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A Revolução da Historiografia
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A escola dos Annales
Constitui-se num movimento historiográfico, que surge em decorrência da “Revue des Annales”, revista acadêmica que se destacou por incorporar métodos das Ciências Sociais à História.
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Primeira geração.Liderada por Marc
Bloch e Lucien Febvre - apresenta a guerra radical contra a história tradicional, a história política e a história dos eventos;
Em geral, divide-se a trajetória da escola em quatro fases:
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Segunda geração. Dirigida por Fernand
Braudel -; o movimento aproxima-se verdadeiramente de uma “escola”, com conceitos (estrutura e conjuntura) e novos métodos (história serial das mudanças na longa duração) Fernand Braudel
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Terceira geração.Vários pesquisadores tornaram-
se diretores -; a terceira, traz uma fase marcada pela fragmentação e por exercer grande influência sobre a historiografia e sobre o público leitor, em abordagens que comumente chamamos de Nova História ou História Cultural
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A trajetória Com Leopold Von Ranke, a história sociocultural foi
re-marginalizada. Foi dada ênfase nas fontes dos arquivos, numa época em que os historiadores buscavam se profissionalizar e a história não política foi excluída.
O século XIX ouviu vozes discordantes entre historiadores, a exemplo de Michelet e Burckhardt que propõem uma visão mais ampla da história.
Outros exemplos podem ser citados, como Fustel de Coulanges e Marx que ofereciam um paradigma histórico alternativo ao de Ranke.
Historiadores econômicos foram os opositores mais bem organizados da história política.
Os fundadores da Sociologia - Comte, Spencer e Durkheim - expressavam pontos de vista semelhantes.
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No início do novo século, um movimento lançado por James Harvey Robinson sob a bandeira da “Nova História” defende que a história inclui qualquer traço ou vestígio das coisas que o homem fez ou pensou, desde o seu surgimento sobre a terra.
Na França, a natureza da história tornou-se objeto de intenso debate e alguns historiadores políticos tinham concepções históricas mais abrangentes portanto, é inexato pensar que os historiadores profissionais desse período estivessem exclusivamente envolvidos com a narrativa dos acontecimentos políticos.
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François Simiand, um economista seguidor de Durkheim, promove um ataque a Charles Seignobos, símbolo de tudo a que os reformadores se opunham.
Tratava-se, na verdade, de um ataque aos três ídolos da tribo dos historiadores: político, individual e cronológico.
Ao mesmo tempo Henri Berr, um grande empreendedor intelectual, lança o ideal de uma psicologia construída com a cooperação interdisciplinar, o que teve ressonância em Febvre e Bloch.
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O nascimento da Revista No final da Primeira Guerra, Febvre idealizou
uma revista internacional dedicada à história econômica, mas o projeto foi abandonado.
Em 1928, Bloch tomou a iniciativa de ressuscitar os planos da revista, agora francesa, com sucesso.
Originalmente chamada Annales d´histoire économique et sociali, pretendia ser a difusora de uma abordagem nova e interdisciplinar da história, exercer uma liderança intelectual nos campos da história social e econômica, e preocupava-se com o problema do método no campo das ciências sociais.
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“Os Annales começou como uma revista de seita herética, depois da guerra, se tornou oficial. Aos poucos se converteu no centro de uma escola histórica que foi transmitida para escolas e universidades.”
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A segunda geração dos Annales
Protagonizada por Fernand Braudel que sucedeu Febvre como diretor efetivo da revista.
Para Braudel, a contribuição especial do historiador às ciências sociais é a consciência de que todas as “estruturas” estão sujeitas a mudanças, mesmo que lentas.
Ele desejava ver as coisas em sua inteireza, por isso era impaciente com fronteiras, separassem elas regiões ou ciências
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Quando prisioneiro, durante a Segunda Guerra, Braudel teve a oportunidade de escrever sua tese.
A obra com o título “o Mediterrâneo e Felipe II”, divide o tempo histórico em: geográfico, social e individual, realçando a longa duração.
Nesse período a história das mentalidades foi marginalizada, tanto por Braudel não ter interesse por ela, quanto porque um número de historiadores franceses acreditava que a história social e econômica era mais importante do que outros aspectos do passado.
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A terceira geração dos Annales foi marcada por mudanças intelectuais, o
policentrismo (o centro do pensamento histórico estava em vários locais) permitiu a abertura para idéias vindas do exterior e a inclusão de novas temáticas.
A ausência de um domínio temático fez com que alguns comentadores falassem numa fragmentação.
três temas surgem com força:A redescoberta da história das mentalidades, A tentativa de empregar métodos quantitativos na
história cultural A reação contrária a tais métodos : uma
antropologia histórica, um retorno à política ou o ressurgimento da narrativa.
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Quarta geração - a partir de 1989 Considerada por muitos como apenas uma
divisão da história das mentalidades, a quarta geração se preocupa a “superestrutura” cultural – reação contra Braudel e contra qualquer determinismo - foi intitulada por Burke como um movimento “do porão ao sótão”.
No interior do grupo dos Annales alguns historiadores sempre estiveram envolvidos com os fenômenos culturais e com a mentalidade. A nova abordagem quantitativa (ou serial) não encontrava no estudo das mentalidades a mesma sustentação oferecida pela estrutura socioeconômica.
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Nos anos 70 surge uma reação contrária à abordagem quantitativa, ao domínio da história estrutural e social, defendida pelos Annales, o que resulta na mudança antropológica, no retorno à política e no ressurgimento da narrativa.
A conhecida crítica aos Annales é a sua pressuposta negligência ao tema política, mas ela não procede em relação a todos os componentes do grupo.
A volta à política está também ligada ao ressurgimento do interesse pela narrativa dos eventos: história dos eventos e narrativa histórica
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Referencias: BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989): a
Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997, 153 páginas.
Revista HISTEDBR On-line: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/res04_25.pdf
Reis, José Carlos – “Escola dos Annales – A inovação em história”. São Paulo , Paz e Terra, 2000
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Montagem e Apresentação:Nila Michele Bastos Santos
Historiadora, Psicopedagoga, professora da Rede Municipal e Privada de São Luis –Ma e Professora da Faculdade Santa Fé São Luis –Ma