Download - A praça na cidade de maceió
Unrversidade Federal de Alagoas Departamento de Arqurtetura e Urbanismo
Trabalho Ftnal de Graduac;ao
A PRACA NA CIDADE DE MACEIO
ANALISE DA EVOLUCAO ESPACIAL E DE USOS
ORIENTADOR: RODRIGO RAMALHO ALUNA. KARINA PEIXOTO BRAGA
Macei6, dezembro de 2003
A PRACA NA CIDADE DE MACEI6
ANALISE DA EVOLUCAO ESPACIAL E DE USOS
Dissertayao apresentada ao curso de graduayao em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas como requisite para conclusao de curso, pela aluna Karina Peixoto Braga, realizado sob orientayao do Prof. Rodrigo Ramalho Filho, Dr.
Macei6, dezembro de 2003
It
AGRADECIMENTOS
A energ1a superior que rege o mundo, buscando o equilibria e que a
human1dade teima em contrariar. A minha familia. A minha mae, presente em todos os aspectos da minha vida
nao podendo estar ausente na area academica, me apoiando tanto nos descaminhos
par mim tornados quanta nos acertos. A minha irmazinha, que entendeu que eu
prec1sava de sossego para finafizar este trabalho, apesar dela estar de ferias. Ao meu
irmao, par manter-se proximo apesar de fisicamente Ionge.
Ao Juliano, amigo e companheiro
Aos amigos que me acompanharam na evoluryao deste curso: Simone, Karla,
Joseane, Mamise, Tita, Luzia, Aninha, Lillian, Vivian, Daniela, Myrna, Flavia, Sandra,
Neto, Sidney, Douglas, Luiz, Thyago e Fabiano
Aos professores que ajudaram a guiar meu caminho, entre estes: Leonardo,
Lucinha, Heitor, FliiVio, Celia, Rodrigo, Marcos Vieira, Regina Dulce e Regina Coeli.
A amiga Patricia, que, mesmo tambem fisicamente Ionge, consegue estar
proxima e fazer parte da minha vida.
Mais uma vez a Simone, presente nos momentos finais de realiza~o deste
trabalho.
.. Ill
Tambem mais uma vez ao professor Rodrigo Ramalho, sempre disponivel com
tranquilidade.
A todos que direta ou indiretamente contribuiram para a realiza<;ao deste
trabalho usuarios contatados no espa~o da pra~. que se dispuseram a conversar e
responder os questionarios, as pessoas que contaram suas lembran~s e vivenc1a na
pra~. aos func1onanos do Departamento de Parques e Jardins. da Somurb. da Guarda
Mumc1pal, das Secretarias Municipais de Planejamento, de Adm1nistra9Ao e de Cultura,
do Teatro Deodoro, da Universidade Federal de Alagoas, da Academ1a Alagoana de
Letras, enfim, das diversas institui~Oes contatadas.
-----.::: ....,_
t:!'·~ ~-... ... ~ .-
- -,J.
;:: -
... :fe..re i?..;o.a .s ~ . ... --<:
... ._ I
----- ... ..
~~ .. -i.IS ...... __ a~
fa~s a.~.rao
do lugttr'.
.... ....
--... ......
_ ...... ......
.... -.......
---..... .;::
~-....... -~~ ... 'C'.O ...
.. ----=--
;:: .. -........
... --
-- .... ~- .. ~ - - -- ... .... . ..... . -...... .. ;:: ... ......
• ..... --_ ...... -... ----
-----
... ......
.... ~ ..... --~'"- .;:
.:! ....
---... ,;: -~ ' .... -~·-._. ---
.... ... -- ----~-
--... -
--
--... -__ ... -- ---
-..---- -
-...:' --- ---... -... ..;:::
~- ----~ ... --. ...
--
Homem apaixonado pelo tneio cria a a rna
• ... ~
RESUMO
BRAGA Karina Peixoto.
2003 148 f D1ssertayao (Graduayao em Arquitetura e Urban1smo) UFAL
A pra~a na cidade de Macei6 - am\lise da evolu~ao espaclal e de usos.
Macei6 -AL
0 presente trabalho teve origem na constatayao da sub-utilizaty8o do espac;o urbana publico da
prays na cidade de Macei6. Seu objetivo foi conhecer melhor a hist6ria, a situaty8o espacial real e o
cotidiano de seus usuaries de modo a sugerir algumas diretrizes que possam contnbuir para a
recupera~o de algumas das func;oes originais da prays e na readequaty8o para os usos e
possibilidades atuais latentes. Para isto foi levantada a evolu~o do trac;ado urbana da C•dade
destacando-se as prayss neste processo. Seguiu-se com o levantamento hist6rico de algumas das
principais prayss da cidade, principalmente as mais antigas, sendo entao escolhidas para estudo de
caso: a Marechal Deodoro e a Visconde de Sinimbu. Foram feitas observac;oes do cot1d1ano destas
o Jevantamento de uso do solo do entorno, aplicados questionarios com usuaries e realtzaoas
entrevistas com 6rgaos da prefeitura e instituic;oes culturais e educativas com campo de atuac;ao na
area destas prac;as. 0 resultado e apresentado na forma de texto, tabelas e mapas, acompanhado de
algumas sugestoes e diretrizes.
Palavras chave: arquitetura, urbanismo, pra~as.
SUMARIO
lntrodu~o ..... • • • • 0 •• 0 0 • 0 0 •••• 0 • • • ' • • ••••••• 0 ••• 0 ••
1 Alguns conce1tos 1mportantes para a fundamenta~o te6nca
.. 1
4 •
2. A praya: antecedentes h1st6ricos • • 0 •••• 0 0 • 0 • • • • • • • • • •••• 0 •••• 0 • • 0 • • • •••• .. -: o
3 Mace10 e a evoluyao do seu trayado urbane . ..... .... ... .... ...... .. .. .. . ..... .......... 20
3 1 0 inicio. breve relate ............................... . . .... . . 20
3 2 0 trayado da cidade em 1820 .. .. .. . .. . .. .. .. .. . .. . .. . .. . .. . .. ... . .. .. .. .. .. . .. . .. .. . .. .. ... .. 22
3. 3. 0 trayado em 1890... . .. .. ............ .. ... .......... .. . . . .. . .. ... ... . . ... . ... ..... . ............. 24
3. 4. 0 trac;:ado em 1931 ... ....... , ... . . .. .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . ........... .. .... ........ .. .......... ....... 26
3 5 0 traysdo em 2000 . .. . .. . . . ••••························•·•················ 28
3 6. 0 quadro atual· as prayss e a evoluyao urbana ........................................... 33
4 As prayss de Macer6· breve relate, de 1900 aos dias atuais...................................... 35
5 As prayss Marechal Deodoro e Visconde de Srnrmbu Estudo de cases.. ................ 60
5 1 Metodologia .......
5 2 Prays Marechal Deodoro ···· •· ••·•····•••••·•···••••·····•••······••···············••······· ~·
5 3 Prays Visconde de Srmmbu.. . .. ·······•········•··········
5. 4 Prays Marechal Deodoro x Prays Visconde de Sinimbu ..........................
6. SugestOes e Conclusao ... 00 •• • ••• • • •• •• • 0 . ... . .. . . . .. . .. .. ...... . ....... . ... . .... .................... . ... . .................. .
63
. 80
98
"00
7 Referencras bibhogr8ficas .. 00 •••• 0. 0. ....... .. .... . . . . .. ••• • • • •• • • • • • • ... • • ... . . • • • • • • • • • • • •• • • ....... •• • • • •• • • • • • ••••• ...... 1 04
AN EX OS . .. . .. . .. . . . ........ o. 0000 0 ••••• o •••• . . . . • • • • • • • • • • • • 0 • • • . ........... 108
ANEXO A: A prays no Plano Diretor e nos C6digos de Edrfica¢ es, de
Urbanismo e de Posturas ... .. .... .. ........ 0 . ... .. . ...... . ... . ..... ....... . .. . . o................... .. 09
ANEXO B Modelo questionario.. .... . .... . . .. ........ .. . ... ................... ....... 1 1 ~
ANEXO C Tabula~o questionarios pra~ Marechal Deodoro ......................... · · 3
ANEXO D Tabula~o questionarios pra98 Visconde de Stnrmbu......................... · ~
ANEXO E. Rela~o das pra~s. trevos, conJuntos cantetros e
mirantes COMURB - 1999 .............................................................. 140
ANEXO F: Prefeitos de Macer6 ....... ................................................................................... 147
ANEXO G: Governadores e lnterventores de Alagoas.... .......... ... . • . ...•....•... , 4S
•
VI
INTRODUCAO
rsto trobolllo tern como ob1oto drJ ost11rJrJ n prrtr.;r• piJtJitc..a o urbano on'!lr d da '"/A·r.r .. etpar,.r,
oborro, corn potonctal pma o luuJr convlvto soct;•l. cr,ntrtln r;.(Jm n naturont e CIJriar c, r;;;ra ·ea 7,a?fto
do mnntlosto~l>os soctws o culturats
Mesmo que em ~rea restnta r1 pontual, a prar;a t9rn u,rnrJ ftrmlt<J!jdtJ 'htltt r,, ' p?.f8 ,rr a
malhona senslvel da quahdade ambtenlal da vtda urb:ma, a-;·.rm r.ornr, tarrt,orr '/JrtJ r7.J v:a'"
revnlonzor o aspa~o urbano e para proporctonar o dospf.lrtar dr:~ tdenttrJ;,;dP. dr:~ v-pula~(.. '/.~
Apesar da5 tmensas vantagen5 apontadas palos urbantstas, pela VJPU':;,r~r, ~j Oh ',.,S
admrnistradores das CidadeS, atualmente a prays publica n~o IJ UI!IIZC!d8 em <;1.;9 ~ '::' ','!1': ' <:S
Ctdades brastletras Constdera-59 que 1550 se dave a fa ita de manutent;.ao das pra-;as <> .... &~ ,'8'" --~
urbana e a expan5ao do capttali5mo que, ao pnvattzar os espa((()s de tazer t:: dt:: 'X>'~'';;..IJ ~ -:.s
shoppmgs e parques de dtver5ao. tam conduztdo a mudanc;a dos habllOS da SOC1edade a u8
A inseguranc;a urbana no Brastl e causada pnnctpalmente pelo quadro s6c 0-4I:"..t.:i"'0~ 'l .. -:e
expansao da pobreza e concentra<;ao de renda que beneftcta uma parce a ·,.- ma da so:.s-::;;-::e
reinando uma grande dtsparidade entre ncos e pobres. Essa drsparrdade gera le.,sac. <:: .,.o 4-:. ~
pela exclusao de tmensa maioria da populayao urbana que busca seu sustento do d.a a d a ct:: -ooc
urgente, atraves de attvrdades rnformars quando nao da ilegal dade da contrale~"yao ca 'o e!'\-: a
Por outro lado, o lazer eo prazer sao vrstos sempre relacronados ao consumo Perde.;-se o "ao ·:) ce
passar as tardes despreocupadamente nas prac;as de conversar nas portas das casas ce v s ~a- as
casas dos vizinhos Associou-se a ideia de fehcrdade ao fato de possu1r e consum•r
Sao Mbitos substituidos pela frequencra aos shoppings centers paroues e "Ja eras -comerciais. Eles oferecem ambiente climatrzado, diversas opC(Oes de produtos e serv 90s -as
sobretudo, a seguranc;a nao mais encontrada nos espa90s publtcos da c1dade real Sao amo e-tes
artificia1s onde nao ha o convivio com a natureza lmensos corredores tm tando ruas com -.: tr nes
bancos, carrinhos de pipoca, algodao doce e lanches dtversos desembocam e.,.. cra;;as ;ie
alimenta98o onde se reunem lanchonetes e restaurantes. oferecendo vanas op<;Oes ce co."ruoa
rap1da As pessoas passaram a convrver nestes ambrentes arttfrcra1s. Encontros se aao oos
corredores e nas loJas, envolvidos por musrca e reclames de promo¢es ae venaas 0 :Ja"' ~ e
constante Na rmensa ma1oria das vezes nao ha tempo para sentar e conversar cemoracamen:e A
rlumina98o nao de1xa perceber se e dra au noite A climatiza~o faz perder a referen.: a ao a b en:e
externo 0 estac1onamento e asfaltado As poucas arvores ex1stentes sao d spos~as e ma-t cas em
um padrao artrfrcial. Este e o ambrente que substrtu1 a prac;a, hOJe em d1a na Cldade mooema
Em c1dades htorfmeas. como Mace16, a1nda sa tern a aria marltrma como espa~o pub co de
fazer, substitute da prays Ela represents urn ospayo aborto, publtco, com possrbthdade de la:.er
gratUttO e de conviVIO com a natureza As ultunas admrnrstrayOeS pubhcas maceioenses oeram
pnondade a orla dos barrros privilegiados da PaJuyara e de Ponte Verde, em detnmer.to aa orla
Jagunar e pobre e das demais prayas, dev1do a sua rmporttmcra para o tunsmo, mas pnnctpalmente
2
porque ai se encontram os bairros nobres da ctdade. Mas as a¢es de melhona da infra-estrutura
ftstca e:'l.erCJdas pelo poder publico, n~o tern tmpedtdo a perda progresstva da sua balneabthdade
mottvada por contamtna¢es advmdas de ststemas sanMmos mal resolvtdos e de liga¢es de
esgotos clandestinas nem tampouco tern facthtado o seu acesso a matona da popula98o Restam
como espa9os POpulares mas de segregat;:llo ao contrano da orla maritima dos batrros htoraneos
pobres como Sob•·a1, Prado e dos batrros lagunares, como Vtrgem dos Pobres e Traptche
Recentemente foram reahzadas obras no calyad~o. ctclovta e em alguns equtpamentos instalados na
or/ada praia da aventda da Paz. estando ainda em andamento.
Quanta as prayas permanecem sub-uttlizadas e entregues a deserdados e marginats Estes
nao apenas no senttdo de ladroes e chetra-cola, mas daqueles que estao a parte dos processes
soctats de educa98o e participayao civil e nao conseguem fazer parte do ststema econ6mico formal
pelos mais dtversos mottvos, desde a falta de emprego ou formayao apropnada ate a tnadequayao
das lets trabalhtstas Neste senttdo. as prayas, e tambem as ruas do Centro. foram tomadas por
cheira-cola familtas sem-teto. ambulantes e camel6s Um espac;o margtnal que reune parte
margtnaltzada da sociedade Uma parte cada vez mator cada vez mais pobre econoMica e
cultura,mente falando. com baixas expectattvas de melhora social e que asstste a constantes
desv1os das funy6es e verbas publicas
Cada prays tern a sua 1mportancta tanto hist6rica como no cottdiano urbane. Porem
acompanhando uma tendencra geral no pais as prayss macetoenses vem perdendo o srgntficado
que Ja ttveram no passado tao querido aos que delas usufruiram em seus melhores mementos. como
por exemplo. as festas populares da prays do Pirultto, os folguedos natahnos da pra99 da Faculdade
os parques infantis da prays do Sinimbu. entre outros
A constatayao da ocorrencia destes problemas representados pela perda ambtental soc.a' e
cultural das prayss da cidade de Macei6, nos dtas atuats, fot o que motivou a realizayao deste
trabalho A recuperayao do papel das prac;as de Macei6 podera representar importante estrategia de
reva/orizayao do seu espac;o urbane, de sua natureza. identidade e de suas tradi9()es. Alem dtsso
e las se tornam vitais pela situayao urbana atual onde cada vez mais pessoas moram em
apartamentos e resrdencias exiguas, os espar;:os de lazer gratuito drminuem. o rsolamef"lto e a
rnd ivrduallzayao na sociedade contemporanea urbana sao crescentes. assim como a p ora da
qualrdade ambrental urbana
A revalonza~o do espar;:o urbane pode se dar tanto atraves da recuperayao do oroor'o
espayo f isrco da prays quanto atraves do resgate dos eventos ocorndos nela e em seu entomo
cnando um polo revrgorado a partrr do qual a populayao passa a tomar consCie'"lc a da htstona e
consequentemente, do signrficado que aquele espa9o JS teve um dta passando a senttr que e'e faz
parte de sua hist6ria particular assrm como da hrst6rra da ctdade
No caso das prayas presentes desde 0 tniCIO da Ctdade e tmportante buscar 0 SIQntficado
mais hist6rico. pois Ja serv1ram como cenano de vanos fatos relevantes para a constru98o ou
recuperacao da identidade da popula9Ao Ha tambem o aspecto functonal representado pelo periodo
em que as prayas eram efet1vamente utihzadas pela popula9Ao, para passeios. encontros, para
3
asstst~r apresenta<;Oes mustcats e folcl6ncas, conversas, JOgar damas, gamao ou xadrez. tamt>em
para bnncar nos equtpamentos tnfantts ai tnstalndos oscorragas, gangorras e balanyos - asstm
como naqueles dos parques temporanos al montados nos periodos das grandes festas Neste caso
o stgntftcado buscado sera mats lnttmo, parttcular. sem, no ontanto devar dt:! 5er coletivo e mats
pr6xtmo do presente, pots era esse o lazer ha algumas poucas decadas atras em Ma~t6 conforme
testemunham as pessoas que as frequentavam e atnda llmtdamente as frequentam
A perda das tun<;oes origtnais desses espa<;os publicos e o mott·Jo da preocopa~o central
desse trabalho Para realiza-lo recorreu-se em primetro Iugar a btbltografta tentando-sP. CtJmpr€:ender
alguns concettos necessaries a fundamentayAo da pesqUisa, tais como "urbano e urba.-.·smo",
espa<;os· "edificado", "livre". "publico" I "privado", "Iugar" I "revaloriza<;ao·, e mesmo a pr6pr a prat;a
A bibliografia foi o instrumento utilizado para recompor o papel htst6nco e socta da pra<;a ro
urbanismo ocidental, inclusive no Brasil. 0 mesmo instrumento fot utiltzado para recompor a
evolu<;ao da pra<;a em Macei6, sendo auxiliado pela coleta de depotmentos complemeP~ares ,~.o.r'•o
aos antigos usuaries destas e pelo uso de material documental (fotos textos desenhos e p an•as
publico e pnvado. Nesta recomposiyAo foi apresentada a evoluyao do tra<;ado urbano de Mace 6
sendo destacadas suas pra<;as e sociedade, para ftns de contextuallzayao
Em sequencia foram realizados os trabalhos de campo, compreendendo a aplicayao oe
questionarios, a realizayAo de entrevtstas e o levantamento do uso do solo do entomo das pr~s
definidas para aprofundamento em estudo de caso as prayas Visconde de Sinimbu e Marec..,a
Deodoro. Etas foram escolhidas, em funyao de sua importancia hist6rica, cultural e socta e pa·
possufrem um grande potencial para auxiliar um processo de revalorizayao urbana, de resgate ca
identidade da populayao maceioense e para divulgar uma imagem positiva da cidade, desde cue
sejam tomadas as medidas necessarias.
Finalmentel propoe-se como conclusaol na forma de textol algumas diretrizes de tnterve')~o
objetivando a recuperayao de algumas das func;oes originais das prayas em foco, constderanoo-se
os seus antecedentes hist6ricos, suas vocac;oes especiais, mas considerando-se tambem as suas
necessidades atuais, segundo seus usuaries contemporaneos.
0 trabalho estrutura-se, portanto, em seis capitulos, alem da presents tntrodu~o 0 or·'Tie "O
aborda de forma panoramica alguns conceitos necessaries a melhor compreensao co ass..J"'to
estudado 0 segundo mostra a evolu~o da prays na Htst6na e no Brasil 0 tercetro trata cas pracas
em Macero, mostrando a evoluyao do trayado urbane maceioense. sttuando em mapas os seus
pnmerros largos e prayas e abordando alguns dos Mbitos da soctedade local no tn C1o ao secu o XX
0 quarto capitulo traz a hist6ria sumaria das pnnctpats prayas de Mace16, de 1900 aos d as atua s
levantada na fase de definiyao dos casos a serem estudados 0 qutnto capttulo enfoca mats
detalhadamente as prayas escolhtdas 0 sexto e ulttmo capitulo traz a dtscussao dos resultados
obtrdos, procurando retratar a evolu9~0 especial e de usos das prayas em Maceto Traz amda as
possfvets conclusOes do trabalhol apontando algumas dtretrtzes de tntervenyao a parttr des casos
estudados, no sent1do da recupera9ao de algumas das suas fun90es ongmais e da readequa~o
para os usos e possibilidades atuais latentes.
I. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES PARA A FUNDAMENTACAO
TEORICA
Este cap•tLIIo traz alguns conce1tos 1mportantes pmn o compreens~o do prtnctpal ob}eto de
estudo deste trnbnlho - a pra~ - e do obJel•vo que se dese1a alcan~r - uma anahse critLca da sua
e' llt\,ao espncml e de seus usos na c1dade de Mace16, oferecendo ao f1nal algumas estrateg1as de
u tef\ en,;-ao
Urbano e Urbanismo
0 termo urbana vem do lat1m urbanus e e ut1hzado para designar tudo que se re~ere a
cJdade Por extensao md•ca tambem o modo de v1da de atltudes e de comportamentos do l"ao•tan•e
ca c dade Seu sent-do atual surgiu no final do seculo XIX como uma cillmcia e uma teona da Ctdade
as· ngumdo-se das artes urbanas anteriores pelo seu carater reflexJVo e critico e pela sua pretersao
oent Fica· \CHOAY 19-9)
Segundo Haroue (1990 apesar de revestir-se do status de ciencta o urbamsmo mode'""'o e rna s wrna 1deolog•a que predom na no seculo XX no mundo inte1ro, sendo o resultado da evo1ur;ao O':l
u~"' s~o oc1denta em que ocorreu um distanciamento do espac;o urbane condtctonaoo :>eo
sagrado, oassar'ldo. no per"odo medteval por urn espac;o dom1nado pelas autoridades a.cas a~e
cnegar ao Renasc1mento, quando se niciam os fundamentos de urn pensamento urbaf"l st co
• • au.onomo
0 urban smo modemo ve1o surgir mesmo com a Revolur;ao lndustna quando a noc;:ao
trad crona de c1dade fo1 negada para acolher 1de1as que pudessem recuperar a orderr'! oerd oa ~o
processo de adaptayao as consequencias da 1ndustrializayao Destas novas 1de1as e que surge a
pnnc1pa1 corrente do urbanismo modemo a corrente progress1sta lnsp1rada no ractona smo se
case a numa concepyao abstrata de um homem-padrao para o qual a c1encta oooe ce~ir. r
exaramente um modele urbane que sena conven1ente a qualquer grupo humano em quatquer l~ar
do mundo Este modeto e fundamentado na analise das fun<;:oes urbanas de habtac;.ao, traba no
lazer e circulayao com zonas especificas defin1das para cada uma de as Busca"loo a'"uT:ola~ a s-..a
c1dade 1deal a contemporane,dade de tudo que se traduz como o avan<;o da tecnica S ... a es~e• ca a
base de rac1onahdade e austeridade e acompanhada pelo desprezo a c1dade antrga \HARO~...EL,
1990) A part1r dele a praya perdeu o carater puramente contemplahvo e assun 1u novas fun¢es
necess~nas no novo contexte urbane, como o lazer at1vo e o cultural
A pnnc•pal ait1ca contra o urbamsmo progress1sta o o fato dele ser um urban1smo desumano,
um urbamsmo contra a ctdade A estet1ca do concreto e cons1derada supenor as outras Apesar da
sooedade recusar constantemente as ~calxes de hab1tB9Ao·, o concreto e o s1stema de valores que
lhes e conseqOente, tudo 1sso, do corta mane1ra, e mev•tavel dev1do a evolu~o econ6m1ca e
demograf1ca onde s6 a tecmca consegue proporctonar hab1tayao na veloetdade do cresc1mento das
adades modemas (HAROUEL, 1990)
5
0 zoneamento de funyoes tambem e crillcado como urn fator tntbtdor das relac;Oes soctats
Estudos reallzados em areas de urbanizayao moderntsta defendem a volta a uma concep<;ao mats
tradtctonal da ctdade Urn dales, o da soct61oga amencana Jane Jacobs, intctado em 1961
anallsando os preJuizos do urbantsmo e da renovar;ao urbana nos F,; stados Untdos mostra que o
abandono da rua acarreta o desaparecimento das pnnctpats vantagens d~ ltda urbana. seguran<;a,
contato formayao das crianr;as, dtverstdade das relac;Oes. Ela acrescenta que a estr ta aphca<;ao do
pnnclpio de zoneamento esvazta durante o dta os batrros habitactonats. (DEL RIO 1 990) Saberros
tambem que, a notte ocorre o esvaziamento dos batrros comerciais A part,r destes estudos os
espac;os publtcos ganharam tmportancta para garantir uma boa qualidade de vida urbana
0 urbantsmo no Brasil 1nsp1rou-se na hnha progresststa, refletindo seus descam1nhos Tern
como profissionais atuantes na area quase que somente arquttetos e engenhetros c v· s que
tenderiam a valorizar a tecntca e esquecer-se de ver a ctdade como resultante de um processo
social (KOHLSDORF, 1985: 58)
0 urbanismo tern como objeto de estudo a cidade Os espac;os de uma ctdade - ruas
prayas, avenidas, condominios, etc - sao deftnidos pela sociedade. As pessoas modtf1cam-I'"'OS a
medida que mudam os seus valores e significados, passando a expressar as suas formas de v1da
Atraves da analise da configura<;ao desses espac;os se pode entender os elementos stmb611COs
particulares de cada comuntdade, apreendendo, assim, a cultura e as expectativas sociais. Ass1m ao
se planejar uma intervenyao urbana, e preciso procurar conhecer bern as caracterist1cas oa
comunidade envolvida. 0 cenario urbana reflete, na sua forma fisica, a organtzayao soc1al con~e..,ao
inumeras informac;oes sobre as caracteristicas da sociedade. E uma paisagem humana soc1a e
hist6rica. Urn espac;o criado pelo exercicio da cidadania. A simples intervenyao em urn esoayo
urbana, sem estudos e conversas com usuaries e sem planejamento adequado discut do co,.,.., a
comunidade, tern grandes chances de ser rejeitado, consequentemente de sofrer com depreda<;Oes e
vandalismo ou simplesmente nao ser utilizado.
Espa~o Urbano
Segundo Carneiro e Mesquita (2000), o espac;o urbano vis to sob o aspecto f s1co e
comumente considerado como urn complexo de espacos edificados - areas predomtnantell'ente
ocupadas por edifica9oes - e espacos livres. Definem os espac;os hvres. no contexte da estrutura
urbana, como areas parcialmente edificadas com nula ou minima proporyao de e ementos
construidos e/ou de vegetayao - avenidas, ruas, passeios, vielas, pat1os largos etc - ou com
presenya efetiva de vegeta((ao - parques, prayas, jardins, etc . - com fun<;Oes primord1a1s de
circula~o. recreayao, composi((ao paisagistica e de equilfbrio ambiental a/em de tornarem v1avel a
distnbU198o e execuyao dos servt!fOS publicos em geral
Estes espa((os llvres d1st1nguem-se entre publicos e pnvados Os espacos livres publicos sao
abertos a popula~o em geral sob condr90es pre-estabelecidas pelo poder publico - parques
prayas, etc -, sendo apropnados livremente palo conjunto das pessoas que v1vem numa cidade Os
espacos livres privados podem hm1tar-se tanto ao uso un1fam1har, como ao de uma colet1vrdade
6
especifrca - qurntars resrdencrars condomlnros resrdencrars, clubes socrars, patros de escolas, de
hosprtars etc Alem desses M arndo ospac;os de dominro p1jbhco e/ou pnvado, tais como as
unrdades de conservo~o. os camp1 unrver$rlonos e os cernrti)rros
Os espac;os hvres pubhcos podom sor vprp~. rt oxomplo de parques, 1ard•ns cemltEmos
etc , como tambem nao verdes, como ruas, prac;ac; potros, etC' 0 r spayo pubhco atende a drversas
funr;Oes onquanto que a area verde quase sempre se destrno apenos ao lazer ou a contempla~o
Dave se dar destaque tambem a expressao "uso comum" A expressao e pr6pna da tdera de
espac;o publico E rmportante para uma defrnic;ao de espac;o publico tal qual se pode entende-lo na
sua origem espaco de uso comum, acessivel a todos, rnclusrve ao estrangerro, Clrcunstancra
especial que o diferencia do espac;o privado, o qual, por defrnr~o. acolhe a poucos
Esta e a razao pela qual, espacos de usa coletrvo nem sempre devem ser def1r1dos como
espac;os publicos Centros comerciais, meios de transporte de natureza privada, etc sao espayos de
uso coletivo, mas nao espac;os publicos, exatamente pelas circunstfmcras que lhes COI"'dlcrona o
acesso Sao espac;os fechados, com acesso destinado a grupos sociais especificos determ1naoos
pnncrpalmente, pelo nivel de renda e consequentemente pela capacrdade de consumo
0 espac;o publico se diferencia do espac;o pnvado na medida em que esta aberto a todos os
membros da comunrdade, dai a expressao uso comum. E essa condi~o de acessibilidade a todos os
grupos socrais de uma determinada comunrdade a marca essencial da rdera de espayo pub co
Nesse sentido, embora o shoppmg center, por exemplo, proporcione um determinado t1po oe
encontro e de convivencia, e um encontro entre pessoas de uma determtnada camada socra
tncompativel, portanto, com a ideia do espac;o publico, 1sto e, aberto e acessivel a todos.
0 Iugar: apropria~ao social do espa~o
0 espac;o passa por diferentes niveis de apreensao a depender da vivencia das pessoas
das hist6rias vividas e das fembranc;as de fatos ali ocorridos. Quanta maior o nivel de apreensao oe
um determinado espac;o, mais se da sua apropriac;ao social Essa expressao "des1gna o con,un:o oe
comportamentos humanos que garantem uma rela9§o afetiva e simb61ica com o amb1ente esoaciar
(MERLIN; CHOAY apud LEITAO, 2002). Essa rela<;ao quahfica o espac;o a ponte de ooce~os
chama-lo de Iugar.
Quando um espac;o nao e representative na vtda de uma ctdade ou por •nadequa~o aeste
as necesstdades de seus habitantes ou por descaso com sua mem6ria espaca e !'1stor c.a a
popula~o n:lo o defende, crittcando-o negativamente e por muttas vezes vandal,;:ando-o Espa~s
asstm ftcam mats propensos a sofrer intervenc;oes e modtftcac;Oes que s:lo reaf,;:aaas 1ustamente no
sentido de adequa-las ao senttmento e as necesstdades de quem o frequenta
E JUStamente 1sso que vem ocorrendo nas prac;as centrais da ctdade de Maceto Apesar de
serem locats da htst6na da cidado, esta nl\o e do conhoctmento da populac;ao A lembranc;a e os
valores que os monumentos pretendem ovocm sl'lo tgnorados A populac;ao usuana das prac;as n:lo
reconhece sua mem6na htst6rica, possuindo eo menos a mom6na de alguns fatos mats recentes,
relat1vos ao tempo de suas vrdas, como sera vtsto no resultado da aphcayao dos questtonanos
..
...
7
Outmdo umn c1dnd11 possw m•ulo'i h1qflros", s•J tJnvo ao folo dosta ser melhor apre~Jnd•da polo populnr;nn, do <>or born uro1t11 u quontln poln~ pnso;ons ls:.o nc:umta um espayo urbano
volort.Utdo o consnquent(lmonto urnn populw; .. ''' r.orn idllrtlid(ltlo fiJrte o orgulho d~ sua ctdade
Sogum1o y lllfll (:100 1) do torrnu '>lmphsln podt)tnos •mtonrlor n td,:mttdade como a I nata -
provo111onto dos qunos on oclqulndnltll.wils da '>fJI, I:tbthJ'l•t;."'Q No t r;gundrJ caso podemos ter, par
oxornplo n n.tc1ono~lldnde, , 1 Cldod.lnlil, o purloncm u dntnrrrurwrJrJ grupo humano Nunca uma cotsa
$6, mos sun, um vrtsto conJunto do otnl>utos A volor «Jcflo ,.. o mWriJO dosses atr~I:>•Jl'JS fr.>rmam uma
dotorrn~rmdfl personolldade percob1do 0 qua tomb6rn leva •• so ontondor a •dentld;Jda como a
nfmno<;~o do "n6s' d1ante dos "outros"
Arnda segundo WlZigl (2001 ), a personalldado de um Iugar 6 r..ompost::. de mu\tlplas
1dent1dades humanas e do mundo natural Fnquanto a ldentidade reg1ona, e ac.entuada ~Ia
natureza, a 1dentrdade local e acentuada por todas as formes arqUitetOnlco-urbanishca, corr udo ".lUe
comportam em si. Para ele, a af1rmac;ao da personalrdade do Iugar se JUSiifrca corro s•grrf•catiiOS
referencra1s para a v1da cotidiana, como meio de v1da e de sentrmento de pertenc1mento
Os sentlmentos de ligayf!lo entre homem e espac;o se formam com o tempo E uma
aproxrma~o natural, espont.fmea A veloc1dade da vida em uma metr6pole interfere negat va~"">snte
na construyf!lo destes sentrmentos Alem de que, pelo seu tamanho, ela e apreend da aP€"'as
parc1almente Esta rela~o do homem com o espac;o s6 consegue se realizar em uma por~o oo
espac;o passive! de ser "apropriada atraves do corpo - dos senttdos - dos passos de seus
moradores, e o batrro, e a prat:;a, e a rua . Trata-se de um espayo palpavel que dtz respe to ao
passo e a um ritmo que e humano Quando uma crdade se expande o espayo fica fora da esca a
humana de apreensao. A rua acaba sendo reduzrda a func;Ao de passagem e ext1nguem-se as
atiVIdades que acontecram nos bairros e as relac;oes de vrzrnhan~ "Eo pnvtlegto da ctrculac;Ao, em
detrimento dos pontos de encontro gerando a solidao eo senttdo de vazio" (CARLOS 1996~
Por terem tanta importancia simb61ica, afet1va, portanto social, e que os espa90s
rdentificados como lugares pela populayf!lo podem ser trabalhados de modo a buscar a reva1or ::ayao
do espac;o urbano e a retomada de sua identidade. Essa revaloriza93o traz beneficios nao so oa~a o
local propriamente trabalhado, uma edifica93o. urn monumento ou uma pra<;a. mas tambem oa~a tooo
o entorno, que passa a relacionar-se com uma referenda srmb61ica, identlficando-se com algo maror,
vafonzado.
A pra~a
Sao varias as definic;oes dadas para a pra<;a Segundo Robba e Macedo \2002' •ora('as sao espa90s ltvres publicos urbanos d6stmados 80 laz6r e 80 convtvto da poou a~ao acess ve1s aos
c1dadnos e ltvr6s de vefculos" Para Del Rio (1990), e ·espaqo col6tiVO po 6\ce'eneta 6\pr~ss~o
max1ma da dtmens§o cfv1ca 6 pub/tea das ctdades. onde o monumenta ·· S9 9ncont1 a com o cotldrano .
Para Bonevolo (1984), o uso dos grandes espac;os pubhcos (alamedas. pra<;as arborizadas e
05 parques publicos), rerntroduz ou sunbollzo o ambrente natural r9cha<;ado para Ionge da crdad9
rndustnal, compensando a ma qualldnde ambtental da crdade rndustnal.
8
A prar;;a e um recurso natural sendo elemento de melhona da quahdade ambtental o.~rbana ,
mesmo que em area restnta e pontual a recurso cultural, serv•ndo de cenano para reahzayao de
eventos da cultura do povo como aprosenta¢es folcl6ncas fesllv•dades e apresenta¢es artisttcas
PossUJ um alto potenctal para a revalonza~o do espar;o urbano e para a retomada da adenttdade da
popula~o. que •denttftC'l algumas prayss e entornos como "lugares" de suas htst6nas pessoa s
•mportantes para a contextuahzactto de suas vtdas
A fun~o das prayss e defintda pelo modo como cada soc•edade expressa sua vada co'et••'a
e varia em consequencia das mudanyss socrats e htst6ncas vtvenc•adas ao Iongo do 'e<r.po /ar a
tambem de acordo com sua locahzac;ao no tectdo urbano e como chma. (LEITAO, 2002,
Em climas quentes, onde a populayao vtve mats ao ar livre, a prays mu tas 1ezes te~ a
func;ao de encontro. de estar coletrvo, de contemplac;ao de descanso etc. Ja nos paises fnos oMe a
vrda acontece nos espar;os fechados alas desempenham essenctalmente a fun<;ao de ,arc r'lS
publicos de espayos verdes, destinados principalmente a contemplayao
Cada prays tem utilidade urbanistica defintda e usos especificos que nd•cam como as
pessoas se apropnam dela E precrso uma compreensao adequada da espec•f•c•dade de cada .... rra
fundamentando um projeto que atenda as exrgencras especificas buscando ut1 tzar corretameNe
cercas, pisos, mobiliario, equipamentos e vegetayao adequados a cada Iugar
Quante ao uso, a prays pode assumrr diversas fun<;:Oes. Algumas sao· estar descanso. ,aze•
esporte contempla~o e testa Alem dessas e possivel drstingutr algumas funyees essenc a me,.,~e
urbanisticas das prayas, ou seJa, o papel que elas desempenham nao apenas para o usuar o e"'
particular mas tambem na qualidade de vida que a cidade oferece aos seus ctdadaos Sao as
funy6es: ecol6gtca, estettca, educativa e pstcol6gtca (LEITAO, op at 2002)
A ecol6gica acontece em espayos que conseguem promover melhonas no chma da c.aade e
na qualidade do ar, da agua e do solo devido a presenya da vegeta~o. do solo nao
1mpermeabllizado e de uma fauna mats diversificada A fun~o estetica ocorre em espayos be,.....
pro)etados quanto a quahdade estetlca embelezando e diversrficando a parsagem constru aa ca
crdade. A funyao educatrva ocorre em prayas que cujo ambtente e apropriado oara o
desenvolvimento de atividades extra-classe e de programas de educayao. A psicol6gtca acortece em
espa~s nos quars as pessoas, em contato com os elementos naturais dessas areas re axa'n,
func1onando como ambtentes anti-estresse
Cada praya pode desempenhar mais de uma funyao lmporta compreender em caaa uma
quais sao as fun¢es pnncipars pais e desse entendrmento que denvam as nfotma¢es esse'1c a1s
para maror acerto de proJeto e para que se evrtem equrvocos proJetuars.
Compreender a func;ao da prac;a rmphca consrderar fundamentalmente o usa efettvo que a
popula~o Jhe da uma vez que e pelo uso que a apropna~o acontece lsto ~. e pe1o usa que as
pessoas fazem de uma praca qualquer um espac;o importante para o seu cotrd1ano e
conseq uentemente para a convfvia social, fun<;ao maior de uma prac;a enquanto espayo publico.
9
A adequacao do proJeto as reats fun¢es da prays tem atnda um efetto rmportante na
manutencao do espa~o publico, uma voz que quanto mats a poput~cao usa um determrnado espayo,
quanto maror a frequlmcra, manor e a oportunrdado dll depredacao desses espayos
Tr~s tatores, em espectal, tndrcam o espectftctdade dll uma prac;a e consequentemente,
apontam para ns possrvets fun~Oes que ala desemponha na ctdadn as caracter•st~cas do entorno, o
nivel socroeconOmtco da popula~ao e a tmportancta stmb611ca (LEI I AO op etl, 2002)
0 entorno de uma prac;a, alem de deftntr a patsagem, rmpllca tamb~m na funyfio urbanlstica
que esse espac;o especlfico vat desempenhar Por entorno deve ·Se compreender nao apenas o que
esta rmedtatamente a volta do espac;o consrderado, mas tambem o seu raio de tnflu€:ncta
As caracterlsticas socioeconOmicas da populac;ao que utrliza a prac;a d1rectona os
equipamentos a serem utilizados. As localizadas em comunidades carentes precisarr- ofereo.:•
espac;os graturtos de lazar, principalmente ativo. Enquanto que as srtuadas em areas mats abastadas
devem procurer atender a outras necessidades como: pistas para caminhadas espayos para
encontro dos jovens ou equipamentos mais especificos como prstas de skate ou bicicross
A 1mportancia simb61ica e de natureza subjetrva, o que torna mais drficll perceb9- a Espa90s
s1mb6hcos costumam ser reconhecrdos grac;as a 1mportanc1a que tem, tanto para a mem6r;a colet . a
da cidade quanto para a vida pessoal, mesmo quando a populayao pouco se da conta disso.
No que se refere a mem6na coletiva ainda, esta importancia pode ser mais faCllme~!e
compreendida na medida em que se tem em mente que e nesses espa90s que a hist6ria urbara
acontece. Convem lembrar, no entanto, que para que se perceba a dimensao simb61 ca oe ..; .....
determinado espac;o nao e suficiente que um acontecrmento nele tenha Iugar E prectso que esses
espac;os sejam reconhecidos ao Iongo do tempo, por gerac;oes sucessivas, como sendo espa«;:os
espectalmente valorizados.
10
2. A PRACA: ANTECEDENTES HISTORICOS
A pror;tt 9 1noronto flO fonOmono urbnno rJosdll as suas ortgf:tns Hf:svGr como fot ut11izado seu
espoco nas dtver~ .. IS ~poct~s o 1mportante par.1 compraonrJ13r sua uo,,,...u~o atu;ll Ass1m, este
capitulO pretendt" trotar alguns ponteS de OVOiuylto da prBYl dfJt de OS tempos Clfi:;SICOS ate chegar a atunltdade Paru tanto e 1mportante a contnbuu~ao de HaroufJI ( 1 '1<":10), que roalrz.a um h1st6nco do
urbantsmo oc1dentol e consequentemente, trata tambem da evolu~o do espar,.o p(sbhcr;
A apresenta~o se dare em ordem cronol6g1ca e, a part1r do seculo /:II e tra+arj-, em
paralelo o surgimento das c1dades colonialS, que estavam log carrer· e em um momen!') urnano
diferente do modelo europeu, mas, a part1r do f1nal do seculo XVIII comeifam a e wlu r ~uase
Stmultaneamente Nesta parte do texto sera de fundamental 1mportanc1a a contnbUit;.ao de Po::.ca €
Macedo (2002), que traz o h1st6nco das prac;as bras1le1ras desde os tempos colontals a•e o a· .. a
Na Gracia antiga,
Anst6teles defendia a criayao
de duas prac;as bem dtstlntas,
uma reservada a vida publica
e a outra consagrada as
atividades comerctats Ja
aquela epoca, no que diz
respeito a estrutura urbana,
ele defendia uma
espec1ahzayao dos bairros
segundo sua fun~ao·
-• ' . .. ... '" . . . .
Ftgura 1: Agora de Assos, seculo II a C
comercial ou artesanal, residencial, administrative, religioso.
•
Forre C'- ... G. 1 ~
Ate o final do seculo VI a C., as cidades gregas apresentavam na sua parte ba·xa a :-'dya
publica, ou agora. (Figura 1 ). Esta foi tomando aos poucos o papel polit1co. adm1n1strati\'O e '"e g esc
antes assumido pela acr6pole Ao seu redor encontravam-se os princ1pa1s edifiCios pub .cos te'"'"~o os
e progressivamente foram sendo acrescentadas atividades comerc1a1s Ao ongo ae suas marge"'s
eram d1spostos monumentos e estatuas, ficando o centro hvre As agoras possL. a'TI un'a a soos ,.ao bern defm1da· uma pra~ regular rodeada de p6rticos (stoa1) CUJas colunas untfo, mes esconatam a
vanedade de edific1os que as cercavam
Ja para as romanos, urn des pnnc1pa1s elementos em seu urbanismo era o forvm Ao rnesmo
tempo mercado, local de reun1ao e de en centro e centro da V1da pubhca e rehg1osa era o cora<;Ao da
cidade romans Uma praya redondo de ed1ffCIOS pubhcos geralmente hgaaos por colunas 1nsp1radas
nos p6rt1cos das agoras gregas (Figura 2) 0 fowm f1cava normalmente sttuado na inters~o do
cardo como decumanus, e1xos pnnc1pa1s do tra~do ortogonal das cidades romanas.
No forum se reun1am as assemble1as populares
(comic1os) ate seu completo desuso. na metade do seculo II
d C. Abngava o edific1o que serv1a as reun10es da cuna e a
basilica, nele func1onando tanto transa<;Oes comorc•a•s
quanto at•vidades ofic1a1s, como o exercic1o da JUSt•<;a palos
mag•strados Ate a aparis;ao de anfiteatros, era no forum que
ocornam os combates de glad1adores Na epoca do lmpeno
ocorre uma especiahzas;ao: ao lado do forum aparecem os
fora dest1nados as atividades comerc1a1s. Os romanos
possulam tambem uma outra pras;a especlfica consagrada
aos edificios destinados ao lazer: teatros, circos, anfiteatro,
termas
Nas cidades romanas as vias e prayas publicas
alem de
1 1
·. ·. \~ ~ . .. . . ~. • • • •• •
tambem eram ornadas com numerosas estatuas,
arcos de triunfo, ninfas (fontes) e reservat6rios F1gura 2· F6rum de Pomp~aa seculo a C
Na ldade Media ocorreu, num prime1ro momenta, uma Fonte CHING •998
total ruptura com o quadriculado romano As ruas eram tortuosas e confusas e as casas gera.me-,~e
possuiam sacadas se projetando para a rua e no andar terreo, arcadas ou p6rttcos tambe"'
encontrados ao redor das prayas.
Os atrios eram raros na ldade
Media, sendo a igreja geralmente cercada
ou ladeada de um cemiterio. A prays
principal era a do mercado, as vezes
simples alargamento da rua, outras um
vasto espayo, principalmente nas cidades
novas. Seu espac;o era contornado de
casas com arcadas ou com pilastras e nele
erguia-se o mercado coberto, que abrigava
o comercio podendo ate abrigar o governo
•
•
-·r>-: ., .... p;-. ... ""'"' •
•
.. ··~ ' . . . •
da Ctdade. Quando nao, 0 edificio da Figura 3: Desenhos de esp&CfOS urbanos medievais dom'l'lados por
prefertura local ficava proximo. Na ldade
Medta. o acesso a praya se dava pelos
lgrejas, de autoria de Cam1llo Sitte, que 1lustram o acesso aSS!metnco
aos ediflcios. Fonte CHI~G \998.
~ngulos, onde as ruas desembocavam, e a circula9ao se dava tangenctalmente a essas laterats .
Este modo de circulayao e vtsuahza<;ao do espa<;o das prayas medtevats e defendtdo per
Sttte (1992), (figure 3), em sua crfttca ao projeto de pra<;as ngtdamente desenhadas, com dtspost<;ao
central de um monumento. Cementa tambem a drsposu;Ao, nas prayas medtevats, de elementos
como chafanzes e monumentos em locats que nAo prejudtcavam a ctrculayao, tanto de pedestres
como de velculos. Ele acredita que os metodos anttgos de desenho das prayas reahzados atraves do
12
"sonltmonto artlsltco", crrorarn espw;os vonudos (J opropw1rJo3 pm:~ cada um dos loca1s em que
foram tmplantados, no rontrarto dos rosultHrlos ohllrlns ntrnv/J•; ria •goomQirta ltmtlantr.:•
No llnltn onttgn, de ocordo com us clossos - notJrQ/n, <.1om o po·m - quo separadamente
uttltzavam urn logr odour o ptlblrco dtferenclftrJo, dtsllll{JIItrtrn-t;o rt pr a~o 1a1ca ou stgnona ondll se
oncontrnvarn LIS edtftca~Oos do~ nobrn'l o mon11rnontns mn hr111rn ft htat6rra a praf;a da catedral,
prosontes tnrnb6rn o balt5lono. a campmlllhn a o pul(•cto eptscrJpal , o o prar,a d'J merc.ado onde a
populaeiio se reunra e onde se localtzava o profettuu1
No Ronascimonto, nova rupture, agora com o urban~smo
medtevnl, surg1ndo o urbantsmo classtco PesqUtsas eram feitas em
buscn de trac;:ados urbanos tdea1s Um destes, em forma de estrela,
fo1 cnac;:ao de Filarete o plano rad1oc6ntnco de Sfomnda (F1gura
4) Tem a forma de uma estrela de Olto pontas com ruas que
convergem para a praya central onde esta ed1f1cado o palac1o do
soberano. PossUJ a1nda uma rua circular na qual acrescentam-se
prayas secundanas E uma estrutura urbana centralizada que reflete
ao mesmo tempo o autoritarismo e as preocupayees intelectuais do
Renasc1mento
Outra 1nfluenc1a nos trayados das ctdades renascentistas foi
a dos engenheiros mtlitares Conceberam pianos que permitiam aos
defensores, a partir da praya central varrer todas as ruas principats
com disparos de canhoes, tndependente da forma que a ctdade
fortificada tomasse. A estrategia rnsp1rou solu90es urbanas
comparaveis as de Filarete.
Com os arquitetos italianos do seculo XVI, como Fra
Giocondo, que se inspirou no que acreditava corresponder as ideias
de Vitruvio, a 1deia da prac;a central permaneceu, porem com um
rnteresse estetico, visando valorizar o monumento central para o qual
podenam converg1r os olhares da cidade.
Na segunda metade do seculo, os arquitetos Vasari e
Ftgura 4 . Plano da C.aa~ 16eal 6e
Sforzmda, 1464 Nrt6r"K> ~ a:et'!
Fonte CHING • -;,;~
Figura 5. Plano para uma Cadade
Ideal 1615. V.cer\Zo Scamo.z...~
Fonte Ch 'I;G 1~
Scamozzr combinaram esse principto de centraltdade com o retorno aos t· acaoos ortogo....,a1s A
cidade rdeal mantrnha seu contorno poltgonal, mas em seu intenor mu1tas n..as se cor1ava11 em
angulo rete e a pra~ central possuia a forma de um quadrado ou de um retangulo (Ftgura 5)
Nao podendo realizar as c1dades tdealtzadas buscou ·Sa a plamf1ca~o urbana mantel do no
tracado urbano alguns pnncipios como ruas retrllneas. procura de um 01 o que penn1t1sse uma
simetria na composi~o urbana, convergOncra de ruas rma urn ed1ficro ou uma pra\.a e criayao de
uma liga~ao orgfm1ca entro as d1vorsos portos dn cidado Dentro do uma forte preocupa~o estettca,
59 enquadravam: a busca por perspect1vos rnonumentms - ondo so enca1xava a utihzac;ao da prac;a
para alcancar este objetivo: a utilizayllo da factlnda com funyAo estetica, desvmculada do espa~
rn•cmo da odrfrca~o e a
arqurtotum programada -
programD (.; o moclelo arqwtotural
obrrgDt6uo ao qual do 1onam J
obcdoccr todas as constru¢os
do uma rua praca o ate mesmo
do uma crdade rntorra
A praca surgru com no 1a
concepyao Se na praya med1eval
o aoesso st: fazra geralmente
P~los Angulos, no Renascrmento
o rdeal era que de qualquer rua
que se chegasse na praya se
pudesse ver o I'Tionumento que
• ,
•
•
• •
,
ocopava o centro Cond,t;ao perfertamente satisferta pelo Sistema de prat-a crcu ar e -:: ... e o.e ;;-::;::;, -:. ~
rgualmente a praya quadrada com a cond1~0 de que a chegada das ruas se cesse ~ :. - e :. ::;:s
latera's segundo as med1anas Acrescenta .-am-se as vezes, nos angulos • ... as "a;.a-::as se-; ... ' -::. ;:s
brsselr zes
No Renasc menta err 11iwas c1dades da ltalra sao crradas pra-;as 'Xlr.:.e=- -:as ~ .... ::. es•:.s
pat<os de patac1o com arcadas no andar terreo Sao decoradas com e ememos ~e a·: ... . e· ... -a
co unas obehscos fontes estatuas {Frgura 6).
Fora da Europa as de1as europeias atrng'ai'TI o trar;ado das cidades coloniais ?<:-<: as :e
orrgem espanhola a pnmerra regra era determrnar o p ano da ctdade pro;e~ada . As ora98s -... as e
rlhas deveriam ser trayadas a corda e regua· partrndo do corayao da futura c1dade a Plaza Ma)'O' ,t.,
extensao dessa praya devena ser proporcronal a medra da populac;;.3o evar'do-se em cor 'a os
crescrmentos possivers Caractenzavam-se por uma drsposr<;:ao nteiramente regular e geometr va
Ja as de funda<;:ao portuguesa assemelhavam-se as cidades med1evais eurooetas A cidade
colonial brasileira se formava em torno de uma capela inicial, com o casano conftgura""oc o espa;o
da prar,.a Como nao havra pianos a medrda que a cidade ere sera iam se forma nco ruas estre :as e
tortvosas, largos e prayas Porem d1ferentemente da praya medreval, que assum a fun¢es
especifrcas como praya de mercado prayas centrars praya da tgreJa, o espa~ da pra.;.a COlon a
brasile~ra assum1a todas estas fun¢es ao mesmo tempo ·Era um espac;o poltVa!ente pam de
mullar.. manifestattOes de costumes e habttos da popular;bo, Iugar de artiCuts:;ao entre os dNersos
estratos da soctf:Jdade colonial': (Robba e Macedo, 2002)
Nos s6culos XVII o XVIII surgrram, na Europa, vanes proocupat;(>es a recuse do g gant1smo
urbano, a rnfra estrutura, os 1mparottvos da c~rculayao e as ex1g~nctas de salubndade. Nesta ult1ma
insere-se a necess1dade da ltvro circulat;ao do ar, o que favoreceu o alargamento das ruas e o
surgimento dos Jard1ns. Como mu1tos dos JBrdrns medreva1s desapareceram no seculo XVI para dar
Iugar ~s constru¢es, fez·se necessano substrtui·los por Jardrns pubhcos e passe1os, aos qua1s se
acrescontaram 1ardtns parttculams, alguns abertos flO • •
publico (Ftguro 7) No st'•culo XVIII a rnoda dos pASSBtos o
JBrdtns so dtfundtu ot0 ils pequenas ctdndoo; do provincm
No Brasil constr6t·so em 1783 o rnc;seto Publico I
do Rio do Janetro, ocompnnhondo n tendOncto mundtal
lZste, ~'orern , l'6 vem o ser efettvamento utthzado em
mendo~ do ~ec XIX com sua reforma em 1862, pelo
patsrtgtsta troncM Auguste Glaztou Nesta epoca ja extstta • , . no Brastl uma elite urbana que tmponava os h3bttos F1gura 7. P11rterre' de Broderle , 'lersa~. FrarY,a
cultllrats europeus, entre eles o do "passeio" sllculo XVII, Andr~ Le NOtre FoMe CHING 1991!
Se no Brastl as ctdades colontats possuiam raros Jardins restntos as propnedades re' g osas
OlJ aos qUtntats des restdencias, sendo destinados a ftns utllitarios, no final do secu o I J
proltferavam os jardtns em restdenctas, jardins bot~nicos foram aber1os para vistta<;ao publica e ' as
e ruas foram arbonzadas As residencies passaram a descolar-se das dtvisas do lo~e f•ca~"'co
isoladas no lote envoltas por Jardtns. Apareceram os palacetes com seus jardtns roma~"'' cos e
classtcos Algumas das prayss coloniais mais antigas e tradtctonats receberam vegeta<;ao e
tratamento de Jardtm, perdendo as funyees do adro colonial.
Na Europa, par1tndo da rela<;ao entre urbanismo e politica surgem as prayss rea s
elemento urbana ttptcamente frances resultante da assocta<;ao de dois elementos que a Ita a co
seculo XVI utthza separadamente· a prays programada e a estatua do soberano A mane ra francesa
o tema da prays real se difundiu pela Europa Ate a metade do sEkulo XVIII exaltava o reg me
monarqutco e a tmagem de um rei guerretro e vttonoso Quanta mats se aproxtma do fina do sec... o
mats a tdeta da prays real dtstancta-se das idetas entao domtnantes, sob tnfluencta do llumu, srno e
das sociedades tntelectualizadas A prays real da •
Iugar cada vez mais a prays da na~o.
A Roma do seculo XVIII e dominada pela
• I
• A
• • ..... ~·· ' • .. ,. .. ~it:.l . · · · -··~' ,_ ...
I .1',- :.t r • • •• '
~. .
• • ~,.
• ..,
v . -...._r •
... ,.r • • •
~-
I
-.... ...
"" •
• "'* •
tnfluencta de Berntnt, chamado de "o mestre do
urbantsmo barroco", que ordenou as prayas de
Roma, multtplicando os efettos de surpresa -
obelisco de Minerva ergutdo sabre um elefante -
e tratando a cidade como uma decorayao de
teatro, de maneira a sugenr uma amplitude
espactal que nem sempre extste. Oentre as
pnncipais reahza¢es de Bernini, pode-se cttar a
ordena~o da prays Navona e a criac;ao da pro~o
de Sao Pedro, ladeada de colunas (Ftgura 8) F1p11rn 8 Prn.;n Sl\~' Pedr\), R\)ma , 1655-0~ G·o\a')OI Bemn
Foo~ CHING, 1998
1 Parterre. ananjo ornamental de cantelro de nores de d1ferentes tamanhos e formatos
15
Nos s~culos XIX e XX chegou-se ao urbanismo da era industrial A Revoluyao lndustnal •
causou profundas mudant;as na estrutura urbana ao lant;ar uma grande popula~o operana nas
C!dades sem que estas estivessem preparadas para acolhe-las Surg1ram novas c1dades e as
ex1stentes cresceram atraves da evoluyao dos banos centrais e dos suburb1os Enquanto o mundo
passava pe•as transformac;:Oes decorrentes do estabelecimento da nova ordem econ6m1ca produtlva
e consequentemente soc1al o Brasil sofria forte 1nfluenc1a europe1a, princ1palmeme da Fran<;a e da
lnglaterra Sentrndo a necessidade de estar atualizado foram lant;adas campanhas de modern1za<;ao.
salubridade e embelezamento das cidades bras1leiras
Neste quadro e estando as politicas sanrtaristas em alta surgiu a ttpologia da pra<;a
aJardinada A pra<;a era como um belo cenario a}ardinado destmado as at!Vidades de recrea~o e
voltado para o lazer contemplatJvo, a convivencia da popufa9ao e o passe1o. (Robba e Macedo
2002). Para frequents-las era precrso segw normas de conduta e comportamento rigidas e
hrerarqUizadas Elas se tomaram cenano para o desfile das elites.
As prat;as mars rmportantes das cidades passaram a ser objeto de projetos de pa1sagrsmo
normalmente de profissronars europeus como Auguste Glaziou e Paul Vlllon A pra<;a ajardinada
raprdamente consolrdou-se como padrao de modernidade. sendo tip1ca da lrnha de proJetos
denomrnada Eclet1smo Essa linha engloba desde os Jard1ns do final do seculo XVIII ate as grandes
pra<;as do comeyo do seculo XX se caracterizando pela apropria~o de varios estilos e rnfluenc1as
0 programa da pra<;a ecletica e o passero, a convivencia socral e a contempla~o da
natureza, ainda que idealizada. 0 Ecletismo divrde-se em duas lrnhas drstlntas a classica e a
romantica Essas duas fundem-se numa tercerra a romantico-classica
A linha classica inspira-se nos jardins franceses dos seculos XVI e XVII, que, por sua vez.
buscaram referencias nos Jardins renascentrstas. A linha classrca estruturou-se sobre uma rigidez
geometrica no trat;ado e plantio, buscando a ortogonalidade e a centraliza~o. Os caminhos
dispostos em cruz, conduzindo a urn estar central marcado por um ponto focal , geralmente um
elemento verticalizado (monumento, fonte, chafanz, coreto, obelisco), tudo rsso envolto por um
passeio perimetral, caracterizavam a chamada triade classica basica.
sao:
Segundo Robba e Macedo (2002), os elementos caracteristicos do projeto eclet1co class1co
• trat;ado em cruz e varia¢es;
• estar central com ponte focal;
• passeio perimetral;
• cante1ros geometncos;
• parterres;
• simetna;
• erxos,
• grande quantidade de areas permeaveis;
• elementos ecleticos pitorescos (coretos. pavilhoes, espelhos d'agua, estatuas,
monumentos, fontes, bustos);
::: _. .,. ..,. ... ... ... ... .. .. .. ... ...
Hi
• vegeta~o arbusttva o forra¢es, dtspostas como bordaduras dos cante1ros e
camtnhos.
• •
• • •
vegeta~o arb6rea ptantada ao Iongo dos camtnhos para sombreamen~o
grande utthza~o de esp&cles ex6ttcas ouropetas o pequena utrhzayao de espeoes
nattvas.
geometnza~o e stmetna no ptanho da vegeta~o
gramados
poda toptana
A linha romantica vem de um ideano romfmtico exacerbado com ongers na cresceme
valonza98o da natureza e de suas rmagens devrdo ao avanyo da urban•zayao e do mic.~o c:c
processo de rndustnalizayao na Europa no stkulo XIX Tambem nesse pe• odo a ..,nl.a~"Cia
romfmttca das artes ctlegou ao desenho dos )ardrns. A natureza que os prOJe•os ro,.,...a"'' ~
buscavam reproduzir seguia padroes rdeahzados
Segundo Robba e Macedo (2002), as caracteristicas deste estr o sao
• tra~dos orgfmicos e s.nuosos.
• estares e recantos contemptatrvos:
• passeios e camrnhos que percorrem toda a area;
• lagos serpenteantes
• equipamentos ecletrcos prtorescos (coretos pavrlhc5es. espe hos d agua es~a·-as
monumentos. fontes grutas arcos. templos malocas castelos entre outros
• grande quantidade de areas permeave S .
• cria9<3o de cenanos naturalistas,
• cr1a9<3o de visuats,
• utilizayao cenica da vegeta~o.
• imitayao do ambiente natural, naturalismo;
• aplica9<3o de forrac;Qes, vegeta9<3o arbustiva e arb6rea mats exuberante de forma a
criar cenarios;
• uso de especies ex6ticas europeias e de especies nativas .
A ltnha romantica nao teve a mesma divulgayao da hnha classrca Se~..s projetos era"'i ra s
elaborados e necessitavam de areas matores. Porem a proposta de va.or::.ayao ca """agern
naturalista e romanttca e a forma dmtca de plantio foram rncorporadas ao geometnc•s:""' c ass co
dando ongem a linha romantico-classica, a parttr do tnicto do seculo XX Ne.a 1'\a a forte cv·ese~y.a oa
triade eclettca classica juntamente com elementos romanttcos (pa\-.lh6es .ages se"l:'entea.,tes
grutas, cabanas, castelos. estatuas), dtspostos em seus quadrantes
A partir da segunda decade do seculo XX. os nucleos urbanos bras re "''S co,e<;am a
expandir-se rapidamente devido a implanta93o do modele de produyao •ndustna. e a crescenta
atividade comercial A popula~o urbana aumenta. o trafego de verculos e crescente o pre<;o da
terra urbana eleva-se, e os espacos livres publtcos e privados tomam-se cada vez ma1s escassos
valorizando arnda mais os remanescentes
11
0 o ptl\0 llvr o puhlrco tJ wtwno torruru • o lllllfl llfl'l npt;I'I•JS do { rr oo dQ lni'I'JI na crc!Ud'3
otrovt'Js ch pru quns o pr rrcrt·; do concnpt. lo "''" '"" w.tn , 0 11 "111ft r orn prr)J•Holl quo rnclulom o Iazor
LlltVO 0 Culturol Ill)' l\011 f'lllt!llllllMo ulrlrliiVIIIIl novo• uqiiiJICIIliOIIIO!l , 0 lrnltllrn O!lp3~S ponsadOS
porn n j)OIIllClll~llCIO tillS lr llll~OIIIllrlS flltno , rpUillt!l ptll(l II p119"11lflt) r rHtiOrr rpiOClJO
No llrnsrl, n prrllltlrrn rnnt.u1n do •;,\nrln XX lor rnnrc:trrfll polo mrplonto~o de grandos {lroos
de' lnzor wb.mo, prrlll'rp:llmonto pur quo~ pullllcub o c hrlm!> u~porlrvo• I nrnll II) 101 um poriodo murto
rrl1J'• '' tcmltl pnrn n consolrd, lc;'J\o do mot1Hio dn pr o~n .!Jill d1nudn
Contr!'lrto 1\ t\poc.l colonrnl, o t'spnc;o du pr.u; .• , nflo r'1 tniliS <1Qfrnrr1o polo ca:;arto o stm
prodt'lt•rrnrrl.ldo rlurnnt1l n l t1SO de pro,oto do lotoomontos url>.mor:. I :unb6m a relo~o do prac;a com
souontorno modrtrcn so, duvrdo a nacessldodu do nnrs contornunclo t1 pnrn o trtmsrto do voiculos
A pmtu do 1940 comeQ!lm a nparocor mudonc;m; mr concnpr;, ~o dos ospn<;os hvros urbanos
br ,lsrlou os sob mtlu<'lncrn dos orqwtotos porsogrstus modor nor. Heber to Durio Marx, Thomas Church
Gurrot [ch.bo e Roberto Coelho Cardozo E:ram reprosentdntos do Modernrsmo, que traz.ra novas
tendl'lnclfls formers modernas alladas aos novos progrnmos do uso, englobando ahvrdades de lazer
ahvo prrncrpalrnente as atrvrdades esportrvas e a recrea~o rnfantrl - e o Iazor cultural
Enquanto as pra~s do Ecletrsmo foram espa~o de segrega<;:llo, as pra~s do Modernrsmo
eram mars democratrcas, estando mars pr6ximas da maioria da popula~o Tambem fugram dos
padrOes europeus e assumram um carater mais nacronahsta Os espa<;os da pra~ moderna foram
ideahzados para a permantmcra e nao para o srmples camrnhar. Segundo Robbe e Macedo (2002).
as caracterrstrcas e prrncrpros de desenho da prac;a moderna s~o
• setonzar;ao das atrvidades,
• utrlizacao de formes orgllnicas, geometncas e mrstas {de acordo com os novos
padrOes estetrcos - srmphcrdade e pureza) tanto para prsos como para camrnhos,
canterros, espelhos d'agua,
• hberdade na composiy~O formal . respertando os dogmas modern1stas.
• grandes areas de pisos processados,
• cnacao de estares e recantos como elementos centrars de pro,eto
• crrculacOes estruturadas par sequ6ncras de estares,
• valonzar;!o de leones e srgnos da culture nacronal e rog1onal;
• vegeta~o utrhzada como elemento tnd1mensronal de conf1gura~ao de espa,os
• plantto em macrcos arb6reos e arbustrvos. formando pianos vertrcars,
• plantio de forracOes como grandes tapetes,
• large utiltzacao e valonzar;ao da flora natrvo e t1 oprcal
Os espacos flvres pubhcos reofumnm sa como op~Oo do tm~:l dt.l l .. lzt~r pam a ·rdade
tornando-se obJet a de tnterosse politico. A pwcns odquu om v~1r ms o dtstrntAs fV1\ t''S d :)pendendo
da locallzar;ao, podondo tor drvorsos usos corwrv!lncrn socrol, 1 ~u o.1c;t'!o rnfontrl, l~ut~' contemplahvo,
lazar cultural e Iazor esport1vo A 111too' oc;llo o H n1 llrultlQI'o corn os atlvrd.ldtlS dn comunrd3de derom
1\s pracas um can~ter do espa~o contr oll:udor mutfl) for to o mm1ontor am sun vtsll'tlrd<lde. levando a
popufa~Ao a valonzar de forma crescenta a espoc;o ltvt o ur b.mo
Nesto contexto for am conslttuidos 6rgtlos p•jbhcos responsa 1ets palo gerencrarren'o e
manutonyllo dos espaco5 llvr£JS urb:-tnos, pots oc; rasponsa 'e•s polas adrr mstra<;Qes m..Jr c. pals
porceboram a tmportllncta quo a crm~o e manuten9<")o f"Jder~uada dentes ospayr;s pode ter para a
promoct~o do uma admu1tstra~o
No comeco dos anos do 1990 nlguns prOJOitstnr; comf.H;::mlm a hu:.car nrHas hr>~..;age'"~s
formats de prOJeto Ha mat or llberdade na concop~o dos ospar;os It Has pt.ibhco-:; urbano<J '.lUe 1-:>' a
conforms o local da ~ua implantacao 0 espar;o publico volta a ser palco de atJ" d.r,des -x.mo
comercto e servu;:os Nas prayas centrats devtdo ao tntenso fluxo de pedestres :;ss va-;..a-:; t•:vnarn-':.e
areas de passagem Busca-se entao evtlar obstaculos para o camtnhar dos transer;rte-s Pa'a ss~J
deftnem-se grandes areas de ptSO Retorna ·S9 a praya seca.
As propostas de revttahza~o de bairros antigos. apesar de serem r:we-:. c~ a~as
prioritanamente ao casario refletem dtretamente no espa90 publiCO revttaliza,..do-o tamoe'"'" E ... -a
tendencia vanguardista do urbantsmo e paisagtsmo contemporaneos v sto que nao cao a ~a
ideologta moderna, marcada pela reJet~o aos padroes classicos e romanticos
Nesse contexto surge a linha Contemporanea no pro)eto de espa90s pub1 cos A rca e ...
forma~o caractenza-se principalmente pela liberdade e pela irrever€mcta Constste na multtpnc cacs
do programa aliado as correntes formats de vanguards dos proJetos de desenho urbana As p'a9CS
contemporimeas sao representattvas de uma conjuntura em que muttas formas de exoressao sa~
acertas Essa diversidade e algumas de suas caracteristicas basicas podem ser observadas e~
proJelos rmplantados em cidades brasileiras a partir de meados da decada de 80 Segundo Robta e
Macedo (2002), quanta a forma OS projetos caracterizam-se por
• revitaliza¢es e restauros da 1magem o velho e o novo uso
• reconfigura96es e mudan~s estruturais
• colagem decorat1va (elementos decorat1vos afunc1ona1s e ate a~"'acr6r ccs
explorando apenas suas potenc1alidades estetrcas) • • • rrreverencra,
• formalismo gn3fico como contraponto a prac;a aJardmada,
• cenariza96es (evocayao de signos anacromcos e de 1magens s mbo cas
0 programa e permissive aceita novas mterpreta¢es e mcorpora as forfT'Ias ce uuli~acao a
consagradas Observa-se a valorizayao dos usos que melhor se adaptam as necess oaaes
urbanisticas da c1dade contemporanea Ass1m, surgem propostas de mtrodu~o do usc comerCial e
de serv1yos - uf11ttansmo, d~recronamento do uso para a passagem de pedestres e a e~rcula~o. com
a criayao de esplanades e a revalonzayao da pr a9a seca e de cna<;ao de espu~os ·nv t fl. '1C ona1s e
adaptavers, que podem ser ut1hzados pela popula((ao das mars drversas fom1as
Durante a evolu~o das prayas ocorreram d1versas mod1f1ca~Oes quanto aos usos dados ao
seu espayo. No Brasil, ap6s a d1m1nu1yao de funt;Oes ocorndas na passagem do est, 10 colontal para 0
ecletico, sao incluidas cada vez mais func;:Oes no programs tlp1co. Esta evoluyao de fun¢es aesde
os tempos coloniais ate o fim do seculo XX e demonstrada no quadro 1
r
r I
PERIODO
FUNCAO
SOCIAL
DAS
PRACAS
\9
OUADRO 1 l VOLUCAO DAS FUNCCrs OAS PPA<;/IS BRASILEIRAS
COLONIAL ECLFTICO
Conviv10 Soc1al Contemplat;ao
Uso re1tg1oso Passe1o
Uso militar Conviv10 Social
I Comerc1o e feiras Cenimo
C1rcu1acao
Recreacao
I MODF PWJ
1 Contempla~o
l Recrea~o I Lazer esport1vo
Lazar cultural
1
Conviv1o soc1al
Cenario
-I CONTEMPOR~NEO Contempla~o
RP.creay{lo
L azer esv.-rt110
Laz.er cultura
Con 1' I'O soc al
Comerco
I SeN•((Os
C1rcu,a~o
Cenano
Fonte Robba e Macedo 2002
0 espa9o livre urbana tern atualmente suas fun96es rat1f1cadas a todo momenta COr"' o
crescimento urbana exagerado e. do ponto de vtsta da quahdade ambtental urbana sua ex.stenc.a s fundamental. Ele proporciona melhor venttlac;ao e aera~o urbana, melhor tnsolac;ao em areas rrL: <O
adensadas, ajuda no controle da temperatura na drenagem de aguas pluviais, entre vanas outras.
Do ponto de vista funcional, a pra<;a tern sido uma das 1mportantes op¢es de azer u"ba'"'c
no Brasil. Em determinados bairros, pode sera untca opc;ao de espa90 recreattvo para os hao,ta"':es
Tern tambem importante valor estet1co e s1mb6hco, se tornando objetos referenctais e cen cos ~a
paisagem da cidade, exercendo importante papel na tdentidade do ba1rro ou da rua Sao a ~oa
obJetos de embelezamento urbana, resgatando a 1magem da natureza na c1dade
Devido a importancia de parques e pra<;as na c1dade e a sua grande vts b1 idade e es
acabam se transformando em objetos de ve1cula9flo e propaganda polittca Mu tas \e::es as
admtnistra¢es munictpais intervem nestes espa90s buscando a promo9flo de seus go\ e.....,cs e
realtzam tnterven~oes desnecessarias ou tncorretas apenas para deixar a ·marca· de sua gestao
Oevtdo a ser pratrcamente o unico agente produtor do espa90 ltvre pub co urbane, a
admtnJStrayao publica deve ter 1mensa responsabiltdade no seu gerenc1amento e manu'ie"~O As
reformas s6 devem ser realtzadas com o objetivo de rev1taltzar areas ou reaaequar 01'0jetos a
din~mtca urbana e mesmo assim sob curdadosa analtse.
Espar;os ltvres publtcos que nao cumprem sua funt;Jo na cidade permanecem sem
apropriayiio publica e fadados ao esquecimento Enquanto que a manutenyao s1stemat,ca dos
espayos publicos da cidade e fator fundamental para garant1r sua exist~nc1a
3. MACEIO E A EVOLUCAO DO SEU TRACADO URBANO
0 estudo dns pmt;ns de Moco16 roquor IHnn bravo ml3nc;l\o a evolut;ao do trac;ado urbana da
ctdade identtftcnndo os areas onde nlqumns dns pr <'ll;.ns nqu1 enfocadas vteram a surgrr
posterrormente. lsso se faz necessorro poru contextuolizar estes espac;os no hJSt6na urbana
Este relata fo1 realizado com base nos seguintes mapas
• Mapa da v11a de Mace16 de Carlos Mornay, produz1do em 1841 a partir do mapa
levantado em 1820, por Jose da Silva Pinto, a mando de Mello P0'1oas pnme.ro
Governador da Cap1tan1a de Alagoas, quando esta se emanc1pou da Cap1tan a de
Pernambuco, em 16 de setembro de 1817 pouco depois de Macei6 ter s1do ele1ada a
cond1~o de vlla A pfanta ong1nal de 1820 nao mais existe. (COSTA 1983 BARROS
1991)
• Mapa de Mace16 datado de 1931, que retrata as propnedades pertencen!es a
Companh1a Forys e Luz Nordeste do Bras1f (Arquivo lconografico UEM)
• Mapas recentes da c1dade de Mace16 (EMATUR e Prefeitura MuniCipal)
3.1. 0 inicio: breve relato
-
Area "'l!!al oa ooa~
Seculo :wm
Figura 9: Locallza~Ao da cidade de Macel6 e de sua !\rea inicml. no s~culo \VIII
A nome Mace16 vem da denomina9ao que os indros davam a urn nacho da reg Jo - ~a~a\"0, significando o que tapa o alagad1rro Esse nacho a1nda hoJe ex1ste e corta o ce11tro da c.aade sendo
mais conhecido como Salgad1nho Ma9ay6 fo1 tambom o nome do engenho bangue de a~ucar que
instalou-se no local onde hoJe esta a pra9a Dom Pedro II (COSTA, 1983).
Urn dos reg1stros mars antigos sobre a area da Cldade e datado de 1611 e trata da doa~o por Diogo Soares, alca1de-mor de Santa Mana Madalena. a Manoel Ant6n1o Duro de uma sesmarra
que ia da Pajuc;ara ate a Lagos Mundau, estendendo-se para o 1ntenor ate atrng1r 0
no Mundau Este
mesmo documento foi transcrito em notes do tabefi~o Bamat>e do Couto Lemos, onde aparece 0
2\
nome do capttao Apoltnano Fernandos Podtlhfl qull, segundo Cravotro Co<;ta sena o ma•s antigo
propnetano de larras em Macet6 regtstwdo em documentos, :.IJndo e&tG de 1708. Segundo o mesmo
autor, deve ter datado dal o .nlcto. mais auton;zado, do povoarnento da area da c.tdade d<:! Macet6
Ate meados do seculo XVIII Macet6 ora somenti'J um pet:~ueno po1oado ongmado das
pnmetras edtflca~6es do engenho No 1nlc'o do s{)culo XIX o porto de Jaragufl pa'3sou a ter urn
movtmento comercial constderavel, o que Jevou ao desenvoloJtmenlo econOmtco e dernogr~tc.o do
povoado (COSTA, 1983).
Por alvara regio de 05 de dezembro de 1815, Macet6 foi elevada ~ condt~O d~ 11fa,
esttmando-se que a popula~o era de ctnco mil habttantes (COSTA, 1983 p 26) Em 16 de set~f'T'Icro
de 1817 fo1 criada a capitanta de Alagoas, ao ser desmembrada da de Pernambuco sel"do l"orreado
governador da nova capitania Sebasttao de Mello P6voas, a quem o senado da Camara pea" I"Jue
tornasse Macei6 a sede do governo provtnc1al Este preferiu manter a sede na ,,,a de A agoas
porem reallzou diversas benfeitorias em Macei6, pois perceb1a as vantagens que esta oferec a e"'
rela~o ao desenvolvimento economico, melhor posicionamento geografico e ma•or mooJ•f""\ento co
seu porto
Em 1833 Macei6 fo1 elevada a categona de comarca e, em 16 de dezembro de 1 839 •o
inaugurada como a nova capital do Estado de Afagoas
3.2. 0 tra~ado da cidade em 1820 d ") ~ ~ ' CB u~rJr < 1<:£::~1 ~ 84) e•:;, Em 1820 a vtla de Maoot6, com uma areD de corea o .., " fTT 'I"Uu• .J ....
baSICDmonto parte dO que e 0 atual UJntrO da CtdadO 0 0 {lroo portu~r 0 de Jar a~ ,t; c;:.t:i 8q'.J<'; ;;
opoca ntlo possula arnda ca•s mas ap~nas ancoradouros o trap1ches
Em 1819 real.zou-se um censo com lnteresses oclesras1tCO!l que deu a freg .e-: a de M.::.. ... .h.;,
utnD populay:Jo de 4 734 almas, entre hvres e escra1os Esso numero cc:respr/~F. a~s ~
populayllo da area canonrcamente submrssa a lgreJa de Nossa Senhora dos P·:u..~es r:r- -::..-... f •....;:.,'%.
de fora a area do povoado de Proca que nao teve sua populat;.ao ccrr putac:;. t;P.$l~S •.h 'h .... ..,
(COSTA, 1983 ps 81 e 145)
A area geograftcamente dtvtdra-se em Ires pianos, como hole ~m d a <: p'an· c.~;: a<:; • ~~;: -::-:.
mar. o plat6 tntermedtarro com alttludes entre 7 e 10 metros onde f1ca o c:.a "? ~t; C.<::""-:. ~ -:.
plana Ito com altura actma de 20 metros. chegando ate a mas de 50 metros (LIMJ. • ':hGJ E- • ~z.
o trayado da vlla stluava-se pflnctpa mente no plato tntermedtimo sendo I mr:a~a a • ·.:rc:: ;...: as
encostas do taburetro que atua tmente abnga o ba•rro do Farol
As vias eram formadas espontaneamente, com base no alrnr.arre""o -:as <:.:: "~;f'.F.:s
tmplantadas sem nenhum pra,-,e;amento Os pnncrpa s acessos a ctdade se da ,a~ 0)€ c :J~-=- -::c;
Jaragua pelo P~ atra1es da Estrada do P~ ou do Norte atua! av B ... a·'J~S cs ·.~a:e-::. :;,:;,·
Bebedouro, atraves da Estrada da Ca~T~oona e lntenor ou do Noroeste, atua, Ge"e·a .... e~ss s ::JS:.
Porto do Traptche da Barra atraves da Estrada do Traptche da Barra, atual A. S o ... e ·a Ca--xs
COSTA 1983J
Os cava OS e carros de boi erafTI OS meios de 'ransoorte da epoca Es~es (;~i':iOS :;,·o~:. ;:n:
a abertura de vanas estradas entree as a Rua do Comercto CCOSTA, 1983 o 30
0 pnme1ro trayado urbano. rea .zado na epoca do governador Me' o Po .. cas
ado<;ao do modelo de tabufe1ro de xadrez. aprovettando, no entanto as ""as ,a ce nea::as
espontaneamente Na efetivayao deste tra98dO reahzou-se o aterramento de areas a agacas ;>0!
onde passanam algumas das novas v1as Uma destas areas aterradas v1na a aw..~r poster.ormente a pra98 Visconde de Smtmbu
Na epoca a matona dos espayos pubhcos constst1a nos largos No mapa a seg ... r (frgura i ~
suas areas correspondentes estao •denlif1cadas em laranJa, com a segu nte nurr:era~"' oe
referencra .
1 - largo do Pelounnho, atual Pra98 Dom Pedro 11
2 -Largo dos Martfnos atual Pra98 Marechal Flonano PeiXoto
3- largo da Cotmgutba, atual Pra98 Marechal Deodoro da Fonseca
Tamoom esta marcada, sob o numero 4, a ~rea onde postenormente \'tna a oca' za•-se a
praca Stnrmbu
--· ~ --- • •
• •
~~ -
•
* ' "' • \ .
t
~ ·' ..,- · -1., ! • I
~~ ·---J! c-•
\
-·-·- . -
•
.... ···- -----
I • I •
•
·-·-·..... . -----. ---- . ---t ·-·-·- • -···-
. ,.,... _____ . __ .._ -·---- . --. ..--··-- .. .... _ . --- ...._ ·-· ·-·-·-·-·-. -·------·--··-····--
. _ .......... ..... ·-• . --------·--- ---.. --- ··--"-' ·---- --~. -- ,. ---~ -~----- -
-•
-
. -·- -----.. --·- t::::= ---·-··--_.,., __ _ :::---'l:.:'~:~~~~~ai ------=··-. -------·-·· ...-. ·--·-·-----
' ;~~~~:--~~~·~~;~ ·----·---.... ---r·-----------------
\ •
•
,' I • -- • '
L=-' . ~ • ..
• ~
~ • ... '
• •
•
8
li .i i fi i.:ff' l f ---. - ... ... ...
I -' -
L
•
\
Jer.f!lll • ...,.,...,..IJ . -- ·-----·-··-· ---. - ·-- ... - ·------..;•;.;-;;.:o- · --·-··- --.----·--------·-···-·-- -· ------- . -·- ·-----------. ----------- ---·· -----· ---------·----·------·-•• .::,:.::"1:::-::""~~·-- ----.----------· ---·-- -
• •• •
p:
~•
••
-·
·~···· A J 4 fer I ••
• I 14.. A '!l...""t: ,...,... - " . .... _. ..... ~ M ..
23
I
F1gura 10 Planla do Vila do Macel6 produzida pelo eng C111los Mornay em 1841 , a partu de mapa anterior elaborado em 1820
por Jos6 da Sliva Pinto, a mando do prhnclro Govcmodo1 do Cnplhmla d..- Al,tgot\6, Mello Po\lo.1s Fonte BARROS. 1991
24
3.3. 0 tra~ado ate 1890 Jaragua, que nao e reprasentado no mapa de 1820 s6 aparece no mapa fetto em 1841 pelo
engenheiro Carlos Mornoy o porttr de umo c6pta do ongtnnl 0 que leva a crer que, apesar do porto,
o povoamenlo do bau ro tntctou-se op6s 1820
Em relat6no de 1857 o prestdente Sa e Albuquerque tnformava que mandara abnr uma
estrada flgando Jaragua a Mangabetras para factlltar o escoamento dos produtos agricolas onundos
do norte, E a atual avemda Comendador Leao, primetra a ser tra~da no senttdo perpendtcular a orla
manttma (SANTOS 1984, n° 8, p 38 e 39). Em 1868 a ctdade possuia 53 ruas, 1 tra 1essa, 6 prayas
e as segUtntes estradas arruadas Trapiche da Barra, Mutange Frechal, Mangabe,ras e Cruz das
Almas Contava com 6 tgreJaS e 15 escolas pnmanas A poputayao do muntcipto contava com 10 434
homens livres e 2 196 escravos na freguesta de Macei6 e com 8.481 homens uvres e 4.034 escra1os
em Ptoca. ficando um total de 25 135 habttantes (COSTA 2001)
0 trecho abatxo transcrito do Almanak do Estado de Alagoas para 1891 descreve como
estava Macet6 em 1890
• ... mais de cem roas e umas oito a dez prar;as na cidade cerca de 5000 casas. cento e tantas de sobrado ou assobradadas. As roas. de 60 pa/mos. alg<~mas ma s estreitas. ( ) 48 aparelhos telef6nicos ( ... ) Povoados.
Pa1ur;ara aproximadamente 400 fogos (edtficayl>es] e cape/ada Conce•qao Por;o: aproximadamente 400 fogos e cape/a do Bonfim Mangabeiras: pouco povoado Trap1che da Barra· aproximadamente 60 fogos e cape/a de Nossa Se~",.,Ota
da Guia Ponta da Barra aproximadamente 100 fogos e cape/a de sao Sebast ao Bebedouro. aproximadamente 300 fogos e cape/as de Santo Ant6nio e
Nossa Senhora da Concetr;ao·
A vila de Macei6 era formada pelo atuais bairros do Centro e de Jaragua sendo os o ... -:rcs
batrros que atualmente fazem parte da ctdade, considerados como povoados
Jaragua, no comeyo do seculo XX sediava residencies. casas comerciats. age""~c as
bancanas, trapiches e amplos armazens, enquanto que no Centro ficava outra parte oo COr"lerCio,
resrdencras e as sedes das reparttl(6es publicas, do palacio do governo e da pref91tura
0 texto do Almanak crta as capelas do Bonfim e a de Santo Antonio. No largo oa p,..,e ra
surgiu a praya Nosso Senhor do Bonfim, que deu Iugar em 2002 ao \ .aduto 0 .b Ga~o.
permanecendo apenas urn pequeno trecho da area origmal, em frente a igreta No argo oa seg ... .,aa
surgru a praya Santo Antonio, hOJe Lucena Maranhao, sede de famosas festas '10 m.Cla oo secu o
XX no barrro de Bebedouro
Ap6s 1890, com o advento da Republica fo1 que Mace1a conheceu o p• ogresso ui.>al"lo
segundo nos conta Manuel Diegues Jun1or (1939, 1n COSTA 2001) Svguam as p"ayas com no"o
srgnrficado. A rue passa a ser frequentada pelas famihas que vao as pra\.as e feste1os publ cos A
rua vai mudando a fistonomta, perdendo aqvele at de cotsa feta com que arnda nos d.as do periodo
1mperial era tratada pelas famlltas. Com essa aproxima\JO com a rua. a freqOenc1a a praqa - uma
25
oportumdade de contato coletiVO pard llmostrcJ de vestlcfos, do chapl)u'), de sapatos Mo amda 80
gosto da cidade - tomtJ se m81s assfdus
A democracta ropubhcano trouxo o domocract(l ~ocwl As pessoas mots stmples passaram a
frequentar tam bam os prar;:as, festas a rotrotas Ainda segundo o mesmo aut or, ass a frequ~ncta fot
tflo tntensn que "repellu as classes abastadas ( ) 0 coloodo das retretas da pmr,..a dos Martfnos, da
praqa das Graqas, da praqa 0 Rosa, mostra 1sso mais eloquentemente". As festas da tgre}a tarnt>em
aproxtmavam a popula~o com seu aspecto religtoso e tambem profane com ora(/jes no rntenor do
temple e 'carrosse1s, bancas de roleta, quermesses, leilt5es, bazares de prendas no ptJtoo f.IV na
praqa fronteira" (DIEGUE$ JUNIOR, 1939).
No levantamento da hist6ria do Centro de Macet6, realizado pelo Cen~ro Federal de
Educa~o Tecnol6grca de Alagoas, CEFET/AL, eles fazem um breve quadro da sociecao~
macetoense no come~o do seculo XX, baseados em te.xtos de Felix Lrma Jun1or As mu~t'leres aos
domtngos, "muito bem vestidas, com cabelos cortados a Ia gan;onne, extbmdo chapeus da ultrma
moda". tomavam os bondes da CATU para ir fazer o footing na rua do Comercto Tomavam eM com
torradas, bolinhos ou b1scoitos Aimores, na confeitaria Nacional e sorvetes na Santa Laura .
Outro ponto tmportante de encontro era o Cafe Colombo tnaugurado em 19 de marc;:o oe
1905 e frequentado pela sociedade chique e por ftguras marcantes da cultura macetoense Nao
faltavam tambem as festas do Institute Hist6rico e da Academia Alagoana de Letras.
3.4. 0 tracauo om 1931 u J ,,.,. 'J ,
8 11 ' 1/M , 'f;f/A
• o p a " to an Jw.::ut r :.~a o• c tm m. d~ f fJ"; n '/fl'
Terra r)() 011 dando ';(~I rr WJO .,., w ... 'liJ Pti,Y;t:·n I) ~''fl •
OO"O em d~~o oo f • a •1a ·o•tr dl) '/.AJp:;,• ~~ a {;•,., • ~ 'J' J
Barru f. ocupa!.,.~O tarn!;/.m t.o/~o~"U J ~·m '1 rt,•,!y, & ltiJ'•I) It Jr (.!: ')
quo att:.sn:a I!P'.x:a ~~e;~FTia r.r1.:r/ "'.;;,I 1 ', •; ~·a ',;:w VY•
'
a ''"
, ,.., .. , J,;o 1
'
~- f''!Y,-:3
. • ~
' - pI ;yy_, '/ .:J;,7>r'i'Jf:. f' r H o ".J
I.e: • •
. ,
f ( •• , .;..J, ~
·-· -
• • -;.., ,. ~.~ I' ~~ •-4 ~·r-.,..r;; ~~ ~ ..-:;.
' 5- Prata Sa:
6-Prar~· ~
eBw. 7-P~
E E- ·e 8{1Wt~%i ~' keaJ r~ 1a1~-" pa:a PHY,.a•
.e - !Jrea ~ ::;»rY~ U·~ -:1 ~gfj fa~ d;:rlr.
I
-' ,
., ..
••
••
• •
••
--··
•
o( •
• .. . : ~" ' , t
; .. ;
•
•• ••
., t
L
• •• •
/
~<j
•
•
•
~y· ~~~;"'
.;(/ , "" .
~an
•
... ..a ' 4 • •
' e ~ ~ • ~
~~ ..... 'S ., ' '. f 't ,, ". \ .. ~ " . '' v ~ . ~ ~ ~._' ~~· . . ... ~uc N~I ·r· ~ "i~ D •
" tJ ~\! ~ ~ ~ s• . , .t F: !' ~.: . I 0 . ' ~.r<s~=··t -.I 'J ·~ '; t ·~ ~ -11 ~
ht II"~· I~~~ .. ~, ('.
.: \11\ ~ .~ \l \.1 •
27
)
• • .. • I
"" r % ~ • , 0
• "
•
•
•
' • • • ~ ' • • ) •• \..-
• • - ) '"' •
4 it. 11.: .a &>
ol n '-! ·- Q • • \ ' • I ....
• .. • • ' .......... ____ J
Figura 11 • Plante de Mac~IO, de 1931 , utlhzeda pelo CompanhiA For\'a e Luz Nordeste do Brasil Fonte: Arq . iconografico UEM
28
3.5. 0 tracado em 2000 M 6 passou por grandes
Do mapa de 1931 para o atual podemos ver como acet d bocar em frente a Avenida
transtorma90es (Ftgura 11 e 12) 0 R1acho Salgad1nho passou a esem I 1 1 r que corria ao sui da Prays
Duque de Cax1as Perdeu parte do seu le1to natura , para e o ao ma •
Vtsconde de Sintmbu, 1ndo desembocar bern ma1s a frente, nas prox1midades do atual cruzamento da
aventda Dona Rosa da Fonseca com a rua Dtas Cabral A Lagoa Mundau, pr6x,mo a Levada, nao
mats adentra a c1dade, tendo sido aterrada, transformando-se apenas em um canal Os trapiches e
ancoradouros presentes nos ba1rros de Pajuyara e Jaragua detxaram de e..<tsttr tendo stdo
construido neste ultimo um porto Ap6s a constru~o do Cais do Porto, 1naugurado em 1940 parte da
enseada de Jaragua foi assoreada, dando origem a uma fatxa de areta que afastou o mar de sua
margem anterior Toda a margem urbana da Lagoa Mundau foi aterrada e ocupada pela popu a~o que ai construiu casas e casebres. Tambem foram aterradas pelo poder publico algumas tlhas do
Trapiche da Barra e parte do bairro do Verge! do Lago, durante a implantayao do Dtque Estrada e do
conjunto habitacional Virgem dos Pobres, na orla lacustre.
Eixos viarios importantes foram abertos como: avenidas Fernandes Lima e Durval de Goes
Monteiro, no sentido norte-sui; avenidas Juca Sampaio e Menino Marcelo (Via Expressa), ligando o
bairro de Cruz das Almas ao da Serraria e segutndo ate o norte da cidade, indo terminar no inicto da
BR-316; avenidas MaJor Cicero de Goes Monteiro e Jorge Barros, indo de Bebedouro ate o batrro de
Santa Amelia, tambem no sentido norte-sui , ficando mais proximo da lagoa Mundau; aventda
Governador Afrfmio Lages (Leste-Oeste), que comunica o bairro do Farol com o de Mangabetras e
as avenidas Senador Rui Palmeira, Dique Estrada e Francisco Braga Quintela que ligam o bairro do
Trapiche ate do Farol contornando pela lagoa Mundau.
Em 1931, a cidade possuia os bairros de: Maceio, Jaragua, Levada, Poc;o, Bebedouro e
comec;ava a ocupar os bairros do Farol, Penta da Terra, Pajuc;ara, Trapiche da Barra e Mangabeiras
Havia ainda os distritos de Fernao Velho e Pioca. No total, dez bairros, correspondentes a uma
pequena parte da cidade atual: o extreme sui. (Figura 4). A expansao urbana foi consideravel nestes
72 anos- dos 514 km2 de area do municipio, 233 km2 sao considerados hoje como area urbana
A mais noUtvel transformac;ao observada foi a expansao da cidade para o norte. passando a
ocupar toda a area a leste e nordeste da Lagoa Mundau, seguindo ate o aeroporto Campo dos
Palmares, quando entao se encontra com o municipio de Rio Largo. Conjuntos restdenc1ais ai
instalados e que tiveram um crescimento acentuado tornaram-se bairros como o Antares. o Bened1to
Bentes, o Sao Jorge e o Santos Dumont.
Outra mudan~a no cenano urbana foi a ocupa~ao da orla marit1ma. Em 1939. a Pajuc;ara era
um batrro "mwt1ss1mo procurado, constituldo por uma serie de lmdos bangalows" (RAMALHO, 1939).
A part1r da decada de 70 come~aram a ser construidos os primeiros edific1os de apartamentos na
orla deste bairro, chegando, nos anos 80, a orla de Penta Verde, antes um imenso sitio de coqueiros
Atualmente ha ediflcios nao somente em toda a orla maritima do perimetro urbane, mas sobretudo
nos espa~os interiores dos bairros da Penta Verde e Jatiuca. Sao ba1rros que se d1ferenc1am do
restante da cidade pela sua verticalizayao e alta densidade.
29
81s de 1 00 a nos, entre a Os mapas estudados perm1tem observer que no espa<;:o de pouco m . .
p em a partir da Republica. as planla de 1820 e 1931 a c1dade pouco se desenvolveu f1S1camente or ·
. passando a ter renda mumc1palldades. de1xando de ser dependentes de governos prov1nCISIS e
, .. !'. d ssado A partir de 1890 o pr6pria, alem de uma quase autonom1a. rompem com a estagnaygo o pa
d b se e alargam-se ruas constroem surto progress1sta acenlua-se em Mace16, perfo o em que a rem- •
se pracas (Manuel 01egues Jun1or, 1939, in. COSTA, 1981)
Na figura 13 estao marcadas, em rosa, algumas v1as atua1s que destacam-se como
1mportantes eixos que datam da epoca em que Mace16 era vila a) rua do Comercio, b) rua Jo~o Pessoa, tambem conhec1da como rua do Sol e antes rua do Rosario, c) rua Conselhe~ro Lourenc;:o de
Albuquerque, antes rua da Boa Vista d) rua Senador Mendon9S, antes rua da Rosa: e) rua Barao de
Penedo antes rua Nova: f) avenida Barao de Atala1a, que tambem teve as denominac;:Oes Santos
Pacheco e Manguaba, sendo a antiga Estrada do Poc;:o, g) a aven1da S1que1ra Campos antiga
Estrada do Trap1che da Barra e; h) a avenida General Hermes ant1ga Estrada da Cambona e
fntenor Na mesma figura 13, marcadas em amarelo, destacam-se algumas vias mais recentes mas
que fazem parte do contexte urbana h8 60 anos ou mais: 1) rua Joaquim Tavora, J) rua Malo Moraes,
I} rua Jose Bomfacio. m) rua Roberto Ferreira. n) avenida Sa e Albuquerque, o) rua Barao de
Jaragua, p) avenida Teresa Cnstina, (atual avemda Santa Rita), q) rua ltatia1a e r) rua da
Assembleia, (atual Pontes de Miranda).
Os meios de transports mais utilizados hoje sao os autom6ve1s e onibus, havendo amda as
bic1cletas, motos e carro9Ss. 0 tram, que chegava ate o bairro de Jaragua teve seu percurso
reduzido, saindo da Estayao Central, passando pelo Mercado Publico, Fernao Velho e R1o Largo
alem de outras paradas, indo s6 ate Louren9o de Albuquerque.
Nos anos 70 iniciou-se a descentralizayao do comercio. Os novas bairros passaram a ter seu
pr6pno comercio. com a abertura de lojas, galerias e shopping centers, nao dependendo mats do
comercio central Enquanto isso os bairros da orla passaram a ser reconhecidos como os que
oferecem boas op96es de lazer, par abrigar bares, restaurantes, boates, e por ter toda a area da orla
urbanizada com equipamentos que favorecem seu uso como: barracas, ciclov1a, bancos, qutosques
de alimenta98o, bancas de revista etc. A orla e a maier area verde da cidade, cons1derada como urn
parque urbana publico, sendo frequentada por toda popula98o.
A evolu98o do trayado v1ario urbana acompanhou a expansao terntonal muntctpal
Atualmente Macei6 possui area de 514 km2
, com cerca de 800 mil habitantes - 723 142 em 1987 I
dados IBGE - mas ainda mantem em seu trayado, a tortuosidade e estretteza das vias nos ba1rros
mars antigos e a hnearidade das novas v1as proJetadas. 0 Centro apresenta trac;ado semelhante
aquele de 1820, guardando aspectos s1mrlares aos daquela epoca, como ruas estrettas e
constru~oes de predomin~nc1a honzontal A cidade expande-se agora para o htoral norte, seguindo
para alem dos bairros de Mangaberras e Jacarecrca, sendo que alguns dos povoados e distritos mais
distantes como Guaxuma, Gar~ Torta e R1acho Doce, por exemplo, ja foram tncorporados e
utifizados como area de moradia urbana por pessoas que trabalham e estudam em Macei6
'YJ
011nnto or 1!1 oropflr~o~ pt)bht.'l~, IOIJ' Hl'l', rJarJr ,,. tlfJ (:( '' t1lJJ 1 £: f 1 'fl1} ;, f",ld:irJe 0 1anula 1':' ptflc;flO, HIIIIJVIJf,, 12 Hllrflrtlllfl 0 20 (..flfiiOJrt·~. ltllliii/DrJrlfJ CIJIUJ rto z.tj• ',/-'. .ft'~ rr/ d(J ar&<; tj!J prcs',..ar;.
(J 0 (o23, t.l~ m"' rJtj Oroo (j!) trllrllrliO[j l 1ltrl1 {I ,,,,(! (.1 (;( JP.illJJ•H COI!;UID Ill urr ... ar~ri rf#J ':.IJt';i de :~,._ 'Y.XJ
rn:l Ao pttJc;£HJ OrH'.OIIIrflrn BO oop:.lh:"ttlfll} pOI'JI rJI'IIlt •'J't ba!rtrJ~ - rJo·vJEJ JDOelt'' fl~", /'f/J ;; ';id009
dtvtrliJ :.o ern :~o hntfiO'J v,mdo '~IJ,, u\ rnrus tmlt'Jflfi I')~Ji.~:om t>o Wi (,err!J'J ()r,m t'e'.:ir', ,1 fAaft;'.:tk"ll
I >oodoro, Mw,,r.hnl r lortnllfJ l'rJtlrJitJ Vt'it:rmrJr, tJfJ ',trurnt,(J , 'Jrrt ,Jaro~ua Ger;er;, La Jf:r are e f'l E~,,rn
JOilll!t dos NuvoganlrJ'•, BrJbtJrJouro l.ur,1mn M:lf;mhfJ(), '''J'{O tJr;~~'> ',6nh(,f d(, (3(,nfJrfl a F;,u.,~l:
COtthm~rto
A 'ifJQUir, fJ ftrJUW 1? EJpro•,tmtn tJ rn:Jp:J fJitJfJI rJH f.tt1:JtJtJ rJrJ MW'-'JIO, r~r·rje, ·,~r, a<;t:lfiPJI:;,rJas :;,s
A rom. corrn•,ponrJontw• ;m!> mop<~ 'I nntonorf.ls o n;, ftqur:J 1 ·~. qut, ~prt~~f1nta no rn;,r,~ ~tJ;;,! ::, p:;:rtf:i sui
dn crdodo corwspondrJnto aproJ!rmodrJrnontr.t a fJrua do rnarm de 1fK~1 . w .. tao rn&rca<:las r;r'"' laran,a
os prot;a!» moi& SIQntfrcatrva!. rdanllftcadas por nt:.rmrj(()S Outras pr;;~~s e-;t~o ar,~na~ marr..ada.& em
vordo, mas som tdf.lnllflca~o Os 1)/~Jmplos de ru:Js Oblbo marc:;da·~ por ~~tra::. d'"J a'favatc., 6endo
quo os (JJ"tstonto~ dosdo o micto da >~ila osttJo m&rcadas om rosa e cs<3 QUI) e/.i~t.;:rn r a o/.J ar -:.s ? ....
pouco mais ost.!lo marcadas 'Jm amaralo, conformo Ja deswto em paragrafo &cima
'
l 0 r.• N
nr c
F1gura 12 Planta de Moe 10
Area corrospondente n do plnntn do \ 820 da p111l11tl\ a "1\a o Ma 6
Area corrospondente At> rnnpa do 193'
)
• 0 .,, -:::! .... --= --~
0 ~~--
----
.,, -.. -,... - -- -. ..,.... ~# ;::. , . "' ..,.... > "' -• z 'J. ~ ... ~ ---'J. - -'J, - -J .. --0 • --..... -- -- -- -~ -- ---
- -- = -") -• - ---- -- - = .::::. ;::! J ~ = - - -§O~~ :Jj ~ - -0 !/'
- - w .:: ;!: ':! ... w
J 0 - -:: 0,...... --z-;-=~ - - ....... -w w
~""'=-: - - -.. ...... ._, c - - - -=-=-<< I
0 -0 X -0 .... -
Fonte Prefertura t.\ARPLAN. 1998
Figura 13-Parte GUIdo planta de MnceiO COirC!;pondente llpro)nmadamente a ~rea do mapa de 1931
33
3.6. 0 quadro atual: as pra~as e a evolu~ao urbana d As mars ant1gas
f:nquanto a crdode se dasenvolvra nova'> pr¥;as foram sendo cna as
tinham nroos rolntrvomonto oxtonsct"> compnrodn<> com a fJrea urbana daquela epoca As prayas • 1 d d d comportando nao
atuars sno de tamanho reduzrdo, dosproporcronal rm tamanho atu" a cr a "' I • 1 rJ 1 rno aparenlando sobras rnois quo n arocl do umn ou no moxrmo duas quadras c.arac err s rca:; o en o
e sendo dofrnrdos quando do pro)eto do novos loteamanlos de t ra~'ldo ort~ona1 Suas funcOes tambem mudaram Se antes eram construidas pr6.1rmas a tgreJaS ou ~drficros
publicos rmportantes vrsando valorrza-los em sua complementa~o, hOJe s~o tmplarrtadas em areas
resrdencrats vrsando o estar e o lazer da populayao Em alguns casos buscam des~rr penh a• fur"yf!O
soctal quando rmplantadas em barrros carentes em opt;:Oes de lazer Por lsso os pro,etos forarr
alterados para atender as novas necess1dades da populayao abngando novas eqUtpamentcs como
prstas de skate, de blctcross, quadras de esportes, parques infantts e palcos para aprese-''aybes
Os monumentos presentes nas antigas prayas, louvando as figuras de ·mportaf'c.a pa•a a
h1st6na da c1dade e do pais, perderam destaque Acabam esquecidos tendo urra COI"Se'" ,a-ya'::l
inadequada ou sendo alvo da ayao de vandalos. Sofrem com rsso tambem as estatuas oe e'e ·~
meramente estet1co mas que nem por 1sso de1xam de ennquecer e valonzar o espa90 das p·ayas
Porem, esse quadro nem sempre fo1 assim As prayas seus monumentos e eou pa ....... e ...... os
parecem ter sido mais valorizados no passado. Elas desenvolveram-se com a ctdade, soore· ...... oo a
partlf de 1890 quando o progresso chega a cidade, acompanhando a proc1ama~o oa Re::x.t> ::a
Muitas prat;:as foram construidas e reformadas a partir desta epoca ProJetos ec1et cos •o·a
tmplantados por toda a cidade alguns de autoria de Rosalvo Rtbeiro, como as prac;as Ma·e:::.-a
Deodoro, na batrro do Centro, e a General Lavenere, em Jaragua (SANTOS 1984 Os a~gcs
passaram a assumtr ferc;:oes de prac;a, com equipamentos e arborizac;:ao adequados ao gcs:o ca
epoca, sob o estilo europeu, que era considerado chique Asstm, foram mportaoas ca :::-a--ya
estatuas que ainda hoje enfeitam a prac;:a Marechal Deodoro, a General Lavenere e a Oe::o ~c ~c
Forte- esta ultima com a replica da estatua da Ltberdade Todas confecc.onadas pe1a F ... nc ;.o.::s \al
D'Osne, do Vale do Rio Osne, na Franc;a. Conforms conta Manuel Oiegues Juntor (i939 a::Ju=
COSTA, 2001 ):
" .prar;as que aparecem. tendo nas extrem1dades estatuas de 3" ...,as ~ "';;~ s Jutando co.m bichos, nao fa/tam tambem a essas praqas as 1.~.-ras ~" c ""lOU, o.s deuses m1tol6g1COS enchem-nas, e ainda depo1s de 1930 ~~..,, o--efe to -,wn·""oal querendo trabalhar, ressuscttou uma pon;~o de llelhos oet.ses o..~e oescans.nam nas sucatas .da Prefetfura para coloca ·los nur1a pra(a q"'~ D"'C .. '-'U reno~3r a q:.re tem o nome /lustre de Smimbii'
Dentre as admtntslrayOes muntcipats que ttveram enfase no curdado C0"1 as ('I a.;.as estao a
de Sandoval CBJU, (1961/64) e a de Pedro Vretra (199:-') 0 pnmet -o etom1ou \anss p a~s cnou
outras a foz questao do dotxar regrstr ada o "S" de SlW rntcral por toda adade Con'\ a 1ust1frcatlva
desta lotra sor mdrcattva do lorna 'Crdade Sorn~o , espalhou a em bnnquedos .1,0qumentos grads e
ate decorou bancos pollronas de marrnorrte corn o ·s· em cacos de azuleio Este ultrmo matenar to1
tntensamente uttlrzado em suas reformos, tor nunda so mares registrada de sua administra<;ao
2 assaram por um processo Durante a gestao do prafe1t0 Pedro v,a,ra, em 199 . as prayas P
d d b rracas dos ma1s d1versos de restaura<;:ao pol~m1co Naquela ~poc.-'1 encontravam ·SO 1nva ' as por a .
d d ast~ls sanduiches Clgarros. t1pos de comerc1o bancas de JOrnal rev1stas frutas ver uras oces P . d d 8 ,.8 0 prefe1to ret1rou
sorvetes e ate pe1xes e camarOos Visando diSCipliner o uso o espa<;:o a pr v
I 1 e rev stas dentro dos todas as barracas. permanecando apenas as qua comarc1a 1zavam JOrna •
parametres determrnados pala mun1crpahdade Cm sagutda gradoou boa parte das prayas da crdade,
com o rntuito de preservar-lhes o espac;o e garant1r saguranya Postenormente, durante a pnmerra
gestao de prete1ta Kat1a Born ( 1998-2002), for efetrvada a retrrada da marana das grades
Apesar de pol~mrcas e bastante criticadas, as fortes med1das de prote<;:ao das prac;as
chamaram a atanyao para a sua srtuayao precaria, espec1almente provocada pela ocupayao
Irregular De fato, segundo consta no Jornal de Alagoas de 28 de agosto de 1992 o prefeito Pedro
Vreira Ja citado quis recuperar a ant1ga prac;a Rosa da Fonseca, no Centro, tomada pelo bar do
Chopp, porem nao conseguiu atingir seu intento Criado em 1928, o bar avan<;ou sobre a prac;a em
1982, quando for construido o calc;adao da rua do Livramento tendo sido retirado o busto de Dona
Rosa da Fonseca. (Fontes: ver bibliografia, artigos de revistas e jornais 1, 2, e 3).
Outros exemplos de descaractenzayao da pra<;a como espa<;o publico de lazer sao v1stos e£1"
parte do parque do mercado e na pra<;a da Cadeia as quais foram cedidas aos camelos a ftUio de
compensac;ao pela sua suposta retirada das ruas centrals da c1dade, que continuam errbora
permanentemente invadidas por esse tipo de comercio ambulante Outras pra<;as stmplesmente
de1xaram de ex1stlr, como a pra<;a Napoleao Goulart, incorporada pelo Clube Fenix.
Este e um problema que nao se restringe apenas a essas pra<;as centrais. Ao Iongo dos anos
diversos logradouros publicos foram sendo usados para pontos comerciais. 0 antigo Cafe Afa hoje
loja Z Albuquerque) fechou uma rua no Centro e diversos postos de gasolina foram instalados en""
logradouros e terrenos da prefeitura, como o que se encontra instalado em uma esquina prox•ma a praya MarcHio Oias, em Jaragua. Esses fates sao do conhecimento da Secretaria de Adm1n1straty8o
municipal faltando, no entanto, vontade politica para resolver-sa estes cases que favorecem apenas
a alguns particulares em prejuizo de todos e do patrimonio publico.
Assim, pode-se observar que os espac;:os livres publicos de Maceio sao escassos
prrncipafmente nas areas ja urbanizadas, cujas areas livres ainda extstentes sao ob.eto oe
especufayao rmoblliaria, atingindo altos valores para que o setor publico possa adqUirir novas areas
para disponrbillzar a popufayao, devendo-se entao valonzar todo e qualquer terrene oub ,co
existente
Se no comec;:o do seculo as prayas eram o unrco local aberto de com tvlmcta soctal publica,
hoJe competem com outras opyOes, como a orla maritima Mudaram tambem os habrtos da parcela
pnv1fegrada da socredade, que prefere o "passero" nos shoppmg centers e galenas comerctats.
Entretanto e rmportante que se conhe~. ao menos sumariamente a h1stona das pnnctpa1s prayas
mace1oenses ObJetrvando a 1dentlfrcayao de suas antrgas voca90es e fun90es, as quais certamente
poderao constJtUJr a base de sua revrtahza~o- t: o que sera reahzado no cap1tulo segUinte.
4. AS PRACAS DE
ATUAIS
35
MACEIO: BREVE RELATO, DE 1900 AOS DIAS
d d M 6 , sslm como um breve relato 0 rosgnto 1t1sl6nco dos pr 111Cipws prar;:as da c.1dfl IJ a aCI)I , .J •
sabre suA SIIUil~<'O ntuAI, devon~ posslbihiAr a ldonllflcnc;.~o daqualas quo constiiUif~O os dOIS
estudos de caso do presente trabalho, v1sando a proposta de d1retnzf;Js para a rw;upera~o das suas
an11gas tuncOes e novos pape1s no contexto maceJoense.
Alguns textos foram ul1ilzados espec1ficamente para uma ou o tr~ prac;a ro geral !oram
ulll1zados os segUintes ALBUQUERQUE, 1989, ALBUQUERQUE, 2000 COSTP 2001 DIEGUES
JUNIOR, 1939a; DIEGUES JUNIOR, 1939b, BARROS, 1991, RAMALHO, 1939
A apresenta((Ao das pra9as se dara por ba1rros ln1c1almente pelos do Ce("ltro, Jarag~.;a ~
Po9o. por abrigarem as ma1s ant1gas Duas das pracas ai c1tadas estao pr6ximas do Centro e
surgiram contemporaneamente aquelas desse ba1rro Depo1s seguem as de Bebedouro PaJuy<~ra e
Farol e, finalmente, algumas das ma1s recentes, na Ponta Grossa, Cruz das Almas. Penta Verde e
Jatu.Jca.
Algumas das prayas atua1s situam-se em areas ex1stentes desde os pnm6rdios da V a de
Mace16 No inic1o func1onavam como largos areas abertas sem eqUJpamentos que as
caractenzassem como prays, mas com a dispos1yao do casario ao redor demarcando seu espayo Os
largos ma1s antigos de Macei6 contaram com 1mportantes edifica<;:Oes em seu entorno desde o n1c c
correspondentes a institui~oes relevantes como igreJas, sedes de governo 6rgaos leg1slat vos e
executives, etc. Tambem sofreram alterayoes no seu espa~o decorrentes da sua 1naugurayao co-,o
prayas Passaram por varias reformas Normalmente receb1am equipamentos como bancos fontes e
coretos, pois durante boa parte do seculo XX as prayas foram utihzadas principalmente como loca s
de lazer e de encontro entre as pessoas. Com a expansao urbana surg1ram novas prayas outrcs
largos foram recebendo equipamentos e novas areas foram reservadas para futuras prayas.
Pra~a Dom Pedro II
Historicamente falando e uma das mais importantes, po1s esta no sit1o mic1al da vita oe
Macer6, onde se erguia o engenho bangue Mar;ay6, que, em 1708, passou a ser prop' 1eaaoe oo
Capitao Apolinario Fenandes Pad1lha 0 engenho recebia este nome por estar nsta aoo p· O'\ MO a
urn nacho que os ind1os chamavam, em tup1, de Mar;ar-ok, stgnlficando o que tapa o alagao c;.o
(SANTIAGO apud ALBUQUERQUE, 1989, p 64) Este nacho, hoJe em dta, corta o ce1t: o de Mace1o
e tendo o seu curso orrgtnal desviado, e conhecido como nacho Salgadu1ho
A prac;a Oom Pedro II fOI por ISSO, desde 0 lniCIO testemunha dos fates ocor· dos na cdade
Quando, em 181 &, Dom Joao VI const1tu1u Mace10 como vila, este largo · ecebeu o marco do
"nascimento" da vtla, o pelounnho, e abngou as outras inshtUI<;Oes necessanas para 0
reconhec1mento desta posrc;t\o a Casa de C"mara e a Cadeia Ate ent~o conhec1da como 0 patto da
Capels, passou a denomina<;ao de Largo do Pelourinho (COSTA 2001 ).
Tombem testemunhou a evolucJ!o do marco rehgtoso pnnctpal da c•dade desde a cons•.ru~o da pr•metra cape Ia flunndo ntndn ern pntrono SAo Gont;.'llo no Amarante tendo pass;; do a €: Joca~o a Nossa Scnhora dos Prazercs e ftnalmonto, pror;onc1ou o constru~o na nrna CatF.!dral
Quando aqw chegou o pnmetro Govmnador c1a Capttan.a de Ala'JCBS Me lo P6voas em 27
de dezembro de 1818, ele fat hospednr-se no Pn~o da CAmma que IIcata num sob•ado no rr:~sr:10
lnrgo As edtfica~~es eram entao tlplcamente colontats scm mu.to requ nte c P' nc.pa me...,...e l:!e
casas terreas, havendo alguns sobrados
Quando da transfer~ncta da sede da Capttanta da anttga Alagoas atua c dade de M;.;•P."..; a
Oeodoro para a emergente vtla de Mace 6, resultado entre outros fa' ores da rc:be ~f:; -;<;: :r; '1~ a
transferenc1a do cafre do Tesouro Prov1ncial da antrga sede, em 1839 fot no v~c o d-:. T~sr.r . ..--:.
rnstafado na praca Dam Pedro II que o cofre veio a ser guardado 'BARROS 1f191 tF-:;!o 1
Em 31 de dezembro de 1859 quando aportaram em Mace16 o lmperado• :),y.,. P'="-::·-:. II -:::;~
sua esposa Dona Thereza Chnsttna segUtram
d reto para rnaugurar a nova Catedra Foto 2 e
hospedaram-se no palacete do Barao de Jaragua 11
(Frg 10) que funcionou entao como Pa90 lmpenal
ate a partrda do rmperador em 11 de Jane•ro de
1860 (ALBUQUERQUE 2000) Nesta epoca a
praca era conhecrda como praca da Matnz
Em 1861 , o govemo da provrncia mandou
fazer 0 busto em marmore em homenagem a V1S1ta Foto 1 Praya Dom Pedro II em 1908. tra.yado e -.()OO,~erc:
a Dom Pedro c1Nores esparsas e a;nea ncvas Y!-s<; ~
do rmperador, tendo SldO 1naugurado em 31 de esquerda o predio do Tesouro Es:aoua oooe :10;e fl.rloo.-:a
dezembro de 1861 A partir de entao passou a ser
conhec1da como pra9C! Dam Pedro II apesar de
mUJtas pessoas a reconhecerem como pra9C! da
Catedral. (ALBUQUERQUE, 1989)
Abnga varias 1nstitui¢es 1mportantes como
a Assemble1a Leg1slattva que func1ona no predio do
Palacro Tavares Bastes, construido em 1851 e onde
funcronou o Tesouro Estadual a Bibhoteca e o
ArqUivo Pub hcos Estadua1s que funcronam na
a ntiga casa do Barao de Jaragua construida
durante os anos de 1844 e 1849. a Catedral,
construida entre 1840 e 1859 e a Oelegacia do
Mtn1steno da Fazenda, CUJO pred1o fo• •ncorporado
ao patnmOn1o da UntAo em 1884 e onde funcrono u
a Admmrstracao dos Corre1os em 1902 e a
Delegacia F1scal em 1980
a Assembleia Legislativa, e ao fundo o pa:ace:e ::; Sa;t;: :e
Jaragua onde hoje funclonam a Siblio:eca e .; :.·~
Publicos EstaduaiS.
Foto 2 Prn\'8 Dom Pe
dors qul\1&ques na 1\13 I)S
Catedral de Macei¢ e 0 Pf~
H e l 1~1! ven-:»se 1'\8 003~
: d' ~ e rl<l e::O(;)() a
d3 A..~mblei.a legs.::a::..a
Foote M s;.. 19i S
'}7
d · d~ toda a soc•edade o ... ~ Em meados do seculo passado a praya fo1 ponte e conJerg~f'IC a ~
aos dommgos ap6s as m1ssas, costumava tr ao pa~·,o•o pubuco aprec.ar as retretas (OIEGUES
JUNIOR 1939b) Atualmente, o togradouro e bem mov1mentado durante a &emana mas perdeu sua fun~o
ant en or Nao ocorrem ma•s apresentayoes mus1ca1s e nem os grandl3s f:! mntos rt:hg1osos de a'gumas
decadas passadas, quando vanas turmas de coleg1os loca1s Sl'.l reumam com suas fa•-jas -:!e ga'a
para part1c1par de procissoes A Assemble1a Leg1slattva tomou parte da pra~ par::J •nst:31a' s.;;u
estac•onamento, tomando-a quase que um patio de entrada para a tnst1tu1~0 apesar da -;.;;g.;ran'i-f
do pred1o nao se estender ao espayo da prays E u!llizada pelos pr6pnos fur:c cna• os d~s a e ;z;·
pessoas que a frequentam quando prec1sam tr ao centro da cidade, ut•hz.ando-a pa•a cesr...ansG ar:.
abngo do chma trop1cal devido as frondosas arvores Ia ex1stentes, mesrPo asstm utillza-se OJ~ ""a s
frequenc1a OS banCOS perpendicufares a rua enquanto que OS bancos para'elos a '._.a ..,.a S ;:.a•a ~
espa9o intenor da praya sao menos utilizados por Ia costumarem f1car che ra-co1a ou f"'arg "a s
A pra90 tambem e passagem para as pessoas que ut1hzam o s sterna de transpo ... e !:1.:.::.1 -:.o
provenientes do Jitoral norte e orla marit•ma pois os term·nats para estas 'rhas sao '"'a ;:.·a;a
Sinimbu e, para direcionarem-se ao Centro, e precise circular pefa pra9a
Um dos usos mais marcantes atualmente e 0 de espa9(> para 0 comercto ar"Ou ar~e :.c .....
vanos carnnhos vendendo lanches caldo de cana paste1s e agua de c6co
Pra~a Floriano Peixoto
Tambem faz parte do trayado urbana da cidade desde seu inicto senoo •gayao e '"'--e os
bairros do Centro, Bebedouro e Farol Era entao conhectda como Largo dos Mart"rios (foto 3 oe. cc
a presenya desde 1836 da capela de Bom Jesus dos Martines subslitu da poster Orr"e,..~e oe 'a
lgre1a de Bom Jesus dos Martines, concluida em 1885 (Foto 4) A lgreJa fca ac na oo ..., e ca
praya no mtrante e e geminada com a Restdencia do Franciscano (Gazeta de A.agoas :5 1--
1995)(SANTOS 1985 n° 9 p 30 e31).
Localizada na base da encosta que v~ria a
ser o bairro do Farol trnha em seu entorno alem
da rgreja . urn casano colonial e a grota Mana
Narc1za usada como acesso ao alto da encosta '
dando orrgem a ladeira dos Martines
Na epoca em que a lgreja fiCOU pronta.
f1na: do secu"o XIX o largo apresentava buracos
causados pelas chuvas que descram do morro.
agravados pela passagem constants de carros de
....
Foto 3. largo dos Mal11nos, tnlcso do seculo
Fonte. MISA [10loo sec X.X).
bors carregados que vrnham do rntenor e cruzavam-na em d 1reyllo a rua do Comercto Nao possuia
bancos nem cah;adas, mas mesmo asstm era bastante ut1lizado pela populayao para festeJOS
relrgtosos, passe1os, conversas e bnncade1ras (PAIVA· SILVA, 1983)
Tempos dope•~ em 16 de satf1mbro de
1902, fo1 1nauguroda como prn9n Marechol Flon:mo
PeiXOtO, juntamente com ) PalaCIO r lowmo PeiXOtO
(Foto 5) As obrns do P.lll'lc•o do Govo1no tlvornm
ln•c•o na adm.n•stm~o do Dr Gab1no Oesouro, c,m
1893, obedecendo a planta desenhada pelo
engenhetro m•htar Carlos Jorge Calhe1ros L•ma,
porem passaram por vanes atrasos Somente na
adm1n1stra~o do Dr Euchdes Malta em 1901 e Foto 4 . P01'.tal mostrando a la!eral cia prat;.a oode ~
que as obras foram re.n1ciadas com uma nova encontra a tgreJa dos Mart1n011 Fonv. M -:;;. (s.t::~, aa•a
planta, do engenheiro 1ta1tano Luis Lucann1 e
ftnalmente conclutdas
Em 1908 sofreu a primetra reforma em seu
espayo tendo stdo removida parte da escadaria da
igreJa ret1rados os trilhos urbanos que passavam
pelo seu tnterior, construida uma galeria
subterranea para as aguas pluviais, realizado o
ntvelamento da prays e o seu calyamento em
paralelepipedos e pedra bruta Tambem foi Foto 5 Palfleto do Govemo e monumento ao .Aa·ec.-.a Flonano PeiXoto.
construida e colocada uma estatua em homenagem
ao 2° Presidente do Brasil, com a figura do Marechal
Fonte t'ISA sem :lata)
em pe, sabre urn pedestal, inaugurada em 11 de JUnho do mesmo ano (PAIVA SILVA ~983
Em 1936, nova reforma, realizada na admtnistrarrao do Dr Guedes Nogue1ra na c-.a z~a
tnstaladas duas fontes luminosas aparelhadas com bombas eletncas e constru cos c;:, s
caramanchoes de concreto armada. Tambem a estatua do Marechal que fcava \O ~aca ra~a c
Palacio do Governo, tomou nova posirrao, ficando de frente para o comercto (PAIVA S LVA · 953
Nos anos 60, na gestae do governador Major Lwz Cavalcante fo1 ·nsta aaa a fo'"'~e sY.:n: e
iluminada conhectda popularmente como "cuscuzeira". Na mesma reforma fot tarn be, ret ~ac.a :- ~
complete a escadana da tgreja dos Martines, que deu Iugar ao prolongamento da rua -.~oac Dessoa e
a Galena de Arte Rosalvo Ribeiro. Na epoca a fonte era constderada a segunua ~a s t'.., ... :.a cv
Brasil contando com 180 combtna<;oes entre cores e Jatos de agua Sonora e ·~L:rw"aua fe: C'arte co
cenano das no1tes alagoanas por bastante tempo ate que parou de fu1ClOf1a 0 g "\ ema.Jor Mrs o
Lages recuperou·a e novamente restaurada recentemente. ftii1Ciona du ante a t•OC.l ae gua1aas ao
palac1o, encenada as segundas fe~ras pola manila e a notte, ate as '22 00
Atualmente o pra~a abngct o Pnlllcto do Gov~rno do f:stado. d sede da P ete1tura de Mace16
a lgre1a dos Martines, o prcdto do Musou Pterre Chahta de Arte Sacra e, em alguns oreatos v1zsnhos
80 palacto, 1nstalaram·se 6rg~os de apoto do qoverno Um forte nnpacto no ento .,o e o pred1o da
Secretana da Fazenda, construido no come(o da decada de 80, com 11 pav1mentos gerando forte
contraste entre os est1los e escalas das edtftcac;Oes
A prefe1tura do Mace16 func1ona no
PalACIO das AgUias (toto 6) construldo no 1nic1o
do seculo XX por.1 obngor u lntondOnCIO
Mun1c1pnl, eqwvolento ll otuol Profwtura N•l
decada do 40, o pr6d1o fo1 ced1do tt Companhl£1
de Abastecunento o Sc1neamento de Alagoas
CASAL que lA func1onou ate 1999 Passou por
reformas, sendo re1naugurado em 2001, voltando
a abngar o poder publico mun1c1pal na gestao da
prefe1ta Kat1a Born Seu estllo e neo-g6t1co e sua
fachada e encimada pela escultura de uma aguia,
simbolo do poder polft1co-admm1strativo
0 pred1o do Museu P1erre Chalita fo1
adqwrido em 1980 palo artiSta plastico e
colecionador de arte, que para Ia transferiu parte
de seu acervo. Antes abrigou a Secretaria da
Fazenda, a agencia de fomento agricola e a Rad10
Difusora. Atualmente apresenta condir;:6es
precarias tendo inclusive sido alvo de
/evantamentos arquitetonicos para realizayao de
projeto de recuperar;:ao.
39
•
Foto 6 PrMto da lntendtmcia Murnapol, onde t\<)Je funr..aona a
prefe!lura. A esquerda poste da tlumtna~l';o p6t.llca e ao centro um dos bancos da pra~a Fonte Ga~et;;:/JEB
Foto 7: Lanchonete e sua coberta Fonte KPB. nov 2003.
/nstalada no espar;:o abaixo da laje do mirante, defronte a lgreja dos Martirios. esta a ga1er a
de artes Rosalvo Ribeiro Ap6s urn tempo fechada fo1 reformada e reinaugurada em OS de deze.,..,b~o
deste ano, numa iniciativa da Fundayao Municipal de Ar;:ao Cultural
A praya dos Martirios esta sob responsabilidade do Estado desde 1992, tendo sido dec a.co
em projeto da SERVEAL (Servir;:o de Engenharia do Estado de Alagoas) a retirada de toocs os
equipamentos do Jogradouro - com exceyao da fonte e do monumento - tornando a area bern ~""a s
espar;:osa para os usuaries. Posteriormente foram instaladas uma nova coberta para a paraoa ce
6mbus e uma Janchonete. (Foto 7). Tambem teve tmplantada, no pnmeiro mandate de Ro~"a co Lessa
(1999-2002) uma area das bande1ras em frente ao palacio, onde estao representaoos os · o: mun1ciptos alagoanos.
Dev1do a presen~ dos palac1os dos poderes mun1c1pal e estadual a em da 1grera cos
Martines ela e conhec1da como a Pra<;a dos Tr~s Poderes Por esta reumao de poderes se~... esoa,o
serve frequentemente para a realiza~ao de atos do cunho pollttco
0 movtmonto de tronsountes o 1ntenso durtmte o d1a. ftcando quase dese1a a 10 te e nos
frnars de semana E uma area ern que ostno pr esontes as rna1s tmportantes sedes po t cas do
mun1C1p10 e do Estado mas. apesor de sou osp..:t~o fis1co estm sonde bem cu1dado e frequentada per
menores moradores de rua . cheira cola e por deltnquentes, trazendo tnseguranc;a e dlftcultando a
permanenc1a dos usuarros comuns no ambiento.
Praca Marochal Doodoro d d de um povoa o as
Data da epoca de Macer6 Vila o antrgo largo da CotlngUiba nome b s e de pau-a-
proximrdades No tnrcro do seculo XIX, o quo oxrstra no Iugar eram casebres aiXO
I I o pra~"'a das Prrncesas em p1que A rua ex1stente no local for alargada dando ugar flO argo u v
homenagem as frlhas do Oom Pedro II (COSTA, 2001)
Em 1870 for rnrcrada a construc;~o. no lado sui do largo, de uma 1gre1a a ser consagrada a
Nossa Senhora da Concei~o 0 templo ficana onde hoje se encontra o Teatro Oeodoro porem rao
for concluido. tendo suas paredes demolrdas Outra obra que tambem nao fol a frente, em 1898 fo a
de constru<;ao do Teatro 16 de Setembro, que ficana no espac;o da prac;a Entre urra e outra obra, fol
maugurada a Escola Modelo, a primeira escola publica de Macei6 em 1879 0 predio ern aue
funcronou for doado a Academia Alagoana de Letras nos anos 70 passando por restauro e reformas
em 1996 (CEFET, 2002)
Atualmente, no entorno da prac;a estao
rnstalados tambem o Teatro Oeodoro, rnaugurado
em 15 de novembro de 1910, o Palacro do Tribunal
da Justrc;a, rnaugurado em 6 de fevereiro de 1912, e
a Camara Municipal de Macei6.
A prac;a foi inaugurada em 03 de maio de
1910, com projeto do pintor Rosalvo Ribeiro. ( Foto
8). Passou por obras de recupera~o na gestao do
prefeito Reinaldo de Carvalho Gama. sendo
reinaugurada em 16 de setembro de 1946, sob a
Foto 8. Praya Marechal Deodoro. monumento eqOestre
em primerro plano, ao fundo o Teatro Deodofo e entre ees
urn dos coretos lnlcio do seculo XX. Fonte rHGA.
gestao do lnterventor Guedes de Miranda (Prefeitura, 1983) Nos anos 50 era bastante frequer.~aca
para passeios e encontros, inclusive a noite.
Entre as ultimas altera96es em seu espa9Q esta a coloca~o do pi so em para1e .ep oeco
seguindo projeto do arquiteto Luiz Vieira, durante a gestao do prefe1to Jose Bande1ra em Meacos
dos anos 80, e a coloca~o de grades em seu redor, durante a gestao do prefe1to Pedro 'v e ra e"T'
1992 como aconteceu em varias das prayas maceioenses nesta mesma epoca Porem em agcsto
de 2001 , durante a gestao da prefe1ta Katia Born, foi definida a ret1rada das grades , E bastante frequentada por quem vai ao comerc1o central, sendo ut1h::ado como descarso e
passagem Porem apresenta os mesmo problemas de falta de seguranya. com a presen~.a ae
del1quentes, prrnc1palmente no horano noturno, apesar de mu1to freqLtentada durante os a as de
espetaculo nos Teatro Deodoro e de Arena Tambem e bastante ut1hzada por ambul<3ntes
Pra~a Vlsconde de Sinlmbu
Era conhecida antigamente como pra~a da Rodenc;ao, tendo sua pnmeira parte 1mplantada
em 1908 Posterrormente fo1 denomu1ada como pra9a Euclides Malta e, finalrnente pra9<3
conselhe1ro V1sconde de Smimbu, nome de um grande her01 politico, d1plomata e intelectual que faz.
parte da htst6no mocetoense, dola parttc1pando attvamente quando da tronsferonctn dn capttal do
Marechal Doodoro anttga Alagoas, para Macat6,
em 1839 (BARROS 1991)
Ao sui da praya corno o nacho Ma<;ay6,
atual Salgadmho, d1V1d1ndo a ctdade Para chegar a
41
Jaragua era prectso •atravessar o nacho em uma Foto g Pnnortlm•ca da Prcu;a v~ondc de S~n!mb.J com
jengada, medtante 0 pagamento de 40 ratS. A riacl1o Salgadtnho em pnmelro plano F(Jntr IHGA
Jangada fot substttuida por uma ptnguela e esta por uma ponte de madetra". (COSTA, 1983) Em
1914 o nacho foi cruzado por duas pontes, ados Fonseca e a do Po<;o, construidas as expenses do
Estado Alagoas Railway e Cta Alagoana de Trilhos Urbanos, durante a gestao de Jose Beroto
Figueiredo Juntor como governador da provincta de Alagoas A ponte dos Fonseca era uma obra de
engenhana, em ferro, medindo 120 metros de
comprimento por 4 metros de largura que veio a ser
destruida em 1924 por uma tromba d'agua. Em seu
Iugar foi construida outra de concreto armada com
balaustradas, existentes ate hoje.
Na decada de 30, alem da ponte, o
monumento em homenagem ao Conselhetro
Visconde de Sinimbu, estatuas de deuses
mitol6gicos - como o Mercurio em bronze que hoJe
esta na Associa~o Comercial - e um coreto de
ferro, faziam parte do conjunto de equipamentos da
pra~. (Foto 1 0)
Foto 10. Interior da prar;a Sinimbu, com seus cam1nhos
sinuosos. Atras do coreto, os predios do Lyceu e da CATU.
Ao fundo ve-se a torre da Catedral o antigo pn!d.o do TRE
e o farol. lnfcio do seculo XX.
Fonte. Arq. lconografico UEM.
De acordo com a planta de 1931 , a pra~ ainda continha em seu conJunto parte do r aer-o
Massay6. A principal modifica~o no entorno da pra~ aconteceu JUStamente com o desv1o des~e
riacho, em 1941, que ocastonou o aterro do seu leito, ampltayao e se9ao da pra~ em duas praya
Smimbu e pra~ Jorge de Lima.
Seu espayo ja foi patio da Companhia Alagoana de Trilhos Urbanos - CATU - e em seu
entorno tnstalaram-se o Lyceu de Artes e Officios, cujo pred1o, ap6s reforma, passou a abr gar a
Escola de Engenharra e o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, alem de nobres res1denc as de
ftguras 1mportantes como Jorge de L1ma e Thea Brandao
A part1r de 1964, no Iugar do pred1o da CATU, a Umvers1dade Federal de Alagoas construtu
a Restd~ncta Untversttana Mascuhna e o Restaurante Untversttario durante a gestae do rettor
Anst6teles Calazans SimOes sao projetos arqUitetOniCOS de hnguagem moderna, de autona de Zeha
Ma1a Nobre Uma das grandes alter oQOos ocorridos na area da praQa fot a demollyao do ant1go
predio do Tnbunal Regtonal Elettoral para a constru<;ao da nova sede no mesmo local. porem com
sets pav1mentos, interfenndo fortemente na escala dos demais ediftctos do entorno (SILVA 1991 ).
J wnb(un fill tUJC.Jcltt dn 1;0, rlW•trlllt II
odmnlllJir nc'\o clr r" ffJIIO c., lllii(JWII Lfljll •• pr .. ,. I
V•~condo !>11111111>tl ptl'J!IOII po1 111 nu .,I'Jrlo rJ11
rotorrnns. c..om ,, coloc ac;.1o do brHeqaHtdn'>
llnncos crrc:ulw n~ poltr onus du rnr11 rnorrtu, fntti(J6
decoradrr com .uuiOJO~ colomJos on do I hllllt1
poexenltos (I oto 11) A soqundr• f1roo do pr:l~fl
quo oprt>•;enlt~vcl arvores o um gr.mde cnmpo
onde '>haws oram roohzados. recobau um pa1nol
todo em azuleJOS de cores deversefecadas
mostrando atraves de desenhos a v1da dos
fc,to 11 Mur11l em ~UJ.J\(JJOS '-'*.Jfidof; wm e ~ drJ
rniJIICJII!oht> "'n''" l>fO&I.mttl Fr.nte Tu• a nc IJI&W/ J 1¥~
pescadores. com uma pesc1na CUJS fonte era chamada de "my·JO~ozmho" No verso des~ rr J•<f
estava escnto ' Ia vem o acendedor de lamp115es da rua", homonagem ~o poeta al~Qoanr; J•Agt:: O'"::
Lima, cuJa ant1ga res1d6nc1a f1cava defronte a esta parte da prar;a (SILVA 1991 )
Fo1 prat1camente a parttr da decada de 1960 quo a pratye Slntmbu -=: as edef1r..a';lhs r::ut:: a
circundam, adqwnram a 1magem que amda possuem nos d1as de ho1e No seu el"'•o•r->o ":s•a':l
locahzados o museu Theo Brandao eo Espac;o Cultural, ambos da Univers1dade Federa de ,t. tag-:.as
onde sao m1n1strados os cursos da area cultural. como teatro, mus1ca e linguas Ha tambem o pr&O: o
do Tnbunal Reg1onal Ele1toral, a P1zzaria Sornso lojas escnt6nos e d1versas edtftcat;bes oe
1nteresse arqwteti'ln1co, atualmente em estado de abandono e em ruinas como a refenda res1oenc a
de Jorge de Lima, sem uso def1n1do
Atualmente apresenta-se como elo de ltgayao entre do1s ba1rros comerc1ais da c daoe
Jaragua e Centro sendo utthzada como ponto de parada e de 1nterse~o de Janas ltnhas oe o- :;us
As func;oes que nela predom1nam s~o passagem estar e descanso Por ser uma prac;a be:n
arbonzada, fornece bom abngo e sombra neste cllma trop1cal.
Pra~a do Montepio
Foi maugurada em 04 de outubro de 1931 como prova uma foto do acervo do peso ... sa::ior
do Jose Brlu Srlva Filho, com a segurnte legenda ''Fotografta ttrada em 04 de outubro de 193 i d a
da maugurac;ao da prac;a do Montepto dos Arttstas Posta na Galena em 04 de outubro de 1931
quando fo1 entregue o Drploma de S6cro Honor~no ao Exmo Sr Dr Baltazar de Mend \'.8 0 0
prefe1to da Captlal . Teve seu nome sugendo pelo prrmetro Governador do Estado (1869 a 1990)
Coronel Pedro Paulino da Fonseca. trmao de Marechal Deodoro A escolha fot dev1do eo fato que JS
havra no local o prodro da Soctodado Montepio dos Artrstns Alagounos, construtdo e1 1 1883 (SILVA
FlLHO 199~) Twtava ~e do uma soctedado de fins benemarrtos, ern que, med1anta uma cota cada
membra tmhu o d~retlo de der>car quando de sua morte, uma pensao para olguem de sua escolha
Abrtgn orn sou entorno odrftca~Oos de rnterosso h1st6noo e arqurtet6n1co oomo o da pnme1ra
faculdado do Diretto do l:stado, do osttlo art deco. onde hOJO func•ona a Ordem dos Advogados de
Alagoas; o do ant1go Hotel Lopes e o que abr tga a LOJa Ma¢n1cn V1rtude e Bondade
43
enta uma arquttetura 0 predro do antigo Hotel 1 opes upesar da modtftcado, atnda apres .
F ndado constrUtr pelo dtgna de presorvac;:llo, menos do!>c.Jrncten;ndo no 'ifltJ Andar <;upanor Ot ma
99 r. 6 d sattva~o do hotel Dr JoAo Ftrm~no, entao tntendento do ctdnda (511 VA f IL HO 1. ::1) Ap s a e
d h do por uma lanchonete, passou o tuncronnr como estocao do 6nrbus rntorost<Jdwus, san o OJa ocupa
urna IOJS de auto pecas e um latrcinro
0 predro onde atualmente functona o l. OJD Mm;Ontca Vtrtude c Bondade, en ada em 18132 tem
SllD construcao dotada de 1923 0 predro tam sua frente no formato de um f:tngulo com dt:!senhos
mquttet6nrcos Em sua fachada h8 uma aguta de asas abertas na largura apro.f.rmada de um metro.
signiftcando agudeza de vtsao, amor a ltberdade e perseveranc;a pe'a sobrev•1~nc•a Soo o seu
corpo encontra-se um frontlspfcto com os segutntes dtzeres entre o compasso e o esquadro "Lola
Ma~Ontca Vtrtude e Bondade'' Na janela em arco sobre as laterats do parapeito ha duas estatuas A
que esta com a espada represents a JUSII<;a, a outra a abund~ncta e a ferttltdade (SIL / A Fh_HO
1995)
A prac;a era local de encontro de artistes locais e boemios para discutir seus 'l'"'teresses Ho.e
nela esta o busto de Braulio Cavalcante. JOvem advogado e JOrnaltsta que el'"'verecou ps~cs
cam1nhos politicos, criando poh~mica , term1nando por ser assasstnado em mar~ de 1 9· 2 aos 25
anos (LIMA JUNIOR. 1981 ) Por 1sso fo1 denomtnada prac;a Braulto Cavalcante mas vo'to ... a se~
conhec1da como do Montepio Tambem ficou um tempo sendo conhectda como pra9C! ~a
Al1mentayao, dev1do a lniciattva do governador do Estado, Ronalda Lessa em 1995 de a •nsta a~ 30
barracas padronizadas para abrigar as boleiras pnncipalmente de R1acho Doce a .em de oal"lcos ::e
concreto, grades de proteyao, nova 1lum1nayao e uma estrutura Circular onde funcronava oa'"''"'e ·cs
publicos e um box para informa96es ao turista (Fonte. ver bib llografia, artigos de rev stas e JO,....,a s ~o
7). Ha tambem um pequeno coreto circular As barracas term1naram por ser ret1radas "o &:,..a ce
2002 e nao h8 mais grades.O banheiro publico encontra-se abandonado, sendo •gerenc,aoo oo~ :.1m
rapaz que cobra cinquenta centavos pelo uso. A abertura do box de informayao fot vec aca corn alvenaria por estar servindo de abrigo e sanitaria de marginais.
Atualmente e utilizada principalmente como passagem. As pessoas tambem se ... al :.am oo
banco em torno do canteiro para descanso ou esperar alguem. Eventua mente .. ea11::a'"'"'-se
man1festay6es em seu espaco devido a prox1m1dade da Ordem dos Advogados de A..agoas
Pra~a dos Palmares
No comeco da vila de Mace16 a area da
praya dos Pal mares fazia parte do que era chamado
de "BOca de Macei6. Cravetro Costa (2001) define
a como ·o bre;o. o mangue. o ptmtano, que a
expanstJo urbdna conqwstou e saneot1, e estende·
se da pra9a S1mmbu 8 rua Pontes de Mtranda e wti
ate a Enfermana Mllitar e ruas adjacentes" Era a
Foto 12· lo\'al em 1869 onde hoJe estil a pra~ dos
PAhllftte:; A d11crta .. ~-.st'! os fundos do sobrado do Barto
de Jat .1gua. Foote· MISA
area cortada pelo riacho Massay6 que fo1 sendo aterrada a med1da que a cidade crescia. No entomo
da pro~ ftCtNA um casano colontAI que lot sondo
substttuldo com o passar do tempo o o palflcto
volho", demohdo em 1940
De fr..:!nto pma eta ftcnvo o Bela Vtsto
PDiace Hotel construido por volta do 1915 no local
do antigo Hotel Petr6pohs Ftcou conhectdo pela
beleza de sua arquttetura ech~t1ca com tnflu~ncta
btzanttna. admtrada por muttos dos tlustres Foto t3. Pra~a d011 Palmares e o Bet.a Vda Pe!aGe Hotel
Fonte GezetaWEB h6spedes que hospedou. porem nem 1sso o salvou
da demoh~o em 1964. para dar Iugar a constru~o do atual predto do INSS
Em seu entorno, tndo em dtre~o a prata
ftca a Estat;:ao Ferroviaria tnaugurada em julho de
1891 atnda hoJe em pleno funcionamento, porem
com trens partindo apenas para ctdades pr6xtmas
a Macet6 como Louren90 de Albuquerque e Rto
Largo Na mesma dtret;:ao ficava tambem o Palacio
Episcopal constrUtdo na decada de 20 com a
finalldade de ser a restdencia ofictal do arcebtspado
por tntctattva de Oom Santino da Stlva Couttnho.
sendo tnaugurado em 1926 (ALBUQUERQUE
2000)
0 nome da prays dos Palmares e uma
homenagem ao mais importante quilombo do Brasil
Oivide-se em tres partes, sendo que o trecho
separado da pnncipal pela rua Dr. Pontes de
Mtranda (ver mapa da figura 5, pg 33), abriga o
monumento erguido em 1995, por ocasiao dos 300
Foto 1<4· Vista da rua do Com~C10 em dire~o a ;wa;a A dlfetta a Esta~o Ferrovi~ria
Fonte · Arq lconogr~fico L; E~' sem :sr.a
anos de morte do lider negro Zumbi dos Palmares Foto 15 Pra~a 16 de Julho. atl.a ~"a'~ "'-'S oa•~ares na
que lhe da a denominayao No come90 do seculo d~cada de so Ao centro 0 .ek.'g ~ ~fk:ial ~ ~ t-ar do
passado este trecho era chamado de prays 16 de
JUiho e nela f1cava o conhec1do Bar do Rel6g1o
reiOgto Ao fundo ~ dlre•ta a Esta\.\-.' r:e ,.,, 113 e i
esquerda , o Arce~sC>aoo Fonte· o\lSv~L t:RC"E 2\X'X'
Atualmente seu entorno apresenta quatro edJfictos sendo o do IN$S e o \'!: mho ae se s
pav1mentos e os outros do is com ma1s de doze pev1mentos Ha au1da esh~~tonamentos a Sec· etana
Mumctpal do F tnanyas, o Hotel dos Palmar es e loJas corno1 eta is
0 espat;:o da prat;:a apresenta so gradoado e rnt1l conservado. com hxo espalhado Camel6s
ocupam suas calyados, pnnctpalrnonte nus loter~11s d,l Bar~o de Penedo e da rua do Comerc1o 0
ambulante de ervas o eMs Jcl virou rofetenct\1 Dots "larnbe·larnbeD, fot6grafos mantem ponto na
prays, mas comentaram que perdem chentes dev1do aos chetra-cola, margtnats e homossexua1s que
prat,carnente tomurclrn conta do ospnc;o r amb6m fomlll~s r.lr1 r.losrJbngados costumam se abngar Ia
uma 011 dun~ mutheroc; ,1dultas com vnr1os cnnnt;.n'l poquonn-.
Pra~a AfrAnlo Jorgo
A sua aroa, no bwrro do Prndo, Jfl aparece na planta do Mace16 do 11j31 Sua or gem dP.Ieu
se a 1ntonc;ao ern homenagear Dom1ngos Fernandes Calabar tendo s1do sua pr1ma1ra denom1nayao
prays Calabar Fo1 1naugurada, no d1a 28 de outubro de 1906, sendo o lntendente o Dr l~anot::1
Sampa1o Marques (LIMA JUNIOR, 1981)
Fo1 1nstalada no logradouro hmitado pelo
Cem1teno Publico de um lado e do outro pelo
Quartel da Guarnu;:ao Federal, atual CCBI - Centro
de Cu3nc,as Biol6gicas da Univers1dade Federal de
Alagoas. (Foto 16) Em seu entorno foi construido o
Asilo Santa Leopoldina, o pnmetro da ctdade,
inaugurado em 1891 e demolido nos anos SO
0 predio do CCBl abngou no tnicto do
., ..... O..<t ..... ,, .. ,.,., ... .., . ......
Foto 16: Quartet do 33° Batalh!io do E.x~rcrto atual prMio
seculo passado, por volta de 1914, 0 20° Batalhao do CCBI e pra,.a Afranio Jorge ln!CIO do seculo XX.
de Ca99dores do Brastl (hoje sgo Batalhao de Fonte Gazeta'I.'E3
lnfantana Motorizada), ate 1949 Em 03 de mato de 19SO, fo1 doado e passou por adaptayees pa·a
abrigar a Faculdade de Medictna de Alagoas, com a cofaborayao do arqutteto Joffre Sa nf Yves
Simon (nascido no Acre, fifho de pais franceses, formado em Arquitetura no Recife e res1derte e..,.,
Macei6) (SILVA, 1991) Desde entao. apesar de ser denomtnada ofic1almente como pra99 AS-r-a"' c
Jorge, e mais facifmente reconhecida pela populayao como a pra99 da Faculdade.
Na decada de SO foi construfdo o pantheon, destinado a receber os restos marta s co
marechal Floriano Peixoto, o que nao veto a ocorrer. f1cando entao abandonaoo oe as
adminrstracoes postenores.
Tradicionalmente cenario das
comemoracoes das fest1vidades de final de ano,
tn1c1adas no comeco de dezembro tndo ate o d1a 6
de Janeiro, dra de Re1s. Eram feitas apresentac;oes
de folguedos do nosso folclore como pastoris.
guerre1ros chegancas e maruJadas Atualmente
abnga parques de dtvers§o temporanos durante
esta epoca. (F oto 1 7)
Foto 17 Pa1Que 111fant1l tt>m~~Nl\00 $talado :10 t>spa\() da
pmcn Fcnte 1\PB nov 2003
Ap6s sucess1vas reformus. Utnda mant~m o fun~.ao de lazer. abrigando uma p sta de
btcicross. quadra do v61oy com p1so do are1a o u 1nstala~o temporana de parques Abnga tambem
uma escola-parque. a Monsenhor Luis Uarbosa. mantlda palo muntctpto
Sou ontorno 6 cornpo'lto por IO':lldc'.H1Ciil'> o r:t t'!w. cornr.~ rcror s, como ro'>taur~mt'J'•
lanchonetcs, df111c l '> rnt'ldr~n '> o funor <) rtft '• 1\brrqn IHrnhltrn wn ttJrmtn.JI rndovtftr 10 tnlermumr,tpal dr.
ondo part om o~ Ontbu'> quo soyuum pnr ,1 o llto1 <JI sui clo I st: trl (J
Pra~a do Pirullto I Parquo Rodolfo Lins
Suo dlll10mll10~.t\o OfiCICl l 6 PorqlJ() Hodolfo l 111'>, rnr •·· fJ rouUJ r.orthiJr.tda, < ondo r.:.onhrJr;tdn
atndo como pr ,,~ do P1ruhto Rodolfo l 1ns fo1 ndvogodo r polillw, a:.Gos:Jrnodo om 193~ por
questOes poht1cas entre os •rmllos G6es Montetro (BARBO<;/\, 199~)
No comec;:o do seculo passado, quAndo era conhec•d•• como run do Horn Conselho abr1gou
festeJOS natal! nos dos mats mov1mentados Numa especte do cor~to cobnrto aprosonta 1a sc o
pastonl de seu Sevenano candtdo que causava furor peta ldonttfrca«;.tlo n torcrda rJa plat6ra entrfJ as
cores azul e vermelha do pastonl, e as dos unrformes dos JOgadores do Cf':ntro Sporhvo Alagoano e
Clube de Regatas Brasrl, respectlvamente (ROCHA, 1995) E bem lembrada pelas pessoas na far1a
de 1dade entre 45 e 60 anos por asses mesmos festeJOS Relatos orars tra7.em recorda¢es de
bnncaderras encontros, do trem chegando para levar as pessoas para outros locars de festas como
Bebedouro, Fernao Velho e as de algumas usrnas Apesar do trem sarr lotado, ainda frcava gent~ na
festa da praya princrpalmente quem trnha crran<;:a pequena Um dos relatos do professor
Washrgnton, do Espa<;:o Cultural da UFAL, trouxe lembranc;as de sua rnf~ncra vrvrda nas prayas e de
um parque com um tobogi!l que rnstalou se na praya do P1ruhto Comentou que para aquela epoca
era uma novidade, algo parecrdo com os toboagua, mas rndo aternssar em sacos de arera no frnal
Apesar de oficialmente ser chamada de parque, possui poucas arvores nao consegu1ndo
criar um micro-clima agradavel Seu espac;o e mal cu1dado, com chao de terra batrda poe•ra e hxo
Parte de sua area e utilrzada como parada de onrbus urbanos, atualmente sua prrncrpal func;:ao
Pra~a General Lavenere
No seu espayo em Jaragua, encontrava-se
onginalmente a prime1ra capela de Nessa Senhora
Mae dos Homens (Foto 22) A necessidade de urn
temple maror fez com que fosse construido outre
em um terrene pr6ximo Ass1m, em 1868 foi
demarcada a prac;a. JniCJalmente conhec1da como
Wanderley de Mendonca (Foto 18)
E.m 1918 passou por uma reforma ,
gerencrada por Rosalvo Rtbetro, adotando um estllo
frances (Foto 19) No centro da prac;a fat colo~1do
f oto 18 P1 ar;n Wrmdctley de Mendon~ a, 1910
Font" GazctnWEB
0 obeltsco da lndepond~ncta Do alvonar ta, corn cered de st'ls metros de altw a, e comemorat1vo do
pnme1ro anJversfmo da lndepend~ncta do Bras1l (VASSAL 0 F·ILHO, agosto de 2000) Nos quatro
cantos da prays, asculturos do an tmnts urn lefio urnu lood um Javalt e um lobo, (estas duas ult1mas
passaram um periodo de tempo tnstaladas no Parquo Gonyalves Ledo),- 1mportadas da Franca. em
aca""·o como ferro nd do ficavam d rectonadas paro o obo sco Os postes possu am ro has ce •
d corayAo da base e d \ ersas fonnas de suporte a6reo para as ~mpadas podendo ser enca aoos P
""'""' ::Jos de as mane ras Outras rc•onnas rorom rea zadas a ·erando o espa~ tendo 5 co
ta bC g de da no n cao dos enos 90 Durante
as obr s d ro ta zayOo do ba rro de Jaragu~
em me dos dos anos 90 o tra~do de 1918 ro1
rec perado Foto 21)
No seu entomo ; cava a ponte de
desembarque (foto 20) que tuncronou de 1870 a
1940 onde os oassagerros eram recepcronados
oe a estatua oa Lrberdade 0 monumento e replica
fie! em menores oroporc;Oes da exrstel'lte em Foto 19 Pra~ General Laven~re ap65 reforms corn pr ;et
Nova lorque tendo rnclusrve o mesmo autor da
ong nal o frances Fredenc August Barthold!
lnclu•ndo o pedesta em a1venana possu cerca
de se s metros de a tura sendo a rred da da
estatua de do s rretros e crnco cent metros Fo1
cor'eccronada na 'und'yao francesa va, D Osne
em fns do seculo XIX e segundo oocumentos da
UEM Umdade Executora Municipal},
provave mente ter·a chegado a Mace16 em
de Rosalvo Ribewo, 1918 Fonte .:.,rq lc:onogr~!:co tJEM
-
pr·me ro de mar~ de 1906. Na decada de 60 fo1 Foto 20 Ponte de desembarque e esta:ua oa oeraaoe
ret~rada do seu local de ongem e por ma1s de 30
anos ficou 1nstalada nas prar;as Centenano, no
Faro! e Manoel Duarte. na Pajur;ara Em 1992,
voltou ao seu pedestal de ongem, na prar;a
Dezo1to do Forte locallzada atras do predio do
MISA - Museu da lmagem e do Som de Alagoas
(MARQUES 2000)
0 pred1o onde funcrona o MISA for
construido 1n•cralmente para abrigar o Consulado
Provrnc1a l, tendo s1do maugurado em 07 de
setembro de 1870. sob planta do engenhe1ro
Carlos Mornay Com a Republica nele passou a
Fonte ALBuQuERQ...,E ~::i:
func1onar a Recobedorw Contra! Em 191 "1 fo1 reClhZ\'ld,l nov.-. reform .. '! Sl''b p o1et u\...., a qu teto ..,ose
D1n1Z da S1lva Por volta de 1934 Jnstnlou·!'O, .'1 usquorda do pred1o .. 1 -:'· Oetegac·a Au\ ar de
Polic1a Em 1964, passa por uma qrcmdE' 1 eforn1.1, ttlndo Sll.~ denom 1a~ao modtf1cada para
Delegac1a do 2° 01stnto da Cap1tul. Ern 1982 o pr6d1o fo1 cedtdo .10 Museu da lmagem e do Som de
Alagoas, tendo s1do entao totalmente restaurado a aberto a \>ISJta<;ao publica no ano de 2000
No espar;o da prar;a, a Secrotann dt:> Cullum, a Empresa Alagoana de Tunsmo (EMATUR) e
o SEBRAE/AI promovarorn mensalrnento no!> .111os 90 uma oxposty."\o de ariP'i plastlcas durante uma
temporada, mas tnloh ·mente o proJOIO n;\o so ft11nou, sendo nbandonodo Atualmente esta em
andamento um prOJOto para promover qwn.ronolmonto lllna fotrn cJn mt13s:"!os, Iondo estreado em 24
de outubro deste ono Sou uso pr£>domtn.mto 6 como ac;tar, pnnctpolmente por motonstas de taxt
Tam numero reduztdo do bancos e pouc<lS <irvores Seu trar;ado e oclellco ci~SSICO logo voltado
para as fun~Oes de passoto e estar contemplattvo E mats conhectda pola denomtnayao Dots LeOes
Praca Bom Jesus dos Navegantes
Esta pra~a ftca quase como complemento
da antenor e nela se sttua a lgreJa Nossa Senhora
Mae do Povo A capela origmal (toto 22}, que ficava
na area da prays General Lavenere. constava na
planta de 1820 enquanto o templo atual teve sua
pnmeira pedra colocada em pnmetro de Janetro de
1888. Atualmente abnga urn belo exemplar de
"jaquerra de Jardrm" cuJa copa toma toda a largura
da prays. Seus frequentadores sao principalmente
os moradores das residencias pr6ximas, as pessoas Foto 22: Primitiva lgreja de Nossa Senhora M3e do Povo
que vao as mrssas da igreja e, nos ftnats de matrtz de Jaragu6, no toea! da atual pra~ Gel'eral
semana, principal mente durante a notte, OS lavenere lniCIO do seculo XX. Fonte • . SA.
freqiientadores de urn bar que the e pr6xtmo
Pra~as Rayol e Marcilio Dias
Sao pra~s pequenas que se situam no mesmo bairro. A primeira e conhecido reduto dos
boemios da cidade. No come<;o do seculo passado ai eram real izadas antmadas festas de Natal com
apresenta<;ao dos folguedos da epoca. Atualmente abriga restaurantes e casas de show tenao seu
espa<;o movimentado pelos frequentadores destes, principal mente quando se aproxtma o f "''a ae
semana, e da comunidade local, organizada em confranas.
A segunda, a pra~ Marcilio Dies, fica no final de Jaragua, ja
localrzando-se a frente da Capitania dos Portos de Alagoas Seu nome ~ ho1nenaaenl a um ~
mannt1e1ro braslletro, her61 da Batalha Naval de R1achuelo, onde marreu em Junho de 1865 aos 2-
anos de 1dade. ~ sempre lembrado pelo seu retrato ou busto colocado nos na\ tos e dependenc as da
Mannha do Brastl (VASSALO FILHO, fevere1ro de ?000)
Por bastante tempo a pra~a abngou equ1pamentos anttgos da mannha como um canhao e
uma ancora Recentemente reformada, om 1995, fo1 o marco tmctal das obras do projeto de
revttahza~o do ba1rro de Joragua Seu ptso fot modtftcado, foram construtdos cante1ros e tnstalados
urn palco e bnnquedos 1nfant1s 0 busto em bronze do mannhe1ro Marctho 01as permaneceu, sabre
urn pedestal de alvenaria.
49
Suo froquOncrc~ duronto o dro nlto rnsprm murta soguranc;:a Flanehnhas e desocupad'>s
costtmmm so tlbrrqw ·' 'iomhr.l qonoro<.>n rJnc; nmondoorrn•, quo Ia oxr•,tom Fm algumas ocasroes 0
Servr~o dr Aporo c.i!> Mrcro o Poquontt!; 1 mpro•,ns (Sf:BHAI ) roah.r:J eventos na pra99 buscando
drvulqm sw1 IOJ<l o ~ww> progmmns
Um pouco nwr" o Ironto cJn prnc;:<~ Marciho Drns onr..ontr;t sr o CorAto da Avenrda da Paz
rnaugurado om prrmouo de J<lnerro de 1928 palo ox proforto .Jaymo rJrJ Att::;.•IIII•J Nessa ~poca servru
como palco p.lro aprosontac;:oes musrcars. as retretac; Pa!>sou murto tf;lmpo 'J€:~8trvado termrnando
par sorvrr como ponto do rnformac;:oes turistrcas e depors como ba<-.e para um::~ et>tar;ao de radro
amador No prOJelo de revitalizac;:~o de Jaragua for restaurado, voltando rnclusrve ao uso orrgrna de
palco musrcal
Pra~a Nosso Senhor do Bomfim
Localiza-se num dos pnmerros barrros de Macer6, o Poc;:o Postenormente passou a ser
chamada de prac;:a Dona Constanc;:a de G6is Monterro, mas ate hoje contrnua a ser reconhecida pe a
pnmerra denomrnayao. Sua area ongrnou-se do largo da capela de Nosso Senhor do Bonfrm 'Foto
A igreja foi construfda no mesmo local da capela, no ano de 1883, em terrene doado pela fa11"''1 a
Calaya Em frente a sua porta ergura-se o Cruzerro
costume da epoca. (Foto 23). (SILVA FILHO, 1994).
A origem de toda hrst6na do tradicronal
bairro do Poc;:o rnrciou num sitro de propnedade do
portugues Antonio Fernandes Teixeira e Maria de
Aguiar, sua mulher. Com o passar do tempo, ruas e
casas foram surgindo, e o sitio foi se transformando Foto 23: Largo da capela de Nosso Senhor do Bonfim Fonte GazetaWEB
num dos mais importantes bairros de Macei6.
0 Poyo e tambem conhecido por suas tradicionais festas. As datas comemoratlvas nata
ano novo, carnavaf e o periodo junino, eram sempre motrvos de festejar entre a comunraaae c ... e
receb1a muitos visitantes de outros bairros da capital, atraidos pela alegria e amizades conqu,staaas
Dutra tradrcional comemorayao, a testa do padroeiro do barrro, o Senhor do Bonflm aconte~e a "'Oa
hoJe, no mes de dezembro.
Ponto hrst6rico, rnicialmente residencial, passou a ter grande rntensrdade comerc•a senao
reduto de farmac1a, lojas e ate pequenos hoteis, no tempo que o bairro sedrava a Esta<;ao Rodo\ ran a
de Macer6 em CUJO espayo hoje funciona a sede do Centro Educacronal Oton e P mer1te
Na area resrd1a a familra Voss, de ascendemcra aloma, CUJO patnarca Sr Hermann Voss
construru o C1ne Plaza. rnaugurado na decada de 50 No rn1cro garantta dr'>ersao para toda a famrlra
passando depo1s o somonto exrbrr f1lmes pornognifrcos, ato que vero a fechar. f1cando seu predro em
situa~o de total abandono (SILVA~ ILHO, 1994)
0 espac;:o ong1nal for bastonte doscaractonzado dev1do a construc;ao do vraduto lb Gatto
inaugurado no d1a 27 de abnl de 2002 0 mov1mento de ve1culos e 1ntenso e em seu entorno esta
lnstalado urn ponto de 6nlbus, que atende tambem linhas lntermunrcrpaiS OevldO a proxrmrdade
J ,1• rn- ntom um con<:1d1JrtJvol dosll) J')Or1to o cJu Coli'J(IIO Crl'if>lrHllllO l'ori.JI o q1lf.l rtJSitJII r ;, fJW?• 01n ·l ;J
rnovmumlo dr) pO' <"I)"J'1 tJJ')O~ar dr1 rwunr1.1 1rl1h.fl't Itt nporms r rm1rJ p:t"""''l1'm ,. .• rlo /lagr;as S1l 1estro
0 t>usto do Dono C,on·,tunc•• <ln ( J61b MIJni'Jif'J, tn<tiJ rJr, o;; fJ'J'I' " rl' .. hr
Por~clos. quo to1 tnuu(tllr<Jclo om 113 do c;otornbro do l'JII'J o ro~l·''" J'Jr; r r; qr;lr no de Ollaldo
Swuaqy o do Profotto Joc;o AnndOifcJ nm 1 '181\ porrnwmro nn JHft',..fl (,,, II f r; • 'Y~4}
Praca Lucona MaranhAo
No mlc1o do seculo passado, om Bobodouro, ern wndn o largo rla lqre1a do [,antr; /\nt~r110 ''
cupelo fo1 construfda no seculo XIX, sob ordorn do ProcururJor Ant6n1o Marta f'\9u1ar r,.o•,fl•J 'rJo
fachada em azule1os, porta central am vorga curve, duas Jf.lnola<> no coro com uma at)r:rtrJra f;iffiff::
alas para os smos e frontao com volutes ladeado por coruche1s no arrematP. dos cunh::~1s :::!i:rn d($
escadanas para acesso Postenormente foram ad1C1onadas construyaes em suas latera s que
preJudtcaram a volumetna da edtficayao (BORBA, 1970)
Neste espat;:o do largo as pessoas camtnhavam e se encontravam e aos sabados acor:t~c ~
a fetra livre 0 calyamento amda nao atingira as vias das imedia9oes (BRANCO 1993) 0 acesso se
dava por bondes da CATU, por tram e ate pelas canoas
As famihas iam passar as fenas em Bebedouro, atraidas pelo clima agradave' pe1os oannos
dos nachos Luis da Silva e Peru. pelas frutas da epoca e pelo pescado da lagoa do Mundau Era o
batrro de veraneto da elite Porem. o batrro nao oferecia muitas attvtdades de lazer aos seus
moradores lsso veio a mudar com a tntctattva do Major Bontfacto Sllvetra Desde cnan9<t gostava ce
teatro, declamava poestas, abohctontsta e republicano Aos 25 anos fot lntendente Muntc1pal oe
Macet6 e atnda exerceu dtversas outras func;oes, aposentando-se como admmistrador oas
Capatazias da Alf~ndega de Mace16. Muito conhectdo fot tambem como homem das artes e da
imprensa. (ROCHA, 1995) .. Gostava de se diverttr e de divertlf os outros e. nesse espinto oectd u
acabar com a "monotonia de aldeia adormecida" lnlctava-se entao o governo do "Pres1ceme
Perpetuo da Republtca da Alegria" .. (CALHEIROS, 1996)
Ate os anos 30, Bebedouro foi o centro por
exceiE~ncra das dtversoes da capital na epoca
nataltna Estas tomavam Iugar JUStamente na praya,
que servta de cenano para uma enorme laptnha
dofronte a tgreJa e como palco para drversas
apresenta~es folcl6ncas (Foto 24) Era atnda
palco das festas de carnaval. JUntnas e dre1s
santtftcados Sob qualquer pretexto o MoJor
Bomfacto orqantZfJVCJ bnnc.odotros. (liMA 1993)
F oto 24. Lnr go de Santo Ant6010, palco de lestas nutalinas
Nu prunctro plano o bonde cl~tnco D~c&da de 20
Fonte ALBUQUERQUE, 2000
A praca Lucona Maranhao fot reformada
na ndmmtstrn~o do prefmto Sondovnl CaJu
( 1961-1964) recebendo 'poltronas· do marmonta
decorndns com o sou "S" c umn fonto corn
aLuleJoS de cor nzul Hecenternento pnssn por
mats uma refornm em que fot supnmtda a rua
defronte a tgreja tntcgrando a a prac;a 0 coreto
extstente tot dernolldo e em seu Iugar fot
constrUtdo um grande palco ctrcular no etxo
-•
central da pra<;:a, que serve tambem como banco Foto 25 tgreja de Santo Arltorno com ,, (/>'"'''J 1em'j dfJ
· b t t fd por pedra recentemente em pnmetro plano FoMe Gal'etli IIEB (Fotos 25 e 26) Seu ptso fot su s 1 u o
portuguese branca. com detalhes do mesmo
matenal na cor preta (Foto 27)
Em seu entorno predomtnam os usos
residenctal e tnstttuctonal, neste ulttmo. tnclusos
colegios estaduats, tgreja cat61tca, temple
evangeltco e o tradtctonal colegio Born Conselho
Ha exemplares de arquitetura notavel que
merecem ser conservados: a direita da matnz uma
casa grande colonial, ja existents em 1883, a esquerda, uma restdemcia em esttlo ecletico e a frente da pra~ a casa paroqutal, de esttlo
arquitet6ntco mats recente.
A pra~ e utilizada ate hoje como palco
das comemorayoes juninas e nataltnas, com
grande frequencia da popula<;ao. Como em seu
entorno, predomma residencies e ha dtversos
colegtos e bastante frequentada pelos estudantes
e por JOvens das proxtmtdades
Foto 26: Prava Lucena Maranhao e palco Clrcuta· co~..z oo
a frente da lgreja. Fonte. Karina Braga dezembro de 200:
-•
Fo1 possivel observar, pela autora, que na Foto 27 A dtrerta. ao tundo res.der'I03 ede~~ Em pnme11c
plano as obras em andamento A. 00\"8 ikr:r11na\~O tel de \la area do entorno da pra<;a, algumas pessoas
mantem costumes como o habito de sentar-se as
portas e que as relayoes de vtzlnhanc;a atnda sao
cult1vadas Adtctona·se a tsso a parttctpa<;ao ativa
ap6s o t~rmtno do asscntameoto do nc\ o r "'"'· que tE\~ e q-Je
ser rasgado para a pas..~ge"' d(ls Cdbl)s e etn :'0"
F\)nte I\<! ''3 Braga dezembro de ::003
da par6quta do Santo AntOnto, tnclutndo as fretras do Bom Conselho na realr:a\.ao ae suas
comemora~Oes reiiQIOsas na praca 1 udo tsso contnbut par <.1 que o e~pa~o desta ora<;a seJa melhor
apreendrdo pela populac;ao, fa7.endo corn que tenha uses adequados Tanto e constderaaa pela
popula~o como urn espayo que pertence n elas, que a reforma ern andamento recebeu d1versas
criticas, rnclustve tendo s1do refe1tas varras de suas 1ntervenc;Oes, como a dlmtnur~o na altura ao
52
d d d arvores e coloca~o de palco ctrcuiAr, lmprovrsot;llo de buncos do alvonnrla ao ro or os troncos as ,_ a da popula<tAo Foram nov.1 rlummat;Jo Apesar dossns adnptn~Oes .1rnda n .. o c.onsl;lgUiu a aprovac o
( J d anos contatados no ouvrdas corea de doz doclwor;Oos cJosoprovnndo nq ro ormas, (a as por usu · co da espaco dH pr<lCll como o proprlotluro dn bunCtJ do rovrstas, at6 rnclusrvo o pr6pno tecnr
prefettur'l respon!:>,)Vt'l pol<~ obra
Urno das restru;Oos fotto polo outoro dosto trabolho 6 n IOC':ilrzar;llo do p<Jrqu~ tnfantrl que
frcnra na extremtdnde da praca mats pr6xtma do colegto Bom Conselho na rua Dr Ant6nro Nunes
t erte com a avenrda MaJOr Cicero de G6es Montetro, <;;eparada dostas apenas par uma grade de
cerca de um metro de altura E preocupante, pors o trafego da aven1da e mtcnoo 1ndu1ndo 6ntbus
Pra9a Manoel Duarte
lntc1a o ba~rro de PaJucara, logo depo1s da curva que deixa o bairro de Jarag,A, ap6s a
Admimstrayao do Porto de Macer6 Recebe este nome em homenagem ao med•co po ·, co e
JOrnalista que entre outros cargos fo1 governador de Alagoas e senador da repub ca Nasce ... e"":'
Macei6 em 1858 e faleceu no Rro de Jane1ro em 1914
Nos anos 50 apresentava um trayado ecletico classico (Foto 28) Como estava oca z.aoo
em um barrro de veraneio, prestava-se ao passe1o dos moradores Em 1960 sofreu CO"'"' _"""a
1nundayao. Abrigou a estatua da Liberdade ate 1992, quando esta fo1 devolv1da ao seu pedesta oe
ongem, na prays General Lavenere, JB c1tada
No 1nfcio do povoamento do ba1rro, seu uso
de solo era estritamente residencial Atualmente
d•versificou, assum1ndo os usos: comercJal, de
servic;:os e institucional. Em seu entorno esta a
Fundayao Pierre Chalita, parte dos armazens do
Porto, farmacia, posto de gasoline, escrit6rios,
consult6rios e laborat6rios
Tem seu p1so elevado em relat;ao ao nivel
da rua e fica situada entre vias de movimento Foto 28· PraC(a Manoel Duarte, anos 50
1ntenso, sendo raras as pessoas que utilizam seu Fonte. Arq Joooografi~ EM
espayo. Algumas vezes e possfvel ver pescadores tecendo suas redes na calyada da rua cue .:o~a a
praca em duas partes, para tsso eles as amarram nos postes de stnaltzac;So Uso peculiar e basta'1te
Interessante, po1s que representa uma das at1vidades tip1cas de nossa c•dade Tambem ha um
vendedor de frutas que "1nstalou seu ponto- em uma das extremidades da prat;.a once sempre
estac1ona sou veiculo
Pra~a Rosalvo Rlbolro
Recebeu este nome em 1940. em homenagem ao grande p intor alagoano autor do pro1eto
de dtversas pra9i)s de Mnceto Na mosmo epoca fot construido um busto em sua homenagem
Localtza-se no topo da lade1ra da Catedral, conhectdo antigamente como Alto da Jacut1nga A part1r
53
. d se av1star o Porto b 0 do c1dado do Mace10 poden ° dela se tem uma v1s~o panorl!mlca da parte 31x G ,..~10 sendo ate
1 te t nhA o nomn de Sao onv--de Jaragun o Centro e toda a resllngo no sui ln!Cia mon 1 ~ Ia ' 1 ostar tocah.!ado pr6>'1ma a essa cape ·
hoJO mals conhecld<:l como M~rante de Silo GonCf.'J o, por I ha em M 6 t ndo s do construida uma cape 1n SAo Gonr;alo fol o pnme~ro padraolro do acol ' f) I XVIII
h M 6 provavelmente no final do secuto sua homenaqem II epoca e nas terras do engon o assay • t , at· sendo a Matnz porem, tendo como Em 1821 , ao ser cr1ada a par6qwa do Mace16, f1cou es a cap <J •
1850 a dar Iugar a nova Catedra1 padroetra Nossa Senhora dos Prazeres Fot demohda em · par
d 11 a esposa a lmperatrrz 0 Tt:!reza mauQlJrada com a presenya do lmperador Dom Pe ro e su •
I d d Pedras hOJe Rosalvo R1be1ro Cnsllna, em 1859 Nessa epoca fo1 m1C1ada a abertura da a etra as • ·
dando acesso ao pnm1t1vo tarot (o pnme1ro, na costa brastletra, a func1onar com tuz etetnca anos
depois) e a ant1ga Casa da P61vora, que ficava no alto do morro Em 1888 a Casa da P6'vora fo,
comprada par devotes de Sao Gonyalo do Amarante e transformada em igre1a para Ia ser co•ocaaa a
1magem do pnme1ro padroeiro de Mace16, onde permanece ate hOJe (ALBUQUERQUE 2000, .
Seu entorno e composto principalmente
par res1denc1as, tendo em uma de suas laterais
um edific1o res1dencial de alto gabanto Na outra
lateral sera construido outre pred1o, onde antes
func1onava a Culture Inglese. A rua Osvaldo
Sarmento
predios e
passa a algumas
sua frente, tambem com
residencies de um a do1s Foto 29 Practa Rosalvo R1beiro com comere~anteS de
pavimentos.
E utilizada
artesanato. ambulantes e banca de revista 0 pn~diO o:1ae
como ponte de parada de funclonou a Cultura lnglesa serll derrubado para a ~~o
de pr~dio residencial. Fonte~ Karina Braga novembro de 2003 Onibus de tunsmo para que possa ser apreciada a
v1sta da cidade a partir do mirante, por 1sso vanes comerc1antes de artesanato armam suas barcas e
espalham seus produtos por toda a prac;a. Tambem ficam cerca de seis a dez vendedores de cola~es
e pulseiras de "piriquiti", semente vermelha de arvore local para a quat criaram a superst1y8o que da
sorte possul-las Antes mesmo que os turistas desc;am do Onibus, eles vao as 1anelas oferecer se .... s
produtos. Ha a1nda uma banca de revistas e alguns carnnhos de ambulantes vendendo ca1oo ae
cana e cOco verde. (Foto 29).
Parque Gon~alves Ledo
Sttua-se bem pr6xrmo a capela de S~o Gon~to Sua dtmens~o redu:1da e seu aaencramer.to -tornam mats apropriada a denomma~o de pra~ do que parque, embora esta t.. 1ttma sea a o· c1a
Locallza-se na laderra Coronel Ctodoatdo da Fonseca urn dos acessos ao Centro a ~art•r do ba --o
do Farol Seu nome e homenagem ao politiCO quo lutou pela perman~nc,a de Dam Pedro 1 no pas
Seu entorno e de uso mrsto, com resrd~nctas , escntonos escolas consultonos e to1as As
vtas que a contornam sao de trafego tntenso. com exce~uo dJ rua CrndrJo Durval 0 muro de arnmo
na lateral correspondonte a estn ruu conta com c1 inscn~c.'o Parque Gonc;alves Ledo - 1962 · Ainda
ha uma balaustrada com duas estatuas tnstuladus nu sua abertura de entrada no parque.
rums
As condt~c5es de llmpeza e manuten~o da prac;a estao
Ha mwtas folhas secas espnlhodas, montes de l1.1o,
bancos faltando tabuas, bnnquedos procts<mdo de paquenos
reparos e ptntura, arvores com galhos '>CCO'i tnclltStVO nlguns
catndo dovtdo oo vento forte llptco de ftnal do c1no nost:J regtao
rossw wn palco ctrcular e Jerdtnetras tambnm
ctrculares em vanos nivets, acompanhando o declive do
terreno 0 escorrega gtgante de alvenana e um bnnquedo
tnteressante que conttnua em boas condtcoes ap6s cerca de
quase vtnte anos de construido. Mas como a praya e pouco
frequentada, permanece quase sem uso.
Atualmente possUI uma escola de ensino fundamental
tnstalada em seu espaco, que durante o periodo lettvo promove Fotos 30 e 31 . Est~tuao da entra<!a l~e·'!l
da rua C1rid1l!o Durval. a ctrcula,..5o de pessoas. Tambem ha uma banca de revtstas,
Y"' Fonte Kanna Peixoto, novemt>ro de 2Y..1 desattvada ha pelo menos tres anos
Apesar de possuir colegtos em areas pr6xtmas, seus frequentadores nao sao estuda'""·es
pots esses colegtos tern alunos provententes de classes sociais mats altas que se transpo~a .... e ....
veiculos particulares. Tambem esta dtstante dos pontes de ontbus mais pr6x•mos dos co1eg as ... a::. sendo, portanto, area de passagem destes estudantes E bastante comum pedestres cru.za·e'"" a
praya para encurtar caminho.
Pequeno Ca~ador
Separada pela ladeira Coronel Clodoaldo
da Fonseca fica esta pequena praya, que e a
encosta do morro que tern a rua Professor Angelo
Neto passando no alto. Construida na mesma
epoca do Parque Gon~alves Ledo, ttnha a estatua
de um menino denominado "Pequeno Ca~dor"
Esta foi totalmente depredada, sobrando apenas o
pedestal e os restos das pernas. (Foto 32)
-f
Possut do1s bancos com o desenho da
gestae de Sandoval CaJu (1961-1964). mas estao
Foto 32 Restos da estatua do Peque"o Cavall<.'f e follas
secas no chao Fonte ~a na Pt't\Oto N\E'"'bro Je :~.: '.3
em pesstmo estado de conserva~o (Foto 33) A pra~ tambem
apresenta -c;e com mUitas folhas secas e mu1to hxo na area pr6xuna
a restd~ncta Vlllnha no fmal da rua Angelo Neto Ncl parte de bat\o
desta prava f1ca o pr6d1o do Clube L•ons, quo por umn epoca
adotou o parque Gonr;alves L~do o osta pra9o, quc1ndo ontJo estas
f•caram com 6t1ma apresentavao Mos oste pred1o nOo e ma1s
utilizado palo L1ons Club encontrando-se abandonado e che1o de
Foto 33· Banco da gestao Sandoval
CaJu Fonte Ka na Pel)oto
novembro de 2003
55
d I d ra apresenta acumulo de hxo e malo Todn a <irao togo atras dosto pr(Jdro, subrndo o osnrvo a prov
mal-cherro F ~~~ 1da b,l';rcamonto como pass.1qom
Prac;a do ContonMio
Jnicralmonte donomrnnda Prnc;a Jonas
Montenegro nome do frlho do antrgo dono do
terr eno adqurnu o nome atual em 1939, quando
Macero completou 1 00 a nos como caprtal alagoana
(BRANCO 1993) Srtuada no barrro do Farol, marca
a entrada ocidental da cidade e foi rmplantada no
inicro do seculo XX num terreno pertencente ao Sr
Januano Bezerra, onde antenormente exrstra um
campo de futebol Em 1931 (ver mapa da figura 11 Foto 34 Prac;a Centenfnio
pg. 27), o terreno ja havia sido drvrdido em duas
partes pela rua ltatiara, sendo o lado menor ocupado
palo Grupo Escolar Tavares Bastos Nesta epoca
passavam pela area OS bondes da Catu
Em 1963, na gestao do prefeito Sandoval
CaJu, a prac;a passou par reforma, recebendo
passeios de mosaico, bancos e bancos poltrona de
marmorite (foto 34), a escultura do mapa de Alagoas
em concreto armada revestido em azulejos colondos,
cada parte representando urn municipio alagoano,
Fonte Gazeta'/IEB 200
ladeado par duas estatuas representando indios, e a Foto 35 e 36 Mapa de Alagoas e est~tuas de lne»os que a
fonte luminosa projetada pelo engenheiro Lauro ladeiam. Fonte· Kanna Peixoto novembro oe 2003
Menezes. (SILVA, 1991 ). Durante a administrac;ao de Pedro V1e1ra, em
1992, recebeu grades, teve seus jardins reformados e os azulejos do
mapa retirados. A fonte luminosa voltou a funcionar apenas par um curta
periodo de tempo. (CASTRO, 1999).
Par um tempo abrigou a ja referida estatua da Liberdade e as
estatuas do lobo e do javali que pertencram orig1nalmente a pra<;a Dais
Leoes e que para Ia retornaram recentemente, em 1995 (Foto 37)
Atualmente o mapa e as estatuas dos Indios apresentarn se
pmtadas de cmza, com um resultado estet1co pobre 0 mapa esta
p1chado. um dos ind1os apresenta a pmtur c1 r aspada na area do rosto
t6rax e sa1a e o outre nao possLH ma1s uma dns mflOs (I otos 35 e 36) A
fonte e seu espelho d'agua estJo desat1vados, como em outras pra9as da
c1dade. dev1do a depredoc;ao e usa destes como local para banho e
ravagem de roupa de excluidos soc1a1s
Foto 37. Est,\tua da Lrberdade
quando srtuada na pra9a
Centenano ent!o chamada
Geru\lo Vargas Meados do
seculo XX. Fonte MISA
Ao centro da rrru;a encontm so o rnrmurnonto ar, (JfJnorot r:;t,,s fll(,nte ro corn c.Fo'-:::3 d~ c:no,
motros do tilturo tnCI111ndo o pedestal om r.unorttr, hrDrJ'XJ a o:;tAtua ern brorve c•n larr:a' ',., r at;;r;;
t Clrcunda<Jo por urn passoto quo se lntctE• nrts ICttOrlil • mntrJro• rln pra'iO
Sttuo so onlro duns vtdS do milo umell diJ trt.foo') tntcn•o o <X'' wn•o pass;:~~w. para
dtvorsos batrros da ctdada, as Aventdn!l 1 omns I spmrJola o tJiore~ro o S Ita Ha pa•ada~ de ;,n l:ll .. s
nas cah;:ad£ts oposlds as da prat;D. nas dut~s VttJS latcrws {lgrupan':lo QrorvJe nurrero de ~:.:YAI!. •, t1
utthzam so du praya como passagom Nos horanos de ptco tor1a a !Haa ft~ a,ngost~Jnada r:lfu ~,.,
so excosso de veiculos e de pedestros Nos flnats de semana o mo11mcntr, de arr!·.-r~~ ·ed 7-GP.
baslanto
Ate cerca de 1970 o entorno da pra~ era predomtnantemente r<:lstrJ(:nr, a ~.,., r, -.s·:>P.s
abastadas. com a presen~ de bangal6s Com o cresctmento da ctdade ern d1n::t;.ar; av Farr, ' .. ,:,•,
do solo fot se modtftcando, predomtnando os usos comerctats e de ser·t•yos E .. rna "-<= "'"'';;"'"
bastcamente horizontal, com edtftca~oes de no maxtmo dots pavtmentos 0 .. mtco ot .. c:; foge a es<::.::
regra e o edtficto restdencial Benedtto Bentes, que possu1 otto pavtmentos mas por loca z.a·-se --:.
micto da avemda Fernandes Ltma. em um angulo de vtsao lateral, nao perturba a honzo'"' a tja~s -;-;
conJunto da pra~
Ha amda duas escolas em seu entorno· a Nossa Senhora do Amparo COI"I" s .... a ~ps a s :.
Grupo Escolar Tavares Bastos Os alunos do refendo grupo costumam frequer1ar a pra9<= o<n:
bnncar e JOQar bola nos horanos de entrada e saida escolar, atravessando a rua 1a' a a c ... e s
secundana com menor movtmento de veiculos Pr6xtmo a esta escola ftcai'T' loca zaoas as ca~::.as
de revtstas e o parque tnfanttl, que dtspoe de uma gatola, dots conJuntos COI'T' tres ga'"'go"as caca s
urn "portal escada" todos de metal, prectsando de pequenos reparos e ptntura
Ah~m de servtr de espat;:o para as cnanc;as do grupo escolar e de passagern pa'a pecest·es
tambem fot constatado urn numero relevante de casats namorando nos bancos ao e"taroecer
Pra~a Moleque Namorador
Foi tmplantada pelo prefeito Sandoval
Caju no tnicto dos anos 60, no batrro da Ponta
Grossa Seu nome e homenagem ao Sr Armando
Verisstmo Rtbetro. famoso passista carnavalesco
que morava no batrro e era bastante namorador
Possu1 formate ctrcular adotado provavelmente
para acompanhar a dtspost~o das casas do
entorno, construidas de tal modo que Foto 36 Pra~a Molt que Namora&.x Em pnmetr•1 pla:lV 8 rua
prattcamento formavam um circulo No centro qui! tot pav"ncnta.1:t fi\'andc oom.1 oomplemente~o 00
encontrR·SO o monumenlo em ferro do f1gum do e:;ra~o dA ptnca Fonte 1\ nna Pe '\ot\1 O<.'\'embro de :003
um bonoco stmulando urn passo de frevo, segurando ern uma rn!\o o chapeu e na OL•tra a sob ""'ha 0
pedestal il em alvonamJ, no formato do um gram1e S, sirnbolo do admtntstra~o do p ete to Sandoval
CaJU, (1961/611)
~7
0 local ftcou conhactdo pot mwto tempo como Quarto! General do Frevo pots sedtava
d , n"o om ct·roJios ao redor do monumento consagradas fost.::~s c<lrn.woiAsc:ls com ns pesson"l nnr;" •J
como nos clubes Equtporovom sa !!Is outrns grondos foo;l<ts carrhlV<Jioscas da ctdade que ocornam
na Avontda da Paz. no p 01uvaro e na nm do Comercto Atnda hoJO nl31a ocorre a comemorar;ao do
c.amaval Neste ano de ?003. possou por uma reforma pouco nntes do ~rn::Nal , aurnentando sua
extens:lo e recebendo um novo gramado A escultura tambem ganhou nov<J ptntur:.t
Seu entomo e predomtnantemente composto por edtftca¢es de ..1m pavtmento entre elas ha restd~nctas e comercto, como uma lanchonete na esqutna e um alfaiate Na praya estao colocados
bancos de madetra confecctonados palo Departamento de Parques e Jard1ns Em um deles
geralmente se reune um grupo de homens que fica jogando e conversando. Neste mesmo banco ftca
um rapaz que vende loterias e pr6ximo a ele fica um ambulante de caldo de cana Este ba~co e o
escolhrdo porque a tarde frca na sombra
Pra~a Ganga Zumba
Srtua-se no inicio do bairro de Cruz das
Almas, mdo-se pela orla maritima da Jatu.ica
lnaugurada em 1984, recebeu esse nome em
homenagem ao chefe maior do Qurlombo dos
Palmares, anterior a Zumbi 0 monumento a Ganga
Zumba e moldado em concreto e sobreposto a um
bloco granftico. Fixada no chao encontra-se placa
de marmore com a 1nscn9Bo se apagando dev1do a maresia Segundo Vassalo Filho (2000), estava
gravado o seguinte. "Praca Ganga Zumba, o
edificador da Republica dos Palmares (Quilombo
-
Foto 37: Pral(a Ganga Zumba ap6s recente reforma
Fonte Kartna Peixoto. novembro de 2003.
dos Palmares) Congratulayaes - Governador do Estado, Prof D1valdo Suruagy Vtce-Go ... emaoor
Dr Jose Tavares. Prefeito de Macei6 Jose Bandeira. Vereador Dr. Fernando Ribetro"
Seu entorno inicialmente foi um conjunto hab1tacional, o primetro construido em Mace o "O
final dos anos 60. Atualmente a maioria das edifica96es possui no maxtmo dots pavtmentos '"'a\e....,ao
uma res1denc1a com tres e um prMio com cinco. Em torno da pra~ h8 res1denc1as um restaL.rarte
uma pousada, um bar, uma 1greja batista, o Clube de Pesca Esport1va de Alagoas um terrene \a:: o
e uma banca de rev1stas Ha outra banca na pra~.
Possw formate triangular. ponte de Ontbus e um orelhao Passou por uma efo 113 em que
foram instalados um palco ctrcular, um portal com trell<;a em urn des cantos da pra(<i e um parque
mfant1l com pi so do are1a o p6 de bnta, tres balan9os. um conJunto com tres gango ·as e vanes
pneus Alem des cerca de qurnzo a vrnto cequ01ros que JO havtam, toram plantadas espectes de
vegeta~e de resttnga, que se adaptaram born ao local
•
1, fuulo11• u IIC• lutnl tl 1 I utlu ' 0 1 Oil' 1 h 1 I 11110 ttlllillldll puln':t II Ill IIIII
1 ) '
r~ 1o pc,puth~,,
tl'J 1• Jl qUI f dO I ~ ,uml•ru ""' nt•r l'l' 'I'' HI'' nn • tiU'
Inc 11 dOVttl" iJ Iorin 111r.nln~fln , 11 Cl1111 """ 1 1 11111
' 0 lOt
l'rtll:h Munl1 I ulc •lo
I 1 u nnlt u 511 no h.llrr o tin I 'ortlll VttrdiJ
lllOt!' l"OIIIlllcld.t COIIICI p1111v I do ']koltJ lrttlll(Jlll•ldd
0111 !Utili, n 1 tcilllrnlc;tru~ 1o dl) IJJnlrrtfl I ulc 10 ',fJII
p1 OJOIO 6 rnodo1110 com oqwp111 nonto~ cloc;ltmrtlos
d O llllOI O'if)OI !IVO dOrl!IO rJCI!l nnCO'>!'tldUcl(J& dlt
popuiEJ~'Io do on tor no o ,,prop11mlo pnr:.
apresontur;Oos d1vorsas Zoneuda om flrous 11 do
brtnquodos 1nfan1ts a dos quadral't osport1vas do
vole1bol de arora e futebol i.l do coroto o a da p1sla
de skate busca a perman~nc1a das pe-;soas em
seus espac;;os (Foto 38) Possut v1nte e nove
f oto 31l ""''-" <Jr, ';ltlliQ r rn prlrn• :r'' plano e J.lif;US Q'~
rlr•u o nornr, fWih 'ltMI t'l rna r.rAitt'lUdll t~·~ v.:rOCi a
tQreto ., pouc:.•• m11l:l oclm-. o brlllq\Jt!li'r lr hud "m lo:ffi!l
tlc rn•Hro Fonte l".arta Walt:&•.a 2001
bancos sam encosto e dezessete com encosto ospalhados em toda sua e;~tens~o Ha a rtda um
grande banco em torno do coreto. E uma das poucns prar;as da CtdAde que possur cava d agua
Pr6xrmo a esta ftcam tr~s bancas, uma de revrstas e as outras vendendo lanchtjS Na area nfan•
retrraram o bnnquedo de madetra e rnstalaram quatro balanr;o5 de ferro Ha um morro de alvenar a
com grades e elementos para subrr e dors JOQOS de amareltnha· em crmento Em area ma s afastada
estao os bnnquedos de tubos, rmrtando Jocomot1va e um labtrrnto mas nao sflo utthzados por causa
da SUJerra, que tambem causa mal cherro e por estarem numa area que recebe bastante so tan•o a
tarde como de manha
Antes o terreno era ocupado por casebres e seu entorno constrtuia-se de ed•flcac;Oes com no
maxrmo trlls pavrmentos alem de possutr vanos terrenos vaztos e nenhum comerCIO Atua me.'"l:e sao encontrados ed1fic•os com ate otto pavrmentos, na marona resrdenctars de alto e med e padr~o e os
terrenos estao quase todos ocupados Seu entorno derxou de ser basicamente res,deflClal surg ndo
clin1cas medrcas, IOJas, lanchonetes, mercado de frutas e outros servir;os (BRANCO 1993)
Devrdo as densas e altas construr;oes do entorno, a praya e apenas v1suahz.ada quando no
cru.tamento das esqurnas A rua Durval Gurmaraes e de mao unrca e trafege mtense de ve cu os
Nesta encontra-so urn ponte de 6nrbus na calyada da praya As eutras rul\s sl\o secund{mas de mflo
dupla e moner movrmento de veicules Nas cal9odas dos lotcrats mcnorcs. nas ruas Or Pempeu de
Mrranda Sarmento e Dosp Vnlfrodo B Malo for am drspostos estac•onamentos
Devrdo fl 0!-iiOS nqurpnmontos e froquenlal1a desd 0 oomeQO pnnetpalmente por
adoloscontos o JOVans, quu so onconlrom paro ondar <1e pat1ns b•c•cleta ou skate Este ulttmo tern
prsta aproprmda, um oqurparnonto contomporOnoo quo carnctonzou o espaQO da pra~ reflettndo na
donom,nacao pel a qual 6 mo1s conhectda T arnb6m pats o babas lcvam as cnanc;as para passear e
59
bnncar apesar da presenca de mu1tos desocupados JUven1s Seus pnnc1pa1s usos sao estar e lazar
ativo Apesar de ser um espaco com potenc1al para abngar d1versos eventos nao sao realtzados
Segundo o propriet~no da banca de sorvetes, que est~ com o neg6cio desde ma1o deste ano a felra
de c16nc1as do coleg1o Anch1eta fo1 o pnmeiro evento realtzado na prays, este ano que ele
presenctou
Praca da Blblia
Situa-se no inicio da Avenida Dona Constanc;a, no bairro da Jatu.ka E uma das pracas ma1s
recentes, 1naugurada em marc;o de 2000 ap6s reforma realizada pela prefe1ta Kat1a Born Passou um
bom tempo apenas como um terrene mal-cuidado no qual encontrava-se uma caixa d'agua emba110
da qual. ficava um posto de atendimento da CASAL, que foi desat1vado e teve suas paredes
demoltdas. 0 mesmo destine sera dado a caixa d'agua, segundo informac;oes do dono da banca de
revistas.
PossUI, alem da banca de revistas, um ponto de 6ntbus que recebe mu1to sol pnncipalmente
a tarde, quando os onibus vern da dire~o onde esta o sol. Alias, falta de sombreamento e urn
problema desta prac;a. A unica area mais sombreada e mesmo assim, no final da tarde e a do
parque infantil, que tern tnstalados seis balanc;os, do1s escorregas de cimento armada, tres gangorras
e quatro bancos. E contornada por uma grade baixa de cerca de urn metro de altura PossUI a1nda
dois orelh6es e doze bancos. Ap6s a reforma recebeu o monumento a Biblia
Seu entorno constitui-se principalmente por conjuntos res1denciais de tres e quatro
pavimentos. A avenida Dona Constanc;a passa em uma de suas laterais e e a (mica de trcf!fego
intenso. As outras vias sao secundarias.
Seu principal uso e como local de espera dos 6nibus, mas o conforto para os usu<kos e minimo, principalmente devido a forte insola~o. E bastante utilizada pelas cnanc;as da redonaeza
nos finais de tarde e serve de cenario para realizac;ao de celebrac;oes rehgiosas 0 monuO"ento
apresenta-se em 6timas condi96es de conservayao, pois e cuidado por pessoas da proora
comunidade. Este born grau de apropriayao do espa90 pelos usuarios da-se em apenas parte de seu
espayo. A area do parque infantil, por exemplo, apresenta llxo, copos e garrafas plasttcas A area da
caixa d'agua esta cheia de metralha e de lixo. A area dos pontos e varrida pelos ambulantes E como
se seu espayo fosse setonzado, definindo assim areas bern apropnadas e areas rnarginauz.adas
Este levantarnento, rnesrno abrangendo urn nurnero ltrnitado de pra<;as da ctdade de Macet6
procurou enfocar as rna1s 1rnportantes, ObJetlvando ernbasar a escolha de do1s exernplos para serern
anaflsados ma1s profundamente no pr6x1mo capitulo, enquanto estudo de caso do presente trabalho
•
5 -AS PRAc;AS MARECHAL OEODORO E VISCONDE DE SINIMBU:
ESTUDO DE CASO
Macot6
As prayas Marechal Deodoro e Vtscondo de Stmmbu, sttuadas no ba rro do Centro Cc;
d c rt~ traba no r oserva ... .do-se OS foram escolhtdas para constttUir o estudo de caso o preser ~ ~
sous hm1tes tempora1s e fistco. devido aos segUintes fatores rele·tantes
• Localtzam-se na area central de Mace16 local onde as pra~s no lr: ,;;;nta'i o:::rto
htst6nco evidenciaram maior grau de perda de suas anttgas funr,.t..Bs ap-P,sertar.d-:.
problemas estrutura1s. de manuten~o e insattsfacrao dos usua• cs
• Estao presentes no trac;;ado urbano desde o inicio da format;.ao ca c ~:E:1o::: f;,azo:;:ndc
asstm parte do cottdtano de boa parte da sua popula~o
•
•
Servtram como cenario de acontectmentos rememorados ate ho;e sent:lo -; · a-:as c;~
vanos textos h1st6ricos
Atnda estao insendas no cotidiano da cidade, mesmo que os •req,_.e.-.·aco·~s aos-a:
passem por elas. sem que haJa atrativos que os fac;;am permar1ece•
• Possuem urn potenc1a nao exp1orado que pode trazer de vo ta o nab-:o oo aze· --as
prac;;as servtndo como exemplo para aplicayao em outras p•ac;;as aa c caoe
• As duas possuem em seu entorno uma ou mals inst1tu•¢es que poce ..... :;a-u:; :;a•
at1vamente do processo de retomada das fun¢es da prac;;a no conte~o ~ace oense
Para retratar cada prac;;a serao analisados pontos comuns faCl tanoo ass -
reconhecimento das especificidades de cada uma alem de facthtar a comparayao ertre as -es-as
Estes pontos serao: hist6ria, entorno, edifica¢es hist6ricas e monumentos 1mportarca s -:xl :::a
nfvel socioecon6mico da populayao usuana, usos e sttuayao fistca atual A segu'' aprese'"':a-se o
que se espera alcanc;;ar em cada urn dos 1tens anahsados.
Hist6ria
Parttndo desde a origem, busca-se recompor a evolu<;ao espaCla aa ora~.a e se ... s
respect1vos usos no decorrer do tempo ate os dtas atuats. atraves oa t- sto'la ca oraya
cons1derando-se tnclustve os projetos ai 1mplantados e suas reformas postenores ~a me\) ,:}8 00
possivel, buscar-se-a Jdentificar a tntclativa dos projetos e quais as raz6es que aeterm.naram 0
partido e as dectsOes proJetuais adotadas.
Entorno
Tenta retratar o Iugar onde a pra9t3 esta insenda, deftnindo a patsagem e as c.aracterist1cas
fistcas especif1cas. Para isso serAo doftmdos os usos do solo ctrcundantes, a vegeta~o existente na
prac;a e no entorno, e a relae<'io do ospa~o com o sistema vtlmo.
Edifica~Oos Hist6ricaa o Monumentos
Um dos obJOitvos do presento trabalho 6 tnorrttftcar a po:au bJI d<:sr:lo 1e ret-:,n- a• a r:lem ~;Y:l'!
da populaclto atrov6s do recontwr;trnonto do<; rocursr;1J ~ulturats o rj:j h :> l..r a /..ss m ~""/~""IP.f..C./.:
1mportontc ressaltar as odtfJCDt;6cs htst6nctJs prosonten no ontorno e monumenu>s ·.:sta ar:l,.,s ";os
prnc;.as para aux•har no resgate da mom6na colell'ltl sendo tamtem essenc: a r na ~· f za~o '!~
suo •mportAncta s1mb6hca
lmportAncia slmb61ica
Apesar do assunto J3 ter stdo tratado no pnme1ro capitulo va'e a pena embre=• -:.ue r.kJ b;.:;<;,
que tenham ocorndo fatos relevantes em um determtrado espar;o pa•a qut:: e'!e 1ex::; a po~s:J •
•mportllncta simb611ca E prectso que as pessoas reconhe<;am ta!:> fates e vatc,r zem a-;JJe e r::~;:,a-;::.
Este ttem pretende JUStamente tdenttftcar e deftntr os stgntftcados que a popula~-:, -::!.: a v~...=s sr:: e a
reconhece os fatos nela ja ocomdos ou destacados atraves dos monu-:-er.!cs e es•a• _as
Perfil do Usu~rio
Busca definlf um perfil soctoecon6mico da popu ayao que u· tza o espayo 'jas p·a-;..a<:. ~-a
da· encontrar as espectfiCtdades pr6pr·as de cada uma delas
necesstdades a serem atendtdas eo mobt ar·o equtpamento e matena!s a serer.; emorega'j-:;s
Usos atuais
Busca defintr os atua s usos da pra<;a e do sev entorno e se reJac on a~ ~- as '_ ";Gf:s
socta1s que uma prac;a pode assumir. estar, descanso azer, espor-te conte~o a;ao
Tambem serao identifJcadas as suas func;oes urban·stlcas· ecol6gtca, este' ca
•c.s• -:=""":.c. - -----ea. ---. ;::. =-..,..iW<;::, . - -
ps1col6g1ca Tal levantamen1o de usos e necessano para efltender as razoes aue e. a-- a ::>eo- <:;a::
a ut rzar o espa90 da prac;a e com que frequencia
Situay~o flsica atual
Busca relatar o estado fisico atual da prac;a Serao ana sados os aspeCics :o"s~"".:t ::s
grad1s, cercas e p1sos. o mob1hano urbano bancos. bnnquedos areas para orat ca ce esx.r.: ;: ...
azer especifico palcos bustos monumentos, esculturas. Jardtne ras .xetras umtna;ao e te e"'~1es
pllb~tcos , e a vegetayao arvores arbustos forrac;Qes
5.1. Metodologia
Boa parte da invest1ga<;ao inseriu-se em analise subJet1va dependenoo bas camerte oa
capactaade de observa~o e interpreta~o da pesqUisadora. consequentemente permea.:a oor seu
pr6pPO -;•st~;~ma de valores
Qc; dados foram obt1dos atraves da aphca~<'\o , no espayo fis1co das prayas de questJonano
que teve como ponto do parhcJa os aprcsentados em BRANCO (1993) CASTRO (1999) e CERYNO
(1999), sendo re-elaborados e adaptados as necess1dades deste trabalho A rna ona das quest6es e
obJeltva, com algumas subjeltvas, formuladas de modo a tentar 1denttf1car a percep<;ao dos usuanos
em rerayAo ~ pra~. qual o SIQnJftcado ou que referlmctas ela tern na v&da deles 0 mode o encontra
se no anexo dots, sendo que a questao 21 fot anulada por 1ncons1stAnaa nos daoos obt1dos
62
I as cu•o conhec•mento est1vesse Ad•c•onalmente foram reallzodas entrev1s a'> com passo >
relacionado as preens de Macel6, vlsnndo obtor tnformn<;Oos h•~t6ncas perceptlvas a tmagem que
alas possuom da pra<;n e diretnzes de como rovlvar o uso da prnr;a no cotldlano urbana atual Fo'
tambem reallzado o fevontamento dos usos do solo do entorno das prayas escolhlda<J
Os atores contntados dumnte a reallzaylio desta pesqlJic;a foram os Sl3gu•ntes
1 Usu~nos que se encontravam no espa<;o da prarytJ
2 Comerc,antes ambulantes instalados no espa<;o da praya ou do entorno
3 Comerc1antes em ed1fica<;6es do entorno
4. Morador em res1d(lnc1as do entorno
· · t t o 6 aos da Prefeitura Un1versidade Federa, de Ala~oas 5. Poder publiCO e 1ns 1 u1<; es· rg
Museu TMo Brandao, Teatro Deodoro, Academ1a Alagoana de Letras
6. Pessoas que se encontravam fora do espar;o da prac;a.
possuem vivencia/rela<;ao com o espac;o desta
• • mas que J8 possu1rar:1 '.)'..!
Com estas investigac;oes buscou-se obter respostas para questoes sabre a reahdade att. ... a
da prac;a na cidade de Macei6, dentre as quais destacam-se
• Quem e 0 usuario da prac;:a.
• Como a popula<;ao usa a prac;:a (atividades)
• Qual a importancia da prac;a na vida da popula<;ao (papel, s1gmficado).
• Como a popula<;ao percebe a prac;:a (imagem)
• 0 que a popula<;ao quer para a prac;:a, que func;oes ou atividades
Como os dais casas escolhidos localizam-se no batrro do Centro. as respostas obt.das sac mais adequadas a casas do mesmo t1po, ou seJa, prac;:as centrals Este fato pode ser cons oeraoo
como componente limitador da analise da evoluc;ao do espac;o e dos usos da prac;:a na C~daoe ce
Macei6 pretendida par este trabalho, porem, pretende-se tambem sugenr diretrizes para te~:ao:
recuperar as func;:oes da prac;:a no contexte atual , como estrategia de revalonzayao do esoa;o
urbane, de sua natureza, identidade e tradic;:oes Para atingir este objetivo as prayas ce ... tra s
apresentam maior potencialidade, alem de necessitarem urgentemente de estudos para te'"'tar
compreender sua situayao atual, pois veem sofrendo considerave1s desv1rtua9(>es de suas ~ ... n~0es
no contexte urbane contemporimeo, apresentando um quadro que nao cond1z com o que se esoera
de uma praya.
63
5.2. Pra~a Marechal Deodoro da Fonseca
Hist6ria
lntcialmante denomtnada Largo da
Collngutba mudou de nome para Largo ou Praya
das Pnncesas. em homenagem as ftlhas de Dom
Pedro II Seu trac;ado J8 aparece no mapa
realtzado em 1820 a mando de Mello P6voas Com
a proclamayao da Republica propOs-se a mudanya
do nome para Praya Generalfssimo Manuel
Deodoro da Fonseca, porem esta denomtnat;ao
nao fot acatada pela populac;ao, continuando a ser
chamada de Praya das Princesas (SANTOS. ma1o
1984).
Em 1898, no governo de Manoel Jose
Duarte foram inictadas as obras de um teatro que '
deveria ser chamado de "Teatro 16 de Setembro".
Porem, por motives nao muito esclarec1dos, sua
\ J
\\ '· \ \\ \ j\ ___ L-- _-
---.::· '''-.:...:..... --
--
Mapa 1: Localiza~ao da Pra~a Marechal Oeodoro
Fonte Prefeitura/MARPLAN 1998
construc;ao foi interrompida e posteriormente demolida. Sup6e-se, hoje, que a 1nterrupyao tenha s do
devido a uma falta de estudos preliminares sobre a qualidade do terrene s6 tendo stdo de~ectaca
sua baixa solidez ap6s o inicio das obras. Outra razao apontada e a descontinUidade adm1mstrat va
em relayao a politica do governo seguinte {CEFET, 2002)
Em 191 0, na gestae do lntendente Municipal Dem6crito Gracindo Brandao, no centro oa area
foi instalada uma estatua equestre de autoria do italiano Angeli Ang1oh em homenageTT' ao
proclamador da Republica, Marechal Deodoro da Fonseca. Uma curiosidade sobre este t oo oe
homenagem equestre e que se o cavalo liver as quatro patas fincadas ao solo e de\ .oo ao
personagem ter sido um grande her6i militar cuja morte nao se deu devido a atividades de bata t->a
Se o cavalo tiver uma das patas levantadas, o personagem foi ferido em batalha e morreu de\ do a
compl1cac;Oes deste ferimento. E no caso de ter o cavalo as duas patas levantadas o hero retratado
morreu lutando na batalha. A pedra fundamental foi colocada em 10 de man;o de 1 910 e a
rnaugura~o solana aconteceu a 03 de ma1o do mesmo ana. A refenda estatua equestre em
tamanho natural, a montada sabre um pedestal , totalizando cinco metros de altura {Foto 39)
A praya fo1 proJetada palo p1ntor Rosalvo Rtbe1ro que se tnsp1rou na Place oe a Concorde,
de Pans, onde vrvera por mUlto tempo Nos seus quatro cantos torarn constrUidas cantone1ras de
alvenana que embelezavam a prac;:a, tendo s1do demoltdas na decada de 50 Sabre as cantonetras
estavam colocadas as estotuas ropresontando os conltnentes Arnenca, Europa, Asta e Afnca sendo
esquecrda a da Oceanra, que a1nda hoJe est~o na pra~. agora sabre bases mats batxas Largas
cal~das cercavam a pratya e par alas passeavam, nas tardes fest1vas e nas no1tes de domingo,
"mollndrosas almofadmhas· o fnmllrr,s r~ufmd(; •,e ro;JI,/.a 1arr r!Jtrota• rJr,s
frcavam os1erar. do alvenarm roun1dl'l!l orn ~~~qiJ1Jfi(J:l rnr,r,to:. rm tu~(, de ar I ga•
encrmados por urna 6gLIIO Possufn ornrJ:; dr;J!i etAOt!J'> rJOG'/.,t,urtc, !F'N' I.'J }
I
Foto 39 Prat;a e Teatro Deodoro, pouco depo1s de M:rF.m maugur.ao:1011 mill 1>'! •~em ~ ~~.-:.r<:S
reU:ruem~:nte plaotadas. fr..r!W II.~; 1';i2
• • A ,
......
Foto .co Prar,a M!l•edlal Oeodoro Monumento em homena m a
oerrtral da ptar,a lmanlmcn n flcav lad!!odo por dais oor tos qu am o• o com~
d!:cada d 00$0011tlJ onde aos dorn lgOO IOQJvam C banda d(! mO f ndo pre~ r •
00 gcntc A ~oqoorda ve 0 t,;8 rio de IIW s II dor Men~ c 80 !undo 0 pr dio da l!i:.J
/wad mUI AJagQana d l"tro Fonte HGA. n oo do ~cuto XX
Foto 41 Pray.! Deodoro com aglomera'rao de pessoas durante realiza'rllo de evento
Fonte IHGA. sem data
Foto 42: Pra9a e Teatro Deodoro. As ~rvores encontravam-se J~ ma1s crese~das.
Fonte IHGA. t22S
A prac;a Marechal Deodoro passou por obras de recuperayao na gestae do prefe to Re '"~a ao
de Carvalho Gama, sendo re1naugurada em 16 de setembro de 1946, sob a gestae co "'tel\: e ..,~or
Federal no Estado, Anton1o Guedes de Miranda Passou a ser bastante frequentaoa "0S a"os 50
para passeres e encontros, rnclusrve a no1te. (SANTOS, 1984)
Na gestae de Sandoval CaJu recebeu "poltronas" em marmonte com o t1p1co S 10 encosto
e fontes eng1das com JOgos de azuleJos colondo, e tambem com um S em frente Em 196- a area
verde em questao fo1 cons1dorada um dos p61os de atr a~o turist1ca local
Na gestao do prefe1to Conntho Oneho Campelo da Paz, entre 1982 e 1983 fo1 reahzada a
etevayao dos canteiros, de acordo com proJeto da arquitetil S1lv1a P1att1, como tentat1va de ev1tar que
05 usuaries cammhassem por sobre ales, destrUindo a vegeta9£1o
••
•
Foto 43 Pra~a e Teatro Oeodoro Os postes de ilum1na~llo jtl mod1ficados em rela~o aos
ong1naJs, t.rvores apresentam poda de topiaria e o monumento apresenta guarrn<;ao em
elementos de concreto, alem de escadaria e cante1ro . Os bancos tambem estao modificados
nao tendo ma1s encosto. Fonte. MISA, 1945
Na gestao do prefeito Jose Bandetra em meados dos anos 80 a pra9<3 recebeu o P so e~
paralelepipedos, segutndo projeto do arquiteto Luiz Vrerra Conta o senhor Ai ton Pacheco cc
Departamento de Parques e Jardins, que no proJeto rnrcral constava que a area da jard ne ra ao reco·
do monumento equestre seria um imenso espelho d'agua, porem devido aos custos adap·o.;-se
uma Jardinetra, o que acarretou a sensa~o estetica de peso devrdo as pedras empregadas pa•a ;a
fim, sem a agua como elemento para amenizar essa sensa~o.
Com a gestao do prefeito Pedro Vieira veio a polemrca coloca~o das grades cercanoo as
pra9<3s de Macei6, e a pra9<3 Marechal Deodoro nao escapou deste fate 0 acesso ficou d f,cu ,taco
desmotivando o passeio dos transeuntes e a busca da sombra das arvores para o descarso Em
agosto de 2001 , durante a gestae da prefeita Katta Born, for defrnrda a retirada das grades o cue ro1
realizado ate 2002, frcando a pra9<3 como se encontra hoJe em dia
Entorno
Ate meados do seculo XX, seu entorno apresentava urn casano coronia\ cornposto ae
resrdencras Com a modernizayao do Centro estas resrdencras foram sendo transformaaas e'TI casas
comerciais e rnstrtury(:)es publrcas das areas cultural, JUridrca e executrva
As edrfrca<;i5es possuem no maxrmo tr~s pavtmentos. n~o havendo nenhum g· a1de contraste
de escala As lojas apresontam se com fachodas rocobortos par letronos e m3rqurses de plastrco,
apresentando pessrma conservacao
A lateral correspondento a rua Senador Mendon<;a e a que apresenta edrficac;oes em
pessrmo estado de conserva<;ao, mclusrve o predro do Camara Munrcrpal de Macero Vrzrnho a este
ha 0 predro de uma antrga panrfrca<;ao, desocupado ha anos e atualmente a venda que e utthzado
67
como estDcronamento e local para guarda de mercadorrus dos ambulantes e camelos Vimas das
IOJSS drsponrbrhzam jogos eletrOnicos, atrarndo chentaln espocifrca Tamb4m ha grande rurnero de
camoiOs que montam suas bancas na calcada, drfrcultando a passagem dos pedestre& 0 pre<!1o
onde funcronava uma revenda de tecrdos da F tlbnca da Pedra aprosenta~r;e sem ur.o no momento
A lateral oposta, da Travessa D1as Cabral, apresenta um aspecto melhor de 11d0 a pre54:!nr;a
do Tribunal de Justt~ e de uma cllnrca e laborat6no med1cos. Porem apreserrta duas ed·fl':;a'(Oes
em ruinas, e outra como se trvessem tnrcrado obras de reforma, sem conclu~r Uma IOJB de com~rc. o
de malhas tenta uma melhor apresentayao estetica, buscando tnsptray~O na arqurtetura co!on·al ern
sua fachada
Na lateral da rua Barao de Macei6 fica o Teatro Deodoro e na oposta, rua Senador Lu1z
Torres. fica o predro da Academia Alagoana de Letras. Ambos restaurados recentemen!e e
funcionando normalmente
Seu entorno, por ser de area central, possui princtpalmente usa comerctal e de ofena ce
servryos conforme apresentado no mapa de usos do solo, na pagina seguinte E s,gnrr1cat 10 o
numero de tnstitutyoes presentes, das areas. cultural JUdtctaria e executtva
68
~\ . 1
(!§~ ~~\~~~ '==~-.:!::::=!!!' 11> ~~~~~~~~~~~SEN=Kl~~
RUA 00 UISAUEHTO
I • •
... • J .. I . ' L---
'"' u
~ -) 0 - I
\ ~---- O ('---_o ___..J) 0
\ P'\. __ ~
~ -
Mapa 2. Pra~a Marechal Deodoro - Mapa de usos de solo (Karina Braga out 2003
legend a
Comercial
Servi9os
lazer
fnstitucional
Sem usc
Ruina
No entorno imediato ha o
predominio do usc comercial e de serv 90S
Em segundo Iugar vern o usc institUCIOI"'fa
Sao identificadas tambem a,gumas
edifica96es sem usc e em rutnas .
Base cartogrAfica SOMURB ~~arp an
Mapeamento de usos de solo 1\a'llla B . .liM :003 '
69
Ediflcncl>os hist6rlcns o rnonurnontos t 0 Toatrn (}(..odoro o pr6d10 da r nlli' 0. (lfhlfl 10'> dn VIIICJI tw.t6flr:tl I' •• rqiJIIOI Ifill
11 IOffllJ'
/\cmlonun /\III!JllWld cln I o lrllf• u o prtJdlo do I rlbllr~orl do .hr•ttr~
ponlo 110 om orllro du JOVUil'> no'> ciiiO~ 110 (jlliJ (IJrl ( f(Jfl I lllrtdrl IVJf~
1 ornt,6rn hf.t a ;:;or /Otorra Gut Gut
Toatt o Ooodoro f J 1 doTe tro Ocodoro no en\Ao [ n1 11 do Jltnllo do 1905 for coloc:mJn ~ pndr n unr arnenta iJ
1
oovorrlo do Jouquull Poulo ViOira Malia Com proJOio do arqiJiteto I UIQJ Lucanm a\Jtor tambe~ ao protHlo do "r outro 07 de Seternbro" em Penedo G tendo como mcstre de obras Arrt6f o Barrr: •os
Fllho 11 Oroste Scorcooh, am c1nco anos a obra fo1 daclaracJa ofJcJalrnente conclu da e ~a '; ;•;;:da
pelo Governador, outms autondades eo povo alagoano, em 15 de novembro de ~&10 r~a~c.an~'J ' .. s
21 anos da proclamayao da Repubhca (CEFET, 2002)
Foto 44: Teatro Deodoro com platibanda do corpo da plat61a em Art Dec6 Fonte MISA 1950
Lwgi Lucarini, autor do projeto do Deodoro, nao vtu sua obra termtnada Morre t.m a:1o
antes da maugurayao lsto aumentou a superstt9ao extstente na epoca de que o (1 a e~ .:; e o
Teatro Deodoro fosse inaugurado, haveria urn desabamento, pots ern seu local ha\ as .JO II" c aca a
construc;ao de uma tgreJa, tnterromptda e demoltda para dar Iugar ao T eatro P
derxou do compnrecer o festa de tnaugurac;:ao
ss nutta gente
Do esttlo noo clossrco com toques do barroco, pJssou pot dtversa:; refom1,lS e ecentemente
por urn processo do rostauro, ronbnndo om 1998 com sote cum,mns, ar c ndre~onaoo central,
qerndor pr6prto o captlcrdndu purn G90 posso.1s volt.1ndo .1 ~.mrtquecl~t .1 ' d,l cultural da ctdade
(Foto 44) No rnosrno pr edto functorm tambom o T oah o do 1\r en a, de me nor dtmens13o, nsta ado no
loco I ondo antes runctonnvu urn rostuur .tnl<l
70
Palt.cio do Tribunal do Justica Cnado em 12 do malo do 1892 sob o titulo drJ I nbumJI SupfJWJr tj" Alag0aS a lnStltuly~O
t par-- o prl>d1o da atual tunc1onou a prmcip10 no Pal6c1o Volho tronsfor1ndo srJ postonorrr,rr 0 ,, ~
6 • • J am 06 de fe 1arr~~ro dt;! Acadern1a Alagoanu de 1 otrw:., ate f1na1rnonte gnnhm sodfJ pr pr•a , 1n<JurJurar a "
1912, tendo Sldo construldn P prOJAiarJa palo nrqwleto ll<th:mo I UIQI luc;:mm orn eshi'J actatlco carr
I d II , t· d · d' por (tU' tro e"gutas r/Aunas no predom1n"'lnc1rJ do neo class•co Aprosonta en ra a a i:J <J ea a • u "
desenho ;6mco quatro ;anelt5es com balauslres, d1screta estatua da Jusll(fa enomando o frontJSP 'oo
onde se v~ o escudo do Eslado" (SANTOS, 1984) Sua constru~o deveu-se ao ernpenho 00 Sf: J
Pres1dente (1907-1912), 0 Oesembargador Aurelio Numenano Pontes da $1l1e1ra
Foto 45: Pr~dio do Tribunal de Justl~a. alnda sem o predio mais recente, projeto de M~no Aloisio
Fonte. MISA , sem data
0 predio apresenta-se bem conservado e com as mesmas caracteristlcas de quando fo1
maugurado. Nos anos 90 passou por uma restaura«;ao e, na mesma epoca na adi"'1Jn stra«;ao oo
desembargador Ja~ron Ma1a Fernandes (1997), fo1 construido um anexo, sob projeto do arc"' ~e~o
alagoano Mario Aloisio, para acomodayao dos seus diversos setores administrativos
Academia Alagoana de Letras
A Academia Alagoana de Letras foi criada em primeiro de novembro de 1919 tendo como
f1nal1dades pnncipa1s 1ncent1var o cultivo das letras, estimular os escntores loca s a uma rna or
produyao llterana, promover o lanyamento de outros escntores pertencentes ou nAo a as soc a<;ao e
defender a lingua nacional E uma soc1edade de drre1to pnvado, admm1strada por uma d1retona e,e,ta
a cada do1s anos Ha quatro categonas de s6c1os efetlvos - em numero de 40 dos qua s por
ex1genc1a estatutana, 25 res1dem em Mace16 , benementos, honoranos e correspondentes Antes de
se f1xar na atual sede, a 1nstrtw~~o func1onou nos saiOes do Teatro Deodoro no Conselho Mun1c1pal
e no Jnst1tuto H1st6nco e Geogrflf1co de Alagoas (LAGES. 19 79)
0 pred1o da atual sede foi construido em 1879 palo presidente da provJncJa Ctnctnato P1nto,
sendo de arqwtetura ecletlca com predom1nAncia do neo-class1co Nele funcionou a pnme1ra escola
publica de Mace16, antlga Escola Modelo Oepo1s foi o Grupo Escolar Dom Pedro II sendo doado a
71
. N t mesma gestao teve inic1o a dor Lamenha F1lho e!. a Academ1a nos enos 70 pelo governa
1 .d no governo Afran1o
arte adm1n1strat1va proreto cone Ul 0
construc;;l\o de um anexo parn abngar fl P• · Mala Nobre Em " d ed o l:'Js novas fun90os fol renllzada pola arqUitata Zelia
Lagos. A adapta9uo o pr 1 NTOS 1984) f ma sendo totalmonte restaurado (LACES, 1979} (SA '
1996 passou por uma re or · D egues Junior f:.ntro outros s6ciOS, passaram por ala Jorge de Lima, Jaime d~ A .• TJ' !:l, ' '
F d L ma e Guedes de M~randa Moreno Brandao, More~ra e S1lva, ernan es I
Foto 46: o atual pr~dio da Academia AJagoana de Letras, construldo originalmente para abrigar
a primeira escola publica de Macei6, a Escola Modelo. Nele func1onaram tambem o Grupo
Escolar Dom Pedro II eo Tribunal de Justiya Fonte IHGA. 1904.
Perfil do usuario .
De acordo com a pesquisa, o usuano que frequenta a prac;a Deodoro possu1 mve de
escolaridade media completa ou incompleta (62,5%), esta na farxa de 40 a 60 anos e e proven•ente
de bairros vizinhos (75%), mas leva mais de meia hora para chegar no local a pe, utihzando-se oo,.
isso de onibus 0 local de nascenc;a deste usuario e equilibrado entre Macei6 ou outro mu~1c•oio
mas no segundo caso, o usuario mora ha pelo menos 15 anos na cidade, permitmdo um baM
conhecimento da area urbana.
Quanto as ativtdades realizadas pelo usuario nas horas vagas, ficar em casa ou passear na
orla maritima foram as mais escolhidas, igualmente, seguidas pela rda a prac;a Passear no st'tooo t'lg
nao faz parte do cottdiano deste usuano. Prefere ftcar em casa, parser comerctano au cornerc1ante,
cansado da JOrnada de trabalho, ou vai passear na prara, opyao de lazar de batxo custo
A maiona frequenta a prac;a ha mars de dez anos (75%) e mora em casa (93 ... 5%) Quanta
as razOes que lev am os usuanos a frequenter a prays, lazar e passer a fat marana t/7 77%) segwda
pelo trabalho (22,22%) e pelo comarcto (16,66%) Apesar de todos os problemas comentados e de
ser uma area comercral, a prays e frequentada pelos usuanos eventuars e moradores do entorno
com o objetrvo de lazer e descanso, sendo arnda um espa9o slmbolo de entretenrmento A
observayao a ser ferta 9 que caso sejarn sam ados os usos trabalho e comerc1o verifica-se que estes
passam do uso lazar.
72
Quante aos horanos de uso, predomrna o a man .. quan Y'"" • d h,.. do a pra,..,. tem ma•or mov•mento
segUido pela tarde a por ullrmo n no•te, com nponns 6,25 % fraquontando-a neste horano em fun<;ao
do mov1monto do Teatro DoOdoro A mseguranc;a afasto os usutmos da praca no horano noturno
Os dados oblldos com a npllcar;l\o dos quostronanos ost~o tabulados e apresentados no
ANEXO C A tnterpretflt;/lo de parte dales, utJIIznda pnra dofrnrr o perfil do usutmo seg;;e abar.1o
Ouanto ao grau de escolandade a marona apresentou nivel medro complete ~
37,5% possur n1vel medro complete
25% da qurnta a ortava sene
18,75% possuem curso supenor
12.5% possuem ate a quarta sene
6,25% nao frequentou escola
A farxa etana predomrnante foi de 40 a 60 anos, pessoas que estavam reso1vendo negooos
no Centro. procurando emprego au eram moradores no entorno
50% de 40 a 60 anos
37 5% de 20 a 40 anos
12 5% com mars de 60 anos
Quanta ao local de nascenya do usuario houve equilibria sendo 50% nascrdos ern Mace o e
50% vrndos de outros municipios Dos que vern de outros locats apenas 12 5% estava na c•daoe ... a
menos de 12 anos, o restante mora em Macet6 ha mats de 19 anos
Quanta aos bairros de orrgem, a matorra, 75%, e proveniente de bairros viztnhos 18 -so~ ce
bairros dtstantes e 6,25% de outros municipios
31 ,25% do Vergel
25% do Centro
6,25% do Po~. rdem para o Farol, Cruz das Almas Satuba Cambona e C ,....,a Be"""
6,25% mora em outra cidade
Quanta ao trpo de moradia. a quase totalidade dos usuaries, 93,75%, 1110• a e .1 .:-.asa e
apenas 6,25% em apartamento
Houve empate quanta as atrvidades reahzadas nas horas Vc.1gas. Frea r em Cdsa ou p.assear
na or Ia maritrma foram as mats escolhidas, seis vezes <'.ada uma, logo def ots , e io a pra~. com c •nco
escolhas. Em seguida passear no shoppmg e trabalhar para aurnontar a rend~\ com duas escothas
cad a
73
Quanto ~s razOes que levam os usulmos a frequenter a pra~. lazar e passeto fot matona
(27,77%), segUida palo trabalho (22,22%) e palo comarcto (16,66%) Com 11 ,11% cada f•caram os
usos descanso. passagem e outros.
A matoria frequents a pra,.:a ha mats de tnnta anos·
31,25% h8 mais de 30 anos
25% de 20 a 30 enos
18,75% de 10 a 20 anos
18 .75% de 3 a 10 anos
6,25% de 1 a 3 anos
Quanta aos horimos de uso, predomina a manha, quando a praya tem ma1or IT'O'Itme~o
segwdo pela tarde e por ulttmo a noite, com apenas 6 ,25 % frequentando-a neste horano em f ul"'c;;3o
do movtmento do Teatro Oeodoro. A inseguranya afasta os usuaries da pra<;a no horario notumo
43.75% em dias e horarios vanados
25% pela manha e tarde de segunda a sexta e pelo sabado de manha
12,5% no horc:lno do intervale de almo90 de segunda a sexta.
6,25% pela manha e tarde de segunda a sexta
6 25% todos os dias pela manha
6,25% os tres horanos de segunda a sabado
Quanta a dtstancia da praya ate a casa dos usuarios, a maioria mora a mais de me a nora a
pe da pra98, fazendo o percurso principalmente de onibus. mas tambem de btcicleta e a pe
62,5% moram a mais de meia hera, destes 50% v~m de onibus, 20% a pe, 20% de btc.c.eta
e 1 0% de mote.
25% moram a menos de dez minutes e chegam a pra98 a pe
12,5% mora ha mais de dez minutes a pe, mas no maximo a meia hera indo a pe e
de carro ou onibus.
lmportancia simb61ica
0 signtficado maror tdenttficado palos usuarios e o historico Ha um ra::oa\:el conhecimento
da origem do nome da pra~ talvez dev1do ao usuario desta pra<;a ser frequentaoo· ha algum tempo
e tambem pefa ftgura de Deodoro fazer parte tambem da hist6na nac•onal , n~o so aa oca se11do
dado a ele, talvez, mais valor que aos personagens hist6ricos locais.
0 Teatro for citado pela maror parte dos usuanos, talvez devtdo ao erxo de vis~o a partir da
rua Senador Luis Torres que privilegia o conjunto arqurtetOnrco, ressaltando seus valores h1stoncos,
esteticos e simb611cos Essa era uma das fum;Oes das prayas durante o Renasc1mento, que foi
atingida na prays Deodoro, valorizando seu espa~o.
74
A mator parte dos usuanos aftrmou que o monumento e as estatuas presentes na prac;:a
stgnlficam mom6n'1 ht9t6ncn um teryo cttou mem6na cultural e para um quarto dos usuanos eles
stgntftctlm belez.t As quotro estjtuos roprm;entondo os conttncntes nOo sao tao bern apreendtdas
quanta o monurnento n Deodoro, tolvez devtdo c1 tsso o p11so m:uor para a htst6rta, que para cultura
ou valor estt~trco
t lombrada pela popula<;ao como ponto de encontro de 1ovens e estudantes no frnal dos
anos 70 e anos eo e pelas tdas a sorvetena Gut Gut . Outras tones refertmctas ~o o Teatro Deoooro
que msptra culture e o Tnbunal de Justu;a.
Os dados obtidos com a apltcat;ao dos questtonanos est~o tabulados e apre<>entaoos no
ANEXO C A tnterpretayao de parte dales, uttllzada para defintr o perftl do usuario, segue abarm
Quanto aos srgnrficados rndrcados palos usuanos foram obttdas as seguintes porce~"".agens
41 ,6% mem6ria hist6nca
16.6% sobrevivencra
12.5% mem6ria cultural
12 5% outros descanso, referencia e marco
8,33% cartao de vtstta
8,33% passagem
Quanto a on gem do nome da praya todos sabtam que ela recebra seu nome dev too ac
Marechal Deodoro Quanta a hist6na do personagem htst6nco 43 75% afirmou cont'lecer sua"' sto~ a
50% fa lou conhecer um pouco da his tori a e apenas 6. 25% dtsse nao conhecer nada
0 que chama a aten<;ao do usuario no entorno sao os predtos publtcos com emfase oara o
Teatro Deodoro e o Tribunal de Justtya Em rela<;ao ao total de usuanos 81 25% Cltou o Teatro
Deodoro 31,25% o Tribunal de Justiya, 12,5% a Camara de Vereadores e 6 25% a Acace• a
Alagoana de Letras.
Quanta ao s1gntftcado do monumento e das estatuas em relayao ao .,~,.,.,ere tota ce
usuanos 62 5% citou a mem6na htst6nca, 31 25% cttou mem6na cultural e 25°~o citou be e::a
Usos atuais
Constatou-se que o uso predomrnante na pra~ e o de lazer e passeto, com .. 7 ,77%. Porem
0 uso trabalho, Cttado nao s6 palo ambulante, mas tambem polo usuano O\entual e t:.'Or co. 1eroa· os
t1ca em 22,22% Por sl s6, pr6xtmo da poroontagern do uso para lazer Em segurda vem o comereto,
c1tado unicamente palos ambulantes, respondendo por 16,66% dos usos Com 11,11% cad a, ficaram
os usos descanso, passagem e outros
,.,
O s q11u:.llon tu lOS for .1111 .tpll( tcfo•, f l tt 'lllilll fJ', f!ti•J .,, Oll" lltlr uv. m t "" usp: tr~r) r j : , I•' :-,r;rt nforJ
Iondo md n coni tltcln•. Ctqtmh•'> rptn ,tptHt.t!l p<t!>',. tVolllt JHt l. t f u ll • rn • · '' t'l rtb•,nr ,.,r.,r,,,., roah.t:s•l t
lut o il• or v ttdo o u1ton•,o lluxo dt> p11'i':>IJII'• prtlll'l r tlr otl.t•l tin J > l (tt~[l Il l' 111 ,. '•' r,.;rJr;r tllunrJr;r••.;n U
Snnador 1 w 1 o rr os N. t htlfllttl qtHJ hv ftonlo .JfJ I'' "'"'• .. lr• 'l''t'ln•~•.s 6 moflr,r rnrs:. mnda 6 b<)rn
ultli70dll, pot•, n it n s t'\o lor .tlt7.1dO'i o•, lolulnrut•• ptlltltr.•''• I JIJfllt trslrrlOfiiU fir> rr .ilti'.Od(J 0 tllnV}'
ll~:; tn 6roo por UltCt.tiiVd do I O.llro Orwdoro
Foto 47 Lateral corrcspondcntc A rua Srmac:tor Luis Torres, com a presentta dP. ambulantes
comcrcializando ahmentos. Fonte Karina Braga, dcLembro 2003
Desde o final dos anos 90 vern sendo ocupada por ambulantes e carnnhos de altmentayao
Durante todo o dia ambulantes comerctallzando allmentos e outras mercadorias permanecem na
area pr6x1ma as cal9adas. Entre os produtos comerctallzados estao. sanduiches, mtlho coco pastel
caldo de cana, equipamentos para celular, cupons do Alagoas da Sorte, doces cartoes telefontcos
balas, ctgarros, bebidas, cds E entre os servi9os oferectdos estao o de conserto de sapatos e
engraxate (Foto 47). Eles se colocam por todas as suas cal9adas, menos na lateral correspondente
a travessa D1as Cabral. A referida lateral e reservada para estactonamento do Tnbunat de Jus~ c;a
apesar dele JB possurr um estacronamento pr6pno e de exrsttrem vanos estactonamentos pn ados
pr6xrmos ao predro Com tsso, apenas tr~s de suas laterats sao efetivamente apropnadas oela
popufac;ao sendo que em nenhuma das outras e possivel estactonar
A prac;a apresenta problemas de seguran9a com a presenc;a de marg1na1s e dehquer.tes
prrncrpalmente no horfmo noturno ContrrbUI para 1sso sua proxumdade do camel6dromo e do
mercado publico 0 estac1onamento do 1 nbunal do Just19a, na travessa 0 .1s Cabral, llberado
durante o horfmo noturno, frcn sob n "re~ror'l':.,lhrhd,1do" de flanehnhas NAo fo1 constatada a
presenca de guard£J rnun1crpal norn no hor L~rto noturno em quo ocorr 10m eventos no T eatro Deodoro,
durante as obsorvac;Oos roalw.Jdas polu nutora nos mesos de outubro o novembro
71)
Situa~Ao fisica atual A arbonznytlo ~ pos1t1va com Mvoros do uma ejnlca ospooo ottrzetro fomecendo somcra
I to aso n~o os tem I rrutando-se aos rmponanto nesto chma trop1cal Ouanto nos equ pamcn s qu ~ 1 ~"' ogundo usuanos usualm~nte bsncos om quanttdado rnsufrc1ente, lrxerras o a r umrna.....,o quo s
apaga-se a nolle A ostlltua esta precrsando lrmpeza e recoloca~o d'3 pey:~s que foram terac:as ccn<c os
f • 1 tP-'r' '-• r'a "' arreros e alguns dos brasOes Os canterros apresentam-se com aspecto so nve a - "' '"'"' J -
seca, serv1ndo como banherro publrco
Apesar de nela haver dois funcronarios da lrmpeza munec1pal durante o d•a a ~da ap·~s~n·a
sacos copos e garrafas plasticas 0 pror e o mal cherro causado palo uso da prays CO~""'O ""'O'aC a de
margrnais e cherra-cola mesmo problema sentrdo na Vrsconde de Stntmbu 1F=oto 48)
Area 3 868.80 m2
Levantamento 1 0/1 0/2003
Confrgurayao. Construyao hist6rica
Piso elevado central com acesso por escadas de tres degraus
Ptso em pedra (paralelepfpedo) com pag1nayao dtferencrada ,.,a parte e·e.raoa ce-··#a
21 Ottlzerros
Vegetayao arbustiva nos tres canteiros centrats
Elementos complementares
Monumento eqoestre a Marechal Deodoro da Fonseca
Escu/turas - uma em cada canto da praya, totaltzando quatro
2 Bancas de revistas
16 bancos de concreto armado com encosto em barras de ferro
15 telefones publicos
6 hxeiras plasticas e 1 metahca
1 h1drante
Estacionamento lateral travessa D1as Cabral
llumma~o - postes com tres lampadas
2 centrals para o monumento
6 na lateral da rua Senador Mendon((a (urn deles com apenas l.:'lla IUTtr.ana)
5 na lateral da travessa D1as Cabral (urn faltando uma lumtnana ao s co , ma s t!'n
refletor acoplado e um com ma1s dots refletores acoplados
d1recionados para o Tnbunal de Just19a)
AtiVIdades lazar e passeio, trabalho, comEHCIO, descanso e passagem de pedestres
Usuanos adultos o tdosos
Entorno Area central
Observa~o Em outubro deste ano, do d1a 18 ate pr6xtmo do ftnal do m~s. a prac;a to1
ut1ltzada como acampamento por part1cipantes do Mov1mento dos Sem-T erra
Foto 48. Esquina da Travessa Dias Cabral com a rua Barao de Macei6. Nesta ficam as pessoas
que esperam a salda de vans para o 1nterior 0 espayo do banco viz1nho e ocupado por cheira-
cola, sendo ponto de encontro e morada deles Fonte. Karina Braga, dezembro 2003
Foto 49: Prnca Doodoro quando nwodrdn por sem terras. Fonte Ga.·t'ta dt'l Alagoas, ?1 tO 2003
77
Foto 50 Vista da lateral da prava Deodoro referente il rua Senador Mendonva vendo-se o piso
em paraleleplpedo e os bancos com encosto em tubo met€11ico. Fonte Karina Braga, dez 2003
Situa~ao atual e expectativas dos usuarios
78
No quesito sabre o que o usuario sente quando esta na prac;a, fo1 unanime a sensac;ao ce
rnseguranc;a. Seguiram-se as sensa96es de descanso, medo, conforto e desconforto, em gua
posic;flo. Este aparente descompasso das respostas se deve ao fato que o usuario sente-se bern a sombra das arvores, sentindo o vento fresco. Mas, ao mesmo tempo convive com marginais e co,...,
sua a9ao sabre o espa9o, como o mal-cheiro sentido em algumas areas: no canteiro central at·as
das bancas de revistas e aos pes das arvores mais pr6ximas do Tribunal de Justic;a. TambeiT' o
vento forte, caracteristico dessa epoca do ana (dezembro/janeiro), lanc;a poeira nas pessoas
atrngrndo os olhos, causando desconforto.
Quanta aos ponto positives indicados estao a sombra, as arvores. o cltma e o descanso t'ara
43,75% dos usutmos Foram citados tambem a movimento de pessoas e o encontro coP" ar~ gus a
localrzayao, os predios publicos do entorno, a lembranya htstonca. a estatua de Deooc'"o e as
apresenta~oes teatrars na praya
Quanta aos pontos negattvos for citada a presenya de margtnats e che ra-co a por 56 ~5°..o
dos usuarros 37,5% crtou a SUJerra e o mal cherro, 31 ,25°tu crtou a tnseguranGa Tambem foram
cttados o prso (foto 50), o som alto e confuse dos evangeltcos e a falta de Jardrns
0 que mars chama a aten9ao do usuarro no rntenor da pr aya sao as arvores (50%) e o
movrmento das pessoas (37,5%)
79
,.!!. • •~ta .. ,.. ;suar "5 ~ 75% O!c~ ..r u:· cs Ouanto aos oqu1pamentos em rola~o ao numero .,, "~ 1 "'
bancos 43 75% utrllza os tolefones ptibhcos o 18 75% utrl 7.n as bancas de rev s<as
Quante 6s melnonas desejadas pela popula~o hmpeza e po'..c amort:? faram c~-='JS pm
todos 81 25% cttou a necessrdade de melhonas nos JBrd ns comentando ooCI'e a 4:; !a ae o~~<:"/.A e
o fato dos canlerros serem uttllzados como samtano pub I co Aumen'.c. na auat"tLda?e d~ ban'" ..r.:s cr..
encostos fot cttado por 75% dos usuanos, que consider am descomurta ~f.HS -:~s •ta--.r..r..'S" a <:'=',s ~r;
desnivel da pra9<3 com tubo metalico ser1indo de encosto E fao me:-:•e ~".h;:t.·~~ '.- ·~ ~-z>.x
numero de bancos no horario da manh~, quando todos estao o~pados 5-0"1-. -::-:.<:: r..:s-J~· -:.~
reclamaram ftrmemente do prso da pra9<3 comentando aue costuma ca.;sa• -:: .... '?Cas <:: '"'-:. ~t::,.....c::s s
que geralmente macnuca murto uma queda nesse trpo p1so Em seg .... -:a . em -s ... G. as -a
rlumrna~o 5625%) 0 ambulante que permanece no horano noturno CO"'"'e'"'·o .... .c ... s s :.cs.t;.-s ·-:. a
rlumina~o da pra~ se apagar a no•te, der..<ando tude as escuras A ms•a ayao -::e .... ~ ~rs:~ s -:ss.t=;:
de 18,75% dos usuanos que e1es relac1onaram a apresentay6es mus cas c ... ·ea··a s
Entre outras melhonas pedrdas estao. metnor conserva~o co mc-- .... ""'e-o -:s :)s>J.-.::.~:. a
necesstdade de urn ba'1hetro ptibhco solu~o para o som alto e confuse ccs e. a---ge ~s : =-~
mesrno um novo projeto. sob a ega~o do usuano morador do entcrno, cue •o :;•o,e::; a-... a rs::t ~sta
atendendo a poputayao
0 •nteresse mar or dos usuanos e por atratrvos cult...rra s • ca""ao e"'"' ~::~ a-= ---- --apresenta9(5es fo1c16ncas sendo c tadas por 62,5%, em segu.da, expos yOe.s oe a--e ::-:a::as :>Y
43 75% Em segUida a nstala~o de jogos de tabule1ro 31 25% aesejaco oe os ~:>--e'"s e
repud1ado pelas mulheres instala~o de uma feira de artesanato 18-5% e ao•ese""·aySes ;)::
shows mus ca•s (12 5%) Entre outras sugestoes estao· o churrasqutnho~ cof"o at•-atJV.:: :.a--a a :Ya:a •
(!),a insta ayao de um cmema no entomo e ma•s apresentac;Oes teatra s '1a pra~
A pnnc1par causa do des nteresse em freqOentar a pra9CJ dada oela ocou a;ao fc a &a :a ~e
seguran9CJ segwda pela presen~ de che~ra-cola e pela falta ce atrativos Em re a;.ao ac tela oe ,
usuanos
100% fait a de seguran9CJ
81,25% presen9CJ de marginais e che1ra-cola
37,5% falta de atratlvos
5.3. Pra~a Visconde de Sinimbu
Hist6ria Sua pnme1ra parte fo1 rmplontoda em 1908
tendo o riacho Mayay6, correndo ao sui (Foto 56) Para
chegar ou vrr de Jaragua era precrso atravessa-lo em
jangadas, ate que fo1 construlda uma ponte de madeira.
Em 1914 for construfda a ponte dos Fonseca, em ferro,
que fo1 destruida em 1924 Em seu Iugar fot fe1ta outra
de concreto armada com balaustradas, existentes ate
hoJe Nos seus extremos esta marcado o ano em que fo1
construida 1925. Em 1941 o riacho fo1 desviado de seu
curso natural, sendo seu Jeito aterrado e a praya
ampilada
0 prefeito Reinaldo de Carvalho Gama realizou
obras de recuperayao na praya, durante sua gestao,
mas sem interferir no seu trat;ado. (Prefeitura, 1983).
80
Mapa 3: localiza~o da Praya VISCOnde de Sinlm!>Cl .
Fonte: Prefeltura/MARPLAN, 1998
Na decada de 60, durante a adm1nistrac;ao de Sandoval CaJu a praya Visconde S P mb(; &o
alvo de uma proposta de modernizac;ao efetivada por uma equipe de tecn1cos d1ng1da por Lauro
Menezes e Jose da Costa Passos Filho, desenhistas-projetistas da SUMOV - Supenntender~C1a
Municipal de Obras e Viac;llo (SILVA, 1991 ). Foi dividida em duas partes. Na maior foram co ocaaos
brinquedos (foto 53), bancos, poltronas de marmorite (foto 54) e fontes com azulejos COIOndos A
area menor recebeu bancos c1rcufares, uma p1sta de aeromodelismo (toto 54} e um paine recooe'Lo
com azulejos coloridos (foto 11, pg 42), com desenhos referentes a vida do pescador e uma OISC"'"'~a
com fonte na forma de uma estatua de menino fazendo xix1
' · I • • . -
•
r l'
...., ··::~-__..,., • 9 .... ~
.. f :. Foto 51: Preca Viscondc de Sinimbu, recllm lflougurada, em 1908
•
Fonte SILVA. 1991.
Foto ~ PtSta d neromooea:s
Sslldovn CajO
•
F e
- •• ...-~ o"! - .:;- =~=
-. =--~ _ ... ~--- - - -.;:--.. --
-.;,""~ -- ·-
rn C3 -s· ~~·c:a ..a ~ oe
a I ..ate«~ ~;-o oe ~~
. · r·· IJt•• rJt , nt!J'J 'Jill r,•,rrro:'rt''';.JJU ',IJrr r :;Ia f OI a u ll trnft nrundrJ lrlll lfi/(Jn(/t() (llfl tJfJI J , , .p.JI,t, I olf/) I J J
J • • 1·1· r t dO 'Jf;_,tj' 'hl'm 0 ,, allora¢or, orn •,r ,, trn~trlo r O'JIIIIJ·Ifn•tlllo~ ornrr''"' 'J r.r,,,r, .. :o ·• '" • • ' ~ '
gesl!lo r1o Podro Vlf IUl (1 urJ/.), ttlu.Jirnonlt I IJi tru tlrJ'•
Foto 55 Jardtnetra Circular e camtnho c.om pedras de granlto •rregui:Jre1J. 1-.o fund<, '' f>r'-d '' d<>
Espa~o Cultural Fonte l':llnna Braga, marr,o d<: 2003
A pra~ abngou por dtversas vezes parques de dtversao que utthzavarr as ve nas lard·r~ r<::s
ctrculares como tanques de areta para pescana de bnndes pelas cnan~s (Foto 56) Nos a'"'c.s SO
fot montada uma tenda de ctrco na pra<;a Jorge de Lima, o Circa Cultural, onde ocorrerarr sroNs ~
apresenta<;oes culturats numa in1c1attva da Un1vers1dade Federal de Alagoas e da Prefeltt.:•a
Municipal No final de sua temporada na pra9<! em me ados dos a nos 90 passou a ter o .... ··a
denom1na~o conforme nota na Gazeta de Alagoas em dezembro de 1994 0 pro1eto Musrca no
Circo, desenvolvido no Circo Pirueta, na Pra<;a Sinimbu, tem propiciado a apresenta<;ao de rnu tos
valores da mus1ca local, nacFonal e internacional, oferecendo op<;oes de lazer ao povo e ,•ercamo~e
no me1o artistFco·
Entorno
ln1c1almente um p~ntano, o local da praya fot sendo aterrado e ocupado ate que no come<;:o
do seculo XX, o entorno da praya ja possuia ed1f1ca<;Oes res1denc1a1s, a garagem e o!1c ~"as oa
estacao de bondes, o Lyceu de Artes e Ofic1os, um sobrado colon1al de do1s andares ma1s o s6tao
no local onde hoJe func1ona o Tnbunal Reg1onal Ele1toral e a Garagem Alagoana - uma cas
pnmerras oftcrnas de conserto de veiculos automotorcs. (Foto 10, pg 41 e foto 56)
0 nacho Salgadrnho separava a area da atual praya da orla marit1ma (Fotos 56 e 61 ) Apes
0 frnal da Pnmetra Guerra Mundral. em 1918. o povo comemorou com grande festa naquela area de
pra1a . Na ocasrao, o prefe1to da epoca prometeu urbanrza-la a denomrna-la de aven1da da Paz
Assrm, em 1927 fo1 construida uma avenrda moderna, prolongada em 1933 Foram fe1tas duas
cal~das paralelas - uma Junto a p1sta e outra ao lado da pra1a, com 1ard1ns gramados bancos de
,
Fo·o 56 Ponte sotxe 0 nachO Sa!gadllno a w e!Ul v~se o ptee1 da Garagem Alaaoa;:2 • F orne Gazeta\•, EB imcio C1o si:~ YJ.
concreto e
oca ::a~o
oos•es de ferro ~abr cades oela Fund yao Alagoana A a en::::a -: ~<::·~-- <~ l <:- s-? ;:J'!: <:
na or a e oo· co"~st tu ·-se em uma ·ua cer.n da apenas x · u- a:::-: :<:: :;.::~· :.
c•ecomlna,.,~er-en;e :e~eo a--ema~aoo per o a! oanc:a ce mu ~as a"'e as ::s voe-s:: a-a "' -:·:
OO"':uaco 00,. soc·aoos ae a .... e cra""a\a:n a ate"'t;AO ocr sua arc~ tetu·a ec;e· =a -- :: -:::;::·a-:a "'
• s:osa e"' •e es:es o Hme A: a-: co ,Foto 57} Acompanna"'.co a va or za~o =-'3 a a :- ::a :.s :::::-
--·--e ac.acenc as ac;:;u na- ao .... e a eooca nc:::>res •es cenc as ec e cas e·a a ~-s -- :.as -::::: ::::
res cenc as mora•a'"" a e.., do ooe:a Jorge Oe l "'"'a OS ex-gove,...,acc ·es C:: ~s:a::: !.-c- !.::;-s: ::
Me o e Ema-ce Dor. e eo ex-·ec.-- coca se e~o b·as e ra </.ar o J::·;e _::x Za;a:
~o:o 57 A•enida da Paz oestaque para o ocedio do Hotel :..urmco :. ~a ~e demoidas para dar passa9em ao ca"a oo nacno Sa!gad:l no
0 ored1o onde o TRE ve o a ·unc1onar a oart • ce ~:: t::- ...... ;:.· .... - .. .... ..... - .... "'Co
a tera¢es em suas fadladas aoo:a:1oo plattbanoas e aeccra.;Oes "'e-."\: .:>ss .:.as
ne•e fune~onou nas decadas de 30 e 40 a pnme ra turma ae T ro ce .... ~IT"'
Preparat6rro de OfiCISIS da Resef\·a (SilVA 1991 )
Este entorno passou a sofrer senas mud a ~as a pa"t r e i 94
do nacho Salgadmho passando este a desembocar d reto • e te ~a ra a oa A 'lie .:a ~ .:'s .a- "'s 5J a
transforma~o urbana atrng1u o clfma com 1 O\as COl ·tNQOes r e ·: ' J.3 e> s"'a s .... ::-st :_ ~0..:
tor:es referencras como os pred1os do lyceu e aa CATU por prec O$ ocer-os A ~ ~ a - ... a.;a
sofreu uma reforms modemizadora empreend1da a part r ae 1961 a
. .~..d do TRE para a constru<tAo da d demoh<tAo do anttgo pr., 10
CSJU Outra alteracao ocorreu quando a . entos tnterferlndo nfl visuali7at;ao da Catadral nova sede, com sets pavtm .
,. ..
1
Foto 58: Antigo predto do TRE, depots de ter sofrido modtfica<;Oes em sua fachada colonial ,
adotando caracterrsticas ecleticas. como a platibanda de balaustres e arcos nas janelas
1963 ~d4 :1-~• •
Fonte GazetaWeb
• (}U.., .... ~ I~
Foto 59: Vista da rua do lmperador e lateral da pra~ta do Sinimbu, tendo a visao da Catedral e da
fgreJa do Rosario no honzonte. Meados do seculo XX. Fonte Arq. lconografico UEM
Nos anos posteriores, parte das residencias ecleticas sofreu altera<;oes em suas fachaaas e
estruturas, dando Iugar a predios comerciais Das que sobreviveram a de Jorge de L•ma esta ern
estado de abandono e sem uso definido, a vrzmha esta em reforma para abngar a sede do INCRA
do Mmrsteno do Desenvolvrmento Agrario (provavelmente transformando a pra<;a em alva para
acampamentos de sem terra), e outra abnga a Secretana Munrctpal de Saude
E signtftcaltvo o numero de msttturc;Oes dcls areas educatrva. cultural , de saude e JUdtctana
As ruas que a circundam apresentam forte trafego vetculos, pnnctpalmente ontbus nAo tnterfenndo
mu1to no espa9o da pra93 devtdo a esta possuir uma area constderavel Os usos de solo mapeados
sao apresentado no mapa 4, na pagtna segUtnte.
85
AUA 00
I Jorge de Lima Vlsconde de Sinimbu
~~~~~~ ~~~~==~==~~~~MU~~~ ~~~~~AU~A~.~~~w~~~&~====~~Fro~~T
I D
Mapa 4. Pra~a Visconde de Sinimbu - Mapa de usos de solo (Karina Braga out 2003)
Legend a
Residencial
Comercial
Servic;os
Lazer
lnstitucional
Sem uso
Ruina
••• • •.• Reforma • •
No entorno imediato ha o
predominio do uso institucional, seguido
pelo comercial e de servic;os. Ha tambem um
numero consideravel de edificac;oes sem
uso e em ruinas. A casa vizinha a de Jorge
de Lima apresenta-se em reforma para
provavel instala<;ao do lncra
Base cartogrAfica SOMURS Marplan
Mapeamento de usos de solo !<.anna Staga, ::003
86
Edificac;oes hist6ricas e monumentos Entre os ed1ffc1os de valor h1st6nco o arqU1tot6n1co tom-se os que abrrgam· o Museu Theo
Brandao. a Secretana Mun1c1pal de Saude- onde morou o P.x-governador Arnon de Mello, o Espac;o
Cultural e Res1dlmc1a Untversttana da Untverstdade Federal de Alagoas o Clube Fentx Alagoana a .
casa de Jorge de lima e ed1f1ca~Oes eclet1cas na rua do lmperador 0 monumento na prac;:a e
homenagern ao Visconde de S1n1mbu, representado por uma estatua em pe
Museu Theo Brandao
Nao se tem certeza da data do 1nicio da constru~o do palacete, apesar de tndtcar ra ar-se
de uma ediftca~o de ftns do seculo XIX. Entre os anos de 1914 e 1915 passou a ser propnedade do
medico Arthur de Malo Machado Provavelmente nesta epoca fo1 acrescentada a extersao c~rcu ar ao
terra~o lateral diretto, pois 1a consta em toto de 1919 (Foto 60\ Postenormente fo1 ad1c 0"1aca
coberta em cupula bulbosa. (Foto 61) Estas reformas vtsavam acompanhar a valor zayao Que a
avenida da Paz e adjacencias adqUiriam aquela epoca. Em 1951 o tm6vel transferiu-se por herant;a
para Eduardo Ferreira Santos, genre do antigo propnetano 0 predto foi alugado para comerc.ar-tes
primetro sendo usado como hotel e depois como restaurante (FERRARE 200-)
Foto 60: Avenida da Paz, come~o do seculo XX, em destaque o predio do Museu Theo Brandao
em seu aspecto original. Fonte: Arq. lconografico UEM.
Foto 61: Museu TMo Brandao visto a partir do riacho Salgadmho Fonte IHGA ( 1920 1930)
87
, bl . ca tendo s1do lavrada a d como sendo de ut1lidade pu 1 ·
Em 04 de JUnho de 1964 fol decreta o que nela instalou a I da Unlversldade Federal de Alagoas, d
escntura de desapropnacao em pro - o o fechamento o ISSO foram reallzadas adaptac;oes com
Resldencla Umversltana Femlnlna Para 97 7 quando entao o im6vel fol dencla coletlva permaneceu ate 1
terrac;:o postenor 0 uso como resl I Theo Brandao (SILVA 1991) de Antropologla e F ole ore
adaptado para lnstalar o Museu cos recursos para uma t I c;oes fislcas somado aos pou
0 gradatlvO desgaste em suas InS a a ' f do para duas salas do r a ao do museu tendo SldO trans en
efet1va manuten98o, obngaram a desa IV ~ ' d err 2002 contando Espa~o Cultural da UFAL. Finalmente, ap6s obras de restauro, fol relnaugura o
com vasto acervo aluslvO a cultura popular alagoana
Casa de Jorge de Lima ch da praya 0 predio fol residencia do poeta Jorge de Lima, tendo sido mctusive o tre o
F rt r dela que o poeta ao ver o locallzado a frente da casa batizado com seu nome Ol a pa 1
·- d A ·d d Paz no inic1o do seculo XX funcionario encarregado de acender os lamp1oes a vem a a · . _
lnspirou-se para compor uma de suas mais conhecidas poesias o acendedor de lamploes
Atualmente seu estado apresenta pessima conserva<(ao, tendo sido estab1hzada na tentatlva de
evitar maiores danos a sua estrutura. (Foto 62).
Foto 62· Casa de Jorge de Uma e casa vizinha, que esta atualmente em reforma
Fonte: Karina Braga, maryo de 2003
No inicio do mes de novembro foi realizado no terreno lateral a casa um espetacu1o em
homenagem a Jorge de Lima, numa iniciativa da Fundayao Municipal de Culture com part1c payao
da Associayao Teatral de Alagoas- ATA, para o que foi realizada llmpeza e montagem de cenano.
Espa~ro Cultural e Residlmcia Universit~ria da Universidade Federal de Alagoas
0 local que hoje acomoda o Espat;o Cultural da UFAL antes abrigou. o Servtt;o do Algodao,
um Quartel de Policta, o Lyceu de Artes e Offictos e a Escola de Aprend1zes e Art1f1ces Em 1ane1ro
de 1961 , a Escola de Engenhana, com os recursos da Soctedade C1v11 mantenedora, tntCIOU reformas
no predio A admimstrat;ao das obras ficou a cargo do engenhe1ro Joaqu1m Otegues Junior sob
projeto da arqUiteta Zelta Ma1a Nobre, que trabalhou o edtficto caractenzando a fachada no sent1do
honzontal atraves de d1versos pa1neis de matena1s modernos - ceram1ca, v1dro, bnses de concreto
Neste mesmo ano o patnmOn1o da sociedade fo1 transfendo para o governo federal, que assum1u a
Foto 63 Vista do Espae(o Cultural a partJr do tnlenor da prw,::~ For•t~> Yar na Brag<~ not d~ 200~
No espa<;o da atual Residencra Untverstlilffa ftcava anttgamente a estaryao des :>erv::ss -:s
Macero cuJa companhra foi rnaugurada ern 25 de marc;;o de 1858 hgando Mace 6 a Ja•ag ... a c:)--;. todo servu;:o da epoca seus bondes eram pequenos e puxados por burros trafegandc sc.r.·e ~ - ::s
de brtola metrrca Em 1871 transformou-se em Cta Alagoana de Tnlhos Urbanos passa-:c a
tambem ter especialtdade em ilummaq~o a gas e no estabelectmento de tn'hos urbanos na car.:!:: aa
provfncta das AlagoaS' (Foto 64) Em 1888 Ja havta a extensao da linha de Jaragt..:a a Be~:ou·:
com 1 0 km de compnmento
Na segunda decada do seculo XX fo1 adqutnda por uma companhta subs d a'" a da L ;-: ::
Rto, que a transformou em Cia For9a e Luz do Nordeste do Brasil. Apesar de desde JU ho ce • 9i ~ a
e/tSitr uma empresa de auto-Ontbus na cidade, em 12 de JUiho de 1914 fo1 mauguraoo o sen: ~o ce
bondes e/etncos com uma linha de trayao eletnca hgando o Centro de Mace 6 ate a Pa ~-a
passando por Jaragua Em sogutda foram hgados por bondes eletncos os batrros da le,aoa e
Jacuhnga atua/ Faro/
0 rto Mas~ay6, quo dlvtdta a Ctdado, f01 cruzado por duas pontes a dos Fonseca e a co
Por,o, custeadas polo Lttado, pela Alagoas Ratlway e polo Cta Alagoana de Tnlhos Urbanos Em
1920 o bondn o/otnco chogava a Mangabetras o Bobedouro Em 1928 a CA TU fo1 vendtda ao
comendador (,uc;,tnvo P;uvn ropro:,antando urna soctedade anOntma e em 1937 fo1 maugurada a
nova ltnha do ba~rro do I arol 1\pos a sogunda guerra, com o advcnto do automovel, Ombus e
camrnhOes e a crosconle d1frculdade om oqutst~o do peyas e melhoramentos a companh1a n~o
res1st1u, sendo o servt~o de bondos oxttnlo ern 1953 (STIEL, )
-
(' J l
• •
~ . . • •
Foto 64 Prl!dio da Companhra Alagoana de Tnlhos Urbanos, a CATU, onde licava a garagem
dos bondes e as olicinas de manuten<;ao no inlcio do seculo XX Na segunda decada do mesmo
secufo passou a chamar-se Companhla For~ e Luz do Nordeste do Bras. .
A Residemcia Universitaria Mascu rna e o Restaurante Untversltimo forarn cons~rt. · aos e-
1964 sob proJeto de hnguagem modema tambem de Zelia Maia Nobre 0 restaurarne nao es~a ..... a·s
em funcionamento tendo srdo transferido para o campus Na frente do predio encontra-se "'s:a a:a
uma torre com o antigo rel6gio da CATU rmportado da lnglaterra em 1917 permanece"lOO co-c
referemcia do antigo predro existente no local (SILVA 1991)
Clube F~nix AJagoana
0 clube fo1 criado no final do seculo XIX. por um grupo de doze rapazes a .... e ":.era..... a
pr·merra reuniao em 18 de mar90 de 1886 na casa de um deles Napoleao Got.. art As :nme ras
festas foram reahzadas na mesma casa ate 7 de setembro do mesmo ana quanao fo 1"1a ... ; ... ra.:::a
sua sede na mesma rua. a da lgreJa atual Barao de Jaragua Com o cresc1mento ao nu,.ero .:::e
assoc•ados o espa~o tornou-se insufictente, partindo-se para o projeto da no~ a sede
A area escolhrda ficava no anttgo Aterro de Jaragua pr6x mo a uiTI rna11gue:.al e a.::: "~"
Massay6 atual Salgadinho 0 predto pr6pno do clube for proJetado perc arqu teto Mess as ae
Gusmao, obedecendo ao esttlo cubrsta, rnsptrado em obras de Ptcasso A cons: l,; ~.Jo . alem ae ser o
ma.xrmo em vanguarda. era stmples, prattca e econOmtca, abngando um amplo sa ao ae festas no
andar supenor (o atual Salao Nobre) e um moderno restaurants que func,ona a a•a e no;te no anoar
terreo. A novtdade era descnta pela rmprensa como •um ambiente nval em confo1o ,. \O e e!egAnda
dos restaurantes ma1s chiques de Copacabana•. (SANTOS set/out, 1985).
A 1naugurayao das novas rnstala~Oes ocorreu em 23 de fevere1ro de 1936, urn dom1ngo de
camaval, provocando grande movtmento na soctedade macetoense Os jomais otztam que ·ra!vez
nenhuma outra cidade do norte do Bras11 possua um preclio para tat fim como o da F~nr>.:" SANTOS
seUout. 1985)
Visconde do Sinimbu
Jotio lin .. Vlelrn Cansanc.'\o de Slnlmbu nnscQu em ?0
de novembro do 1810, em S~o M1guol do'> Cnmpos Em 1835
bacharelou·se em Cu~ncms JuridiCEJS 0 SOCIAl& rol redator 13m
Pol1t1ca Entre outros vanos Jorna1s e ulgressou na carre1ra
cargos fo1 v1ce ·pres1dente e pres1dento da provincia de
Alagoas em 1839 Nesta epoca assumiu papel de destaque
durante o processo de transferencia do cafre da ant1ga capital .
Alagoas (atual Marechal Oeodoro), para Mace16 fato que teve
como consequl!nc1a quase 1mediata a transferenc1a da sede
da cap1tal da provincia para a cidade de Macei6 Ve1o a falecer
em dezembro de 1906
Ap6s a aprova93o da le1 estadual n° 614 de 10 de
junho de 1910. o governador Euchdes V1eira Malta contratou
com Angell Ang1oh a execu93o de uma estatua de corpo
inteiro do Visconde de Sinimbu Esta foi colocada na entao
recem 1naugurada prac;a da Reden~ao (Foto 65)
Perfil do usuario
Foto 65 Monumento em homenagem ao
V1sconde de Sinimbu
Fonte Kanna Braga mafyo 20G:O
De acordo com a pesqu1sa, o usuario que frequenta a pra~ Deodoro possu 'live c:
escolaridade media completa (62 5%) esta na faixa de 20 a 40 anos e e prover•e,..,te ae oa rros
distantes (37,5%), ut1hzando-se princ1palmente 6n1bus como me1o de transporte para Chega~ a o~a;,a
0 local de nascen~ deste usuario e razoavelmente equilibrado entre Mace·o ou outro mu:1 CIP c
sendo que no segundo caso, o usuario mora ha pelo menos 14 anos na c1dade perrnrtindo ta"'::t~em
um born conhecimento da area urbana.
Quante as atividades realizadas nas horas vagas, ficar em casa e o que faz a rna ona aos
usuaries (75%) seguido por passear na orla maritima (25%) na pra~ (18 75°'o ot... no s"c::;o;r~;
(12 5%) Tambem fo1 citada a frequencia ao culto evangelico (12 5%), v1s ta a casa ae faT. ua es e
participa~o em clubes de terceira 1dade
A maioria freqOenta a pra9a entre 10 a 20 anos (43,75%) e mora em casa \93 -so Quante
as razoes que os levam aquele espa9o, comercio fo1 a ma1ona (43 75%), segu1da pe1a s.mp.es
pas sag em (25%) e pelo trabalho e lazer ( 18.7 5% cad a uma) Com 6 25°-t cada f1caram os usos
compras e rehg1~o 0 lazer e uma das menores razOes de uso desta pra9a, que ap ese'lta forte
inchna~o comerc1al, talvez dev1do a ser passagem constante de pessoas que \'ao e vern oos pontes
de onrbus. com algum tempo de espera que poss1b1hta aos ambulantes o comere~o de agua, caldo de
cana. coco e lanches
Quante aos horanos de uso, predomrna manhQ e tarde, de segunda a sexta po1s e 0 horario
de ma1or movrmento dos Onibus. A rnseguran~a tambem afasta os usuanos no horano notumo e
durante os finais de semana, quando a prac;a f1ca mUlto deserta
•
91
Os dados obt1dos com a aplica~o dos quest1on~nos estao tabulados a apresentados no
ANEXO 0 A mterpretaet'lo de parte dales, ulthznda pAra doftnlr o perftl do usuario, segue aba•xo
Quanto ao grau de escolandade a ma•ona aprasentou nivel ml:ld•o completo
62,5% possw nivel medto completo
18,75% possuem ate a quarta sene
12,5% de QUinta a OII8V8 sene
6,25% nAo frequentou escola
A fatxa etana predom1nante foi de 20 a 40 anos
43,75% de 20 a 40 anos
37,5%de 40 a 60 anos
18 75% com mais de 60 anos
Quanta ao local de nascenc;:a do usuario houve razoavel equilibria sendo 56.25% nasc cos
em Mace16 e 43,75% vindos de outros municipios Dos que vem de outros •oca1s e mora,..... e
Macei6, estao na c1dade hit pelo menos 14 anos
Quanta aos bairros de ongem e razoavelmente equilibrado sendo a ma•oria prover> eme ae
bairros d1stantes, seguida pelos dos bairros v1ztnhos e palos que vem do Centro lsso ta1\oez ocorra
dev1do aos pontos de 6nibus ai instalados, promovendo ma1or movimento de pessoas de locals
d1stantes
37,5% de bairros distantes: Eustaqu1o Gomes, Cha de Bebedouro. Tabu e1ro
Bebedouro e Graciliano Ramos.
31 ,25% de bairros vizinhos: P090, Bam Parto, Vergel e Ponta Grossa
25% do Centro
6,25% mora em outra cidade.
Quanta ao tipo de moradia. a quase totalidade dos usuanos. 93.~5% mora em c..as.a e
apenas 6.25% em apartamento lgual a praya Deodoro
Ficar em casa e a o que os usuaries desta praya mais fazem nas noras \e9as ,-5%),
.seguido por passear na orla maritima (25%). na praya (18.75%) au no shopping (12,5%) Tambe.mfoi
citado a frequ6ncia a culto evangelico (12,5%), v1stta a casa de fam11iares e parttcipar de clubes de
terceira idade.
Quanta as razOes que levam os usuarios a frequenter a prays, comercto fo1 a maiona
(43,75%), seguids pels simples psssagem (25%) a palo trabalho a lazar (18,75% cada uma}. Com
6,25% cads, ficaram os usos comprss e religiao.
92
A mlliOIIlt froqllonl(l H pruc;u ontro doz ,, Vlttlo
froquontom no ourros poriodos da ttunpcl '11 JASIJollndn&
4 3,7!i'l.f, do 1011 20 unos
ttnos, soguJndo equ!IJbrado os que a
111 7 5% Ito 3 n 10 11nos • 12,5% 11t.lllliiiS do 30 clnC>S
12,5% do 20 a '30 OllOS
12,5% do I a J nnos
Qunnto no~ hor.,nos de uso, predorruna manh~ a tarde do sogunda n sezta, pots a 0 horf.mo
do lll<Hor movunonto dos On1bus A msegiJranfi:o Iamborn ofast;:J os usutHJOS no horisrro n,f)turno e
dlH,1nte os fuu1rs do sornana, quando a prat;:a f1ca multo dosorta.
31 ,25% pela manha e tarde, de segunda a soxta
25% pela manM e tarde, de segunda a sexta e palo stlbado de manha
25% pela manM e tarde, de segunda a sexta e palo stlbado e domingo de tarde
12 5% em dras e hortlnos vanados •
12,5% quase nunca frequentam a pra~
6,25% no hortlno do rntervalo de almo9o, de segunda a sexta.
6 25% todos os dras em horarios vanados '
6, 25% nos domrngos a tarde
Quanta a distancia da pra9a ate a casa dos usuaries, a marana mora a mars de meia hora a
pe da pra9a, fazendo o percurso pnncrpalmente de Onrbus mas tambem de bicicleta e a pe 62,5% moram a mais de mera hora, destes 60% v~m de Onrbus, 20% a de brcrcleta , 10% trem
e 1 0% de carro.
25% moram a menos de dez mrnutos e chegam a prar;a a pe.
12,5% mora h8 mais de dez mrnutos a pe, mas no maxrmo a mara hera indo a pe e
de carro ou Onrbus.
lmportancia simb61ica
0 srgnrfrcado maier rdentrficado palos usuaries e o de sobrevivencia, segutdo pe a metTlOfla
hrst6nca e srmples passagem For ainda crtado que ela signrfrca um cartt!o de vistta da Cldade e por
apenas 6% for crtada como lazer Na mesma propory.1o for crtada como rnem6na cultural Nenhum
des usuanos questionados quanto a ongem do nome da prac;a soube fa lor alga a respe1to
0 prodro do TRf for cttado como o quo mats chama o atenc;Ao dJs pessoas no entomo
(37,5%}. r alvez tsso so deva a seu alto gabmrto em tolo~~o A escala das constru~Oes vtzmhas
Tam bam for crt ado o f.:spac;o Cultural da Ul A, pot 31 ,25% dos usw~nos Amda foram CJtadas as
casas ant1gas e abandonadas do ontorno o a Przzmrn Sorrrso
93
numero total de usuanos. Quanto ao Significado do monumento e do mural em relat;ao ao . b. 12 5% Cltou
h a h st6na de $1n1m u e 50% c1tou mem6na h1st6rica apesar de nAo con ecorem 1
mem6na cultural Para 43,75% tanto o monumonto como o murol n(lo stgnlftcam nada
b 1 d s e apresentados no os dados obtldos com a apltca<:ao dos quost1onanos est~o ta u a o rf 1 d s arto segue abarxo ANE- xo o A tnterpretayao de parte dales, ullltzada para def1ntr o pe 1 o u u
Quanto aos srgnificados rnd1cados pelos usuanos foram obtrdas as segutntes porcentagens
29 5% sobrevivencia •
23 5% memoria hist6rica •
23,5% passagem
11 8% cartao de visita '
6% lazer
6% memoria cultural
Quanto a origem do nome da pra93 50% nao fazia a menor ideia do porque do no!T'e oa
pra93 e o restante sabia que era por causa do Visconde de Sinimbu mas ninguem soube drzer que....,
ele era ou se pelo menos fazia parte da hrstorra de Alagoas HoJe, apesar da sua historia por't•ca e
das homenagens em sua memoria, ele e um personagem anOnimo no espac;o da pra9B que receoe
seu nome
0 que chama a atenyao do usuario no entorno sao os predros publicos, com enfase para o o
TRE e o Espac;o Cultural da UFAL. Em relayao ao total de usuaries, 37,5% citou o TRE 31 25°to o
Espac;o Cultural, 12,5% as casas antigas do entorno, 6,25% citou a Pizzaria Sorriso e 6,25% c1tou o
predio da Clfnica Dermatus.
Quante ao significado do monumento e do mural , em relayao ao numero total de L~suaros
50% citou memoria historica, apesar de nao conhecerem a historia de Sinimbu e 1:; S.l.~o cttou
memoria cultural. Para 43,75% tanto o monumento como o mural nao srgnificam nada
Usos atuais
Constatou-se que 0 usc predominante prays e 0 comercio. Cttado per 43 -sotn des l.JSL.a' OS
depo1s vern o uso com passagem (25%), como trabalho e lazar (18 -so.~o cada uma). segu da per
compras e rellgrao
Nesta praca os questtonanos tambem foram aphcados em usuanos que se encontravam no
espayo da praca, nao tendo s1do contatados aqueles que apenas passavam pela area Nas
observacoes reahzadas for observado o fluxo de possoas que desc1am dos pontes, Indo em dJre~o
ao Centro e vindo deste em direcao aos pontes ou a betra da praia onde ha outro ponto de 6mbus
o mov1mento ma1or da area se da devido aos alunos do Espa~o Cultural.
Bene' d~>~ per a..-o;.: an•~;s E. da na lateral das ruas Roborto Ferre~ra e Sa•gento ~J
ocupa " e o- as E~ t a ua d<> cOCO pastel ca dO de ca lB "'
comerc1ahzanao ahmentos como agua refngeran e 9 - _, _ be-l bP- se ns•a ar:1 :;.a "' ee~
epoca de 1nscrrc;ao para 0 vost1bular os fot6grafos das maqUinas lam am J J
defronte a porta do Espa~ Cultural (Foto 66)
Foto 66 Arnbulantes de alimentos na esqwna da rt.a Roberto Ferre.ra cor:-: a Sa·ge-o
Benevides. Fonte Kanna Braga, dezemoro de 20'J3
Todos os dias menos aos domrngos ao me o-dia evange cos se co oca~ ... a a•ea :::s
bPnauedos rrfanfs puxarr ul'Tl ('o de energ a de um poste pr6x !TlO ga..,.. c a-..<o-•a a ... ·e e :;assa-
cerca de duas horas pregando suas crenyas
--Na atera da travessa Sete de Setembro for mp antado um estac ona"'e"tc o' va~ ""' .... - -t· -\,oo ..... ...... '-
Nessa mesma latera esta uma banca de rev stas Ha outra ra ate'a ooos~a ca -~a
Benevrdes
Sa~ .... .:::.---.... _ .... -
Tarnbem apresenta problemas de seguranya com a prese"lya ce '""2'9 ... as e ce C-e-:es
pr 11crpalrnente no horario noturno Nao tendo srdo constatada a presenya ce ... e ... r- ... ,_ · x ce ;~a .. .:a
ou po •c arrento durante as observa¢es reahzadas pea autora nos meses oe c..;t ... :::-rc e "'O\e,_ .. -~
Pe.a Quant dade de pontos a nsta ados e com as nl1as owe oor a ::..assa-
S1n1mbu apresenta-se como ponte de convergenc1a da popura~o de toda a c cace · a"tc
oa1rros do Taouretro como das praras ou do Centro.
Situacao fisica atual
Os eqUipamentos e bnnquedos encontram-se damf1cados e os ca te cs "ecess •ali ce
manuten~o adequada com lrmpeza aduba9Ao e regas adequadas
0 mural esta em processo de ruinas No come90 do ano serrarnm a estatua ao m1 ao;: nho
tendo s1do ret1rado a que sobrou dela A prancha onde ela estava 1nsta aoa aorese"'ta aescaste -estrutural e parte da borda da piSCina desmoronou {Foto 67)
95
Apresenta mal chetro no cantetro da estatua de Stntmbu e pr6xtmo a balaustrada da anttga
ponte de alvenana, causado palo uso da praya como moradta de margtnats e cheira-cola Apesar dos
problemas, apresenta uma boa arbonza~o. fornecendo sombra tmportante neste chma troptcal
Foto 67: Situa~ao atual do mural e piscina.
Area. 9.923,8 m2 (COMURB, 1999)
Levantamento: 1 0/1 0/2003
Configuracao: Chao batido
Gramado
Pisos processados
Canteiros sinuosos
Fonte: Karina Braga, dezembro de 2003.
Rede de caminhos internos com piso em pedra
Vegetayao Visconde de Sinimbu:
18 flamboyants
7 oitizeiros
2 cassuarinas
8 acacias ferruginea
5 afgarobas
1 0 castanholas
1 jasmim sao Jose
1 mangueira (jovem)
palmeiras
4 especles nao identificadas
Alamanda amarela no canteiro do man umento
Vegeta~ao Jorge de Lima
3 flamboyants
d orte e pequenas 14 amendoe,ras, sondo 6 de gran e p
1 acacia ferrugmoa
5 algarobas
3 espec1es nl\o idont1f1ca'3
Elementos complementares Vlsconde de Sinlmbu
Esculluras do Vlsconde de Slnlmbu ca de 3 m de d1ametro 4 Jardine~ras redondas de concreto armado com cor
Brinquedos lnfantis de marmorite balanr;:o e escorrega (mal conservados)
2 Bancas de revistas
3 abngos nas paradas de Onibus, sendo 2 de concreto armada e 1 de metal
Bancos de concreto armado sem encosto de vanos formatos
3 telefones publlcos
4 lixeiras, sendo 2 de cimento armada e 2 em ayo
Estac1onamento defronte ao TRE
llum1na~o:
4 pastes com duas lampadas
2 postes com tres lampadas
5 pastes com quatro lampadas
96
Obs. Em dois pastes pr6ximos aos brinquedos 1nfant1s ha urn refletor e,..,
cada urn, direcionados para os bnnquedos Ha ma1s urn paste com refetor
voltado para a escultura do Visconde de S1nimbu
Elementos complementares da prays Jorge de L1ma
Pista de aeromodelismo
P6rtico com mural e espelho d'agua desativado
1 abrigo de concreto
Bancos sem encosto em volta de canteiros c1rculares
6 poltronas de marmorite, sendo que 3 delas prec1sando de manuten98o
lluminayao:
1 paste com duas Jampadas
4 pastes com tres lampadas
Obs Urn dos pastes de trAs lampadas se localiza no cento da p1sta de aeromodehsmo
AtiVrdades: comercro, passagem de pedestre, lazar e trabalho.
Usuanos )Ovens e adultos
Entorno· Area central
Observa~ao lnrcralmente proJeto ecletrco, corn posterior reforma modernizadora
Tra~do organrco Ambrentes de estar fora do prso
Espelho d'agua com estatua classrca de um menrno fazendo xixi (depredada)
Murada da antiga ponte ainda presente no entorno da prac;a Jorge de lima
{17
Situa<;fto atual o oxpoctativas dos usulllrios
No qun~llo •,ot>r o o quo o tm11fu1o etJrtlo quflndo tJ«jl(t nn prnr/'t, n matorta rospondQu
111Sogurculy•l foo(lllll 11111 '>t• .Jh sonHnc;;c'\n., t in clubC.(Ifl'•"· umtmtt1 r dtJGUmfcJrlo ornpatAdos, modo o
scpuraru;:o om ordorn tlrntii1Uitv.J 0 conflrto untrn r:o~tfcJrto o dor.>V>rtl()rlrJ 6 rJOSSt.telrnento C:JusarJo
polo nucro clunrt .tgr.tch~vel sern q11e c1 prc1~ .t po·.~lltl o~trutura ftrlf3qllorJa para agradar ao usufHIO
B<~ncos proctsnndu do roporos !>UJOiru o c~spoc.to do nbondono AqUI tomb6rn r.onte·so Of.l problomao
causados palo vonto forto, caractonsttco dosc.;a 6poca do ano Como o chao o do terra battda mUita
poerra 6 lovnntada ntrng1ndo os olhos o Uluc;ando dosconforto .JtJ no poriodo de chuvas c.cmcJ o
solo o pouco pormoovol, forma lama corn o uorro
Quanto aos ponto pos1tivos ind1cados ostao a sombra, as arvores e o cllma para 43 75r1'.J dos
usuanos Os outros pontos postllvos foram todos dtferentes sendo o mural, quando functona"a a
font e. os bancos, a localtzayao, porto da pra1a, o conteudo. tudo que M nela ". o movunento das
pessoas, o ponto bom para o comerc1o e a estatua
Quanto aos pontos negat1vos for c1tada em primeiro Iugar a falta de seguranya e pohctamento
por 43,75% dos usuaries. A suJetra e a presenc;a de che1ra cola for am c1tadas por 18,75% dos
usuarros, cada uma. Foram tambem c1tados monumentos sem destaque, 1ardins mal cu1dados e a
presenc;a de travest1s fazendo ponto na area, ao ano1tecer.
0 que mars chama a aten<;ao do usuano no 1ntenor da prac;a sao as arvores (75%) e o
movrmento das pessoas (31,25%)
Quante aos equrpamentos, em relac;ao ao numero total de usuaries, 37,5% citou uttltzar os
bancos e outros 37,5% utlllza o ponto de onrbus Apenas 12,5% ut1hzam as bancas de revtstas
Quanto SS melhonas deSejadas pela populac;ao, pOIICiamento foi Citado por 93,75% dOS
usuarros 68,75% crtou a necessrdade de melhorias nos Jardrns tambem utilizados como santtano
publico. prrncipalmente o do monumento, mats resguardado e a area atras da balaustrada da ant1ga
ponte Em segurda vern a hmpeza (62,5%), conservat;ao dos bancos (56,25%), a manuten~o dos
brrnquedos exrstentes e rnstalacyao de novas (50%), a tlumtnac;ao (31 ,25%), o aporo aos 6mbus do
tnterror (25%), rnstalac;ao de concha acustico, de coreto e a necess1dade de constru~o de banherros
publtcos (18.75% cada), poda conscrente das arvores (6,25%) e a insh.lla~1o de quadra esport1va
(6 ?5%)
0 ntmtrvo mais doSOJOdo palos usuonor; e wno fotro de artesonato (93,75%), pars acredttam
que isso aumontarra o movrrnanto do posso11s na prac;a. Em scgLuda, as apresentac;Oes tolc16ncas
( 43 7 5%) o a roaltza~o tlo oxposryl\o do orte (31 ,25%} ~ ntr e outros sugestOes estAo
apresentat;Oos cJo capooira o roulrzocl'lo do ovuntm, culturars.
A principal causa do dosrntorassa om froquantor o praya dodo pola popula9fio for a falta de
seguran9a (81,25%), segurda pola falta do atrattvos (62,5%} e a prosen~ de chetra<ala (37,5%)
0 tatrJmrl vtlmo fJ urn r10~ I lilt 1101> tmrhrtrmto• r,nr n '' to' hflh(Jurr!lJrr .. o Ei th:J IA1 .l!Ji/Y.• r!•,
O"Pll~ Ouomlo oncrmwrln £ltllrl) vtc•u tl'l '"''''montr, tntenno c:O~'' a pra-~"l {,o·rt...~t:S· '• wu uro.r, f za
proJudtClldo, rnns qurmdo sttuodn orn wn 'lift r'"''~'r'•ll dl) (,trCuloQ(Jr, oorl<k, o,., (.1\f.re-; ·~oo a cuut..a•r
VIOS OCUJICJ(IIIOS, ISl>O fttr:thlo 0 HJCOnt!Ot;IIT!OrtltJ (10ICJ (l(,rAJIOr;ljr, , 0 ~ho~orla 6 a fJI.iUrl8nf:rt'"..l3 nc C
A fllcthdado do ttr.OSfiO fl vaiculos, a ()riS6tblltrlO{I9 rJo o• tncv,r fi ~ N• PfCpf .. , e· .-::,-,n ·~rta
rnnts conlurt6vel o uso des to por qurJrn po:.su1 outr,rnt, tel , oum!ln\onrl(, fJ froq ,fJ•K- a d•.s _,, .ar '• • no
ornblfJnte Urn a das constata¢es feti<Js 101 qull o r,onto rJfJ t,n,t,IJS (; um O'~. parr ~nt•, -! ·tamJ...an!IJ
gornndo mA1or c1rculacao do usu:~nos Com osta clfcuiRr,JJo gnrara11'la 6 ~6 ;,r! '/,nat a1•a"' ''" r.r.J(;
la~m us pessoas al permanecor Q nao stmplesment~J pasc;ar Nesta pr,rJtr, a p•ay:s ', " f' r.;: wa
vantagem, POtS POSSUI IOCBIS de parada de 1/l')fCUIOS am bo:;, parte da SOIJ brt.'.o(( 0 -3 a" t::CJ VA .. &:, '
vanos pontos de On1bus A Deodoro possut ::tpl";jn::ts um estac~C,namento:, r-n J::s\u'J ,.~, .. v~r::" -="• I>'J
estactonar C<Jrros em nenhuma de suas outras tres laterals A pesqu1sa Cl'.~rrf1rrr t;,; r; .. r:: ,. .. •r r...r."8'•?
dtmlnUiu mUltO ap6s a rellrada do ponto de Ontbus all ez1stente
A V1sconde S1nimbu apresenta um carater ma1s ccmeroal, enquantiJ a 0~,/j'J'':. a;:,•o:s:;' ;:
um C<Jrater ma1s htsl6nco e cultural De acordo com este fato as prcpcstas su-;e~ -:as :;.a·a ~··a • usuanos segUiram as mesmas linhas na pnmerra a matona oos usuanos prop6s a ·ea z.::~~ -::r:: fe ·a
de artesanato nao s6 para aumentar o movtmento de pessoas na prar;a rras ~a":"~m D':.' ~,. :..~-a
ativ1dade que pode gerar oportunidade de traba!ho e renda Na segunda oerce~-ss a •:.c:r;r..'tc::n:.~ cultural e hrst6nC<J tendo s1do sugendas apresenta<;Oes fo•c,6r C<JS e e:~pcs·7".r-s O:e a-s -;c-.:,
atrattvos deseJados pelos usuarios
0 perfH do usuano apresenta seme1han9<3s quanta a or gem dos us .. ar os send:. :.ow~ - a3
da metade de Macet6 e o restante de outros mun1cipios Quase tOdos mcram e-n casa nAc.
apartamento e apresentam escolandade de nivel medto Vem de ba!rr.os v Zt'1nos senoo -:u: -..a
Sintmbu, parte expressiva vem tambem de bairros mais dtstantes, prova:telme:lte cev1do aos po-~s de 6n1bus
As d1ferenfYas sao quanta a faixa etaria, de 20 a 40 anos para a Stn"mou e oe ~0 a 60 oa"a c:
Oeodoro quanto ao tempo em que frequentam a pra9<3, sendo de mats oe tw~~a anos p.a .. a os da
Deodoro enquanto que os da StntmbU a frequentam entre dez e Vtn:e anos e ouan·o ao
reconhec1mento da h1st6na dos personagens homenageados por cada vma oas pratras 'a Oeoooro
M o reconhec·mento do Marechal e de algo de sua htst6na, enquanto Que o Vtsconce ce S n:,.,..,bU e uma ftgura anontma para os usuanos.
A parttr desta analise serAo dadas, no pr6x1mo capitulo, algumas ~ugestOes para tanta'
recuperar o papol das pral(as de Maoot6, tornando .. as ferramentas para valonzac;ao do espac;o
urbana de Macet6 e recuperayao da htst6na e 1denltdade da populayfto
100
6. SUGESTOES E CONCLUSAO
tO e se aphcadas as prac;as Os ec;tudos ro'lhzados porm1tem olaborar algumas c;ugE>s as qu
M 6 tornando·as ferramentas para anahsadas podam rocuperar o papal das prayc'l'l de acol
valonzacflo do espa<;;o urbano do Mace16 e recupera<;;llo da h1st6na e 1dentidade da popula~o
A pnme1ra med1da a ser tomada e garant1r seguran<;;a para a popula<;;~o Sem ala quatquer
outra imciat1va ficara prejudicada, podendo nao ter o alcance dese1ado Apenas com ala Jil se'ta
possivel o retorno de parte dos usuanos, po1s apesar da presenc;a de marginais e da tnsegurant;.a
c1tada quase como unanimidade, as pessoas frequentam e gostam de estar na prac;a
Esta seguranc;a podena ser reallzada pela guarda ctvtl mumctpal mas seu efetivo e peaue"O
(862 guardas), sendo, segundo seu diretor geral, Enco Machado, insufictente para fazer a guarda
dos 6rgaos municipais e das pra<;;as. Aftrmou que neste final do ano serao alocados guardas
municipais para tazer a seguranc;a do Centro, mas que as pra<;;as nao serao contempladas COr"' a
mesma medida. E necessaria entao pensar em uma solu<;;ao, ou reallzar concurso para contratar
mats guardas municipals ou defimr quem. dos 6rgaos competentes, poderia garant1r essa seguranc;a
Outra medida seria a 1nstala9ao de eqUipamentos solicitados pelos usuanos bancos e
jardins na Deodoro, brinquedos lnfantis, ponto de apoio para quem se utiliza OS onibus que vern do
interior do Estado e jard1ns na Sinimbu. Outro equipamento solic1tado fo1 banhe~ro publico
Como a Deodoro e usada tambem para lazar e estar, sente-se a deficiencia no numero de
bancos, principalmente na parte elevada, observada como preferida pelos usuimos provave1me"'!e
por garantir melhor visualidade. Como esta pra<;;a atende tambem a fun9oes esteticas, e prec1so que
seu espa9o esteja limpo, com canteiros bern cuidados
Urn equipamento que poderia retornar a prays Deodoro e 0 ponto de onibus pOlS va .. ,os
usuaries comentaram que o movimento diminuiu mUlto depois que o retiraram de Ia Do mesmo rnoao
que e urn dos equipamentos que garante parte do movimento da S1nimbu Para 1sso e orec so
realizar analises adicionais quanta a adequayao desta ideia, tanto ao s1stema viario, como dev oo as
interferencias que ocorreriam no espayo.
A SinimbU funciona como local de estacionamento de 6nibus que vern do tntenor no trecho
tamMm denom1nado prays Jorge de Lima, ficando os motoristas e passagetros pelos banccs ca
prays, sem apoio, sem abngo em caso de chuva e sem banhetro Por 1sso a sugest~o de const--ulr
urn ponto de apo1o, fora do espa9o da prays, que poderia locahzar-se prOx•mo a esq~.- na das uas
Roberto Ferre1ra e S1lveno Jorge, no terrene de uma ant1ga chmca med1ca. atua\mente abandonada
e a venda, servtndo como local de encontro de margtnats Nele podena ser tnstalada oarte dos
ambulantes da area e construldos banhe1ros pubhcos. uma necessidade que a admm,stra<;ao pub11ca
nao atende, sendo para isso uttltzados os banhe1ros dispontbiltzados por algumas lo1as do Centro
como o H1per Bompreyo e as LOJBS Amencanas
Outra medtda simples e ped1da palos usuaries e a instala<;ao de mats bnnquedos na pra<;a
Stntmbu Se fosse reahzada a constru<;ao do ponto de apoto no local indtcado, os brinquedos
lOl
ch d trafego menos 1ntenso J do 1 1ma por sar esse tre o e
podonam ser 1nstalados na pra~ orgo ' ma efet1va seguran~ nla"""O dos OnlbU'> Essas med•d~s conJugadas a u porem havendo a mov1me \'<'
I ... 00 otualmonte 1so lndn podenorn trazer rnov1mento para es a ~r
/
•
Foto 68: Local onde poderia ser construldo ponto de apo1o para Onibus v1ndos do 1ntenor e que
para na Sinimbu. Fonte: Karina Peixoto, dezembro de 2003
Ha tambem 0 Espa~o Cultural com seus cursos de teatro. mus1ca e tetras Foi demons•raco o
interesse por parte da institui~o. na pessoa do coordenador do departamento de artes em pa--:. c ;:;a·
de pro1etos ambientados na praya. Na praya Oeodoro, alguns eventos sao reahzados pe o -ea··c
mas nao hfl programa~o anual defin1da destes eventos o que prejudica na divwga<;ao oe•aca
apenas uma semana antes. A Academia Alagoana de Letras nao tern programa<;ao para o esoayo
publico e raramente abre as portas de seu salao nobre, acontecendo isso apenas quando ca posse
de algum novo membro.
Apesar das referencias culturais e h1st6ricas existentes em ambas as prayas serer ~e '"'O'
reconhecidas na praya Marechal Deodoro que na Visconde de Sin1mbu, e necessaria a d •\ u ga;ao
destas, fazendo-se referenda as edifical(oes, de interesse hist6rico e cultural, ex1stentes e'T'I se~.os
entornos, a partir das quais e possivel dar infcio, atraves da revalorizayao do patnm6n10 CO,...,St'"'... CO
ao processo de revalorizayao urbana.
Nesse sentido, uma das sugestoes e realizar nas escolas estudos e traba '"'~os sob ·e a
hist6na local , levantando os fates, nao s6 hist6ricos, mas tambem do cotld1ano dos a u'1os ae se.-s
pa1s e av6s, ocorndos no espa9o das prayas e do seu entorno, procurando da a1can~.a,. o esDa.;o aa
c1dade como um todo E um processo que pode despertar nos mais novos a cur os•aade ae conhe~r
como era sua c1dade, perm1trndo que possam entender o porque de como e1a e ho1e E ~,.. ... ~ car,rnho
para a conqursta da c1dadan1a e para o respe1to a 1dent1dade local
Podena ser montado tambem um roterro t1po "Mace16 V1la au "Maceo - Cap tal da
Provincia", que lovantaria a h1st6na da transferlmcia da cap1tal de Alagoas pa' a Maceo os mot vas
desta transferenc1a - podona al entrar a procyo V1scondo do S1nunbu - , as ongens de Mace16 a vts1ta
do 1mperador - sua perman~nc1a na Pra~a Dom Pedro II , os personagens alagoanos presentes na
hist6na do Bras1l - Marechal Deodoro e Floriano Pe1xoto, respect1vamente nas prac;as em
homenagem a ales - e por ai adiante Um roteiro tmplantado em parcena com alguma agenc1a de
turrsmo, grupo de teatro ou extensao de ensmo de coleg1os au faculdadades Urn rote1ro ass1m em
102
da 6poca poda ser uttllzado tanto para forma de video, ou ate enconado nos proc;.1'J com roupns
attv1dades escolartls como pMa o tunsmo 1 l dando a valonzar estes
Tornbem 110 mosmo sent1do do d1vulgnr o h1st611a o n mernorta a u h 16 dos monumentos a da praya espacos, ftcH a rnedtda de colocar placas ou dt<;p/ays com fl 15 na •
d ,. b 0 lrnportante e que a mldla Podonam ser uhllzados para esse fim os dtsplays dos ponto~ a •Jnl us
d t I fo rnah to o que pre I ;daca a oste)a atuallzada e legivel, devendo se ev1tar o abandono o ma ena 1n r . .
f .1. 1 0 1 e o qua transmrta a h str~na e 1magem daquele espaco publico, em vez de bene 1Ctt1 · a ua quer m 1
t.itil nesse processo. f as pe .. soas A reailzacao de eventos que possam functonar como atratavos e que ayam ~ •
permanecerem na praca e ut1l para dinaniizar este espaco pubhco Para a Sinimbu sugl'::'f::·&:: a
reahzayao de uma feira de artesanato, com material de quahdade e representatavo do Estado pa•a
1sso podendo-se contar com o auxflio do SEBRAE, que JEt possu1 uma loJa neste padrao Es'a ~-::·a
deve ser reahzada de forma sistematica, podendo se tornar uma atra<;ao turist ca e co~r s~a""Js
padronrzados E precrso orientayao aos expositores para evttar sobrecarregar visua mente os s·.a'"'-:s
com excesso de material, dificultando a visualizayao e gerando uma imagem desagradave E.-fim s precrso que se1a tmplantada visando urn resultado estetrco e funcional e nao apenas no sef"• oo oe
proporcionar emprego ou renda
A Deodoro, com seu carater cultural e h1st6rico pode ser local para exposi¢es de a .... e
tendo que para tsso serem feitos os estudos necessaries 0 Teatro Ja abnga no seu hal! de ent•aca
vanas exposicoes temporarias, permanecendo com as portas abertas para a praya
A realizayao de apresentac6es folc16ncas foi citada nas duas prayas o que pode se· c
deseJO da populayao em ter de volta as antigas manrfesta9oes e festejos populares espontaneas e
acesslveis a maioria. Na Deodoro e possivel utillzar a parte alta como palco, sendo prova"el......,e"',ie
as laterais menores mais indicadas para isso. Se for apresentada na lateral referente a Acaoe ...... a
Alagoana de Letras, se tera maior envolvimento da populayao, pois e a area de mater fu-xo oe
pedestres e veiculos.
Quanta as diretrizes a serem sugeridas, serao apenas citadas as definrdas por Le tao (.?00:)
• Conhecer exaustivamente a area onde se var intervtr
• Compreender a necessrdade urbanistrca da area
• • • • •
Anaflsar as caracteristtcas do entorno
Considerar a evolu~o urbana da pra~
Avaflar as fun~oes existentes e potencrars da pra~
ldentrfrcar quem e 0 usuarro da pra~
lnvestrgar a drmensao srmb611ca do lllgar
A mesma aut ora contrnua "devemos ter sempre em mente que esta ·nos p·-o,tetando para 0
povo. Ass1m, torna-se necessano. ou mesmo mdtspensavel, a p~lrtrctpac;ao da coletrvidade no
processo de plane;amento"
103
t epetem em vanos textos se A simples c1tayao das d1retrizes dadas por es a autora e que se r
1 t.r.. f ssional do ramo mas que JUst1t1ca por serem d1retnzes do conhecimento de qua quer ~cn1co ou pro '
nao sao aplicadas na pratica, devido ao funcionamento anOmalo da maqUina admlnistrattva 0 que
se ve e a pra~ entregue a pr6pna sorte 0 espac;o extste, o departamento de Parques e Jardlns da
prete1tura tenta manter a estrutura como pode, existem le1s e normas para a uttlizacao e manutenyao
de seu espac;o. mas, na prattca, o que se ve e o abandono
Qualquer dtretriz sugenda, qualquer processo tecn1co ou norma estabelecida sera inut1l se
nao houver senedade na aplicat;ao destas Recentemente ve-se a intervenyao na prays Lucena
Maranhao comprovando essa afirmac;ao. Uma reforms administrada por um tecnico da prefeitura que
nunca viu o projeto, demoht;ao do palco por inadequayao aos deseJos da comun1dade que nao fo
consultada sobre seus desejos e expectat1vas, abertura de valas para instalat;ao de ilumtna<;ao ap6s
o p1so da pra~. em mosatco portugues, estar pronto, comprometendo o resultado final e ma1s outros
fatos que s6 comprovam que, para muitas adm1nistrac;oes municipais, teoria e teoria nao sendo
empregada para alcanyar resultados posit1vos na pratica
0 espac;o urbano tern sua apropriat;ao dirigida conforme o interesse publico, ou da
administra<;ao publica, atraves de uma politica que devana visar o fortalecimento de uma imagem da
cidade em seus habitantes fazendo refletir fora da cidade os valores desta E urn processo em que a
identidade da populat;ao e construida, a partir de fatores reais.
A recuperac;ao do espac;o urbano, logo das prayas, e urn processo integrado, cuja soluyao
nao e urn trabalho estanque de arquitetura, nao e s6 projeto paisagistico ou s6 recuperac;:ao
hist6rica. E sim urn conjunto de medidas que possam "tocar", alcan~r o imaginario coletivo
reavivando-o, lembrando aos mace1oenses suas origens e os valores positives tocais.
E precise sim dar vida as pra~s. atraves da vegetac;:ao, de equipamentos adequados e oe a
promoyao de atividades que fa~m as pessoas permanecerem em seu espac;o. Mas e preDso
tambem implantar com seriedade uma politica integrada na gestae dos espac;os publicos· pref91tura
6rgaos de defesa civil, de servic;o social, instituic;oes culturais e educativas, que 1ntegre espac;o
populayao e atividades. S6 assim pode ser possivel recuperar o papel das pra99s na c1dade atua •.
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
A hist6ria do mou bairro- Hist6ria do Centro de Macei6 Macer6 · CEFE f- AL, 2002
Notas Sobre a Hist6ria de Alagoas. Macero SEPGASA ALBUQUERQUE, Isabel Loureiro
263p ALBUQUERQUE Isabel Lourerro. Hist6ria de Alagoas Macer6 : SERGASA. 2000, 316 P
ALVA. Eduardo Nerra. Metr6poles (ln)sustenttJveis Rio de Janeiro · Relume Duman~ . 1997
BARBOSA, Jair Hrst6ria de Macei6 ( ... ). 0 Jornal. Macei6, 06 de agosto de 1995 Especial
1989 ,
BARROS, Theodyr Augusto de. 0 processo de mudan~a de capital (Aiagoas-Macet6) - Uma
Abordagem Hist6rica 1819-1859 Macer6 lmprensa Universrtana, 1991. •45 P
BENEVOLO, Leonardo A cidade e o arquiteto Sao Paulo · Perspectiva , 1984
BORBA, Femando, MENEZES, Jose Luiz Levantamento Preliminar - Monumento Hist6ricos e
Artisticos. Macer6 : Secretaria de Educayao e Cultura, 1970
BRANCO, Fabrana Rodrigues Castelo. A pra~a e o tra~ado da cidade Macei6 . Traball'lo oe oa
disciplina Estagio Supervisionado- Arqurtetura e Urbanismo- UFAL, 1993
CALHEIROS, Valmrr. Bebedouro, antigo centro das animac;Oes Gazeta de Alagoas 15 dez 1996.
CARLOS, Ana Fanr Alessandri 0 Iugar no/do mundo. Sao Paulo Hucrtec. 1996. 150 p
CARNEIRO Ana Rrta Sa, MESQUITA Liana de Barros. Espa~os Livres do Recife. Rec1fe :
Prefeltura da Cidade do Recife e Unrversidade Federal de Pemambuco, 2000. 139 p
CASTRO, Miquelina Rodrigues des Santos. Pra~a: pressa por que? Mace16 · Traba ho ae
conclusao de curse- Arquitetura e Urbanismo - UFAL, 1999 . •
CERYNO, lta la Barros. As imagens de um Iugar e os lugares de uma imagem. Macei6 Trabal""'o
de conclusao de curse- Arquitetura e Urbanismo- UFAL, 1999
CHING Franc1s 0 K Arquitetura, forma, espa~o e ordem. 1943. tradur;8o Alvamar Helena
Lamparelh, Sao Paulo · Martins Fontes, 1998 400 p
CHOAY, Fran~o1se. 0 Urbanismo, Utopias e realidades. Uma Antologia Sao Pau o Pe··soect \a,
1979, 350 p
COMURB - Macei6 Rela~ao das pra~as, trevos, conjuntos, canteiros e mirantes 1999.
COSTA Craveiro. Hist6ria das Alagoas (Resume Didactico) 1929 Reedr~ao tacs·m lar. Mace 0
SECUL T, 1983.
COSTA Craveiro Macel6 Catavento : Macei6, 2001 . 180 p
CULLEN, Gordon. Palaagem Urbana. lisboa • Edi90es 70, 1971 20~ p.
DEL RIO, V1cente. lntrodu~Ao ao Desenho Urbano no processo de planejamento Sao Paulo
PINI, 1990 198 p.
DEL RIO. Vicente & OLIVEIRA. Liv1a de Org Percep~Ao Ambiental: a experi6ncia braslleira. S~o Paulo : Studio Nobel; Sao Carlos, UFSCar, 1996
105
DIEGUES JUNIOR, Manuel Um S6culo de Vida Social 1n Macei6 - cem anos de vida da capital
· - 1939a
DIEGUES JUNIOR, Manuel. Evolu~Ao urbana e social de Macei6 no perlodo republicano. 1939b.
m COSTA, Craveiro Mace16 : Sergasa Mace16, 1981, 2" ad 219 p
DOURADO, Gutlhenno Mazza (org ) VlsOes da Paisagem - Um Panorama do Paisaglsmo
ContemporAneo no Brasil Sao Paulo Assoc1ac;ao Bras1le1ra de Arqutletos Patsagtstas (ABAP)
1997 168 p .
FERRARE. Josemary Omena Passos Texto "0 excelente sobrado da Avenida da Paz" 200-
FRANCO, Mana de Assun9Ao Ribetro Oesenho Ambiental, uma introdu~ao a arquitetura da
paisagem com o paradigma ecol6gico. sao Paulo : Annablume, 1997
HAROUEL, Jean Louis. Hist6ria do Urbanlsmo. 1945; tradul(ao Ivane Salgado, Campinas Pap1rus,
1990 Sene Offcio de Arte e Forma.
KLIASS, Rosa Grana. Parques urbanos de SAo Paulo e sua evolu~Ao na cidade. Sao Paulo
PINI, 1993
KOHLSDORF. Mana Elatne. Breve Hist6rico do Espa~o Urbano como Campo Discipliner n 0
espa~o da cidade - contribui~Ao a analise urbana (por) Suely Franco Netto Gonzales
Frederico de Holanda, Maria Elaine Kohlsdorf; introduc;ao Ricardo Libanez Farret (org)
apresentac;ao Nestor Goulart Reis Filho. Sao Paulo : Projeto, 1985. pgs. 15 a 72.
LAGES, Solange B. Dantas; CHALITA, Pierre, et al. Alagoas, Roteiro Cultural e Turistico Macet6
Recife Grafica e Editora, 1979.
LEITAO, Lucia, organizadora. As pra~as que a gente tern, as pra~as que a gente quer: manual de
procedimentos para interven~ao em pra~as. Recife : Prefeitura da Cidade do Rectfe -
Secretaria de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente, 2002. 118 p.
LIMA, Ivan Fernandes. Macei6- a cidade restinga: contribui~ao aoestudo geomorfol6gico do
litoral alagoano. Macei6 : EDUFAL, 1990. 255 p.
LIMA, Nunes. Natal do Major Bonifacio em Bebedouro. Gazeta de Alagoas. 25 dez. 1993 C dade p .
A8.
LIMA JUNIOR, Felix. Mem6rias de Minha Rua. Macei6 : SERGASA, 1981 .
LINS, ~nio. Os franceses da pra9<i. Gazeta de Alagoas. 27 dez. 1998. Caderno B p 81
LOUREIRO, Isabel. Hlst6ria de Alagoas. Macei6 : Sergasa, 2000. 311 p.
LYNCH, Kevin. Kevin Lynch in 0 Urbanlsmo, org Fran9oise Choay Sao Paulo · Perspect1va 1985.
307-319 p.
MACEDO, S1lvro Soares. Quadro do Palsagismo no Brasil S~o Paulo PrOJ Quapa 1999 144 p
MACEDO, Tatiane. Retat6rio - Praca Slnlmbu Macer6, mar9o de 1999 8 p
MARQUES, Markel. Estatua da Liberdade alagoana vai frcar pronta no tim do mas. Gazeta de
Alagoas. Mace16, 20 fev. 2000. Geral, p C4
MASCARO, Luera Ambi6ncia Urbana Sao Paulo Sagra-Luzzato
Paisagem e Ambiente: ensaios Faculdade de Arqurtetura e Urbamsmo Sao Paulo 2001 .
historfco da praca Marechal Florfano Pei,oto Traba o de Et".ag -~ ~ ... ;:...e~v. ;. -:..'~":.
1983
Prete tura Mun!Cipa de Mace 6 Plano Dlretor do Macei6. Ge<...zaa LOO·
Prete tura M•m:opa de Mace 6- Ec ... pe Ccr n!hc Campe:c Prefeitoa de Mar;el~ - ':<Jrru CA::.r..~o a
Historfa Politico Administrativa do Municipio Mac.e ~ lGA.' ... A. ~ (R,'~ f:.~ p
RAMAlHO Joaqu m Macei6- cem a nos de ·1ida da capital - - • 1:1~~
ROBBA. Fabto e MACEDO S 110 Soares Prayas Brasilelras S~fj ;:;a ... -:. E:: , s:. - :..•e'-;..::: '"f -:..;:
do Est ado 2002 3 • 2 o
Gazeta d e AJagoas • 9 fe' • 995 'Aac.a 6- H s.t6· a
SANT AGO Pau, no Presen~a do Vov6 indio Ma~ 6 E-.:! -;.ac. r:-:. Oc;~e ... e-c;-·:. ::"; e-:_e -: '=
Cu~tura, i 96' f.pud AlB v Ov EPOJE lsa:::;e Lc ... ·e '':I Notas sobre a rt.s t6ria de t.Jagoa45
Mace.6 SEPGAS.A • S39 253 o
A agoas (Ill). Revista AJagoas Agora Mace 6 SERGASA --;-: 5 -a ~ -:s. S~ :. ~2 :: ~~
SANTOS 1vone aos Beooco-.. ' ') a Repuo 1ca c a A egr a Mo- ~-a-:::s ';... s::-:.cs ~ :.. - ~ :..:s -=~
A agoas 10/1 Revista AJagoas Agora Mace 6 SERGA.SA n° S J<.: ~ SaL :; ~~ <: 3:
SANTOS IO"e dos Jaragwa a e"'seada das cc:ncas · • oa .. e -Ac - ... -e .... os - s::-:.cs ~ !.-·s· ~~
de A agoas v:J Revista Alagoas Agora Mace.6 SERG,t.SA, r 0 8 :-o . :e • S5-! : 3~ ~ ~:
SANTOS 1one dos P'a98 F 0'"18 '10 Pe yo·o Monumen:os H s•c·.ccs s ,:. '11s: :.cs -::: . ___ ,..._ - :::: - _, ::. :=. -
Revista Alagoas Agora. Mace 6 SERGASA :1° 9 J8"' • 985 o 30 e 3 •
SANTOS l1one oos Mol"'umentos 11·st6qcos e ar·s· cos ae A agoas ,x1 Revista A .agoas Agora
Mace 6 SERGASA n° • 2 seVout de • 985 p 42
SANTOS Luc1a Le1tao Os movimentos desej antes da cidade: uma investiga~o sobre
processes inconscientes na arquitetura da c idade Rec ~e : Ft. "'ca~o :e C- ;_~a C ~:; ~=
ReQfe "' 988 ~ 71 p.
Secretana de Adrr 1n 1stra~o Mun c.pa - Mace 6 Prat;as e Parques 2003
SERPA, Angelo e CHASTINET, 11ana Texto - Paisagem: v ivlmcia, apreensao e tradu~o
Mestrado em Arquitetura e Urbamsmo UFBA 1999
SILVA, Mana Angelica da Arquitetura Modema - A Atitude Alagoana 1950-1964 ~ace o
Sergasa, 1991 273 p
SILVA FILHO, Jose Brlu Pra!(S Dona Constanya de G61s Monte1ro Diario Oficial 10 ce~ 199-!
Suplemento H1st6na
SILVA FILHO, Jose Brlu Prac;a Montepro dos Art1stas Jomal de Hoje Mace1o 22 ae:: 1995
SJTIE, c amrllo A constru~ao das cidades segundo seus prlncipios artisticos Sao Paulo k ca
1992 239p.
\01
Sllf:l., Waldomttr COrroa Hlat6rla do Transporto Urbano no Brasil __ EBTU/PINI, - · Ps
165 tJ 191 VASCONCr=L OS. Monsonhor Cicero GrandJoan do Monllgny autor da planta d~ catedral Revista
do Arqulvo Publico de Alagoaa Maco16. n<> 1 1 '¥>? ps ')1 B ')"J
VASSALO F ILHO M1guel Monumentos do Macol6 (VII) M;)cel6, fe 1ere•ro n~ 'Lrf/)
VASSAlO FILHO, M1guel Monumentos de Macol6 (XXIX) Maco16, , agosto ~~ 'X//J P~;o/JU ;a
VASSALO FILHO, M1guel Monumentos do Macei6 (XXXVIII) Mace16
Monumentos, p, 38. Y AziGI, Eduardo A alma do Iugar: turismo, planejamento e cotidlano em litorais e montanhas
Sao Paulo Contexto, 2001 301 p
Artigos de revistas e jornais
[1] Pra9<1s como antigamente. Macei6 Travel & Tour. Mace16, maio/jun 1992 Ano , n° 6 Co""E:",.. :s
Con versa
(2) Prefeltura ret1ra barracas de pra9<1s Macei6 Travel & Tour. Mace16 ma OIJUn 1992 /-.no I rf S
Em foco
(3) Bar do Chopp em pra9<1 eo desafio de V1e1ra Jamal de Alagoas 28 ago 1992.
(4) Desenvolv1mento Urbano A Ordem e d1sc1phnar a cidade Gazeta de Alagoas Mace16 ano 1 :--"
1, dez. 1994. Cidade de Macei6, p 28.
[5] Gazeta de Alagoas. Macel6, ana I, n° 1, dez 1994 C1dade de Macei6, p 30
(6] lgreja do Bam Jesus dos Martirios: a luta pela preservayao. Gazeta de Alagoas 25 jun 1995
Cidade.
(7] Praya da alimentayao. Macei6 Travel & Tour Mace16, 1996 Ana 5 n° 28. Em foco.
[8] A beleza do mar e a briga entre baroes 0 Jornal 05 dez 1996
ANEXOS
ANEXO A: A pra~a no Plano Diretor e nos C6digos de Edifica~oes,
de Urbanismo e de Posturas.
Plano Diretor de Macei6
Prat;a e 0 logradouro de carcf!ter monumental para onde con 1orgnm outr::~s IP3S e de::.tmatjo
ao trafego ou estacronamento
C6digo de Edifica~oes
Complemento 1 Lei n° 3 943, de 09 de novembro de 1989
Art 9 § 1 o A percentagem de areas pubhcas destinadas a s1sterra de ~.ro.; a~0 e a
implantayao de equipamentos urbanos e comunrtanos nao podera ser nfenor a 35% {tr·,..•a e cmc.o
por cento) da gleba rnclusive nos loteamentos destmados a uso rndustr.al
§ 2° Os pianos de parcelamento serao elaborados e executados de corte r::.;e ~s
logradouros pubflcos tenham a localiza~o mars adequada, frcando estabelecrdo que dos 35"/" ,:; -·a
e crnco por cento) da superfic1e loteada 5% (cmco por cento) serao destlnados a eo ... pa ..... entos
comunrtanos e 10% (dez por cento) a areas verdes, sendo que 50% (c1nquenta po~ cen~o' desse
percentual serao continuas ficando as refendas areas com inclina~o do terreno nao supe'"•O'" a 3J%
(tnnta por cento)
C6digo de Urbanismo
Prefe1tura Municipal de Mace16, Le1 n° 3 536, de 23 de dezembro de 1985
Titulo II - Estrutura fisico-territorial, Capitulo Ill - parcelamento do solo urbano
Art 66 § 1° As areas destinadas a vias publicas, prac;as, areas verdes esco1as, hosottais e
outros eqwpamentos urbanos serao transferidos ao Patnmon1o Publico sem compensa~o de
qualquer natureza e med1ante comprovayao do reg1stro do matenal do memor a descr to de tm6ve1s
competente
Prefeitura Muntcrpal de Macer6 Lei n° 3 536 de 23 de dezembro de 1985, Titulo ll -
Estrutura fistco-terrrtonal Capitulo VII - das areas paisagisticas e de preserva9Ao aa pa1sagem,
Seyao I - drsposrr;Qes preltmrnares.
Art 156 Tendo em vista preservar o equilibrio brol6gico, proteger os recursos hidncos,
assegurar a qualidade da paisagem, incentivar a utiliza9~0 dos espac;os natura1s pelos habitantes
para fins de recrea~o. salvaguardar o patrimOnio hist6rico, artistico e cultural, f1cam as areas de
preservayAo assim classificadas:
1 - Areas Publicas de Interesse Paisagistico
11 _ Areas de Interesse Hist6rico, Artistico e Cultural
110
Art. 157 As areas menctonndas no arttgo precodonto obJelo da ayao admtntstrativa federal
ou estadual em coordenacao com o governo do muntr.tpto, ou ap13nas da ayao deste ulttmo.
compreendem
I - Arons publtcas do lnterosso patsaglsuco
cl) b) c)
d) bosques, parques, jardtns, prac;as e locats de carater pttoresco,
e) f)
II - Areas de interesse htst6nco, artisttco e cultural ·
a) areas do Centro, de Jaragua e de Bebedouro tnciUtndo con1unto (:jrQt{' o;•orw~o
que compoe a rua Geraldo Hermes, no trecho entre a pra<;a Flonano Pe t oto e a
prac;a Lucena Maranhao:
b) conjuntos arquitetOnicos e urbanos,
c) monumentos isolados.
Prefeitura Municipal de Macei6, Ler n° 3.536, de 23 de dezembro de 1985 rtu o
Estrutura fisico-territorial, Capitulo VII - das areas paisagisticas e de preserva<;ao da pa1sage-;
Se<;:ao II - das areas pubhcas parsagistrcas.
Art. 160 Sao consideradas areas publicas paisagisticas, como tal devendo ser presen.adas
em fun<;:ao do seu papel modelador da paisagem e mantador do eqUJiibno ecol6grco entre ou-.ras as
segUJntes areas:
I, II, Ill, IV, V, VI, VII, VIII
IX - Areas verdes livres urbanas - parques, pra93s, bosques, jardins areas de recreayao -
compreendendo alem do Parque Municipal, ja citado, mais as seguintes, alem de outras at.e \e~""~a"i
a ser descriminadas pelo 6rgao municipal competente:
- Parque Gon93lves Ledo
Pra93s: Centenario, Arnon de Mello, Deodoro, Stntmbu, Dots Leoes L O"'S L.'J .:e a
Maranhao, Afranio Jorge.
X, XI
C6digo de Posturas
Prefeitura Municrpal de Macer6, Ler n° 3 538, de 23 de de::embro de 1 985 T tl.. o I I - do bern
estar publico, Capitulo Ill - da defesa estetrca e paisagtsttca da ctdade. Se\ao II - da a''bor za~o e
dos Jard1ns publrcos
Art . 165A conserva~ao de arvores existentes nas areas livres dos lotes ocupados por
edrf1cac6es publlcas e parttculares e obngat6na.
Art . 166E da exclusiva responsabilldade da Prefettura o poder de cortar, derrubar, remover
ou sacrificar arvores da arboriza~o publica .
ANEXO 8: Modelo questionario
QUESTIONARIO N" Praca
IDENTIFICACAO
Nome (faculttlttvo) . ------1 Farxa de rdade 10 a 20 ( ) 20 a 40 ( )
2 Escolarrdad£11 Nenhuma ( ) 18 a 48 sene ( )
Data
40 a 60 ( ) 58 a 88
( )
3 Mora em Macer6? Nl\o ( ) Onde mora?-- ------Sim ( ) Desde quando? Em que ba1rro?
Mora em res1denc1a ( ) ou apartamento( ) ?
111
/11//003 Hora.
+ df} 60 ( ) Madro C2" grau)( ) Supenor ( )
4 0 que faz nas horas vagas? F1ca em casa ( } Trabalha para aumentar a renda t J
Sat para passear. Prat;a ( ) Shopping ( ) Orla maritima ( ) Orla agunar ( )
Outros ( )
RELACAO COM A PRACA 5. Costume frequenter esta prays? Nao( ) Porque?( ) _ ____________________________________________________ _
S1m ( ) 5 1 Qual o pnnctpal motivo que o traz a prays? (usos) Lazar, passe1o ( ) Descanso ( ) Comerc1o ( ) Compras ( ) Re11g1ao lm ssas )
Trabalho ( ) Passagem para outras areas ( ) Outro ( ) ---------------------• • I .
- " • l
5.2. Ha quantos anos freqOenta a pra~? Urn a no ( ) 1 a 3 anos ( ) 3 a 1 0 a nos ( ) 1 0 a 20 ( ) 20 a 30 ( )
5.3. Em que dias e horarios? Quase nunca ( ) D1as vanados ( )
T odos os dias sem excet;ao ( ) manha ( ) tarde ( )
De segunda a sexta-fe1ra ( ) manha ( } tarde ( }
Aos sabados ( } manha ( } tarde ( }
Nos domingos ( ) manha ( ) tarde ( }
norte
noite
norte
+de 30 ( )
)
)
)
)
Nos feriados ( ) manha ( ) tarde ( } no1te ( )
6. Qual a distancia da pra~ ate sua casa?
Mora proximo, menos de 1 0 minutes a pe ( } No maximo 1h hora a pe ( ) Ma1s de 1h hora a oe ( )
• • 1 (J
6 1 Como faz esse traJeto?
A pe ( ) 6nibus ( ) Carro ( } Outro ( )
SIGNIFICADO - Rela~ao pessoal-hist6rica com a pra~a: acontecimentos, etc.
7 0 que esta praya fhe proporciona?
Descanso ( ) Cansac;o ( )
Conforto ( ) Desconforto ( )
Bnncaderras ( ) Ted1o ( )
Paz ( )
Seguranc;a ( )
Prazer ( )
Medo ( )
lnseguran, .a ~ }
Outro ( >----- ----------------- --- -8. 0 que essa praya srgntftca hoje para vocll?
Cartao de visrta ( ) Sobrevivllncia ( ) L a:er ( ) Passagem ( )
Mem6ria cultural ( ) Mem6ria hist6rica ( ) Outro ( )
9. o que ela JS representou I srgnifrcou para sua vrda? l r rn Ut\ ur1 I '''' ,:t' J
pxp uencro de rnf~..n t t1 pr '•l nl c 10 f ,, ·1 r1c f' q s t L' f '~t 1
t ....
:12
10 Saba porque eta recebe esse nome?------------ -----------
11 Conhoco atgo sobre a htst6na da pessoa que do nomo a ota? --------------
12 0 quo constdera como posthvo nesta pwt;tJ? ---------------------
-13 E o que constdera como negaltvo nesta praca?
ENTORNO, EQUIPAMENTOS, MONUMENTOS, ESTATUAS, CONDt<;OES E USOS DA PRACA
14 0 que mats chama sua atenyao em volta desta praca? LoJaS comerciats ( ) Edtffcios altos ( ) Edtflctos publicos ( ) Restdenctas ( )
Ruas e aventdas ( ) Outre ( ) ------ - - - ----------- ------15 Quando esta na pra~a. para onde gosta mats de olhar? Bnnquedos ( ) Vegetayao ( ) Ruas e aventdas ( ) Edtf1ca9oes ( ) Pessoas Que passam ( )
Outre ( >------------------ - -----------16. Quais os equipamentos que mais utillza? Pontes de onibus ( ) Bnnquedos ( ) Banca de revistas ( ) Aparelhos 1e.e4cmcos ( )
Bancos ( ) Outre ( ) ----------------------------17 0 que representam os monumentos e estatuas colocados nesta praca? Beleza ( ) memoria cultural ( ) mem6na hist6rica ( ) grandeza dos esoa~s ( ) Outro ( ) _______________________________ _
18 Voce gosta da praca como ela se encontra hoje? Sim ( ) Nao ( )
19 Que mefhorias poderiam ser fettas? •
ltmpeza ( ) Policiamento ( ) lluminayao ( ) Jardins ( ) Arvores Bar-cos ) Quadras esportivas ( ) Gradeamento ( ) Coreto ( ) lnstala~o de bn("'aueaos )
lnstafayao de concha acust1ca( ) Ponto de apo10 para passage1ros dos 61"' bus ae · r~e" or ( )
Outra ( ) ----------------------------20. 0 que gostaria que fosse promovido, reallzado nas pracas?
Shows musicais ( ) Exposi~oes de arte ( ) Fe1ra de artesanato ( ) Festas )
Jogos de tabuleiro: damas ( ), xadrez ( ), gamao ( ) Apresenta~oes folcl6ncas ( ) Naca ( )
Outros ( ) ------------------------------21 Voc!J acredita que esta praca poderia ser mais frequentada? Nao( ) Porque? ___________________________ ___
S1m ( ) Porque? Beleza ( ) Memoria ( ) Movimento ( ) Outre ( )
PRACAS 22 Qual destas voce acredita ser a principal causa do des1nteresse da populayao eM ocuoa~ o esoa~ cas
pra<;as haJe em d1a? Falta seguranc;a( ) Falta atrat1vos ( ) Faita cost .... ~e , ) 0 espaco nao e agradavel ( ) Pouco verde ( ) Calor ( )
M1sena - presenya dos excluidos soc1a1s ( ) Nao se encontra rna s conhooaos "as o a~s )
Outre ( >-----------------------------~ -- -----------------···----23 0 que voc~ acred1ta que possa ser fe1to para reviver o usa da pra~ no cotjd ano urbana atual?
ADICIONAL 24. Poderra ind1car algumo pessoa que posso contnbu1r com ossa pesquisa?
25 Gostaria de falar algo mais sabre pra~a em Mace16?
--
ANEXO C. PRACA DEODORO - Tabula(fao dos dados objetivos e
respostas das questoes subjetivas.
Das 16 pesc;ons ontrev1stadas. 11 eram do '3exo mascul1no e 5 do fcmtmno E Interessante
observar a predom1nftnc1a da preson<;o de homens nesta pra(;n l': d1fir.:11 'lOr mulhr:rr:s sentaoas
soz1nhas, normalmente estao acompanhadas, do namorado I companheiro, oe outra{s) mulher(es) ou
com crianc;as Os dados obt1dos atraves da apllca<;ao dos questionanos sao demonstrados a ::.egUir atrav~s
de tabelas, no caso de dados objet1vos, seguidos de esclarec1mentos, e atraves de tezto no IA3SO tjos
dados subjetlvos, proven1entes das questoes quando ao sign1f1cado ou que refer€mc1as tlnha <:~ o-a-;.a
na vida do usuario. A questao 21 fo1 anulada dev1do a mcons1stencia dos dados
TABELA 1 -IDENTIFICA<;AO DO USUARIO
UsUARIO TIPO FAIXA ESCOLARIDADE MACEIOENSE ANOSEM BAIRRO TIPO DE
ETA RIA MACEI6 MORAOIA
1 1 20a 40 5 a a a• nao - (Satuba) I casa
2 1 40a60 medic • Trapiche s1m I casa
3 1 40 a 60 medic • Po9o I Slffi casa
4 1 e 4 40a60 • supenor nao 11 Cambona apartame:no
5 2 40 a60 18 a 48 nao 50 Verge\ I casa 6 2 40 a 60 nenhuma nao 19 Verge I casa 7 2 20a 40 18 a 48 s1m Verge\ casa a 2 40 a 60 58 a ao Slffi Verge\ casa 9 3 20a 40 medic nao 20 Faro\ casa
10 3 20 a 40 medic s1m Verge! casa 11 3 20a 40 s• a a• Slffi Cruz das Almas casa
- - - -
3 20 a 40 12 s• a a• • Chma Born Slffi casa
13 4 40a60 supenor nao 4a Centro casa
14 4 +de60 med10 nao 2a Centro casa
15 4 40 a 60 supenor nao 35 Centro casa -- ---
16 4 +de 60 medic • Slffi Centro casa ~ - - . - . . .
II
'j
II 'I
Observa¢es:
• "Anos em Mace16" e relat1vo ao tempo em que o usuario hablta na c1dade
• 0 usutmo 1 mora no mun1cip1o do Satuba, ostando esse dado escnto na co luna "bairro•.
• Os t1po de usuanos sao os seguintes: 1) usuanos que se encontravam no espa~o da pra<;a; 2)
comerciantes ambulantes instalados no ospa~o da praya ou do entorno 3) Comerciantes em
edifica¢es do entorno e 4) morador em residlmc1as do entorno
115
TABELA 4- TEMPO DE USO, DIAS E HORARIOS
sAB OIAS TO DOS SEGA SEX
UsuARIO TEMPO VARIADOS OS DIAS
- me1o·d1a 1 1a3
2 + 30 X
3 + 30 me1o-d1a
4 3 a 10 X
5 20a 30 manha e tarde manha
6 10 a 20 3 horanos 3 horanos
7 10 a 20 manha e tarde manha ~
8 +de 30 manha e tarde manha
9 3 a 10 meio-dia
10 20a 30 manha e tarde
11 3 a 10 X
12 10 a 20 manha e tarde manha
13 20a 30 manha
14 20a30 X
15 +de30 X 16 +de30 X
TABELA 5- 0JSTANCIA DA PRAI;A A CASA E COMO FAZ 0 TRAJETO
Us u ARIO MENOS DE 10 NO MAXIMO MAIS DE MEIA TRANSPORTE
MINUTOSAPE MEIA HORA A PE HORAAPE
1 X • ape 2 X onibus I carro 3 X • ape 4 X • ape 5 X bicicleta 6 X bicicleta 7 X mota 8 X 6nibus 9 X 6nibus
10 X onibus 11 X Onibus 12 X 6nibus 13 X • ape 14 X ape 15 X ape 16 X ape
Observa~o:
• Sate usuaries fazem o trajeto a pe, com totalidade dos moradores. Seis fazem 0 trajeto de
onibus, com totalidade dos comerciantes. Dais de bicicleta e urn de moto, estando esses
entre os ambulantes. E apenas urn vai de carro as vezes.
116
TABELA 6 - 0 QUE A PRAt;A LHE PROPORCIONA- SENSACAO
...-- CONFORTO OESCONFORTO INSEOURANt;A BRINCADEIRA OUTRO UsuARIO DE SCANS~ MfOO - -
1 X X X X --2 X X X
3 X X -f- X X X 4 -
5 X X -
6 X -X X
7 X ' X X X ---
8 X X j
9 X X X X.
10 X X I 11 X X X I 12 X X I I 13 X X I I 14 X I X I 1,
15 X X I I 16 X X X I I
TOTAL 6 6 6 I 6 16 1 I 2 I
Observayees os usuanos puderam escolher mats de uma op~o. Ao usuario 4 a pra~ proporc1ona
bem-estar e boa ventila~o e o usuario 9 reclamou do barulho das propagandas e dos eva,.,ge cos
TABELA 7 - SIGNIFICADO
UsuARIO • CARTAO DE SOBREVIV~NCIA PASSAGEM MEM6RIA MEMORIA OUTRO
VlSITA CULTURAL HISTCRICA
1 I X I 2 I X I
I 3 I X I 4 X X I 5 X I !
I 6 X X I 7 X I 8 X X I 9 X \ 10 X
11 X I 12 X \ I -
13 X \ ---
14 \ I 15 X X I ~-
16 X X --- I
TOTAL 2 4 2 3 10 3
Observa¢es. os usuarros puderam escolher ma1s de uma opyAo.
• Em outro motivo foram apontados ainda. descanso, referene~a e marco em ordem cresce11te .
UsuARIO POROUF f-- stm 1 1-
2 sun ·-3 strn . 4 sun _ -5 s1m 6 s1m .. 7 stm --8 s1m 9 s1m
f- --10 s1m 11 stm 12 s1m 13 sim 14 stm 15 s1m 16 sim
TAflEIA 8 - C.ONUFCIMENTO ORIOf:M NOM!! DA PRA<;A
HIRT0RIA pouc:o
I· n.~o -CJtm
I· -s1m
I· -_pouco _ _ _po~o-
s1m -·- -
pouco _ pouco pouco pouco pouco
stm stm s1m stm
Observa~o
• Sete usuanos conhecem a htst6rta o •o conhecem pouco e apenas um nao conher.); a hist6ria da pessoa que dfl nome 8 p·ar;.a
TABELA 9- POSITIVO E NEGATIVO NA PRA9A
UsUARtO POSITIVO NEGATlVO _,
1 sombra furta. presenya de Chetra-cola ': 2 sombra tnseguranya suJetra I 3 bancos, clima, movtmento- menos a notte - e presenya de marg na s
encontro com os amtgos 4 - sujetra abandono i 5 - PI SO
6 - inseguranya. presenya oe cheira--::c~a it
7 - mal chetro. presenya de ere ·a-¢ela 1 8 sombra, arvores presenya de cheira-cola I'
9 Arvores sam alto. presenya oe creira--:c . .-a 10 localtza<;ao e predios publicos falta de Jardtns mat che1ro 11 Estatuas desorgan!:::a~o II
12 Descanso SUJetra. mal che!:o ,,
13 Clima lnsegu~ a"""'~.a
14 lembranya hist6rica sujeira e presen\.3 ae oelin~:ie.mes t 15 estatua de Deodoro presen\a de chelra--ccla ~ 16 apresenta¢es teatrats na preys inseguran~.a. presen.;-a de cheira-cc~a I
Observa~o
• A maiona dos usuarros - sate - cttou a sombro, as ,,rvores, o C'Juna e o desca"so como
bposittvo na prac;a Tambern a rnatona cttou como negahvo a presen~a de chetra-cola
acarretando como consaqulmcras· u1seguran~. sujeira e mal cherro Tambem f01 Cltado como
pontos negat1vos o prso, o som alto das propagandas e dos evangelicos e a falta de 1arotns
USUARIO
1 2 3 4
5 6 7 8 9
10 11
12 13 14 15 16
T ABELA 10 0 QUE CHAMA A ATENCAO NO ENTORNO
LOJAS COMERCIAIS EOIF(CIOS PUBLICOS
Teatro e l J -Teatro
Teatro e T J Teatro
TJ Teatro
LoJa Maliblu Camara Vereadores
Teatro e TJ Teatro, Camara
Teatro
Teatro
Teatro
Teatro
Teatro. AAL e T J
Teatro
•
•
Obsorva~JO
Os ltE.nS que nao foram
escolhidos por nl3nhum usuario
nao foram colocados n;':l tab'3la
o Teatro Oeodoro fo1 ponto de
atra93o da aten~o de treze dO'>
dezesseis usuanos, o Tnbuna1
de Justi9CJ foi citado cinco
vezes, a Camara de Vereadores
duas vezes e o pred1o da
Academia Alagoana de Letras
uma vez. Amda foi c1tada a loja
de roupas femininas Maliblu
T ABELA 11 - 0 QUE CHAMA A ATEN~AO NA PRA~A
UsuARIO VEGETA~AO EDIFICA~0ES MOVIMENTO PESSOAS OUTRO
(ARVORES)
1 X 2 X
3 X 4 X 5 X 6 X 7 X 8 X X 9 X 10 X 11 X 12 X 13 X 14 X 15 X X
--16 X
TOTAL 8 1 6 2
118
Observa~Oes
• • •
Os usuarios puderam escolher ma1s de uma op9ao
os 1tens que nao foram escolhidos por nenhum usuano nao foram colocados na tabela
o usuano 16 comentou que quase nao hS distrayao e nao costume prestar atenc;ao a nada
mesmo, a usuana 11 comentou gostar de olhar para a decorac;ao sem espec1f1car qual sen a.
f'AIII I 1\ 12 I UUII'/\MI tJifJU (JIJI MAI't IHIIIIA
lJ UIIAIIIO lti\NC.A lfl VI'JII\8 r I II I fJW B I' IIIII It 'J" ltllfiU)'J
I I
2 I
,.I y I
1- -
·1 I I I --
, ~
z !J 1= y (J
-~ I~
7 X c
I~ r~
8 - z 9
10 X --1 1 X X X
1~ X ·-13 X X X
I ~ -14 X - --15 X --16 X
I · -TOTAL 3 7 11
...
Observac;6es: o usut(lnos puderam escolhor mars de uma opc;~o .
• Os rtens que nao foram escolhidos por nenhum usuano nl!io foram colocados na tabela
• A usuana 8 nao utrlrza os equrpamentos questronados
TABELA 13 - SIONIFICADO MONUMENTO E ESTATUAS
r -USUARIO BELEZA MEM6RIA CULTURAL MEM6RIA HIST6RICA
1 X ----1--2 X
1--- . - --
3 X 1-- - - --
4 X - - . -.
5 X -
6 X ~ - - -
7 X ~ - - - -
8 X 9 X - -10 - - ---
11 X
12 X -13 X X ,.
14 X I ~
15 I~
X X I · -~ I ·~
1G X X X -= 1.-
TOTAL 4 5 10
Observayl}es ousuanos puderam escolhor ma1s de urns o~o
• Para a usuana 10 nAo s•gntftca nada (').nom presta aten~o
120
TABELA 14 - MELHORIAS
r r 8ANCOS CoRETO " OUTRO
POLICIAMENTO ILUMINA~AO JAR DINS USUARIO LIMPEZA - - - . X
, __ X X X 1 X X - - X 2 X X
3 X X X X X X -
4 X X X X - - X 5 X X X -- - .
X 6 X X X ·-7 X X X X X - -8 X X X X X X
--- ---
X X X 9 X X '-·- . --------
10 X X X X 11 X X X 12 X X X X X I - - . ·- . . - -- -13 X X X X X X I --
14 X X X X X 15 X X X X X X X 16 X X X X X X I
TOTAL 16 16 9 13 12 3 10 I
Observa~es
• 0 usuarios puderam escofher mais de uma opyao
• Os ttens que nao foram escofhidos por nenhum usuano nao foram cofocados na tabeta.
• 0 usuario 1 comentou ser necessaria mefhor conservayao do monumento de Deodoro e das
estatuas.
• Oito usuaries (3, 5, 9, 10, 13, 14, 15 e 16 ) recfamaram da pavimentayao da praya.
• 0 usuario 2 comentou a necessidade de banheiro publico.
• A usuaria 10 reclamou do som alto e confuso dos evangelicos.
• 0 usuario 15 comentou sobre a necessidade de um novo projeto para a praya, pois o atuat
nao esta atendendo a popula9ao.
121
f AOll A 16 - A r~AfiV01S
I~
IPdH AI Af,AfJ Af'Rf:...'J£Urr Af~{)f.S •.H U IJA!fiO SIIOW!l E Xf'OStt;l)r:n ~rlf(A IJI
CJf Ale r fl AH II IJAtiA f{) l A81JLf.IIH()S HJL.l.L6P.ICAS Mll fliC AJll r
fJfl J(Jf.l fJS -I I -1 -, - -·
3 I 4 I --1~- 5 ~
I X -1= ~ --r~
X I ~ -1-· - -I 7 X I -I• -- -I 0
~ - -- I· 9 X
1- -I 10 -11 X /.. I
12 X -13 X "/ 14 X X y I
I -
15 X X 16 X X X X I X I 0 - -
I TOTAL 2 7 3 5 10 4
Observa¢os
• 0 usuanos puderam escolher mats de uma op~o
• Os •tens que nao foram escolhrdos por nenhum usuano nao foram colocados na tabela.
• 0 usuano 1 crtou o churrasqurnho como atratrvo para a practa.
• 0 usuano 2 nao escolheu nenhum item
• 0 usuano 5 sugenu rnstalar um ctnema nas rmedtactOes
• 0 usuano 15 sugeriu que fossem reallzados concertos
• 0 usuano 16 comentou que devenam haver mats apresenta90es de teatro na pra~ e que
devenam tnstalar um ctnema no entorno da pra~ Comentou a necessrdade de urn cmema
para drstratr as pessoas que estao no Centro
122
TABELA 16- CAUSAS DO OESINTERESSE EM OCUPAR 0 ESPA<;O DAS PRA<;AS HOJE EM DIA
UsuARIO FALTA SEOURAN<;A FALTA ATRATIVOS PRESEN<;A DE CHEiRA..COLA 0UTRO J • r
1 X X X I X X X 2
3 X X '
4 X X X
5 X X
6 X X X
7 X I 8 X X I I 9 X X l
10 X I X
11 X X
12 X X I X
13 X X 14 X X I 15 X X X I 16 X X X
TOTAL 16 6 13 3 I
Observayao:
• Os usuarios puderam escolher mais de uma opyao
• Os itens que nao foram escolhidos por nenhum usuano nao foram cotocados na tabe1a
• A usuaria 1 0 citou como uma das causas o fa to da area ter deixado de ter restdenc1as e se
tornado mats comercial, o usuario 2 citou a desordem do espa<;o e a usuaria 12 comef"ltou o
mal-cheiro que fica na praya devido ao uso dela como sanitaria pelos cheira-cola
123
COMENTARIOS E'XTRAS
1 ~ 0 descanso na hora do o usuar 10 1 quo 6 runc1onono do loJa Sapnto ., a utrllza 8 pra~a com • h , nho farra com que ele
I d 12 00 d~ 13 00 comontou que o prosrmc;a do c urrasqu1 a mo~o. e . . d h rano do frequentasso mars a pwca a permanecesse no seu espaco um pouco mals depols o o
exped1onte
o usuario 3 comentou costumer frequenter pracas pr6x1mas a sua res,denc1a, no Por,.o
pnnc1palmente a 13 de ma1o e no que restou da Bomftm' Conheceu sua esposa em uma pra!(a ra
oom Pedro 11 Comentou que a Oeodoro, ha 30 anos atras era um ponto de encontro era :;rr IT'arco
para a c1dade, todo mundo frequentava, 1nclusive a no1te. Depois de se1s horas as pessoas arr
chegando e ficavam em movimento pela praca "rodando e paquerando Comentou que 1•nha ger•e
de todos 05 lugares porque paravam all On1bus de toda a c1dade e f1cava cOmodo para as pessoas
1rem ate Ia e facil para voltarem para casa
Comentou tambem que as pracas de batrro a1nda tern mu1to desse movimento saudave e as
que perderam mesmo foram as do Centro principalmente com 1da para os shoppmgs do c1nema e do
costume das pessoas em passear para ver vitnnes Comentou que o shopp1ng e para pessoas corr
maior poder aquisitivo e que as ma1s s1mples ficam sem op96es de lazer, por nao ter roupa adequada
ou dinheiro para consumir as op9oes de lazar e allmenta~o do shopping Acredita que o Centro da
cidade deve ser o shopp1ng das pessoas mais humildes
Comentou ainda que todo o Centro esta pengoso, todas as pracas do Centro e que a poliCJa
precisa prender os marginaisn.
0 usuario 4 comentou que a pra9a ja significou lazer. A1nda hoje ele utlhza-se da praca COr'1o
lazer, mas reclama da inseguranca. Quando ia com mais frequencia a Oeodoro par morar pr6x rno a
ela, ha cerca de 13 anos, comentou que ela ainda era um ponto de encontro muito frequentado E
que entre c1nco e seis horas era tambem ponto de encontro de homossexua1s segundo acreo·ta
talvez pela proximidade do Teatro, em que as pessoas tern a "cabe9a ma1s aberta• Ha cerca de tres
anos mudou-se para a Cambona, quando entao passou a frequenter a praya dos Martlnos quase
todo sabado, no final da tarde, para passear e escutar a mus1ca da fonte
Comentou tambem que a s1tuayao da Oeodoro e de abandono, ass1m ocorrendo tarPbem com
a S1nrmbu e com a Afrfmro Jorge (da Faculdade).
0 usuano 5 e engraxate e frequenta a praya a trabalho desde que "era de menot' e sempre
trabalhou nela Comentou que antes a praya era mu1to mov1mentada e ele trabalhava ate de no1te
HoJe em d1a quando da so1s da noito JB nao ha ma1s movrmento e todo mundo vai embora Cons.dera
que o mov1mento drmrnuru mars a1nda quando o ponto de On1bus fo1 retlrado da praya Comentou que
saru o crnema, de1xaram do fazer shows e ate a IOJO I Chinelao· que chamava mu1ta gente Sa1u tudo
que chamava mov1mento
Comentou que antes hav1a bnnquedos, bancos em forma de meia lua e em maior quantidade,
uma area de terra batida e brinquedos onde as crian~s f1cavam bnncando Reclamou mu1to do p150
124
Comentou tambem que antes havla agua na atual comentando quo couso mwtos quadoc.; e topodos . para ales
, ra banho de marg,naiS e proya, co'll fontes. mas que fo1 rot1rado porqua s6 serv1a pa
lavarern roupns quo ornrn estond1dAS nos ~rAdes
A d d tar seu carro de doces o LISW)no 6 6 um dos poucos a frequent{) Ia "' no1te I'JVI o a
[ t houvor ovento no 1 eatro ele f1ca na praya Por locallzndo em frento oo Teatro Oeodoro nquan o 1sso talvez tenha s1do o umco que comentou que costuma faltar energta na pra~. deshgando-se toda
a 1lum1na~o
A usuana a comentou apenas lembranyas de quando adolescente ha cerca de 25
atras, encontrar-se com am1gas para ticar conversando, pnnc1palmente no ponto de ombus.
30 anos
A usuana 1 o destacou o fato do Centro ter se transformado em uma area comerc.a
passando a tar poucas res1dencras
Como 0 usuano 13 ve1o morar no Centro muito pequeno, lembra-se de toda sua 1nfancta na
praya, JOg an do bola ch1mbra e soltando pipa. Lembra-se que na praya havta uma dupta de po •o a s
comentando que a praya era ma1s segura quando o polictamento encontrava-se presente Corne'"':o ..
o roubo da espada e dos arretos da estatua do general e que os assaltos aos usuanos da praya
dtmtnUIU multO quando 0 ponto de onibus f01 rettrado
0 usuario 14 tem boas lembranyas da praya Oeodoro porque hoje desempregado ernora ca
epoca em que trabalhou como garc;om no restaurante panoramico, que funcionou no loca onae hOJe
encontra-se a loja de roupas femininas Maltblu Comentou que nessa epoca no comec;o da aecaca
de 80 a prac;a tinha muito mats alegna e seguranc;a. Havta o movtmento do ponto de O"' b ... s a
padaria Citral funcionava, atraindo muitas pessoas eo policiamento estava presente
0 usuario 15 lembra da prac;a como urn Iugar para sentar, conversar e encontrar os a"n cos -Considera mUlto belo o monumento a Deodoro e reclamou muito da fa Ita de ou1dado e conse"\ a~o.
comentando o roubo dos touros e medalhas. Considera a situa~o atual das pracas como um
descaso com o patrimOnio publico
Constdera a necesstdade de urn novo proJeto para a pra~. por esta nao ma s atel"der a popula~o. mudando pnncipalmente o piso
Acred1ta tambem que 'Sandoval Ca1u fot que comeqou a desg•ar;a• as f)'"S('as ern \~ace•o
com aquela cafomce dele e depo1s vteram os outros. cada um ma1s culto que o o...,t·o. acabanoo com
a memona da ctdade ..
0 usuano 16 t~m lembrancas da ~nfancia, que cementa ter s1do mutto melhor que a 1nUmcia
das cnancas de hoje. Tam bam comentou que no tempo de Sandoval Ca1u a prac;:a tinha muitos
bancos e que aqueles 9 que foram tempos bons para a praca
QuAHTO AO 'liOPJif ICAOO OU PEF ER£Uf;IA OA f'P.Af,A UA IIOA 00 IJt.IJJ. P'()
d .. ,,,,., wa v '"a ~o· a• .. :.oo::; ere'" 0 usutmo 5 refcnu-se ao fato de tor estado at wara!.e t:JVa "
~ "" mort.' . d ,..;,•r ~·t..e e·:.i rr J • -:;.
com~do arnda quando ora monor de rdado .Jomontw que o m,:~ " "' ~ · • • . maror, quando entao ole frcava trabalhando at& a OOIW HrYIJ em dra ~:$ 18 or, ,., ".fJ'I "h" -:, ~::;·a Comentou tamhem que o mov.mento drmtnutu murto GtJrn a retrrada do rx-reo de ;, .... t.r>l..~ ~ f.-"'o/-=
0 usuarro 3 refenu-se a pra<;a Deodoro como o pcnto d~J er r.;r,rrt.rr, C.o/" ", .... , :; '/fir .. , " ....
marco, pors todo mundo a frequenta1a Ha 30 anos atras .,,.,~ dorr r-r~· ... o; a v::;'i: f 'A 1:; ,., .. ',
rnOVIrnentada, IOCiusrve a norte Comentou que conh~ceu a esposa r.a r.-'1',;,/-= 0":.'' Pee" ... II P, 'T.-'":
costumavam pas sear no Centro para o~er Yrtnnes al~m de passear pel a De~''/":1 Tar• ;:..&;, '"/.-~ ":~.- J
que a retrrada do ponto de on bus contnbu ...r para a drrmnuu;2o do mo-J rr;er.~-:. ~::; :.·a' ,.a
0 usuar·o 4 comentou que a prat;a representa lazer em s•.:a 'ca v,;; ~ -; .. :.a~Y.. <JS -:.
Macet6, ha 11 anos atras fo, morar bern pr6xJmo a prat;.a Deor:l'YO e a ::;.assr.. .. ~-;.-a~-:-;. ::;...· ··~s
anos Nesta epoca ut1 IZB/a a prays como ponto de encontro Ccmentc ... ·a~D'Y;~ '1~~ ~ ·~--: ~~.; <=
pra~ •ambem torna1a-se ponto de encontro de homossex.ua1s a egan~o '1!-'e :.a :ez se -:eve~se a
pro.1 rr•dade do teatro .
A usuar a 8 comentou ter a tembranya dos encontros COfT' as arr gas -.::e cc's-; c n:. te-JO e
Que e a era ma1s frequentada eo 6r ous parava ali.
0 usulmo 13 comentou oue vinha br;l"car na praya quando garo•o •e ......... ·ndc-se :em :._:os
para Jogar bola chimbra e soltar ptpa Comentou o roubo dos arre1os e da esoaca co ~arecr.a
comentando o descaso e a falta de seguranya Constdera que a ret1rada do pon·o ce on tx!s :la :J.ra~
foi uma melhona po1s acred:ta que dlm,nUiu a quantrdade de roubos que na. a
0 usuano 14 alem de morar pr6x1mo a pra~. tern como referencta o falo ce J2 te" tra:;a naoo
em 1982 no restaurante panoram1co, que ftcava na esqUJna onde hoje funaona a o,a oe roupas
Mahblu Comentou que nessa epoca a pra~ tinha ma1s a legna, pohaamen!o e ma s segura~
Considera que 1sso se dava tambem por causa do movimento do ponto de On bus e porque ta~oo
atnda funcionava a padaria CJtral, VIZtnha a C~mara de Vereadores
0 usuano 15 comentou que a praya Deodoro SIQnrfJca para ,ele urn Iugar de sentar, conversar
e encomrar os amigos
I I
I I I I I I I I
f
126
ANEXO D. PRACA VISCONDE DE SINIMBU - Tabula~ao dos dados
objetivos e respostas das questoes subjetivas.
Das 16 pessoas entrevestodas 1 1 eram do sexo masculeno e 5 eram do fem mno Nesta praya
fo• perceb do ma1or eqUihbno entre os sexos dos usutmos deferentemente da Deodoro
Os dados obt1dos atraves da aphca((Ao dos quest1onanos s{lo demonstrados a segu r a!Iailes
oe rebelas I"O caso de dados ob1etevos seguedos de esclarectmentos e atraves de texto no case dos
oados subJet vos proven1entes das quest6es quando ao segneftcado ou que referenCiaS t nha a pray:
na ~:rda do usuano A quest{lo 21 fo1 anulada dev1do a •nconststenc•a dos dados
TABELA 1 -IDENTIFICA9AO DO USUARIO
UsuARIO J T IPO FAIXA ESCOLARIDADE I MACEIOENSE I ANOS EM BAJRRO
' TIPO DE
ETA RIA MACE16 MORAO\A
1 I 1 I 40 a 60 med1o I Slffi I Tao~.; e•ro casa 2 I 1 ! 40 a 60 1 s• a aa I stm I Cha de Bebedouro cas a 3 I 1 20 a 40 med10 I nao I 16 EustaQUIO Gomes casa 4 I 1 1 40a 60 s• a sa I
' nao I I (Junoue1ro
5 I 2 20a40 1• a 411 I nao I 20 I Bebedouro I casa 6 I 2 , 20 a 40 nenhuma nao 16 Bom Parto I casa 7 i 2 40 a 60 1 111 a 48 Slffi I I Verge! ~ ca;;-~c:
8 r 2 +de 60 1 111 a 48 stm I p~ I casa 9 I 3 40 a 60 ' med10 stm Ponta Grossa I ca<:;:: --10 r 3 40 a 60 1 medto I stm I p~
I
casa 11 I 3 1
20 a 40 I med•o -nao 18 ' GraC111ano RaiT'OS .... ....., -_.;;; cs ... e ,
12 -.
3 20 a 40 ' medto s1m EustaqUio Gomes cas a 13 3 e 4 1 20 a 40 medio stm Centro I
......... s..a vo--
14 4 , +de 60 med10 nao 40 Centro ~~---= 15 3 e 4 I +de 60 mediC nao 14 Cent-o ""'..3~ .... ... -<=~
16 I 4 20 a 40 1 medto s1m Centro c.asa
1
: I
I '
I,
i I
I•
Observa¢es
• • Anos em Macet6" e relahvo ao tempo em que o usuano hablta na CIOaae
• 0 usuar1o 4 mora em no mumcipto de Junquetro, estando esse aado esc to 1 B coluna
"batrro·
• Os ltpo de usu~nos sao os segutntes 1 ) usuanos que se encontravam no espa~ oa pra<;a 2)
comerctantes ambulantes 1nstalados no espaQo da prays au do entomo, 3) Comerc~antes ern
edificac;OOs do entomo e 4) morador em restdAnCias do entorno
'27
TAOELA 2 - ATIVIDADE NAB HORAS VAOAS
0UTR~ U suARIO FICAfM CASA PRA~A~ SHOPPINO ORl A MARl riMA
e~- ~ '~ = I 1 X _._ -= ~-
~
~ ! 2 ~ X
- = _, ~
~
/. 3 ---·-4 X -- I ~
5 X z -~ •
6 X --- - X 7 X ...... -
8 X z - - - -
9 X X -- - - -10 X X
11 X -- -
12 X
13 X -- -
14 X X X --- -- -
15 X X X - - --
16 X ..__TOTAL 12 3 2 4 5
Observa~Oes os usuimos puderam escolher mais de uma op9Ao
• A usuana 1 costuma tambem 1r a casa das filhas, os usuarios 7 e 8 vao ao cu to eva'1ge~•co a
usuaria 14 part1c1pa de diversas at1v1dades do clube de tercerra 1dade e o usuano 15 .,:a ac
s illo e frequenta casas de tam1hares
T ABELA 3 - USO DA PRA~A
UsUARIO LAZER, PASSEIO COMERCIO COMPRAS RELIGIAO/MISSAS TRABALHO PASSAGEM OUTRO I - --~~ ---
T 1 X ' ---- - - - - --
2 X I X -
3 X I II
4 X I 5 X
6 X I 7 X I 8 X
9 X
10 X
11 \
12 X \ - -13 X ' 14 X 15 X X
lc I~
16 1- 1- \. X !~
TOTAL 3 7 1 1 3 4 2 - '·· L,
Observac;ao· os usuarros pudorarn oscolhar mars do uma opcl}o 0 ll"uimo 16 trequenta a prac;a nos
dormngos a tarde para passear o cachorro depois do bonho paro ele secar
128
TABELA 4 - TEMPO DE USO, DIAS E HORARIOS
. - -- .- sAB OOM UsuARIO TEMPO QUASE OIAS VARIADOS TOOOSOS 'lEO A sex
NUNCA DIAS - 1--1 20a 30 X -2 1 a 3 entre 11 e 14
3 10 a 20 X 4 1a3 manhi\ e tarde
5 3a 10 manha e tarde manha
6 10 a 20 manha e tarde
7 3 a 10 manha e tarde
8 10 a 20 manha e tarde
9 20 a 30 manha e tarde manha
10 3 a 10 manha e tarde
11 +de 30 X 12 10 a 20 manha e tarde manha I
13 10 a 20 manha e tarde tarde• tarde* '
14 +de30 X 15 10 a 20 X manha e tarde manha 16 10 a 20 tarde
Observa~o· a usuaria 13 frequenta as vezes no sabado e no dom1ngo para passear com o filho
pequeno.
TABELA 5 - OISTANCIA DA PRACA A CASA E COMO FAZ 0 TRAJETO
UsUARIO MENOS DE 10 NO MAXIMO MAIS DE MEtA TRANSPORTE MINUTOSAP~ MEtA HORA A P~ HORAAP~
1 X carro 2 X Onibus 3 X Onibus 4 X Onibus 5 X trem 6 X bicicleta 7 X bicrcleta
8 X ape /6nibus
9 X 6nibus
10 X carro
11 X Onibus
12 X On1bus
13 X ape
14 X ape
15 X ape
16 X ape
Observacao: crnco usulmos fazem o traJeto a pe, sendo a maioria moradores Seta fazem o trajeto de
6nibus e dors de carro Oors usam brcrcleta e um usa o tram, estando asses tres ultrmos entre os
ambulantes.
~ ,._ ,... ~ ~ ,.. ... .... .. ~ ~ ... .. .. .. • .. .. .. -,. _. ~
-,,. , ~ ,
TABELA 6 - 0 QUE A PRA<;A LHE PROPORCIONA - SENSA~AO
UsuARIO DESCANSO PAZ MEOO CONFORTO OESCONFORTO SEOURAN~A II~Si:OUR _ PR.AZER OUTRO i- . - --, X y
-· -2 X '/.
3 X X
4 X --5 X / - ~~-
6 7 X
8 X X
9 I X 10 X 11 X X
I 12 I X X
I 13 ! ! X I I I ' •
14 I I X
1
I X I ! ~ j i I 15 X X
16 I ' X I X I
TOTAL I 8 I 1 4 5 I 5 I 2 I
Observa¢es os usuaries puderam escolner ma1s de uma opyao
• Para a usuar1a 13 a prac;:a prooorc•o'1a sensayao de uoerdade
• '1Segur= ~seguranya
T ABELA 7 - SIGIIciFICAOO
USUARJO CARTAO DE SOBRE\ITV~NCIA LAZER PASSAGE._.
VlSITA
I 1 I I I I X I
I 2 I X I I i I I 3 I I I X I I f 4 I I I I I I 5 I I X I I I I 6 I I X I I I r 7 I I X I I I l 8 I I X I I r 9 I X I I
10 I I I 11 I I X
12 X
13 X
14
15 X
16 X
TOTAL 2 5 1 4
Observa¢es os usuanos puderam esco er ma s de uma o~o
I
z -
- z I X
X -X
X
I X X
' y
i .
X
~ I 12
ME~ORJA
CULTURAL
X
1
-
I I
I I
i
:
·,
l
l
I
I
I • I •
MEMO~.JA
HlSTO?JCA
X
X X X 4
I
I
I
j
I
I'
"
I
I j,
I n
I I
I '
I
.. ... ... .. .. ..,. .. .. ..,. ... ... ~ f111' ,. ,. 1-
130
TABELA 8 CONHECIMFNTO ORIOF.M NOMF. OA PRA«;A
,-· . USUARIO POROUF ttiST6RIA
f~
1 n~o n:\o - f ~ r1rto 2 srm
I• -~ 3 srrn noo
- - ~
4 nao nao •
5 nao n!lo - ,. •
6 nJo nao - -- r - -7 nao nao - - . 8 srm nao 9 srm nao
1- 10 - - - -- - -
srm nao ·-11 nao nao 12 nao nao 13 nao nao 14 srm nao 15 srm nao 16 srm nao
Observayao: oito usuarios sabem que o nome da praya refere-se a figura do Vrsconde de S nrmbu
mas nenhum dales soube comentar algo sobre a hrst6na dele
TABELA 9- POSITIVO E NEGATIVO NA PRA!;A
U SUARIO POSITIVO NEGATIVO
1 pontos de 6nrbus e sombra SUJerra e falta de policrmento
2 clima monumentos sem destaque 3 arvores e sombre rnseguranya 4 sombra suJeira e jardins mal curdados 5 born ponto para o comercio presenya de cheira-cola 6 o mural, quando funcionava direito -
7 arvores, vento e bancos . . SUJerra
8 - falta de seguranya 9 - falta de seguranya 10 - -11 arvores e sombre presenya de trombad .nhas 12 clime falta de seguranc;-a
IJ
13 localizacao. perto da praia falta de seguranc;a presen<;.a ae t o-,badirl"las -
14 "conteudo, tudo que h8 nela" murto namorado e'agera "'do ' -
15 movrmento mseguraru;.a -16 estatua maloquerros. travestrs pratrc3ndo sexo -
I
Observacao. a marorra dos usuarros - seta - crtou o sombra, as <lrvores. o chma e o descanso como
pos1t1vo na praca Tambom a ma1ona crtou como negntrvo a presenv~ de cheu a-cola acarretando
como consequ~ncras. inseguranc;n, suJerra e mal cheu o 1 omb6m for crtado como pontos negatrvos 0
piso, 0 som alto das propagandas e dos evongehcos e a falta do Jardtns
' ' ,.. ~ ,... • ,... ,.. • ,.. .. ~
~ ~ .. ... .. .. • ... .. .. .. .. ,. ,.
;II ,. ~ j/1
II' II' ,. ~
131
TADELA 10 0 QU£ CHAMA A ATfNt;AO NO ENTORNO
- R UAS E A VENIDAS - f.Dif' IC105 PUBLICOS USUARIO LOJAS COMERCIAIS~
I
2 -- .. ' rHI~ o I:SP,!i£0 _9ullurtJI
3 --
4 - -5 6 casas anttgas e obandonadas
7 Clintca Oermatus Espa~ Cultural --- r TRE 8 -9 TRE e Espa<;o Cultural
1--TRE 10
-
11 Pizzaria Sorriso -· -12 galerias da rua da Praia -13 X
-- -14 TRE e Espa<;o Cultural
----15 TRE I 16 casas anttgas Espac;o Cultural I
Observayao as rtens que nao foram escolhrdos par nenhum usuario nao foram colocados na tabela
• Os usuanos 1 3. 4 e 5 declararam que nada chama a atenyao deles no e11torno o pred o oo
TRE for declarado sers vezes e o do Espayo Cultural cinco vezes Alem destes forarn c ~ooas
as casas antigas. por duas vezes, e uma vez cada, o predro da Clinica Dermatus a p,zzana
Sorrrso e as galerias da rua da Praia .
TABELA 11 - 0 QUE CHAMA A ATENCAO NA PRACA
U suARIO VEGETACAO(ARVORES) MOVIMENTO PESSOAS
1 X 2 X 3 X Observa96es
4 X X • Os • usuanos
5 X X puderam escolher 6 X
~--
7 X mars de uma
---8 X
opyao
9 • Os 1tens que nAo
10 X foram 9SCOI'1tdOS
11 X ~ -- --
12 X 13 X
por f"e~"hum
usuano nilo fo1am
14 X colocados na 15 X tabela .
16 X TOTAL 12 5
.. .. .... -. .. .. .. .. .. • .. .. .. ,. ~ ~ ,. til ,. ~
TABELA 12- EQUIPAMENTOS QUE MAIS UTILIZA
--8ANCA TELEFONES BAN COg
UsUARIO PONTO DE ONIBUS REVISTAS PUBUCOS --I- - -f- X 1 -
2 X
3 X 1- --- X 4 - -- X X 5
6 7 8 X
9 X X
10 X 11 X 12 X X X
13 X X
14 X X 15 16 X
TOTAL 6 2 5 6
Observa~oes:
• Os usuaries puderam escolher ma1s de uma op~o
• Os itens que nao foram escolhidos par nenhum usuano nao foram colocados na tabe1a.
• Os usuaries 6, 7 e 15 nao utillzam nenhum dos equipamentos questionados .
UsuARIO
1
2 3 4 5 6 7
8 9
10 11 - -
12 - -
13 14
15 -
16 --
TOTAL
T ABELA 13 - SIGNIFICADO MONUMENTO E MURAL
MEM6RIA CULTURAL MEM6RIA HIST6RICA
X X X
X X
X X
-- ----
X -
X X
2 8
• Observa¢es:
0 • usuanos puderam
escolher mais de uma
opyao
• Os usuanos 1 4 5 s_ 13 e 14 nAo veem
S1Qn1f1cado nenhum no
monumento ou no
mural
132
.. ... .... ... .. ... .... .. ... .. ... ,. .,. .. ,. ,. ,. "" ""' ,
133
T ABELA 14 - MELHORIAS
USUARIO LIMP POLIC ILUM JARD ARV BANC QUAD CORFTO BRINO CONCHA APOIO I OUTRO I ESPORT ACUST ONIBUS.~ .
1 X X X X X - - I X 2 X - • X_ - X X X ' 3 X X X X • -- I I_ 4 X X X X •
_j 5 X X X 6 X X X X ,-I-{ 7 X X X X X -8 X X X X I I -i 9 X X X X X X I
10 X X X l 11 X X X
- ~
12 X X X X X X I I 13 X X X X X X X I ', 14 X X
' I ~ 15 X X X X I I 16 X X X X I X I I;
TOTAL 10 15 5 11 1 9 1 3 8 3 4 I 4 I
Observayees
• 0 usuaries puderam escolher mars de uma opyao
• Os rtens que nao foram escolhidos por nenhum usuario nao foram colocados na tabe a
• llum = ilumrnayao, Brinq = brinquedos
• 0 usuario 2 comentou ser necessaria mais aten9ao para o monumento do V1sconoe e t.~a
conservayao criteriosa das arvores, podando-as sem cortes desnecessar-os Come~:~ ...
tambem a necess1dade de melhorar o piso, com a colocayao de um tipo de oa\ rTJer:a;a.:::
para evitar a poe1ra no calor e a lama nas chuvas
• 0 usuano 3 citou a instalayao de um palco .
• 0 usuario 4 citou a necess1dade princ1palmente de banhetros pubhcos pots as Dessoas cue
esperam o transporte tern que se deslocar ou para o Htper Bompre90 ou ca a as Lo as
Americanas. quando necessario Tambem reclamou do piso que wa lama quando cko\e
• Os usuaries 6 e 8 tamMm c1taram a necesstdade de banhe1ro publico
TABELA 15 - ATRATIVOS
UsUARIO EXPOSICOES FEIRA DE INSTALACAO APRESENTACOES 0UTROS
OEARTE ARTESANATO TABULEIROS FOLCL6RICAS
OEJOOOS -1 X 2 X X -- -
3 X X 4 X X X
-5 X 6 X X 7 X 8 X 9 X X X I
10 X X 11 X 12 X X 13 X X X 14 X X X 15 X 16 X X
TOTAL 5 15 1 7 2
Observa~oes:
• 0 usuarios puderam escolher mais de uma op<;ao
• Os itens que nao foram escolhidos por nenhum usuario nao foram colocados na tabela
• 0 usuario 4 sugeriu apresenta~oes de capoeira.
• 0 usuario 9 sugeriu "eventos culturaisn.
TABELA 16 - CAUSAS DO DESINTERESSE EM OCUPAR 0 ESPAt;O OAS PRAGAS HOJE EM DIA
U s uARIO FAl.TA Sf OURANGA FALTA ATRATIVOS PRESf:NGA 0£ CHfiRA.COLA 0UTRO_ - . 1 X I ,/ -2 X 3 X X 4 X
--
5 X - --
6 X X -
7 X X ~ --- ---
8 X '--- - -- -
9 >---- --- X X X 10 X X X 11 X 12 X I 13 X X X 14 X X X 15 X X 16 X I
TOTAL 13 10 6 1 I
Observayao
• • •
Os usuaries puderam escolher mais de uma opc;:ao
Os itens que nao foram escolhidos por nenhum usuano nao foram colocados na tabe a .
0 usuario 1 cltou desconforto .
135
136
QUANTO AO SIGNIFICADO OU REFER~NCIA DA PRA<;A NA VIDA DO USUARIO
0 usuano 2 e artrsta plastico e fo1 o un1co a def1nrr s6 boas sensa<;Qes na ora<;a oaz
seguran~ e prazer Ele vat a pra~ ·em busca de msp~raf;~o· para seu traoalho
Para a usuarra 9 a praya represents seu trabalho po1s ha 28 anos ai trabalna sendo
propnetana de uma das bancas de revrstas
0 usuano 10 fa ou que a praya sm.mbu traz boas lembran~s de sua nfancra oois como
Morava no Centro sua mae o trazta pequeno com uns seis anos, para brinca• ,.,a prays LeiT'b'"a-se
da fonte funcronando com pe1xinhos e que trnha mais brinquedos. Corne,.,•o... ·a"""oem das
fest v10ades de Nata na pra<;a do Ptrul to
Para o usuar o 12 a pra<;a s gntfica nao s6 passagem mas tamoe, ui'T'I oca pa•a enco .... t'"a"
arT' gos e ~car conversa.,do
Para a usuar a "3 a pra<;a era urn oca de encontro com o '1amorado Atua rnente a CO 'iS ce'"a
mu to per gosa SUJa e sern atrat•vos
Para a usuana 14 a pra<;a e referemc1a de boa parte de sua v da po s ve o mora,. r;a r._.a aa
Pra a em 1962 aos 22 anos. Para e1a representa oca de passeio e para evar os f' hos para or·r::a·
Re embrou as festas e os blocos camavalescos que antes de sa~rem do Museu Theo Brandao a re~o
na avenrda saiam do Espa90 Cultural.
Para a usuana 16 a pra92 representa lembran92s de sua 1nfanc1a loca de enco11tro co,.,.. se ....
mar1do quando a nda o namorava e local para onde levava os filhos para br ncar e ver as a\ oes ce
aerornode srno.
137
C a M!" NT ARras I X I RAS
, J I 1ca pam troquontnr n o usuOrll) ~ c-o~hllll:"l dllPWr smr llltlhtlr no Cl1ouo <1.1 I o11.1, na · n ll •
6 .}.. .~. • J ... br1nquedas c das PIO\.U gllllllll'll , ontre 11 00 t) 1·1 00 I ,) l.l)S IIH1lc1 ~Oill cll pr XllllO IJ t'II0.-1 ( o ..
fl N bu• ca do msp•m~a para seu il\ un~.NitCl'S Como pmt.l qu.1dros comontou quo va1 pw .•.• J om
tmbolllo Gllllll)llll)lJ tnmht'll1 sobrt> cl lfllpor t.~ncu l del runhZUQl\0 do lllllll oxpOSiyliO de arte apenas
com nrttslns qut' v lll tll11 d.l :u1e t" quo par 1sso snbonnm p61 sous trnbnlhas il venda par preyos
UCt'SSI\ t1rs no gmndo plrblrca Carnentau J drferonc;o do rntoresso~ ontr o orlrstas quo sabrevrvern da
.vtt) t"\ dr t1stas • mtltS chiques·. ou se1a, aqueles que tOrn seus lr nbtllhos ~1valrados om vatores mats
. l itO$
F-olou tarnbem sabre o preconcetto que hn contra o artrsta que va1 p1ntar na pra~ fata-se
fogo que "esta morrenda de fome", sem que se observe que o espa¥0 da pra¥9 e apropnado para o
arttsta a\ ercer sues attVidades. ao mesmo tempo que proporcrona boa drvulgac;t!o de seu trabalho
0 usuano 5, ambulante vendedor de coco. comentou que o grupo de marginats que se
abrrgou nas costas do predro do Bradesco Seguros costume passer pela pra¥9 a qualquer hora do
dra. murtas des vezes fazendo bastante algazarra (Uma destas vezes presenciada pela autora
Passaram em grupo de cinco, JOgado bola com os cOcos espalhados pela pracya falando alto e
gritando um para o outro Tres deles pararam para freer observando um grupo de tres adolescentes
que, sentadas em um dos bancos, de costas para eles - par srnal do meu lado, uns tres metros
drstantes - nem perceberam o que se passava) 0 usuarro 5 comentou que eles costumam fazer esse
traJeto em drre~o a prara. onde vao fumar maconha e voltam pelo mero da pra¥9 Comentou tambem
que antes eles usavam a casa abandonada de Jorge de Lrma e a ruina de uma edif icayao na esqu na
da rua Srlveno Jorge com a Marechal Roberto Ferreira para fumar e para pratrcas sexuais.
0 usuario 6, como para seu carrinho de coco e caldo de cana pr6xrmo ao ponto de on bus
rnstalado na pracya Jorge de Lima, comentou que tlnha mais movimento quando o mural func1ona\ a e
trnha perxes na prscina, pois ia mais gente pra ver o mrJaOzinho e a fonte funcionando
0 usuano 7 apresentou bastante apreensao na hora de responder o questronano e le\iou um
tempo ate que resolvesse conversar Falou que se fossa realrzada uma ferra de artesanato chamar•a
mars pessoas para a prays e sena born para o movrmento, mas que antes fosse ferto um cadastre de
quem ja tinha ponto na prays, pra nao mexer com quem esta trabalhando air ha mars tempo
A usuarra 9 trabalha na praca ha 28 enos Antes sua banca de revrstas frca\.a tocalrzada com
a frente para a rua do lmporador, quando ontl\o trnho urn rnovrmento bom As passoas paravam 0
carro e pedtam jornars ou revrstas do cerro mosmo Ondo osto .1gor a. de frante para o TRE, amda
mars com o estacronamento entre a rua a a bancn, dtmrnuiu murto o movnnento Ele teve que mudar
de local quando das reforrnas realizadas palo prefetto substrtuto de Pedro Vrerra.
Comentou tambem que quando corne~ou a tmbalhar ali, em 1975. a prays era mars bonrta 6
mais segura, com um polrcramento melhor
138
f I tao marcavam de se A usuana 13 e seu namorado moravam om ba~rros d1 oren as, en S que 1am para Ia e que encontrar ah e f1cavam nomorando Comentou que eram m111los os casa1
depo1s da 18 00 era d1fic11 encontrar Iugar nos bancos D1sse que a praya era hmpa e que tlnha mals
bnnquedos Ela veio morar bam pr6x1mo a praca. no rua Sate de Setembro, ha cerca de se1s meses
As vezes leva ~eu f1lho, de sate anos, para a praca no f1nal de semana, mas a constdera pengosa,
SUJA e sem bnnquedos
Como trabalha em uma das lojas em frente a pra9a Jorge de Lima ma•s pr6.-:tmo a rua S 've•o
Jorge constata a presenr;:a de homossexuais naquele trecho a partir de umas ctnco horas da arde
Af1rmou que ales chegam a praticar sexo naquele trecho da pra9a e que as vezes ocorrem bngas COrTI
gn tana e que ela f1ca com medo que "sobre para eles", para as pessoas que trabalham ali
A usuana 14 veio morar na rua da Praia ha 40 anos, em 1962. quando tlnha entao 22 al"'os
Cnou seus filhos all, 1ndo leva-los para brincar na prays Ia passear com seu marido e v a mu •os
casa1s namorando. D1sse que ia passear logo cedo e as vezes a tarde e t1nha mus1ca t.po um a to
falante que ficava tocando musica enquanto as cnanyss ficavam brincando Fa lou que JS teve murtas
festas com cachorro quente" HoJe em dia s6 tem a festa do vest1bular
Falou que quando o Museu Theo Brandao era no Espayo Cultural os blocos saiam de .a mas
agora saem direto na avenida Para ela, s6 sobrou no Espayo Cultural os movimento de greve l'f'las
que "1sso nao interessava a eles", moradores Comentou tambem da presenys de quatro a CII"'CO
homens, com um jogo: "perde e ganha", que ficam nos pontes de 6mbus •roubando o dmhe•ro oas
pessoas". Acredita que hoJe a seguranys da prays e dada pelos camel6s.
Falou que logo que chegou a prays era abandonada, "cheia de folhas secas por onde os
cavalos ficavam andando e que quem fez essa pra9a foi Sandoval Cajil'. Comentou que sua sogra
era muito amiga do ex-prefeito e que perguntou a ele porque colocava a letra ·s· em tudo que fa:: a
nas pra99s e que ele teria lhe respondido que "no meu poder e Sandoval, quando eu sair va ser
saudade"
Lamentou a sujeira da praia da Avenida, relembrando que 1a mutto com seus filhos e Que a
agua era cnstal1na "Gostaria que limpassem essa praia po1s ela e mwto bomta• Lamentou ta~be"~ v
abandono do parte do Restaurante Universitano. Ela frequentou aquele espayo quando a ft.nc O"'o ...
um clube da terce1ra 1dade, mas hoJe esta abandonado "E um espaqo bom dev.a ter u SO Comentou
tambem sobre a Res1d~nc1a Un1vers1tana, a SuJeira, o descaso e problemas com drogas
Sobre a rua da Pra1a comentou que hoJe a seguran9a e dada rna1s pelo cal..sa oo p ea o 0 0
JUd1c1ano que mwtas vezes tern reunl(5es func1onando ate de no1te A rua tarnbem conta com um \ g ~a
com ap1to mas "s~o cmco reats por semana. que da vmte por m~s Conta qu~ quando chegou pra
morar ali nao quena f1car. mas que "hoJe n~o que1 sau" , L embrou o fase em que tentaram fa:er a rua
24 horas Dtsse que fo1 um proJoto ma1s para os comerc1 •. mtes Njo tmha banhe1ro pubhco e as
pessoas "faztam xtxl em qualquer Iugar"
HoJe. alem dela ha atnda mats quatro moradoros na rua da Praia
-
139
0 usuario 16 mora na rua Sargento Benevtdes ha 15 anos e antes morava em frente a Transpal, conhecendo bam aquela area Durante a entrevtsta sua mae chegou e a entrevista
conllnuou com ala pots comecou a relembrar fatos que a mae dela morava no 1ntenor e quando velo
para Macei6 fo1 trabalhar na rua da Pra1a, que namorou com seu mando na prat;a e que levava seu
f1lho ma1s velho para ver os avu5es na p1sta de aeromodehsmo na Jorge de Lima.
Ainda falou que hoje em dia tern "mwto matoque1ro". Travest1s praticando se)(o 0 mo11mento
9 mais por causa do Espaco Cultural e mesmo assim, logo que acabam as aulas os a unos vao embora n3pldO Quando era Reitoria da UFAL t1nha mUlto ma1s mov1mento e agora d1m1nuiu mu•to
Falou tambem que a Residencia Universitana e mal cu1dada e ha mUitos problemas com drogas
Comentou que antes moravam muitas familias all, mas que hoje as casas an••gas e
abandonadas "s6 servem de esconderljo para marginaf.
140
ANEXO E: Rela~ao das pra~as, trevos, conjuntos, canteiros e
mirantes. COMURB - 1999.
ITEM PRACAS AREA (mj_ ABC (01) . - ~
1 _Praca ABC 527 A~ Area por balrro j -
527.48 - -BOM PARTO (02)
2 Praca Ladeira Lopes Trovao 252 76
3 Praca Nossa Senhora do Bom Parto 38200 •
Area por bairro 634,76
BEBEDOURO (04) 4 Praca Abngo dos Velhos 327 23 5 Praca Gruta do Padre . 1
368.19 , 6 Praca Lucena Maranhao 3431 oo' 7 Prac;a Nossa Senhora da Conceiyao
• Area por bairro >4126,42
CENTRO (10)
8 Praca Ademar de Barros 365.00
9 Praca Dom Pedro 11 3506.80
0 Praca da Alimentayao 1083.00
11 Praca dos Martirios (Fionano Peixoto) 5226,00
12 Praya dos Palmares 1181 50
13 Praya Marechal Deodoro da Fonseca 3868,80
14 Praya Sao Vicente 481.40
15 Praca Sargento Benevides 230.00
16 Praca Sinimbu 9923,80
17 Praca Zumbi 378.00
Area por bairro 18868,70
CAMBONA (02)
18 Prac;a Bolao 670.00 ...,
19 Prac;a Helio Lemos 302,001 • Area por bairro 972,00
CRUZ DAS ALMAS (04) .
20 Prac;a do restaurante Brasas 350.00 I
21 Prac;a Ezequias (Terminal Rodovu3rio) 2848 00 .
22 Prac;a Ganga Zumba 2030.00 . ---·---Prays Tenente Madalena ..,-o- 84
23 ... t I'
--- Area por bairro 7935,84
CHA DA JAQUEIRA (01)
24 Prac;a Amauri ~19.10 -Area por bairro 219,10
. . . -FAROL (14)
.
25 p ra~ Antid1o V1e1ra 224.00
.26 p ra~ Centenano 13800.00
141
27 Praca da Garagem da COMURB
._. 28 Praca 016genes B Juca 296,00
29 Praca Oom Ranulfo 1049,00
30 Praca Erciho Marques 85,00 - 4308,00 31 Praca Genes1o de Carvalho
32 Praca Gerbase F1lho 3985,00 - ~
33 Prar;a Goncalves Ledo 7950,00 ~
34 Praca Jomahsta Augusto Vaz F1lh_o (C~onvem) 35 Prar;a Marcus Vinic1us 201,80
__ 36 Prar;;a Menino Jesus de Praga 800,00 --
37 Prar;;a Pequeno Car;;ador 2586,00
38 Prar;;a Professor PetrOnio Viana 39 Prar;;a Rosalvo Ribeiro 660.00
40 Prar;a Santa Rita 4831.00
41 Prar;;a Sergipe 820.sol
Area por bairro >41596,39
FEITOSA (02) 42 Prar;;a de Sao Pedro
Area por bairro -FERNAO VELHO (06)
43 Praya da Fabrica Otton 1336 86 ! • 44 Prar;;a da rua da Praia 45 Praya de Sao Pedro 151.73 1
46 Praya Des. Hermam de Almeisa (Goiabeiras) 218.00 47 Praya do Mercado 171.00
48 Praya Sao Jose 1209.22 • Area por bairro >3086,81
GRUTA DE LOURDES {03)
49 Bosque da Prefeitura
50 Pra<;:a Delmiro Gouveia 582,00
51 Pra<;a Genesio de Carvalho 4308,00 • Area por bairro >4890,00
GAR~A TORT A {01)
52 Pra<;a Sao Pedro 160,00 Area por bairro 160,00
IPIOCA (02)
53 Praya Edson Pereira 65000
54 Praya Flonano Perxoto 241 50 Area por bairro 891,50 ' -
JARAGUA (07)
99- 521 -
55 p raca 18 Copacabana
56 p raca AloiSIO Noguerra 1325 r ' i-~ - -
57 p raca Bom Jesus dos Navegantes 1050 00 - ---5 8 p rac;:a Cicero Toledo 285.00
·-~--
5 9 p rac;:a Oo1s LeOes 2262.77
6 0 ac;:a Marcrlio Dias Pr 390000
I
.. te w • .. .. • • • • • • • • • • • , ~ , • ,
f 61 J'( ,\. I Rll\ ,ll
JACIN l iNtW (06)
6:' l'r 1\',l Ant,"'nlo M\ll1ltliiO (dnm. ll •··"" l) Jc
G.' l'f,l\ 1 d<l 1\M[ J ,= :~
t'·1 l'r:l\<l 0t)St•mburondLlf X1sto Qornns
l\5 f'm~,·,, M.lfl.t dtl' L owdos Ci'lnc1o B Mtlllo t.'t~ Pr.l\;l M.V10 J<lmbo 137 Pn.w.1 Sandoval C.lJU
JATIUCA (03)
68 Praca da Bibfla . 69 Pra(a Mtguel Torres
~
60 Prac;a Teot6mo Vllela
LEV ADA (07) ~
71 Pra.;a Carlos Pauriho 72 Pra.;a do Ptruhto 73
f.- --Pra.;a do Trabalhador
74 Praca Largo de Sao Pedro 75 Pra.;a Manoel Leandro 76 Pra.;a Nossa Senhora das Gracas 77 Prays Santo Ant6nto
OURICURI (01) ~
78 Prays Sao Sebasttao
POyO (13) ~
79 Praca 13 de maio
80 Prays Aloisio Branco
81 Praca Cipriano Juca (MAPEL)
82 Praca Denis Agra
83 Praca Guimaraes Passos -------- ~
84 Praca Joao XXIII (Posta T1radentes)
85 Praca Marav1lha
86 Praca Nossa Senhora do Carma
87 Praca Senhor do Bonf1m
88 Praya Soldado Eduardo Gomes Santos
89 Prays Unrdos do Poyo
90 Rodov1ana Velha (Mana do Soco1ro)
91 V1la dos Banconos
PONT A GROSSA (07)
92 r rOyEl 11 NHCIOnal
93 p ra~a Ctro Ac1oly
94 p rava do 3° D1stnto
= 700,00 ~ :~
10520,56 AreA por ba1rro = l r ·-
-= 562~
= 1881 2G 27966
· ~
1537 22
1172,32
Area por bairro >5452,46
-·-
1107,00
Area por bairro >1 107,00
561,00
5645,00
750,00
154,00
92,70
1950.00
465.00
Area por bairro 9617,70
32900 ~-
Area por bairro 329,00 •
3215.00 1150.00
254 00 25~2.50
-2~ oc 180.00
1880 0(' --~4- 00
25.30 00 -11 S8 l "'
"' " :)0 --'-' l . ~ .3 60
1~1- ~:, . -Area por bairro 15825,35
' -' 18- 0
499 0
280,0
-. ~ -. --• • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • ~ • • ~ •
95 Prac;a Gueda~ de Mtranda - -96 Prn~n Mentno Potructo -9 7 Pr n~n MoloqlrO Nnrnomdor
PONT A GROSSA (07)
98 Prnca do Rox 99 Proca Largo da Vtt6na -
100 Praca Lyons 101 Praca Manoel Duarte -102 Praca Nossa Senhora do 6
PONTA VERDE (07) 103 Praca Aloisio Freitas Melro
104 Praca EcumEmtca 105 Praca Emilio de Maia 106 Praca Gog6 da Ema
107 Praya Helio Vasconcelos
108 Prays Muntz Falcao
109 Prays Plaza Rttz
PITANGUINHA (02) 110 Prays Osvaldo Calheiros Gato
111 Termtnal de Ontbus
PONTAL (02) 112 Prays Cato Porto
113 Prays Sao Sebastiao
PRADO (02)
114 Prays Afrfmio Jorge
115 Prays Cust6dio de Melo
RIACHO OOCE (02)
116 Praya AntOnio Vasco
117 Praya Emiho de Carvalho
RIO NOVO (01)
118 Praya Rio Novo
-SANTA AMELIA (01) -
119 p raya da Matu 1-
SANAT6RIO (04)
1 20 p raca Arnon de Mello
1 21 p rays da Alameda Sao Benedtto
1 22 p raya JoaqUim Marques Luz
\43
557,00 295,00 200 96
Araa por bairro 4518,96
1778 00 262,6f:> - 6556 70 -
1847,00 ·-154,40
Area por bairro 10598,76 -807,95 875,00 510,00
2584 00 835.00
9514 00 427 .50
Area por bairro 14250,95 I
1116 88
115000 Area por bairro 2266,88
19800
390 00 1 • Area par bairro 588,oo I
I 19122 00
684 40 1 Area por bairro 19806,40
I
8000 • 1100 00 .
Area por bairro 1180,00 . -~54 so
• -Area por bairro 254.80 -
Area por bairro
2160,00
800,00
2640,00
t«
• 4038.00 123 Praca Mano Frerre Leahy -• Area por bairro 9638,00 -SAUDE (01)
124 Praca JoAo Noguerra 28000
Area por bairro 280,00
TRAPICHE (02)
125 Prac;a Oseas Cardoso Rosa 980,00
126 Praca Prngo D'Agua 28,00
Area por bairro 1008,00 - - --
TABULEIRO (23) 127 Entrada do Conjunto Salvador Lyra 102 95 1
128 Prac;a Ambrosio Amaro da Silva 1623 60 ~ 129 Prac;a Antonio Leite Pacheco (Tota) S Lyra
130 Prac;a An Alves de Oliveira (creche) 0 Loureiro 131 Prac;a Central - Colina dos Eucaliptos 132 Prac;a Central - lnocoop 133 Prac;a Cleto Marques Luz 3160,00
134 Prac;a da lgreja (conj Eustaquio Gomes) 1438.20
135 Prac;a Dalmo Peixoto- Lot. Jardim Petr6polis 2093.00
136 Prac;a Ernane Calherros 718.25
137 Prac;a F rei Damiao 1839,60
138 Prac;a Irma Suzana 436,43
139 Prac;a Joao Martins 2002,00
140 Prac;a Marcos Vinfcius- Eustaquio Gomes 4275,00
141 Prac;a Menino Pidao - ConJ. Osman Loure1ro 142 Prac;a Morada do Bosque 1690,50
143 Prac;a Padre Cicero II- Benedito Bentes 144 Prac;a Pedro Suruagy 847,00
145 Praya Pedro Tenorio Raposo 8101,50
146 Prac;a Ricardo Faustino Lins
147 Praya Ricardo Lessa - Dubeaux Leao 10237,38
148 Prac;a Selma Bandeira 41 0,12
149 Praya Wellington Gomes 401 ,58
Area por bairro > 39377,11
VERGEL (06) I
150 Praya Boa Esperanya 2725.00 ---
151 Pra9a do Cruzeiro 2413.00 - - - ---
152 Pra9a Nossa Senhora do P Socorro ( dos pobres) 878.00 f- -
153 Praya Padre Cicero 606.50 - -r
4284.00 154 Pra~ Sao Pedro ---155 Pra9a Sargento W1lson
·1--660.00
Area por balrro 11566,5
ITEM TREVOS AREA (m2
)
, CRB
2 Stnrmblr f--
Epamrnondas Grncrndo 3 4 lyons --5 Comendador L ello
~ -6 F~nix -• I 7 Centenarro 14o oo 1 -
8 CREA
9 Santa Rita ... -
10 Rodovrarra r--- --1, Rua do Arame (Tabuleiro) -1- ---·- ---
12 Jose Ten6rro
13 Salvador Lyra
14 Ercilto Marques
15 Canal da Mangaberra
16 Cars do Porto
17 Jacintinho
18 SENAC I
ITEM MIRANTES AREA (m2)
1
1 Mirante Ambrosio Lyra (Pierre Challta) 1534 00 2 Mirante do Jacintinho
I
3 Mtrante do Cortic;o (Sacramento) i
4 Mrrante Oom Ranulfo (CREA) 1049 oc ~-
5 Mirante da Sereia
6 Mirante da Ponta Verde ----
7 Mtrante da Gruta
8 Mirante Santa Terezinha (Farol) 5 \ 5,00
9 Mrrante Senador Rur Palmeira (Bebedouro) 5100 00 -10 Mrrante Silo Gon~alo {Farol) ,.::90 00 -11 Mrrante de lpioca
-12 Mrrante do Bam 135,55
146
ITEM CANTEIROS AREA (m2)
~
1 Av Alvoro Calhorros (Mongnborros) -2 Av Assts Chatoubnnnd (Ouncurr) -3 Av Epomrnondas Gracrndo (PaJut;am) -4 Av Leste Oeste (Cambona) -5 Av Sandoval Arroxelas (Ponte Verde)
--
6 Av Slqueira Campos (Prado)
7 Av. TeotOnio Vilela (Vergel) -
8 Rue Boca de Grota (Ferol) • ~ -
9 Av Oseas Rosas (Trapiche) 1- ~ - - -
10 Ladetra do Calmon --11 da Orla de Jacarecica
--- -- -- --
12 Av Amelia Rosa (Jatiuca) --- ---- --- - ~
13 Av Eraldo Lins Vasconcelos (Munl6polts) --- - -
14 Cah;adao Placido J. Lyra (Salvador Lyra)
15 Cid Scala (Po~o)
16 Cal~dao do Comercio (Centro)
17 Stella Maris (Jatiuca)
18 Av. Osman Loureiro (lguatemi)
19 Av, Aristeu de Andrade (TV Gazeta) 660.00 20 Penta Verde
21 Da pista de Jacarecica
22 Do Conjunto de Jacarecica
AREA PARCIAL DE TODAS AS PRA~AS: 241 .524,43 m2
AREA PARCIAL DA ORLA DA PAJU(iARA: 85.000 m2
AREA PARCIAL DOS MIRANTES: 8.623,55 m2
ANEXO F: Prefeitos de Macei6
Jose Moro~rA da Stlva l.tma (01 01 .1925 - 01 02 197.7)
Anflf6fto Jayme do AltrlVIIa Malo (01 02 1927 - 07 01 1928)
crnandt Tetxetra Ba~tos (07 01 1928 13 11 1928)
Jose Carnetro de Albuquerque (13 11 1928 14 10 1930)
AntOn to Balta.:ar de Mendonya (14 10 1930 06 01 .1933)
Orlando Valenano de ArauJO (11 01 1933-13 09 1933)
Alfredo E:has da Rosa Ottictca (19.09 1933 02 05 1934)
Edgar de G6es Monteiro (04 051934 -13.02.1935)
Alvaro Guedes Nogueira (28.06 1935-30 12 1936)
Ctpnano Juca (09 08.1935- 11 .09.1935)
Eustaquto Gomes de Melo ( 11. 02. 1937 - 11 03 1941)
F ranctsco Abdon Arroxelas ( 11 03 1941 - 06 04.1945)
AntOnio Mano Mafra (06 04 1945- 16.11 .1945)
Retnaldo Carlos de Carvalho Gama ( 17.11 .1945 - 11 .03 1948)
Joao Tetxeira de Vasconcelos (12 03.1948 -11 .05.1950}
lutz Campos Tetxetra (24.05 1950- 31 .01.1951)
Joaqutm de Barros leao (09.02.1951 - 30.05.1952)
Coronel Jose lucena de Albuquerque Maranhao (06.1 0 1953- 27 03 1955)
Cleto Marques luz (30.03.1955- 23.11 1955)
Manoel Valente de lima (03.12.1960- 05.02.1961)
Sandoval Ferreira Caju (07.02.1961 - 01.05.1964)
Vinicius Cansan~o Filho (02.05.1964- 03.02 1966)
Divaldo Suruagy (03.02.1966- 05.02.1970)
Henrique Equelman (06.02.1970- 05.03.1971)
Juv~nc1o Calheiros lessa (06.03.1971 - 30 06 1971)
Joao Rodngues Sampa1o F1lho (01 07 1971 -20 031975)
Oilton Falcao S1m6es (22.03.1975- 21 031979)
Fernando Affonso Collor de Mello (21 03 1979 - 14 OS 1982)
Corintho Oneho Campelo da Paz (14 051982 18 03 1983)
DJalma F-alcao 1 subst1tuto I Jose Bande~ra (1983- )
Guilherme Palmeira ( - )
Joao Sampaio ( - 1991)
Pedro Vretra I subst1tuto (1992- 1993)
Renaldo Lessa (1993 -1997)
Kat1a Born (1998- 2002 I 2002- )
147
Fonte ate 1983: Prefettura Muntcipal de Macet6, 1983
ANEXO G; Governadores e interventores de Alagoas
Fonte governadores Os 100 anos do Tomplo dA Polit•ca, .Jorgo Segundo 2002
Fonto rntorventores ALBUQUERQUE, 2000
Governadores
1880- 1890 Pedro Paulino da Fonseca
1892 - 1894 Gab1no Besouro
1894- 1897
1897- 1899
1900- 1903
1903- 1905
1912- 1915
1915-1918
1918-1924
1924- 1928
1928-1930
1931 -1932
1934-1935
fnterventores:
Barao de Traipu
Manuel Jose Duarte
Euclrdes V1erra Malta
Joaquim Vie1ra Malta
Clodoaldo da Fonseca
Batrsta Acrolr
Fernandes Lima
Costa Rego •
Alvaro Paes
General Lurz de Fran~
Osman Loure1ro
1930- 1931 Freitas Melro
fntenno Coronel Luiz da Fran9<3 Albuquerque
1931 - 1932 Tasso Tinoco
lntenno Coronel LUIZ da Fran9<3 Albuquerque
1933 - 1934 Cap1tao Afonso de Carvalho
lnterino Cap1tao Temistocels Vie1ra
1934 - 1935 Osman Loureiro
lntenno Edgar de G6es Monteiro
lnterino MaJOr Boned1to Augusto da Silva
1937 - 1940 Osman L oure1ro
1941 - 1945 lsmar do G6es Monteiro
1945- 1947 AntOniO Guodos de Mlr<mda
Governadores
1947 -1951 S1111es1re Pencl~s
1951 1956 Ar'1on Mello
1956 1961 Mumz Fa cao 1961 - 1966 Major LUIZ Cava can•e
lnterventor·
1966 General Joao Bat•sta Tuo,no
Governadores ·
1966- 1971
1971 - 1975
1975-1978
1978-1978
1978-1979
1979-1982
1982-1983
1983-1986
1986-1987
1987 -1989
1989-1991
1991 -1995
1995 1997
1997 - 1998
1998 :"'OOJ
2002-
Lamenha F lho
Afran1o Lages
Divaldo Suruagy
Ernand1 Darville
Geraldo Melo
Gutlherme Palme ra
Theobaldo Barbosa
Otvaldo Suruag)
Jose Tavares
Fernando Co• or
Moac · And ace
Gera•do Bulhoes
Otvaldo Su uaQY ~
Mance· Gomes de Barros
Renaldo Lessa
Renaldo Lessa