Programa de
Bolsa Permanência e tem por finalidade minimizar as desigualdades sociais,
étnico-raciais e contribuir para permanência e diplomação dos estudantes de
graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
(SESU/SETEC/MEC, 2013, p.22-23).
Conforme Plano de Desenvolvimento Institucional do IFMS (2014-2018), o Programa
Bolsa Permanência é concedido aos discentes matriculados no Instituto Federal nos cursos de
Ensino Médio Integrado, PROEJA e Ensino Superior. A renda per capita considerada para
que o aluno faça jus ao beneficio é de até 1,5 (um e meio) salário mínimo vigente e para
garantir a manutenção dos auxílios, o discente deverá ter frequência mensal mínima de 75%
nas unidades curriculares matriculadas e não ter recebido qualquer tipo de sanção disciplinar,
conforme o Regulamento Disciplinar Discente7. Consequentemente haverá a suspensão do
auxílio referente ao mês da ocorrência.
O programa tem como objetivo incentivar o estudante em sua formação
educacional, bem como apoiá-lo em sua permanência no IFMS, visando à
redução dos índices de evasão escolar decorrentes de dificuldades de ordem
socioeconômica. Os estudantes contemplados, mediante critérios
estabelecidos em edital, recebem benefício mensal durante o ano letivo. O
Programa de Auxílio Permanência aos estudantes dos cursos técnicos
integrados de nível médio, do Programa Nacional de Integração da
Educação Profissional com Educação Básica na Modalidade de Educação de
Jovens e Adultos (Proeja) e dos cursos superiores do IFMS concede auxílios
financeiros mensais durante o período letivo, para estudantes de baixa renda
dos cursos acima mencionados, conforme número de vagas previstas em
edital (IFMS, 2014, p.138).
7 O presente documento tem por objetivo regulamentar as ações e atividades disciplinares dos discentes do
IFMS.
Trabalho de Conclusão de Curso
O Auxílio Transporte é um benefício de Assistência Estudantil o qual visa o acesso e
permanência do estudante na instituição. Muitos estudantes já se beneficiaram desse auxílio.
No Campus Ponta Porã teve sua vigência no ano de 2014 pelo Edital 004/2014 Pró-Reitoria
de Extensão e Relações Institucionais PROEX8/IFMS no qual 81 (oitenta e um) alunos foram
beneficiados conforme Central de Seleção do IFMS (2014).
Em conformidade com os editais PROEN9/IFMS os município não atendidos por
transporte coletivo gratuito e perfazendo uma distância mínima de 2 km (dois quilômetros)
em relação à casa-escola, se faz jus ao Auxílio. Cujos requisitos se fazem pertinentes no
Campus Ponta Porã, primeiro por não existir transporte gratuito no município e segundo o
campus estar localizado em uma zona rural. A maioria dos discentes reside há uma distância
superior à estipulada no edital. “O Auxílio Transporte é a concessão de um valor monetário
para estudantes que necessitem realizar o trajeto casa-escola-casa”. (NASCIMENTO;
SANTOS, 2014, p. 105).
Para que o discente usufrua desse auxílio passa por entrevista e comprovação da renda
per capita de todos os membros da família a qual não pode ser superior á um salário mínimo e
meio que hoje perfaz uma quantia de R$ 1332,00 (um mil, trezentos e trinta e dois reais), em
critérios definidos pelo IFMS e pelo edital vigente o aluno deve estar matriculado em pelo
menos 3 (três disciplinas) e não apresentar em seu histórico escolar reprovações por falta em
mais de 2 (duas) disciplinas no semestre anterior. Essas são umas das exigências, porém a
algumas especificidades por campi.
Art. 12. Consiste em disponibilizar meios para deslocamento municipal ou
intermunicipal para a realização das atividades acadêmicas.
§1º Poderá ser realizado por meio de repasse financeiro, transporte ofertado
pelo IFMS em caso de campus localizado em área rural não atendida por
transporte público, contratação de prestação de serviços ou parcerias com o
poder público municipal, estadual ou federal.
§2º O estudante que tiver condições de acesso garantidas por iniciativas
poder público municipal, estadual ou federal não poderá ser beneficiado por
este auxílio.
§3º O auxílio transporte não será concedido durante as férias e recesso
escolar (IFMS, 2010, p. 9).
Para Nascimento e Santos (2014) a assistência estudantil é de extrema importância
para que o estudante tenha êxito na sua carreira acadêmica, pois, a associação da qualidade
8 Pró-Reitoria de Extensão. 9 Pró-Reitoria de Ensino
Trabalho de Conclusão de Curso
do ensino com uma política de assistência que vise à permanência do discente na instituição
de ensino é central para suprir eventuais necessidades básicas do aluno. A fim de garantir
eficientemente o direito ao estudo.
4. OS MOTIVOS DA EVASÃO NO IFMS/PONTA PORÃ
Embora todos os entrevistados tenham apontado que o recebimento da Bolsa
Permanência e Auxílio Transporte contribuíram de forma positiva na sua permanência na
instituição, não houve consonância nas respostas dos motivos reais da evasão dos alunos.
Foram encontradas algumas pontuações que nos fizeram agrupar as respostas em três
categorias. São elas: “acesso a instituição”, “dificuldade de acompanhamento” e “tempo de
formação”. Dentre o repertório das respostas dos entrevistados não encontramos somente um
motivo central e específico. Na totalidade dos entrevistados houve a somatória de dois ou
mais motivos para a desistência dos alunos.
4.1 ACESSO A INSTITUIÇÃO
Embora o IFMS/Ponta Porã esteja alocado no município onde os alunos evadidos
residem, percebemos nas respostas às entrevistas semiestruturadas contribuições a este
respeito.
O entrevistado nº1, que recebeu a Bolsa Permanência no valor de R$ 150,00,
adicionado ao Auxílio Transporte no valor de R$ 100,00 nos aponta que os auxílios
estudantis foram importantes para sua permanência na instituição, anterior a sua evasão.
Pra mim foi bem importante (receber os auxílios) morava bastante longe
né? [...] a van também era bem cara, então me ajudou bastante e quando eu
ficava o dia inteiro também, a gente sempre ficava pras aulas de
permanência então me ajudou bastante, nas despesas, xerox, almoço. É eu
acredito que grande parte das minhas despesas foram com os auxílios que
me ajudaram [...]O auxilio foi muito importante para pagar a van também
para se alimentar quando tinha que ficar no contra turno e também para tirar
xerox quando precisava (Entrevistado nº1).
Contraditoriamente, mesmo reconhecendo a importância do auxílio, o entrevistado
aponta a distância de sua residência até a instituição como um dos fatores para sua
Trabalho de Conclusão de Curso
desistência: “muito longe e a van passava muito cedo 6h10min e tinha que acordar 5h00”
(Entrevistado nº2).
Nas mesmas circunstâncias os entrevistados nº6 e nº7 – que receberam auxílio
transporte mostram que a distância foi um dos critérios para a desistência, embora
reconheçam a importância do recebimento do custeio do transporte.
Recebia o Auxílio Permanência no valor de 150,00 reais e auxiliou nas
despesas, principalmente com alimentação. Mas não era o suficiente [...]
Achava muito longe da minha casa, morava na outra ponta da cidade
(Entrevistada nº6).
Auxiliou bastante (sobre o recebimento) não era suficiente, mas dava pra
fazer algumas coisas [...] Bastante, bastante (sobre a distância de sua casa
ao IFMS) por que eu pensava ... muito longe e tal, mas acostumei, mas
acabei desistindo, foi um peso a mais, tinha que sair muito cedo, era muito
corrido (Entrevistado nº7).
4.2 DIFICULDADE DE ACOMPANHAMENTO
Nesta categoria os entrevistados nos apontam, com uma ênfase menor que a categoria
anterior, porém com relevância na decisão dos alunos. Como o entrevistado nº2 nos apresenta
a dificuldade no acompanhamento com relação à carga horária e as horas de atividades
curriculares. Sobre o curso de maneira geral, para o entrevistado, é
muito puxado né?[sic] Igual: sábado eu participo da igreja! Tem muito
trabalho lá. Não da pra fazer nada, sair, por exemplo, e tinha que ficar no
contra turno [...] Lá vai quem quer estudar, não é que eu não queira, mais é
muito puxado, tem gente que gosta (Entrevistado nº1)
O entrevistado nº3 comenta que a dificuldade de acompanhamento foi referente a
carga horária extenuante e exibe um descontentamento sobre o que o esperaria, atribuindo
isso a um excesso de conhecimento.
Uma carga horária muito pesada, de manha a tarde e ás vezes sábado [...]
Porque não é alguma coisa que a gente espera, que você fala: ah! vou fazer
informática, vou aprender a mexer em alguma coisa assim básica. Mas lá
não, é bem mais extenso o conteúdo (Entrevistado nº3).
A dificuldade de acompanhamento gerou no entrevistado nº6 cansaço e desanimo,
produzindo desmotivação: “Eu desisti do curso foi porque perdi o interesse pelo curso
técnico, tinha muita dificuldade em acompanhar o ritmo de estudos exigidos [...]foi o cansaço
e desmotivação o qual me levou a uma depressão” ( Entrevistado nº6).
Trabalho de Conclusão de Curso
4.3 TEMPO DE FORMAÇÃO
Esta categoria refere-se não somente ao tempo de formação do próprio IFMS com
seus cursos do ensino médio integrado, mas também a uma necessidade apontada pelos
entrevistados com relação à continuidade dos estudos no nível superior.
O entrevistado nº4 refere-se ao tempo de um ano para poder terminar o ensino médio
e ingressar em uma faculdade.
Foi mesmo por causa que eu queria fazer faculdade o ano que vem e aí esse
foi o motivo por eu ter saido do IF. Na verdade não é por que eu quis, mas
foi por que eu precisava pra poder entrar na faculdade o ano que vem. Lá ia
demorar muito, mais um ano (Entrevistado nº4).
O mesmo motivo fora apontado pelo entrevistado nº5,
É por que na época eu tinha 18 (idade) e queria terminar logo pra fazer
faculdade daí que eu resolvi sair senão eu teria que ficar mais um ano no IF
ainda com algumas dependências. Ia me atrasar mais pra entrar na faculdade
(Entrevistado nº5).
Os entrevistados nº6 e nº7 contribuem com esta visão quando respectivamente
respondem: “Tinha pressa de antecipar o ensino médio para cursar logo um curso superior”
(Entrevistado nº6) e “Então! Foi mais por causa da greve que teve, aí eu pensei que ia durar
bastante, só que não durou aí eu desisti” (Entrevistado nº7).
5. CONSIDERAÇÕES
A hipótese central e inicial de nossa pesquisa, frente à investigação dos motivos de
alunos assistidos pelos programas de incentivo de permanência à instituição de ensino
evadirem o curso do ensino médio integrado, foi rechaçada. Não encontramos elementos que
subsidiem e convalidem a perspectiva de que uma necessidade iminente em trabalhar pudesse
nos apontar caminhos para esta afirmação. A princípio, nossa prognose era de que existia
uma contradição em ser beneficiado por auxílios, neste caso o transporte e o valor da Bolsa
Permanência, e mesmo assim desistir do curso; optando por outras instituições ou níveis
escolares. Esta contradição nos pareceu válida, pois, ao atentarmo-nos para a grande
desigualdade econômica de nosso país, é sabido que as condições sociais não favorecem a
Trabalho de Conclusão de Curso
todos o mesmo tipo de educação e ensino e consequentemente o acesso às instituições
promotoras.
Todavia, ao longo da pesquisa, outras análises e hipóteses foram sendo percebidas.
Por certo, é crível que este trabalho não nos permita investigar a fundo tais possibilidades,
porém, são apontamentos cabíveis em próximas investigações. Nos chama a bastante atenção,
dentro das categorias levantadas, as seguintes decorrências: a insuficiência de políticas
públicas integradas entre governo federal e municipal, a qualidade e perspectiva da educação
até o fim do ensino fundamental cursada por estes entrevistados e a necessidade em entrar
para o mercado de trabalho e uma falsa (ou não) garantia de uma vida socialmente garantida e
reconhecida.
Sobre a relação entre as políticas públicas integradas entre os governos da esfera
federal e municipal, dois pontos podem ser abordados. O primeiro deles é com relação ao
transporte público até a instituição de ensino, levando em consideração que os entrevistados
afirmam que o auxílio transporte recebido, no valor de R$ 100,00 não supri a necessidade
básica de condução até o IFMS em mais de um período por dia e aos sábados. Seria
conveniente ao poder público municipal criar políticas de “passe escolares” gratuitos aos
estudantes e/ou aumentar a rede de ônibus até o bairro onde a referida instituição de ensino
está alocada? Faltaria trato/força política para se conseguir estes serviços? É válido
problematizarmos que mesmo havendo de um lado, do Instituto Federal/Governo Federal o
subsidio do transporte, uma política pública se efetiva quando os poderes dialogam e acordam
entre si determinados objetivos. O segundo ponto, dentro desta perspectiva é a
problematização sobre o interesse direto do município. Estaria, este ente federativo,
percebendo vantagens econômicas e sociais – mesmo que em médio e longo prazo- na
formação técnica desses alunos?
Outro ponto de nossa consideração é a perspectiva de educação, até o fim do ensino
fundamental, que os entrevistados tiveram acesso. Essa consideração tem seu significado,
pois, a pesquisa nos mostra que os entrevistados colocaram as dificuldades de
acompanhamento do curso e /ou a desmotivação pela realização de algo abstrato – não
pragmático para eles. A base de conhecimentos necessária para o seguimento dos estudos, do
ensino fundamental para o médio, foi realizada de maneira apropriada? De que modo ela foi
feita? Levou em consideração uma perspectiva propedêutica, tradicional ou tecnicista? A
educação no ensino fundamental prevê que a educação no ensino médio, vinculada a um
Trabalho de Conclusão de Curso
curso técnico, é concebida pela comunidade em geral como salvadora e garantidora de um
sucesso estudantil? Acreditamos que uma análise através de uma pesquisa mais apurada sob
este quesito possa auxiliar na resposta destas indagações.
A última consideração é pertinente ao olhar do pesquisador neste trabalho na percepção de
uma “inquietude” por parte dos entrevistados com a necessidade de entrar rapidamente para o
mercado de trabalho e obter, com a maximização do tempo de estudos, os títulos requeridos
pelo próprio mercado de trabalho e/ou ambicionado pelos alunos. Isso não significa que os
entrevistados não tenham direito a requerer o “diploma”, que ao mesmo tempo é essencial na
sociedade em que vivemos e corresponde aos desejos mais íntimos e subjetivos. Porém, e
talvez essa sensação esteja vinculada a percepção do tipo de educação que os entrevistados
tiveram até o ingresso no ensino médio, é o caminho escolhido para se atingir este objetivo.
Perceberiam, estes alunos, que o início – assim como o findar- de um curso superior lhes
traga segurança social e econômica? A forma com que foram constituídos socialmente
permite que reflitam sobre suas reais necessidades e as possibilidades das quais dispõem e
das quais são ofertadas?
Os questionamentos, na parte de nossa conclusão, se fazem em número e graus de
análise muito maiores do que os iniciais. Sobram perguntas e nos falta possibilidade
investigativa. Contudo, fazemos apontamentos para futuras pesquisas.
6. REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto de lei nº 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa
Nacional de Assistência Estudantil - PNAES. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7234.htm. Acesso: 10 de outubro de 2016.
_______. Ministério da Educação- INEP. Censo da Educação Básica de 2015. Brasília, DF,
Brasil: MEC.[s/a]. Disponível em; www.educacenso.inep.gov.br. Acesso em: 25 de
novembro de 2015.
______. Lei no 6.545, de 30 de junho de 1978. Dispõe sobre a transformação das Escolas
Técnicas Federais de Minas Gerais, do Paraná e Celso Suckow da Fonseca em Centros
Trabalho de Conclusão de Curso
Federais de Educação Tecnológica e dá outras providências. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6545.htm. Acesso: 22 de setembro de 2016.
______. Lei nº 11.534, de 25 de outubro de 2007. Dispõe sobre a criação de Escolas
Técnicas e Agrotécnicas Federais e dá outras providências. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11534.htm. Acesso: 24 de setembro de
2016.
______. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia, e dá outras providências. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm. Acesso em 18 de setembro
de 2016.
______. Surgimento das Escolas Técnicas (sítio). 2011. Disponível em: http://www.
brasil.gov.br/ educacao/2011/10/surgimento-das-escolas-tecnicas. Acesso em: 25 de julho de
2016.
DORE, Rosemary; LÜSCHER, Ana Zuleima. Permanência e evasão na educação técnica de
nível médio em Minas Gerais. In: Cadernos de Pesquisa. V.41, nº144, set/dez 2011.p. 772-
788. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abs tract&pid =S0100-
15742011000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso: 05 de setembro de 2016.
ESCOTT, Clarice Monteiro. História da educação profissional no Brasil: As políticas
públicas e o novo cenário de formação de professores nos Institutos Federais de Educação,
Ciência e Tecnologia. In: IX Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas “História,
Sociedade e Educação no Brasil”. UFPB – João Pessoa. 2012. p 1492- 1508. Disponível
em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/semi nario9/PDFs/2.51.pdf.
Acesso em: 22 de julho de 2016
Trabalho de Conclusão de Curso
IFMS. Plano de Desenvolvimento Institucional 2014-2018. Doc Institucional. 2014. 244p.
Disponível em: http://www.ifms.edu.br/wp-content/uploads/2014/07/pdi_ifms_
2014_2018_2edicao.pdf. Acesso: 20 de setembro de 2016.
IFMS. Política de Assistência Estudantil. 2010. Disponível em:
http://docplayer.com.br/8433434-Politica-de-assistencia-estudantil-do-ifms.html. Acesso em
20 de setembro de 2016.
MEC. Documento orientador para a superação da evasão e retenção na rede federal de
educação profissional, científica e tecnológica. 52p. 2014. Disponível em:
http://www.ifto.edu.br/portal/docs/proen/doc_orientador_evasao_retencao _setec.pdf.
Acesso: 22 de agosto de 2016.
NASCIMENTO, Ana Paula Leite; SANTOS, Josiane Soares. Assistência Estudantil no IFS.
1ª ed. Aracaju. Ed. Edofs. 2014. 173p.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: Teorias da Educação, Curvatura da Vara e
Onze teses sobre educação e política. 34ªed. Editora: Autores Associados, 2001. Col.
Polêmicas do Nosso Tempo; vol. 5. 94 p.
__________________ Histórias das ideias pedagógicas no Brasil. 2ªed. Editora: Autores
Associados. 2008. 473p.
SESU/SETEC/MEC. Manual de Gestão do Programa de Bolsa Permanência.2013. 36p.
Disponível em: http://permanencia.mec.gov.br/docs/manual.pdf. Acesso: 22 de outubro de
2016.
SILVA, Caetana Juracy Rezemde (org). Institutos Federais, lei 11.892, de 29/12/2008:
Comentários e reflexões. Ed. IFRN, Brasília. 2009. 70p. Disponível em: http://www2.
ifam.edu.br/instituicao/missao-e-visao/LEIDECRIAODOSINSTITUTOSFEDERAIS DE
EDUCAOCIENCIAETECNOLOGIA.pdf. Acesso em: 03 de outubro de 2016.
Trabalho de Conclusão de Curso