1
PUBLICADA NO DPL NO DIA 13 DE JULHO 2015
QUINQUAGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA EM 06 DE JULHO DE 2015.
(De acordo com o registrado no painel eletrônico, à hora regimental, para ensejar o início da sessão,
comparecem os Senhores Deputados Bruno Lamas, Cacau Lorenzoni, Da Vitória, Doutor Hércules, Edson
Magalhães, Erick Musso, Euclério Sampaio, Janete de Sá, Luzia Toledo, Marcelo Santos, Nunes, Pastor
Marcos Mansur, Rodrigo Coelho e Sergio Majeski)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a
sessão.
(A convite da Presidenta, assume a 1.ª Secretaria o Senhor Deputado Cacau Lorenzoni e a 2.ª
Secretaria a Senhora Deputada Janete de Sá)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Convido a Senhora Deputada Janete de Sá a
proceder à leitura de um versículo da Bíblia.
(A Senhora Deputada Janete de Sá lê Romanos, 4:4)
(Comparecem os Senhores Deputados Dary Pagung e Eliana Dadalto)
O SR. 1.º SECRETÁRIO – (CACAU LORENZONI – PP) – Senhora Presidenta, pela ordem! Solicito a
V. Ex.ª submeter ao plenário um minuto de silêncio em virtude de uma tragédia que aconteceu entre os municípios
de Marechal Floriano e Domingos Martins, que levou a vida de quatro jovens, os senhores Bruno Saleme, João
Paulo Louz Damacena, Sabrina Bermudes e Ana Paula Kepp.
Ocorreu um trágico acidente automobilístico entre esses dois municípios no sábado à noite e gostaria que se
fizesse um minuto de silêncio nesta Casa de Leis, em homenagem a essas quatro vítimas.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Gostaria de somar ao requerimento feito pelo
Senhor Deputado Cacau Lorenzoni também, pelas almas desses jovens que S. Ex.ª acabou de mencionar.
Soube pelos jornais e fiquei também muito triste com relação ao acidente que envolveu o Bruno Saleme, o
João Paulo Louz Damacena, a Sabrina Bermudes e a Ana Paula Kepp. Foram quatro mortos num só acidente!
Quero, também, somar a esse requerimento, o pedido de um minuto de silêncio pelo falecimento do
professor Edinaudo Rabello. O Ednaudo era secretário de Educação no município de Conceição do Castelo e tinha
sido secretário de Educação no município de Vargem Alta; comprou uma moto e, rapidamente, acho que em dois
dias teve um acidente na entrada de Conceição do Castelo, e morreu, deixando uma filhinha de dois anos.
Os alunos, os professores e os diretores ficaram muito consternados. Isso ocorreu num município pequeno,
Senhor Deputado Rodrigo Coelho, mas o povo estava todo na rua; quando saí de lá, já de madrugada, devia ser
uma hora, todo mundo estava lá.
O Edinaudo Rabello era uma pessoa amada, querida, e esteve na nossa Comissão de Educação, fez uma
bela exposição junto com a Vera Lúcia Castiglioni, que foi convidada pelo Senhor Deputado Bruno Lamas para
falar sobre o plano de educação de Serra. E S. S.ª veio para falar do plano de educação de Conceição do Castelo.
Era um excelente educador, novo e perdemos esse companheiro, tão querido, que era secretário de
Conceição do Castelo. E era membro do Conselho Estadual de Educação; vice-presidente da Undime, União
Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação; e membro do Conselho do Fundeb, Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
Requeiro um minuto de silêncio, muito consternada, porque o Edinaudo era uma pessoa muito digna e
muito competente, que fazia diferença na Educação.
(Comparece o Senhor Deputado Gildevan Fernandes)
A SR.ª 2.ª SECRETÁRIA – (JANETE DE SÁ – PMN) – Senhora Presidenta, pela ordem! Também me
somo a V. Ex.ª e ao Senhor Deputado Cacau Lorenzoni, solicitando um minuto de silêncio em homenagem de
Ademilson Piasse, um grande colega, ex-empregado da Vale, já aposentado, muito conhecido em nossa sociedade e
que foi chefe do setor de Recursos Humanos da Vale durante muitos anos. Na época em que eu estava na empresa,
o Ademilson já liderava a área de Recursos Humanos da Vale com muita grandiosidade e competência.
Atualmente, presidia a nossa Associação dos Aposentados da Vale – Aposvale, mas foi vítima de um
ataque cardíaco nesse último sábado e foi sepultado no domingo, às 10h, no Jardim da Paz, em Carapina.
2
Gostaria, em conjunto com a família e com os nobres deputados desta Casa, de solicitar um minuto de
silêncio em homenagem a esse grande companheiro que foi o Ademilson Piasse. A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Antes de fazermos um minuto de silêncio, seria
muito importante pedirmos também um minuto de silêncio pela Jéssica de Oliveira, a última jovem assassinada em
Cariacica.
Fizemos ontem, pela manhã, uma caminhada na avenida Expedito Garcia, em Campo Grande, com os pais,
o Padre Marcelo, os vereadores Seu Pedro e Jacqueline Moraes e as mulheres de Cariacica. Todos irmanados,
Senhora Deputada Eliana Dadalto, falamos durante todo o trajeto sobre a violência doméstica, que continua
presente nos lares, onde as mulheres são assassinadas.
Fizemos uma caminhada, dando um grito de alerta para os homens e para as mulheres e, na verdade,
conclamando que todos pensem nas famílias e não apenas naquela pessoa assassinada, mas nos filhos que ela deixa
e nas mães que chorarão depois, na família toda, enfim. Quando se assassina uma mulher, não só acaba com a vida
dela, mas também com a vida da família.
Ontem fizemos uma bela caminhada. Parabenizo o Padre Marcelo, da Igreja Bom Pastor, de Campo
Grande, Cariacica. A presença e a fala de S. Rev.ma
, com certeza, foi muito importante. Contamos também com a
presença do Prefeito Juninho, que também caminhou conosco na avenida Expedito Garcia.
Parabenizo a Vilmara, que preparou e organizou toda a caminhada. Em todas as vezes que tiver uma
caminhada como essa, estaremos juntos, porque esse é o nosso caminho. A Vilmara é representante do Movimento
Social de Cariacica e veio ao meu gabinete, e em tudo quanto foi possível ajudamos para que essa caminhada
acontecesse.
Peço desculpas aos deputados, porque demoramos, mas, infelizmente, estamos perdendo as pessoas das
formas mais trágicas. E não tem jeito, foram quatro jovens acidentados, dentre eles um professor, um aposentado e
uma jovem, que foi assassinada. Por isso demorou tanto, mas por uma boa causa.
Solicito a todos que, de pé, façamos um minuto de silêncio. (Pausa)
(A Casa presta a homenagem)
(Comparece o Senhor Deputado Amaro Neto)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Convido a Senhora 2.ª Secretária a proceder à
leitura da ata da quinquagésima oitava sessão ordinária, realizada em 1.º de julho de 2015. (Pausa)
(A Senhora 2.ª Secretária procede à leitura da ata)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Aprovada a ata como lida. (Pausa)
O SR. BRUNO LAMAS - (PSB) – Senhora Presidenta, pela ordem! Com base no art. 140 do Regimento
Interno, requeiro a V. Ex.ª palavra para formular questão de ordem.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno
Lamas.
O SR. BRUNO LAMAS - (PSB) – Senhora Presidenta, o art. 140 do Regimento Interno diz que toda
dúvida sobre interpretação do Regimento Interno, na sua prática, exclusiva ou relacionada com a Constituição
Estadual - especialmente para tratar de assuntos como o que tratarei -, considera-se questão de ordem.
Considerando os requerimentos formulados nas datas 15/06/2015 e 29/06/2015 nesta Casa de Leis, que
tinham por objetivo prorrogar a Comissão Especial para investigar as obras do Estádio Kleber Andrade e Campos
Bom de Bola I e II, o primeiro até o final de legislatura e posteriormente prorrogação até o final da 1.ª Sessão
Legislativa da 18.ª Legislatura;
Considerando que o primeiro requerimento, ao entrar na Ordem do Dia para deliberação, foi sugerido pela
Mesa que o mesmo fosse retirado e que novo pedido fosse protocolizado, no sentido de prorrogar apenas até o final
da Sessão Legislativa da 18.ª Legislatura, ou seja, até o final deste ano;
Considerando que tal solicitação da Mesa foi por mim aceita, realizei novo requerimento, o qual foi
devidamente protocolizado em data hábil (29/06/2015), no entanto, não tendo entrado na Ordem do Dia para
deliberação, entrando no dia 01/07/2015.
Ocorre que por falta de quórum na sessão do dia 1.º de julho de 2015, tal requerimento não foi votado
junto com outros requerimentos, e considerando que a Comissão Especial expirou o prazo em 04/07/2015 (sábado),
não tendo entrado novamente na Ordem do Dia para votação na sessão do dia de hoje, 06 /07/2015;
E, tendo em vista que o Regimento Interno é omisso em relação a prazo quando a comissão expira no dia
não considerado útil, ou seja, sábado, mas salientando que o requerimento para prorrogação foi protocolizado em
3
tempo hábil, e não foi votado por falta de quórum;
Venho apresentar a presente questão de ordem, requerendo à Mesa, na pessoa da Senhora Presidenta Luzia
Toledo, que o requerimento, que tem por objetivo prorrogar a Comissão Especial - presidida pelo Deputado Bruno
Lamas e tendo como membros os Senhores Deputados Cacau Lorenzoni e Pastor Marcos Mansur - para investigar
as obras do Estádio Kleber Andrade e Campos Bom de Bola 1 e 2, retorne ao Expediente para votação, tendo em
vista a presente fundamentação.
(Comparecem os Senhores Deputados Enivaldo dos Anjos, Gilsinho Lopes e Sandro Locutor)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Senhor Deputado Bruno Lamas, me prevalecerei
do prazo, de acordo com o Art. 140, parágrafo sexto, do Regimento Interno, que diz:
§ 6º Caberá ao Presidente, de imediato ou dentro de quarenta e oito horas, resolver
soberanamente as questões de ordem ou delegar ao Plenário a sua decisão, não sendo lícito a
qualquer Deputado opor-se ou criticar a deliberação na sessão em que for adotada.
Então, V. Ex.ª terá a resposta dentro de quarenta e oito horas.
O SR. BRUNO LAMAS - (PSB) – Senhora Presidenta, agradeço a oportunidade que registro. Pelo o que
pude pesquisar, na história desta Casa nunca constou uma negativa para prorrogação de funcionamento de uma
Comissão Especial. Tenho dito. Muito obrigado.
(Comparece o Senhor Deputado Theodorico Ferraço)
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Senhora Presidenta, pela ordem! Requeiro a V. Ex.ª, tendo em
vista que temos um extenso Expediente a ser lido e já consumimos mais de cinquenta por cento de tempo e uma
vez que grande parte do Expediente a ser lido consta de projetos de decreto legislativo de homenagens a cidadãos
por meio de títulos de cidadania e pareceres da Comissão de Constituição e Justiça, que fizéssemos a leitura em
bloco, uma vez que isso não interfere e muito menos cria qualquer óbice no objetivo de homenagear quem está
sendo alcançado.
Solicito, ainda, dispensa de publicação dos pareceres, para que possamos dar maior velocidade no tramitar
das matérias.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – É regimental, mas depende de apoiamento do
Plenário.
Em votação o requerimento.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
Convido o Senhor 1.º Secretário a proceder à leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
PRESIDÊNCIA
Brasília, 18 de junho de 2015.
Senhor Presidente:
COMUNICADOS N.os
101665/2015, 101666/2015, 101667/2015, 101668/2015, 101669/2015,
101670/2015, 101671/2015, 101672/2015, 101673/2015, 101674/2015, 101675,2015, 101676/2015, 101677/2015,
101678/2015, 101679/2015.
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
4
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Às Comissões de Educação e de
Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO
OFÍCIO N.º 05/2015
Vitória, 02 de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Com fulcro no artigo 67, inciso XVI do Regimento Interno, encaminhamos a Vossa Excelência o Relatório
das atividades desta Comissão, referente ao mês de JUNHO de 2015.
Sem mais para o momento, subscrevemo-nos,
Saúde, saúde e saúde.
DOUTOR HÉRCULES
Presidente da Comissão de Saúde e Saneamento
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Arquive-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA
OFÍCIO N.º 145/2015
Vitória, 08 de junho de 2015.
Senhor Presidente:
Em estrita observância ao disposto no art. 56, inciso XIII da Constituição Estadual e, cumprindo á
determinação estabelecida no art. 5º da Lei n.º 7.457, de 31/03/2003, encaminhamos anexos os extratos do Termo
de Acordo n.º 363/2015 e do Termo Aditivo ao Termo de Acordo n.º 233/2011, publicados no DOE em 03 de junho
de 2015, e as respectivas fotocópias da publicação da Resolução do Comitê de Avaliação do Programa de Incentivo
ao Investimento no Estado do Espírito Santo – INVEST-ES, relativas aos Termos em referência.
Sem mais para o momento, renovamos os nossos protestos de elevada estima e de consideração.
Atenciosamente,
ANA PAULA VITALI JANES VESCOVI
Secretária de Estado da Fazenda Av. João Batista Parra, 600, Enseada do Suá, Vitória/ES – CEP 29050-375 – CGC 27.080571/0001-30.
Site: www.sefaz.es.gov.br
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
5
NESTA
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA
OFÍCIO N.º 153/2015
Vitória, 18 de junho de 2015.
Senhor Presidente:
Em estrita observância ao disposto no art. 56, inciso XIII da Constituição Estadual e, cumprindo á
determinação estabelecida no art. 5º da Lei n.º 7.457, de 31/03/2003, encaminhamos anexo o extrato do Termo
Aditivo ao Termo de Acordo n.º 236/2011, publicado no DOE em 18 de junho de 2015, e a respectiva fotocópia da
publicação da Resolução do Comitê de Avaliação do Programa de Incentivo ao Investimento no Estado do Espírito
Santo – INVEST-ES, relativa ao Termo em referência.
Sem mais para o momento, renovamos os nossos protestos de elevada estima e de consideração.
Atenciosamente,
ANA PAULA VITALI JANES VESCOVI
Secretária de Estado da Fazenda Av. João Batista Parra, 600, Enseada do Suá, Vitória/ES – CEP 29050-375 – CGC 27.080571/0001-30.
Site: www.sefaz.es.gov.br
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. À Comissão de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA - SECULT
OFÍCIO N.º 273/2015
Vitória, 29 de junho de 2015.
Senhor Presidente:
Em cumprimento ao disposto no §2º do art.116 da Lei n.º8.666/93, encaminhamos, em anexo, o Resumo
do Termo de Convênio n.º 9002/2015, firmado entre o Estado do Espírito Santo por intermédio da Secretaria de
Estado da Cultura e a Central Única das Favelas do Espírito Santo – CUFA/ES, REGISTRADO NA Secretaria de
Estado de Controle e Transparência sob n.º 150024.
Atenciosamente,
JOÃO GUALBERTO MOREIRA VASCONCELOS
Secretário de Estado da Cultura Rua Luiz Gonzales Alvarado, n.º 51 – Enseada do Suá – Vitória – Espírito Santo – CEP 29.050-380
Tel.: 3636-7100 – Email: [email protected] – site: www.secult.es.gov.br
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Às Comissões de Cultura e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
6
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO
OFÍCIO N.º 08/2015
Vitória, 02 de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Com fulcro no artigo 67, inciso XVI, encaminhamos a Vossa Excelência o Relatório das atividades desta
Comissão, referente ao mês de JUNHO de 2015.
Atenciosamente,
AMARO NETO
Deputado Estadual
Presidente da Comissão de Turismo e Desporto
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Arquive-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
OFÍCIO N.º 41/2015
Vitória, 1.º de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Nos termos do artigo 67, inciso XVI do Regimento Interno, encaminho a Vossa Excelência Relatório
Mensal das Atividades desta Comissão, referente ao mês de junho de 2015.
Atenciosamente,
ELIANA DADALTO
Deputada Estadual
Presidente da Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Arquive-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
7
OFÍCIO S/N.º - 2015
Vitória, 30 de junho de 2015.
Senhor Presidente:
Solicito a V. Ex.ª que seja justificada minha ausência na Sessão Ordinária do dia 29 de junho, nos termos
do § 6º do artigo 305 do Regimento Interno.
Atenciosamente,
RODRIGO COELHO
Deputado Estadual
Ao
Ex. mo
Sr.
THEODORICO FERRAÇO
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo
NESTA
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Justificada a ausência. À Secretaria.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 140/2015
Vitória, 30 de junho de 2015.
Senhor Presidente:
Encaminho a Vossa Excelência, resposta, ao pedido de informações, formulado pela Comissão de
Segurança, por meio do Requerimento n.º 85/2015, ao Secretário de Estado da Justiça, conforme documentos em
anexo.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. À Comissão de Segurança, por cópia.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 141/2015
Vitória, 1.º de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Encaminho a Vossa Excelência, resposta, ao pedido de informações, formulado pelo Deputado Gilsinho
Lopes, por meio do Requerimento n.º 76, de 2015, ao Secretário dos Transportes e Obras Públicas, conforme
documentos em anexo.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
8
Governador do Estado
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes,
por cópia.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 142/2015
Vitória, 1.º de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Encaminho a Vossa Excelência, resposta, ao pedido de informações, formulado pelo Deputado Gilsinho
Lopes, por meio do Requerimento n.º 80, de 2015, ao Secretário dos Transportes e Obras Públicas, conforme
documentos em anexo.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Ao Senhor Deputado Gilsinho Lopes,
por cópia.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 143/2015
Vitória, 1.º de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Nos termos do art. 66 da Constituição Estadual, comunico a Vossa Excelência a sanção do Autógrafo de
Lei n.º 40/2015, que “Altera o Quadro Permanente de Pessoal da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito
Santo – estruturando a Diretoria de Controle Interno, com a criação e a transformação de cargos, em observância à
Lei n.º 9.938, de 22.11.2012, de autoria do Poder Executivo Estadual, e dá outras providências”.
Para o arquivo da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito santo, restituo, nesta oportunidade, o
autógrafo do texto ora convertido na Lei n.º 10.383, de 30 de junho de 2015.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
A SR.ª PRESIDENTA – ( LUZIA TOLEDO - PMDB) – Ciente. Arquive-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 144/2015
Vitória, 1.º de julho de 2015.
9
Senhor Presidente:
Encaminho ao exame dessa Casa de Leis o incluso Projeto de Lei Complementar que dispõe sobre a
criação da CIRETRAN de Santa Maria de Jetibá e dá outras providências.
Considerando o aumento substancial da frota de veículos do Município de Santa Maria de Jetibá, que já
ultrapassa 27 mil veículos, a iniciativa visa uma reformulação no atendimento dos serviços prestados aos cidadãos.
Assim, o DETRAN|ES busca reestruturar de forma imediata a gestão de sua administração, para permitir o
funcionamento eficaz em suas atividades rotineiras das Circunscrições Regionais de Trânsito – CIRETRANS, e
melhor atender o usuário do serviço público na região.
Em observação às normas da Lei de Responsabilidade Fiscal encaminho anexo, Declaração de
Atendimento ao Limite de Pessoal Definido pela LRF, corroborado pelo Relatório de Gestão Fiscal -
Demonstrativo da Despesa com Pessoal - Orçamento Fiscal e da Seguridade Social- janeiro a de dezembro/2014 e a
repercussão financeira anual.
São estas, Senhor Presidente e ilustres Pares, as razões pelas quais submeto o Projeto de Lei Complementar
anexo, à apreciação.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N.º 10/2015
Altera a Lei Complementar 226, 17de janeiro de 2002, para criar a XXV CIRETRAN no município
de Santa Maria de Jetibá.
Art. 1º Fica criada a XXV Circunscrição Regional de Trânsito - CIRETRAN, no município de Santa Maria
de Jetibá, passando a integrar a Tabela constante do § 2º do art. 27 da Lei Complementar nº 226, de 17.01.2002.
Art. 2º O Posto de Atendimento de Veículos – PAV do município de Santa Maria de Jetibá, previsto no
Artigo 28 da Lei Complementar n° 226, de 17.01.2002, fica extinto da estrutura Organizacional do DETRAN/ES,
assim como o cargo de provimento em comissão, constante do Anexo I, que integra esta Lei Complementar.
Art. 3º Para atender às necessidades funcionais do DETRAN/ES, ficam criados os cargos de provimento
em comissão, constantes do Anexo II, que integra esta Lei Complementar.
Art. 4º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
ANEXO I - cargos comissionado extinto, a que se refere o artigo 2º
ANEXO II – cargos comissionados criados, a que se refere o
artigo 3º
ESPECIFICAÇÃO 2015(1) 2016 (2) 2017(2)
Cargos criados 87.223,31 174.446,62 174.446,62
Cargos extintos 8.520,74 17.041,48 17.041,49
Custo de Pessoal 78.702,56 157.405,13 157.405,14
(1) Referente a 06 (seis) meses do exercício de 2015.
(2) Referente a 12 (doze) meses.
FONTE DE RECURSOS
Fontes de recurso provenientes do Tesouro Estadual
Projeto de Lei Complementar que dispõe sobre a criação da CIRETRAN do Município de SANTA MARIA DE JETIBA.
Impacto orçamentário Financeiro
ANEXO
Nomenclatura Ref. Quant. Valor
(R$)
Valor Total
(R$)
Chefe de PAV de Santa Maria
de Jetibá
DC-
07 1 841,84 841,84
Total Geral
1 -------------- 841,84
Nomenclatura Ref. Quant. Valor
(R$)
Valor
Total
(R$)
10
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO -
PMDB) – Publique-se. Após o cumprimento do artigo 120
do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da
Cidadania, de Mobilidade Urbana e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 145/2015
Vitória, 02 de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Encaminho ao exame dessa Casa de Leis o incluso Projeto de Lei que reduz o valor da Taxa de "Renovação
de CNH" devida ao Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN-ES, nos termos da Lei n.º 7.001, de 27 de
dezembro de 2001, de 70 (setenta) VRTE´s para 56 (cinqüenta e seis) VRTE´s.
Além disso, a proposta legislativa ora encaminhada a essa Casa de leis também estabelece a inclusão de
"Avaliação de Reciclagem" no item 1.11 na Tabela III, aplicável aos condutores que tiveram as suas habilitações
cassadas e que precisam se submeter a novo exame realizado pelo DETRAN-ES.
Dessa forma, espero Senhor Presidente, a acolhida necessária à proposta vertente.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
PROJETO DE LEI N.º 286/2015
Altera a Lei n.º 7.001, de 27 de dezembro de 2001, para promover adequações quanto aos valores
de taxas devidas ao DETRAN/ES.
Art. 1º A Tabela III da Lei Estadual nº 7.001, de 27 de dezembro de 2001, passa a vigorar com a redação
constante do Anexo Único desta Lei, alterados os itens 1.5 e 1.11.
Art. 2º Esta lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2016, permanecendo inalteradas as demais disposições.
ANEXO ÚNICO
TABELA III DA LEI 7.001, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2001
CLASSIFICAÇÃO FATO GERADOR VALOR EM
VRTE
1 Área de Habilitação
(condutores)
[...] [...] [...]
1.5 Renovação da CNH 56
[...] [...]
[...]
1.11
Exame teórico, prático,
avaliação de reciclagem,
reprovação ou falta ao exame.
30
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Publique-se. Após o cumprimento do artigo 120
do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Mobilidade Urbana e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
Chefe de CIRETRAN de Santa
Maria de Jetibá
DC-02 1 3.443,87 3.443,87
Chefe de Divisão de Licenciamento
DC-05 1 1.489,40 1.489,40
Agente de Serviço II DC-07 5 841,84 4.209,21
Total Geral 7 -------------- 9.142,48
11
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 146/2015
Vitória, 06 de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Encaminho à apreciação dessa Assembleia Legislativa o anexo Projeto de Lei em que solicito a abertura de
Crédito Especial no valor de R$ 510.000,00 (Quinhentos e dez mil reais), em favor da Secretaria de Estado da
Segurança Pública e Defesa Social visando incluir no Orçamento vigente a Ação 4738 – Apoio a Municípios para
Prevenção à Violência e Redução da Criminalidade, para atender despesas com a conclusão do projeto “Olho
Digital”, videomonitoramento e com aquisição de módulos do sistema de captação e transmissão de imagens em
vias públicas por meio de rede WiMesh, componentes auxiliares, instalação e treinamento de operadores na
Unidade Orçamentária 45.101 – Administração Direta, conforme Anexo I do Projeto de Lei.
Os recursos necessários à execução do referido Crédito Especial serão provenientes de anulações parciais
de dotações orçamentárias constante do Programa de Trabalho da Secretaria de Estado da Segurança Pública e
Defesa Social, conforme Anexo II do Projeto de Lei.
Desta forma, solicito a aprovação por essa Casa de Leis, do incluso projeto de lei que permitirá a
adequação do orçamento vigente às necessidades da Administração Pública Estadual.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
PROJETO DE LEI N.º 288/2015
Abre o Crédito Especial no valor de R$ 510.000,00 (Quinhentos e dez mil reais), em favor da
Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social.
Art. 1º Fica aberto o Crédito Especial no valor de R$ 510.000,00 (Quinhentos e dez mil reais), em favor da
Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, para inclusão no Orçamento vigente da Ação 4738 –
Apoio a Municípios para Prevenção à Violência e Redução da Criminalidade na Unidade Orçamentária 45.101 –
Administração da Unidade, conforme disposto no anexo I que integra a presente lei.
Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo 1º, serão provenientes de anulações
parciais de dotações orçamentárias, indicadas no anexo II desta lei.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
CRÉDITO ESPECIAL - ANEXO I -
SUPLEMENTAÇÃO
R$1,00
CÓDIG
O ESPECIFICAÇÃO
NATUR
EZA F VALOR
45.000 SECRETARIA DE
ESTADO DA
SEGURANÇA
PÚBLICA E DEFESA
SOCIAL 45.101 ADMINISTRAÇÃ
O DIRETA
0618108614.738
APOIO A MUNICÍPIOS PARA
PREVENÇÃO À
VIOLÊNCIA E REDUÇÃO DA
CRIMINALIDADE
R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E45.000
SECRETARIA DE
ESTADO DA
SEGURANÇA
PÚBLICA E DEFESA
SOCIAL :
12
Despesas com o projeto "Olho Digital e
videomonitoramento 3.3.90
010
1 354.000
4.4.90
0101 156.000
TOTAL 510.000
CRÉDITO ESPECIAL - ANEXO II - ANULAÇÃO
R$1,00
CÓDIG
O ESPECIFICAÇÃO
NATUR
EZA F VALOR
45.000 SECRETARIA DE
ESTADO DA
SEGURANÇA
PÚBLICA E DEFESA
SOCIAL 45.101 ADMINISTRAÇÃ
O DIRETA
0618108651.736
CONSTRUÇÃO, REFORMA E
PADRONIZAÇÃO
DAS UNIDADES INTEGRANTES DO
SISTEMA SESP 4.4.90
010
1 500.000 0618108
653.733
AQUISIÇÃO DE
MATERIAIS, DE
EQUIPAMENTOS DE TELECOMUNICAÇÕ
ES E INFORMÁTICA,
DE INTELIGÊNCIA E DE OUTROS
MATERIAIS
PERMANENTES PARA O SISTEMA
SESP 3.3.90
010
1 10.000
TOTAL 510.000
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Publique-se. À Comissão de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 147/2015
Vitória, 06 de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Encaminho à apreciação dessa Assembleia Legislativa o anexo Projeto de Lei em que solicito a abertura de
Crédito Especial no valor de R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais), em favor da Secretaria de Estado da
Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca – SEAG, visando incluir no Orçamento vigente a Ação Apoio a
Implantação de Infraestrutura Hídrica no Meio Rural do Espírito Santo na Unidade Orçamentária 31.101 -
Administração Direta, para atender despesas com a construção de barragens e obras de infraestrutura hídrica,
conforme Anexo I do Projeto de Lei.
Os recursos necessários à execução do referido Crédito Especial serão provenientes de anulações parciais
de dotações orçamentárias constante do Anexo II do Projeto de Lei.
Desta forma, solicito a aprovação por essa Casa de Leis, do incluso projeto de lei que permitirá a
adequação do orçamento vigente às necessidades da Administração Pública Estadual.
13
Atenciosamente,
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
PROJETO DE LEI N.º 289/2015
Abre o Crédito Especial no valor de R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais), em favor da
Secretaria de Estado da Agricultura.
Art. 1º Fica aberto o Crédito Especial no valor de R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais), em favor da
Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca - SEAG, para inclusão no Orçamento
vigente da Ação Apoio a Implantação de Infraestrutura Hídrica no Meio Rural do Espírito Santo na Unidade
Orçamentária 31.101 - Administração Direta, conforme disposto no anexo I que integra a presente lei.
Art. 2º Os recursos necessários à execução do disposto no artigo 1º, serão provenientes de anulações
parciais de dotações orçamentárias, indicadas no anexo II desta lei.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
CRÉDITO ESPECIAL - ANEXO I -
SUPLEMENTAÇÃO
R$1,00
CÓDIG
O ESPECIFICAÇÃO NATUREZA F VALOR
31.000 SECRETARIA DE
ESTADO DA
AGRICULTURA,
ABASTECIMENT
O, AQÜICULTURA
E PESCA
31.101 ADMINISTRAÇ
ÃO DIRETA
2054400
011.029
APOIO A
IMPLANTAÇÃO DE
INFRAESTRUTUR
A HÍDRICA NO MEIO RURAL DO
ESPÍRITO SANTO
Despesas com construção de
barragens e obras de
infraestrutura hídrica 4.4.90
010
1
500.000
TOTAL
500.000
CRÉDITO ESPECIAL - ANEXO II - ANULAÇÃO
R$1,00
CÓDIG
O ESPECIFICAÇÃO NATUREZA F VALOR
31.000 SECRETARIA DE
ESTADO DA
AGRICULTURA,
ABASTECIMENT
O, AQÜICULTURA
E PESCA
31.101 ADMINISTRAÇ
ÃO DIRETA
2024308
533.360
APOIO À
INFRAESTRUTURA PARA
VALORIZAÇÃO DE
AÇÕES 3.3.50
010
1
250.000
R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E: R E S O L V E:
14
PRODUTIVAS E SOCIAIS DA
JUVENTUDE
RURAL
3.3.90
010
1
100.000
2012208
534.364
FORTALECIM
ENTO DE
ORGANIZAÇÕES NÃO ESTATAIS
PARA PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE
DESENVOLVIMEN
TO RURAL 3.3.50
010
1
150.000
TOTAL
500.000
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Publique-se. À Comissão de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO GOVERNADOR
MENSAGEM N.º 148/2015
Vitória, 06 de julho de 2015.
Senhor Presidente:
Encaminho ao exame dessa Casa de Leis o incluso Projeto de Lei que propõe duas alterações na Lei
Estadual de n.º 10.376, de 08.06.2015, que instituiu o Programa de Parcelamento Incentivado de Débitos Fiscais,
destinado a promover a regularização de débitos relativos à exigência de tributos ou de penalidades pecuniárias.
A primeira alteração diz respeito à possibilidade de redução das multas e dos juros no parcelamento de
débitos fiscais relacionados com o ICM e o ICMS, nas hipóteses previstas nas alíneas “b” do inciso III e na alínea
“c” do inciso IV do art. 77 da Lei n.º 7.000 de 27.12.2001, mesmo nos casos em que o crédito tributário esteja
inscrito em dívida ativa e/ou sendo objeto de discussão judicial, desde que a irregularidade que deu causa à
aplicação das multas tenha sido sanada pelo sujeito passivo.
A outra alteração proposta materializa mera correção de erro material veiculado no § 5.º do art. 5.º da Lei
Estadual de n.º 10.376, de 08.06.2015, referente a não aplicação da Seção IV do mencionado diploma normativo
não só às multas decorrentes de infração ao Código de Trânsito Brasileiro [conforme redação originária], mas
também às multas resultantes de infração às normas ambientais, em virtude do que estabelece a Lei Estadual de
n.º 7.058, de 18.01.2002.
Dessa forma, espero Senhor Presidente, a acolhida necessária à proposta vertente.
PAULO CESAR HARTUNG GOMES
Governador do Estado
PROJETO DE LEI N.º 291/2015
Altera a Lei n.º 10.376, de 08 de junho de 2015, para dispor sobre parcelamento de crédito
tributário e da não aplicação de multas às normas ambientais.
Art. 1º A Lei n.º 10.376, de 08 de junho de 2015, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 2.º [...]
§ 3.º [...]
III - Exclusivamente nas hipóteses previstas na alínea “b” do inciso III e na alínea “c” do inciso IV
do art. 77 da Lei n.º 7.000 de 27.12.2001, as reduções, mesmo que o crédito tributário esteja
15
inscrito em dívida ativa e/ou sendo objeto de discussão judicial, serão aplicáveis, cumulativamente,
para pagamento em cota única, sob condição resolutória de posterior comprovação das obrigações
de fazer a elas inerentes, observado o disposto no inciso II do art. 7.º desta Lei; e” (NR)
“Art. 5.º [...]
[...]
§ 5.º O disposto nesta Seção não se aplica às multas decorrentes de infração ao Código de Trânsito
Brasileiro, instituído pela Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997 e às multas decorrentes de
infração às normas ambientais, em virtude da aplicação da Lei de n.º 7.058, de 18 de janeiro de
2002.” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Publique-se. Após o cumprimento do artigo 120
do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Proteção ao Meio Ambiente e aos
Animais e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
PROJETO DE LEI N.º 281/2015
Proibe o porte de arma branca no âmbito do Estado do Espírito Eanto e dá outras providências.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
RESOLVE:
Art. 1°. É proibido em todo território do Estado do Espírito Santo o porte das seguintes armas brancas,
além daquelas previstas em outras legislações:
I - armas brancas destinadas usualmente à ação ofensiva, como faca, punhal, ou similares, cuja
lâmina tenha mais de 10 (dez) centímetros de comprimento, salvo quando as circunstâncias
justifiquem o fabrico, comércio ou uso desses objetos como instrumento de trabalho ou utensílios.
Art. 2º. O porte das armas de que trata esta lei sujeitam o infrator a multa no valor de 1.000 (hum mil) a
10.000 (dez mil) Valores de Referência do Tesouro Estadual - VRTEs, a critério da autoridade policial, sem
prejuízo da pena pelo crime ou contravenção correlato.
Parágrafo único - Caberá à Polícia Civil a autuação pela infração acima, devendo os valores decorrentes da
arrecadação com as multas serem recolhido ao Fundo Especial de Reequipamento da Policia Civil/ES.
Palácio Domingos Martins, 30 de junho de 2015.
HUDSON LEAL
Deputado Estadual - PRP
JUSTIFICATIVA
O Estado do Espírito santo vem registrando inúmeros crimes praticados com uso de armas brancas (facas,
canivetes, etc), o que pode até ser um reflexo da rigidez do Estatuto do Desarmamento, havendo várias reportagens
de grande repercussão expondo essa mazela.
Por outro lado, as declarações prestadas publicamente pelas autoridades da segurança revelam uma falta de
instrumentos legais para punir aqueles que portam armas brancas com o claro fim de cometer crimes.
Nesta linha, cabe lembrar o exemplo do Estado de São Paulo, onde há o Decreto estadual 6.911/35, e no
Estado do Rio de Janeiro a PL 435/2015 que proíbe o porte dessas espécies de armas brancas, convindo aqui
reproduzir posicionamento do Egrégio Superior Tribunal de Justiça a respeito:
16
“RECURSO ESPECIAL. PENAL. ART. 19 DA LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS. REVOGAÇÃO
PARCIAL. ART. 10 DA LEI n.º 9.437/97. SUBSISTÊNCIA DA CONTRAVENÇÃO QUANTO AO PORTE DE
ARMA BRANCA.
1. Com a edição da Lei n.º 9.437/97 (diploma que instituiu o Sistema Nacional de Armas e tipificou como
crime o porte não autorizado de arma de fogo), o art. 19 da Lei das Contravenções Penais foi apenas
derrogado,subsistindo a contravenção quanto ao porte de arma branca.
2. Recurso especial conhecido e provido”.
(STJ, R.Esp. n. 549.056, rel. Ministra LAURITA VAZ, DJU de 01.03.2004, p. 194).
Registre-se que o projeto de lei prevê que a multa não afasta a incidência do eventual crime ou
contravenção correlato, o que permitirá às autoridades policiais avaliar quanto à aplicação também da lei penal ao
caso concreto.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do
Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Segurança e de Finanças.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
PROJETO DE LEI N.º 282/2015
Dispõe sobre a Política Pública Estadual de Prevenção e Combate à Dengue.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
DECRETA:
Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Estado do Espirito Santo, a Política Pública Estadual de Prevenção e
Combate à Dengue.
§ 1º - A dengue é uma doença causada por um vírus e transmitida pela picada de um mosquito denominado
Aedes Aegypti.
§ 2º - A prevenção da doença e o seu combate, no que dispõe o “caput” deste artigo, tem por objetivo
orientar a população capixaba, desde as crianças até os idosos, a fim de reduzir ocorrências de óbitos,
internações hospitalares e a infestação por Aedes Aegypti nos Municípios.
Art. 2º - A Política Pública Estadual de Prevenção e Combate à Dengue terá como diretrizes:
§ 1º - Promover eventos institucionais nas escolas, em todos os níveis de ensino.
§ 2º - Elevar a consciência da população, para que haja uma disciplina em relação aos cuidados para se
prevenir a proliferação do mosquito, cuja picada pode levar à morte.
§ 3º - Qualificar os servidores estaduais na área de saúde, para as ações de diagnóstico, tratamento e
reabilitação de pacientes portadores da dengue.
§ 4º - Executar ações complementares, excepcionalmente, em caráter suplementar, quando constatada
necessária ajuda à ação municipal, assessorando tecnicamente os Municípios.
§ 5º - Analisar e divulgar informações relevantes para assegurar o cumprimento de indicadores de
qualidade da vigilância epidemiológica.
Art. 3º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 30 de junho de 2015.
JANETE DE SÁ
17
Deputada Estadual
JUSTIFICATIVA
O motivo desta proposição vem da nossa preocupação com o risco de uma epidemia em relação à dengue,
doença essa que leva à morte, se não houver os cuidados necessários. Ao chegar o verão, com as chuvas fortes da
estação, aumentam os riscos de novos focos de criação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus da
dengue.
O vírus se desenvolve dentro do mosquito Aedes Aegypti, ao picar uma pessoa contaminada. Desta forma,
após de 8 a 12 dias, o mosquito, até então sem vírus, passa a ser transmissor da doença e pica outra pessoa.
Segundo estatística publicada no site da Secretária Estadual de Saúde do Espirito Santo, foram notificados
15.291 casos de dengue entre 04 de janeiro e 20 de junho de 2015 no Espírito Santo. Destes, 313 são suspeitas da
forma grave, 15 são óbitos confirmados e 11 são óbitos sob investigação. No ano de 2014 foram notificados 24.944
casos da doença, sendo 524 suspeitas da forma grave e 20 óbitos confirmados, no período entre 29 de dezembro de
2013 e 03 de janeiro de 2015. Um aumento significativo e preocupante em comparação com o ano de 2014,
mormente se considerarmos que o período de chuvas fortes ainda não chegou, tendo inclusive a Secretaria de Saúde
alertado para o risco de aumento do índice nas regiões Caparaó, Norte, e Grande Vitória, devido as chuvas.
Na Região Metropolitana da Grande Vitória os Municípios que apresentam riscos de um novo surto são:
Guarapari e Viana, já no Caparaó os municípios mais preocupantes são Guaçuí e Ibatiba e, no norte, o município de
Colatina. Fica claro que existe a possibilidade de uma epidemia, o que gera custos elevados à saúde pública,
onerando o Estado com internações e tratamentos sucessivos.
Não é demais destacar ainda que a quantidade vultosa de casos de dengue afeta negativamente até a
economia do nosso Estado ao passo que são milhares de pessoas fora da combatividade produtiva de nossas
indústrias, comércio, prestação de serviço e outras atividades econômicas que ficam prejudicadas com a debilidade
física dos enfermos ou até com seu afastamento do labor, o que é muito comum.
Diante do exposto, estamos propondo a instituição da Política Pública Estadual de Prevenção e Combate à
Dengue por tratar-se de interesse comum e por que essa seja uma medida de grande relevância social, por isso,
peço o apoio aos meus ilustres pares, para aprovação do projeto de lei em tela.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Devolva-se à autora com base no art. 143, inciso
VIII, do Regimento Interno, por infringência ao art. 63, parágrafo único, incisos III e IV da Constituição Estadual.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
PROJETO DE LEI N.º 283/2015
Torna obrigatório às empresas privadas que utilizam motocicletas para entregas, atendimentos ou
transportes diversos, grafar o nome, o tipo sanguíneo e o fator RH nos capacetes de segurança dos
funcionários condutores no âmbito do Estado do Espírito Santo.
Art. 1º - As empresas privadas que fazem serviço de entrega, atendimento ou transporte utilizando
motocicletas ficam obrigadas a colocar nos capacetes de segurança, em lugar visível, o nome do funcionário
condutor, o seu tipo sanguíneo e o fator RH.
Art. 2º - A especificação do tipo sanguíneo e do fator RH deverão ser inscritas após o nome do funcionário.
Art. 3º - As empresas que utilizam condutores autônomos de motocicletas para efetuarem seus serviços de
entregas, atendimentos ou transportes diversos também deverão observar os preceitos desta Lei.
Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 03 de junho de 2015.
JANETE DE SÁ
Deputada Estadual - PMN
18
JUSTIFICATIVA
A iniciativa do presente Projeto de Lei encontra amparo no artigo 196 da Constituição Federal, que
preceitua que é dever do Estado garantir políticas que visem reduzir risco de doenças e outros agravos, com vistas a
promover, proteger e recuperar a saúde de nossos cidadãos.
Como é de conhecimento geral, os níveis de acidentes de trânsito em nosso Estado atingiram patamares
alarmantes, sendo os motociclistas as maiores vítimas de nossa violência no trânsito ante a fragilidade das
motocicletas e a consequente vulnerabilidade a que estão sujeitos.
Segundo estudos da organização MAPA DA VIOLÊNCIA, o Espírito Santo Ocupa a 8ª posição entre os
Estados com maior taxa de óbitos decorrentes de acidentes de trânsito. Em estudos consolidados foi constatado
que 35% (trinta e cinco por cento) das vítimas fatais estavam utilizando motocicleta.
É evidente que a presente medida visa dar celeridade e segurança no atendimento médico emergencial
necessário ao socorro dos motociclistas vítimas da violência no trânsito, facilitando as medidas a serem tomadas
pelos médicos.
Acreditamos que esta medida de saúde possibilitará maiores chances de sobrevivência aos motociclistas e
reduzirá os óbitos contribuindo para um trânsito mais pacifico.
Ante o exposto, e cientes da relevância da matéria, clamamos aos nobres pares desta Casa de Leis que, no
exercício de seu mister, o aprovem em todos os seus termos.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do
Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Saúde e de Finanças.
A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhora Presidenta, pela ordem! Recorro da decisão de V. Ex.ª ao Projeto Lei
n.º 282/2015, de minha autoria, para audiência do Plenário.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Defiro o pedido de recurso.
À Comissão de Justiça para oferecer parecer sobre o recurso
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
PROJETO DE LEI N.º 284/2015
Declara de Utilidade Pública o Centenário Clube Futebol.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
DECRETA:
Art. 1º - Fica declarada de Utilidade Pública Estadual o CENTENÁRIO CLUBE FUTEBOL.
Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, 30 de junho de 2015.
NUNES
Deputado Estadual - PT
JUSTIFICATIVA
O Centenário Futebol Clube é uma Entidade Civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica distinta
de seus associados e de duração indeterminada. O Clube, fundado em 06 de janeiro de 1929, na Praia do Canto, tem
por finalidade, dentro de suas possibilidades: 1. Desenvolver práticas Desportivas formais e informais; 2. Promover
atividades de caráter Desportivo, Educativo, Social, Cultural e Cívico; 3. Colaborar com Poder Público nas
atividades que desenvolver; 4. Manter intercambio social, cultural e desportivo com clubes congêneres e; 5. Marter
serviço desinteressado e gratuito acoletividade, desenvolvendo atividades com crianças, adolescentes, jovens e
idosos. Será prestado nas áreas educacional, cultural, artística, esportiva, lazer ou qualquer outra de natureza
filantrópica e em caráter geral e indiscriminado.
19
Dentre os projetos desenvolvidos pelo clube, destacamos a ESCOLINHA DE FUTEBOL
CENTENÁRIO que é um projeto de formação social que não visa lucro comercial por meio do esporte. O
importante é que as crianças estão tendo a oportunidade de estarem socializando-se, fazendo uma descoberta do
corpo em movimento, descobrindo o prazer do jogo e das brincadeiras, conhecendo direitos e deveres, tendo a
chance de sair das ruas e serem educadas pelo esporte. O desejo do trabalho é que mesmo que um dia não cheguem
a ser profissionais de futebol, serão sabedores de seu papel na sociedade: de homens e mulheres responsáveis, que
procurarão cumprir as suas obrigações graças a esse projeto de futebol de campo.
A concessão do título declaratório de utilidade pública é de extrema importância para a instituição, pois
somente com essa documentação poderá firmar parcerias com órgãos estaduais, viabilizando seu trabalho com
maior facilidade, principalmente a ampliação do atendimento à comunidade em geral.
Ante o exposto, estando evidenciada a relevância, o interesse público e a legalidade de que a matéria se
reveste, recomendamos a aprovação deste projeto.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Publique-se. Às Comissões de Justiça e de
Assistência Social, na forma do art. 276 do Regimento Interno.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DA DEPUTADA
PROJETO DE LEI N.º 285/2015
Dispõe sobre a Criação da Delegacia Contra Crimes de Maus Tratos e Proteção aos animais do
Estado do Espírito Santo.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
DECRETA:
Art. 1º Fica criada, na estrutura da Secretaria Estadual de Segurança Pública, a Delegacia Especial contra
crimes, maus tratos e proteção aos animais do Estado do Espírito Santo.
Art. 2º - Compete à Delegacia Especial o registro, a investigação, a abertura de inquérito e aplicação de
multas e penalidades e todos os demais procedimentos policiais necessários para a defesa dos animais contra
abusos, maus-tratos, venda ilegal, exposição indevida e outras condutas cruéis a qualquer tipo de animais.
Art. 3º - A Delegacia Especial deverá disponibilizar todos os meios necessários para o recebimento de
informações e denúncias sobre delitos contra animais, inclusive com linhas telefônicas 0800 e via internet.
Art. 4º - Os recursos necessários à implantação da Delegacia Especial serão os próprios já destinados no
Orçamento Geral do Estado para a Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Art.5º - Para dar cumprimento ao disposto nesta lei, os órgãos envolvidos poderão firmar convênios com
entidades públicas e/ou privadas, fundações, autarquias, organizações governamentais ou não governamentais da
área de defesa da fauna.
Art.6º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (sessenta) dias, editando normas
complementares necessárias à sua execução e fiscalização.
Art.7º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Sessões, 1.º de julho de 2015.
JANETE DE SÁ
Deputada Estadual
JUSTIFICATIVA
20
O tratamento cruel aos animais não podem continuar sem que haja meios eficazes de combate a esta
prática. Para tanto é necessário que o estado ofereça para a população mecanismos de denúncia e meios para coibir
a ação do ser humano contras animais, muitos destes indefesos.
A defesa dos animais está assegurada pelo artigo 32 da Lei Federal nº. 9.605/98 : É considerado crime
praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, doméstico ou domesticados, nativos ou
exóticos.
De acordo com a Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil), o princípio
básico nas relações homem-animal deve ser o de: ‘caber ao homem prover condições adequadas para a manutenção
das necessidades – físicas, psicológicas e comportamentais – do animal. Quando não se é capaz de garantir a
segurança do animal, este não deve ser mantido pelo homem’. No entanto não é o que acompanhamos diariamente
no âmbito nacional e estadual, animais são mutilados, abandonados, mantido em locais inadequados e isso acontece
porque não há uma prática de combate a este tipo de ação e por isso cada vez mais, se perpetua a banalização aos
crimes contra os animais.
É importante ressaltar que animais não são coisas, não podem ser abandonados ou jogados ao canto quando
se perde o encanto, o projeto de lei tem como principal objetivo assegurar que o cidadão possa ter seus animais de
estimação, mas se os tem, tem o dever de cuidá-lo.
A implantação desta Delegacia Contra Crimes de Maus Tratos e Proteção aos Animais é fundamental para
que uma investigação séria e responsável possa ocorrer e identificar criminosos como o que estava envenenando
cães em bairro da cidade de Vitória, com veneno de rato, uma vez que, atualmente quem faz essa investigação é a
Delegacia de Meio Ambiente, que tem poucos policiais e muitas atribuições, dentre eles investigar crimes contar
animais no Espirito Santo.
Dessa forma, requer-se a apreciação e aprovação do presente projeto, como forma de dar melhor e maior
atenção aos constantes casos de maus tratos a animais divulgados pela imprensa capixaba.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Devolva-se à autora com base no art. 143, inciso
VIII do Regimento Interno, por infringência ao art. 63, parágrafo único, incisos III e IV da Constituição Estadual.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
PROJETO DE LEI N.º 287/2015
Estabelece proibição e sanções para captura de imagem do de cujus por funcionário público no
exercício de sua função e por clínica ou laboratórios de tanatopraxia e de empresa na prestação
de serviços funerários.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
DECRETA:
Art. 1º É vedada a captura de imagens do de cujus por funcionário público no exercício de sua função e de
clínica ou laboratórios de tanatopraxia e de empresa na prestação de serviços funerários salvo por ordem judicial,
para fins de investigação penal ou para estudos acadêmicos ou científicos.
Art. 2º A conduta descrita no art. 1º acarretará:
I - Quando praticada por funcionário público, as penalidades previstas na Lei Complementar nº
46/1994;
II - Quando praticada por clínica ou laboratórios de tanatopraxia e de empresa na prestação de
serviços funerários, a cassação da inscrição estadual e multa de 50.000 (cinquenta mil) VRTE;
Art 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Domingos Martins, 02 de julho de 2015.
MARCELO SANTOS
Deputado Estadual
21
JUSTIFICATIVA
Com uma ampla exposição da mídia, uma parcela significativa da população brasileira conheceu e se
emocionou com as mortes trágicas do cantor Cristiano Araújo e de sua namorada, ocorridas nos últimos dias, em
acidente automobilístico.
Como era de se esperar, milhares de fãs manifestaram-se nas redes sociais, repudiando a conduta das
pessoas que teriam tirado as fotos e feito às filmagens, clamando por punição às mesmas e a imediata prisão delas.
Um ato irresponsável, impensado, antiético e sem discernimento por parte de quem tirou as fotos e gravou
os vídeos, merece sim ser punido, inclusive com indenizações à família do cantor e de sua namorada, bem como
com a demissão de tais pessoas, por justa causa, do hospital.
Sabe-se que a morte traz inúmeras implicações jurídicas sob os mais variados aspectos. Espalham-se as
normas regulando direitos sobre o cadáver, sepulturas e cemitérios, sepultamento e cremação de cadáveres,
remoção e trasladação de corpos, crimes contra o sentimento de respeito aos mortos, serviços funerários, registros
de óbitos e outros correlatos.
São normas de direito civil, administrativo, tributário, penal, processo penal, medicina legal, saúde pública,
todas atuando sem a sintonia necessária para se estabelecer a tão sonhada segurança jurídica.
A Constituição Federal trouxe no Art 1º, III, como fundamento do Estado Democrático de Direito, a
dignidade da pessoa humana. O professor Doutor em Direito e também Juiz de Direito Ingo Wolfgang Sarlet
conceitua a dignidade da pessoa humana:
[...] temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano
que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade,
implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que asseguram a
pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe
garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover
sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão
com os demais seres humanos.
Esta dignidade perdura mesmo após a morte. É a conclusão da juíza Cristiane Pederzolli Rentzsch, da 17ª
Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal:
“A dignidade da pessoa humana não abrange o ser humano, tão somente, em seu aspecto moral,
mas, também, em seu aspecto físico, no direito de ter seu corpo íntegro, seja durante a vida seja
após a sua morte (morte digna).”, DECISÃO Nº /2010 - PROCESSO Nº: 118-44.2010.4.01.3400.
A garantia constitucional da dignidade da pessoa humana abarca, inclusive, os parentes do de cujus que se
veem no sofrimento e angústia de poder dar um destino respeitável e de prestarem as últimas homenagens à
memória e ao corpo do seu ente querido.
Assim, fotografar um cadáver, seja pelo fato de estar em via pública ou num procedimento de tanatopraxia,
ou seja, preparação do cadáver para o velório ou funeral afim de evitar que o cadáver se transforme em um perigo
em potencial para a higiene e saúde pública, não é justificado por nenhum um ato acobertado por lei, pois é eivado
de vício moral que não legitima essa atitude. Além do desrespeito ao direito de imagem, isso só já basta para
preencher o preceito primário do art. 212, do Código Penal, pois guardar imagens de pessoas mortas, sem cunho
científico, mas apenas por uma vontade pessoal, é um procedimento penalmente punível. E se ainda divulgar a
imagem guardada poderá responder civilmente pelo dano moral sofrido pelos familiares do morto.
Contudo, quando essa ação é praticada por profissionais que lidam com estes corpos, deve-se ainda ter uma
punição administrativa a fim de desestimular estas condutas. Pois isto se trata de quebra do sigilo e do dever
funcional inerente a sua profissão.
Esta atitude não atinge apenas o de cujus, mas seus familiares ultrajando sua memória denigrindo o respeito
de boa lembrança, o sentimento e a veneração. Atinge a honra objetiva de seus familiares, a moralidade urbana e a
sociedade em geral, que não admitem um comportamento com ausência de cunho científico, mas meramente
corrompido que viraliza a imagem do cadáver sem nenhum respeito aos parentes da vítima.
O projeto em questão visa justamente inibir esta atitude e punir administrativamente aqueles que
desrespeitam estes direitos mencionados.
Por todos esses argumentos, submetemos a presente proposição a apreciação desta Egrégia Casa de Leis,
conclamando respeitosamente os meus nobres pares a aprovação da mesma.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do
Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Saúde e de Finanças.
22
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 061/2015, do Deputado Pr. Marcos
Mansur, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense a Sra. Edna Pantoja Omar da Costa Ferreira.
Publicado integralmente no DPL do dia 07 de julho de 2015. A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do
Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 062/2015, do Deputado Pr. Marcos
Mansur, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense a Sra. Andréia Soares Ramos. Publicado
integralmente no DPL do dia 07 de julho de 2015.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do
Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.º 063/2015, do Deputado Euclério Sampaio,
que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Lindomar Rafael Gonçalves. Publicado
integralmente no DPL do dia 07 de julho de 2015.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do
Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Resolução n.º 041/2015, da Mesa Diretora, que altera a
Resolução n.º 3.418, de 7.8.2013, que dispõe sobre o desenvolvimento funcional na carreira dos servidores da
Assembleia Legislativa do Estado - Ales, regulamentando a avaliação de desempenho, a progressão e a promoção e
dá outras providências. Publicado integralmente no DPL do dia 07 de julho de 2015.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do
Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e de Finanças e à Mesa Diretora.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 117/2015
PARECER DO RELATOR: Projeto de Decreto Legislativo n.º 02/2015
AUTOR: Deputado Estadual Sandro Locutor
ASSUNTO: Altera o art. 1º. do Decreto Legislativo no. 29/2014, que concedeu o título de cidadã Espírito-Santense
à Sra. Michelle Meira Costa.
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo de autoria do Exmo. Deputado Estadual Sandro Locutor, que
visa alterar o art. 1º. do Decreto Legislativo no. 29/2014, que concedeu o título de cidadã Espírito-Santense à Sra.
Michelle Meira Costa.
Na sua justificativa, o autor informa que a modificação faz-se necessária pelo fato de o nome da indicada
ao título de cidadã Espírito-Santense encontrar-se errado no Decreto Legislativo no. 29/2014.
A matéria foi protocolada em 17.03.2015 e lida no expediente da sessão do dia 18.03.2015. A Diretoria de
Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 06), ofertando sugestões apenas no tocante à redação proposta,
sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
23
parecer na forma do disposto no artigo 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Verifica-se a inconstitucionalidade formal quando ocorre algum tipo de vício no processo de formação das
normas, seja no processo legislativo de sua elaboração, seja em razão de sua elaboração por autoridade
incompetente.
Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato (inconstitucionalidade formal orgânica: competência da União, Estados e Municípios) ou do
procedimento de elaboração da norma.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(artigos 21 e 22); Municípios (artigos 29 e 30); e Estados (artigo 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passamos à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, como visa alterar dispositivo de Decreto Legislativo, a matéria deve ser
normatizada por meio da mesma espécie normativa, nos termos do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e
artigos 141, inciso III e 151 § 2º. , do Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
O desrespeito ao procedimento de elaboração da norma pode ocorrer, ainda, na fase de iniciativa, o
chamado vício de iniciativa, ou em qualquer outra fase do processo legislativo, como, por exemplo, na
inobservância do quorum de votação ou aprovação da espécie normativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo, na redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 23 de novembro de 2009.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação:
- regime inicial de tramitação da matéria: em princípio, deverá seguir o regime de tramitação
ordinário, nos termos do art. 1481 do Regimento Interno da ALES (Resolução n
o. 2.700/2009).
- quorum para aprovação da matéria: em linha com o art. 1942 do Regimento Interno da ALES
(Resolução no. 2.700/2009), as deliberações deverão ser tomadas por maioria simples dos membros
da Casa, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
- processo de votação a ser utilizado: conforme a inteligência do art. 200, l3, do Regimento
Interno, o processo de votação, em princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não
se enquadra entre aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao
processo de votação nominal, nos termos do artigo 202, do Regimento Interno.
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em questão.
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há que se falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas
Constituições Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa
julgada.
Como se trata de matéria atinente a alteração de dispositivo que trata de congratulação de cidadão que
trouxe benefícios relevantes à sociedade, também não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos nas
Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em questão não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
24
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar Federal nº 95/1998 recomenda a reserva de vigência na
data de sua publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009).
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a matéria.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, faz-se necessário observar as regras previstas na Lei
Complementar Federal nº 95/1998, que rege a redação dos atos normativos.
Nesse aspecto, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria de Redação (fl. 06), que
propõe o ajuste meramente redacional da proposição, razão pela qual adiro integralmente ao estudo técnico.
Ante o exposto, caso sejam adotadas as modificações propostas pela Diretoria de Redação, conclui-se que
projeto em tela observa a boa técnica legislativa e legislação de regência.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 117/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 002/2015 de autoria do Exmo. Deputado
Estadual Sandro Locutor.
Sala das Sessões, 19 de maio de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
Relator
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
1
Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:
I - de urgência;
II - ordinária;
III - especial.
2Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 3 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico; e
II - nominal;
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 75/2015
PARECER DO RELATOR: Projeto de Decreto Legislativo n.º 2/2015
AUTOR (ª): Deputado Sandro Locutor
EMENTA: “Altera o art. 1º do Decreto Legislativo nº 29, de 17.6.2014, que concedeu o Título de Cidadã Espírito-
Santense à Srª Michelle Meira Costa”
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 2/2015, de autoria do Deputado Sandro Locutor, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre “Altera o art. 1º do Decreto Legislativo nº 29/de 17.6.2014, que concedeu o
Título de Cidadã Espírito-Santense, à Srª Michelle Meira Costa.
A Mesa Diretora, em exercício de juízo de deliberação que lhe impõe o art. 120 do Regimento Interno
25
(Resolução nº 2.700/2009), proferiu o despacho de fls. 02, no qual admitiu a tramitação da proposição entendendo,
a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A proposição foi protocolada no dia 17 de março de 2015, e lida no expediente do dia 18 do mesmo mês e
ano. A matéria encontra-se publica no Diário do Poder Legislativo – DPL, do dia 25 de março de 2015, às fls.
62/63.
Encaminhado a douta Procuradoria para análise e parecer, na forma do art. 121 do Regimento Interno
(Resolução nº 2.700/2009), recebeu parecer pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica
legislativa, na Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para análise e parecer na forma do
artigo 41, inciso I, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), recebeu idêntico parecer nos termos do
Parecer nº 117/2015, às fls. 26/31. A matéria veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos
Humanos, na forma do artigo 52, do Regimento Interno (resolução nº 2.700/2009), para análise do mérito da
matéria.
É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.
PARECER DO RELATOR
Trata-se de Projeto de Lei nº 2/2015, de autoria do Deputado Sandro Locutor, que Altera o art. 1؟ do
Decreto Legislativo nº 29, de 17.6.2014, que concedeu o Título de Cidadã Espírito- Santense à Srª Michelle Meira
Costa.
Aduz o proponente em sua justificativa, que a presente alteração deve-se ao fato do nome da indicada à
época ao título de cidadão se encontrar errado. A solicitação para a devida alteração se faz neste novo processo para
que seja confeccionado um novo diploma para a homenageada.
Descrito o objeto da proposição, devemos ressaltar que o parecer desta Comissão abrange apenas a analise
de seu mérito, em conformidade com o artigo 52, inciso II do Regimento Interno, estando prejudicada qualquer
analise sob ponto de vista diverso, que compete às outras comissões, nos termos regimentais.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 75/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DE CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 2//2015, de autoria do Deputado Sandro Locutor, que
“Altera o art. 1º do Decreto Legislativo nº 29, de 17.6.2014, que concedeu o Título de Cidadã Espírito-Santense à
Michelle Meira Costa.” na forma do art. 276 do Regimento Interno. (Resolução 2.700/2009).
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 150/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 05/2015
Autora: Deputada Janete de Sá
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. LUCA LUNARDI”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa da Senhora Deputada Janete de Sá, cujo conteúdo,
em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. LUCA LUNARDI.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 04/05/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
26
Sessão Ordinária do dia 05/05/2015. Publicada no DLP- Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 06 de maio
de 2015, pg.7, fls. 06 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 05/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. LUCA LUNARDI.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
da autoria de qualquer Deputado ou da Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual
nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
27
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto pela parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, e também com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
O Sr. Luca Lunardi é italiano; casado; pai de três filhos; natural da cidade de Mantovo; tem 48 anos.
No município de Santa Leopoldina se estabeleceu e mantém a renomada e premiada Pizzaria e Restaurante
Lincontro, que ressaltou o nome do Espírito Santo para o Brasil, devido o destaque que sua pizza obteve com a
classificação no Festival Petrópolis Gourmet e pelo reconhecido Fispal Food Service (Feira Internacional de
Produtos e Serviços para Alimentação do Lar).
O homenageado destaca-se em sua função extremamente importante no interior do estado do Espírito Santo
com seu conceituado ramo comercial, estando no Estado estabelecido a mais de uma década.
Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. LUCA LUNARDI.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 150/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 05/2015, de autoria da Senhora Deputada Janete de Sá.
Plenário Rui Barbosa, 16 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente
ELIANA DADALTO
Relatora
JANETE DE SÁ
28
RAQUEL LESSA
EUCLÉRIO SAMPAIO
PADRE HONÓRIO
MARCELO SANTOS
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 57/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 05/2015
Autora: Deputada Janete de Sá
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. LUCA LUNARDI”.
I - RELATÓRIO
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 05/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. LUCA LUNARDI.
A matéria foi protocolada em 04/05/2015, lida no expediente do dia 05/05/2015.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria da Deputada Janete de Sá, visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. LUCA LUNARDI.
O Sr. Luca Lunardi é italiano; casado; pai de três filhos; natural da cidade de Mantovo; tem 48 anos.
No município de Santa Leopoldina se estabeleceu e mantém a renomada e premiada Pizzaria e Restaurante
Lincontro, que ressaltou o nome do Espírito Santo para o Brasil, devido o destaque que sua pizza obteve com a
classificação no Festival Petrópolis Gourmet e pelo reconhecido Fispal Food Service (Feira Internacional de
Produtos e Serviços para Alimentação do Lar).
O homenageado destaca-se em sua função extremamente importante no interior do estado do Espírito Santo
com seu conceituado ramo comercial, estando no Estado estabelecido a mais de uma década.
Por tudo aqui exposto e pela relevância dos trabalhos prestados pelo Sr. LUCA LUNARDI é que se
justifica a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense que se objetiva conceder através deste Projeto de
Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III – PARECER N.º 57/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 05/2015, de autoria da Deputada Janete de Sá.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente
DARY PAGUNG
Relator
SERGIO MAJESKI
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
29
PARECER N.º 181/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo nº 10/2015
Autora: Deputada Janete de Sá
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª. Mônica Pretti Haynes”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa da Deputada Janete de Sá, cujo conteúdo, em síntese,
dispõe sobre a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª. Mônica Pretti Haynes.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 26/05/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 27/05/2015. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL – edição do dia 28 de
maio de 2015, à página 02, fl. 06 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 10/2015 visa conceder Título de Cidadã Espírito-
Santense à Srª. Mônica Pretti Haynes.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
30
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim
como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que a autora apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
Nascida em 02/07/1963, no Estado do Rio de Janeiro, veio para o Estado do Espirito Santo, terra natal de
sua mãe Maria Thereza Pretti Haynes em janeiro de 1978, após o falecimento de seu pai Allan Haynes.
Estudou no Colégio Sacre Couer de Marie e passou no vestibular de direito UFES em 1982. Formada em
direito em 1990, foi defensora pública de outubro de 1990 a agosto de 1996, quando foi aprovada no concurso para
analista judiciário no E. TRT da 17ª Região, onde até a presente data trabalha.
Atualmente é assistente do Juiz Titular da 2ª Vara do Trabalho de Guarapari-ES, a primeira no estado do
espírito santo totalmente eletrônica. Foi presidente do SINPOJUFES de julho de 1999 a fevereiro de 2003.
Era presidente do SINPOJUFES quando houve um movimento FICA TRT em 2002. Casou-se em 1984
com Sergio Marques Bellotti, com quem teve 2 filhos, Lygia Haynes Bellotti e Sergio Haynes Bellotti.
Mãe de Lygia Haynes Bellotti, formada em comunicação social pela UFES, tem 29 anos é casada com
Rodrigo Piltz e empresária no ramo de comunicação , sendo uma das diretoras da empresa RESULTATE e de
Sergio Haynes Bellotti que é formado em engenharia ambiental pela Faesa.
No que tange à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª. Mônica Pretti Haynes.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 181/2015
31
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 10/2015, de autoria da Deputada Janete de Sá.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 22/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 10/2015
Autora: Deputada Janete de Sá
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª. Mônica Pretti Haynes”.
I - RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 10/2015, de autoria da Deputada Janete de Sá, visa conceder o Título
de Cidadã Espírito-Santense à Srª. Mônica Pretti Haynes.
A matéria foi protocolada em 26/05/2015, lida no expediente do dia 27/05/2015, e encontra-se publicada no
Diário do Poder Legislativo do dia 28/05/2015, à página 02, fl. 06 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria da Deputada Janete de Sá, visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense
à Srª. Mônica Pretti Haynes.
Nascida em 02/07/1963, no Estado do Rio de Janeiro, veio para o Estado do Espirito Santo, terra natal de
sua mãe Maria Thereza Pretti Haynes em janeiro de 1978, após o falecimento de seu pai Allan Haynes.
Estudou no Colégio Sacre Couer de Marie e passou no vestibular de direito UFES em 1982. Formada em
direito em 1990, foi defensora pública de outubro de 1990 a agosto de 1996, quando foi aprovada no concurso para
analista judiciário no E. TRT da 17ª Região, onde até a presente data trabalha.
Atualmente é assistente do Juiz Titular da 2ª Vara do Trabalho de Guarapari-ES, a primeira no estado do
espírito santo totalmente eletrônica. Foi presidente do SINPOJUFES de julho de 1999 a fevereiro de 2003.
Era presidente do SINPOJUFES quando houve um movimento FICA TRT em 2002. Casou-se em 1984
com Sergio Marques Bellotti, com quem teve 2 filhos, Lygia Haynes Bellotti e Sergio Haynes Bellotti.
Mãe de Lygia Haynes Bellotti, formada em comunicação social pela UFES, tem 29 anos é casada com
Rodrigo Piltz e empresária no ramo de comunicação , sendo uma das diretoras da empresa RESULTATE e de
Sergio Haynes Bellotti que é formado em engenharia ambiental pela Faesa.
Por tudo aqui exposto e pela relevância dos trabalhos prestados pela Srª. Mônica Pretti Haynes é que se
justifica a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense que se objetiva conceder através deste Projeto de
Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
32
PARECER N.º 22/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 10/2015, de autoria da Deputada Janete de Sá.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 187/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 11/2015
Autora: Deputada Janete de Sá
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Gudialace Silva de Oliveira”
.
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 11/2015, de autoria da Deputada Janete de Sá. A matéria
passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 1º/06/2015. A matéria foi
publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 02 de junho de 2015. Passado pelo crivo da Diretoria de Redação,
onde sofreu correções, às quais adoto, por ser pertinente.
A justificativa dando conta do currículo do homenageado encontra-se devidamente assinada pelo autor,
indica que o Sr. Gudialace Silva de Oliveira é natural do Estado de Minas Gerais e reside no Município de Vila
Velha no Estado do Espírito Santo. Exercendo sua missão religiosa como Padre de várias comunidades.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 11/15, veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público
e Redação para análise e elaboração de parecer quanto aos aspectos da constitucionalidade, juridicidade, legalidade
e técnica legislatibva. Designado para oferecer o parecer; passo ao exame da matéria para atender o disposto no art.
41, I, do Regimento Interno.
É o relatório
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
DA ANÁLISE DO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE, FORMAL E MATERIAL, JURIDICIDADE,
LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA.
Aqui estamos a tratar da concessão de um Título de Cidadão. O Título de Cidadão equipara a pessoa
homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser tratada como um conterrâneo, mesmo que não
tenha nascido em nosso Estado.
Para que seja concedida tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ele fez sem visar lucros,
interesses pessoais ou profissionais em defesa do povo do Estado do Espírito Santo, desde que um Deputado
Estadual indique seu nome a apreciação dos demais membros do Colegiado Legislativo quando chegar ao Plenário.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 11/15, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr.
Gudialace Silva de Oliveira. Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria de competência
estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública
estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista nos artigos 25, § 1º, da Constituição
Federal.
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos 56, XXIX (Redação dada pela EC. nº 62/09) e 61, IV, todos da Carta Estadual
e art. 151, § 2º, do Regimento Interno desta Casa de Leis que a espécie normativa adequada é o Decreto
Legislativo.
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
33
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
No que tange ao aspecto da constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que, a princípio, a
competência é da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, conforme ditames do Regimento
Interno, (Resolução nº 2.700/09). Quanto ao quorum para aprovação da matéria na Comissão e o respectivo
processo de votação são de maioria simples e processo de votação nominal.
Após análise dos aspectos constitucionais formais, resta-nos analisar os aspectos materiais, comparando as
regras do projeto com os preceitos constitucionais. Assim, as normas introduzidas no referido projeto encontram
compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições: CF/88 e CE/ES, bem como de legislação
infraconstitucional pertinente. Respeitados estão, os direitos e garantias previstos no art. 5º, CF/88, também, o
direito adquirido, ato jurídico perfeito, coisa julgada e princípio da isonomia.
O Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos previstos no RI, bem como no art. 1º,
caput, da Lei Estadual nº 7.832/04 (alterada pela Lei nº 8.957, de 21.07.2008), visto que o homenageado presta
relevantes serviços à comunidade capixaba, verbis:
Lei Estadual nº 7.832/04
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o
atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela
Lei Complementar Federal nº 107/01, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre deve ser aplicado ao
projeto em análise.
Não resta dúvida que o agraciado é merecedor da concessão do Título de Cidadania, eis que, conforme
consta da justificativa do Projeto, o Padre Gudialace é natural do Minas Gerais, dedicando a sua vida pastoral ao
povo capixaba, em especial atualmente do Município de Vila Velha, onde exerce a missão da evangelização,
que tem um significado muito rico. Em sentido amplo, esse resume toda a missão da Igreja, porque toda a sua vida
consiste em realizar o anúncio e a transmissão do Evangelho.
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão de autoria da Deputada
Estadual Janete de Sá.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Gudialace Silva de Oliveira.
34
Quanto à vigência do decreto legislativo, a Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei
Complementar nº. 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se
tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua
publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal, não havendo reparo a ser
feito.
É necessário observar, ainda, que a data da entrada em vigor do Decreto Legislativo em análise, é a partir
da sua publicação no Diário Oficial do Poder Executivo. O artigo 8º, § 1º, da Lei Complementar nº 95 de 1998,
que sofreu alterações, prescreve que a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período
de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo. Obedecendo ao princípio da
territorialidade, (em razão da soberania estatal, a norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado
que a editou, (LICC, arts. 8º e 9º), e à vigência da lei no tempo: a obrigatoriedade só surge com a publicação no
Diário Oficial; sua força obrigatória está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começar a vigorar.
Portanto, opinamos pela Constitucionalidade e Legalidade do Projeto de Decreto Legislativo nº 01/2015, de
autoria da Deputada Janete de Sá, com fundamento nos artigos 25, § 1º, da Constituição Federal e 56, XXIX
(Redação dada pela EC. nº 62/09), 61, IV e 63, caput, da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional
pertinente, em especial, a Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pela Lei nº 8.957/08.
Pelas razões supra, conclui-se pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
Projeto de Decreto Legislativo n° 11/2015, de autoria da Deputada Estadual Janete de Sá com a seguinte redação:
“Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Gudialace Silva de Oliveira.
Art. 2º - Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação
Por tais razões e na qualidade de relator do Projeto de Decreto Legislativo nº 01/2015, sugerimos aos
demais pares do seguinte:
PARECER N.º 187/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 11/2015,
de autoria da Deputada Estadual Janete de Sá.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 60/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 11/2015
Autora: Deputada Janete de Sá
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Gudialace Silva de Oliveira.
I - RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 11/15, de autoria da Deputada Janete de Sá, visa conceder o Título de
Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Gudialace Silva de Oliveira.
A matéria foi protocolizada em 1º/06/2015, lida no expediente do dia 02/06/2015. Veio acompanhada da
justificativa expondo as razões da propositura.
A propositura recebeu Parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
35
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria da Deputada Janete de Sá, visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Gudialace Silva de Oliveira, com a justificativa dando conta das razões pelas quais pretende
demonstrar a seus pares da oportunidade de homenagear uma pessoa de outro Estado.
O Sr. Guadialace é natural do Estado do Minas Gerais, reside em Vila Velha – Espírito Santo, onde presta
relevantes serviços a sociedade capixaba, na área religiosa onde exerce seu mister de Padre.
Não resta dúvida que o agraciado é merecedor da concessão do Título de Cidadania, eis que, conforme
consta da justificativa do Projeto, tem dedicado parte de a sua vida pregando o evangelho, como Padre da Igreja
Católica Romana. Uma vez que cidadão honorário é um título entregue a uma pessoa importante, por prestar
favores que ajudem no desenvolvimento social local. A pessoa homenageada passa a ser conterrânea da terra natal,
mesmo que não tenha nascido ou não resida no local que lhe agraciou com a honraria. O título de cidadão é
concedido, pela Assembleia Legislativa do Estado.
E como Padre no Município de Vila Velha, trabalha e incentiva as obras sociais, não deixa de participar de
movimentos no sentido do resgate permanente da cidadania. Enquadra-se dentro dos requisitos exigidos pela
Comissão da Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, que tem como missão examinar quanto ao mérito de
proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense.
Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação do Projeto em comento,
por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do
Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009.
Portanto, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 60/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO
do Projeto de Decreto Legislativo nº 11/2015, de autoria da Deputada Janete de Sá.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 186/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 12/2015
Autora: Deputada Eliana Dadalto
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Renato Souza Ribeiro”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto ao mérito da proposição legislativa em epígrafe, de
iniciativa da Senhora Deputada Eliana Dadalto, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de
Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Renato Souza Ribeiro.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 08/04/2014, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 14/04/2014. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL – edição do dia 15 de
abril de 2014, à página 01, fl. 07 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
36
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 12/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Renato Souza Ribeiro.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim
37
como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004. O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de 30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º, posto que a autora apresenta na justificativa do Projeto os serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
Na sua justificativa, a autora do projeto destaca: Renato Souza Ribeiro, “começou a sua vida profissional em 1981 trabalhando no escritório de Contabilidade do Dr. Antonio Pereira da Silva até abril de 1985, depois trabalhou no Grupo Irmãos Pianna e Lojas Danúbio no setor de Recursos Humanos, sendo que em 18/07/1988 ingressou na empresa Lasa Linhares Agroindustrial S/A, sendo uma das maiores empregadoras do Município de Linhares, onde continua até hoje, exercendo atualmente o cargo de Gestor Administrativo/Recursos Humanos, sendo o responsável direto por todo processo de recrutamento e seleção, desenvolvimento e qualificação dos colaboradores, cargos e salários, administração de toda área trabalhista, preposto e procurador da empresa, responsável pelo gerenciamento e acompanhamento dos programas Sociais da empresa tais como: gerenciamento do atendimento médico ambulatorial na empresa, convênios com farmácias, laboratórios de análises clinicas, clinicas médicas, clinicas de exames por imagem e etc.., programa de alimentação através de fornecimento de refeições e cestas básicas para atendimento aos colaboradores e seus dependentes, bem como programa educacional aos Colaboradores da empresa, gerenciamento do programa jovem aprendiz junto ao Senai e Senar contemplando atualmente 44 aprendizes menores de 18 anos, o programa de aprendizagem do Senar é desenvolvido em parceria com o Projeto Meninos da Terra instituição que abriga cerca de 180 menores de comunidades carentes que ficam localizadas no entorno da empresa”.
No que tange à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/01.
À folha 08 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Renato Souza Ribeiro
Ex positis, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 12/2015, deve ser aprovado no exame de
mérito, o que nos leva a sugerir aos demais membros desta Comissão o seguinte:
PARECER N.º 186/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 12/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
38
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 61/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 12/2015
Autora: Deputada Eliana Dadalto
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Renato Souza Ribeiro”.
RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto ao mérito da proposição legislativa em epígrafe, de
iniciativa da Senhora Deputada Eliana Dadalto, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a concessão do Título de
Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Renato Souza Ribeiro.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 01/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 02/06/2015, publicado no Diário deste Poder em 03/06/2015 à página 01, à fl. 07 dos
autos.
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de
mérito, atendendo à norma regimental estabelecida no art. 52 do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
O Projeto de Decreto Legislativo nº 12/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, cabendo a esta
Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do mérito.
Na sua justificativa, a autora do projeto destaca: Renato Souza Ribeiro, “começou a sua vida profissional
em 1981 trabalhando no escritório de Contabilidade do Dr. Antonio Pereira da Silva até abril de 1985, depois
trabalhou no Grupo Irmãos Pianna e Lojas Danúbio no setor de Recursos Humanos, sendo que em 18/07/1988
ingressou na empresa Lasa Linhares Agroindustrial S/A, sendo uma das maiores empregadoras do Município de
Linhares, onde continua até hoje, exercendo atualmente o cargo de Gestor Administrativo/Recursos Humanos,
sendo o responsável direto por todo processo de recrutamento e seleção, desenvolvimento e qualificação dos
colaboradores, cargos e salários, administração de toda área trabalhista, preposto e procurador da empresa,
responsável pelo gerenciamento e acompanhamento dos programas Sociais da empresa tais como: gerenciamento
do atendimento médico ambulatorial na empresa, convênios com farmácias, laboratórios de análises clinicas,
clinicas médicas, clinicas de exames por imagem e etc.., programa de alimentação através de fornecimento de
refeições e cestas básicas para atendimento aos colaboradores e seus dependentes, bem como programa
educacional aos Colaboradores da empresa, gerenciamento do programa jovem aprendiz junto ao Senai e Senar
contemplando atualmente 44 aprendizes menores de 18 anos, o programa de aprendizagem do Senar é
desenvolvido em parceria com o Projeto Meninos da Terra instituição que abriga cerca de 180 menores de
comunidades carentes que ficam localizadas no entorno da empresa”.
Destarte, o agraciado é merecedor da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense, eis que, consoante
consta da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo ora em análise, presta serviços relevantes em sua área de
atuação.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo,
exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação sobre a conveniência e a oportunidade acerca da
concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Renato Souza Ribeiro.
Ex positis, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 12/2015, deve ser aprovado no exame de
mérito, o que nos leva a sugerir aos demais membros desta Comissão o seguinte:
PARECER N.º 61/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 12/2015, de autoria da Senhora Deputada Eliana Dadalto.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
39
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 185/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 13/2015
Autora: Deputada Eliana Dadalto
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Tânia Maria Cordeiro”.
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 13/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, concede à Irmã Tânia
Maria Cordeiro o título de Cidadã Espírito-Santense.
Na justificativa de fls. 03, a autora informa a trajetória de vida da pretensa agraciada.
A matéria foi protocolada em 01/06/2015, lida no expediente do dia 02/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 03/06/2015 (fls. 06 e 07).
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do
Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas. Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da
competência legislativa para a elaboração do ato ou do procedimento de elaboração da norma.
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro remanesce para o Estado a
competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passo à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quórum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
O quórum de votação, no caso em tela, é de maioria absoluta dos membros, mais de 50% (cinquenta por
cento) dos membros (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa -
Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009). O quórum de aprovação do Decreto Legislativo é de maioria simples
ou relativa, ou seja, mais de 50% (cinquenta por cento) dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194
do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de Decreto Legislativo
em apreço.
40
2.2 DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não há violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3 DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente publicado,
consoante o artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4 DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 08), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98 e às
Normas para Padronização dos Atos Legislativos estabelecidas pela Secretaria Geral da Mesa.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 185/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de
Decreto Legislativo nº 13/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, que Concede Título de Cidadã Espírito-
Santense à Sra. Tânia Maria Cordeiro
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
41
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 23/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 13/2015
Autora: Deputada Eliana Dadalto
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Tânia Maria Cordeiro”.
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 13/2015, de autoria da Deputada Eliana Coelho, visa conceder Título
de Cidadã Espírito–Santense à Sra. Tânia Maria Cordeiro.
Na sua justificativa, a autora do Projeto informa a trajetória de vida da Irmã Tânia Maria Cordeiro , nascida
na cidade de Campos dos Goytacazes/RJ.
A matéria foi protocolada em 01/06/2015, lida no expediente do dia 02/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 03/06/2015 (fls. 06 e 07).
A diretoria de Redação manifestou às fls. 08 sugerindo alterações na redação do Projeto de Decreto
Legislativo.
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de
mérito, atendendo normas regimentais estabelecidas no Artigo 52, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa
do Espírito Santo (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 013/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, foi analisado
anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça quanto à sua constitucionalidade e legalidade, cabendo a
esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do
mérito.
A agraciada, que é membro da Congregação Salesianas “Filhas de Maria Auxiliadora”, é merecedora da
concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense, consoante consta da justificativa do Projeto de Decreto
Legislativo ora em análise, pois presta relevantes serviços à população deste Estado, conforme informa a justifica
constante da propositura:
Professora e pedagoga em diversas escolas da Congregação Salesianas, bem como em Escolas
Públicas de Vitória (1990), Cariacica (1991 a 1997), Gestora em vários projetos sociais:
Cariacica/ES, Belford Roxo/RJ, Nova Iguaçu/RJ e Linhares/ES a partir do ano de 2006 até a
presente data. Irmã Tânia Maria Cordeiro, atua como militante na área social como membro efetiva
dos Conselhos municipais da Assistência Social e da Criança e Adolescentes em Linhares,
prestando diversos trabalhos de relevância para o nosso município e que se reflete no Estado do
Espírito Santo.
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, aprovando a presente concessão.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo,
exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação e conveniência acerca da concessão do Título de
Cidadão Espírito-Santense à Sra. Tânia Maria Cordeiro.
Em face do exposto, concluo que o Projeto de Decreto Legislativo nº 013/2015, atende aos pressupostos
quanto ao mérito e também aos requisitos do art. 52 da Resolução nº 2.700/09, onde destaca que compete à
Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, opinar sobre tal assunto, razão pela sugiro a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 23/2015
42
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 013/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 184/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 14/2015
Autora: Deputada Eliana Dadalto
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura”.
Relatório
O Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, cujo conteúdo, em
síntese, dispõe sobre conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura.
A proposição foi protocolada no dia 01 de junho de 2015, lida na Sessão Ordinária do dia 02 do mesmo
mês e ano. A presente proposição encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL, do dia 03 de junho
de 2015, à pág. 02/03.
Aduz a justificativa que o homenageado, “nasceu na cidade de Araguari, Estado de Minas Gerais, tem
formação acadêmica o curso de bacharel em Serviço Social, atuou como Coordenador da Agência do Trabalhador
(SINE) em Linhares. Desde o ano de 2000, coordena o Grupo Resgate São Francisco de Assis, na recuperação e
prevenção ao uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas, Tem ainda participado de vários cursos, Capacitação e
Seminários conforme demonstra na justificativa de seu currículo, como: participação do Seminário de Políticas
Públicas de emprego, Trabalho e Renda no Espírito Santo e seus Desafios Frente à Crise Econômica; Conferência
de Planejamento Estratégico da Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência e Desenvolvimento social –
SETADES; Participação na primeira capacitação de atos envolvidos na política pública de emprego, trabalho e
renda no Espírito Santo, pela Secretaria de Estado do Trabalho Assistência e Desenvolvimento Social; participação
ainda ativa nos Conselhos: Municipal de Assistência Social, como Conselheiro Municipal de Saúde e Conselheiro
Sobre Drogas, no município de Linhares, e outros, conforme já dito acima descrito no seu currículo da justificativa.
Sendo homenageado no ano de 2010,com a medalha Caboclo Bernardo, criado pela Resolução nº 2445/2007, pela
Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.
O presente Projeto foi encaminhado a douta Procuradoria para exame e parecer na forma do art. 121 do
Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), recebeu parecer pela sua constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa, vindo a esta Comissão de Constituição e Justiça Serviço Público e Redação
para analise e parecer na forma do artigo 41, inciso I do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009).
É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.
PARECER DO RELATOR
Da análise quanto ao aspecto da legalidade, da constitucionalidade formal e material, da juridicidade
e da técnica legislativa
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, tem a
seguinte ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura.”
Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria que diz respeito ao estado-membro,
uma vez que o Título de Cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual
através do Poder Legislativo.
Sobre o prisma da constitucionalidade, não há quaisquer obstáculos a serem invocados, eis que o Projeto de
Decreto Legislativo em epígrafe trata de matéria de competência legislativa remanescente, consoante o que dispõe
o art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
43
§ 1°- São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, § 2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
44
7.832/2004.
O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta de
seus membros, conforme art. 59 da Constituição Estadual e art. 194 do Regimento Interno.
O processo de votação a ser utilizado, inicialmente, deverá adotar a modalidade simbólica, por força dos
arts. 200, I, 201 do Regimento Interno. O regime inicial de tramitação será o ordinário - art. 148, II, do Regimento
Interno.
Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
tratados no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, o princípio da isonomia e da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
O presente Projeto de Decreto Legislativo não ofende o ordenamento jurídico infraconstitucional e
legislação específica geral.
Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o
atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela
Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu; vale lembrar
que a fl. 10 dos autos a DR se manifestou no que tange a técnica legislativa, o qual somos pelo seu acolhimento.
No que se refere à vigência da lei no tempo, assim dispõe ao art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, in
verbis:
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável
para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua
publicação” para as leis de pequena repercussão.
Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal.
Portanto, no tocante a juridicidade, constitucionalidade, legalidade e técnica legislativa, o Projeto não
encontra óbice que possa impedir sua regular tramitação.
À luz do que ficou posto, a análise restringe-se, tão somente, ao aspecto jurídico, pertencendo
exclusivamente à discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e oportunidade acerca
da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura.
Assim analisado, concluímos no sentido de que o Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2015, de autoria
da Deputada Eliana Dadalto, concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura, atende
aos pressupostos de legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo prosperar em
sua tramitação, por não conter vícios contrários à sua natureza, sugerindo aos demais membros desta Comissão a
adoção do seguinte:
PARECER N.º 184/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, do Projeto de Decreto Legislativo nº
14/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 24/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 14/2015
45
Autora: Deputada Eliana Dadalto
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura.”
RELATÓRIO
O presente Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura.
A proposição foi protocolada no dia 01 de junho de 2015, lida na Sessão Ordinária do dia 02 do mesmo
mês e ano. A presente proposição encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL, do dia 03 de junho
de 2015, à pág. 02/03.
Encaminhado a douta Procuradoria para análise e parecer, na forma do art. 121, do Regimento interno
(Resolução nº 2.700/2009), recebeu parecer pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica
legislativa. Em seguida foi encaminhado a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para
análise e parecer na forma do art. 41, inciso I do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009). Após análise pela
Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, a matéria veio a esta Comissão de Defesa da
Cidadania e dos Direitos Humanos, na forma do art. 52, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), para
análise do mérito da matéria.
É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.
Parecer do Relator
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, tem a
seguinte ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura.”
Aduz a justificativa que o homenageado, “nasceu na cidade de Araguari, Estado de Minas Gerais, tem
formação acadêmica o curso de bacharel em Serviço Social, atuou como Coordenador da Agência do Trabalhador
(SINE) em Linhares. Desde o ano de 2000, coordena o Grupo Resgate São Francisco de Assis, na recuperação e
prevenção ao uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas, Tem ainda participado de vários cursos, Capacitação e
Seminários conforme demonstra na justificativa de seu currículo, como: participação do Seminário de Políticas
Públicas de Emprego, Trabalho e Renda no Espírito Santo e seus Desafios Frente à Crise Econômica; Conferência
de Planejamento Estratégico da Secretaria de Estado do Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social –
SETADES; Participação na primeira capacitação de atos envolvidos na política pública de emprego, trabalho e
renda no Espírito Santo, pela Secretaria de Estado do Trabalho Assistência e Desenvolvimento Social; participação
ainda ativa nos Conselhos: Municipal de Assistência Social, como Conselheiro Municipal de Saúde e Conselheiro
Sobre Drogas, no município de Linhares, e outros, conforme já dito acima descrito no seu currículo da justificativa.
Sendo homenageado no ano de 2010,com a medalha Caboclo Bernardo, criado pela Resolução nº 2445/2007, pela
Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.
Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria que diz respeito ao estado-membro,
uma vez que o Título de Cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual
através do Poder Legislativo.
Descrito o objeto da proposição, devemos ressaltar que o parecer desta Comissão abrange apenas a análise
de seu mérito, em conformidade com o artigo 52, do Regimento Interno, estando prejudicada qualquer análise sob
ponto de vista diverso, que compete às outras Comissões, nos termos regimentais.
O homenageado merece ser agraciado com o titulo proposto, pois, conforme consta da justificativa e
currículo de fls. 03/04, apresentada pelo proponente, que através de seu trabalho em prol da sociedade capixaba,
que é destinatária se seus serviços, nas missões desenvolvidas os frutos de seu trabalho resultaram conquistas
importantes, como a lei que criou a carreira jurídica da categoria e a lei de promoção.
Conceder o Título de cidadania a este renomado profissional, é um reconhecimento ao seu esforço,
dedicação e zelo que sempre trabalhou. Exemplo de perseverança que merece nossas homenagens.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 24/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 14/2015, de autoria da Deputada Eliana Dadalto, concede
Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Altamir Ribeiro de Moura.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
46
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 170/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 15/2015
Autor: Deputado Estadual Padre Honório
Assunto: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Monsenhor Emílio Gonzales Escalada”.
RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2015, de autoria do Exmo. Deputado Padre Honório visa conceder
ao Monsenhor Emílio Gonzales Escalada o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na sua justificativa, o autor informa a trajetória de vida do pretenso agraciado, que nasceu na província de
Navarra, Espanha e veio para o Brasil em 1970. Ainda seminarista, foi trabalhar na cidade de Pinheiros, no Norte
do Estado, como professor de Psicologia e Sociologia na Escola Normal Nossa Senhora de Lourdes. Trabalhou no
Norte do Estado do Espírito Santo como pároco em várias paróquias, primeiro como Padre e hoje como
Monsenhor, título eclesiástico de honra conferido pelo Papa a sacerdotes da Igreja Católica por serviços prestados à
Igreja ou pelo exercício de funções eclesiásticas de governo ou de diplomacia.
Formado em Filosofia e Teologia, é Mestre em Direito Canônico pela Universidade Gregoriana de Roma.
Desde 1992 reside na cidade de São Mateus onde desempenhou diversos cargos em nível diocesano.
Atualmente, estando a Diocese de São Mateus em "sede vacante", foi escolhido pelo Colégio dos Consultores e
referendado pelo Papa Francisco como Administrador Diocesano até a chegada de um novo bispo.
Todos esses títulos se devem aos importantes trabalhos prestados pelo Monsenhor Emílio no Estado do
Espírito Santo através das paróquias por onde passou e sua dedicação à comunidade e consequentemente ao Estado.
A matéria foi protocolada em 01.06.2015, lida no expediente do dia 02.06.2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 03.06.2015 (fl.07/08 dos autos).
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 09), ofertando sugestões apenas no
tocante à redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no art. 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Verifica-se a inconstitucionalidade formal quando ocorre algum tipo de vício no processo de formação das
normas, seja no processo legislativo de sua elaboração, seja em razão de sua elaboração por autoridade
incompetente.
A inconstitucionalidade formal orgânica decorre da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato. Faz-se necessário verificar, aqui, se a competência para elaboração do Projeto de Lei é da União,
do Estado ou de Município.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(arts. 21 e 22); Municípios (arts. 29 e 30); e Estados (art. 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois, nos termos do art. 25, § 1º1, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Dito isso, fica evidente que pode o Estado do Espírito Santo exercer competência legislativa para tratar da
matéria alvo do Projeto de Decreto Legislativo no.159/2015, não havendo, portanto, que se falar em
inconstitucionalidade por vício de competência, conforme art. 25, § 1º da CRFB/1988.
Superada a questão da competência legislativa, passa-se à análise da inconstitucionalidade formal
propriamente dita, que decorre da inobservância do devido processo legislativo. Neste ponto, deve-se verificar se
existe vício no procedimento de elaboração da norma, seja na fase de iniciativa (vício formal subjetivo), seja em
47
fases posteriores (vício formal objetivo).
Em relação à iniciativa para deflagrar a presente propositura, verifica-se que a matéria é de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, como determina o art. 56, inciso XXIX2, da Constituição Estadual. Além
disso, não se insere dentre aquelas cuja iniciativa é de competência privativa do Chefe do Executivo (art. 63,
parágrafo único3 da CE). Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia
com a Constituição Estadual.
Verificada a competência do Estado e a iniciativa parlamentar para tratar da matéria, passemos à análise do
procedimento para a elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV4, da Constituição Estadual, e artigos 141, inciso III
5 e 151 § 2º.
6 , do Regimento Interno da
Assembleia Legislativa. Como se trata de matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a ser
regulada por meio de decreto legislativo, esta não depende de sanção do Governador.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação:
- regime inicial de tramitação da matéria: em princípio, deverá seguir o regime de tramitação
ordinário, nos termos do art. 1487 do Regimento Interno da ALES (Resolução n
o. 2.700/2009).
- quorum para aprovação da matéria: em linha com o art. 1948 do Regimento Interno da ALES
(Resolução no. 2.700/2009), as deliberações deverão ser tomadas por maioria simples dos membros
da Casa, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
- processo de votação a ser utilizado: conforme a inteligência do art. 200, l9, do Regimento
Interno, o processo de votação, em princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não
se enquadra entre aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao
processo de votação nominal, nos termos do artigo 202, do Regimento Interno.
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em questão.
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há que se falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas
Constituições Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa
julgada.
Como se trata de matéria atinente a congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em questão não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno da Casa (Resolução nº 2.700/2009).
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a matéria.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, faz-se necessário observar as regras previstas na Lei
Complementar Federal nº 95/1998, que rege a redação dos atos normativos.
Nesse aspecto, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria de Redação (fl. 09), que
propõe o ajuste meramente redacional da proposição, razão pela qual adiro integralmente ao estudo técnico.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar Federal nº 95/1998 recomenda a reserva de vigência na
48
data de sua publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
Ante o exposto, caso sejam adotadas as modificações propostas pela Diretoria de Redação, conclui-se que
projeto em tela observa a boa técnica legislativa e legislação de regência.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 170/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2015 de autoria do Exmo. Deputado
Estadual Padre Honório, com adoção de Emenda.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. 2 Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição
normativa dos outros Poderes:
(...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
3 Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao
Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição. Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:
I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo ou aumento de sua remuneração;
II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar; III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;
IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de
militares para a inatividade; V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública;
VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo.
4 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...)
IV - decretos legislativos;
(...) 5 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições:
(...)
III - projeto de decreto legislativo; (...)
6 Art. 151. Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
7 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: I - de urgência;
II - ordinária;
III - especial. 8 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados.
9 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico; e II - nominal;
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 25/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 15/2015
Autor: Deputado Estadual Padre Honório
Assunto: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Monsenhor Emílio Gonzales Escalada”.
RELATÓRIO
49
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo de autoria do Exmo. Deputado Estadual Padre Honório, que visa
conceder ao Monsenhor Emílio Gonzales Escalada o Título de Cidadão Espírito-santense.
A matéria foi protocolada em 01.06.2015, lida no expediente do dia 02.06.2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 03.06.2015 (fl.07/08 dos autos).
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 09), ofertando sugestões apenas no
tocante à redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Após, a proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
manifestou-se pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto de decreto
legislativo.
Por derradeiro, vieram os autos a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
Analisando a justificativa apresentada pelo Exmo. Deputado Estadual Padre Honório, percebe-se que o
Monsenhor Emílio Gonzales Escalada é merecedor do Título de Cidadão Espírito-Santense, pois presta relevantes
serviços em prol da sociedade do Estado do Espírito Santo.
Consta na justificativa que o pretenso agraciado nasceu na província de Navarra, Espanha e veio para o
Brasil em 1970. Ainda seminarista, foi trabalhar na cidade de Pinheiros, no Norte do Estado, como professor de
Psicologia e Sociologia na Escola Normal Nossa Senhora de Lourdes. Trabalhou no Norte do Estado do Espírito
Santo como pároco em várias paróquias, primeiro como Padre e hoje como Monsenhor, título eclesiástico de honra
conferido pelo Papa a sacerdotes da Igreja Católica por serviços prestados à Igreja ou pelo exercício de funções
eclesiásticas de governo ou de diplomacia.
Formado em Filosofia e Teologia, é Mestre em Direito Canônico pela Universidade Gregoriana de Roma.
Desde 1992 reside na cidade de São Mateus onde desempenhou diversos cargos em nível diocesano.
Atualmente, estando a Diocese de São Mateus em "sede vacante", foi escolhido pelo Colégio dos Consultores e
referendado pelo Papa Francisco como Administrador Diocesano até a chegada de um novo bispo.
Todos esses títulos se devem aos importantes trabalhos prestados pelo Monsenhor Emílio no Estado do
Espírito Santo através das paróquias por onde passou e sua dedicação à comunidade e consequentemente ao Estado.
É incontestável, portanto, que o Monsenhor Emílio Gonzales Escalada presta relevantes serviços em prol
da sociedade do Estado do Espírito Santo, motivo pelo qual merece ser homenageado por esta Assembleia
Legislativa.
Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2015 atende aos pressupostos
de mérito para ser aprovado.
Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 25/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 15/2015, de autoria do Exmo. Deputado Estadual Padre
Honório.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 171/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 17/2015
Autor: Deputado Edson Magalhães
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Bomfim do Nascimento”.
50
I – RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Edson Magalhães, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Bomfim do
Nascimento.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 02/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 03/06/2015. Publicada no DLP - Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 08 de junho
de 2015, fl. 07 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 17/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. José Bomfim do Nascimento.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
51
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
da autoria de qualquer Deputado ou da Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual
nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto pelo parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, e também com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo homenageado.
Pelo que consta dos autos, o Sr. José Bomfim do Nascimento é brasileiro, casado, pai de cinco filhos,
dentre os quais 02 são adotivos, nascido na cidade de Chorrochó/BA.
Veio para o Estado do Espírito Santo, em 1975, ocasião na qual se instalou na cidade de Vitória ES, depois
morou em Cariacica até fixar residência definitiva em Guarapari ES no ano de 1977, com o propósito de dar
continuidade à brilhante carreira Militar.
A partir de então foi galgando promoções dentro da carreira Militar até o Posto de Comandante da 1ª
Companhia do 10º Batalhão da PM de Guarapari ES, com uma trajetória exemplar e pretendida por inúmeros
brasileiros, que almejam representar o Estado Brasileiro tão bem quanto o beneficiário deste Projeto de Lei, com
sensibilidade e visão social.
Ressalta-se que tendo em vista sua atuação em todas as áreas onde exerceu o seu mister, recebeu ao longo
da carreira várias condecorações, títulos e homenagens pela relevante história de vida em prol da segurança da
população do Espírito Santo, contribuindo consideravelmente na promoção do crescimento social .
Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 08 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
52
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Bomfim do Nascimento.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 171/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 17/2015, de autoria do Senhor Deputado Edson Magalhães.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 26/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 17/2015
Autor: Deputado Edson Magalhães
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Bomfim do Nascimento”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Edson Magalhães, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. José Bomfim do
Nascimento.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 02/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 03/06/2015. Publicada no DLP - Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 08 de junho
de 2015, fl. 07 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 17/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. José Bomfim do Nascimento.
Pelo que consta dos autos, o Sr. José Bomfim do Nascimento é brasileiro, casado, pai de cinco filhos,
dentre os quais 02 são adotivos, nascido na cidade de Chorrochó/BA.
Veio para o Estado do Espírito Santo, em 1975, ocasião na qual se instalou na cidade de Vitória ES, depois
morou em Cariacica até fixar residência definitiva em Guarapari ES no ano de 1977, com o propósito de dar
continuidade à brilhante carreira Militar.
A partir de então foi galgando promoções dentro da carreira Militar até o Posto de Comandante da 1ª
53
Companhia do 10º Batalhão da PM de Guarapari ES, com uma trajetória exemplar e pretendida por inúmeros
brasileiros, que almejam representar o Estado Brasileiro tão bem quanto o beneficiário deste Projeto de Lei, com
sensibilidade e visão social.
Ressalta-se que tendo em vista sua atuação em todas as áreas onde exerceu o seu mister, recebeu ao longo
da carreira várias condecorações, títulos e homenagens pela relevante história de vida em prol da segurança da
população do Espírito Santo, contribuindo consideravelmente na promoção do crescimento social .
Por tudo aqui exposto e pela relevância dos trabalhos prestados pelo Sr. José Bomfim do Nascimento é
que se justifica a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense que se objetiva conceder através deste Projeto
de Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III – PARECER N.º 26/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 17/2015, de autoria do Deputado Edson Magalhães.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 208/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 18/2015
Autor: Deputado Edson Magalhães
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laignier Neto.”
RELATÓRIO
Trata-se do presente Projeto de Decreto Legislativo nº 18/2015, de autoria do Deputado Edson Magalhães,
cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laignier Neto.
A proposição foi protocolada no dia 02 de junho de 2015, lida na Sessão Ordinária do dia 03 do mesmo
mês e ano. A presente proposição encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL, do dia 08 de junho
de 2015, à pág. 01/02.
Aduz a justificativa que o homenageado, “nasceu na cidade de Mutum, Estado de Minas Gerais, tem
formação acadêmica em medicina, atua como médico na cidade de Guarapari, onde desenvolve com grande
dedicação o seu mister. O homenageado veio para o Espírito Santo, em 1966, ocasião em que instalou sua
residência na cidade de Vitória, com o proposito de iniciar seus estudos na área de medicina. Estudioso da área de
radiologia, o mesmo foi autor e co-autor de diversas obras contribuindo consideravelmente na promoção do
crescimento social e de saúde no Espírito Santo. Instalou-se definitivamente na cidade de Guarapari onde
atualmente exerce suas atividades profissionais na área de medicina, dedicando todo o seu conhecimento em
benefício da população. Participante em diversos cursos e congressos, autor e co-autor de tema livre como “câncer
do cólon em pacientes jovens; aspectos radiológicos das neoplasias do cólon; alterações radiológicas na sífilis
congênita, entre outros, conforme demonstrado em seu curriculum.”
O presente Projeto foi encaminhado a douta Procuradoria para exame e parecer na forma do art. 121 do
Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), recebeu parecer pela sua constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa, vindo a esta Comissão de Constituição e Justiça Serviço Público e Redação
para analise e parecer na forma do artigo 41, inciso I do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009).
É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.
Parecer do Relator
Fundamentação
54
Da análise quanto ao aspecto da legalidade, da constitucionalidade formal e material, da juridicidade
e da técnica legislativa
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 18/2015, de autoria do Deputado Edson Magalhães, tem a
seguinte ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laignier Neto.”
Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria que diz respeito ao estado-membro,
uma vez que o Título de Cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual
através do Poder Legislativo.
Sobre o prisma da constitucionalidade, não há quaisquer obstáculos a serem invocados, eis que o Projeto de
Decreto Legislativo em epígrafe trata de matéria de competência legislativa remanescente, consoante o que dispõe
o art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1°- São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, § 2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
55
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta de
seus membros, conforme art. 59 da Constituição Estadual e art. 194 do Regimento Interno.
O processo de votação a ser utilizado, inicialmente, deverá adotar a modalidade simbólica, por força dos
arts. 200, I, 201 do Regimento Interno. O regime inicial de tramitação será o ordinário - art. 148, II, do Regimento
Interno.
Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
tratados no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, o princípio da isonomia e da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
O presente Projeto de Decreto Legislativo não ofende o ordenamento jurídico infraconstitucional e
legislação específica geral.
Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o
atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela
Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu; vale lembrar
que a fl. 10 dos autos a DR se manifestou no que tange a técnica legislativa, o qual somos pelo seu acolhimento.
No que se refere à vigência da lei no tempo, assim dispõe ao art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, in
verbis:
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável
para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua
publicação” para as leis de pequena repercussão.
Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal.
Portanto, no tocante a juridicidade, constitucionalidade, legalidade e técnica legislativa, o Projeto não
encontra óbice que possa impedir sua regular tramitação.
À luz do que ficou posto, a análise restringe-se, tão somente, ao aspecto jurídico, pertencendo
exclusivamente à discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e oportunidade acerca
da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laygnier Neto.
Assim analisado, concluímos no sentido de que o Projeto de Decreto Legislativo nº 18/2015, de autoria
do Deputado Edson Magalhães, concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laignier Neto, atende
aos pressupostos de legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo prosperar em
sua tramitação, por não conter vícios contrários à sua natureza, sugerindo aos demais membro desta Comissão a
adoção do seguinte:
PARECER N.º 208/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, do Projeto de Decreto Legislativo nº
18/2015, de autoria do Deputado Edson Magalhães.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
56
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 46/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 18/2015
Autor: Deputado Edson Magalhães
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laignier Neto.”
RELATÓRIO
Trata-se do presente Projeto de Decreto Legislativo nº 18/2015, de autoria do Deputado Edson Magalhães,
cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laignier Neto.
A proposição foi protocolada no dia 02 de junho de 2015, lida na Sessão Ordinária do dia 03 do mesmo
mês e ano. A presente proposição encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL, do dia 08 de junho
de 2015, à pág. 01/02.
O presente Projeto foi encaminhado a douta Procuradoria para exame e parecer na forma do art. 121 do
Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), recebeu parecer pela sua constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa, foi a Comissão de Constituição e Justiça Serviço Público e Redação para
analise e parecer na forma do artigo 41, inciso I do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), Após análise
pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, a matéria veio a esta Comissão de Defesa da
Cidadania e dos Direitos Humanos, na forma do art. 52, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), para
análise do mérito da matéria.
É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.
Parecer do Relator
Fundamentação
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 18/2015, de autoria do Deputado Edson Magalhães, tem a
seguinte ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laignier Neto.”
Aduz a justificativa que o homenageado, “nasceu na cidade de Mutum, Estado de Minas Gerais, tem
formação acadêmica em medicina, atua como médico na cidade de Guarapari, onde desenvolve com grande
dedicação o seu mister. O homenageado veio para o Espírito Santo, em 1966, ocasião em que instalou sua
residência na cidade de Vitória, com o proposito de iniciar seus estudos na área de medicina. Estudioso da área de
radiologia, o mesmo foi autor e co-autor de diversas obras contribuindo consideravelmente na promoção do
crescimento social e de saúde no Espírito Santo. Instalou-se definitivamente na cidade de Guarapari onde
atualmente exerce suas atividades profissionais na área de medicina, dedicando todo o seu conhecimento em
benefício da população. Participante em diversos cursos e congressos, autor e co-autor de tema livre como “câncer
do cólon em pacientes jovens; aspectos radiológicos das neoplasias do cólon; alterações radiológicas na sífilis
congênita, entre outros, conforme demonstrado em seu curriculum.”
Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria que diz respeito ao estado-membro,
uma vez que o Título de Cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual
através do Poder Legislativo.
Descrito o objeto da proposição, devemos ressaltar que o parecer desta Comissão abrange apenas a análise
de seu mérito, em conformidade com o artigo 52, do Regimento Interno, estando prejudicada qualquer análise sob
ponto de vista diverso, que compete às outras Comissões, nos termos regimentais.
O homenageado merece ser agraciado com o titulo proposto, pois, conforme consta da justificativa e
currículo de fls. 02v/06, apresentada pelo proponente, que através de seu trabalho em prol da sociedade capixaba,
que é destinatária se seus serviços, nas missões desenvolvidas os frutos de seu trabalho resultaram conquistas
importantes, como a lei que criou a carreira jurídica da categoria e a lei de promoção.
Conceder o Título de cidadania a este renomado profissional é um reconhecimento ao seu esforço,
dedicação e zelo que sempre trabalhou. Exemplo de perseverança que merece nossas homenagens.
57
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 46/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 18/2015, de autoria do Deputado Edson Magalhães,
concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Mário Laignier Neto.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 183/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 19/2015
Autor: Deputado Estadual Padre Honório
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Abel Taveira de Moraes Junior”
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 19/2015, de autoria do Deputado Padre Honório. A matéria
passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 03/06/2015. A matéria
foi publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 08 de junho de 2015. Passado pelo crivo da Diretoria de
Redação, onde sofreu correções, às quais adoto, por ser pertinente.
A justificativa acompanhada do currículo do homenageado encontra-se devidamente assinada pelo autor,
indica que o Sr. Abel Taveira de Moraes Junior é nasceu em Goiânia/GO e reside no Município de Vitória no
Estado do Espírito Santo. O Dr. Abel é Engenheiro Agrônomo.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 19/15, veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público
e Redação, para análise e oferecer o parecer quanto ao aspecto da constitucionalidade, juridicidade, legalidade e
técnica legislativa. Designado Relator, passo ao exame da matéria para atender o disposto no art. 41, I,, do
Regimento Interno.
É o relatório
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
DA ANÁLISE DO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE, FORMAL E MATERIAL, JURIDICIDADE,
LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA.
Aqui estamos a tratar da concessão de um Título de Cidadão. É preciso dizer que o Título de Cidadão
equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser tratada como um conterrâneo,
mesmo que não tenha nascido em nosso Estado.
Para que seja concedida tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ele fez sem visar lucros,
interesses pessoais ou profissionais em defesa do povo do Estado do Espírito Santo, desde que um Deputado
Estadual indique seu nome a apreciação dos demais membros do Colegiado Legislativo quando chegar ao Plenário.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 19/15, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Abel
Taveira de Moraes Junior. Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria de competência
estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública
estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista nos artigos 25, § 1º, da Constituição
Federal.
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos 56, XXIX (Redação dada pela EC. nº 62/09) e 61, IV, todos da Carta Estadual
e art. 151, § 2º, do Regimento Interno desta Casa de Leis que a espécie normativa adequada é o Decreto
58
Legislativo.
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
No que tange ao aspecto da constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que, a princípio, a
competência é da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, conforme ditames do Regimento
Interno, (Resolução nº 2.700/09).
Após análise dos aspectos constitucionais formais, resta-nos analisar os aspectos materiais, comparando as
regras do projeto com os preceitos constitucionais. Assim, as normas introduzidas no referido projeto encontram
compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições: CF/88 e CE/ES, bem como de legislação
infraconstitucional pertinente. Respeitados estão, os direitos e garantias previstos no art. 5º, CF/88, também, o
direito adquirido, ato jurídico perfeito, coisa julgada e princípio da isonomia.
O Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos previstos no RI, bem como no art. 1º,
caput, da Lei Estadual nº 7.832/04 (alterada pela Lei nº 8.957, de 21.07.2008), visto que o homenageado presta
relevantes serviços à comunidade capixaba, verbis:
Lei Estadual nº 7.832/04
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o
atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela
Lei Complementar Federal nº 107/01, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre deve ser aplicado ao
projeto em análise. Não resta dúvida que o agraciado é merecedor da concessão do Título de Cidadania, eis que,
conforme consta da justificativa do Projeto, o Engenheiro Agrônomo Abel
Taveira de Moraes Junior, é natural de Goiânia/GO, dedicando profissional e defensor da Agricultura
Orgânica, atuando com grande zelo na conscientização da sociedade sobre os malefícios dos agrotóxicos.
Dedicando-se a fazer um trabalho continuo como Fiscal Federal Agropecuário da Divisão de Política, Produção e
Desenvolvimento Agropecuário na Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do
Ministério da Agricultura no Estado do Espírito Santo..
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão de autoria do Deputado
Estadual Padre Honório.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadão Espírito-Santense ao Dr. Abel Taveira de Moraes Junior.
Quanto à vigência do decreto legislativo, a Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei
Complementar nº. 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se
59
tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua
publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal, não havendo reparo a ser
feito.
É necessário observar, ainda, que a data da entrada em vigor do Decreto Legislativo em análise, é a partir
da sua publicação no Diário Oficial do Poder Estado. O artigo 8º, § 1º, da Lei Complementar nº 95 de 1998,
que sofreu alterações, prescreve que a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período
de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo. Obedecendo ao princípio da
territorialidade, (em razão da soberania estatal, a norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado
que a editou, (LICC, arts. 8º e 9º), e à vigência da lei no tempo: a obrigatoriedade só surge com a publicação no
Diário Oficial; sua força obrigatória está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começar a vigorar.
Portanto, opinamos pela Constitucionalidade e Legalidade do Projeto de Decreto Legislativo nº 19/2015, de
autoria do Deputado Padre Honório, com fundamento nos artigos 25, § 1º, da Constituição Federal e 56, XXIX
(Redação dada pela EC. nº 62/09), 61, IV e 63, caput, da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional
pertinente, em especial, a Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pela Lei nº 8.957/08.
Pelas razões supra, conclui-se pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
Projeto de Decreto Legislativo n° 19/2015, de autoria do Deputado Estadual Padre Honório com a seguinte
redação:
“Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Abel Taveira de Moraes
Junior.
Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Como Relator, sou pela constitucionalidade, legalidade e boa técnica legislativa. Sugerindo aos demais
pares adoção do seguinte:
PARECER N.º 183/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 19/2015,
de autoria do Deputado Estadual Padre Honório.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 27/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 19/2015
Autor: Deputado Padre Honório
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Abel Taveira de Moraes Junior”
I - RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 19/15, de autoria do Deputado Padre Honório, visa conceder o Título
de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Abel Taveira de Moraes Junior..
A matéria foi lida no expediente da Sessão Ordinária do dia 03/06/2015. Veio acompanhada da
justificativa e currículo expondo as razões da propositura.
A propositura recebeu Parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
60
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Padre Honório, visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Abel Taveira de Moraes Junior, com a justificativa dando conta das razões pelas quais pretende
demonstrar a seus pares da oportunidade de homenagear uma pessoa de outro Estado.
O Sr. Abel é natural da cidade de Goiânia/GO, reside em Vitória – Espírito Santo, onde presta relevantes
serviços a sociedade capixaba, na área da agricultura e abastecimento do Ministério da Agricultura como
Engenheiro Agrônomo.
Não resta dúvida que o agraciado é merecedor da concessão do Título de Cidadania, eis que, conforme
consta da justificativa do Projeto, o Engenheiro Agrônomo Abel Taveira de Moraes Junior, é natural de
Goiânia/GO, dedicando profissional e defensor da Agricultura Orgânica, atuando com grande zelo na
conscientização da sociedade sobre os malefícios dos agrotóxicos. Dedicando-se a fazer um trabalho continuo
como Fiscal Federal Agropecuário da Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário na
Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Ministério da Agricultura no Estado do
Espírito Santo. O que leva-o a ser um cidadão que muito contribui para o desenvolvimento do nosso Estado.
Enquadra-se dentro dos requisitos exigidos pela Comissão da Defesa da Cidadania e dos Direitos
Humanos, que tem como missão examinar quanto ao mérito de proposição de concessão de Título de Cidadão
Espírito-Santense.
Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação do Projeto em comento,
por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do
Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009.
Portanto, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III– PARECER N.º 27/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO
do Projeto de Decreto Legislativo nº 19/2015, de autoria do Deputado Padre Honório.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 228/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 20/2015
Autor: Deputado Pastor Marcos Mansur
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. JOÃO RIBEIRO DE SOUZA COSTA JUNIOR”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Pastor Marcos Mansur, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. JOÃO RIBEIRO
DE SOUZA COSTA JUNIOR.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 02/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 03/06/2015. Publicada no DLP- Diário do Poder Legislativo do dia 08 de junho de 2015,
pg.02/03, fls. 06/07 dos autos.
61
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 020/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. JOÃO RIBEIRO DE SOUZA COSTA JUNIOR.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
da autoria de qualquer Deputado ou da Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual
nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
62
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto pelo parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, e também com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
Pastor João Ribeiro de Souza Costa Júnior, nascido em 16 de Dezembro de 1959 na cidade de Recife –
Pernambuco, filho de João Ribeiro de Souza Costa e Josefa Maria de Souza Costa.
Foi separado para o santo ministério em 02 de Novembro de 1984, desde então tem exercido o ministério
pastoral trabalhando nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e atualmente, há 15 anos, pastoreando a
Assembleia de Deus Vitória em Cristo em Castelo no Espírito Santos, localizada á Avenida Ministro Araripe, 132 –
Centro.
Pastor João Ribeiro é bacharel em teologia, escritor, casado com Milcineia Machado Ribeiro de Souza
Costa, pai de dois filhos, o pastor João Gustavo e Diego Ribeiro.
Tem realizado trabalhos no campo da evangelização e serviços sociais. Fundou o Seminário Evangélico
Pastor José Santos, e é professor da matéria de Ética ministerial no CDM (Curso de Desenvolvimento Ministerial),
curso de treinamento de obreiros e futuros candidatos ao ministério na Assembleia de Deus Vitória em Cristo –
sede no Rio de Janeiro.
Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 08 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. JOÃO RIBEIRO DE SOUZA COSTA
JUNIOR.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 228/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 020/2015, de autoria do Senhor Deputado Pastor Marcus Mansur.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
63
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 63/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 20/2015
Autor: Deputado Pastor Marcos Mansur
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. JOÃO RIBEIRO DE SOUZA COSTA JUNIOR”.
I - RELATÓRIO
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 020/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. JOÃO RIBEIRO DE SOUZA COSTA JUNIOR.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 02/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 03/06/2015. Publicada no DLP- Diário do Poder Legislativo do dia 08 de junho de 2015,
pg.02/03, fls. 06/07 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Pastor Marcos Mansur, visa conceder Título de Cidadão
Espírito-Santense ao Sr. JOÃO RIBEIRO DE SOUZA COSTA JUNIOR.
Pastor João Ribeiro de Souza Costa Júnior, nascido em 16 de Dezembro de 1959 na cidade de Recife –
Pernambuco, filho de João Ribeiro de Souza Costa e Josefa Maria de Souza Costa.
Foi separado para o santo ministério em 02 de Novembro de 1984, desde então tem exercido o ministério
pastoral trabalhando nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e atualmente, há 15 anos, pastoreando a
Assembleia de Deus Vitória em Cristo em Castelo no Espírito Santos, localizada á Avenida Ministro Araripe, 132 –
Centro.
Pastor João Ribeiro é bacharel em teologia, escritor, casado com Milcineia Machado Ribeiro de Souza
Costa, pai de dois filhos, o pastor João Gustavo e Diego Ribeiro.
Tem realizado trabalhos no campo da evangelização e serviços sociais. Fundou o Seminário Evangélico
Pastor José Santos, e é professor da matéria de Ética ministerial no CDM (Curso de Desenvolvimento Ministerial),
curso de treinamento de obreiros e futuros candidatos ao ministério na Assembleia de Deus Vitória em Cristo –
sede no Rio de Janeiro.
Por tudo aqui exposto e pela relevância de uma grande identificação com o povo capixaba e seus valores é
o que justifica a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. JOÃO RIBEIRO DE SOUZA COSTA
JUNIOR que se objetiva conceder através deste Projeto de Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III – PARECER N.º 63/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 020/2015, de autoria do Deputado Pastor Marcos
Mansur.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
64
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 193/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 21/2015
Autor: Mesa Diretora
Assunto: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Luiz Fernando Azevedo Delage”.
RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 21/2015, de autoria da Mesa Diretora, visa conceder ao Sr. Luiz
Fernando Azevedo Delage o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na sua justificativa, o autor informa a trajetória de vida do pretenso agraciado, que nasceu em Juiz de Fora
– MG em 1970 e é casado com Ana Flávia de Azevedo Faia Delage e pai de Ana Fernanda e Benício. Bacharel em
Ciências Militares e com mestrado em Aplicações Militares, ingressou na Polícia em 1985 e em três décadas
prestou relevantes e inestimáveis serviços à pacificação social e à segurança pública no Estado do Espírito Santo.
A matéria foi protocolada em 02.06.2015, lida no expediente do dia 03.06.2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 08.06.2015 (fl. 08 dos autos).
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 09), ofertando sugestões apenas no
tocante à redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no art. 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Verifica-se a inconstitucionalidade formal quando ocorre algum tipo de vício no processo de formação das
normas, seja no processo legislativo de sua elaboração, seja em razão de sua elaboração por autoridade
incompetente.
A inconstitucionalidade formal orgânica decorre da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato. Faz-se necessário verificar, aqui, se a competência para elaboração do Projeto de Lei é da União,
do Estado ou de Município.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(arts. 21 e 22); Municípios (arts. 29 e 30); e Estados (art. 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois, nos termos do art. 25, § 1º1, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Dito isso, fica evidente que pode o Estado do Espírito Santo exercer competência legislativa para tratar da
matéria alvo do Projeto de Decreto Legislativo no. 21/2015, não havendo, portanto, que se falar em
inconstitucionalidade por vício de competência, conforme art. 25, § 1º da CRFB/1988.
Superada a questão da competência legislativa, passa-se à análise da inconstitucionalidade formal
propriamente dita, que decorre da inobservância do devido processo legislativo. Neste ponto, deve-se verificar se
existe vício no procedimento de elaboração da norma, seja na fase de iniciativa (vício formal subjetivo), seja em
fases posteriores (vício formal objetivo).
Em relação à iniciativa para deflagrar a presente propositura, verifica-se que a matéria é de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, como determina o art. 56, XXIX2, da Constituição Estadual. Além disso, não
se insere dentre aquelas cuja iniciativa é de competência privativa do Chefe do Executivo (art. 63, parágrafo único3
da CE/1989). Logo, ao ser proposto pela Mesa Diretora, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual e com o Regimento Interno desta Casa de Leis (art. 152, II4 da Resolução n
o. 2.700/2009).
Verificada a competência do Estado e a iniciativa da Mesa Diretora para tratar da matéria, passemos à
65
análise do procedimento para a elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do art. 61, IV5, da Constituição Estadual, e arts. 141, III
6 e 151 § 2º.
7 do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa. Como se trata de matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a ser regulada por meio
de decreto legislativo, esta não depende de sanção do Governador.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação:
- regime inicial de tramitação da matéria: em princípio, deverá seguir o regime de tramitação
ordinário, nos termos do art. 1488 do Regimento Interno da ALES (Resolução n
o. 2.700/2009).
- quorum para aprovação da matéria: em linha com o art. 1949 do Regimento Interno da ALES
(Resolução no. 2.700/2009), as deliberações deverão ser tomadas por maioria simples dos membros
da Casa, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
- processo de votação a ser utilizado: conforme a inteligência do art. 200, l10
, do Regimento
Interno, o processo de votação, em princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não
se enquadra entre aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao
processo de votação nominal, nos termos do artigo 202, do Regimento Interno.
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em questão.
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há que se falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas
Constituições Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa
julgada.
Como se trata de matéria atinente a congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em questão não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno da Casa (Resolução nº 2.700/2009).
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a matéria.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, faz-se necessário observar as regras previstas na Lei
Complementar Federal nº 95/1998, que rege a redação dos atos normativos.
Nesse aspecto, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria de Redação (fl. 09), que
propõe o ajuste meramente redacional da proposição, razão pela qual adiro integralmente ao estudo técnico.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar Federal nº 95/1998 recomenda a reserva de vigência na
data de sua publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
Ante o exposto, caso sejam adotadas as modificações propostas pela Diretoria de Redação, conclui-se que
projeto em tela observa a boa técnica legislativa e legislação de regência.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 193/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
66
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 21/2015 de autoria da Mesa Diretora.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. 2 Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição
normativa dos outros Poderes:
(...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
3 Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao
Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição. Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:
I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo ou aumento de sua remuneração;
II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar; III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;
IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de
militares para a inatividade; V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública;
VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo.
4 Art. 152. A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: (...)
II - da Mesa;
(...) 5 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos; (...)
6 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições:
(...) III - projeto de decreto legislativo;
(...)
7 Art. 151. Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. 8 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:
I - de urgência;
II - ordinária; III - especial.
9 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados.
10 Art. 200. São dois os processos de votação: I - simbólico; e
II - nominal;
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 28/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 21/2015
Autor: Mesa Diretora
Assunto: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Luiz Fernando Azevedo Delage”.
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo de autoria da Mesa Diretora, que visa conceder ao ao Sr. Luiz
Fernando Azevedo Delage o Título de Cidadão Espírito-santense.
A matéria foi protocolada em 02.06.2015, lida no expediente do dia 03.06.2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 08.06.2015 (fl. 08 dos autos).
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 09), ofertando sugestões apenas no
tocante à redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Após, a proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
67
manifestou-se pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto de decreto
legislativo.
Por derradeiro, vieram os autos a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
Analisando a justificativa apresentada pela Mesa Diretora, percebe-se que o sr. Luiz Fernando Azevedo
Delage é merecedor do Título de Cidadão Espírito-Santense, pois presta relevantes serviços em prol da segurança
da sociedade do Estado do Espírito Santo.
Consta na justificativa que o pretenso agraciado nasceu em Juiz de Fora – MG em 1970 e é casado com
Ana Flávia de Azevedo Faia Delage e pai de Ana Fernanda e Benício. Bacharel em Ciências Militares e com
mestrado em Aplicações Militares, ingressou na Polícia em 1985 e em três décadas prestou relevantes e
inestimáveis serviços à pacificação social e à segurança pública no Estado do Espírito Santo.
É incontestável, portanto, que o Sr. Luiz Fernando Azevedo Delage presta relevantes serviços em prol da
segurança da sociedade do Estado do Espírito Santo, motivo pelo qual merece ser homenageado por esta
Assembleia Legislativa.
Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 21/2015 atende aos pressupostos
de mérito para ser aprovado.
Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do
PARECER N.º 28/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 21/2015, de autoria da Mesa Diretora.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 182/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 22/2015
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Lúcia Souza Vago.”
1 - RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 22/2015, de autoria da Exma. Deputada Raquel Lessa, concede à Sra.
Lúcia Souza Vago o título de Cidadã Espírito-Santense.
Na sua justificativa, a autora informa:
LUCIA SOUZA VAGO é natural de Ibicuí, no vizinho Estado da Bahia, 5ª filha entre os nove do
casal José Souza e Alice Mendes Souza. Veio para o nosso Estado do Espírito Santo ainda muito
criança, com apenas dois anos de vida.
Sua família dedicava-se à produção agrícola e ao comércio. Seu pai, proprietário rural e
comerciante no Município de Montanha, norte do Estado do Espírito Santo, onde a homenageada
cresceu e iniciou seus estudos e concluiu suas primeiras etapas escolares.
Fez curso Superior em Economia Doméstica na Universidade Federal de Viçosa no Estado de
Minas Gerais, onde se graduou no ano de 1976.
Após sua formatura escolheu o nosso Estado para viver e aqui fixou sua residência. Em 1978
candidatou-se a um cargo no serviço público através de ingresso por concurso público, quando
logrando merecido êxito ingressou nos quadros de pessoal da então EMATER-ES, hoje INCAPER.
Foi lotada na cidade de São Gabriel da Palha, onde prestou relevantes serviços por 10(dez) anos.
68
Durante sua estada pelo Município de São Gabriel da Palha, não foi apenas uma servidora pública
que se limitou a cumprir fielmente as atribuições de seu cargo. Pelo contrário, além de cumprir com
especial dedicação e competência suas atribuições legais, ainda ocupou-se de contribuir
sobremaneira com a melhoria da qualidade de vida da população rural, através de um incansável
trabalho de conscientização das mulheres de agricultores, de modo especial, as famílias mais
carentes, pois se dedicava na orientação sobre NUTRIÇÃO e o devido aproveitamento dos
produtos da lavoura.
Ensinou com maestria às mulheres gabrielenses sobre a importância da boa alimentação para a vida
e a saúde do ser humano. Demonstrava no seu cotidiano que é possível garantir uma dieta de
excelente qualidade com economia, aproveitando apenas os produtos produzidos na lavoura. E
mais, ensinou à mulheres residentes na zona rural a transformar esses produtos em uma excelente
fonte de renda para toda a família, agregando valores à produção agrícola, através dos cursos que
oferecia sobre a Agroindústria.
Mas não parou por aí, envolvida com o seu propósito de garantir à população uma melhor
qualidade de vida através do trabalho feminino, e, para que esse trabalho através da produção de
alimentos da Agroindústria não prejudicasse o dia a adia da vida das mulheres no seu papel de
donas de casa, ministrava também cursos de Administração do Lar. Assim, as mulheres
Gabrielenses teriam capacidade de produzir a ainda garantir o equilíbrio em sua família através de
uma melhor atuação na vida doméstica.
Como não poderia ser diferente, desempenhou todo esse papel de orientadora e colaboradora na
construção de vida melhor para a população Gabrielense, sem que tivesse qualquer dificuldade em
conduzir sua própria vida.
Em 1980 casou-se com o Senhor Álvaro Derlvi Vago, com quem teve 02 (dois) filhos, criados com
todo amor, carinho e dedicação, tendo se tornado uma família de alto conceito e respeito na
sociedade Gabrielense. Hoje, sua filha Flavia Souza Vago é Médica, e, seu filho Fernando Souza
Vago é servidor público federal.
Em 1988 mudou-se para Nova Venécia onde deu continuidade ao seu incansável trabalho por mais
20 (vinte) anos, tendo inclusive sido homenageada com o recebimento do Título de Cidadã
Veneciana no ano de 2004.
Atualmente já aposentada, dedica-se à família e aos amigos, contudo, sempre integrada à
Comunidade onde vive e permanece contribuindo para o bem estar de todos.
Por todo o exposto, conclamamos aos Nobres Pares que votem conosco pela APROVAÇÃO da
presente proposição, para que o nosso Estado do Espírito Santo, possa conceder a essa cidadã
capixaba de fato, também o reconhecimento dessa condição por direito.
A matéria foi protocolada em 02/06/2015, lida no expediente do dia 08/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 09/06/2015 (fl. 09 dos autos).
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do
Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2 - PARECER DO RELATOR
2.1 - DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas.
Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato (inconstitucionalidade formal orgânica: competência da União, Estados e Municípios) ou do
procedimento de elaboração da norma.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(artigos 21 e 22); Municípios (artigos 29 e 30); e Estados (artigo 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada; pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passamos à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
69
Legislativa.
O desrespeito ao procedimento de elaboração da norma pode ocorrer, ainda, na fase de iniciativa, o
chamado vício de iniciativa, ou em qualquer outra fase do processo legislativo, como, por exemplo, na
inobservância do quorum de votação ou aprovação da espécie normativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo, na redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 23 de novembro de 2009.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
Relativamente a quorum, é importante ressalvar que existem dois tipos:
a) quorum de votação: é aquele necessário para que ocorra deliberação do plenário ou da comissão
a respeito de certa proposição, e não para aprovar o Projeto. O quorum de votação, no caso em tela,
é de maioria absoluta dos membros (mais de 50% dos membros) (art. 59 da Constituição do Estado
e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de
2009).
b) quorum de aprovação: é aquele necessário para aprovar o Projeto. O quorum de aprovação do
Decreto Legislativo é de maioria simples ou relativa, ou seja, mais de 50% (cinquenta por cento)
dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em apreço.
2.2 - DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3 - DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente, consoante o
artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
70
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4 - DA TÉCNICA LEGISLATIVA
No caso em exame, houve obediência ao art. 3º da LC nº 95/1998, porquanto o projeto foi estruturado em
três partes básicas: parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; e parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições
transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois o primeiro artigo do texto indica o objeto da
proposição e o respectivo âmbito de aplicação, a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo,
a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão.
A vigência da proposição está indicada de maneira expressa, respeitando o art. 8º da LC 95/98.
Cumpridas as regras do art. 10, porquanto, no texto da proposição, a unidade básica de articulação é o
artigo, indicado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal.
Respeitadas também as regras do caput e do inciso I do art. 11, pois as disposições normativas foram
redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, e, para obtenção de clareza, foram usadas as palavras e as
expressões em seu sentido comum e frases curtas e concisas, foram construídas as orações na ordem direta,
evitando-se preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis, buscou-se a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto das normas legais, dando-se preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente, e foram
usados os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando-se os abusos de caráter estilístico.
Por derradeiro, não foi descumprida a regra prevista no inciso III do art. 11 da Lei Complementar nº
95/1998, pois, para obtenção de ordem lógica, restringiu-se o conteúdo de cada artigo da proposição a um único
assunto ou princípio.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 11), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98, que rege
a redação dos atos normativos.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 182/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de
Decreto Legislativo nº 22/2015, de autoria da Exma. Deputada Raquel Lessa, com fundamento no artigo 25, § 1º,
da Constituição da República, e, artigos 56, inciso XXIX, art. 61, inciso IV e art. 63, caput, da Constituição
Estadual, e legislação infraconstitucional, notadamente a Lei Estadual nº 7.832/04, devendo seguir sua regular
tramitação nesta Casa Legislativa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
71
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 29/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 22/2015
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Lúcia Souza Vago.”
1 - RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 22/2015, de autoria da Exma. Deputada Raquel Lessa, concede à Sra.
Lúcia Souza Vago o título de Cidadã Espírito-Santense.
A matéria foi protocolada em 02/06/2015, lida no expediente do dia 08/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 09/06/2015 (fl. 09 dos autos).
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para exame e parecer de
mérito, atendendo ao artigo 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2 - PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 22/2015, de autoria da Excelentíssima
Senhora Deputada Raquel Lessa, visa a conceder o Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Lúcia Souza Vago.
Na sua justificativa, a autora informa:
LUCIA SOUZA VAGO é natural de Ibicuí, no vizinho Estado da Bahia, 5ª filha entre os nove do
casal José Souza e Alice Mendes Souza. Veio para o nosso Estado do Espírito Santo ainda muito
criança, com apenas dois anos de vida.
Sua família dedicava-se à produção agrícola e ao comércio. Seu pai, proprietário rural e
comerciante no Município de Montanha, norte do Estado do Espírito Santo, onde a homenageada
cresceu e iniciou seus estudos e concluiu suas primeiras etapas escolares.
Fez curso Superior em Economia Doméstica na Universidade Federal de Viçosa no Estado de
Minas Gerais, onde se graduou no ano de 1976.
Após sua formatura escolheu o nosso Estado para viver e aqui fixou sua residência. Em 1978
candidatou-se a um cargo no serviço público através de ingresso por concurso público, quando
logrando merecido êxito ingressou nos quadros de pessoal da então EMATER-ES, hoje INCAPER.
Foi lotada na cidade de São Gabriel da Palha, onde prestou relevantes serviços por 10(dez) anos.
Durante sua estada pelo Município de São Gabriel da Palha, não foi apenas uma servidora pública
que se limitou a cumprir fielmente as atribuições de seu cargo. Pelo contrário, além de cumprir com
especial dedicação e competência suas atribuições legais, ainda ocupou-se de contribuir
sobremaneira com a melhoria da qualidade de vida da população rural, através de um incansável
trabalho de conscientização das mulheres de agricultores, de modo especial, as famílias mais
carentes, pois se dedicava na orientação sobre NUTRIÇÃO e o devido aproveitamento dos
produtos da lavoura.
Ensinou com maestria às mulheres gabrielenses sobre a importância da boa alimentação para a vida
e a saúde do ser humano. Demonstrava no seu cotidiano que é possível garantir uma dieta de
excelente qualidade com economia, aproveitando apenas os produtos produzidos na lavoura. E
mais, ensinou à mulheres residentes na zona rural a transformar esses produtos em uma excelente
fonte de renda para toda a família, agregando valores à produção agrícola, através dos cursos que
oferecia sobre a Agroindústria.
Mas não parou por aí, envolvida com o seu propósito de garantir à população uma melhor
qualidade de vida através do trabalho feminino, e, para que esse trabalho através da produção de
alimentos da Agroindústria não prejudicasse o dia a adia da vida das mulheres no seu papel de
donas de casa, ministrava também cursos de Administração do Lar. Assim, as mulheres
Gabrielenses teriam capacidade de produzir a ainda garantir o equilíbrio em sua família através de
uma melhor atuação na vida doméstica.
Como não poderia ser diferente, desempenhou todo esse papel de orientadora e colaboradora na
construção de vida melhor para a população Gabrielense, sem que tivesse qualquer dificuldade em
conduzir sua própria vida.
72
Em 1980 casou-se com o Senhor Álvaro Derlvi Vago, com quem teve 02 (dois) filhos, criados com
todo amor, carinho e dedicação, tendo se tornado uma família de alto conceito e respeito na
sociedade Gabrielense. Hoje, sua filha Flavia Souza Vago é Médica, e, seu filho Fernando Souza
Vago é servidor público federal.
Em 1988 mudou-se para Nova Venécia onde deu continuidade ao seu incansável trabalho por mais
20 (vinte) anos, tendo inclusive sido homenageada com o recebimento do Título de Cidadã
Veneciana no ano de 2004.
Atualmente já aposentada, dedica-se à família e aos amigos, contudo, sempre integrada à
Comunidade onde vive e permanece contribuindo para o bem estar de todos.
Por todo o exposto, conclamamos aos Nobres Pares que votem conosco pela APROVAÇÃO da
presente proposição, para que o nosso Estado do Espírito Santo, possa conceder a essa cidadã
capixaba de fato, também o reconhecimento dessa condição por direito.
Destarte, uma vez presentes os requisitos para a concessão desta honraria, pugnou pela aprovação do bom
nome da homenageada para integrar o rol dos cidadãos do Estado do Espírito Santo.
Assim, este parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo exclusivamente à discricionariedade
parlamentar avaliar a conveniência da concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à pretensa agraciada.
Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 22/2015 atende aos pressupostos
de mérito para ser aprovado.
Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 29/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO
do Projeto de Decreto Legislativo nº 22/2015, de autoria da Exma. Deputada Raquel Lessa.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 172/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 23/2015
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Maria Astrilza da Paixão Lisboa.”
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 23/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa, concede à Sra. Maria
Astrilza da Paixão Lisboa o título de Cidadã Espírito-Santense.
Na justificativa de fls. 03-05, a autora informa a trajetória de vida da pretensa agraciada.
A matéria foi protocolada em 02/06/2015, lida no expediente do dia 08/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 09/06/2015 (fls. 08-09).
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do
Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas. Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da
73
competência legislativa para a elaboração do ato ou do procedimento de elaboração da norma.
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro remanesce para o Estado a
competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passo à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quórum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
O quórum de votação, no caso em tela, é de maioria absoluta dos membros, mais de 50% (cinquenta por
cento) dos membros (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa -
Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009). O quórum de aprovação do Decreto Legislativo é de maioria simples
ou relativa, ou seja, mais de 50% (cinquenta por cento) dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194
do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de Decreto Legislativo
em apreço.
2.2 DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não há violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3 DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente publicado,
consoante o artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
74
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4 DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fls. 10), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98 e às
Normas para Padronização dos Atos Legislativos estabelecidas pela Secretaria Geral da Mesa.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 172/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de
Decreto Legislativo nº 23/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa, que Concede Título de Cidadã Espírito-
Santense à Sra. Maria Astrilza da Paixão Lisboa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 30/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 23/2015
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Maria Astrilza da Paixão Lisboa”.
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 23/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa, visa conceder Título de
Cidadã Espírito–Santense à Sra. Maria Astrilza da Paixão Lisboa .
Na sua justificativa, a autora do Projeto informa a trajetória de vida da Sra. Maria Astrilza da Paixão
Lisboa, nascida em Tobias Barreto/SE.
A matéria foi protocolada em 02/06/2015, lida no expediente do dia 08/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 09/06/2015 (fls. 08-09).
A diretoria de Redação manifestou às fls. 10 sugerindo alterações na redação do Projeto de Decreto
Legislativo.
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de
mérito, atendendo normas regimentais estabelecidas no Artigo 52, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa
do Espírito Santo (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
75
O Projeto de Decreto Legislativo nº 023/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa, foi analisado
anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça quanto à sua constitucionalidade e legalidade, cabendo a
esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do
mérito.
A agraciada, natural de Tobias Barreto/SE, migrou para o Estado do Espírito Santo há 32 (trinta e dois)
anos e o Município de Pedro Canário foi o escolhido por ela e seus pais para fixar residência. Nesta cidade
concluiu o Curso de Auxiliar de Enfermagem, área na qual atua até os dias atuais. Sua trajetória profissional
iniciou-se no serviço público municipal e, atualmente, presta serviços no Hospital Beneficente Menino Jesus. Não
se pode deixar de registar o trabalho voluntariado que desenvolve junto à população local.
A Senhora Maria Astrilza da Paixão Lisboa é merecedora da concessão do Título de Cidadã Espírito-
Santense, consoante consta da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, pois restou caracterizada a prestação
de relevantes serviços à população deste Estado, conforme informa a autora da proposição:
(...) ingressou no serviço público municipal atuando diretamente no setor de controle de
hipertensão. Nesta área ganhou simpatia da população em razão de sua habilidade especial no
atendimento aos clientes, especialmente aos mais humildes, a quem sempre deu especial atenção,
inclusive com atendimento domiciliares e campanhas de controle de hipertensão em diversas
igrejas, atuando como voluntária e cumprindo sua determinação de fazer o melhor para a saúde
daquela população.
Atua ainda como auxiliar de enfermagem no Hospital Beneficente Menino Jesus, sediado no
Município de Pedro Canário, onde além das atribuições típicas de seu cargo, exerce relevante
serviço de voluntariado, coordenando campanhas no comércio local para o socorro a esses
necessitados, mormente à crianças que nascem com problemas de saúde e incontáveis vezes, sem
vestimentas necessárias para sua proteção.
Ainda no que se refere aos serviços públicos de saúde, a Senhora Maria, por todos cognominada
carinhosamente de “baixinha”, serve nos serviços de transportes de pacientes em ambulâncias,
quando falta enfermeira nesse atendimento, além de acompanhar e orientar pacientes acamados em
domicilio, sem qualquer remuneração.
Hoje apesar de não mais ser servidora pública municipal, é uma profissional indispensável ao
serviço público de saúde, pois em qualquer circunstância em que o serviços municipal de saúde
necessita, apenas telefonam e a Senhora Maria, sem qualquer dificuldade, deixa tudo o que está a
fazer e atende em primeiro lugar as pessoas que necessitam de seus conhecimentos profissionais.
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, aprovando a presente concessão.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo,
exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação e conveniência acerca da concessão do Título de
Cidadão Espírito-Santense à Sra. Maria Astrilza da Paixão Lisboa.
Em face do exposto, concluo que o Projeto de Decreto Legislativo nº 023/2015, atende aos pressupostos
quanto ao mérito e também aos requisitos do art. 52 da Resolução nº 2.700/09, onde destaca que compete à
Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, opinar sobre tal assunto, razão pela sugiro a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 30/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO do
Projeto de Decreto Legislativo nº 023/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
76
PARECER N.º 191/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 24/2015
Autora: Luzia Toledo
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Humberto Alexandre Campos Ramos”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa da Deputada Luzia Toledo, cujo conteúdo, em
síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Humberto Alexandre Campos
Ramos.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 02/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 08/06/2015. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL – edição do dia 09 de
junho de 2015, à página 03, fl. 09 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 24/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Humberto Alexandre Campos Ramos.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
77
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim
como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que a autora apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
A honraria que ora propomos visa conceder ao Dr. HUMBERTO ALEXANDRE CAMPOS RAMOS o
Título de Cidadão Espírito Santense.
Natural do Estado de Minas Gerais, cidade de Muriaé, Dr. Humberto é graduado em Direito pela
Universidade Federal de Juiz de Fora/MG.
Foi professor de Direito e Legislação no Curso Técnico em Contabilidade e de Legislação Aplicada no
curso de segurança do trabalho, no Estado de Minas Gerais.
Ingressou no Ministério Público através de concurso público em agosto de 1991, com efetivo exercício em
02 de setembro de 1991.
Foi promotor de Justiça em Itaguaçu, Baixo Guandu, Ibiraçu, Cariacica, Vila Velha, Vitória, dentre outros.
Atualmente é Promotor de Justiça em Santa Teresa.
Foi eleito presidente da Associação Espírito-Santense do Ministério Público para o biênio 2000/2002,
sendo reeleito para o mesmo cargo para o biênio 2002/2004.
Dr. Humberto vem ao longo de sua vida pública prestando um belo serviço à sociedade Espírito Santense.
É membro fundador da Associação Nacional dos Promotores de Justiça de Meio Ambiente e Membro Fundador do
Colégio Permanente de Diretores de Escolas do Ministério Público.
A homenagem que se propõe tem o objetivo de tornar filho do Espírito Santo a um cidadão que contribui
para o crescimento do nosso Estado, resguardando os interesses sociais, individuais e coletivos da sociedade,
através de sua atuação funcional, cujo currículo encontra-se apensado aos autos às fls. 04 a 06.
No que tange à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
78
Federal nº 107/01.
À folha 10 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Humberto Alexandre Campos Ramos.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 191/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 24/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 31/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 24/2015
Autora: Deputada Luzia Toledo
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Humberto Alexandre Campos Ramos”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto ao mérito da proposição legislativa em epígrafe, de
iniciativa da Deputada Luzia Toledo, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão
Espírito-Santense ao Sr. Humberto Alexandre Campos Ramos.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 02/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 08/06/2015. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL – edição do dia 09 de
junho de 2015, à página 03, fl. 09 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria da Deputada Luzia Toledo, visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Humberto Alexandre Campos Ramos.
A honraria que ora propomos visa conceder ao Dr. HUMBERTO ALEXANDRE CAMPOS RAMOS o
Título de Cidadão Espírito Santense.
79
Natural do Estado de Minas Gerais, cidade de Muriaé, Dr. Humberto é graduado em Direito pela
Universidade Federal de Juiz de Fora/MG.
Foi professor de Direito e Legislação no Curso Técnico em Contabilidade e de Legislação Aplicada no
curso de segurança do trabalho, no Estado de Minas Gerais.
Ingressou no Ministério Público através de concurso público em agosto de 1991, com efetivo exercício em
02 de setembro de 1991.
Foi promotor de Justiça em Itaguaçu, Baixo Guandu, Ibiraçu, Cariacica, Vila Velha, Vitória, dentre outros.
Atualmente é Promotor de Justiça em Santa Teresa.
Foi eleito presidente da Associação Espírito-Santense do Ministério Público para o biênio 2000/2002,
sendo reeleito para o mesmo cargo para o biênio 2002/2004.
Dr. Humberto vem ao longo de sua vida pública prestando um belo serviço à sociedade Espírito Santense.
É membro fundador da Associação Nacional dos Promotores de Justiça de Meio Ambiente e Membro Fundador do
Colégio Permanente de Diretores de Escolas do Ministério Público.
A homenagem que se propõe tem o objetivo de tornar filho do Espírito Santo a um cidadão que contribui
para o crescimento do nosso Estado, resguardando os interesses sociais, individuais e coletivos da sociedade,
através de sua atuação funcional, cujo currículo encontra-se apensado aos autos às fls. 04 a 06.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 31/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 24/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 173/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 25/2015
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Kasimira Zieba Glazar”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa da Deputada Raquel Lessa, cujo conteúdo, em
síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Kasimira Zieba Glazar.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 02/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 08/06/2015. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL – edição do dia 09 de
junho de 2015, à página 03/04, fl. 10/11 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
80
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 25/2015 visa conceder Título de Cidadã Espírito-
Santense à Srª. Kasimira Zieba Glazar.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim
como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
81
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que a autora apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
“A Senhora Kassimira Zieba Glazar nasceu na Polônia, na cidade de Bychzyna, em 08 de
dezembro de 1925, filha do Senhor Roman Zieba e Zofia. Dona Kasimira como é conhecida por
todos na cidade de São Gabriel da Palha é um exemplo de mulher forte e guerreira. Sua história é
deslumbrante e serve de exemplo para muitos que se abalam diante dos obstáculos da vida.
Com a Polônia devastada por guerras e dividida sob o domínio dos Austríacos, Alemães e Russos, o desejo
de paz e de ter trabalho, o sonho de adquirir terras virgens por baixo preço, fez com que muitos poloneses saíssem
de seu País. Muitas famílias polonesas acorreram ao Brasil a partir de 1928. A Sociedade de colonização em
Varsóvia, através do seu Diretor Bolislau Zilieczinsk, recebeu a concessão gratuita de 50.000 (cinquenta) mil
hectares ao Norte do Rio Doce, no Município de Colatina, norte do Estado do Espírito Santo, para dividi-la em
2.000 (dois mil) lotes de 20 a 30 hectares.
Assim deu início a vinda de Kasimira para o Brasil. O percurso de navio entre a Europa e o Rio de Janeiro
demorava em média 18 dias. Do Rio de Janeiro foram transportados pela linha costeira até Vitória e em seguida
para Colatina, daí para o alambrado no Município de Pancas e chegaram até o recém núcleo colonial de Águia
Branca.
Dona Kasimira, juntamente com seus familiares, fez esse percurso em 1930, com apenas 05 anos de idade,
sujeitando-se a todos os sacrifícios da viagem. Moraram algum tempo em Águia Branca, depois se transferiram
para São Gabriel da Palha, mais especificamente no interior do Município na localidade denominada Córrego
Palmeiras.
A infância e a juventude de Dona Kasimira foram cheia de grandes sacrifícios, adaptações de vida nova em
uma nova Pátria, mas o desejo de vencer de sua família era maior e conseguiram superar todas as agruras.
Em 19 de fevereiro de 1944, aos 19 (dezenove) anos de idade, casou-se com o Senhor Eduardo Glazar,
fixando residência em São Gabriel da Palha. Dessa união nasceram cinco filhos: Halina Irena, João Antônio,
Teresa, Danuta e Rosa Maria, que lhes deram 10 netos e bisnetos.
Dona Kasimira sempre foi uma mulher muito dinâmica, enquanto o seu esposo Eduardo estava envolvido
no seu armazém, no início de sua vida em comum, ela cuidava dos filhos e ainda era costureira. Era muito corajosa,
não hesitava em sair a qualquer hora da noite a procura de socorro médico, fora de São Gabriel da Palha, para os
filhos doentes.
Graças a essa coragem e ao companheirismo de luta por uma vida melhor para sua família e para todos que
a rodeava, seu esposo Senhor Eduardo Glazar, construiu um considerável patrimônio no Município, que
possibilitou uma vida digna à sua família e construir o Progresso do Município de São Gabriel da Palha. Eduardo
Glazar foi o primeiro Prefeito Eleito do Município de São Gabriel da Palha e depois reeleito em mandatos
intercalados com o Senhor Dário Martinelli. Juntos escreveram os primeiros capítulos da história do Município de
São Gabriel da Palha e região e nessa história Dona Kasimira teve personagem marcante que a faz respeitada e
admirada por todos.
Quando seu Esposo Eduardo resolveu se envolver com a Política, Dona Kasimira como grande guerreira
lhe deu todo o apoio necessário, orientandoo durante 12(doze) anos, como Vereador de Colatina, representando o
então Distrito de São Gabriel da Palha, no período de 1952 a 1964 e nos 08 (oito) anos como Prefeito de São
Gabriel da Palha, nos períodos de 1967 a 1971 e de 1973 a 1977.
Com o esposo na Política Dona Kasimira se desabrochou como esposa e mulher ativa, participante no meio
da comunidade. Com apenas o 1º Grau incompleto, nunca se deixou intimidar diante de Governadores, Senadores
ou quaisquer outras autoridades que frequentasse sua residência, nem até mesmo fora dela.
Sempre atuante na Comunidade, atende a todos que a procura, quer seja na política ou fora dela, Dona
Kasimira estava sempre pronta a dar a todos uma palavra de apoio, carinho e esperança. Como primeira dama
sempre teve um carinho muito especial pelas crianças e lutou na construção da Creche “Vovó Zefa” em São
Gabriel da Palha. Naquela ocasião não se pensava muito em Creches mantidas pelo Poder Público, mas ela como
Guerreira lutou e conseguiu.
Sempre se dedicou em trabalhos voluntários, participou ativamente dos movimentos sociais, buscando
82
ajuda de quem podia oferecer, para levar aos mais necessitados. Foi Domadora Presidente do Lyons Clube de São
Gabriel da Palha por duas vezes, período em que pode transmitir à todas as Domadoras seu entusiasmo nas lutas
pelos mais fracos, transmitindo à todas mensagens de união, amor e respeito ao próximo.
Hoje, ainda vive em São Gabriel da Palha em Companhia de suas filhas, pois já perdeu seu esposo
companheiro Eduardo Glazar e seu filho João Antônio, porém, não perdeu e não perderá o seu espírito de luta e
amor ao próximo, sentimento que foi capaz de incutir nas mentes e corações de seus familiares e das pessoas da
Comunidade que com ela conviveu.
No que tange à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 12 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª. Kasimira Zieba Glazar.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 173/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 25/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 32/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 25/2015
Autora: Deputada Raquel Lessa
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Kasimira Zieba Glazar”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa da Deputada Raquel Lessa, cujo conteúdo, em
síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Kasimira Zieba Glazar.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 02/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 08/06/2015. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL – edição do dia 09 de
junho de 2015, à página 03/04, fl. 10/11 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
83
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria da Deputada Raquel Lessa, visa conceder Título de Cidadã Espírito-
Santense à Sra. Kasimira Zieba Glazar.
A Senhora Kassimira Zieba Glazar nasceu na Polônia, na cidade de Bychzyna, em 08 de dezembro de
1925, filha do Senhor Roman Zieba e Zofia. Dona Kasimira como é conhecida por todos na cidade de São Gabriel
da Palha é um exemplo de mulher forte e guerreira. Sua história é deslumbrante e serve de exemplo para muitos
que se abalam diante dos obstáculos da vida.
Com a Polônia devastada por guerras e dividida sob o domínio dos Austríacos, Alemães e Russos, o desejo
de paz e de ter trabalho, o sonho de adquirir terras virgens por baixo preço, fez com que muitos poloneses saíssem
de seu País. Muitas famílias polonesas acorreram ao Brasil a partir de 1928. A Sociedade de colonização em
Varsóvia, através do seu Diretor Bolislau Zilieczinsk, recebeu a concessão gratuita de 50.000 (cinquenta) mil
hectares ao do Rio Doce, no Município de Colatina, norte do Estado do Espírito Santo, para dividi-la em 2.000
(dois mil) lotes de 20 a 30 hectares.
Assim deu início a vinda de Kasimira para o Brasil. O percurso de navio entre a Europa e o Rio de Janeiro
demorava em média 18 dias. Do Rio de Janeiro foram transportados pela linha costeira até Vitória e em seguida
para Colatina, daí para o alambrado no Município de Pancas e chegaram até o recém núcleo colonial de Águia
Branca.
Dona Kasimira, juntamente com seus familiares, fez esse percurso em 1930, com apenas 05 anos de idade,
sujeitando-se a todos os sacrifícios da viagem. Moraram algum tempo em Águia Branca, depois se transferiram
para São Gabriel da Palha, mais especificamente no interior do Município na localidade denominada Córrego
Palmeiras.
A infância e a juventude de Dona Kasimira foram cheia de grandes sacrifícios, adaptações de vida nova em
uma nova Pátria, mas o desejo de vencer de sua família era maior e conseguiram superar todas as agruras.
Em 19 de fevereiro de 1944, aos 19 (dezenove) anos de idade, casou-se com o Senhor Eduardo Glazar,
fixando residência em São Gabriel da Palha. Dessa união nasceram cinco filhos: Halina Irena, João Antônio,
Teresa, Danuta e Rosa Maria, que lhes deram 10 netos e bisnetos.
Dona Kasimira sempre foi uma mulher muito dinâmica, enquanto o seu esposo Eduardo estava envolvido
no seu armazém, no início de sua vida em comum, ela cuidava dos filhos e ainda era costureira. Era muito corajosa,
não hesitava em sair a qualquer hora da noite a procura de socorro médico, fora de São Gabriel da Palha, para os
filhos doentes.
Graças a essa coragem e ao companheirismo de luta por uma vida melhor para sua família e para todos que
a rodeava, seu esposo Senhor Eduardo Glazar, construiu um considerável patrimônio no Município, que
possibilitou uma vida digna à sua família e construir o Progresso do Município de São Gabriel da Palha. Eduardo
Glazar foi o primeiro Prefeito Eleito do Município de São Gabriel da Palha e depois reeleito em mandatos
intercalados com o Senhor Dário Martinelli. Juntos escreveram os primeiros capítulos da história do Município de
São Gabriel da Palha e região e nessa história Dona Kasimira teve personagem marcante que a faz respeitada e
admirada por todos.
Quando seu Esposo Eduardo resolveu se envolver com a Política, Dona Kasimira como grande guerreira
lhe deu todo o apoio necessário, orientandoo durante 12(doze) anos, como Vereador de Colatina, representando o
então Distrito de São Gabriel da Palha, no período de 1952 a 1964 e nos 08 (oito) anos como Prefeito de São
Gabriel da Palha, nos períodos de 1967 a 1971 e de 1973 a 1977.
Com o esposo na Política Dona Kasimira se desabrochou como esposa e mulher ativa, participante no meio
da comunidade. Com apenas o 1º Grau incompleto, nunca se deixou intimidar diante de Governadores, Senadores
ou quaisquer outras autoridades que frequentasse sua residência, nem até mesmo fora dela.
Sempre atuante na Comunidade, atende a todos que a procura, quer seja na política ou fora dela, Dona
Kasimira estava sempre pronta a dar a todos uma palavra de apoio, carinho e esperança. Como primeira dama
sempre teve um carinho muito especial pelas crianças e lutou na construção da Creche “Vovó Zefa” em São
Gabriel da Palha. Naquela ocasião não se pensava muito em Creches mantidas pelo Poder Público, mas ela como
Guerreira lutou e conseguiu.
Sempre se dedicou em trabalhos voluntários, participou ativamente dos movimentos sociais, buscando
ajuda de quem podia oferecer, para levar aos mais necessitados. Foi Domadora Presidente do Lyons Clube de São
Gabriel da Palha por duas vezes, período em que pode transmitir à todas as Domadoras seu entusiasmo nas lutas
pelos mais fracos, transmitindo à todas mensagens de união, amor e respeito ao próximo.
Hoje, ainda vive em São Gabriel da Palha em Companhia de suas filhas, pois já perdeu seu esposo
84
companheiro Eduardo Glazar e seu filho João Antônio, porém, não perdeu e não perderá o seu espírito de luta e
amor ao próximo, sentimento que foi capaz de incutir nas mentes e corações de seus familiares e das pessoas da
Comunidade que com ela conviveu.Por tudo aqui exposto e pela relevância dos trabalhos prestados pela Sra.
Kasimira Zieba Glazar é que se justifica a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense que se objetiva
conceder através deste Projeto de Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 32/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 25/2015, de autoria da Deputada Raquel Lessa.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 174/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 26/2015
Autor: Deputado Enivaldo dos Anjos
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Manoel Saraiva Neto”.
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 26/2015, de autoria da Deputado Enivaldo dos Anjos, concede ao Sr.
Manoel Saraiva Neto o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na justificativa de fls. 03, a autora informa a trajetória de vida do pretenso agraciado.
A matéria foi protocolada em 02/06/2015, lida no expediente do dia 08/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 09/06/2015 (fls. 07-08).
Às fls. 09 Estudo de Técnica Legislativa pela Diretoria de Redação.
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do
Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09). É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas. Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da
competência legislativa para a elaboração do ato ou do procedimento de elaboração da norma.
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro remanesce para o Estado a
competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passo à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo.
85
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quórum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
O quórum de votação, no caso em tela, é de maioria absoluta dos membros, mais de 50% (cinquenta por
cento) dos membros (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa -
Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009). O quórum de aprovação do Decreto Legislativo é de maioria simples
ou relativa, ou seja, mais de 50% (cinquenta por cento) dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194
do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de Decreto Legislativo
em apreço.
2.2 DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não há violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3 DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente publicado,
consoante o artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4 DA TÉCNICA LEGISLATIVA
86
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fls. 09), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98 e às
Normas para Padronização dos Atos Legislativos estabelecidas pela Secretaria Geral da Mesa.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 174/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 26/2015, de autoria do Deputado Enivaldo dos Anjos, que Concede Título de
Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Manoel Saraiva Neto.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 33/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 26/2015
Autor: Deputado Enivaldo dos Anjos
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Manoel Saraiva Neto”
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 26/2015, de autoria do Deputado Enivaldo dos Anjos, concede ao Sr.
Manoel Saraiva Neto o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na justificativa de fls. 03, a autora informa a trajetória de vida do pretenso agraciado.
A matéria foi protocolada em 02/06/2015, lida no expediente do dia 08/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 09/06/2015 (fls. 07-08).
A diretoria de Redação manifestou às fls. 09 sugerindo alterações na redação do Projeto de Decreto
Legislativo.
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de
mérito, atendendo normas regimentais estabelecidas no Artigo 52, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa
do Espírito Santo (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 026/2015, de autoria do Deputado Enivaldo dos Anjos, foi analisado
anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça quanto à sua constitucionalidade e legalidade, cabendo a
esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do
mérito.
O Sr. Manoel Saraiva Neto é natural de Parambu/CE e migrou para o Estado do Espírito Santo no ano de
1982. O agraciado escolheu o Município de Barra de São Francisco como domicílio, onde, juntamente, com sua
esposa e filhos, investiu no comércio de alimentação, mais precisamente uma churrascaria, a mais tradicional e
visitada da cidade.
Mostra-se, portanto, merecedor da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense. Neste sentido é a
justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, pois presta relevantes serviços à população deste Estado, conforme
informa o autor da proposição:
87
Nascido em 09 de outubro de 1950, no município de Parambu, no Ceará, Manoel Saraiva mudou-se
para barra de São Francisco – ES, no ano de 1982.
Com muita luta e disposição, ao lado de sua esposa e três filhos, Manoel foi vencendo os
obstáculos da vida e tornou-se um dos mais respeitados comerciantes do município de Barra de São
Francisco, onde possui uma churrascaria, que é a mais tradicional e visitada da cidade.
O senhor Manoel Saraiva muito fez e continua fazendo pelo município e região. Sempre bem
humorado e prestativo com as pessoas. Ele escreveu a sua história em Barra de São Francisco, onde
construiu a sua família e seu comércio. É digno de reconhecimento e um exemplo a ser seguido.
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, aprovando a presente concessão.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo,
exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação e conveniência acerca da concessão do Título de
Cidadão Espírito-Santense à Sr. Manoel Saraiva Neto.
Em face do exposto, concluo que o Projeto de Decreto Legislativo nº 026/2015, atende aos pressupostos
quanto ao mérito e também aos requisitos do art. 52 da Resolução nº 2.700/09, onde destaca que compete à
Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, opinar sobre tal assunto, razão pela sugiro a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 33/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 026/2015, de autoria Deputado Enivaldo dos Anjos.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 229/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 27/2015
Autor: Deputado Estadual Enivaldo dos Anjos
Assunto: “Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Wilson Elizeu Coelho”.
RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Enivaldo dos Anjos que visa
conceder ao senhor Wilson Elizeu Coelho o Título de Cidadão Espírito-Santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 2.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 8.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 9.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 08, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no artigo 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
88
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
De plano, cumpre analisar se as normas previstas no Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2015 a serem
introduzidas no ordenamento jurídico estatual observam o que determina a Constituição Federal e Estadual com
referência ao que a doutrina e jurisprudência vêm denominando de constitucionalidade nomodinâmica. Ou seja,
deve ser apurado se a lei ou ato normativo infraconstitucional não detém vício no seu processo de formação.
Segundo nos ensina José Joaquim Gomes Canotilho:
Os vícios formais [...] incidem sobre o acto normativo enquanto tal, independentemente do seu
conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese inconstitucionalidade
formal, viciado é acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na forma final.1
Dentro do panorama de distribuição de competências erigido pela CF/1988, em seu especial com base no
que determina o princípio federativo estabelecido expressamente em seus arts. 1º2 e 25
3, tem-se que a autonomia
legislativa de cada ente federativo é assegurada nos termos da Carta da República desde que atendidos os seus
preceitos e princípios.
Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, in verbis:
Os Estados-membros organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem (CF, art.
25), submetendo-se, no entanto, quanto ao exercício dessa prerrogativa institucional
(essencialmente limitada em sua extensão), aos condicionamentos normativos impostos pela
Constituição Federal, pois é nesta que reside o núcleo de emanação (e de restrição) que informa e
dá substância ao poder constituinte decorrente que a Lei Fundamental da República confere a essas
unidades regionais da Federação. Doutrina. Precedentes.4 (original sem grifo)
Conclui-se do exposto que a República Federativa do Brasil adota o modelo federativo em que é
impreterível que haja simetria em determinadas matérias entre o que determina a CF/1988 e a CE/1989. Destarte,
se porventura norma infraconstitucional federal ou estadual for díspar em relação ao que determina a Carta Cidadã,
estaremos diante de uma lei inconstitucional.
Assim sendo, verifica-se que a presente proposição legislativa trata da concessão de honraria de iniciativa
da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, consoante preceitua o inciso XXIX do art. 56 da CE/1989,
in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: [...]
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. (original sem destaque)
Com efeito, conclui-se que o Deputado Estadual proponente do decreto legislativo em análise detém
competência legislativa para a elaboração do ato. Destarte, não há que se cogitar qualquer inconstitucionalidade
formal orgânica.
No tocante a espécie normativa adequada à matéria, por força no disposto no inciso IV do art. 615 da
Constituição Estadual c/c inciso III do art. 1416 do Regimento Interno desta Casa de Leis, ressalta-se que há
compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
Ato contínuo, a proposição deverá ser discutida e votada em um único turno, exigindo, para sua
aprovação, o quórum de maioria simples de votos dos membros da Casa em processo de votação simbólica, em
consonância com o disposto no art. 1507 c/c art. 194
8 e inciso I do art. 200
9, I e 201, todos do Regimento Interno da
ALES.
Ainda de acordo com as normas regimentais da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, deve o
projeto de decreto legislativo em foco observar o regime de tramitação ordinário (inciso II do art. 14810
do
Regimento Interno da ALES).
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A análise da constitucionalidade material se refere à matéria, ao conteúdo do ato normativo, não podendo
projeto de lei violar regras ou princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Portanto,
não interessa averiguar, neste momento, o procedimento de elaboração da espécie normativa, mas, de fato, o seu
conteúdo.
89
Conforme leciona Luís Roberto Barroso:
[...] a inconstitucionalidade material expressa uma incompatibilidade de conteúdo,
substantiva entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Pode traduzir-se no confronto com
uma regra constitucional – e.g., a fixação da remuneração de uma categoria de servidores
públicos acima do limite constitucional (art. 37, XI) – ou com um princípio constitucional, como
no caso de lei que restrinja ilegitimamente a participação de candidatos em concurso público, em
razão do sexo ou idade (art. 5º, caput, e 3º, IV), em desarmonia com o mandamento da isonomia. O
controle material constitucionalidade pode ter como parâmetro todas as categorias de
normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas11
. (original
sem grifo ou destaque)
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, infere-se que inexiste qualquer inconstitucionalidade material no que tange à vigência da lei no tempo,
pois a vigência da proposição ocorrerá a partir de sua publicação, não se pretendendo sua retroatividade.
Por derradeiro, por não violar o princípio da isonomia ou pretender desconstituir ato jurídico “já
consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”, modificar “decisão judicial de que já não caiba
recurso”, ou mesmo desrespeitar “direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo
começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”, não há
falar em violação ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou ao direito adquirido, motivo pelo qual inexiste
violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, tampouco a princípios, direitos e garantias previstos na
Carta Magna.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Cumpre assinalar que a despeito dos requisitos acima elencados, pode-se concluir que o presente projeto de
decreto legislativo respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno da ALES.
No que diz respeito à legalidade, a Lei nº 7.832/2004, em seu artigo 1º12, exige que a concessão de Título
de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e incontestável
benefício.
Quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Casa de Leis o juízo de delibação sobre
sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei nº 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Ante o exposto, verifica-se que o presente projeto de lei decreto legislativo se adequada integralmente ao
que determina o Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Conforme se extrai do estudo de técnica legislativa elaborado pela Diretoria de Redação à fl. 08, faz-se
necessário o ajuste do texto da proposição em análise a fim de adequá-la ao que determina a Lei Complementar nº
95/1998, corrigindo um erro meramente material, razão pela qual adiro ao estudo técnico.
Cabe ressaltar que a Lei Complementar nº 95/1998 recomenda a previsão expressa da vigência da lei,
reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação. Com efeito, a
previsão de entrada em vigor na data da publicação atende ao disposto no referido artigo.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 229/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2015 de autoria do Excelentíssimo
Deputado Estadual Enivaldo dos Anjos.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
90
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
JANETE DE SÁ
1 CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. rev. Coimbra: Almedina, 1993. 2 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos. 3 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 4 Supremo Tribunal Federal - ADI 507 / AM - AMAZONAS - Relator: Min. CELSO DE MELLO - Data do Julgamento: Julgamento: 14/02/1996 - Órgão Julgador: Tribunal Pleno - Data da publicação: DJ 08-08-2003 PP-00085. 5 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: [...]
IV - decretos legislativos; 6 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições: [...]
III - projeto de decreto legislativo; 7 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e uma votação. 8 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 9 Art. 200. São dois os processos de votação: I - simbólico; e 10 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:
II - ordinária; 11 Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 29. 12 Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 70/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 27/2015
Autor: Deputado Estadual Enivaldo dos Anjos
Assunto: “Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Wilson Elizeu Coelho”.
1. RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Enivaldo dos Anjos que visa
conceder ao senhor Wilson Elizeu Coelho o Título de Cidadão Espírito-Santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 2.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 8.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 9.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 08, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
A proposição passou pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
opinou pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, conforme determina o art. 52 do
Regimento Interno da Assembleia Legislativa, em atendimento ao despacho exarado pelo Presidente da Mesa
Diretora (fl. 02).
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2015 de iniciativa do Deputado
Estadual Enivaldo dos Anjos que visa conceder ao Senhor Wilson Elizeu Coelho o Título de Cidadão Espírito-
Santense.
Em sua justificava, o Excelentíssimo Deputado Estadual esclarece que o homenageado possui 62 (sessenta
e dois) anos e foi prefeito do município de Água Doce do Norte.
E continua em sua justificativa de fl. 03:
91
Tal homenagem se justifica, uma vez que, o Dr. Wilson Elizeu Coelho, que é um médico bastante
conceituado no estado do Espírito Santo e que, em toda a sua vida, prezou pela defesa de um
sistema de saúde eficiente e gratuito para a população de Água Doce do Norte e demais municípios
da região Noroeste do Estado.
Filho de Gumercindo Coelho e Laura Elizeu Coelho, Dr. Wilson Elizeu Coelho, que é especialista
em Cirurgia Geral, Ortopedia e traumatologia, é de família tradicional do município, fez da
medicina um instrumento de defesa dos mais humildes, sendo reconhecida pela sua competência e
pelo tratamento humano dispensado à todos os pacientes.
Nesse contexto, o senhor Hamilton Soares Júnior faz por merecer o título proposto, pois, conforme se
depreende da justificativa do projeto, acima reproduzida, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-
santense, sobretudo na área de sua especialidade.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 70/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2015, de autoria do Deputado Estadual Enivaldo dos
Anjos.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 175/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 28/2015
Autor: Deputado Edson Magalhães
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Rosania Martins Vieira”.
I – RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Edson Magalhães, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Rosania Martins
Vieira.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 03/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 08/06/2015. Publicada no DLP - Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 09 de junho
de 2015, fl. 07/08 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 28/2015 visa conceder Título de Cidadã Espírito-
92
Santense à Sra. Rosania Martins Vieira.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
da autoria de qualquer Deputado ou da Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual
nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
93
Logo, ao ser proposto pelo parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, e também com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pela homenageada.
Pelo que consta dos autos, à Sra. Rosania Martins Vieira é brasileira, ficou viúva aos 37 anos de idade, mãe
de 02 filhos, nascida na cidade do Rio de Janeiro/RJ, onde se especializou em Clínica Médica e Cardiologia.
Veio para o Estado do Espírito Santo em 1980, com o propósito de acompanhar seu esposo convidado a
chefiar o Departamento de Engenharia da SAMARCO, e também, de dar continuidade à sua carreira, visto que
neste período cursava Mestrado na área de medicina.
A partir de então foi exercendo no Município de Guarapari ES, uma trajetória exemplar como médica
cardiologista de grande expressão, reconhecida que é pelo povo de Guarapari.
Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 09 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Rosania Martins Vieira.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 175/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 28/2015, de autoria do Senhor Deputado Edson Magalhães.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
94
PARECER N.º 34/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 28/2015
Autor: Deputado Edson Magalhães
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Rosania Martins Vieira”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Edson Magalhães, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Rosania Martins
Vieira.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 03/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 08/06/2015. Publicada no DLP - Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 09 de junho
de 2015, fls. 07/08 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 28/2015 visa conceder Título de Cidadã Espírito-
Santense à Sra. Rosania Martins Vieira.
Pelo que consta dos autos, à Sra. Rosania Martins Vieira é brasileira, ficou viúva aos 37 anos de idade, mãe
de 02 filhos, nascida na cidade do Rio de Janeiro/RJ, onde se especializou em Clínica Médica e Cardiologia.
Veio para o Estado do Espírito Santo em 1980, com o propósito de acompanhar seu esposo convidado a
chefiar o Departamento de Engenharia da SAMARCO, e também, de dar continuidade à sua carreira, visto que
neste período cursava Mestrado na área de medicina.
A partir de então foi exercendo no Município de Guarapari ES, uma trajetória exemplar como médica
cardiologista de grande expressão, reconhecida que é pelo povo de Guarapari.
Por tudo aqui exposto e pela relevância dos trabalhos prestados pela Sra. Rosania Martins Vieira é que se
justifica a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense que se objetiva conceder através deste Projeto de
Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 34/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 28/2015, de autoria do Deputado Edson Magalhães.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 197/2015
95
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 29/2015
Autor: Deputado Estadual Doutor Hércules
Assunto: Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Hamilton Soares Júnior.
RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Doutor Hércules que visa
conceder ao senhor Hamilton Soares Júnior o título de cidadão espírito-santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 3.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 8.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 9.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 07, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no artigo 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
De plano, cumpre analisar se as normas previstas no Projeto de Decreto Legislativo nº 29/2015 a serem
introduzidas no ordenamento jurídico estatual observam o que determina a Constituição Federal e Estadual com
referência ao que a doutrina e jurisprudência vêm denominando de constitucionalidade nomodinâmica. Ou seja,
deve ser apurado se a lei ou ato normativo infraconstitucional não detém vício no seu processo de formação.
Segundo nos ensina José Joaquim Gomes Canotilho:
Os vícios formais [...] incidem sobre o acto normativo enquanto tal, independentemente do seu
conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese inconstitucionalidade
formal, viciado é acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na forma final.1
Dentro do panorama de distribuição de competências erigido pela CF/1988, em seu especial com base no
que determina o princípio federativo estabelecido expressamente em seus arts. 1º2 e 25
3, tem-se que a autonomia
legislativa de cada ente federativo é assegurada nos termos da Carta da República desde que atendidos os seus
preceitos e princípios.
Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, in verbis:
Os Estados-membros organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem (CF, art.
25), submetendo-se, no entanto, quanto ao exercício dessa prerrogativa institucional
(essencialmente limitada em sua extensão), aos condicionamentos normativos impostos pela
Constituição Federal, pois é nesta que reside o núcleo de emanação (e de restrição) que informa e
dá substância ao poder constituinte decorrente que a Lei Fundamental da República confere a essas
unidades regionais da Federação. Doutrina. Precedentes.4 (original sem grifo)
Conclui-se do exposto que a República Federativa do Brasil adota o modelo federativo em que é
impreterível que haja simetria em determinadas matérias entre o que determina a CF/1988 e a CE/1989. Destarte,
se porventura norma infraconstitucional federal ou estadual for díspar em relação ao que determina a Carta Cidadã,
estaremos diante de uma lei inconstitucional.
Assim sendo, verifica-se que a presente proposição legislativa trata da concessão de honraria de iniciativa
da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, consoante preceitua o inciso XXIX do art. 56 da CE/1989,
in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: [...]
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. (original sem destaque)
96
Com efeito, conclui-se que o Deputado Estadual proponente do decreto legislativo em análise detém
competência legislativa para a elaboração do ato. Destarte, não há que se cogitar qualquer inconstitucionalidade
formal orgânica.
No tocante a espécie normativa adequada à matéria, por força no disposto no inciso IV do art. 615 da
Constituição Estadual c/c inciso III do art. 1416 do Regimento Interno desta Casa de Leis, ressalta-se que há
compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
Ato contínuo, a proposição deverá ser discutida e votada em um único turno, exigindo, para sua
aprovação, o quórum de maioria simples de votos dos membros da Casa em processo de votação simbólica, em
consonância com o disposto no art. 1507 c/c art. 194
8 e inciso I do art. 200
9, I e 201, todos do Regimento Interno da
ALES.
Ainda de acordo com as normas regimentais da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, deve o
projeto de decreto legislativo em foco observar o regime de tramitação ordinário (inciso II do art. 14810
do
Regimento Interno da ALES).
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A análise da constitucionalidade material se refere à matéria, ao conteúdo do ato normativo, não podendo
projeto de lei violar regras ou princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Portanto,
não interessa averiguar, neste momento, o procedimento de elaboração da espécie normativa, mas, de fato, o seu
conteúdo.
Conforme leciona Luís Roberto Barroso:
[...] a inconstitucionalidade material expressa uma incompatibilidade de conteúdo,
substantiva entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Pode traduzir-se no confronto com
uma regra constitucional – e.g., a fixação da remuneração de uma categoria de servidores
públicos acima do limite constitucional (art. 37, XI) – ou com um princípio constitucional, como
no caso de lei que restrinja ilegitimamente a participação de candidatos em concurso público, em
razão do sexo ou idade (art. 5º, caput, e 3º, IV), em desarmonia com o mandamento da isonomia. O
controle material constitucionalidade pode ter como parâmetro todas as categorias de
normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas11
. (original
sem grifo ou destaque)
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, infere-se que inexiste qualquer inconstitucionalidade material no que tange à vigência da lei no tempo,
pois a vigência da proposição ocorrerá a partir de sua publicação, não se pretendendo sua retroatividade.
Por derradeiro, por não violar o princípio da isonomia ou pretender desconstituir ato jurídico “já
consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”, modificar “decisão judicial de que já não caiba
recurso”, ou mesmo desrespeitar “direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo
começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”, não há
falar em violação ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou ao direito adquirido, motivo pelo qual inexiste
violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, tampouco a princípios, direitos e garantias previstos na
Carta Magna.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Cumpre assinalar que a despeito dos requisitos acima elencados, pode-se concluir que o presente projeto de
decreto legislativo respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno da ALES.
No que diz respeito à legalidade, a Lei nº 7.832/2004, em seu artigo 1º12
, exige que a concessão de Título
de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e incontestável
benefício.
Quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Casa de Leis o juízo de delibação sobre
sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei nº 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Ante o exposto, verifica-se que o presente projeto de lei decreto legislativo se adequada integralmente ao
que determina o Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
97
TÉCNICA LEGISLATIVA
Conforme se extrai do estudo de técnica legislativa elaborado pela Diretoria de Redação à fl. 07, faz-se
necessário o ajuste do texto da proposição em análise a fim de adequá-la ao que determina a Lei Complementar nº
95/1998, corrigindo um erro meramente material, razão pela qual adiro ao estudo técnico.
Cabe ressaltar que a Lei Complementar nº 95/1998 recomenda a previsão expressa da vigência da lei,
reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação. Com efeito, a
previsão de entrada em vigor na data da publicação atende ao disposto no referido artigo.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 197/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 29/2015 de autoria do Excelentíssimo
Deputado Estadual Doutor Hércules.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
1 CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. rev. Coimbra: Almedina, 1993. 2 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos. 3 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 4 Supremo Tribunal Federal - ADI 507 / AM - AMAZONAS - Relator: Min. CELSO DE MELLO - Data do Julgamento: Julgamento: 14/02/1996 - Órgão Julgador: Tribunal Pleno - Data da publicação: DJ 08-08-2003 PP-00085. 5 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: [...]
IV - decretos legislativos; 6 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições: [...]
III - projeto de decreto legislativo; 7 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e uma votação. 8 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 9 Art. 200. São dois os processos de votação: I - simbólico; e 10 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:
II - ordinária; 11 Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 29. 12 Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 55/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 29/2015
Autor: Deputado Estadual Doutor Hércules
Assunto: Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Hamilton Soares Júnior.
1. RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Doutor Hércules que visa
conceder ao senhor Hamilton Soares Júnior o título de cidadão espírito-santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 3.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 8.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 9.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 07, ofertando sugestões apenas no
98
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
A proposição passou pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
opinou pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, conforme determina o art. 52 do
Regimento Interno da Assembleia Legislativa, em atendimento ao despacho exarado pelo Presidente da Mesa
Diretora (fl. 02).
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 29/2015 de iniciativa do Deputado
Estadual Doutor Hércules que visa conceder ao senhor Hamilton Soares Júnior o Título de Cidadão Espírito-
Santense.
Em sua justificava, o Excelentíssimo Deputado Estadual esclarece que o homenageado nasceu Belo
Horizonte/MG e cursou Administração pela Faculdade Novo Milênio e Especialização em Gestão de Transporte e
Trânsito Abordagem Sistémica da Mobilidade Urbana pela Faculdade Capixaba de Administração e Educação –
UNICES, sendo pós graduado em Gestão de Negócios com Foco em Transportes pelo IBMEC. Atua como Diretor
Executivo da Viação Praia Sol e Vereda Transporte (fls. 03).
Nesse contexto, o senhor Hamilton Soares Júnior faz por merecer o título proposto, pois, conforme se
depreende da justificativa do projeto, acima reproduzida, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-
santense, sobretudo na área de sua especialidade.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 55/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 29/2015, de autoria do Deputado Estadual Doutor Hércules.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 176/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 30/2015
Autor: Deputado Estadual Doutor Hércules
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Cel. Edson Massayuki Hiroshi”.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 30/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Doutor
Hércules, o qual concede Título de Cidadão Espírito- Santense ao Cel. Edson Massayuki Hiroshi.
A proposição foi protocolizada no dia 03/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 08/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 09/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fl.07.
Após, os autos foram remetidos a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para
fins de apreciação do aspecto constitucional, jurídico, legal e de técnica legislativa da proposição, nos termos do
art.41, I do Regimento Interno da ALES.
Este é o relatório.
99
PARECER DO RELATOR
2) QUANTO A CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Conforme acima relatado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015, de autoria do Senhor Deputado
Estadual Doutor Hércules, tem por objetivo conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Cel. Edson
Massayuki Hiroshi.
Por força da hierarquia e supremacia da Constituição sobre as demais normas componentes do
ordenamento jurídico, todo projeto de lei, no caso, trata-se de outra espécie normativa, qual seja, o decreto
legislativo deve estar em consonância com o texto constitucional, sob pena de configuração de vício formal de
inconstitucionalidade. Tratando-se de projeto de decreto legislativo, este deve além de obedecer às normas da
Constituição da República, também, obrigatoriamente, sujeitar-se-á às normas da Constituição Estadual.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo tem que atender aos requisitos estabelecidos
na Constituição, tanto federal, quanto estadual, especialmente com relação aos seguintes pontos: a) competência
legislativa; b) iniciativa da proposição legislativa; c) procedimentos e formalidades de sua elaboração;
A competência para dispor sobre a matéria – concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense – é
estadual, pois este é uma honraria concedida por liberalidade da Administração Pública estadual, à teor do art.25, §
1º da CRFB/1988, verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
De outro giro, constato que, a concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deve ser veiculada pela
espécie normativa denominada decreto legislativo, nos precisos termos do art.56, XXIX c/c art.61, IV, ambos da
CE, verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
IV - decretos legislativos;
Destarte, neste aspecto, quanto a espécie normativa, o Projeto de Decreto Legislativo encontra-se em
perfeita consonância com o texto da Constituição Estadual.
A iniciativa para propositura de decreto legislativo tratando da concessão de Título de Cidadão Espírito-
Santense é do parlamentar, eis que trata-se de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a concessão de tal
honraria à teor do art.56, XXIX da CE acima citado, razão pela qual o Projeto em apreço, encontra-se adequado.
Quanto aos requisitos formais, o regime inicial de tramitação é o ordinário por força do art.148, II do
Regimento Interno da ALES, o quórum para aprovação é o de maioria simples na forma do art.194 do Regimento
Interno da ALES e o processo de votação é o simbólico nos termos do art.200, I do Regimento Interno da ALES.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo nº 30/2015 atende aos requisitos formais
tanto da Constituição da República quanto da Estadual.
3) QUANTO À CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
O conteúdo do Projeto de Decreto Legislativo nº 30/2015 é plenamente compatível com as normas e
princípios da Constituição da República e da Estadual, senão vejamos:
Como se trata de matéria atinente a congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição da República, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente Projeto de Decreto Legislativo não se relaciona com a
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
cláusula pétrea.
Destarte, pode-se concluir que a presente proposição não viola o princípio da isonomia e nem mesmo o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada.
No que tange a vigência da lei no tempo cumpre observar que as normas nascem com a promulgação, mas
começam a vigorar com a publicação, ou melhor, com a publicação a lei torna-se obrigatória na data indicada como
100
termo inicial de sua vigência.
Assim, depreende-se do artigo 8º da Lei Complementar nº 95/1998 que a vigência da lei será indicada de
forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a
cláusula “entra em vigor na data de sua publicação para as leis de pequena repercussão”, como é o caso do Projeto
de Decreto Legislativo ora analisado.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
4) DA JURIDICIDADE E LEGALIDADE
A concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense é deferida àquela pessoa que tenha prestado relevantes
serviços em favor à sociedade.
Depreende-se da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, que o homenageado incorporou-se às
fileiras do Exército, tendo exercido diversos cargos dentro das estrutura da referida corporação militar tendo sido
agraciado com várias medalhas por seu desempenho profissional.
Dessa forma, resta nítido que o homenageado prestou relevantes serviços na área militar à sociedade
capixaba, fazendo jus à concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense, nos precisos termos do art.1º da Lei nº
7.832/2004, verbis:
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
No que tange ao aspecto jurídico e legal o Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos
previstos no Regimento Interno da ALES sendo com ele compatível, bem como resta atendida a legislação
específica para sua elaboração.
Convém ressaltar, no entanto, que cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços
prestados pelo homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão.
Importante frisar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadão Espírito-Santense.
5) DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar nº 95/98, máxime quanto a
sua estruturação, art. 3º, sua articulação e redação, respectivamente arts. 10 e 11, todos do mesmo diploma legal
anteriormente citado.
No mais, a Diretoria Redação – DR já efetuou as correções devidas na redação do referido Projeto de
Decreto Legislativo através do Estudo de Técnica Legislativa (fl.09), motivo pelo qual sugiro a sua adoção.
Sendo assim, diante da constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de
Decreto Legislativo nº 30/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Doutor Hércules sugiro aos Ilustres Pares
desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 176/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 30/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Doutor Hércules.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
101
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 35/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 30/2015
Autor: Deputado Estadual Doutor Hércules
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Cel. Edson Massayuki Hiroshi”.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 30/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Doutor
Hércules, o qual concede Título de Cidadão Espírito- Santense ao Cel. Edson Massayuki Hiroshi.
A proposição foi protocolizada no dia 03/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 08/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 09/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fl.07.
Em continuidade, o Projeto de Decreto Legislativo veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos para exame e parecer no que tange ao mérito respectivo, em conformidade com as normas
regimentais estabelecidas no art. 52 do Regimento Interno da ALES.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
De acordo com o relatório supra, o Projeto de Decreto Legislativo nº 30/2015 de autoria do Deputado
Estadual Doutor Hércules tem por objetivo conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Cel. Edson Massayuki
Hiroshi.
Há que se ressaltar que a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Edson Massayuki
Hiroshi faz jus ao seu vasto currículo de relevantes serviços prestados em prol do Estado do Espírito Santo no
âmbito da área militar, conforme consta da justificativa do Projeto em exame.
Neste sentido, o Projeto de Decreto Legislativo nº31/2014 atende prontamente a análise de mérito
concernente ao art. 52 do Regimento Interno da ALES.
Ante o exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015, de autoria do Deputado
Estadual Doutor Hércules, deve ser aprovado no exame de mérito, o que nos leva a sugerir aos demais membros
desta importante Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos o seguinte.
PARECER N.º 35/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 30/2015, de autoria do Sr. Deputado Estadual Doutor
Hércules.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 206/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 31/2015
Autor: Deputado Estadual Sergio Majeski
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Aldo Lugão de Carvalho”.
102
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Sergio
Majeski, o qual concede Título de Cidadão Espírito- Santense ao senhor Aldo Lugão de Carvalho.
A proposição foi protocolizada no dia 03/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 08/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 09/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fl.06.
O presente Projeto de Decreto Legislativo foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer
jurídico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela
sua adequação aos itens mencionados.
Após, os autos foram remetidos a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para
fins de apreciação do aspecto constitucional, jurídico, legal e de técnica legislativa da proposição, nos termos do
art.41, I do Regimento Interno da ALES.
Este é o relatório.
PARECER DO RELATOR
2) QUANTO A CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Conforme acima relatado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015, de autoria do Senhor Deputado
Estadual Sergio Majeski, tem por objetivo conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Aldo Lugão de
Carvalho.
Por força da hierarquia e supremacia da Constituição sobre as demais normas componentes do
ordenamento jurídico, todo projeto de lei, no caso, trata-se de outra espécie normativa, qual seja, o decreto
legislativo deve estar em consonância com o texto constitucional, sob pena de configuração de vício formal de
inconstitucionalidade. Tratando-se de projeto de decreto legislativo, este deve além de obedecer às normas da
Constituição da República, também, obrigatoriamente, sujeitar-se-á às normas da Constituição Estadual.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo tem que atender aos requisitos estabelecidos
na Constituição, tanto federal, quanto estadual, especialmente com relação aos seguintes pontos: a) competência
legislativa; b) iniciativa da proposição legislativa; c) procedimentos e formalidades de sua elaboração;
A competência para dispor sobre a matéria – concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense – é
estadual, pois este é uma honraria concedida por liberalidade da Administração Pública estadual, à teor do art.25, §
1º da CRFB/1988, verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
De outro giro, constato que, a concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deve ser veiculada pela
espécie normativa denominada decreto legislativo, nos precisos termos do art.56, XXIX c/c art.61, IV, ambos da
CE, verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
IV - decretos legislativos;
Destarte, neste aspecto, quanto a espécie normativa, o Projeto de Decreto Legislativo encontra-se em
perfeita consonância com o texto da Constituição Estadual.
A iniciativa para propositura de decreto legislativo tratando da concessão de Título de Cidadão Espírito-
Santense é do parlamentar, eis que trata-se de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a concessão de tal
honraria à teor do art.56, XXIX da CE acima citado, razão pela qual o Projeto em apreço, encontra-se adequado.
Quanto aos requisitos formais, o regime inicial de tramitação é o ordinário por força do art.148, II do
Regimento Interno da ALES, o quórum para aprovação é o de maioria simples na forma do art.194 do Regimento
Interno da ALES e o processo de votação é o simbólico nos termos do art.200, I do Regimento Interno da ALES.
103
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015 atende aos requisitos formais
tanto da Constituição da República quanto da Estadual.
3) QUANTO À CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
O conteúdo do Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015 é plenamente compatível com as normas e
princípios da Constituição da República e da Estadual, senão vejamos:
Como se trata de matéria atinente a congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição da República, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente Projeto de Decreto Legislativo não se relaciona com a
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
cláusula pétrea.
Destarte, pode-se concluir que a presente proposição não viola o princípio da isonomia e nem mesmo o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada.
No que tange a vigência da lei no tempo cumpre observar que as normas nascem com a promulgação, mas
começam a vigorar com a publicação, ou melhor, com a publicação a lei torna-se obrigatória na data indicada como
termo inicial de sua vigência.
Assim, depreende-se do artigo 8º da Lei Complementar nº 95/1998 que a vigência da lei será indicada de
forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a
cláusula “entra em vigor na data de sua publicação para as leis de pequena repercussão”, como é o caso do Projeto
de Decreto Legislativo ora analisado.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
4) DA JURIDICIDADE E LEGALIDADE
A concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense é deferida àquela pessoa que tenha prestado relevantes
serviços em favor à sociedade.
Depreende-se da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, que o homenageado desenvolve relevante
trabalho na área médica no Município de Vitória como cardiologista na clínica SOCOR e no Município da Serra
como Diretor Técnico da Unidade de Pronto Atendimento – UPA.
Dessa forma, resta nítido que o homenageado prestou relevantes serviços na área da medicina à sociedade
capixaba, fazendo jus à concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense, nos precisos termos do art.1º da Lei nº
7.832/2004, verbis:
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
No que tange ao aspecto jurídico e legal o Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos
previstos no Regimento Interno da ALES sendo com ele compatível, bem como resta atendida a legislação
específica para sua elaboração.
Convém ressaltar, no entanto, que cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços
prestados pelo homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão.
Importante frisar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadão Espírito-Santense.
5) DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar nº 95/98, máxime quanto a
sua estruturação, art. 3º, sua articulação e redação, respectivamente arts. 10 e 11, todos do mesmo diploma legal
anteriormente citado.
No mais, a Diretoria Redação – DR já efetuou as correções devidas na redação do referido Projeto de
Decreto Legislativo através do Estudo de Técnica Legislativa (fl.07), motivo pelo qual sugiro a sua adoção.
Sendo assim, diante da constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de
Decreto Legislativo nº 31/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Sergio Majeski, sugiro aos Ilustres Pares
desta Comissão a adoção do seguinte:
104
PARECER N.º 206/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Sergio Majeski.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 44/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 31/2015
Autor: Deputado Estadual Sergio Majeski
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Aldo Lugão de Carvalho”.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Sergio
Majeski, o qual concede Título de Cidadão Espírito- Santense ao senhor Aldo Lugão de Carvalho.
A proposição foi protocolizada no dia 03/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 08/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 09/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fl.06.
O presente Projeto de Decreto Legislativo foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer
jurídico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela
sua adequação aos itens mencionados.
Após, dando sequência ao trâmite regimental, a proposição legislativa foi encaminhada para a Comissão de
Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, oportunidade em que recebeu parecer, manifestando pela sua
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Em continuidade, o Projeto de Decreto Legislativo veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos para exame e parecer no que tange ao mérito respectivo, em conformidade com as normas
regimentais estabelecidas no art. 52 do Regimento Interno da ALES.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
De acordo com o relatório supra, o Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015 de autoria do Deputado
Estadual Sergio Majeski tem por objetivo conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr . Aldo Lugão de
Carvalho.
Há que se ressaltar que a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Aldo Lugão de Carvalho
faz jus ao seu vasto currículo de relevantes serviços prestados em prol do Estado do Espírito Santo no âmbito da
área medicinal, conforme consta da justificativa do Projeto em exame.
Neste sentido, o Projeto de Decreto Legislativo nº31/2014 atende prontamente a análise de mérito
concernente ao art. 52 do Regimento Interno da ALES.
Ante o exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015, de autoria do Deputado
Estadual Sergio Majeski, deve ser aprovado no exame de mérito, o que nos leva a sugerir aos demais membros
desta importante Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos o seguinte.
PARECER N.º 44/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
105
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 31/2015, de autoria do Sr. Deputado Estadual Sergio Majeski.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 180/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 32/2015
Autor: Deputado Sérgio Majeski
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Hebert Wilson Santos Cabral”.
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 32/2015, de autoria do Exmo. Deputado Sérgio Majeski, concede ao
Sr. Hebert Wilson Santos Cabral o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na sua justificativa, o autor informa que:
Estamos homenageando o Sr. Hebert Wilson Santos Cabral com a concessão do Título de cidadão
espírito-santense, em reconhecimento ao seu grande trabalho desenvolvido na área médica. Nasceu
no dia 07 de maio de 1974, em Coronel Fabriciano, Estado de Minas Gerais.
Veio para Vitória aos 12 anos de idade e aos 17 anos iniciou sua carreira como professor em
escolas do ensino médio capixabas. Possui graduação em Medicina pela Escola de Medicina da
Santa Casa de Misericórdia de Vitória (1997), Especialização em Medicina do Trabalho
(EMESCAM -1998) e em Geriatria (UFF-2002), Mestrado em Medicina (Neurologia - UFF -
2004), Doutorado em Medicina (Neurologia - UFF - 2009) e Pós-Doutorado em Neurociências
(UFF - 2011).
Atualmente é professor Adjunto II do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal
Fluminense - RJ, atuando como professor e coordenador da disciplina Geriatria para a graduação
de Medicina, professor da Especialização Lato Sensu em Geriatria e Gerontologia e colaborador da
Especialização Stricto Sensu a nível Mestrado e Doutorado em Neurologia/Neurociências desta
Universidade.
É professor Titular da Universidade Vila Velha e coordenador do módulo Envelhecimento, bem
como responsável pelo projeto de Pesquisa, Extensão e Iniciação Científica da Graduação de
Medicina (PEPIC).
É professor Adjunto da graduação de Medicina da EMESCAM e permanente do Mestrado em
Políticas Públicas e Desenvolvimento Social desta mesma instituição.
Merecem destaque suas consultorias prestadas a empresas capixabas como o Grupo ArcelorMittal,
Samarco Mineração, Vale e outras renomadas empresas de grande porte de outros estados desde
2003, desenvolvendo metodologias para promoção da saúde e segurança de empregados através de
vários softwares, baseado nos avanços da neurociências.
Em algumas dessas empresas ainda desenvolve projetos de consultoria nas temáticas de Saúde
Mental e Dependência Química no que se refere a avaliação, tratamento e pesquisa com drogas
lícitas (álcool, tabaco e medicamentos) e ilícitas, Gestão dos Processos de Fadiga, tendo como
ênfase principal a promoção e prevenção da saúde do trabalhador.
Atua como pesquisador da UFF, UVV, UERJ, diretamente ou em colaboração, e é diretor técnico
científico da SME.
Dentre as linhas de pesquisa e ganhos para sociedade destacam-se os trabalhos relacionados à
neurologia do comportamento e à saúde e segurança do trabalhador, objetivando mudanças
comportamentais e melhora da qualidade de vida: Desempenho da capacidade cognitiva atencional
em usuários de drogas: comprometimento precoce; desenvolvimento do Sistema FOCOS
(Ferramentas Operacionais Computadorizadas em Saúde e Segurança), Sistema PDI (Prontidão
Diária Individual), Sistema EAC (Exame de Atenção Concentrada Computadorizada), Sistema
106
TAC (Teste de Atenção Concentrada).
Para nós, capixabas, é uma grande honra termos ao nosso lado, uma pessoa tão responsável e
generosa como o Dr. Hebert Wilson Santos Cabral, desta forma, é que apresento este projeto aos
meus pares para apreciação desta casa de leis.
A matéria foi protocolada em 03/06/2015, lida no expediente do dia 08/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 09/06/2015 (fls. 08/09 dos autos).
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do
Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. PARECER DO RELATOR
2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas.
Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato (inconstitucionalidade formal orgânica: competência da União, Estados e Municípios) ou do
procedimento de elaboração da norma.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(artigos 21 e 22); Municípios (artigos 29 e 30); e Estados (artigo 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada; pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passamos à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
O desrespeito ao procedimento de elaboração da norma pode ocorrer, ainda, na fase de iniciativa, o
chamado vício de iniciativa, ou em qualquer outra fase do processo legislativo, como, por exemplo, na
inobservância do quorum de votação ou aprovação da espécie normativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo, na redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 23 de novembro de 2009.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
Relativamente a quorum, é importante ressalvar que existem dois tipos:
a) quorum de votação: é aquele necessário para que ocorra deliberação do plenário ou da comissão
a respeito de certa proposição, e não para aprovar o Projeto. O quorum de votação, no caso em tela,
é de maioria absoluta dos membros (mais de 50% dos membros) (art. 59 da Constituição do Estado
e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de
2009).
b) quorum de aprovação: é aquele necessário para aprovar o Projeto. O quorum de aprovação do
Decreto Legislativo é de maioria simples ou relativa, ou seja, mais de 50% (cinquenta por cento)
dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia
107
Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em apreço.
2.2 DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3 DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente, consoante o
artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada às fls. 03/05 dos presentes autos atende ao que
determina o art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4 DA TÉCNICA LEGISLATIVA
No caso em exame, houve obediência ao art. 3º da LC nº 95/1998, porquanto o projeto foi estruturado em
três partes básicas: parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; e parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições
transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois o primeiro artigo do texto indica o objeto da
proposição e o respectivo âmbito de aplicação, a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo,
a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão.
A vigência da proposição está indicada de maneira expressa, respeitando o art. 8º da LC 95/98.
Cumpridas as regras do art. 10, porquanto, no texto da proposição, a unidade básica de articulação é o
artigo, indicado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal.
Respeitadas também as regras do caput e do inciso I do art. 11, pois as disposições normativas foram
redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, e, para obtenção de clareza, foram usadas as palavras e as
expressões em seu sentido comum e frases curtas e concisas, foram construídas as orações na ordem direta,
108
evitando-se preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis, buscou-se a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto das normas legais, dando-se preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente, e foram
usados os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando-se os abusos de caráter estilístico.
Por derradeiro, não foi descumprida a regra prevista no inciso III do art. 11 da Lei Complementar nº
95/1998, pois, para obtenção de ordem lógica, restringiu-se o conteúdo de cada artigo da proposição a um único
assunto ou princípio.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 10), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98, que rege
a redação dos atos normativos.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 180/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 32/2015, de autoria do Exmo. Deputado Sérgio Majeski, com fundamento no
artigo 25, § 1º, da Constituição da República, e, artigos 56, inciso XXIX, art. 61, inciso IV e art. 63, caput, da
Constituição Estadual, e legislação infraconstitucional, notadamente a Lei Estadual nº 7.832/04, devendo seguir sua
regular tramitação nesta Casa Legislativa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 36/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 32/2015
Autor: Deputado Sergio Majeski
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Hebert Wilson Santos Cabral.”
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 32/2015, de autoria do Exmo. Deputado Sérgio Majeski, concede ao
Sr. Hebert Wilson Santos Cabral o título de Cidadão Espírito-Santense.
A matéria foi protocolada em 03/06/2015, lida no expediente do dia 08/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 09/06/2015 (fls. 08/09 dos autos).
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para exame e parecer de
mérito, atendendo ao artigo 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. PARECER DO RELATOR Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 32/2015, de autoria do Excelentíssimo
Senhor Deputado Sérgio Majeski, visa a conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Hebert Wilson
Santos Cabral.
Na sua justificativa, o autor informa que:
Estamos homenageando o Sr. Hebert Wilson Santos Cabral com a concessão do Título de cidadão
espírito-santense, em reconhecimento ao seu grande trabalho desenvolvido na área médica. Nasceu
no dia 07 de maio de 1974, em Coronel Fabriciano, Estado de Minas Gerais.
109
Veio para Vitória aos 12 anos de idade e aos 17 anos iniciou sua carreira como professor em
escolas do ensino médio capixabas. Possui graduação em Medicina pela Escola de Medicina da
Santa Casa de Misericórdia de Vitória (1997), Especialização em Medicina do Trabalho
(EMESCAM -1998) e em Geriatria (UFF-2002), Mestrado em Medicina (Neurologia - UFF -
2004), Doutorado em Medicina (Neurologia - UFF - 2009) e Pós-Doutorado em Neurociências
(UFF - 2011).
Atualmente é professor Adjunto II do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal
Fluminense - RJ, atuando como professor e coordenador da disciplina Geriatria para a graduação
de Medicina, professor da Especialização Lato Sensu em Geriatria e Gerontologia e colaborador da
Especialização Stricto Sensu a nível Mestrado e Doutorado em Neurologia/Neurociências desta
Universidade.
É professor Titular da Universidade Vila Velha e coordenador do módulo Envelhecimento, bem
como responsável pelo projeto de Pesquisa, Extensão e Iniciação Científica da Graduação de
Medicina (PEPIC).
É professor Adjunto da graduação de Medicina da EMESCAM e permanente do Mestrado em
Políticas Públicas e Desenvolvimento Social desta mesma instituição.
Merecem destaque suas consultorias prestadas a empresas capixabas como o Grupo ArcelorMittal,
Samarco Mineração, Vale e outras renomadas empresas de grande porte de outros estados desde
2003, desenvolvendo metodologias para promoção da saúde e segurança de empregados através de
vários softwares, baseado nos avanços da neurociências.
Em algumas dessas empresas ainda desenvolve projetos de consultoria nas temáticas de Saúde
Mental e Dependência Química no que se refere a avaliação, tratamento e pesquisa com drogas
lícitas (álcool, tabaco e medicamentos) e ilícitas, Gestão dos Processos de Fadiga, tendo como
ênfase principal a promoção e prevenção da saúde do trabalhador.
Atua como pesquisador da UFF, UVV, UERJ, diretamente ou em colaboração, e é diretor técnico
científico da SME.
Dentre as linhas de pesquisa e ganhos para sociedade destacam-se os trabalhos relacionados à
neurologia do comportamento e à saúde e segurança do trabalhador, objetivando mudanças
comportamentais e melhora da qualidade de vida: Desempenho da capacidade cognitiva atencional
em usuários de drogas: comprometimento precoce; desenvolvimento do Sistema FOCOS
(Ferramentas Operacionais Computadorizadas em Saúde e Segurança), Sistema PDI (Prontidão
Diária Individual), Sistema EAC (Exame de Atenção Concentrada Computadorizada), Sistema
TAC (Teste de Atenção Concentrada).
Para nós, capixabas, é uma grande honra termos ao nosso lado, uma pessoa tão responsável e
generosa como o Dr. Hebert Wilson Santos Cabral, desta forma, é que apresento este projeto aos
meus pares para apreciação desta casa de leis.
Destarte, uma vez presentes os requisitos para a concessão desta honraria, pugnou pela aprovação do bom
nome do homenageado para integrar o rol dos cidadãos do Estado do Espírito Santo.
Assim, este parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo exclusivamente à discricionariedade
parlamentar avaliar a conveniência da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao pretenso agraciado.
Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 32/2015 atende aos pressupostos
de mérito para ser aprovado.
Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 36/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO
do Projeto de Decreto Legislativo nº 32/2015, de autoria do Exmo. Deputado Sérgio Majeski.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
110
PARECER N.º 196/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 33/2015
Autor: Marcelo Santos
Assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Italo Chagas Santos.
RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2015, de autoria do Deputado Estadual Marcelo Santos, visa
conceder ao Sr. Italo Chagas Santos o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na sua justificativa (fl. 13 dos autos), o autor informa a trajetória de vida do pretenso agraciado, que nasceu
na cidade de Penedo, estado de Alagoas, em 1993, filho caçula de Francisco Chagas Santos Filho e Joene da Silva
dos Santos. Reside há mais de 3 anos no bairro Vila Capixaba, em Cariacica, ES, tendo contribuído com diversas
atividades profissionais e sociais para o Espírito Santo.
Italo Chagas Santos é membro de um grupo de pescadores de Cariacica, onde, além de tirar o seu sustento,
defende a pesca consciente no Estado e atua na conscientização da sociedade sobre os malefícios da pesca
predatória.
A matéria foi protocolada em 03.06.2015, lida no expediente do dia 08.06.2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 09.06.2015 (fls. 06/07 dos autos).
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 08), ofertando sugestões apenas no
tocante à redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no art. 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Verifica-se a inconstitucionalidade formal quando ocorre algum tipo de vício no processo de formação das
normas, seja no processo legislativo de sua elaboração, seja em razão de sua elaboração por autoridade
incompetente.
A inconstitucionalidade formal orgânica decorre da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato. Faz-se necessário verificar, aqui, se a competência para elaboração do Projeto de Lei é da União,
do Estado ou de Município.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(arts. 21 e 22); Municípios (arts. 29 e 30); e Estados (art. 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois, nos termos do art. 25, § 1º1, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Dito isso, fica evidente que pode o Estado do Espírito Santo exercer competência legislativa para tratar da
matéria alvo do Projeto de Decreto Legislativo no. 33/2015, não havendo, portanto, que se falar em
inconstitucionalidade por vício de competência, conforme art. 25, § 1º da CRFB/1988.
Superada a questão da competência legislativa, passa-se à análise da inconstitucionalidade formal
propriamente dita, que decorre da inobservância do devido processo legislativo. Neste ponto, deve-se verificar se
existe vício no procedimento de elaboração da norma, seja na fase de iniciativa (vício formal subjetivo), seja em
fases posteriores (vício formal objetivo).
Em relação à iniciativa para deflagrar a propositura, verifica-se que a matéria é de competência exclusiva
da Assembleia Legislativa, como determina o art. 56, XXIX2, da Constituição Estadual. Além disso, não se insere
dentre aquelas cuja iniciativa é de competência privativa do Chefe do Executivo (art. 63, parágrafo único3 da
CE/1989). Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual e com o Regimento Interno desta Casa de Leis (art. 152, II4 da Resolução n
o. 2.700/2009).
Verificada a competência do Estado e a iniciativa parlamentar para tratar da matéria, passemos à análise do
procedimento para a elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do art. 61, IV5, da Constituição Estadual, e arts. 141, III
6 e 151 § 2º.
7 do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa. Como se trata de matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a ser regulada por meio
111
de decreto legislativo, esta não depende de sanção do Governador.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação:
- regime inicial de tramitação da matéria: em princípio, deverá seguir o regime de tramitação
ordinário, nos termos do art. 1488 do Regimento Interno da ALES (Resolução n
o. 2.700/2009).
- quorum para aprovação da matéria: em linha com o art. 1949 do Regimento Interno da ALES
(Resolução no. 2.700/2009), as deliberações deverão ser tomadas por maioria simples dos membros
da Casa, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
- processo de votação a ser utilizado: conforme a inteligência do art. 200, l10
, do Regimento
Interno, o processo de votação, em princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não
se enquadra entre aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao
processo de votação nominal, nos termos do artigo 202, do Regimento Interno.
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em questão.
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há que se falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas
Constituições Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa
julgada.
Como se trata de matéria atinente a congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em questão não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
A propositura está de acordo com o que determina a Lei no. 7.832/2004, que dispõe sobre a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno da Casa (Resolução nº 2.700/2009).
Assim, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a matéria.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, faz-se necessário observar as regras previstas na Lei
Complementar Federal nº 95/1998, que rege a redação dos atos normativos.
Nesse aspecto, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria de Redação (fl. 08), que
propõe o ajuste meramente redacional da proposição, razão pela qual adiro integralmente ao estudo técnico.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar Federal nº 95/1998 recomenda a reserva de vigência na
data de sua publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
Ante o exposto, caso sejam adotadas as modificações propostas pela Diretoria de Redação, conclui-se que
projeto em tela observa a boa técnica legislativa e legislação de regência.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 196/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2015 de autoria do Deputado Estadual
Marcelo Santos.
112
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
1 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. 2 Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição
normativa dos outros Poderes: (...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. 3 Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.
Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:
I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo ou aumento de sua remuneração; II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar;
III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;
IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;
V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública;
VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo. 4 Art. 152. A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
(...)
II - da Mesa; (...) 5 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...) IV - decretos legislativos;
(...) 6 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições: (...)
III - projeto de decreto legislativo;
(...) 7 Art. 151. Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. 8 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: I - de urgência;
II - ordinária;
III - especial. 9 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 10 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico; e II - nominal;
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 54/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 33/2015
Autor: Deputado Marcelo Santos
Assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Italo Chagas Santos.
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo de autoria do Exmo. Deputado Estadual Marcelo Santos, que
visa conceder ao Sr. Italo Chagas Santos o Título de Cidadão Espírito-santense.
A matéria foi protocolada em 03.06.2015, lida no expediente do dia 08.06.2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 09.06.2015 (fls. 06/07 dos autos).
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 08), ofertando sugestões apenas no
tocante à redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Após, a proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
manifestou-se pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto de decreto
legislativo.
Por derradeiro, vieram os autos a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
É o relatório.
113
PARECER DO RELATOR
Analisando a justificativa apresentada pelo Exmo. Deputado Estadual Marcelo Santos, percebe-se que o Sr.
Italo Chagas Santos é merecedor do Título de Cidadão Espírito-Santense, pois presta relevantes serviços em prol da
sociedade do Estado do Espírito Santo.
Consta na justificativa que o pretenso agraciado nasceu na cidade de Penedo, estado de Alagoas, em 1993,
filho caçula de Francisco Chagas Santos Filho e Joene da Silva dos Santos. Reside há mais de 3 anos no bairro Vila
Capixaba, em Cariacica, ES, tendo contribuído com diversas atividades profissionais e sociais para o Espírito
Santo.
Italo Chagas Santos é membro de um grupo de pescadores de Cariacica, onde, além de tirar o seu sustento,
defende a pesca consciente no Estado e atua na conscientização da sociedade sobre os malefícios da pesca
predatória.
É incontestável, portanto, que o Sr. Italo Chagas Santos presta relevantes serviços em prol da sociedade do
Estado do Espírito Santo, motivo pelo qual merece ser homenageado por esta Assembleia Legislativa.
Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2015 atende aos pressupostos
de mérito para ser aprovado.
Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 54/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 33/2015, de autoria do Exmo. Deputado Estadual Marcelo
Santos.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 205/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 34/2015
Autor: Deputado Marcelo Santos.
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. MARCOS AURÉLIO DE ARRUDA”.
I – RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Marcelo Santos, cujo conteúdo,
em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. MARCOS AURÉLIO DE
ARRUDA.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 03/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 09/06/2015. Publicada no DLP - Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 10 de junho
de 2015, fls. 06-07 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
114
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 34/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. MARCOS AURÉLIO DE ARRUDA.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
da autoria de qualquer Deputado ou da Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual
nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
115
ou nominal.
Logo, ao ser proposto pelo parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, e também com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado.
Pelo que consta dos autos, o Sr. Marcos Aurélio de Arruda é Capitão dos Portos do Espírito Santo desde 27
de junho de 2014. O mesmo ingressou na Escola Naval em 1987, tendo sido promovido a Capitão-de-Mar-e-Guerra
no ano de 2013.
O homenageado destaca-se por seus serviços prestados a Marinha do Brasil, onde também exerceu as
funções de Chefe de operação do 1° Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino; Chefe da Subseção de Tática no
Comando da Força Aeronaval; Chefe da Divisão de Inteligência Estratégico-Militar do Estado-Maior da Armada e
Chefe-Geral dos Serviços do Comando do 8° Distrito Naval.
Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 09 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. MARCOS AURÉLIO DE ARRUDA.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 205/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 34/2015, de autoria do Senhor Deputado Marcelo Santos.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 71/2015
116
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 34/2015
Autor: Deputado Marcelo Santos
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. MARCOS AURÉLIO DE ARRUDA”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Marcelo Santos, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. MARCOS
AURÉLIO DE ARRUDA.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 03/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 09/06/2015. Publicada no DLP - Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 10 de junho
de 2015, fls. 06-07 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 34/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. MARCOS AURÉLIO DE ARRUDA.
Pelo que consta dos autos, o Sr. Marcos Aurélio de Arruda é Capitão dos Portos do Espírito Santo desde 27
de junho de 2014. O mesmo ingressou na Escola Naval em 1987, tendo sido promovido a Capitão-de-Mar-e-Guerra
no ano de 2013.
O homenageado destaca-se por seus serviços prestados a Marinha do Brasil, onde também exerceu as
funções de Chefe de operação do 1° Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino; Chefe da Subseção de Tática no
Comando da Força Aeronaval; Chefe da Divisão de Inteligência Estratégico-Militar do Estado-Maior da Armada e
Chefe-Geral dos Serviços do Comando do 8° Distrito Naval.
Por tudo aqui exposto e pela relevância dos trabalhos prestados pelo Sr. MARCOS AURÉLIO DE
ARRUDA é que se justifica a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense que se objetiva conceder através
deste Projeto de Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III – PARECER N.º 71/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 34/2015, de autoria do Deputado Marcelo Santos.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
PADRE HONÓRIO
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 177/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 35/2015
Autor: Deputado Nunes.
117
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Jakson Andrade Silva”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Nunes, cujo conteúdo, em
síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Jakson Andrade Silva.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 08/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 09/06/2015. Publicada no DLP - Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 10 de junho
de 2015, fl. 06 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 35/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Jakson Andrade Silva.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
118
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
da autoria de qualquer Deputado ou da Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual
nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto pelo parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, e também com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo homenageado.
Pelo que consta dos autos, o Sr. Jakson Andrade Silva é casado com Mirian Seibert Hesse, tem dois filhos,
Hugo Andrade Silva e Lays Andrade Silva. Nascido em Aymorés, no dia 11/06/1966, chegou em Vitória para
trabalhar em 1982, onde fixou residência e vive até hoje.
Em 1994 foi convidado pelo companheiro Nunes, hoje Deputado Estadual desta Casa de Leis, para compor
a chapa que disputaria eleição no sindicato dos comerciários, onde foi vitorioso. No mesmo ano, dia 15 de outubro,
tomou posse compondo assim a diretoria do Sindicomerciários-ES. Com muita luta, Jakson conseguiu assegurar
um inédito benefício para a categoria comerciária capixaba: o plano de saúde (Executivemed, seguro de vida).
No mandato de 2000 a 2003 e de 2003 a 2006, Jakson foi eleito Secretário de Assuntos Jurídicos, voltando,
posteriormente, à presidência da entidade nas gestões de 2006/2009 e para o quadriênio 2009 a 2013. Também é
integrante do conselho do SESC (Serviço Social do Comércio) e compõe o setorial sindical do Partido dos
Trabalhadores (PT) do Espírito Santo.
No último mandato (2009-2013), o presidente acumulou em seu histórico de conquistas mais um feito
inédito em prol dos comerciários, que é o descanso obrigatório aos domingos para trabalhadores de supermercados
e hipermercados. Uma vitória importante que o consagrou com a reeleição para o quadriênio 2013 a 2017.
Jakson tem prestado inestimáveis serviços ao povo capixaba, por sua militância politica, como também,
pelo exemplo que tem deixado entre nós na luta dos trabalhadores.
Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
119
Federal nº 107/01.
À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Jakson Andrade Silva.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 177/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 35/2015, de autoria do Senhor Deputado Nunes.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 37/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 35/2015
Autor: Deputado Nunes.
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Jakson Andrade Silva”.
I – RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Nunes, cujo conteúdo, em
síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Jakson Andrade Silva.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 08/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 09/06/2015. Publicada no DLP - Diário do Poder Legislativo desta Casa do dia 10 de junho
de 2015, fl. 06 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 35/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Jakson Andrade Silva.
Pelo que consta dos autos, o Sr. Jakson Andrade Silva é casado com Mirian Seibert Hesse, tem dois filhos,
120
Hugo Andrade Silva e Lays Andrade Silva. Nascido em Aymorés, no dia 11/06/1966, chegou em Vitória para
trabalhar em 1982, onde fixou residência e vive até hoje.
Em 1994 foi convidado pelo companheiro Nunes, hoje Deputado Estadual desta Casa de Leis, para compor
a chapa que disputaria eleição no sindicato dos comerciários, onde foi vitorioso. No mesmo ano, dia 15 de outubro,
tomou posse compondo assim a diretoria do Sindicomerciários-ES. Com muita luta, Jakson conseguiu assegurar
um inédito benefício para a categoria comerciária capixaba: o plano de saúde (Executivemed, seguro de vida).
No mandato de 2000 a 2003 e de 2003 a 2006, Jakson foi eleito Secretário de Assuntos Jurídicos, voltando,
posteriormente, à presidência da entidade nas gestões de 2006/2009 e para o quadriênio 2009 a 2013. Também é
integrante do conselho do SESC (Serviço Social do Comércio) e compõe o setorial sindical do Partido dos
Trabalhadores (PT) do Espírito Santo.
No último mandato (2009-2013), o presidente acumulou em seu histórico de conquistas mais um feito
inédito em prol dos comerciários, que é o descanso obrigatório aos domingos para trabalhadores de supermercados
e hipermercados. Uma vitória importante que o consagrou com a reeleição para o quadriênio 2013 a 2017.
Jakson tem prestado inestimáveis serviços ao povo capixaba, por sua militância politica, como também,
pelo exemplo que tem deixado entre nós na luta dos trabalhadores.
Por tudo aqui exposto e pela relevância dos trabalhos prestados pelo Sr. Jakson Andrade Silva é que se
justifica a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense que se objetiva conceder através deste Projeto de
Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III – PARECER N.º 37/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 35/2015, de autoria do Deputado
Nunes.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente
SERGIO MAJESKI
Relator
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 198/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 36/2015
Autor (ª): Deputada Luzia Toledo
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Flávio Figueiredo Salles.”
RELATÓRIO
Trata-se o presente Projeto de Decreto Legislativo nº 36/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Flávio Figueiredo Salles.
A proposição foi protocolada no dia 08 de junho de 2015, lida na Sessão Ordinária do dia 09 do mesmo
mês e ano. A presente proposição encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL, do dia 10 de junho
de 2015, à pág. 02/03.
Aduz a justificativa que o homenageado, “nasceu na capital mineira Belo Horizonte, cursando
administração na UFES, onde foi presidente do Centro acadêmico Honestino Guimarães, delegado da UNE e
representante Estudantil. Foi designado pelo Departamento de Administração para ser o aluno a integrar a
Comissão de Discussão da nova grade curricular do curso, junto com os professores João Gualberto Moreira de
Vasconcelos e Lauro Cardinalli Prates. Trabalhou nos Governos de Gerson Camata, trabalhou no Serviço de
Controle e Acompanhamento da Dívida Estadual, sob a chefia de Manoel Vereza de Oliveira, na Secretaria de
Planejamento comandada por Orlando Caliman. No governo de Albuino Azeredo, elaborando o Programa Estadual
de qualidade Total, organizado pelo então Secretário Estadual de Planejamento Luiz Paulo Velozo Lucas. Também
121
foi funcionário da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo, onde começou como estagiário e chegou a
Assessor Especial da Diretoria. Foi no Sistema FINDES que despertou seu amor para o setor de eventos. No final
de 1989 fundou com seu pai, Paulo Salles, a empresa Paulo Salles Feiras e Eventos, assumindo e criando as
principais feiras industriais e comerciais que movimentaram o turismo de eventos nos anos 1990 e 2000, como a
Modular, Fitec, Automotiva, Constrular, Feiras de Negócios, Feiras dos Municípios, além de congressos e
seminários, organizando a Feira do Espírito Santo em São Paulo, realizada no Martcenter, em 1994.
O presente Projeto foi encaminhado a douta Procuradoria para exame e parecer na forma do art. 121 do
Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), recebeu parecer pela sua constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa, vindo a esta Comissão de Constituição e Justiça Serviço Público e Redação
para analise e parecer na forma do artigo 41, inciso I do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009).
É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.
PARECER DO RELATOR
FUNDAMENTAÇÃO
Da análise quanto ao aspecto da legalidade, da constitucionalidade formal e material, da juridicidade e da
técnica legislativa
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 36/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo, tem a
seguinte ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Flavio Figueiredo Salles.”
Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria que diz respeito ao estado-membro,
uma vez que o Título de Cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual
através do Poder Legislativo.
Sobre o prisma da constitucionalidade, não há quaisquer obstáculos a serem invocados, eis que o Projeto de
Decreto Legislativo em epígrafe trata de matéria de competência legislativa remanescente, consoante o que dispõe
o art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1°- São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos acima descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, § 2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
122
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, assim como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum necessário para aprovação será obtido com a maioria dos votos, presente a maioria absoluta de
seus membros, conforme art. 59 da Constituição Estadual e art. 194 do Regimento Interno.
O processo de votação a ser utilizado, inicialmente, deverá adotar a modalidade simbólica, por força dos
arts. 200, I, 201 do Regimento Interno. O regime inicial de tramitação será o ordinário - art. 148, II, do Regimento
Interno.
Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas Constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
tratados no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, o princípio da isonomia e da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
O presente Projeto de Decreto Legislativo não ofende o ordenamento jurídico infraconstitucional e
legislação específica geral.
Quanto à compatibilidade com o regimento interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o
atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela
Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu; vale lembrar
que a fl. 10 dos autos a DR se manifestou no que tange a técnica legislativa, o qual somos pelo seu acolhimento.
No que se refere à vigência da lei no tempo, assim dispõe ao art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, in
verbis:
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável
para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de
sua publicação” para as leis de pequena repercussão.
Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal.
Portanto, no tocante a juridicidade, constitucionalidade, legalidade e técnica legislativa, o Projeto não
encontra óbice que possa impedir sua regular tramitação.
À luz do que ficou posto, a análise restringe-se, tão somente, ao aspecto jurídico, pertencendo
123
exclusivamente à discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e oportunidade acerca
da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr Flavio Figueiredo Salles.
Assim analisado, concluímos no sentido de que o Projeto de Decreto Legislativo nº 36/2015, de autoria
da Deputada Luzia Toledo, concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Flavio Figueiredo Salles, atende
aos pressupostos de legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo prosperar em
sua tramitação, por não conter vícios contrários à sua natureza, sugerindo aos demais membros desta Comissão a
adoção do seguinte:
PARECER N.º 198/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, do Projeto de Decreto Legislativo nº
36/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 47/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 36/2015
Autor (ª): Deputada Luzia Toledo
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Flávio Figueiredo Salles.”
RELATÓRIO
O presente Projeto de Decreto Legislativo nº 36/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo, cujo
conteúdo, em síntese, dispõe sobre conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Flávio Figueiredo Salles.
A proposição foi protocolada no dia 08 de junho de 2015, lida na Sessão Ordinária do dia 09 do mesmo
mês e ano. A presente proposição encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL, do dia 10 de junho
de 2015, à pág. 02/03.
Encaminhado a douta Procuradoria para análise e parecer, na forma do art. 121, do Regimento interno
(Resolução nº 2.700/2009), recebeu parecer pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica
legislativa. Em seguida foi encaminhado a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para
análise e parecer na forma do art. 41, inciso I do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009). Após análise pela
Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, a matéria veio a esta Comissão de Defesa da
Cidadania e dos Direitos Humanos, na forma do art. 52, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), para
análise do mérito da matéria.
É o relatório. Passo a fundamentar a análise desenvolvida.
PARECER DO RELATOR
FUNDAMENTAÇÃO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 36/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo, tem a
seguinte ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Flavio Figueiredo Salles.”
Aduz a justificativa que o homenageado, “nasceu na capital mineira Belo Horizonte, cursando
administração na UFES, onde foi presidente do Centro acadêmico Honestino Guimarães, delegado da UNE e
representante Estudantil. Foi designado pelo Departamento de Administração para ser o aluno a integrar a
Comissão de Discussão da nova grade curricular do curso, junto com os professores João Gualberto Moreira de
Vasconcelos e Lauro Cardinalli Prates. Trabalhou nos Governos de Gerson Camata, trabalhou no Serviço de
Controle e Acompanhamento da Dívida Estadual, sob a chefia de Manoel Vereza de Oliveira, na Secretaria de
Planejamento comandada por Orlando Caliman. No governo de Albuino Azeredo, elaborando o Programa Estadual
de qualidade Total, organizado pelo então Secretário Estadual de Planejamento Luiz Paulo Velozo Lucas. Também
124
foi funcionário da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo, onde começou como estagiário e chegou a
Assessor Especial da Diretoria. Foi no Sistema FINDES que despertou seu amor para o setor de eventos. No final
de 1989 fundou com seu pai, Paulo Salles, a empresa Paulo Salles Feiras e Eventos, assumindo e criando as
principais feiras industriais e comerciais que movimentaram o turismo de eventos nos anos 1990 e 2000, como a
Modular, Fitec, Automotiva, Constrular, Feiras de Negócios, Feiras dos Municípios, além de congressos e
seminários, organizando a Feira do Espírito Santo em São Paulo, realizada no Martcenter, em 1994.
Descrito o objeto da proposição, devemos ressaltar que o parecer desta Comissão abrange apenas a análise
de seu mérito, em conformidade com o artigo 52, do Regimento Interno, estando prejudicada qualquer análise sob
ponto de vista diverso, que compete às outras Comissões, nos termos regimentais.
O homenageado merece ser agraciado com o titulo proposto, pois, conforme consta da justificativa e
currículo de fls. 03/04, apresentada pelo proponente, que através de seu trabalho em prol da sociedade capixaba,
que é destinatária e seus serviços, nas missões desenvolvidas os frutos de seu trabalho resultaram conquistas
importantes.
Conceder o Título de cidadania a este renomado profissional é um reconhecimento ao seu esforço,
dedicação e zelo que sempre trabalhou. Exemplo de perseverança que merece nossas homenagens.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 47/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 36/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo, concede
Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Flavio Figueiredo Salles.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 178/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 37/2015.
Autora: Deputada Estadual Luzia Toledo
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Wannir Siqueira Filho – Kiko”.
RELATÓRIO
A exame o Projeto de Decreto Legislativo nº 37/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo. A matéria
passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 09/06/2015. A matéria
foi publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 10 de junho de 2015. Passado pelo crivo da Diretoria de
Redação, onde sofreu correções, às quais adoto, por ser pertinente.
A justificativa sem assinatura da autora dando conta das razões da homenagem encontra-se inclusa. O Sr.
Wannir Siqueira Filho – Kiko, nasceu em Nova Iguaçu/RJ, e reside no Município de Santa Tereza no Estado do
Espírito Santo. O Sr. Wannir – Kiko, é funcionário Público Municipal e é Vereador no Município.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 37/15, veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público
e Redação. Designado Relator para oferecer o parecer quanto ao aspecto da constitucionalidade, juridicidade,
legalidade e técnica legislativa; passo ao exame da matéria para atender o disposto no art. 41,I, do Regimento
Interno.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
DA ANÁLISE DO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE, FORMAL E MATERIAL, JURIDICIDADE,
LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA.
125
Estamos a analisar Projeto de Decreto Legislativo para a concessão de Título de Cidadão. É preciso dizer
que o Título de Cidadão equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser
tratada como um conterrâneo, mesmo que não tenha nascido em nosso Estado.
Para que seja concedida tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ela fez sem visar lucros,
interesses pessoais ou profissionais em defesa do povo do Estado do Espírito Santo, desde que um Deputado
Estadual indique seu nome a apreciação dos demais membros do Colegiado Legislativo quando chegar ao Plenário.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 37/15, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr.
Wannir Siqueira Filho – Kiko. Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria de
competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração
pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista nos artigos 25, § 1º, da
Constituição Federal.
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos 56, XXIX (Redação dada pela EC. nº 62/09) e 61, IV, todos da Carta Estadual
e art. 151, § 2º, do Regimento Interno desta Casa de Leis que a espécie normativa adequada é o Decreto
Legislativo.
A matéria objeto da proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser de
qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004 c/c
arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
No que tange ao aspecto da constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que, a princípio, a
competência é da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, conforme ditames do Regimento
Interno, (Resolução nº 2.700/09).
Após análise dos aspectos constitucionais formais, resta-nos analisar os aspectos materiais, comparando as
regras do projeto com os preceitos constitucionais. Assim, as normas introduzidas no referido projeto encontram
compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições: CF/88 e CE/ES, bem como de legislação
infraconstitucional pertinente. Respeitados estão, os direitos e garantias previstos no art. 5º, CF/88, também, o
direito adquirido, ato jurídico perfeito, coisa julgada e princípio da isonomia.
O Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos previstos no RI, bem como no art. 1º,
caput, da Lei Estadual nº 7.832/04 (alterada pela Lei nº 8.957, de 21.07.2008), visto que o homenageado presta
relevantes serviços à comunidade capixaba, verbis:
Lei Estadual nº 7.832/04
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
(...)
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o
atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela
Lei Complementar Federal nº 107/01, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre deve ser aplicado ao
126
projeto em análise.
Não resta dúvida que o agraciado é merecedor da concessão do Título de Cidadania, eis que, conforme
consta da justificativa do Projeto, o agraciado é pessoa dedicada a eventos públicos de alcance social que tem
contribuído em muito para o desenvolvimento daquela região, principalmente exercendo o mandato de vereador.
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão de autoria da Deputada
Estadual Luzia Toledo.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadã Espírito-Santense ao Sr. Wannir Siqueira Filho – Kiko.
Quanto à vigência do decreto legislativo, a Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei
Complementar nº. 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se
tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua
publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal, não havendo reparo a ser
feito.
É necessário observar, ainda, que a data da entrada em vigor do Decreto Legislativo em análise, é a partir
da sua publicação no Diário Oficial do Poder Estado. O artigo 8º, § 1º, da Lei Complementar nº 95 de 1998,
que sofreu alterações, prescreve que a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período
de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo. Obedecido o princípio da
terrirorialidade, (em razão da soberania estatal, a norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado
que a editou, (LICC, arts. 8º e 9º), e à vigência da lei no tempo: a obrigatoriedade só surge com a publicação no
Diário Oficial; sua força obrigatória está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começar a vigorar.
Portanto, opinamos pela Constitucionalidade e Legalidade do Projeto de Decreto Legislativo nº 37/2015, de
autoria da Deputada Luzia Toledo, com fundamento nos artigos 25, § 1º, da Constituição Federal e 56, XXIX
(Redação dada pela EC. nº 62/09), 61, IV e 63, caput, da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional
pertinente, em especial, a Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pela Lei nº 8.957/08 e as
exigências regimentais atendidas como de praxe.
Pelas razões supra, conclui-se pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
Projeto de Decreto Legislativo n° 37/2015, de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo com a seguinte redação:
“Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Wannir Siqueira Filho –
Kiko.
Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação
Como Relator, tendo examinado a matéria a luz da legislação pertinente, estou relatando pela
constitucionalidade, legalidade e boa técnica legislativa. Sugerindo aos demais pares adoção do seguinte:
PARECER N.º 178/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 37/2015,
de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 38/2015
127
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 37/2015.
Autora: Deputada Luzia Toledo
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Wannir Siqueira Filho – Kiko.
I - RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 37/15, de autoria da Deputada Luzia Toledo, visa conceder o Título de
Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Wannir Siqueira Filho – Kiko.
A matéria foi lida no expediente da Sessão Ordinária do dia 09/06/2015. Veio acompanhada da
justificativa expondo as razões da propositura.
A propositura recebeu Parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria da Deputada Luzia Toledo, visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Wannir Siqueira Filho - Kiko, com a justificativa dando conta das razões pelas quais pretende
demonstrar a seus pares da oportunidade de homenagear uma pessoa de outro Estado.
O Sr. Wannir Siqueira Filho, é natural da cidade de Nova Iguaçu/EJ, reside em Santa Tereza – Espírito
Santo, onde presta relevantes serviços a sociedade capixaba, na área social, principalmente no exercício de seu
mandato de Vereador daquele Município.
Não resta dúvida que a agraciado é merecedor da concessão do Título de Cidadania, eis que, conforme
consta da justificativa do Projeto, o Sr. Wannir – Vereador, tem dado o melhor de sua inteligência em prol do
povo daquele acolhedor Município.
O perfil do homenageado enquadra-se dentro dos requisitos exigidos pela Comissão da Defesa da
Cidadania e dos Direitos Humanos, que tem como missão examinar quanto ao mérito de proposição de concessão
de Título de Cidadão Espírito-Santense, assim redigido:
“Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Wannir Siqueira Filho
– Kiko.
Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação
Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação do Projeto em comento,
por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do
Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009.
Portanto, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III– PARECER N.º 38/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO
do Projeto de Decreto Legislativo nº 37/2015, de autoria da Deputada Luzia Toledo.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 188/2015
128
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 38/2015
Autor (a): Deputado Bruno Lamas
Assunto: Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Ciléa Aparecida Victória Martins.
I – RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas,
que apresenta o seguinte assunto: concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Ciléa Aparecida Victória
Martins.
O Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas assim justificou a presente proposição:
Ciléa Aparecida Victoria Martins nasceu em 17 de agosto na cidade de Juiz de Fora no Estado de
Minas Gerais.
Estudou no Colégio dos Jesuítas e formou-se em medicina na Universidade Federal de Juiz de fora
- UFJF.
Fez residência médica e especialização em pneumologista no Hospital universitário da UFJF, após
a graduação mudou-se para Vitória, onde começou a atender em consultório e plantões, aos poucos
somente em consultório e exames específicos dentro da pneumologia, atual presidente da
Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo - SPES, coordenadora da comissão de asma, membro
da SBPT- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, médica do corpo clínico do Hospital
Metropolitano, desde sua inauguração, médica tisiologista do Programa de Tuberculose da
Prefeitura da Serra, pneumologista cooperada da Unimed Vitória.
Residindo há 26 anos em Vitória, têm dois filhos: Lucas médico residente de reumatologia na
Escola Paulista de Medicina e Bianca que se formará em dezembro deste ano em medicina pela
UFF.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120
do Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da
proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na
norma regimental.
A proposição que foi protocolizada no dia 08 de Junho de 2015, lida no expediente da sessão ordinária
realizada no dia 09 de Junho de 2015, e, posteriormente, foi publicada no Diário do Poder Legislativo DPL –
edição do dia 10 de Junho de 2015.
Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o
presente parecer, de acordo com o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno.
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A- ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL
A.1 - Competência legislativa para dispor sobre a matéria e competência de iniciativa da matéria
Verifica-se inicialmente a competência legislativa Parlamentar para deflagrar o presente procedimento, nos
termos do artigo 56, inciso XXIX, e art. 63, ambos da Constituição Estadual, in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao
Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os
requisitos estabelecidos nesta Constituição.
Ademais, cumpre ressaltar que trata-se do exercício da competência legislativa remanescente do Estado,
prevista no art. 25, § 1º, da Constituição da República, conforme verifica-se a seguir:
129
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Neste contexto, não há que se falar em qualquer vício de iniciativa que poderia inviabilizar e macular a
tramitação da presente proposição de iniciativa parlamentar, uma vez estar em conformidade com o que determina
a Constituição Estadual e a Constituição da República.
A.2 - Espécie normativa
O artigo 61, inciso IV da Constituição Estadual1 prevê como uma das espécies normativas o Decreto
Legislativo. Nesse mesmo sentido dispõe o artigo 141, inciso III do Regimento Interno2 (Resolução nº 2.700/2009).
Logo, verifica-se a compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
A.3 – Regime inicial de tramitação da matéria, quórum para sua aprovação e processo de votação a
ser utilizado
Tendo em vista a reforma constitucional estadual decorrente da Emenda n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 563, não se aplica o dispositivo previsto no inciso IV, do artigo 276 do Regimento Interno
4,
uma vez que sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da Assembleia
Legislativa, não dependendo mais de sanção do Excelentíssimo Senhor Governador, e nem de lei.
Feita essa consideração, conclui-se que, como o Regimento Interno não especializou seu regime de
tramitação inicial, o referido projeto deve seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso
II5, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009).
No que diz respeito ao quórum de aprovação, consoante o artigo 194 do Regimento Interno6, é necessária a
maioria simples dos membros desta Casa de Leis, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
Quanto ao processo de votação a ser utilizado, segundo a inteligência do artigo 200, inciso I7, do
Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), o processo a ser utilizado é o simbólico.
Por fim, quanto à discussão e votação, ressalta-se que deverá ser observado o contido no art. 1508, do
Regimento Interno.
A.4 – Constitucionalidade material
Inicialmente, é válida a citação dos ensinamentos do Excelentíssimo Ministro do Excelso Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Ferreira Mendes, sobre a inconstitucionalidade material, in verbis:
Os vícios materiais dizem respeito ao próprio conteúdo ou ao aspecto substantivo do ato,
originando-se de um conflito com regras ou princípios estabelecidos na Constituição.
A inconstitucionalidade material envolve, porém, não só o contraste direto do ato legislativo com o
parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do excesso de poder
legislativo.
É possível que o vício de inconstitucionalidade substancial decorrente do excesso de poder
legislativo constitua um dos mais tormentosos temas do controle de constitucionalidade hodierno.
Cuida-se de aferir a compatibilidade da lei com os fins constitucionalmente previstos ou de
constatar a observância do princípio da proporcionalidade, isto é, de se proceder à censura sobre a
adequação e a necessidade do ato legislativo.9
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição Federal, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente projeto de decreto legislativo não se relaciona com a
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
Cláusula Pétrea.
Com efeito, conforme o Ato 2.517/2007 exige análise, cumpre esclarecer que inexiste violação ao princípio
da isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e a coisa julgada (artigo 5º, inciso XXXVI, da
Constituição da República).
Ademais, o presente projeto de decreto legislativo não visa a alcançar situações jurídicas pretéritas. Desse
modo, o objeto dessa proposição é materialmente constitucional sob a perspectiva da aplicação na lei no tempo.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
130
B - JURIDICIDADE E LEGALIDADE:
A despeito dos requisitos acima elencados, pode-se depreender que o presente projeto de decreto legislativo
respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno.
No que diz respeito à legalidade, a legislação estadual específica (Lei n° 7.832/2004), em seu artigo 1º,
exige que a concessão de Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado
relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado, senão vejamos:
Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Assim, quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Assembleia Legislativa o juízo
de delibação sobre sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
C - TÉCNICA LEGISLATIVA:
No caso em exame, houve obediência ao art. 3º da LC nº 95/1998, porquanto o projeto foi estruturado em
três partes básicas: parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; e parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições
transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois o primeiro artigo do texto indica o objeto da
proposição e o respectivo âmbito de aplicação, a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo,
a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão.
A vigência da proposição está indicada de maneira expressa, respeitando o art. 8º da LC 95/98.
Cumpridas as regras do art. 10, porquanto, no texto da proposição, a unidade básica de articulação é o
artigo, indicado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal.
Respeitadas também as regras do caput e do inciso I do art. 11, pois as disposições normativas foram
redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, e, para obtenção de clareza, foram usadas as palavras e as
expressões em seu sentido comum e frases curtas e concisas, foram construídas as orações na ordem direta,
evitando-se preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis, buscou-se a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto das normas legais, dando-se preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente, e foram
usados os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando-se os abusos de caráter estilístico.
Por derradeiro, não foi descumprida a regra prevista no inciso III do art. 11 da Lei Complementar nº
95/1998, pois, para obtenção de ordem lógica, restringiu-se o conteúdo de cada artigo da proposição a um único
assunto ou princípio.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 08), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98, que rege
a redação dos atos normativos.
Por todo o exposto, sugerimos aos Membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 188/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº
38/2015, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas, com fundamento no artigo 25, § 1º, da
Constituição da República e art. 56, inciso XXIX, art. 61, inciso IV e art. 63, caput, todos da Constituição Estadual
e na legislação infraconstitucional, notadamente a Lei Estadual nº 7.832/04, devendo seguir sua regular tramitação
nesta Casa Legislativa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
131
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos; 2 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições:
(...)
III - projeto de decreto legislativo; 3 Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua
competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. 4 Art. 276. Compete às comissões permanentes abaixo referidas a votação dos projetos de lei que versem sobre as seguintes matérias:
(...)
IV - Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos - concessão de título de cidadão; 5 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:
(...) II - ordinária; 6 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 7 Art. 200. São dois os processos de votação: I - simbólico 8 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e
uma votação. 9 MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 2. Ed. rev. e atual. – São
Paulo: Saraiva, 2008, p. 1.013..
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 39/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 38/2015
Autor (a): Deputado Bruno Lamas
Assunto: Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Ciléa Aparecida Victória Martins
I – RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas,
que apresenta o seguinte assunto: concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Ciléa Aparecida Victória
Martins.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da
proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na
norma regimental.
A proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço e Redação para análise e
parecer, manifestando-se esta Comissão pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa
do referido projeto de decreto legislativo.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, da forma como estabelece o art.
52 do Regimento Interno.
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 38/2015, de autoria do Excelentíssimo
Senhor Deputado Bruno Lamas, visa a conceder o Título de Cidadã Espírito-Santense à Senhora Ciléa Aparecida
Victória Martins.
O Excelentíssimo Senhor Deputado assim justificou a presente proposição:
Ciléa Aparecida Victoria Martins nasceu em 17 de agosto na cidade de Juiz de Fora no Estado de
132
Minas Gerais.
Estudou no Colégio dos Jesuítas e formou-se em medicina na Universidade Federal de Juiz de fora
- UFJF.
Fez residência médica e especialização em pneumologista no Hospital universitário da UFJF, após
a graduação mudou-se para Vitória, onde começou a atender em consultório e plantões, aos poucos
somente em consultório e exames específicos dentro da pneumologia, atual presidente da
Sociedade de Pneumologia do Espírito Santo - SPES, coordenadora da comissão de asma, membro
da SBPT- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, médica do corpo clínico do Hospital
Metropolitano, desde sua inauguração, médica tisiologista do Programa de Tuberculose da
Prefeitura da Serra, pneumologista cooperada da Unimed Vitória.
Residindo há 26 anos em Vitória, têm dois filhos: Lucas médico residente de reumatologia na
Escola Paulista de Medicina e Bianca que se formará em dezembro deste ano em medicina pela
UFF.
Nesse contexto, o homenageado faz por merecer o título proposto, pois, conforme se depreende da
justificativa do projeto, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-santense.
Diante do exposto, somos pela adoção do seguinte:
PARECER N.º 39/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 38/2015, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado
Bruno Lamas.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 230/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 39/2015
Autor: Deputado Estadual Doutor Rafael Favatto
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense a Sra. Simony Benelli”.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Doutor
Rafael Favato, o qual concede Título de Cidadã Espírito- Santense a senhora Simony Benelli.
A proposição foi protocolizada no dia 08/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 09/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 10/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fl.07.
O presente Projeto de Decreto Legislativo foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer
jurídico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela
sua adequação aos itens mencionados.
Após, os autos foram remetidos a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para
fins de apreciação do aspecto constitucional, jurídico, legal e de técnica legislativa da proposição, nos termos do
art.41, I do Regimento Interno da ALES.
133
Este é o relatório.
PARECER DO RELATOR
2) QUANTO A CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Conforme acima relatado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015, de autoria do Senhor Deputado
Estadual Doutor Rafael Favato, tem por objetivo conceder o Título de Cidadã Espírito-Santense a Sra. Simony
Benelli.
Por força da hierarquia e supremacia da Constituição sobre as demais normas componentes do
ordenamento jurídico, todo projeto de lei, no caso, trata-se de outra espécie normativa, qual seja, o decreto
legislativo deve estar em consonância com o texto constitucional, sob pena de configuração de vício formal de
inconstitucionalidade. Tratando-se de projeto de decreto legislativo, este deve além de obedecer às normas da
Constituição da República, também, obrigatoriamente, sujeitar-se-á às normas da Constituição Estadual.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo tem que atender aos requisitos estabelecidos
na Constituição, tanto federal, quanto estadual, especialmente com relação aos seguintes pontos: a) competência
legislativa; b) iniciativa da proposição legislativa; c) procedimentos e formalidades de sua elaboração;
A competência para dispor sobre a matéria – concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense – é
estadual, pois este é uma honraria concedida por liberalidade da Administração Pública estadual, à teor do art.25, §
1º da CRFB/1988, verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
De outro giro, constato que, a concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deve ser veiculada pela
espécie normativa denominada decreto legislativo, nos precisos termos do art.56, XXIX c/c art.61, IV, ambos da
CE, verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
IV - decretos legislativos;
Destarte, neste aspecto, quanto a espécie normativa, o Projeto de Decreto Legislativo encontra-se em
perfeita consonância com o texto da Constituição Estadual.
A iniciativa para propositura de decreto legislativo tratando da concessão de Título de Cidadão Espírito-
Santense é do parlamentar, eis que trata-se de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a concessão de tal
honraria à teor do art.56, XXIX da CE acima citado, razão pela qual o Projeto em apreço, encontra-se adequado.
Quanto aos requisitos formais, o regime inicial de tramitação é o ordinário por força do art.148, II do
Regimento Interno da ALES, o quórum para aprovação é o de maioria simples na forma do art.194 do Regimento
Interno da ALES e o processo de votação é o simbólico nos termos do art.200, I do Regimento Interno da ALES.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015 atende aos requisitos formais
tanto da Constituição da República quanto da Estadual.
3) QUANTO À CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
O conteúdo do Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015 é plenamente compatível com as normas e
princípios da Constituição da República e da Estadual, senão vejamos:
Como se trata de matéria atinente a congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição da República, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente Projeto de Decreto Legislativo não se relaciona com a
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
cláusula pétrea.
Destarte, pode-se concluir que a presente proposição não viola o princípio da isonomia e nem mesmo o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada.
No que tange a vigência da lei no tempo cumpre observar que as normas nascem com a promulgação, mas
134
começam a vigorar com a publicação, ou melhor, com a publicação a lei torna-se obrigatória na data indicada como
termo inicial de sua vigência.
Assim, depreende-se do artigo 8º da Lei Complementar nº 95/1998 que a vigência da lei será indicada de
forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a
cláusula “entra em vigor na data de sua publicação para as leis de pequena repercussão”, como é o caso do Projeto
de Decreto Legislativo ora analisado.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
4) DA JURIDICIDADE E LEGALIDADE
A concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense é deferida àquela pessoa que tenha prestado relevantes
serviços em favor à sociedade.
Depreende-se da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, que a homenageada em que pese ter
nascido no Estado de São Paulo, reside atualmente no Estado do Espírito Santo, tendo ao longo de sua carreira
artística, realizado relevantes serviços no âmbito cultural para a sociedade capixaba.
Dessa forma resta nítido que a homenageada prestou relevantes serviços na área artístico-cultural à
sociedade capixaba, fazendo jus à concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense, nos precisos termos do art.1º
da Lei nº 7.832/2004, verbis:
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
No que tange ao aspecto jurídico e legal o Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos
previstos no Regimento Interno da ALES sendo com ele compatível, bem como resta atendida a legislação
específica para sua elaboração.
Convém ressaltar, no entanto, que cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços
prestados pelo homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão.
Importante frisar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadão Espírito-Santense.
5) DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar nº 95/98, máxime quanto a
sua estruturação, art. 3º, sua articulação e redação, respectivamente arts. 10 e 11, todos do mesmo diploma legal
anteriormente citado.
No mais, a Diretoria Redação – DR já efetuou as correções devidas na redação do referido Projeto de
Decreto Legislativo através do Estudo de Técnica Legislativa (fl.08), motivo pelo qual sugiro a sua adoção.
Sendo assim, diante da constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de
Decreto Legislativo nº 39/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Doutor Rafael Favato, sugiro aos Ilustres
Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 230/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Doutor Rafael Favato.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
135
PARECER N.º 66/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 39/2015
Autor: Deputado Estadual Doutor Rafael Favatto
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense a Sra. Simony Benelli”.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Doutor
Rafael Favato, o qual concede Título de Cidadã Espírito- Santense a senhora Simony Benelli.
A proposição foi protocolizada no dia 08/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 09/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 10/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fl.07.
O presente Projeto de Decreto Legislativo foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer
jurídico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela
sua adequação aos itens mencionados.
Após, dando sequência ao trâmite regimental, a proposição legislativa foi encaminhada para a Comissão de
Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, oportunidade em que recebeu parecer, manifestando pela sua
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Em continuidade, o Projeto de Decreto Legislativo veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos para exame e parecer no que tange ao mérito respectivo, em conformidade com as normas
regimentais estabelecidas no art. 52 do Regimento Interno da ALES.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
De acordo com o relatório supra, o Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015 de autoria do Deputado
Estadual Doutor Rafael Favato tem por objetivo conceder Título de Cidadã Espírito-Santense a Sra. Simony
Benelli.
Há que se ressaltar que a concessão do Título de Cidadã Espírito-Santense a Sra. Simony Benelli faz jus ao
seu vasto currículo de relevantes serviços prestados em prol do Estado do Espírito Santo no âmbito da área
artístico-cultural, conforme consta da justificativa do Projeto em exame.
Neste sentido, o Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2014 atende prontamente a análise de mérito
concernente ao art. 52 do Regimento Interno da ALES.
Ante o exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015, de autoria do Deputado
Estadual Doutor Rafael Favato, deve ser aprovado no exame de mérito, o que nos leva a sugerir aos demais
membros desta importante Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos o seguinte.
PARECER N.º 66/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 39/2015, de autoria do Sr. Deputado Estadual Doutor Rafael
Favatto.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 189/2015
136
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 40/2015
Autor: Deputado Estadual Guerino Zanon
Assunto: Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Amantino Pereira Paiva.
RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Guerino Zanon que visa
conceder ao senhor Amantino Pereira Paiva o Título de Cidadão Espírito-Santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 8.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 9.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 10.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 07, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no artigo 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
De plano, cumpre analisar se as normas previstas no Projeto de Decreto Legislativo nº 40/2015 a serem
introduzidas no ordenamento jurídico estatual observam o que determina a Constituição Federal e Estadual com
referência ao que a doutrina e jurisprudência vêm denominando de constitucionalidade nomodinâmica. Ou seja,
deve ser apurado se a lei ou ato normativo infraconstitucional não detém vício no seu processo de formação.
Segundo nos ensina José Joaquim Gomes Canotilho:
Os vícios formais [...] incidem sobre o acto normativo enquanto tal, independentemente do seu
conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese inconstitucionalidade
formal, viciado é acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na forma final.1
Dentro do panorama de distribuição de competências erigido pela CF/1988, em seu especial com base no
que determina o princípio federativo estabelecido expressamente em seus arts. 1º2 e 25
3, tem-se que a autonomia
legislativa de cada ente federativo é assegurada nos termos da Carta da República desde que atendidos os seus
preceitos e princípios.
Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, in verbis:
Os Estados-membros organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem (CF, art.
25), submetendo-se, no entanto, quanto ao exercício dessa prerrogativa institucional
(essencialmente limitada em sua extensão), aos condicionamentos normativos impostos pela
Constituição Federal, pois é nesta que reside o núcleo de emanação (e de restrição) que informa e
dá substância ao poder constituinte decorrente que a Lei Fundamental da República confere a essas
unidades regionais da Federação. Doutrina. Precedentes.4 (original sem grifo)
Conclui-se do exposto que a República Federativa do Brasil adota o modelo federativo em que é
impreterível que haja simetria em determinadas matérias entre o que determina a CF/1988 e a CE/1989. Destarte,
se porventura norma infraconstitucional federal ou estadual for díspar em relação ao que determina a Carta Cidadã,
estaremos diante de uma lei inconstitucional.
Assim sendo, verifica-se que a presente proposição legislativa trata da concessão de honraria de iniciativa
da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, consoante preceitua o inciso XXIX do art. 56 da CE/1989,
in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: [...]
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. (original sem destaque)
137
Com efeito, conclui-se que o Deputado Estadual proponente do decreto legislativo em análise detém
competência legislativa para a elaboração do ato. Destarte, não há que se cogitar qualquer inconstitucionalidade
formal orgânica.
No tocante a espécie normativa adequada à matéria, por força no disposto no inciso IV do art. 615 da
Constituição Estadual c/c inciso III do art. 1416 do Regimento Interno desta Casa de Leis, ressalta-se que há
compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
Ato contínuo, a proposição deverá ser discutida e votada em um único turno, exigindo, para sua
aprovação, o quórum de maioria simples de votos dos membros da Casa em processo de votação simbólica, em
consonância com o disposto no art. 1507 c/c art. 194
8 e inciso I do art. 200
9, I e 201, todos do Regimento Interno da
ALES.
Ainda de acordo com as normas regimentais da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, deve o
projeto de decreto legislativo em foco observar o regime de tramitação ordinário (inciso II do art. 14810
do
Regimento Interno da ALES).
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A análise da constitucionalidade material se refere à matéria, ao conteúdo do ato normativo, não podendo
projeto de lei violar regras ou princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Portanto,
não interessa averiguar, neste momento, o procedimento de elaboração da espécie normativa, mas, de fato, o seu
conteúdo.
Conforme leciona Luís Roberto Barroso:
[...] a inconstitucionalidade material expressa uma incompatibilidade de conteúdo,
substantiva entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Pode traduzir-se no confronto com
uma regra constitucional – e.g., a fixação da remuneração de uma categoria de servidores
públicos acima do limite constitucional (art. 37, XI) – ou com um princípio constitucional, como
no caso de lei que restrinja ilegitimamente a participação de candidatos em concurso público, em
razão do sexo ou idade (art. 5º, caput, e 3º, IV), em desarmonia com o mandamento da isonomia. O
controle material constitucionalidade pode ter como parâmetro todas as categorias de
normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas11
. (original
sem grifo ou destaque)
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, infere-se que inexiste qualquer inconstitucionalidade material no que tange à vigência da lei no tempo,
pois a vigência da proposição ocorrerá a partir de sua publicação, não se pretendendo sua retroatividade.
Por derradeiro, por não violar o princípio da isonomia ou pretender desconstituir ato jurídico “já
consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”, modificar “decisão judicial de que já não caiba
recurso”, ou mesmo desrespeitar “direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo
começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”, não há
falar em violação ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou ao direito adquirido, motivo pelo qual inexiste
violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, tampouco a princípios, direitos e garantias previstos na
Carta Magna.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Cumpre assinalar que a despeito dos requisitos acima elencados, pode-se concluir que o presente projeto de
decreto legislativo respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno da ALES.
No que diz respeito à legalidade, a Lei nº 7.832/2004, em seu artigo 1º12
, exige que a concessão de Título
de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e incontestável
benefício.
Quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Casa de Leis o juízo de delibação sobre
sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei nº 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
138
Ante o exposto, verifica-se que o presente projeto de lei decreto legislativo se adequada integralmente ao
que determina o Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Conforme se extrai do estudo de técnica legislativa elaborado pela Diretoria de Redação à fl. 07, faz-se
necessário o ajuste do texto da proposição em análise a fim de adequá-la ao que determina a Lei Complementar nº
95/1998, corrigindo um erro meramente material, razão pela qual adiro ao estudo técnico.
Cabe ressaltar que a Lei Complementar nº 95/1998 recomenda a previsão expressa da vigência da lei,
reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação. Com efeito, a
previsão de entrada em vigor na data da publicação atende ao disposto no referido artigo.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 189/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 40/2015 de autoria do Excelentíssimo
Deputado Estadual Guerino Zanon.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
1 CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. rev. Coimbra: Almedina, 1993. 2 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos. 3 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 4 Supremo Tribunal Federal - ADI 507 / AM - AMAZONAS - Relator: Min. CELSO DE MELLO - Data do Julgamento: Julgamento: 14/02/1996 - Órgão
Julgador: Tribunal Pleno - Data da publicação: DJ 08-08-2003 PP-00085. 5 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: [...]
IV - decretos legislativos; 6 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições: [...]
III - projeto de decreto legislativo; 7 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e uma votação. 8 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 9 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico; e 10 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: II - ordinária; 11 Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 29. 12 Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 40/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 40/2015
Autor: Deputado Estadual Guerino Zanon
Assunto: Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Amantino Pereira Paiva.
1. RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Guerino Zanon que visa
conceder ao senhor Amantino Pereira Paiva o Título de Cidadão Espírito-Santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
139
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 8.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 9.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 10.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 07, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
A proposição passou pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
opinou pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, conforme determina o art. 52 do
Regimento Interno da Assembleia Legislativa, em atendimento ao despacho exarado pelo Presidente da Mesa
Diretora (fl. 02).
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 40/2015 de iniciativa do Deputado
Estadual Guerino Zanon que visa conceder ao senhor Senhor Amantino Pereira Paiva o Título de Cidadão Espírito-
Santense.
Em sua justificava, o Excelentíssimo Deputado Estadual esclarece que o homenageado natural de Aimorés-
MG, mas se considera capixaba e linharense de coração.
E continua em sua justificativa de fl. 03:
Pai, marido e avô é advogado atuante, e tem um amplo currículo político, tendo iniciado sua
carreira em 1976 quando se candidatou pela primeira vez a vereador no Município de Linhares-ES,
nesta oportunidade foi eleito, sendo ainda o mais votado.
[...] foi Procurador Municipal e Secretário de Administração no Município de Linhares/ES, onde
deixou sua marca demonstrando eficiência e transparência a frente destes cargos. Além disso, foi
eleito vereador em mais três oportunidades (2005/2008 - 2009/2012 - 2013/2016), cargo este que
ocupa atualmente.
Nesse contexto, o senhor Amantino Pereira Paiva faz por merecer o título proposto, pois, conforme se
depreende da justificativa do projeto, acima reproduzida, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-
santense, sobretudo na área de sua especialidade.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 40/ 2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 40/2015, de autoria do Deputado Estadual Guerino Zanon.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 190/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 41/2015
Autor (a): Deputado Guerino Zanon
Assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Paulo Eustáquio Novais Lima.
I – RELATÓRIO
140
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Guerino Zanon,
que apresenta o seguinte assunto: concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Paulo Eustáquio Novais
Lima.
O Excelentíssimo Senhor Deputado Guerino Zanon assim justificou a presente proposição:
PAULO EUSTÁQUIO NOVAIS LIMA, nascido no Município de Pedra Azul – MG, Mudou-se
para Linhares em 1981.
Foi Diretor das Fazendas Agrobor e Nova Paraná - Fazendas estas localizadas no antigo Corrego
D'Água, hoje, Sooretama e Córrego Rodrigues, Linhares-ES com a implantação de Seringueira,
Guaraná e Café. Estas Fazendas eram do Grupo Cotia Trading - São Paulo.
Tem projetos aprovados em Angola, Costa Ocidental da África e Texas - USA.
Trabalhou e implantou vários projetos em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.
Foi o responsável pelo 1º Projeto no Brasil de experimento de Mamona, para Biodiesel junto com o
Grupo Cotia e Grupo Matarazzo, este projeto foi implantado no Nordeste nos Estados do
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piau e Ceará, no ano de 1980.
Hoje é Engenheiro Agrônomo da Secretaria Municipal de Linhares.
Diretor/Presidente do CLAM - Centro Linharense de Amigos do Menor - Entidade sem fins
lucrativos - localizado no Bairro Planalto - atendendo 325 (trezentos e vinte e cinco) crianças e
adolescentes de 06 a 17 anos e 11 meses, em Risco Social e Pessoal, com Atividades Educacionais,
Culturais, Esportivas, Artesanato e Lazer, em caráter de Jornada Ampliada. Sempre em parceria
com o Conselho Tutelar e outros Orgãos afins. Diretor-Presidente do Clam desde 2012.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120
do Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da
proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na
norma regimental.
A proposição que foi protocolizada no dia 09 de Junho de 2015, lida no expediente da sessão ordinária
realizada no dia 10 de Junho de 2015, e, posteriormente, foi publicada no Diário do Poder Legislativo DPL –
edição do dia 11 de Junho de 2015
Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o
presente parecer, de acordo com o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno.
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A- ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL
A.1 - Competência legislativa para dispor sobre a matéria e competência de iniciativa da matéria
Verifica-se inicialmente a competência legislativa Parlamentar para deflagrar o presente procedimento, nos
termos do artigo 56, inciso XXIX, e art. 63, ambos da Constituição Estadual, in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao
Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os
requisitos estabelecidos nesta Constituição.
Ademais, cumpre ressaltar que trata-se do exercício da competência legislativa remanescente do Estado,
prevista no art. 25, § 1º, da Constituição da República, conforme verifica-se a seguir:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Neste contexto, não há que se falar em qualquer vício de iniciativa que poderia inviabilizar e macular a
141
tramitação da presente proposição de iniciativa parlamentar, uma vez estar em conformidade com o que determina
a Constituição Estadual e a Constituição da República.
A.2 - Espécie normativa
O artigo 61, inciso IV da Constituição Estadual1 prevê como uma das espécies normativas o Decreto
Legislativo. Nesse mesmo sentido dispõe o artigo 141, inciso III do Regimento Interno2 (Resolução nº 2.700/2009).
Logo, verifica-se a compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
A.3 – Regime inicial de tramitação da matéria, quórum para sua aprovação e processo de votação a
ser utilizado
Tendo em vista a reforma constitucional estadual decorrente da Emenda n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 563, não se aplica o dispositivo previsto no inciso IV, do artigo 276 do Regimento Interno
4,
uma vez que sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da Assembleia
Legislativa, não dependendo mais de sanção do Excelentíssimo Senhor Governador, e nem de lei.
Feita essa consideração, conclui-se que, como o Regimento Interno não especializou seu regime de
tramitação inicial, o referido projeto deve seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso
II5, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009).
No que diz respeito ao quórum de aprovação, consoante o artigo 194 do Regimento Interno6, é necessária a
maioria simples dos membros desta Casa de Leis, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
Quanto ao processo de votação a ser utilizado, segundo a inteligência do artigo 200, inciso I7, do
Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), o processo a ser utilizado é o simbólico.
Por fim, quanto à discussão e votação, ressalta-se que deverá ser observado o contido no art. 1508, do
Regimento Interno.
A.4 – Constitucionalidade material
Inicialmente, é válida a citação dos ensinamentos do Excelentíssimo Ministro do Excelso Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Ferreira Mendes, sobre a inconstitucionalidade material, in verbis:
Os vícios materiais dizem respeito ao próprio conteúdo ou ao aspecto substantivo do ato,
originando-se de um conflito com regras ou princípios estabelecidos na Constituição.
A inconstitucionalidade material envolve, porém, não só o contraste direto do ato legislativo com o
parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do excesso de poder
legislativo.
É possível que o vício de inconstitucionalidade substancial decorrente do excesso de poder
legislativo constitua um dos mais tormentosos temas do controle de constitucionalidade hodierno.
Cuida-se de aferir a compatibilidade da lei com os fins constitucionalmente previstos ou de
constatar a observância do princípio da proporcionalidade, isto é, de se proceder à censura sobre a
adequação e a necessidade do ato legislativo.9
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição Federal, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente projeto de decreto legislativo não se relaciona com a
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
Cláusula Pétrea.
Com efeito, conforme o Ato 2.517/2007 exige análise, cumpre esclarecer que inexiste violação ao princípio
da isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e a coisa julgada (artigo 5º, inciso XXXVI, da
Constituição da República).
Ademais, o presente projeto de decreto legislativo não visa a alcançar situações jurídicas pretéritas. Desse
modo, o objeto dessa proposição é materialmente constitucional sob a perspectiva da aplicação na lei no tempo.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
B - JURIDICIDADE E LEGALIDADE:
A despeito dos requisitos acima elencados, pode-se depreender que o presente projeto de decreto legislativo
respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno.
No que diz respeito à legalidade, a legislação estadual específica (Lei n° 7.832/2004), em seu artigo 1º,
exige que a concessão de Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado
relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado, senão vejamos:
142
Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Assim, quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Assembleia Legislativa o juízo
de delibação sobre sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
C - TÉCNICA LEGISLATIVA:
No caso em exame, houve obediência ao art. 3º da LC nº 95/1998, porquanto o projeto foi estruturado em
três partes básicas: parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; e parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições
transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois o primeiro artigo do texto indica o objeto da
proposição e o respectivo âmbito de aplicação, a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo,
a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão.
A vigência da proposição está indicada de maneira expressa, respeitando o art. 8º da LC 95/98.
Cumpridas as regras do art. 10, porquanto, no texto da proposição, a unidade básica de articulação é o
artigo, indicado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal.
Respeitadas também as regras do caput e do inciso I do art. 11, pois as disposições normativas foram
redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, e, para obtenção de clareza, foram usadas as palavras e as
expressões em seu sentido comum e frases curtas e concisas, foram construídas as orações na ordem direta,
evitando-se preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis, buscou-se a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto das normas legais, dando-se preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente, e foram
usados os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando-se os abusos de caráter estilístico.
Por derradeiro, não foi descumprida a regra prevista no inciso III do art. 11 da Lei Complementar nº
95/1998, pois, para obtenção de ordem lógica, restringiu-se o conteúdo de cada artigo da proposição a um único
assunto ou princípio.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 08), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98, que rege
a redação dos atos normativos.
Por todo o exposto, sugerimos aos Membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 190/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº
41/2015, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Guerino Zanon, com fundamento no artigo 25, § 1º, da
Constituição da República e art. 56, inciso XXIX, art. 61, inciso IV e art. 63, caput, todos da Constituição Estadual
e na legislação infraconstitucional, notadamente a Lei Estadual nº 7.832/04, devendo seguir sua regular tramitação
nesta Casa Legislativa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
143
JANETE DE SÁ
1 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos; 2 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições:
(...)
III - projeto de decreto legislativo; 3 Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua
competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...) XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. 4 Art. 276. Compete às comissões permanentes abaixo referidas a votação dos projetos de lei que versem sobre as seguintes matérias: (...)
IV - Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos - concessão de título de cidadão; 5 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: (...)
II - ordinária; 6 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 7 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico 8 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e uma votação. 9 MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 2. Ed. rev. e atual. – São
Paulo: Saraiva, 2008, p. 1.013..
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 41/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 41/2015
Autor (a): Deputado Guerino Zanon
Assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Paulo Estáqui Novais Lima
I – RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Guerino Zanon,
que apresenta o seguinte assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Paulo Estáqui Novais Lima
s.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da
proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na
norma regimental.
A proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço e Redação para análise e
parecer, manifestando-se esta Comissão pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa
do referido projeto de decreto legislativo.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, da forma como estabelece o art.
52 do Regimento Interno.
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 41/2015, de autoria do Excelentíssimo
Senhor Deputado Guerino Zanon, visa a conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Paulo Estáqui
Novais Lima.
O Excelentíssimo Senhor Deputado assim justificou a presente proposição:
PAULO EUSTÁQUIO NOVAIS LIMA, nascido no Município de Pedra Azul – MG, Mudou-se
para Linhares em 1981.
Foi Diretor das Fazendas Agrobor e Nova Paraná - Fazendas estas localizadas no antigo Corrego
D'Água, hoje, Sooretama e Córrego Rodrigues, Linhares-ES com a implantação de Seringueira,
Guaraná e Café. Estas Fazendas eram do Grupo Cotia Trading - São Paulo.
Tem projetos aprovados em Angola, Costa Ocidental da África e Texas - USA.
Trabalhou e implantou vários projetos em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.
Foi o responsável pelo 1º Projeto no Brasil de experimento de Mamona, para Biodiesel junto com o
Grupo Cotia e Grupo Matarazzo, este projeto foi implantado no Nordeste nos Estados do
144
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piau e Ceará, no ano de 1980.
Hoje é Engenheiro Agrônomo da Secretaria Municipal de Linhares.
Diretor/Presidente do CLAM - Centro Linharense de Amigos do Menor - Entidade sem fins
lucrativos - localizado no Bairro Planalto - atendendo 325 (trezentos e vinte e cinco) crianças e
adolescentes de 06 a 17 anos e 11 meses, em Risco Social e Pessoal, com Atividades Educacionais,
Culturais, Esportivas, Artesanato e Lazer, em caráter de Jornada Ampliada. Sempre em parceria
com o Conselho Tutelar e outros Orgãos afins. Diretor-Presidente do Clam desde 2012.
Nesse contexto, o homenageado faz por merecer o título proposto, pois, conforme se depreende da
justificativa do projeto, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-santense.
Diante do exposto, somos pela adoção do seguinte:
PARECER N.º 41/ 2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 41/2015, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado
Guerino Zanon.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 192/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 42/2015.
Autor: Deputado Estadual Guerino Zanon
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª Maria Aparecida Paes Leme de Novais Lima”
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 42/2015, de autoria do Deputado Guerino Zanon. A matéria
passou pelo crivo da Mesa Diretora, sem restrições, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 10/06/2015. A matéria
foi publicada no Diário do Poder Legislativo do dia 11 de junho de 2015. Passado pelo crivo da Diretoria de
Redação, onde sofreu correções, às quais adoto, por ser pertinente.
A justificativa resumida dando conta das razões da homenagem encontra-se inclusa. A Srª. Maria
Aparecida Paes Leme de Novais Lima, nasceu em Uberlândia/MG, e reside no Município de Linhares no Estado
do Espírito Santo. A Srª Aparecida é formada em Contabilidade, Secretariado e Biblioteconomia.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 42/15, veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Publico
e Redação. Designado Relator para oferecer o parecer quanto ao aspecto da constitucionalidade, juridicidade,
legalidade e técnica legislativa; passo ao exame da matéria para atender o disposto no art. 41, I,, do Regimento
Interno.
É o relatório
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
DA ANÁLISE DO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE, FORMAL E MATERIAL,
JURIDICIDADE, LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA.
Aqui estamos a tratar da concessão de um Título de Cidadã. É preciso dizer que o Título de Cidadã
equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser tratada como um conterrâneo,
mesmo que não tenha nascido em nosso Estado.
Para que seja concedida tal homenagem, faz-se necessário que se diga o que ela fez sem visar lucros,
interesses pessoais ou profissionais em defesa do povo do Estado do Espírito Santo, desde que um Deputado
Estadual indique seu nome a apreciação dos demais membros do Colegiado Legislativo quando chegar ao Plenário.
O Projeto de Decreto Legislativo nº 42/15, visa conceder Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª.
145
Aparecida Paes Leme de Novais Lima. Pela descrição do projeto, constatamos que o mesmo trata de matéria de
competência estadual, uma vez que o título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração
pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista nos artigos 25, § 1º, da
Constituição Federal.
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos 56, XXIX (Redação dada pela EC. nº 62/09) e 61, IV, todos da Carta Estadual
e art. 151, § 2º, do Regimento Interno desta Casa de Leis que a espécie normativa adequada é o Decreto
Legislativo.
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
No que tange ao aspecto da constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que, a princípio, a
competência é da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, conforme ditames do Regimento
Interno, (Resolução nº 2.700/09).
Após análise dos aspectos constitucionais formais, resta-nos analisar os aspectos materiais, comparando as
regras do projeto com os preceitos constitucionais. Assim, as normas introduzidas no referido projeto encontram
compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições: CF/88 e CE/ES, bem como de legislação
infraconstitucional pertinente. Respeitados estão, os direitos e garantias previstos no art. 5º, CF/88, também, o
direito adquirido, ato jurídico perfeito, coisa julgada e princípio da isonomia.
O Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos previstos no RI, bem como no art. 1º,
caput, da Lei Estadual nº 7.832/04 (alterada pela Lei nº 8.957, de 21.07.2008), visto que o homenageado presta
relevantes serviços à comunidade capixaba, verbis:
Lei Estadual nº 7.832/04
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o
atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela
Lei Complementar Federal nº 107/01, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre deve ser aplicado ao
projeto em análise.
Não resta dúvida que o agraciada é merecedora da concessão do Título de Cidadania, eis que, conforme
consta da justificativa do Projeto, a Srª Maria Aparecida, é natural de Uberlândia/MG. Pessoa dedicada á área
social, sendo Coordenadora Geral do CLAM – Centro Linharense de Amigos do Menor, onde tem dado o melhor
de sua inteligência em prol do menor menos favorecido. Contribuindo em muito para socialização de menores em
risco social, evitando com isso, que os mesmo se tornem pessoas infratoras no futuro.
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão de autoria do Deputado
146
Estadual Guerino Zanon..
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª Maria Aparecida Paes Leme de Novais Lima.
Quanto à vigência do decreto legislativo, a Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei
Complementar nº. 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se
tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua
publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal, não havendo reparo a ser
feito.
É necessário observar, ainda, que a data da entrada em vigor do Decreto Legislativo em análise, é a partir
da sua publicação no Diário Oficial do Poder Estado. O artigo 8º, § 1º, da Lei Complementar nº 95 de 1998, que
sofreu alterações, prescreve que a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de
vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo. Obeservado ao princípio da
territorialidade (em razão da soberania estatal, a norma deve ser aplicada dentro dos limites territoriais do Estado
que a editou, (LICC, arts. 8º e 9º), e à vigência da lei no tempo: a obrigatoriedade só surge com a publicação no
Diário Oficial; sua força obrigatória está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começar a vigorar.
Portanto, opinamos pela Constitucionalidade e Legalidade do Projeto de Decreto Legislativo nº 42/2015, de
autoria do Deputado Guerino Zanon, com fundamento nos artigos 25, § 1º, da Constituição Federal e 56, XXIX
(Redação dada pela EC. nº 62/09), 61, IV e 63, caput, da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional
pertinente, em especial, a Lei Estadual nº 7.832/04, com alterações introduzidas pela Lei nº 8.957/08.
Quanto aos requisitos exigidos pelos ditames do Regimento Interno da Casa Legislativa Espírito-Santense,
encontram-se todos preenchidos e atendidos como de praxe.
Pelas razões supra, conclui-se pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do
Projeto de Decreto Legislativo n° 42/2015, de autoria do Deputado Estadual Guerino Zanon com a seguinte
redação:
“Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª. Maria Aparecida Paes Leme
Novais Lima.
Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação”.
Como Relator, tendo examinado a matéria a luz da legislação pertinente, estou relatando pela
constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa. Sugerindo aos demais pares adoção do
seguinte:
PARECER N.º 192/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº
42/2015, de autoria do Deputado Estadual Guerino Zanon.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 42/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 42/2015.
Autor: Deputado Guerino Zanon
Ementa: “Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Srª Maria Aparecida Paes Leme de Novais Lima”.
I - RELATÓRIO
147
O Projeto de Decreto Legislativo nº 42/15, de autoria do Deputado Guerino Zanon, visa conceder o Título
de Cidadão Espírito-Santense à Srª Maria Aparecida Paes Leme de Novais Lima.
A matéria foi lida no expediente da Sessão Ordinária do dia 03/06/2015. Veio acompanhada da
justificativa expondo as razões da propositura.
A propositura recebeu Parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Guerino Zanon, visa conceder Título de Cidadã Espírito-
Santense à Srª Maria Aparecida Paes Leme de Novais Lima, com a justificativa dando conta das razões pelas quais
pretende demonstrar a seus pares da oportunidade de homenagear uma pessoa de outro Estado.
O Srª Maria Aparecida, é natural da cidade de Uberlância/MG, reside em Linhares – Espírito Santo, onde
presta relevantes serviços a sociedade capixaba, na área social como Coordenadora Geral do CLAM – Centro
Linharense de Amigos do Menor.
Não resta dúvida que a agraciada é merecedora da concessão do Título de Cidadania, eis que, conforme
consta da justificativa do Projeto, a Srª Aparecida, é natural de Uberlândia/MG. Pessoa dedicada á área social,
sendo Coordenadora Geral do CLAM – Centro Linharense de Amigos do Menor, onde tem dado o melhor de sua
inteligência em prol do menor menos favorecido. Contribuindo em muito para socialização de menores em risco
social, evitando com isso, que os mesmo se tornem pessoas infratoras no futuro.
O perfil da homenageada enquadra-se dentro dos requisitos exigidos pela Comissão da Defesa da
Cidadania e dos Direitos Humanos, que tem como missão examinar quanto ao mérito de proposição de concessão
de Título de Cidadã Espírito-Santense.
Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação do Projeto em comento,
por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52, do
Regimento Interno, Resolução nº 2.700/2009.
Portanto, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III– PARECER N.º 42/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO
do Projeto de Decreto Legislativo nº 42/2015, de autoria do Deputado Guerino Zanon.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 199/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 44/2015
Autor: Deputado Amaro Neto
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Douglas Rafael Camargo.”
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2015, de autoria do Exmo. Deputado Amaro Neto, concede ao Sr.
Douglas Rafael Camargo o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na sua justificativa, o autor informa que:
148
O Presente Decreto Legislativo visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr.
DOUGLAS RAFAEL CAMARGO, pelos relevantes serviços prestados à coletividade de nosso
Estado.
Douglas Rafael Camargo, Iniciou sua carreira profissional aos 12 anos trabalhando como animador
de festas infantis (palhaço), em seguida passou a atuar como locutor em porta de loja e depois
atuando em rádios no interior de SP.
Em 2007 mudou-se para o Espírito Santo para exercer sua profissão de Jornalista.
A convite da Rede Gazeta, atuou como repórter na região sul do estado onde teve a oportunidade
de conhecer toda a região sul do ES.
Dois anos depois foi convidado para integrar a equipe da TV Vitória na época no jornal local e em
seguida com a implantação do Balanço Geral foi que o trabalho de Douglas Camargo passou a ser
reconhecido em toso o Estado.
Douglas atuou por 3 anos no comando do Balanço Geral ao lado de Amaro Neto, depois voltou
para SP onde atuou por 3 anos na Rede Record.
Seu retorno à Vitória ocorreu no ano de 2014 onde retomou a parceria de sucesso com Amaro Neto
no Jornalístico Balanço Geral, programa conhecido por trazer à tona os problemas da sociedade
capixaba e também pelo trabalho filantrópico que exerce.
Ante o exposto, proponho o presente projeto de Decreto Legislativo para o fim de conceder ao
Senhor DOUGLAS RAFAEL CAMARGO, o Título de Cidadão Espírito-Santense.
.A matéria foi protocolada em 11/06/2015, lida no expediente do dia 15/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 16/06/2015 (fls. 08/09 dos autos).
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do
Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. PARECER DO RELATOR
2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas.
Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato (inconstitucionalidade formal orgânica: competência da União, Estados e Municípios) ou do
procedimento de elaboração da norma.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(artigos 21 e 22); Municípios (artigos 29 e 30); e Estados (artigo 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada; pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passamos à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
O desrespeito ao procedimento de elaboração da norma pode ocorrer, ainda, na fase de iniciativa, o
chamado vício de iniciativa, ou em qualquer outra fase do processo legislativo, como, por exemplo, na
inobservância do quorum de votação ou aprovação da espécie normativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo, na redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 23 de novembro de 2009.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
149
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
Relativamente a quorum, é importante ressalvar que existem dois tipos:
a) quorum de votação: é aquele necessário para que ocorra deliberação do plenário ou da comissão
a respeito de certa proposição, e não para aprovar o Projeto. O quorum de votação, no caso em tela,
é de maioria absoluta dos membros (mais de 50% dos membros) (art. 59 da Constituição do Estado
e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de
2009).
b) quorum de aprovação: é aquele necessário para aprovar o Projeto. O quorum de aprovação do
Decreto Legislativo é de maioria simples ou relativa, ou seja, mais de 50% (cinquenta por cento)
dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em apreço.
2.2 DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3 DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente, consoante o
artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada às fls. 03/04 dos presentes autos atende ao que
determina o art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4 DA TÉCNICA LEGISLATIVA
150
No caso em exame, houve obediência ao art. 3º da LC nº 95/1998, porquanto o projeto foi estruturado em
três partes básicas: parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; e parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições
transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois o primeiro artigo do texto indica o objeto da
proposição e o respectivo âmbito de aplicação, a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo,
a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão.
A vigência da proposição está indicada de maneira expressa, respeitando o art. 8º da LC 95/98.
Cumpridas as regras do art. 10, porquanto, no texto da proposição, a unidade básica de articulação é o
artigo, indicado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal.
Respeitadas também as regras do caput e do inciso I do art. 11, pois as disposições normativas foram
redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, e, para obtenção de clareza, foram usadas as palavras e as
expressões em seu sentido comum e frases curtas e concisas, foram construídas as orações na ordem direta,
evitando-se preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis, buscou-se a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto das normas legais, dando-se preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente, e foram
usados os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando-se os abusos de caráter estilístico.
Por derradeiro, não foi descumprida a regra prevista no inciso III do art. 11 da Lei Complementar nº
95/1998, pois, para obtenção de ordem lógica, restringiu-se o conteúdo de cada artigo da proposição a um único
assunto ou princípio.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 09), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98, que rege
a redação dos atos normativos.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 199/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de
Decreto Legislativo nº 44/2015, de autoria do Exmo. Deputado Amaro Neto, com fundamento no artigo 25, § 1º, da
Constituição da República, e, artigos 56, inciso XXIX, art. 61, inciso IV e art. 63, caput, da Constituição Estadual,
e legislação infraconstitucional, notadamente a Lei Estadual nº 7.832/04, devendo seguir sua regular tramitação
nesta Casa Legislativa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 48/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 44/2015
Autor: Deputado Amaro Neto
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Douglas Rafael Camargo.”
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2015, de autoria do Exmo. Deputado Amaro Neto, concede ao Sr.
Douglas Rafael Camargo o título de Cidadão Espírito-Santense.
A matéria foi protocolada em 11/06/2015, lida no expediente do dia 15/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 16/06/2015 (fls. 08/09 dos autos).
151
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para exame e parecer de
mérito, atendendo ao artigo 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 44/2015, de autoria do Excelentíssimo
Senhor Deputado Amaro Neto, visa a conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Douglas Rafael
Camargo.
Na sua justificativa, o autor informa que:
O Presente Decreto Legislativo visa conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr.
DOUGLAS RAFAEL CAMARGO, pelos relevantes serviços prestados à coletividade de nosso
Estado.
Douglas Rafael Camargo, Iniciou sua carreira profissional aos 12 anos trabalhando como animador
de festas infantis (palhaço), em seguida passou a atuar como locutor em porta de loja e depois
atuando em rádios no interior de SP.
Em 2007 mudou-se para o Espírito Santo para exercer sua profissão de Jornalista.
A convite da Rede Gazeta, atuou como repórter na região sul do estado onde teve a oportunidade
de conhecer toda a região sul do ES.
Dois anos depois foi convidado para integrar a equipe da TV Vitória na época no jornal local e em
seguida com a implantação do Balanço Geral foi que o trabalho de Douglas Camargo passou a ser
reconhecido em toso o Estado.
Douglas atuou por 3 anos no comando do Balanço Geral ao lado de Amaro Neto, depois voltou
para SP onde atuou por 3 anos na Rede Record.
Seu retorno à Vitória ocorreu no ano de 2014 onde retomou a parceria de sucesso com Amaro Neto
no Jornalístico Balanço Geral, programa conhecido por trazer à tona os problemas da sociedade
capixaba e também pelo trabalho filantrópico que exerce.
Ante o exposto, proponho o presente projeto de Decreto Legislativo para o fim de conceder ao
Senhor DOUGLAS RAFAEL CAMARGO, o Título de Cidadão Espírito-Santense.
Destarte, uma vez presentes os requisitos para a concessão desta honraria, pugnou pela aprovação do bom
nome do homenageado para integrar o rol dos cidadãos do Estado do Espírito Santo.
Assim, este parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo exclusivamente à discricionariedade
parlamentar avaliar a conveniência da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao pretenso agraciado.
Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2015 atende aos pressupostos
de mérito para ser aprovado.
Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 48/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO
do Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2015, de autoria do Exmo. Deputado Amaro Neto.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 207/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 45/2015
Autor: Deputado Amaro Neto
Ementa: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Alexandre Nogueira de Carvalho
152
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 45/2015, de autoria do Deputado Amaro Neto, concede ao Sr.
Alexandre Nogueira de Carvalho o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na justificativa de fls. 03 e 04, o autor informa a trajetória de vida do pretenso agraciado.
A matéria foi protocolada em 11/06/2015, lida no expediente do dia 15/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 16/06/2015 (fls. 08).
Às fls. 09 Estudo de Técnica Legislativa pela Diretoria de Redação.
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do
Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas.
Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato ou do procedimento de elaboração da norma.
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passo à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quórum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
O quórum de votação, no caso em tela, é de maioria absoluta dos membros, mais de 50% dos membros (art.
59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de
15 de julho de 2009). O quórum de aprovação do Decreto Legislativo é de maioria simples ou relativa, ou seja,
mais de 50% (cinquenta por cento) dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de Decreto Legislativo
em apreço.
2.2 DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
153
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3 DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente publicado,
consoante o artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fls. 03-04 dos presentes autos atende ao que determina
o art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4 DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fls. 09), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98 e às
Normas para Padronização dos Atos Legislativos estabelecidas pela Secretaria Geral da Mesa.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 207/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de
Decreto Legislativo nº 45/2015, de autoria do Deputado Amaro Neto , que concede Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Alexandre Nogueira de Carvalho..
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 45/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 45/2015
Autor: Deputado Amaro Neto
Ementa: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Alexandre Nogueira de Carvalho
154
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 45/2015, de autoria do Deputado Amaro Neto, concede ao Sr.
Alexandre Nogueira de Carvalho o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na justificativa de fls. 03-04, a autora informa a trajetória de vida do pretenso agraciado.
A matéria foi protocolada em 11/06/2015, lida no expediente do dia 15/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 16/06/2015 (fls. 08).
A diretoria de Redação manifestou às fls. 09 sugerindo alterações na redação do Projeto de Decreto
Legislativo.
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de
mérito, atendendo normas regimentais estabelecidas no Artigo 52, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa
do Espírito Santo (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 045/2015, de autoria do Deputado Amaro Neto, foi analisado
anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça quanto à sua constitucionalidade e legalidade, cabendo a
esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do
mérito.
Conforme se depreende da justifica do autor da proposição de fls. 03-04 o Sr. Alexandre Nogueira de
Carvalho é merecedor da concessão do Titulo de Cidadão Espírito-Santense pelos relevantes serviços prestados à
coletividade do Estado do Espírito Santo.
O Sr. Alexandre Nogueira de Carvalho, 45 anos, migrou do Estado de São Paulo, encontrando-se,
atualmente, domiciliado em Vitoria/ES.
É graduado em Comunicação Social e pós-graduado em Marketing, Educação Ambiental, Gestão
Empresarial, Gestão de Pessoas e Semiótica. Por 12 (doze) anos foi Professor de Jornalismo, orientador de
trabalhos acadêmicos e jurado do Prêmio Vladimir Herzog.
É autor do livro “Reportagem na Tv” pela Editora Contexto.
No voluntariado foi coordenador do projeto de Comunicação para a APAE-SP, programa semanal
veiculado na Rede Universitária e palestrante de Comunicação de Jornalismo em diversas Universidades.
Nos dias atuais exerce o cargo de Gerente de Jornalismo da Rede Vitória, inovando com seus
conhecimentos para o jornalismo capixaba, atuando em 07 (sete) produtos diários na TV Vitória, 03 (três)
programas segmentados, 01 (um) jornal online (Folha Vitória) e 02 (duas) rádios (Jovem Pan e Jovem Pan News).
No exercício da função jornalística o Sr. Alexandre Nogueira de Carvalho aproxima a população capixaba
dos fatos que são notícias no estado, no Brasil e no mundo, atuando de forma imparcial e gerando credibilidade ao
jornalismo capixaba.
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, aprovando a presente concessão.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo,
exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação e conveniência acerca da concessão do Título de
Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Alexandre Nogueira de Carvalho.
Em face do exposto, concluo que o Projeto de Decreto Legislativo nº 045/2015, atende aos pressupostos
quanto ao mérito e também aos requisitos do art. 52 da Resolução nº 2.700/09, que destaca competir à Comissão
de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, opinar sobre tal assunto, razão pela sugiro a adoção do seguinte:
PARECER N.º 45/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 045/2015, de autoria Deputado Amaro Neto, que concede
Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Alexandre Nogueira de Carvalho.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
155
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 203/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 46/2015
Autor: Da Vitória
Assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Estéfano Luiz Silote.
RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 46/2015, de autoria do Deputado Estadual Da Vitória, visa conceder ao
Sr. Estéfano Luiz Silote o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na sua justificativa, o autor informa a trajetória de vida do pretenso agraciado, que nasceu em Ouro Preto
do Oeste – RO em 1985, filho caçula de Antônio Jesus Silote e Maria Célia Lázaro Silote. Aos oito anos de idade,
mudou-se com sua família para Linhares. De origem humilde, começou a trabalhar muito cedo, aos nove anos, com
seu tio Anjinho Silote em uma farmácia. Apesar da pouca idade, Estéfano demonstrava muita responsabilidade com
o trabalho, estudos e religião. Aos dezenove anos e com mais de dez de experiência profissional, Estéfano e seu
irmão Charles Silote abriram a sua própria farmácia. Em 2012, incentivado pelos moradores, clientes e amigos,
candidatou-se a vereador e foi eleito obtendo 1.889 votos. Em 2013, iniciou as atividades parlamentares e foi eleito
primeiro secretário da mesa diretora da Câmara Municipal de Linhares pelo período de dois anos.
Com trabalho e dedicação reconhecido pela população do município de Linhares, aceitou o convite para
assumir como secretário de esportes. Atualmente, licenciado, assumiu a secretaria desde março de 2015.
A matéria foi protocolada em 12.06.2015, lida no expediente do dia 15.06.2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 16.06.2015 (fl. 07 dos autos).
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 08), ofertando sugestões apenas no
tocante à redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no art. 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Verifica-se a inconstitucionalidade formal quando ocorre algum tipo de vício no processo de formação das
normas, seja no processo legislativo de sua elaboração, seja em razão de sua elaboração por autoridade
incompetente.
A inconstitucionalidade formal orgânica decorre da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato. Faz-se necessário verificar, aqui, se a competência para elaboração do Projeto de Lei é da União,
do Estado ou de Município.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(arts. 21 e 22); Municípios (arts. 29 e 30); e Estados (art. 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois, nos termos do art. 25, § 1º1, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Dito isso, fica evidente que pode o Estado do Espírito Santo exercer competência legislativa para tratar da
matéria alvo do Projeto de Decreto Legislativo no. 46/2015, não havendo, portanto, que se falar em
inconstitucionalidade por vício de competência, conforme art. 25, § 1º da CRFB/1988.
Superada a questão da competência legislativa, passa-se à análise da inconstitucionalidade formal
propriamente dita, que decorre da inobservância do devido processo legislativo. Neste ponto, deve-se verificar se
existe vício no procedimento de elaboração da norma, seja na fase de iniciativa (vício formal subjetivo), seja em
fases posteriores (vício formal objetivo).
Em relação à iniciativa para deflagrar a propositura, verifica-se que a matéria é de competência exclusiva
da Assembleia Legislativa, como determina o art. 56, XXIX2, da Constituição Estadual. Além disso, não se insere
dentre aquelas cuja iniciativa é de competência privativa do Chefe do Executivo (art. 63, parágrafo único3 da
CE/1989). Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual e com o Regimento Interno desta Casa de Leis (art. 152, II4 da Resolução n
o. 2.700/2009).
156
Verificada a competência do Estado e a iniciativa parlamentar para tratar da matéria, passemos à análise do
procedimento para a elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do art. 61, IV5, da Constituição Estadual, e arts. 141, III
6 e 151 § 2º.
7 do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa. Como se trata de matéria de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a ser regulada por meio
de decreto legislativo, esta não depende de sanção do Governador.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação:
- regime inicial de tramitação da matéria: em princípio, deverá seguir o regime de tramitação
ordinário, nos termos do art. 1488 do Regimento Interno da ALES (Resolução n
o. 2.700/2009).
- quorum para aprovação da matéria: em linha com o art. 1949 do Regimento Interno da ALES
(Resolução no. 2.700/2009), as deliberações deverão ser tomadas por maioria simples dos membros
da Casa, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
- processo de votação a ser utilizado: conforme a inteligência do art. 200, l10
, do Regimento
Interno, o processo de votação, em princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não
se enquadra entre aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao
processo de votação nominal, nos termos do artigo 202, do Regimento Interno.
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em questão.
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há que se falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas
Constituições Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa
julgada.
Como se trata de matéria atinente a congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em questão não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
A propositura está de acordo com o que determina a Lei no. 7.832/2004, que dispõe sobre a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno da Casa (Resolução nº 2.700/2009).
Assim, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a matéria.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, faz-se necessário observar as regras previstas na Lei
Complementar Federal nº 95/1998, que rege a redação dos atos normativos.
Nesse aspecto, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria de Redação (fl. 08), que
propõe o ajuste meramente redacional da proposição, razão pela qual adiro integralmente ao estudo técnico.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar Federal nº 95/1998 recomenda a reserva de vigência na
data de sua publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
Ante o exposto, caso sejam adotadas as modificações propostas pela Diretoria de Redação, conclui-se que
projeto em tela observa a boa técnica legislativa e legislação de regência.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 203/2015
157
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 46/2015 de autoria do Deputado Estadual
Da Vitória.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
JANETE DE SÁ
ELIANA DADALTO
1 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. 1 Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição
normativa dos outros Poderes: (...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. 2 Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.
Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre:
I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo ou aumento de sua remuneração; II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar;
III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo;
IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;
V - organização do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado e da Defensoria Pública;
VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo. 3 Art. 152. A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
(...)
II - da Mesa; (...) 4 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...) IV - decretos legislativos;
(...) 5 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições: (...)
III - projeto de decreto legislativo;
(...) 6 Art. 151. Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei. 7 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:
I - de urgência; II - ordinária;
III - especial. 8 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 10 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico; e II - nominal;
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 51/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 46/2015
Autor: Deputado Da Vitória
Assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Estéfano Luiz Silote.
RELATÓRIO
Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo de autoria do Exmo. Deputado Estadual Da Vitória, que visa
conceder ao Sr. Estéfano Luiz Silote o Título de Cidadão Espírito-santense.
A matéria foi protocolada em 12.06.2015, lida no expediente do dia 15.06.2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 16.06.2015 (fl.07 dos autos).
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa (fl. 08), ofertando sugestões apenas no
tocante à redação proposta, sem alteração substancial do projeto de decreto legislativo.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Após, a proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
158
manifestou-se pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do projeto de decreto
legislativo.
Por derradeiro, vieram os autos a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
Analisando a justificativa apresentada pelo Exmo. Deputado Estadual Da Vitória, percebe-se que o Sr.
Estéfano Luiz Silote é merecedor do Título de Cidadão Espírito-Santense, pois presta relevantes serviços em prol
da sociedade do Estado do Espírito Santo, especialmente na região de Linhares..
Consta na justificativa que o pretenso agraciado nasceu em Ouro Preto do Oeste – RO em 1985, filho
caçula de Antônio Jesus Silote e Maria Célia Lázaro Silote. Aos oito anos de idade, mudou-se com sua família para
Linhares.
De origem humilde, começou a trabalhar muito cedo, aos nove anos, com seu tio Anjinho Silote em uma
farmácia. Apesar da pouca idade, Estéfano demonstrava muita responsabilidade com o trabalho, estudos e religião.
Aos dezenove anos e com mais de dez de experiência profissional, Estéfano e seu irmão Charles Silote abriram a
sua própria farmácia.
Em 2012, incentivado pelos moradores, clientes e amigos, candidatou-se a vereador e foi eleito obtendo
1.889 votos. Em 2013, iniciou as atividades parlamentares e foi eleito primeiro secretário da mesa diretora da
Câmara Municipal de Linhares pelo período de dois anos.
Com trabalho e dedicação reconhecido pela população do município de Linhares, aceitou o convite para
assumir como secretário de esportes. Atualmente, licenciado, assumiu a secretaria desde março de 2015.
É incontestável, portanto, que o Sr. Estéfano Luiz Silote presta relevantes serviços em prol da sociedade do
Estado do Espírito Santo, motivo pelo qual merece ser homenageado por esta Assembleia Legislativa.
Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 46/2015 atende aos pressupostos
de mérito para ser aprovado.
Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 51/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 46/2015, de autoria do Exmo. Deputado Estadual Da Vitória.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 179/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 47/2015
Autor: Deputado Estadual Bruno Lamas
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. João Carlos Gandra da Silva Martins”.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Bruno
Lamas, o qual concede Título de Cidadão Espírito- Santense ao Sr. João Carlos Gandra da Silva Martins.
A proposição foi protocolizada no dia 12/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 15/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 16/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fls.07/08.
O presente Projeto de Decreto Legislativo foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer
159
jurídico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela
sua adequação aos itens mencionados.
Após, os autos foram remetidos a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para
fins de apreciação do aspecto constitucional, jurídico, legal e de técnica legislativa da proposição, nos termos do
art.41, I do Regimento Interno da ALES.
Este é o relatório.
PARECER DO RELATOR
2) QUANTO A CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Conforme acima relatado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015, de autoria do Senhor Deputado
Estadual Bruno Lamas, tem por objetivo conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. João Carlos Gandra
da Silva Martins.
Por força da hierarquia e supremacia da Constituição sobre as demais normas componentes do
ordenamento jurídico, todo projeto de lei, no caso, trata-se de outra espécie normativa, qual seja, o decreto
legislativo deve estar em consonância com o texto constitucional, sob pena de configuração de vício formal de
inconstitucionalidade. Tratando-se de projeto de decreto legislativo, este deve além de obedecer às normas da
Constituição da República, também, obrigatoriamente, sujeitar-se-á às normas da Constituição Estadual.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo tem que atender aos requisitos estabelecidos
na Constituição, tanto federal, quanto estadual, especialmente com relação aos seguintes pontos: a) competência
legislativa; b) iniciativa da proposição legislativa; c) procedimentos e formalidades de sua elaboração;
A competência para dispor sobre a matéria – concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense – é
estadual, pois este é uma honraria concedida por liberalidade da Administração Pública estadual, à teor do art.25, §
1º da CRFB/1988, verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
De outro giro, constato que, a concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deve ser veiculada pela
espécie normativa denominada decreto legislativo, nos precisos termos do art.56, XXIX c/c art.61, IV, ambos da
CE, verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
IV - decretos legislativos;
Destarte, neste aspecto, quanto a espécie normativa, o Projeto de Decreto Legislativo encontra-se em
perfeita consonância com o texto da Constituição Estadual.
A iniciativa para propositura de decreto legislativo tratando da concessão de Título de Cidadão Espírito-
Santense é do parlamentar, eis que trata-se de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a concessão de tal
honraria à teor do art.56, XXIX da CE acima citado, razão pela qual o Projeto em apreço, encontra-se adequado.
Quanto aos requisitos formais, o regime inicial de tramitação é o ordinário por força do art.148, II do
Regimento Interno da ALES, o quórum para aprovação é o de maioria simples na forma do art.194 do Regimento
Interno da ALES e o processo de votação é o simbólico nos termos do art.200, I do Regimento Interno da ALES.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015 atende aos requisitos formais
tanto da Constituição da República quanto da Estadual.
3) QUANTO À CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
O conteúdo do Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015 é plenamente compatível com as normas e
princípios da Constituição da República e da Estadual, senão vejamos:
Como se trata de matéria atinente a congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição da República, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente Projeto de Decreto Legislativo não se relaciona com a
160
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
cláusula pétrea.
Destarte, pode-se concluir que a presente proposição não viola o princípio da isonomia e nem mesmo o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada.
No que tange a vigência da lei no tempo cumpre observar que as normas nascem com a promulgação, mas
começam a vigorar com a publicação, ou melhor, com a publicação a lei torna-se obrigatória na data indicada como
termo inicial de sua vigência.
Assim, depreende-se do artigo 8º da Lei Complementar nº 95/1998 que a vigência da lei será indicada de
forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a
cláusula “entra em vigor na data de sua publicação para as leis de pequena repercussão”, como é o caso do Projeto
de Decreto Legislativo ora analisado.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
4) DA JURIDICIDADE E LEGALIDADE
A concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense é deferida àquela pessoa que tenha prestado relevantes
serviços em favor à sociedade.
Depreende-se da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, que o homenageado possui relevantes
serviços prestados na área cultural por todo o Brasil, sendo que especificamente no Estado do Espírito Santo
participa do Projeto Música de Brincar desenvolvido pelo SEST e SENAT, contribuindo para o desenvolvimento
artístico-cultural dos filhos dos trabalhadores do setor de transportes, bem como daqueles que se encontram em
situação de vulnerabilidade social em comunidades carentes.
Dessa forma, resta nítido que o homenageado prestou relevantes serviços na área artístico-cultural à
sociedade capixaba, fazendo jus à concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense, nos precisos termos do art.1º
da Lei nº 7.832/2004, verbis:
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
No que tange ao aspecto jurídico e legal o Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos
previstos no Regimento Interno da ALES sendo com ele compatível, bem como resta atendida a legislação
específica para sua elaboração.
Convém ressaltar, no entanto, que cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços
prestados pelo homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão.
Importante frisar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadão Espírito-Santense.
5) DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar nº 95/98, máxime quanto a
sua estruturação, art. 3º, sua articulação e redação, respectivamente arts. 10 e 11, todos do mesmo diploma legal
anteriormente citado.
No mais, a Diretoria Redação – DR já efetuou as correções devidas na redação do referido Projeto de
Decreto Legislativo através do Estudo de Técnica Legislativa (fl.09), motivo pelo qual sugiro a sua adoção.
Sendo assim, diante da constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de
Decreto Legislativo nº 47/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Bruno Lamas, sugiro aos Ilustres Pares
desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 179/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Bruno Lamas.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
161
Presidente/Relator
MARCELO SANTOS
ELIANA DADALTO
RAQUEL LESSA
GILDEVAN FERNANDES
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
JANETE DE SÁ
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 65/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 47/2015
Autor: Deputado Estadual Bruno Lamas
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. João Carlos Gandra da Silva Martins.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Bruno
Lamas, o qual concede Título de Cidadão Espírito- Santense ao Sr. João Carlos Gandra da Silva Martins.
A proposição foi protocolizada no dia 12/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 15/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 16/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fls.07/08.
O presente Projeto de Decreto Legislativo foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer
jurídico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela
sua adequação aos itens mencionados.
Após, dando sequência ao trâmite regimental, a proposição legislativa foi encaminhada para a Comissão de
Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, oportunidade em que recebeu parecer, manifestando pela sua
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Em continuidade, o Projeto de Decreto Legislativo veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos para exame e parecer no que tange ao mérito respectivo, em conformidade com as normas
regimentais estabelecidas no art. 52 do Regimento Interno da ALES.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
De acordo com o relatório supra, o Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015 de autoria do Deputado
Estadual Bruno Lamas tem por objetivo conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr . João Carlos Gandra
da Silva Martins.
Há que se ressaltar que a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. João Carlos Gandra da
Silva Martins faz jus ao seu vasto currículo de relevantes serviços prestados em prol do Estado do Espírito Santo no
âmbito da área artístico-cultural, conforme consta da justificativa do Projeto em exame.
Neste sentido, o Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015 atende prontamente a análise de mérito
concernente ao art. 52 do Regimento Interno da ALES.
Ante o exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015, de autoria do Deputado
Estadual Bruno Lamas, deve ser aprovado no exame de mérito, o que nos leva a sugerir aos demais membros desta
importante Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos o seguinte.
PARECER N.º 65/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 47/2015, de autoria do Sr. Deputado Estadual Bruno Lamas.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
162
PADRE HONÓRIO
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 202/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 48/2015
Autor (a): Deputado Bruno Lamas
Assunto: Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Marialva Henrique Barbosa.
I – RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas,
que apresenta o seguinte assunto: concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Marialva Henrique Barbosa.
O Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas assim justificou a presente proposição:
Marialva Henrique Barbosa nasceu em 04 de dezembro de 1960 na cidade de Ponte Nova no Estado
de Minas Gerais e reside no Estado do Espírito Santo desde 1990.
Bacharel em Letras – Inglês em 1982.
Trabalhou na Usiminas em Ipatinga no período de 1978 a 1987 no setor da Biblioteca do Centro de
Pesquisa.
Foi militante do PT (Partido dos Trabalhadores).
Fundou a empresa Metrológica Engenharia Ltda em 1992 junto com seu marido, porém a empresa só
teve esta razão social a partir de 1998, antes a razão social era Casa Paladium.
Ficou viúva de Gentil Barbosa Junior em outubro de 2010 e assumiu a presidência da empresa.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120
do Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da
proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na
norma regimental.
A proposição que foi protocolizada no dia 15 de Junho de 2015, lida no expediente da sessão ordinária
realizada no dia 16 de Junho de 2015, e, posteriormente, foi publicada no Diário do Poder Legislativo DPL –
edição do dia 17 de Junho de 2015.
Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o
presente parecer, de acordo com o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno.
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A- ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL
A.1 - Competência legislativa para dispor sobre a matéria e competência de iniciativa da matéria
Verifica-se inicialmente a competência legislativa Parlamentar para deflagrar o presente procedimento, nos
termos do artigo 56, inciso XXIX, e art. 63, ambos da Constituição Estadual, in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao
Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os
requisitos estabelecidos nesta Constituição.
Ademais, cumpre ressaltar que trata-se do exercício da competência legislativa remanescente do Estado,
163
prevista no art. 25, § 1º, da Constituição da República, conforme verifica-se a seguir:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Neste contexto, não há que se falar em qualquer vício de iniciativa que poderia inviabilizar e macular a
tramitação da presente proposição de iniciativa parlamentar, uma vez estar em conformidade com o que determina
a Constituição Estadual e a Constituição da República.
A.2 - Espécie normativa
O artigo 61, inciso IV da Constituição Estadual1 prevê como uma das espécies normativas o Decreto
Legislativo. Nesse mesmo sentido dispõe o artigo 141, inciso III do Regimento Interno2 (Resolução nº 2.700/2009).
Logo, verifica-se a compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
A.3 – Regime inicial de tramitação da matéria, quórum para sua aprovação e processo de votação a
ser utilizado
Tendo em vista a reforma constitucional estadual decorrente da Emenda n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 563, não se aplica o dispositivo previsto no inciso IV, do artigo 276 do Regimento Interno
4,
uma vez que sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da Assembleia
Legislativa, não dependendo mais de sanção do Excelentíssimo Senhor Governador, e nem de lei.
Feita essa consideração, conclui-se que, como o Regimento Interno não especializou seu regime de
tramitação inicial, o referido projeto deve seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso
II5, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009)..
No que diz respeito ao quórum de aprovação, consoante o artigo 194 do Regimento Interno6, é necessária a
maioria simples dos membros desta Casa de Leis, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
Quanto ao processo de votação a ser utilizado, segundo a inteligência do artigo 200, inciso I7, do
Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), o processo a ser utilizado é o simbólico.
Por fim, quanto à discussão e votação, ressalta-se que deverá ser observado o contido no art. 1508, do
Regimento Interno.
A.4 – Constitucionalidade material
Inicialmente, é válida a citação dos ensinamentos do Excelentíssimo Ministro do Excelso Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Ferreira Mendes, sobre a inconstitucionalidade material, in verbis:
Os vícios materiais dizem respeito ao próprio conteúdo ou ao aspecto substantivo do ato,
originando-se de um conflito com regras ou princípios estabelecidos na Constituição.
A inconstitucionalidade material envolve, porém, não só o contraste direto do ato legislativo com o
parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do excesso de poder
legislativo.
É possível que o vício de inconstitucionalidade substancial decorrente do excesso de poder
legislativo constitua um dos mais tormentosos temas do controle de constitucionalidade hodierno.
Cuida-se de aferir a compatibilidade da lei com os fins constitucionalmente previstos ou de
constatar a observância do princípio da proporcionalidade, isto é, de se proceder à censura sobre a
adequação e a necessidade do ato legislativo.9
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição Federal, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente projeto de decreto legislativo não se relaciona com a
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
Cláusula Pétrea.
Com efeito, conforme o Ato 2.517/2007 exige análise, cumpre esclarecer que inexiste violação ao princípio
da isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e a coisa julgada (artigo 5º, inciso XXXVI, da
Constituição da República).
Ademais, o presente projeto de decreto legislativo não visa a alcançar situações jurídicas pretéritas. Desse
164
modo, o objeto dessa proposição é materialmente constitucional sob a perspectiva da aplicação na lei no tempo.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
B - JURIDICIDADE E LEGALIDADE:
A despeito dos requisitos acima elencados, pode-se depreender que o presente projeto de decreto legislativo
respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno.
No que diz respeito à legalidade, a legislação estadual específica (Lei n° 7.832/2004), em seu artigo 1º,
exige que a concessão de Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado
relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado, senão vejamos:
Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Assim, quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Assembleia Legislativa o juízo
de delibação sobre sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
C - TÉCNICA LEGISLATIVA:
No caso em exame, houve obediência ao art. 3º da LC nº 95/1998, porquanto o projeto foi estruturado em
três partes básicas: parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; e parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições
transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois o primeiro artigo do texto indica o objeto da
proposição e o respectivo âmbito de aplicação, a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo,
a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão.
A vigência da proposição está indicada de maneira expressa, respeitando o art. 8º da LC 95/98.
Cumpridas as regras do art. 10, porquanto, no texto da proposição, a unidade básica de articulação é o
artigo, indicado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal.
Respeitadas também as regras do caput e do inciso I do art. 11, pois as disposições normativas foram
redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, e, para obtenção de clareza, foram usadas as palavras e as
expressões em seu sentido comum e frases curtas e concisas, foram construídas as orações na ordem direta,
evitando-se preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis, buscou-se a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto das normas legais, dando-se preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente, e foram
usados os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando-se os abusos de caráter estilístico.
Por derradeiro, não foi descumprida a regra prevista no inciso III do art. 11 da Lei Complementar nº
95/1998, pois, para obtenção de ordem lógica, restringiu-se o conteúdo de cada artigo da proposição a um único
assunto ou princípio.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 07), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98, que rege
a redação dos atos normativos.
Por todo o exposto, sugerimos aos Membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 202/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº
165
48/2015, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas, com fundamento no artigo 25, § 1º, da
Constituição da República e art. 56, inciso XXIX, art. 61, inciso IV e art. 63, caput, todos da Constituição Estadual
e na legislação infraconstitucional, notadamente a Lei Estadual nº 7.832/04, devendo seguir sua regular tramitação
nesta Casa Legislativa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
1 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...)
IV - decretos legislativos; 2 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições: (...)
III - projeto de decreto legislativo; 3 Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. 4 Art. 276. Compete às comissões permanentes abaixo referidas a votação dos projetos de lei que versem sobre as seguintes matérias:
(...)
IV - Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos - concessão de título de cidadão; 5 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:
(...)
II - ordinária; 6 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 7 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico 8 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e
uma votação. 9 MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 2. Ed. rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2008, p. 1.013..
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 50/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 48/2015
Autor (a): Deputado Bruno Lamas
Assunto: Concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Marialva Henrique Barbosa.
I – RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas,
que apresenta o seguinte assunto: concede Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Marialva Henrique Barbosa.
O Excelentíssimo Senhor Deputado Bruno Lamas assim justificou a presente proposição:
Marialva Henrique Barbosa nasceu em 04 de dezembro de 1960 na cidade de Ponte Nova no
Estado de Minas Gerais e reside no Estado do Espírito Santo desde 1990.
Bacharel em Letras – Inglês em 1982.
Trabalhou na Usiminas em Ipatinga no período de 1978 a 1987 no setor da Biblioteca do Centro de
Pesquisa.
Foi militante do PT (Partido dos Trabalhadores).
Fundou a empresa Metrológica Engenharia Ltda em 1992 junto com seu marido, porém a empresa
só teve esta razão social a partir de 1998, antes a razão social era Casa Paladium.
Ficou viúva de Gentil Barbosa Junior em outubro de 2010 e assumiu a presidência da empresa.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120
do Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da
proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na
166
norma regimental.
A proposição que foi protocolizada no dia 15 de Junho de 2015, lida no expediente da sessão ordinária
realizada no dia 16 de Junho de 2015, e, posteriormente, foi publicada no Diário do Poder Legislativo DPL –
edição do dia 17 de Junho de 2015.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, da forma como estabelece o art.
52 do Regimento Interno.
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 48/2015, de autoria do Excelentíssimo
Senhor Deputado Bruno Lamas, visa a conceder o Título de Cidadã Espírito-Santense à Sra. Marinalva Henrique
Barbosa.
O Excelentíssimo Senhor Deputado assim justificou a presente proposição:
Marialva Henrique Barbosa nasceu em 04 de dezembro de 1960 na cidade de Ponte Nova no
Estado de Minas Gerais e reside no Estado do Espírito Santo desde 1990.
Bacharel em Letras – Inglês em 1982.
Trabalhou na Usiminas em Ipatinga no período de 1978 a 1987 no setor da Biblioteca do Centro de
Pesquisa.
Foi militante do PT (Partido dos Trabalhadores).
Fundou a empresa Metrológica Engenharia Ltda em 1992 junto com seu marido, porém a empresa
só teve esta razão social a partir de 1998, antes a razão social era Casa Paladium.
Ficou viúva de Gentil Barbosa Junior em outubro de 2010 e assumiu a presidência da empresa.
Nesse contexto, o homenageado faz por merecer o título proposto, pois, conforme se depreende da
justificativa do projeto, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-santense.
Diante do exposto, somos pela adoção do seguinte:
PARECER N.º 50/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 48/2015, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado
Bruno Lamas.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 201/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 49/2015
Autor: Deputado Estadual Dary Pagung
Assunto: Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Matheus Martins Magalhães.
RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Dary Pagung que visa
conceder ao senhor Matheus Martins Magalhães o Título de Cidadão Espírito-Santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
167
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 16.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 17.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 18.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 09, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no artigo 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
De plano, cumpre analisar se as normas previstas na presente proposição legislativa a serem introduzidas
no ordenamento jurídico estatual observam o que determina a Constituição Federal e Estadual com referência ao
que a doutrina e jurisprudência vêm denominando de constitucionalidade nomodinâmica. Ou seja, deve ser apurado
se a lei ou ato normativo infraconstitucional não detém vício no seu processo de formação.
Segundo nos ensina José Joaquim Gomes Canotilho:
Os vícios formais [...] incidem sobre o acto normativo enquanto tal, independentemente do seu
conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese inconstitucionalidade
formal, viciado é acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na forma final.1
Dentro do panorama de distribuição de competências erigido pela CF/1988, em seu especial com base no
que determina o princípio federativo estabelecido expressamente em seus arts. 1º2 e 25
3, tem-se que a autonomia
legislativa de cada ente federativo é assegurada nos termos da Carta da República desde que atendidos os seus
preceitos e princípios.
Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, in verbis:
Os Estados-membros organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem (CF, art.
25), submetendo-se, no entanto, quanto ao exercício dessa prerrogativa institucional
(essencialmente limitada em sua extensão), aos condicionamentos normativos impostos pela
Constituição Federal, pois é nesta que reside o núcleo de emanação (e de restrição) que informa e
dá substância ao poder constituinte decorrente que a Lei Fundamental da República confere a essas
unidades regionais da Federação. Doutrina. Precedentes.4 (original sem grifo)
Conclui-se do exposto que a República Federativa do Brasil adota o modelo federativo em que é
impreterível que haja simetria em determinadas matérias entre o que determina a CF/1988 e a CE/1989. Destarte,
se porventura norma infraconstitucional federal ou estadual for díspar em relação ao que determina a Carta Cidadã,
estaremos diante de uma lei inconstitucional.
Assim sendo, verifica-se que a presente proposição legislativa trata da concessão de honraria de iniciativa
da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, consoante preceitua o inciso XXIX do art. 56 da CE/1989,
in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: [...]
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. (original sem destaque)
Com efeito, conclui-se que o Deputado Estadual proponente do decreto legislativo em análise detém
competência legislativa para a elaboração do ato. Destarte, não há que se cogitar qualquer inconstitucionalidade
formal orgânica.
No tocante a espécie normativa adequada à matéria, por força no disposto no inciso IV do art. 615 da
Constituição Estadual c/c inciso III do art. 1416 do Regimento Interno desta Casa de Leis, ressalta-se que há
compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
Ato contínuo, a proposição deverá ser discutida e votada em um único turno, exigindo, para sua
aprovação, o quórum de maioria simples de votos dos membros da Casa em processo de votação simbólica, em
consonância com o disposto no art. 1507 c/c art. 194
8 e inciso I do art. 200
9, I e 201, todos do Regimento Interno da
168
ALES.
Ainda de acordo com as normas regimentais da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, deve o
projeto de decreto legislativo em foco observar o regime de tramitação ordinário (inciso II do art. 14810
do
Regimento Interno da ALES).
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A análise da constitucionalidade material se refere à matéria, ao conteúdo do ato normativo, não podendo
projeto de lei violar regras ou princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Portanto,
não interessa averiguar, neste momento, o procedimento de elaboração da espécie normativa, mas, de fato, o seu
conteúdo.
Conforme leciona Luís Roberto Barroso:
[...] a inconstitucionalidade material expressa uma incompatibilidade de conteúdo,
substantiva entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Pode traduzir-se no confronto com
uma regra constitucional – e.g., a fixação da remuneração de uma categoria de servidores
públicos acima do limite constitucional (art. 37, XI) – ou com um princípio constitucional, como
no caso de lei que restrinja ilegitimamente a participação de candidatos em concurso público, em
razão do sexo ou idade (art. 5º, caput, e 3º, IV), em desarmonia com o mandamento da isonomia. O
controle material constitucionalidade pode ter como parâmetro todas as categorias de
normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas11
. (original
sem grifo ou destaque)
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, infere-se que inexiste qualquer inconstitucionalidade material no que tange à vigência da lei no tempo,
pois a vigência da proposição ocorrerá a partir de sua publicação, não se pretendendo sua retroatividade.
Por derradeiro, por não violar o princípio da isonomia ou pretender desconstituir ato jurídico “já
consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”, modificar “decisão judicial de que já não caiba
recurso”, ou mesmo desrespeitar “direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo
começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”, não há
falar em violação ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou ao direito adquirido, motivo pelo qual inexiste
violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, tampouco a princípios, direitos e garantias previstos na
Carta Magna.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Cumpre assinalar que a despeito dos requisitos acima elencados, pode-se concluir que o presente projeto de
decreto legislativo respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno da ALES.
No que diz respeito à legalidade, a Lei nº 7.832/2004, em seu artigo 1º12
, exige que a concessão de Título
de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e incontestável
benefício.
Quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Casa de Leis o juízo de delibação sobre
sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada às fl. 03-07 dos presentes autos atende ao que determina
o art. 2º da Lei nº 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Ante o exposto, verifica-se que o presente projeto de decreto legislativo se adequada integralmente ao que
determina o Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Conforme se extrai do estudo de técnica legislativa elaborado pela Diretoria de Redação à fl. 09, faz-se
necessário o ajuste do texto da proposição em análise a fim de adequá-la ao que determina a Lei Complementar nº
95/1998, corrigindo um erro meramente material, razão pela qual adiro ao estudo técnico.
Cabe ressaltar que a Lei Complementar nº 95/1998 recomenda a previsão expressa da vigência da lei,
reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação. Com efeito, a
previsão de entrada em vigor na data da publicação atende ao disposto no referido artigo.
169
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 201/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 49/2015 de autoria do Excelentíssimo
Deputado Estadual Dary Pagung.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
1 CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. rev. Coimbra: Almedina, 1993. 2 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos. 3 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 4 Supremo Tribunal Federal - ADI 507 / AM - AMAZONAS - Relator: Min. CELSO DE MELLO - Data do Julgamento: Julgamento: 14/02/1996 - Órgão Julgador: Tribunal Pleno - Data da publicação: DJ 08-08-2003 PP-00085. 5 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: [...]
IV - decretos legislativos; 6 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições: [...]
III - projeto de decreto legislativo; 7 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e uma votação. 8 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 9 Art. 200. São dois os processos de votação: I - simbólico; e 10 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação:
II - ordinária; 11 Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 29. 12 Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 64/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 49/2015
Autor: Deputado Estadual Dary Pagung
Assunto: Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Matheus Martins Magalhães.
1. RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Dary Pagung que visa
conceder ao senhor Matheus Martins Magalhães o Título de Cidadão Espírito-Santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 16.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 17.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 18.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 09, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
A proposição passou pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
opinou pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, conforme determina o art. 52 do
Regimento Interno da Assembleia Legislativa, em atendimento ao despacho exarado pelo Presidente da Mesa
Diretora (fl. 02).
É o relatório.
170
PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 49/2015 de iniciativa do Deputado
Estadual Dary Pagung Zanon que visa conceder ao Senhor Matheus Martins Magalhães o Título de Cidadão
Espírito-Santense.
Em sua justificava, o Excelentíssimo Deputado Estadual esclarece que o homenageado natural de São
Pedro dos Ferros/MG, sendo graduado e pós graduado em Segurança Privada e do Cidadão pela Universidade de
Vila Velha no ano de 2008.
E continua em sua justificativa de fls. 03-07:
Com experiência profissional nos Cargos de Presidente do Instituto Social Jardim das Acácias; de
Diretor Executivo do Grupo Acácia; de Diretor Executivo da Máxima Segurança e Vigilância; de
Chefe de Equipe de Proteção ao Turista; de Diretor de Divisão da Prefeitura Municipal de
Cariacica e Oficial do Exército Brasileiro.
Sempre voltado no aperfeiçoamento profissional o Senhor Matheus realizou diversos cursos, sendo
os seguintes: Administrador habilitado em Gestão de Segurança Privada sob o CRA nº 14771;
Curso de habilitação em Ambientes Seguros; Formação em Direitos Humanos; Curso de Defesa
Nacional e Segurança Pública pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra;
Participação representando o Município de Vitória no 3º Encontro Anual do Fórum Mundial de
Turismo para Paz e Desenvolvimento Sustentável; Seminário temático sobre segurança pública,
privada e corporativa e Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária.
Hoje, o senhor Matheus Martins Magalhães vem realizando um grande trabalho de segurança
pública e privada, no Estado do Espírito Santo, levando seu conhecimento com conteúdo sério e
com responsabilidade a todo cidadão capixaba.
Nesse contexto, o senhor Matheus Martins Magalhães faz por merecer o título proposto, pois, conforme se
depreende da justificativa do projeto, acima reproduzida, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-
santense, sobretudo na área de sua especialidade.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 64/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 49/2015, de autoria do Deputado Estadual Dary Pagung.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 231/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 50/2015
Autor: Hudson Leal
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Carlos Roberto da Silva”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Deputado Hudson Leal, cujo conteúdo, em
síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Carlos Roberto da Silva.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
171
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 16/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 22/06/2015. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL – edição do dia 23 de
junho de 2015, à página 01, fl. 06 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 50/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Carlos Roberto da Silva.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto Legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
de qualquer Deputado ou Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004
c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
172
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as Constituições Estadual e Federal, assim
como com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº 7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que a autora apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
A honraria que ora propomos visa conceder ao Dr. CARLOS ROBERTO DA SILVA o Título de Cidadão
Espírito-Santense.
Carlos Roberto da Silva Ventura, graduado em ciências econômicas pela Universidade Gama Filho,
realizou relevantes serviços prestados ao Estado do Espirito Santo na área da inteligência fiscal da Secretaria
Estadual da Fazenda e também participando ativamente no combate ao crime organizado, destacando-se no
combate ao crime contra ao contrabando a Administração Publica, crimes de espionagem, terrorismo, narcotráfico,
contrabando, entre participações no Exercito Brasileiro como 2º Tenente R2, da Arma de Artilharia, Chefe da
Superintendência da ABIN/PR.
No que tange à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 07 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Por sua vez, a Diretoria de Documentação e Informação destaca também as fls. 04 dos autos que não
existem normas legais em vigor referente ao assunto em tela.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Carlos Roberto da Silva.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 231/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 50/2015, de autoria do Deputado Hudson Leal.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
173
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 69/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 50/2015
Autor: Deputado Hudson Leal
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Carlos Roberto da Silva”.
I - RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto ao mérito da proposição legislativa em epígrafe, de
iniciativa do Deputado Hudson Leal, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão
Espírito-Santense ao Sr. Carlos Roberto da Silva.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 16/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 22/06/2015. Foi publicada no Diário do Poder Legislativo – DPL – edição do dia 23 de
junho de 2015, à página 01, fl. 06 dos autos.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Hudson Leal, visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Roberto Carlos da Silva.
A honraria que ora propomos visa conceder ao Sr. Roberto Carlos da Silva o Título de Cidadão Espírito-
Santense.
Carlos Roberto da Silva Ventura, graduado em ciências econômicas pela Universidade Gama Filho,
realizou relevantes serviços prestados ao Estado do Espirito Santo na área da inteligência fiscal da Secretaria
Estadual da Fazenda e também participando ativamente no combate ao crime organizado, destacando-se no
combate ao crime contra ao contrabando a Administração Publica, crimes de espionagem, terrorismo, narcotráfico,
contrabando, entre participações no Exercito Brasileiro como 2º Tenente R2, da Arma de Artilharia, Chefe da
Superintendência da ABIN/PR.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 69/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 50/2015, de autoria do Deputado Hudson Leal.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
PADRE HONÓRIO
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
174
PARECER N.º 200/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 51/2015
Autor: Deputado Estadual Hudson Leal
Assunto: Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Jeferson Gonçalves Ferreira.
RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Hudson Leal que visa
conceder ao senhor Jeferson Gonçalves Ferreira o Título de Cidadão Espírito-Santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 16.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 22.6.2015 e
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 23.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 07, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
Assim sendo, o presente projeto de decreto legislativo foi encaminhado a esta Comissão para exame e
parecer na forma do disposto no artigo 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
De plano, cumpre analisar se as normas previstas na presente proposição legislativa a serem introduzidas
no ordenamento jurídico estatual observam o que determina a Constituição Federal e Estadual com referência ao
que a doutrina e jurisprudência vêm denominando de constitucionalidade nomodinâmica. Ou seja, deve ser apurado
se a lei ou ato normativo infraconstitucional não detém vício no seu processo de formação.
Segundo nos ensina José Joaquim Gomes Canotilho:
Os vícios formais [...] incidem sobre o acto normativo enquanto tal, independentemente do seu
conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese inconstitucionalidade
formal, viciado é acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na forma final.1
Dentro do panorama de distribuição de competências erigido pela CF/1988, em seu especial com base no
que determina o princípio federativo estabelecido expressamente em seus arts. 1º2 e 25
3, tem-se que a autonomia
legislativa de cada ente federativo é assegurada nos termos da Carta da República desde que atendidos os seus
preceitos e princípios.
Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, in verbis:
Os Estados-membros organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem (CF, art.
25), submetendo-se, no entanto, quanto ao exercício dessa prerrogativa institucional
(essencialmente limitada em sua extensão), aos condicionamentos normativos impostos pela
Constituição Federal, pois é nesta que reside o núcleo de emanação (e de restrição) que informa e
dá substância ao poder constituinte decorrente que a Lei Fundamental da República confere a essas
unidades regionais da Federação. Doutrina. Precedentes.4 (original sem grifo)
Conclui-se do exposto que a República Federativa do Brasil adota o modelo federativo em que é
impreterível que haja simetria em determinadas matérias entre o que determina a CF/1988 e a CE/1989. Destarte,
se porventura norma infraconstitucional federal ou estadual for díspar em relação ao que determina a Carta Cidadã,
estaremos diante de uma lei inconstitucional.
Assim sendo, verifica-se que a presente proposição legislativa trata da concessão de honraria de iniciativa
da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, consoante preceitua o inciso XXIX do art. 56 da CE/1989,
in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: [...]
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. (original sem destaque)
175
Com efeito, conclui-se que o Deputado Estadual proponente do decreto legislativo em análise detém
competência legislativa para a elaboração do ato. Destarte, não há que se cogitar qualquer inconstitucionalidade
formal orgânica.
No tocante a espécie normativa adequada à matéria, por força no disposto no inciso IV do art. 615 da
Constituição Estadual c/c inciso III do art. 1416 do Regimento Interno desta Casa de Leis, ressalta-se que há
compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
Ato contínuo, a proposição deverá ser discutida e votada em um único turno, exigindo, para sua
aprovação, o quórum de maioria simples de votos dos membros da Casa em processo de votação simbólica, em
consonância com o disposto no art. 1507 c/c art. 194
8 e inciso I do art. 200
9, I e 201, todos do Regimento Interno da
ALES.
Ainda de acordo com as normas regimentais da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, deve o
projeto de decreto legislativo em foco observar o regime de tramitação ordinário (inciso II do art. 14810
do
Regimento Interno da ALES).
CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A análise da constitucionalidade material se refere à matéria, ao conteúdo do ato normativo, não podendo
projeto de lei violar regras ou princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Portanto,
não interessa averiguar, neste momento, o procedimento de elaboração da espécie normativa, mas, de fato, o seu
conteúdo.
Conforme leciona Luís Roberto Barroso:
[...] a inconstitucionalidade material expressa uma incompatibilidade de conteúdo,
substantiva entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Pode traduzir-se no confronto com
uma regra constitucional – e.g., a fixação da remuneração de uma categoria de servidores
públicos acima do limite constitucional (art. 37, XI) – ou com um princípio constitucional, como
no caso de lei que restrinja ilegitimamente a participação de candidatos em concurso público, em
razão do sexo ou idade (art. 5º, caput, e 3º, IV), em desarmonia com o mandamento da isonomia. O
controle material constitucionalidade pode ter como parâmetro todas as categorias de
normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas11
. (original
sem grifo ou destaque)
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, infere-se que inexiste qualquer inconstitucionalidade material no que tange à vigência da lei no tempo,
pois a vigência da proposição ocorrerá a partir de sua publicação, não se pretendendo sua retroatividade.
Por derradeiro, por não violar o princípio da isonomia ou pretender desconstituir ato jurídico “já
consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”, modificar “decisão judicial de que já não caiba
recurso”, ou mesmo desrespeitar “direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo
começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”, não há
falar em violação ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou ao direito adquirido, motivo pelo qual inexiste
violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, tampouco a princípios, direitos e garantias previstos na
Carta Magna.
JURIDICIDADE E LEGALIDADE
Cumpre assinalar que a despeito dos requisitos acima elencados, pode-se concluir que o presente projeto de
decreto legislativo respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno da ALES.
No que diz respeito à legalidade, a Lei nº 7.832/2004, em seu artigo 1º12
, exige que a concessão de Título
de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e incontestável
benefício.
Quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Casa de Leis o juízo de delibação sobre
sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada às fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei nº 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
176
Ante o exposto, verifica-se que o presente projeto de decreto legislativo se adequada integralmente ao que
determina o Regimento Interno da Assembleia Legislativa.
TÉCNICA LEGISLATIVA
Conforme se extrai do estudo de técnica legislativa elaborado pela Diretoria de Redação à fl. 07, faz-se
necessário o ajuste do texto da proposição em análise a fim de adequá-la ao que determina a Lei Complementar nº
95/1998, corrigindo um erro meramente material, razão pela qual adiro ao estudo técnico.
Cabe ressaltar que a Lei Complementar nº 95/1998 recomenda a previsão expressa da vigência da lei,
reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação. Com efeito, a
previsão de entrada em vigor na data da publicação atende ao disposto no referido artigo.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 200/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do
art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E
BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Decreto Legislativo nº 51/2015 de autoria do Excelentíssimo
Deputado Estadual Hudson Leal.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
1 CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. rev. Coimbra: Almedina, 1993. 2 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos. 3 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 4 Supremo Tribunal Federal - ADI 507 / AM - AMAZONAS - Relator: Min. CELSO DE MELLO - Data do Julgamento: Julgamento: 14/02/1996 - Órgão
Julgador: Tribunal Pleno - Data da publicação: DJ 08-08-2003 PP-00085. 5 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: [...] IV - decretos legislativos; 6 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições: [...]
III - projeto de decreto legislativo; 7 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e
uma votação. 8 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 9 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico; e 10 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: II - ordinária; 11 Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 29. 12 Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 49/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 51/2015
Autor: Deputado Estadual Hudson Leal
Assunto: Concessão de título de cidadão espírito-santense ao Senhor Jeferson Gonçalves Ferreira.
1. RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Deputado Estadual Hudson Leal que visa
conceder ao senhor Jeferson Gonçalves Ferreira o Título de Cidadão Espírito-Santense.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do
Regimento Interno, proferiu despacho (fl. 02), em que admite a tramitação da proposição entendendo, a priori,
inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
A matéria foi protocolada no dia 16.6.2015, lida no expediente da sessão ordinária do dia 22.6.2015 e
177
publicada no Diário do Poder Legislativo no dia 23.6.2015.
A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 07, ofertando sugestões apenas no
tocante a redação proposta sem alteração substancial da proposição legislativa.
A Procuradoria da Assembleia Legislativa, por sua vez, opinou pela constitucionalidade, legalidade,
juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.
A proposição passou pelo crivo da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, que
opinou pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, conforme determina o art. 52 do
Regimento Interno da Assembleia Legislativa, em atendimento ao despacho exarado pelo Presidente da Mesa
Diretora (fl. 02).
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 51/2015 de iniciativa do Deputado
Estadual Hudson Leal que visa conceder ao Senhor Jeferson Gonçalves Ferreira o Título de Cidadão Espírito-
Santense.
Em sua justificava, o Excelentíssimo Deputado Estadual esclarece que o homenageado natural de
Timóteo/MG, iniciando a sua carreira profissional aos 17 anos trabalhando em campanhas políticas como office
boy e chegando a coordenador de Campanhas aos 25 anos de idade de prefeitos, deputados e Governadores.
E continua em sua justificativa de fls. 03:
Trabalhou na TV Globo Minas logo em seguida seguindo a sua formação acadêmica, de Jornalista
e atuou como Editor chefe do Jornal MGTV.
Em 2007 assume um programa da Grade da TV Record (TV Leste) Minas, dessa vez em frente a
câmeras e paralelo a isso conclui uma pós-graduação em Marketing Político.
Mas foi em Belo Horizonte em 2010, contratado pela TV Bandeirantes, a Band, que teve como
colega de trabalho um capixaba, Amaro Neto, que o encorajou a mudar se com a família para o
nosso Estado. Durante 2 anos traçaram e executaram um projeto do retorno do apresentador Amaro
Neto e postular seu nome para Deputado Estadual.
Em 2013 mudou se em definitivo para Espírito Santo para exercer sua profissão de Marketing
Politico e Coordenador de Campanha.
Nesse contexto, o senhor Jeferson Gonçalves Ferreira faz por merecer o título proposto, pois, conforme se
depreende da justificativa do projeto, acima reproduzida, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-
santense, sobretudo na área de sua especialidade.
Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 49/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 51/2015, de autoria do Deputado Estadual Hudson Leal.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 232/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 052/2015
Autor: Deputado Hudson Leal
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. RUY FERREIRA MARQUES”.
I – RELATÓRIO
178
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Hudson Leal, cujo conteúdo,
em síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. RUY FERREIRA
MARQUES.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 16/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 22/06/2015. Publicada no DLP- Diário do Poder Legislativo do dia 23 de junho de 2015,
pg.01, fls. 06 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 052/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. RUY FERREIRA MARQUES.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
da autoria de qualquer Deputado ou da Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual
179
nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto pelo parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, e também com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
O Sr. RUY FERREIRA MARQUES, nasceu em 24 de maio de 1949 na cidade de Manaus, tendo fixado
residência na cidade de Vila Velha em 1972, onde fez o cursinho no Colégio Salesiano e Engenharia Mecânica na
UFES na turma de 1969. Atualmente o agraciado é professor graduado em engenharia mecânica e engenharia de
produção pela Universidade Federal do Espírito Santo, realizou relevantes serviços prestados ao Estado do Espírito
Santo na educação como professor nos Colégios Marista e D. Bosco. Destacou-se também como engenheiro pelas
empresas COFAVI e CST.
Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 08 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. RUY FERREIRA MARQUES.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
180
PARECER N.º 232/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 052/2015, de autoria do Senhor Deputado Hudson Leal.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
JANETE DE SÁ
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 68/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 052/2015
Autor: Deputado Hudson Leal.
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. RUY FERREIRA MARQUES”.
I - RELATÓRIO
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 052/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. RUY FERREIRA MARQUES.
A matéria foi protocolada em 16/06/2015, lida no expediente do dia 22/06/2015.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Da Vitória, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense
ao Sr. RUY FERREIRA MARQUES.
O Sr. RUY FERREIRA MARQUES, nasceu em 24 de maio de 1949 na cidade de Manaus, tendo fixado
residência na cidade de Vila Velha em 1972, onde fez o cursinho no Colégio Salesiano e Engenharia Mecânica na
UFES na turma de 1969. Atualmente o agraciado é professor graduado em engenharia mecânica e engenharia de
produção pela Universidade Federal do Espírito Santo, realizou relevantes serviços prestados ao Estado do Espírito
Santo na educação como professor nos Colégios Marista e D. Bosco. Destacou-se também como engenheiro pelas
empresas COFAVI e CST.
Por tudo aqui exposto e pela relevância de uma grande identificação com o povo capixaba e seus valores é
o que justifica a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. RUY FERREIRA MARQUES que se
objetiva conceder através deste Projeto de Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III – PARECER N.º 68/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 052/2015, de autoria do Deputado Hudson Leal.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
181
Presidente/Relator
PADRE HONÓRIO
SERGIO MAJESKI
DARY PAGUNG
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 194/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 53/2015
Autor: Deputado Rodrigo Coelho
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Joás Máximo de Oliveira.”
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 53/2015, de autoria do Exmo. Deputado Rodrigo Coelho, concede ao
Sr. Joás Máximo de Oliveira o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na sua justificativa, o autor informa que:
JOÁS MÁXIMO DE OLIVEIRA, filho de Ludgério de Oliveira e Aurani Máximo de Oliveira.
Nascido em 01 de maio de 1951 na cidade do Rio de Janeiro. Casado com Stela Moreira de
Oliveira. Pai de Danielle, Naira elane e Joyce Moreira de Oliveira Formado em teologia pelo
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro e pós - graduado em
Aconselhamento Cristão pelo Centro Teológico Batista do Espirito Santo.
Ordenado ao Ministério pastoral em 19 de novembro de 1976, mudou-se para Vitória no final desse
mesmo ano e assumiu o pastorado da Igreja Batista da Praia de Suá, onde permaneceu por 06 anos.
O templo atual daquela Igreja foi reconstruído nesse período.
Após, transferiu-se para Palmeira dos Índios, em Alagoas, onde pastoreou por 03 anos e ali serviu a
Deus enquanto servia aos nordestinos em suas necessidades físicas, emocionais e espirituais.
Em fevereiro de 1986 mudou-se para Rio Novo do Sul- ES, onde pastoreou por 21 anos e 6 meses.
Naquele tempo com a igreja construíram os espaços para a formação religiosa da igreja, os quais
também eram usados para atividades sociais; construíram um ginásio de esportes (Centro de
Esportes e Lazer da Igreja Batista em Rio Novo do Sul). Mas o que se destacou nesse longo tempo
foi a construção de 58 casas populares para pessoas da comunidade, membros e não membros da
igreja.
Algumas delas foram construídas em parceria com a prefeitura local, mas a maior parte, pela
própria igreja. Em Rio Novo do Sul suas três filhas deram início aos seus estudos e hoje, formadas,
todas residentes em Jardim Camburi, em Vitória. No dia 07 de setembro de 2007 assumiu o
pastorado da Segunda Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim, onde permanece e caminha para 8
anos de atividades. Nesse tempo, muitas realizações: Reformas do templo; climatização do mesmo;
reinicio da construção do edifício de educação religiosa e ação social (iniciado pelo Pr. Luiz
Jubrael - já jubilado); construção do templo da igreja em Monte Belo, Cachoeiro e em fase final de
construção, a primeira parte do projeto de construção da Igreja Batista em Pedra Azul.
Todas as igrejas que pastoreou e ainda hoje a SIB Cachoeiro desenvolveram juntamente com a
pregação do Evangelho uma ação social efetiva, porque entendemos que o homem não é somente
espírito, mas corpo e espírito, portanto, deve ser cuidado no seu todo.
Considerando o relevante interesse público dos serviços prestados pelo Pastor Joás Máximo de
Oliveira para o município de Cachoeiro de Itapemirim e para o Estado do Espírito Santo é que
solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação desta propositura.
A matéria foi protocolada em 17/06/2015, lida no expediente do dia 22/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 23/06/2015 (fls. 07/08 dos autos).
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do
Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. PARECER DO RELATOR
2.1. DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
182
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas.
Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato (inconstitucionalidade formal orgânica: competência da União, Estados e Municípios) ou do
procedimento de elaboração da norma.
A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União
(artigos 21 e 22); Municípios (artigos 29 e 30); e Estados (artigo 25 – competência residual ou remanescente).
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada; pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passamos à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
O desrespeito ao procedimento de elaboração da norma pode ocorrer, ainda, na fase de iniciativa, o
chamado vício de iniciativa, ou em qualquer outra fase do processo legislativo, como, por exemplo, na
inobservância do quorum de votação ou aprovação da espécie normativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo, na redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 23 de novembro de 2009.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
Relativamente a quorum, é importante ressalvar que existem dois tipos:
a) quorum de votação: é aquele necessário para que ocorra deliberação do plenário ou da comissão
a respeito de certa proposição, e não para aprovar o Projeto. O quorum de votação, no caso em tela,
é de maioria absoluta dos membros (mais de 50% dos membros) (art. 59 da Constituição do Estado
e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de
2009).
b) quorum de aprovação: é aquele necessário para aprovar o Projeto. O quorum de aprovação do
Decreto Legislativo é de maioria simples ou relativa, ou seja, mais de 50% (cinquenta por cento)
dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de
Decreto Legislativo em apreço.
2.2. DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
183
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3. DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente, consoante o
artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada às fls. 03/04 dos presentes autos atende ao que
determina o art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4. DA TÉCNICA LEGISLATIVA
No caso em exame, houve obediência ao art. 3º da LC nº 95/1998, porquanto o projeto foi estruturado em
três partes básicas: parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; e parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições
transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois o primeiro artigo do texto indica o objeto da
proposição e o respectivo âmbito de aplicação, a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo,
a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão.
A vigência da proposição está indicada de maneira expressa, respeitando o art. 8º da LC 95/98.
Cumpridas as regras do art. 10, porquanto, no texto da proposição, a unidade básica de articulação é o
artigo, indicado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal.
Respeitadas também as regras do caput e do inciso I do art. 11, pois as disposições normativas foram
redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, e, para obtenção de clareza, foram usadas as palavras e as
expressões em seu sentido comum e frases curtas e concisas, foram construídas as orações na ordem direta,
evitando-se preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis, buscou-se a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto das normas legais, dando-se preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente, e foram
usados os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando-se os abusos de caráter estilístico.
Por derradeiro, não foi descumprida a regra prevista no inciso III do art. 11 da Lei Complementar nº
95/1998, pois, para obtenção de ordem lógica, restringiu-se o conteúdo de cada artigo da proposição a um único
assunto ou princípio.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 09), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98, que rege
a redação dos atos normativos.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 194/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
184
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de
Decreto Legislativo nº 53/2015, de autoria do Exmo. Deputado Rodrigo Coelho, com fundamento no artigo 25, §
1º, da Constituição da República, e, artigos 56, inciso XXIX, art. 61, inciso IV e art. 63, caput, da Constituição
Estadual, e legislação infraconstitucional, notadamente a Lei Estadual nº 7.832/04, devendo seguir sua regular
tramitação nesta Casa Legislativa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RAQUEL LESSA
Presidente/Relatora
RODRIGO COELHO
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 53/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 53/2015
Autor: Deputado Rodrigo Coelho
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Joás Máximo de Oliveira.”
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 53/2015, de autoria do Exmo. Deputado Rodrigo Coelho, concede ao
Sr. Joás Máximo de Oliveira o título de Cidadão Espírito-Santense.
A matéria foi protocolada em 17/06/2015, lida no expediente do dia 22/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo – DPL do dia 23/06/2015 (fls. 07/08 dos autos).
O projeto veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos para exame e parecer de
mérito, atendendo ao artigo 52 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 53/2015, de autoria do Excelentíssimo
Senhor Deputado Rodrigo Coelho, visa a conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Joás Máximo de
Oliveira.
Na sua justificativa, o autor informa que:
JOÁS MÁXIMO DE OLIVEIRA, filho de Ludgério de Oliveira e Aurani Máximo de Oliveira.
Nascido em 01 de maio de 1951 na cidade do Rio de Janeiro. Casado com Stela Moreira de
Oliveira. Pai de Danielle, Naira elane e Joyce Moreira de Oliveira Formado em teologia pelo
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro e pós - graduado em
Aconselhamento Cristão pelo Centro Teológico Batista do Espirito Santo.
Ordenado ao Ministério pastoral em 19 de novembro de 1976, mudou-se para Vitória no final desse
mesmo ano e assumiu o pastorado da Igreja Batista da Praia de Suá, onde permaneceu por 06 anos.
O templo atual daquela Igreja foi reconstruído nesse período.
Após, transferiu-se para Palmeira dos Índios, em Alagoas, onde pastoreou por 03 anos e ali serviu a
Deus enquanto servia aos nordestinos em suas necessidades físicas, emocionais e espirituais.
Em fevereiro de 1986 mudou-se para Rio Novo do Sul- ES, onde pastoreou por 21 anos e 6 meses.
Naquele tempo com a igreja construíram os espaços para a formação religiosa da igreja, os quais
também eram usados para atividades sociais; construíram um ginásio de esportes (Centro de
Esportes e Lazer da Igreja Batista em Rio Novo do Sul). Mas o que se destacou nesse longo tempo
foi a construção de 58 casas populares para pessoas da comunidade, membros e não membros da
igreja.
Algumas delas foram construídas em parceria com a prefeitura local, mas a maior parte, pela
própria igreja. Em Rio Novo do Sul suas três filhas deram início aos seus estudos e hoje, formadas,
todas residentes em Jardim Camburi, em Vitória. No dia 07 de setembro de 2007 assumiu o
pastorado da Segunda Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim, onde permanece e caminha para 8
185
anos de atividades. Nesse tempo, muitas realizações: Reformas do templo; climatização do mesmo;
reinicio da construção do edifício de educação religiosa e ação social (iniciado pelo Pr. Luiz
Jubrael - já jubilado); construção do templo da igreja em Monte Belo, Cachoeiro e em fase final de
construção, a primeira parte do projeto de construção da Igreja Batista em Pedra Azul.
Todas as igrejas que pastoreou e ainda hoje a SIB Cachoeiro desenvolveram juntamente com a
pregação do Evangelho uma ação social efetiva, porque entendemos que o homem não é somente
espírito, mas corpo e espírito, portanto, deve ser cuidado no seu todo.
Considerando o relevante interesse público dos serviços prestados pelo Pastor Joás Máximo de
Oliveira para o município de Cachoeiro de Itapemirim e para o Estado do Espírito Santo é que
solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação desta propositura.
Destarte, uma vez presentes os requisitos para a concessão desta honraria, pugnou pela aprovação do bom
nome do homenageado para integrar o rol dos cidadãos do Estado do Espírito Santo.
Assim, este parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo exclusivamente à discricionariedade
parlamentar avaliar a conveniência da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao pretenso agraciado.
Em face do exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 53/2015 atende aos pressupostos
de mérito para ser aprovado.
Desta forma, sugerimos aos demais membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 53/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela APROVAÇÃO
do Projeto de Decreto Legislativo nº 53/2015, de autoria do Exmo. Deputado Rodrigo Coelho.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 204/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 54/2015
Autor: Deputado Cacau Lorenzoni
Ementa: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Iran Guimarães de Azevedo
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 54/2015, de autoria do Deputado Cacau Lorenzoni, concede ao Sr.
Iran Guimarães de Azevedo o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na justificativa de fls. 03 , o autor informa a trajetória de vida do pretenso agraciado.
A matéria foi protocolada em 17/06/2015, lida no expediente do dia 22/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 23/06/2015 (fls. 06).
Às fls. 07 Estudo de Técnica Legislativa pela Diretoria de Redação.
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso
I, do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas
jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de
elaboração das normas jurídicas.
186
Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a
elaboração do ato ou do procedimento de elaboração da norma.
No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada, pois nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição
Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para
o Estado a competência para dela dispor.
Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passo à análise do procedimento para a
elaboração da norma jurídica em epígrafe.
Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de Decreto Legislativo, nos termos
do artigo 61, inciso IV, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso III, do Regimento Interno da Assembleia
Legislativa.
A matéria objeto da presente proposição é de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, como
determina o art. 56, inciso XXIX, da Constituição do Estado do Espírito Santo.
Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com a
Constituição Estadual.
Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o
regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quórum para a sua aprovação.
No tocante ao regime inicial de tramitação, com a Emenda Constitucional n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 56 da Constituição Estadual, o dispositivo previsto no inciso IV do artigo 276 do Regimento
Interno foi revogado, uma vez que, sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da
Assembleia Legislativa, não dependendo mais de sanção do Governador.
Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve
seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno.
O processo de votação, a princípio, é o simbólico, já que a proposição ora analisada não se enquadra entre
aquelas em que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa reserva ao processo de votação nominal, nos
termos do artigo 200, inciso I, do Regimento Interno.
O quórum de votação, no caso em tela, é de maioria absoluta dos membros, mais de 50% dos membros (art.
59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de
15 de julho de 2009). O quórum de aprovação do Decreto Legislativo é de maioria simples ou relativa, ou seja,
mais de 50% (cinquenta por cento) dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 194 do Regimento
Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009).
Portanto, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de Decreto Legislativo
em apreço.
2.2 DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e
princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o
conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais.
No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo
compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual.
Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições
Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
Como se trata de matéria atinente à congratulação de cidadão que trouxe benefícios relevantes à sociedade,
também não há falar em violação a Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual.
Já no tocante à vigência da lei, o Projeto de Decreto Legislativo em apreço não visa a alcançar situações
jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação.
Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua
publicação aos projetos de pequena repercussão, o que se aplica ao presente.
2.3 DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE
Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo
ou à forma do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.
Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades
previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente publicado,
consoante o artigo 149 do Regimento Interno.
Quanto ao aspecto da legalidade, a Lei Estadual n° 7.832/04, no seu artigo 1º, exige que a concessão de
Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Desse modo, quanto ao mérito, é de competência do Plenário o juízo de delibação sobre a sua concessão.
187
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fls. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme se observa a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
2.4 DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fls. 07), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98 e às
Normas para Padronização dos Atos Legislativos estabelecidas pela Secretaria Geral da Mesa.
Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do
seguinte:
PARECER N.º 204/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de
Decreto Legislativo nº 54/2015, de autoria do Deputado Cacau Lorenzoni, que concede Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. Iran Guimarães de Azevedo.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 52/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 54/2015
Autor: Deputado Cacau Lorenzoni
Ementa: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Iran Guimarães de Azevedo
1. RELATÓRIO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 54/2015, de autoria do Deputado Cacau Lorenzoni, concede ao Sr. Iran
Guimarães de Azevedo o título de Cidadão Espírito-Santense.
Na justificativa de fls. 03, o autor informa a trajetória de vida do pretenso agraciado.
A matéria foi protocolada em 17/06/2015, lida no expediente do dia 22/06/2015 e publicada no Diário do
Poder Legislativo do dia 23/06/2015 (fls. 06).
Às fls. 07 Estudo de Técnica Legislativa pela Diretoria de Redação.
O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso
I, do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
O Projeto de Decreto Legislativo nº 054/2015, de autoria do Deputado Cacau Lorenzoni, foi analisado
anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça quanto à sua constitucionalidade e legalidade, cabendo a
esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, nesta oportunidade, tão-somente, a análise do
mérito.
188
O Sr. Iran Guimarâes de Azevedo, nasceu no dia 11 de junho de 1948, na cidade de Medina-MG, e ainda
no início de sua juventude veio para Vitória concluir o ensino médio. Em seguinte ingressou no curso de medicina
da EMESCAM, onde obteve a graduação.
O exercício da medicina, como se sabe, é um sacerdócio. O que é comprovado por uma das versões de
Hipócrates (FÓRMULA DE GENEBRA, adotado pela Associação Médica Mundial, em 1983) comumente
realizado pelos formandos em medicina:
Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade.
Darei aos meus Mestres o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos.
Exercerei a minha arte com consciência e dignidade.
A Saúde do meu Doente será a minha primeira preocupação.
Mesmo após a morte do doente respeitarei os segredos que me tiver confiado.
Manterei por todos os meios ao meu alcance, a honra e as nobres tradições da profissão médica.
Os meus Colegas serão meus irmãos.
Não permitirei que considerações de religião, nacionalidade, raça, partido político, ou posição
social se interponham entre o meu dever e o meu Doente.
Guardarei respeito absoluto pela Vida Humana desde o seu início, mesmo sob ameaça e não farei
uso dos meus conhecimentos Médicos contra as leis da Humanidade.
Faço estas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra.
Conforme se depreende da justifica do autor da proposição de fls. 03 e da própria natureza da sua atividade
profissionais, o Sr. Iran Guimarães de Azevedo é merecedor da concessão do Titulo de Cidadão Espírito-Santense
pelos relevantes serviços prestados à coletividade do Estado do Espírito Santo.
No entanto, cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços prestados pelo
homenageado, aprovando a presente concessão.
Cumpre-nos ressaltar que o presente parecer restringe-se ao mérito da propositura, pertencendo,
exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação e conveniência acerca da concessão do Título de
Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Iran Guimarães de Azevedo.
Em face do exposto, concluo que o Projeto de Decreto Legislativo nº 054/2015, atende aos pressupostos
quanto ao mérito e também aos requisitos do art. 52 da Resolução nº 2.700/09, que destaca competir à Comissão
de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, opinar sobre tal assunto, razão pela sugiro a adoção do seguinte:
PARECER N.º 52/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 054/2015, de autoria do Deputado Cacau Lorenzoni, que
concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Iran Guimarães de Azevedo.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 195/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 55/2015
Autor: Deputado Estadual Rodrigo Coelho
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Fabio Eduardo de Lima Santos”.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Rodrigo
Coelho, o qual concede Título de Cidadão Espírito- Santense ao Sr. Fabio Eduardo de Lima Santos.
A proposição foi protocolizada no dia 19/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 22/06/2015,
189
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 23/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fls.06/07.
O presente Projeto de Decreto Legislativo foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer
jurídico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela
sua adequação aos itens mencionados.
Após, os autos foram remetidos a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para
fins de apreciação do aspecto constitucional, jurídico, legal e de técnica legislativa da proposição, nos termos do
art.41, I do Regimento Interno da ALES.
Este é o relatório.
PARECER DO RELATOR
2) QUANTO A CONSTITUCIONALIDADE FORMAL
Conforme acima relatado, o Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015, de autoria do Senhor Deputado
Estadual Rodrigo Coelho, tem por objetivo conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Fabio Eduardo
de Lima Santos.
Por força da hierarquia e supremacia da Constituição sobre as demais normas componentes do
ordenamento jurídico, todo projeto de lei, no caso, trata-se de outra espécie normativa, qual seja, o decreto
legislativo deve estar em consonância com o texto constitucional, sob pena de configuração de vício formal de
inconstitucionalidade. Tratando-se de projeto de decreto legislativo, este deve além de obedecer às normas da
Constituição da República, também, obrigatoriamente, sujeitar-se-á às normas da Constituição Estadual.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo tem que atender aos requisitos estabelecidos
na Constituição, tanto federal, quanto estadual, especialmente com relação aos seguintes pontos: a) competência
legislativa; b) iniciativa da proposição legislativa; c) procedimentos e formalidades de sua elaboração;
A competência para dispor sobre a matéria – concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense – é
estadual, pois este é uma honraria concedida por liberalidade da Administração Pública estadual, à teor do art.25, §
1º da CRFB/1988, verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
De outro giro, constato que, a concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deve ser veiculada pela
espécie normativa denominada decreto legislativo, nos precisos termos do art.56, XXIX c/c art.61, IV, ambos da
CE, verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
IV - decretos legislativos;
Destarte, neste aspecto, quanto a espécie normativa, o Projeto de Decreto Legislativo encontra-se em
perfeita consonância com o texto da Constituição Estadual.
A iniciativa para propositura de decreto legislativo tratando da concessão de Título de Cidadão Espírito-
Santense é do parlamentar, eis que trata-se de competência exclusiva da Assembleia Legislativa a concessão de tal
honraria à teor do art.56, XXIX da CE acima citado, razão pela qual o Projeto em apreço, encontra-se adequado.
Quanto aos requisitos formais, o regime inicial de tramitação é o ordinário por força do art.148, II do
Regimento Interno da ALES, o quórum para aprovação é o de maioria simples na forma do art.194 do Regimento
Interno da ALES e o processo de votação é o simbólico nos termos do art.200, I do Regimento Interno da ALES.
Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015 atende aos requisitos formais
tanto da Constituição da República quanto da Estadual.
3) QUANTO À CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL
190
O conteúdo do Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015 é plenamente compatível com as normas e
princípios da Constituição da República e da Estadual, senão vejamos:
Como se trata de matéria atinente a congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição da República, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente Projeto de Decreto Legislativo não se relaciona com a
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
cláusula pétrea.
Destarte, pode-se concluir que a presente proposição não viola o princípio da isonomia e nem mesmo o
direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada.
No que tange a vigência da lei no tempo cumpre observar que as normas nascem com a promulgação, mas
começam a vigorar com a publicação, ou melhor, com a publicação a lei torna-se obrigatória na data indicada como
termo inicial de sua vigência.
Assim, depreende-se do artigo 8º da Lei Complementar nº 95/1998 que a vigência da lei será indicada de
forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a
cláusula “entra em vigor na data de sua publicação para as leis de pequena repercussão”, como é o caso do Projeto
de Decreto Legislativo ora analisado.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
4) DA JURIDICIDADE E LEGALIDADE
A concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense é deferida àquela pessoa que tenha prestado relevantes
serviços em favor da sociedade capixaba.
Depreende-se da justificativa do Projeto de Decreto Legislativo, que o homenageado possui relevantes
serviços prestados na área religiosa exercendo profícua atividade na formação de seminaristas, contribuindo para a
formação espiritual de um grande número de pessoas na região de Cachoeiro de Itapemirim.
Dessa forma resta nítido que o homenageado prestou relevantes serviços na área religiosa-espiritual à
sociedade capixaba, fazendo jus à concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense, nos precisos termos do art.1º
da Lei nº 7.832/2004, verbis:
Art. 1º O título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - ALES à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
No que tange ao aspecto jurídico e legal o Projeto de Decreto Legislativo em exame atende aos requisitos
previstos no Regimento Interno da ALES sendo com ele compatível, bem como resta atendida a legislação
específica para sua elaboração.
Convém ressaltar, no entanto, que cumpre ao Plenário manifestar-se sobre a valoração dos ditos serviços
prestados pelo homenageado, em suma, sobre o seu mérito, aprovando ou não a presente concessão.
Importante frisar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, pertencendo exclusivamente à
discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade acerca da concessão do
Título de Cidadão Espírito-Santense.
5) DA TÉCNICA LEGISLATIVA
Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar nº 95/98, máxime quanto a
sua estruturação, art. 3º, sua articulação e redação, respectivamente arts. 10 e 11, todos do mesmo diploma legal
anteriormente citado.
No mais, a Diretoria Redação – DR já efetuou as correções devidas na redação do referido Projeto de
Decreto Legislativo através do Estudo de Técnica Legislativa (fl.08), motivo pelo qual sugiro a sua adoção.
Sendo assim, diante da constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de
Decreto Legislativo nº 55/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Rodrigo Coelho, sugiro aos Ilustres Pares
desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 195/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015, de autoria do Senhor Deputado Estadual Rodrigo Coelho.
191
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RAQUEL LESSA
Presidente/Relatora
RODRIGO COELHO
ELIANA DADALTO
MARCELO SANTOS
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 56/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 55/2015
Autor: Deputado Estadual Rodrigo Coelho
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Fabio Eduardo de Lima Santos”.
1) RELATÓRIO
Trata-se do Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015 de autoria do Senhor Deputado Estadual Rodrigo
Coelho, o qual concede Título de Cidadão Espírito- Santense ao Sr. Fabio Eduardo de Lima Santos.
A proposição foi protocolizada no dia 19/06/2015, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 22/06/2015,
oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e após o
cumprimento do art.120 do Regimento Interno da ALES a sua remessa às Comissões de Constituição, Justiça,
Serviço Público e Redação e de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos.
Na data de 23/06/2015, o Projeto de Decreto Legislativo sob exame foi publicado no DPL, conforme
documento de fls.06/07.
O presente Projeto de Decreto Legislativo foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer
jurídico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela
sua adequação aos itens mencionados.
Após, dando sequência ao trâmite regimental, a proposição legislativa foi encaminhada para a Comissão de
Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, oportunidade em que recebeu parecer, manifestando pela sua
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.
Em continuidade, o Projeto de Decreto Legislativo veio a esta Comissão de Defesa da Cidadania e dos
Direitos Humanos para exame e parecer no que tange ao mérito respectivo, em conformidade com as normas
regimentais estabelecidas no art. 52 do Regimento Interno da ALES.
É o relatório.
PARECER DO RELATOR
De acordo com o relatório supra, o Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015 de autoria do Deputado
Estadual Rodrigo Coelho tem por objetivo conceder Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr .Fabio Eduardo de
Lima Santos.
Há que se ressaltar que a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Fabio Eduardo de Lima
Santos faz jus ao seu vasto currículo de relevantes serviços prestados em prol do Estado do Espírito Santo no
âmbito da área religiosa-espiritual, conforme consta da justificativa do Projeto em exame.
Neste sentido, o Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015 atende prontamente a análise de mérito
concernente ao art. 52 do Regimento Interno da ALES.
Ante o exposto, concluímos que o Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015, de autoria do Deputado
Estadual Rodrigo Coelho, deve ser aprovado no exame de mérito, o que nos leva a sugerir aos demais membros
desta importante Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos o seguinte.
PARECER N.º 56/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 55/2015, de autoria do Sr. Deputado Estadual Rodrigo
Coelho.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
192
NUNES
Presidente/Relator
DARY PAGUNG
SERGIO MAJESKI
PADRE HONÓRIO
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 233/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 056/2015
Autor: Deputado Da Vitória
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. FAUZE ABDALLA KILSAM”.
I – RELATÓRIO
Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica
legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de iniciativa do Senhor Deputado Da Vitória, cujo conteúdo, em
síntese, dispõe sobre a Concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. FAUZE ABDALLA KILSAM.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o
Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009 admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie,
inexistir qualquer inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.
Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 22/06/2015, seguiu sua regular tramitação, lida na
Sessão Ordinária do dia 23/06/2015. Publicada no DLP- Diário do Poder Legislativo do dia 24 de junho de 2015,
pg.01, fls. 07 dos autos.
Após, recebeu encaminhamento para esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação,
com o fim de elaboração de Parecer para efeito de análise da sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e
técnica legislativa empregada em sua feitura, conforme dispõe o dispositivo do art. 41, inciso I, da Resolução
2.700/2009 (Regimento Interno desta Augusta Assembleia Legislativa).
Este é o Relatório.
II – PARECER DO RELATOR
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 056/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. FAUZE ABDALLA KILSAM.
Pela descrição do projeto, constatamos que se trata de matéria da competência estadual, uma vez que o
título de cidadão é uma honraria concedida por liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua
competência legislativa remanescente prevista no art. 25, § 1º, da Constituição Federal, in verbis:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição
Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verificamos pela exegese das regras
constitucionais contidas nos artigos abaixo descritos, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é
Decreto legislativo, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual (art. 56, XXIX e art.
61, IV) e o Regimento Interno (art. 151, §2º), in verbis:
Art. 56 (CE/89). É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela
preservação da sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 61 (CE/89). O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...)
193
IV - decretos legislativos;
Art. 151 (Regimento Interno). Os projetos serão de resolução, de decreto legislativo e de lei.
(...)
§ 2º Os projetos de decreto legislativo são destinados a regular a matéria de competência
exclusiva da Assembleia Legislativa, que não disponha, integralmente, sobre assunto de sua
economia interna, tais como:
(...)
A matéria objeto da presente proposição deve ser regulada por projeto de origem parlamentar, podendo ser
da autoria de qualquer Deputado ou da Mesa Diretora, conforme se depreende do art. 3º da Lei Ordinária Estadual
nº 7.832/2004 c/c arts. 152, I e II, e art. 23, §2º da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno), in verbis:
Art. 3º (Lei Estadual nº 7.832/2004). O Deputado poderá propor a concessão de até 06 (seis)
títulos de Cidadão Espírito-Santense em cada Sessão Legislativa, sendo que 03 (três) até a Sessão
Solene de entrega do mês de maio e 03 (três) até a Sessão Solene de entrega do mês de dezembro.
Parágrafo único. Através de requerimento escrito, poderá haver cessão entre Deputados, para
efeito de concessão de títulos de cidadão espírito-santense. (Incluído pela Lei nº 9.510, de 2010).
Art. 152 (Regimento Interno). A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da
Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será:
I - de Deputados;
II - da Mesa;
Art. 23 (Regimento Interno). São atribuições do Presidente, além das expressas neste Regimento
Interno, as que decorram da natureza de suas funções e prerrogativas:
(...)
§ 2º O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, oferecer projetos e
propostas de emendas à Constituição ou votar para desempatar o resultado de votação simbólica
ou nominal.
Logo, ao ser proposto pelo parlamentar, o Projeto de Decreto Legislativo está em sintonia com as
Constituições Estadual e Federal, e também com o Regimento Interno e com a Lei Ordinária Estadual nº
7.832/2004.
O quórum e o processo de votação da matéria será por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria
absoluta dos Deputados em votação simbólica, consoante dispõem os arts. 194 e 200, I, da Resolução nº
2.700/2009 (Regimento Interno). O regime inicial de tramitação é o ordinário (art. 148, II, do Regimento Interno).
Quanto aos aspectos constitucionais materiais, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos
ou explícitos, disciplinados pelas constituições federal e estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais
dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, tais como os princípios da isonomia e o da proteção ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.
A Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar nº 107/2001, recomenda a previsão
expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos
de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação – artigo 8º. Desse modo, tem-se observado
o presente requisito legal.
No que se refere ao aspecto da legalidade, cumpre-nos evidenciar que o projeto em apreço atende os
requisitos previstos na Lei Estadual nº 7.832, de 20/07/04, alterada pelas Leis nº 8.957, de 18/07/08 e nº 9.510, de
30/08/2010, sobretudo aquele inserido em seu art. 1º1, posto que o autor apresenta na justificativa do Projeto os
serviços relevantes prestados pelo pretenso agraciado, in verbis:
O Sr. Fauze é paulista, filho de pai libanês e mãe brasileira, capixaba, estudou e trabalhou “formalmente”,
tendo a música como fator importante de sua vida.
194
Em 1984 formou a primeira banda e a partir de então sempre esteve envolvido com trabalhos musicais,
bandas autorais e cover, que eram feitos paralelamente ao emprego formal.
Em 1999, deixou o emprego formal e assume único e efetivo trabalho, profissão e ofício, a música e desde
então atuou em vários projetos e em várias bandas, sempre tendo o rock and roll e blues como fonte de inspiração.
Dentre os trabalhos, entre 2003 e 2014 fez parte da banda LEDNESS, uma Banda tributo ao “Led
Zeppelin”. Através dessa banda, em 2009, teve a oportunidade de se apresentar no ES, mais precisamente em
Colatina, cidade da qual ouviu falar mas nunca teve a oportunidade de conhecer.
Ouviu dizer que a cidade de Colatina era conhecida por ser a Princesa do Norte, ocasião em que na sua
primeira apresentação constatou sua beleza e percebeu que a cidade também pode ser considerada a Princesa do
Rock.
Depois dessa primeira visita, voltou mais vezes e fez amigos, e se apresentou também na capital, Vitória.
Então retornou várias outras vezes, a trabalho e também rever amigos, constatando a cada nova visita, uma grande
identificação com os valores do povo de Colatina e do Estado do Espírito Santo.
Referente à compatibilidade com o Regimento Interno, não foi encontrado nenhum vício que macule a
tramitação ordinária do processo legislativo do projeto de decreto legislativo em apreço.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no Projeto, fica evidenciado o atendimento às regras
introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela Lei Complementar
Federal nº 107/01.
À folha 08 dos autos, encontra-se estudo técnico da Diretoria de Redação adequando o Projeto de Decreto
Legislativo em apreço à técnica legislativa, às normas gramaticais e às normas para padronização dos atos
legislativos estabelecido pela Secretaria Geral da Mesa, o qual somos pelo seu acolhimento.
Cumpre-nos ainda, ressaltar que o presente parecer restringe-se ao aspecto jurídico, estando adstrita
exclusivamente à discricionariedade parlamentar à avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade
acerca da concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. FAUZE ABDALLA KILSAM.
Ex Positis, sugerimos aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 233/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do
Projeto de Decreto Legislativo n.º 056/2015, de autoria do Senhor Deputado Da Vitória.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
JANETE DE SÁ
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
1 “Art. 1°. O Título de Cidadão Espírito–Santense será concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo – Ales à personalidade que tenha
prestado relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado”. (NR)
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 72/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 056/2015
Autor: Deputado Da Vitória.
Ementa: “Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. FAUZE ABDALLA KILSAM”.
I – RELATÓRIO
O PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 056/2015 visa conceder Título de Cidadão Espírito-
Santense ao Sr. FAUZE ABDALLA KILSAM.
A matéria foi protocolada em 22/06/2015, lida no expediente do dia 23/06/2015.
A propositura recebeu parecer, pela legalidade, constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa,
emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de
Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 52 do Regimento
195
Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09).
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Da Vitória, visa conceder Título de Cidadão Espírito-Santense
ao Sr. FAUZE ABDALLA KILSAM.
O Sr. Fauze é paulista, filho de pai libanês e mãe brasileira, capixaba, estudou e trabalhou “formalmente”,
tendo a música como fator importante de sua vida.
Em 1984 formou a primeira banda e a partir de então sempre esteve envolvido com trabalhos musicais,
bandas autorais e cover, que eram feitos paralelamente ao emprego formal.
Em 1999, deixou o emprego formal e assume único e efetivo trabalho, profissão e ofício, a música e desde
então atuou em vários projetos e em várias bandas, sempre tendo o rock and roll e blues como fonte de inspiração.
Dentre os trabalhos, entre 2003 e 2014 fez parte da banda LEDNESS, uma Banda tributo ao “Led
Zeppelin”. Através dessa banda, em 2009, teve a oportunidade de se apresentar no ES, mais precisamente em
Colatina, cidade da qual ouviu falar mas nunca teve a oportunidade de conhecer.
Ouviu dizer que a cidade de Colatina era conhecida por ser a Princesa do Norte, ocasião em que na sua
primeira apresentação constatou sua beleza e percebeu que a cidade também pode ser considerada a Princesa do
Rock.
Depois dessa primeira visita, voltou mais vezes e fez amigos, e se apresentou também na capital, Vitória.
Então retornou várias outras vezes, a trabalho e também rever amigos, constatando a cada nova visita, uma grande
identificação com os valores do povo de Colatina e do Estado do Espírito Santo.
Por tudo aqui exposto e pela relevância de uma grande identificação com o povo capixaba e seus valores é
o que justifica a concessão do Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. FAUZE ABDALLA KILSAM que se
objetiva conceder através deste Projeto de Decreto Legislativo.
Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe, recomendando aos
nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:
III – PARECER N.º 72/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 056/2015, de autoria do Deputado Da Vitória.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente/Relator
PADRE HONÓRIO
SERGIO MAJESKI
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO
PARECER N.º 234/2015
Proposição: Projeto de Decreto Legislativo n.º 57/2015
Autor (a): Deputado Euclério Sampaio
Assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Laniminer Jardim.
I – RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério
Sampaio, que apresenta o seguinte assunto: concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Laniminer Jardim.
O Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério Sampaio assim justificou a presente proposição:
Ao Sr. Laniminer Jardim, nascido no estado de Minas Gerais em 25 de agosto de 1959, casado,
residente a Rua Ernesto Pereira Gomes, nº 10, bairro Itaciba, Cariacica/ES, morador deste estado
há 33 anos, pais de 02 (duas) filhas, graduado em Teologia e técnico em Contabilidade, exerce ao
ministério pastoral há 30 anos no Estado do Espírito Santo, atualmente preside a 1ª Assembleia de
Deus de Itaciba. Filiado a convenção CADEESO da Convenção Geral das Assembleias de Deus do
196
Brasil – CGADB.
Em concedendo este título ao Sr. Laniminer Jardim, estaremos reconhecendo e retificando o valor
já demonstrado pelo homenageado.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120
do Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da
proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na
norma regimental.
A proposição que foi protocolizada no dia 23 de Junho de 2015, lida no expediente da sessão ordinária
realizada no dia 24 de Junho de 2015, e, posteriormente. No que tange a publicação no Diário do Poder Legislativo,
não se pode dispensá-la, o que deve ser providenciada pelo órgão competente desta Casa Legislativa em momento
posterior a elaboração deste parecer.
Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o
presente parecer, de acordo com o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno.
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
A- ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL
A.1 - Competência legislativa para dispor sobre a matéria e competência de iniciativa da matéria
Verifica-se inicialmente a competência legislativa Parlamentar para deflagrar o presente procedimento, nos
termos do artigo 56, inciso XXIX, e art. 63, ambos da Constituição Estadual, in verbis:
Art. 56. É de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, além de zelar pela preservação da
sua competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes:
(...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense.
Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao
Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os
requisitos estabelecidos nesta Constituição.
Ademais, cumpre ressaltar que trata-se do exercício da competência legislativa remanescente do Estado,
prevista no art. 25, § 1º, da Constituição da República, conforme verifica-se a seguir:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
Neste contexto, não há que se falar em qualquer vício de iniciativa que poderia inviabilizar e macular a
tramitação da presente proposição de iniciativa parlamentar, uma vez estar em conformidade com o que determina
a Constituição Estadual e a Constituição da República.
A.2 - Espécie normativa
O artigo 61, inciso IV da Constituição Estadual1 prevê como uma das espécies normativas o Decreto
Legislativo. Nesse mesmo sentido dispõe o artigo 141, inciso III do Regimento Interno2 (Resolução nº 2.700/2009).
Logo, verifica-se a compatibilidade da presente proposição com os textos normativos acima citados.
A.3 – Regime inicial de tramitação da matéria, quórum para sua aprovação e processo de votação a
ser utilizado
Tendo em vista a reforma constitucional estadual decorrente da Emenda n° 62/2009, que introduziu o
inciso XXIX ao artigo 563, não se aplica o dispositivo previsto no inciso IV, do artigo 276 do Regimento Interno
4,
uma vez que sob a ótica constitucional, tal matéria passou a ser de competência exclusiva da Assembleia
Legislativa, não dependendo mais de sanção do Excelentíssimo Senhor Governador, e nem de lei.
Feita essa consideração, conclui-se que, como o Regimento Interno não especializou seu regime de
tramitação inicial, o referido projeto deve seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso
II5, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009)..
197
No que diz respeito ao quórum de aprovação, consoante o artigo 194 do Regimento Interno6, é necessária a
maioria simples dos membros desta Casa de Leis, desde que presente a maioria absoluta dos Deputados.
Quanto ao processo de votação a ser utilizado, segundo a inteligência do artigo 200, inciso I7, do
Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), o processo a ser utilizado é o simbólico.
Por fim, quanto à discussão e votação, ressalta-se que deverá ser observado o contido no art. 1508, do
Regimento Interno.
A.4 – Constitucionalidade material
Inicialmente, é válida a citação dos ensinamentos do Excelentíssimo Ministro do Excelso Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Ferreira Mendes, sobre a inconstitucionalidade material, in verbis:
Os vícios materiais dizem respeito ao próprio conteúdo ou ao aspecto substantivo do ato,
originando-se de um conflito com regras ou princípios estabelecidos na Constituição.
A inconstitucionalidade material envolve, porém, não só o contraste direto do ato legislativo com o
parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do excesso de poder
legislativo.
É possível que o vício de inconstitucionalidade substancial decorrente do excesso de poder
legislativo constitua um dos mais tormentosos temas do controle de constitucionalidade hodierno.
Cuida-se de aferir a compatibilidade da lei com os fins constitucionalmente previstos ou de
constatar a observância do princípio da proporcionalidade, isto é, de se proceder à censura sobre a
adequação e a necessidade do ato legislativo.9
Como se trata de matéria atinente à congratulações a cidadãos que trouxeram benefícios relevantes a
sociedade, não há falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição Federal, seja na
Constituição Estadual.
Ressalta-se ainda que o objeto do presente projeto de decreto legislativo não se relaciona com a
problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma
Cláusula Pétrea.
Com efeito, conforme o Ato 2.517/2007 exige análise, cumpre esclarecer que inexiste violação ao princípio
da isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e a coisa julgada (artigo 5º, inciso XXXVI, da
Constituição da República).
Ademais, o presente projeto de decreto legislativo não visa a alcançar situações jurídicas pretéritas. Desse
modo, o objeto dessa proposição é materialmente constitucional sob a perspectiva da aplicação na lei no tempo.
Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente
proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna.
B - JURIDICIDADE E LEGALIDADE:
A despeito dos requisitos acima elencados, pode-se depreender que o presente projeto de decreto legislativo
respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno.
No que diz respeito à legalidade, a legislação estadual específica (Lei n° 7.832/2004), em seu artigo 1º,
exige que a concessão de Títulos de Cidadão Espírito-Santense seja feita a personalidades que tenham prestado
relevantes serviços e incontestável benefício ao Estado, senão vejamos:
Art.1° O Título de Cidadão Espírito-Santense será concedido pela Assembléia Legislativa do
Estado do Espírito Santo - Ales à personalidade que tenha prestado relevantes serviços e
incontestável benefício ao Estado.
Assim, quanto ao mérito, entende-se ser de competência do Plenário desta Assembleia Legislativa o juízo
de delibação sobre sua concessão.
Não se pode olvidar que a justificativa apresentada à fl. 03 dos presentes autos atende ao que determina o
art. 2º da Lei n° 7.832/2004, conforme observa-se a seguir:
Art. 2° A proposição de concessão de Título de Cidadão Espírito-Santense deverá estar
acompanhada de justificativa escrita, com dados biográficos suficientes para que se evidencie o
mérito do homenageado.
Neste contexto, verifica-se a total conformidade deste projeto de decreto legislativo com o ordenamento
jurídico.
C - TÉCNICA LEGISLATIVA:
198
No caso em exame, houve obediência ao art. 3º da LC nº 95/1998, porquanto o projeto foi estruturado em
três partes básicas: parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; parte normativa, compreendendo o texto das normas
de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; e parte final, compreendendo as disposições
pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições
transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois o primeiro artigo do texto indica o objeto da
proposição e o respectivo âmbito de aplicação, a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo,
a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão.
A vigência da proposição está indicada de maneira expressa, respeitando o art. 8º da LC 95/98.
Cumpridas as regras do art. 10, porquanto, no texto da proposição, a unidade básica de articulação é o
artigo, indicado pela abreviatura “Art.”, seguida de numeração ordinal.
Respeitadas também as regras do caput e do inciso I do art. 11, pois as disposições normativas foram
redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, e, para obtenção de clareza, foram usadas as palavras e as
expressões em seu sentido comum e frases curtas e concisas, foram construídas as orações na ordem direta,
evitando-se preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis, buscou-se a uniformidade do tempo verbal em
todo o texto das normas legais, dando-se preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente, e foram
usados os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando-se os abusos de caráter estilístico.
Por derradeiro, não foi descumprida a regra prevista no inciso III do art. 11 da Lei Complementar nº
95/1998, pois, para obtenção de ordem lógica, restringiu-se o conteúdo de cada artigo da proposição a um único
assunto ou princípio.
Quanto ao aspecto da técnica legislativa, adota-se o Estudo de Técnica Legislativa elaborado pela Diretoria
de Redação (fl. 06), ficando evidenciado o atendimento às regras previstas na Lei Complementar nº 95/98, que rege
a redação dos atos normativos.
Por todo o exposto, sugerimos aos Membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:
PARECER N.º 234/2015
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela
constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº
57/2015, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério Sampaio, com fundamento no artigo 25, § 1º,
da Constituição da República e art. 56, inciso XXIX, art. 61, inciso IV e art. 63, caput, todos da Constituição
Estadual e na legislação infraconstitucional, notadamente a Lei Estadual nº 7.832/04, devendo seguir sua regular
tramitação nesta Casa Legislativa.
Plenário Rui Barbosa, 30 de junho de 2015.
RODRIGO COELHO
Presidente/Relator
JANETE DE SÁ
RAQUEL LESSA
ELIANA DADALTO
DOUTOR RAFAEL FAVATTO
1 Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de:
(...) IV - decretos legislativos; 2 Art. 141. A Assembleia Legislativa exerce sua função legislativa por via das seguintes proposições:
(...) III - projeto de decreto legislativo; 3 Art. 56. É de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, além de zelar pela preservação da sua
competência legislativa em face de atribuição normativa dos outros Poderes: (...)
XXIX - conceder título de cidadão espírito-santense. 4 Art. 276. Compete às comissões permanentes abaixo referidas a votação dos projetos de lei que versem sobre as seguintes matérias: (...)
IV - Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos - concessão de título de cidadão; 5 Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: (...)
II - ordinária; 6 Art. 194. As deliberações, salvo disposições em contrário, serão tomadas por maioria dos votos, presente, no mínimo, a maioria absoluta dos Deputados. 7 Art. 200. São dois os processos de votação:
I - simbólico 8 Art. 150. Salvo as propostas de emenda constitucional, que são sujeitas a dois turnos de discussão e votação, os demais projetos sofrerão uma discussão e
199
uma votação. 9 MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocêncio Mártires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 2. Ed. rev. e atual. – São
Paulo: Saraiva, 2008, p. 1.013..
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
PARECER N.º 74/2015
Parecer do Relator: Projeto de Decreto Legislativo n.º 57/2015
Autor (a): Deputado Euclério Sampaio
Assunto: Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Laniminer Jardim.
I – RELATÓRIO
Trata-se de projeto de decreto legislativo de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Euclério
Sampaio, que apresenta o seguinte assunto: concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Laniminer Jardim.
O Excelentíssimo Senhor Deputado Laniminer Jardim assim justificou a presente proposição:
Ao Sr. Laniminer Jardim, nascido no estado de Minas Gerais em 25 de agosto de 1959, casado,
residente a Rua Ernesto Pereira Gomes, nº 10, bairro Itaciba, Cariacica/ES, morador deste estado
há 33 anos, pais de 02 (duas) filhas, graduado em Teologia e técnico em Contabilidade, exerce ao
ministério pastoral há 30 anos no Estado do Espírito Santo, atualmente preside a 1ª Assembleia de
Deus de Itaciba. Filiado a convenção CADEESO da Convenção Geral das Assembleias de Deus do
Brasil – CGADB.
Em concedendo este título ao Sr. Laniminer Jardim, estaremos reconhecendo e retificando o valor
já demonstrado pelo homenageado.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120
do Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admite a tramitação da
proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na
norma regimental.
A proposição foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço e Redação para análise e
parecer, manifestando-se esta Comissão pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa
do referido projeto de decreto legislativo.
Seguindo o trâmite regimental, a matéria foi distribuída a esta Comissão, da forma como estabelece o art.
52 do Regimento Interno.
É o relatório.
II – PARECER DO RELATOR
Conforme acima explicitado, o Projeto de Decreto Legislativo n. 57/2015, de autoria do Excelentíssimo
Senhor Deputado Euclério Sampaio, visa a conceder o Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Sr. Laniminer
Jardim.
O Excelentíssimo Senhor Deputado assim justificou a presente proposição:
Ao Sr. Laniminer Jardim, nascido no estado de Minas Gerais em 25 de agosto de 1959, casado,
residente a Rua Ernesto Pereira Gomes, nº 10, bairro Itaciba, Cariacica/ES, morador deste estado
há 33 anos, pais de 02 (duas) filhas, graduado em Teologia e técnico em Contabilidade, exerce ao
ministério pastoral há 30 anos no Estado do Espírito Santo, atualmente preside a 1ª Assembleia de
Deus de Itaciba. Filiado a convenção CADEESO da Convenção Geral das Assembleias de Deus do
Brasil – CGADB.
Em concedendo este título ao Sr. Laniminer Jardim, estaremos reconhecendo e retificando o valor
já demonstrado pelo homenageado.
Nesse contexto, o homenageado faz por merecer o título proposto, pois, conforme se depreende da
justificativa do projeto, já prestou relevantes serviços à sociedade espírito-santense.
Diante do exposto, somos pela adoção do seguinte:
200
PARECER N.º 74/2015
A COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS é pela
APROVAÇÃO do Projeto de Decreto Legislativo nº 57/2015, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado
Euclério Sampaio.
Sala das Comissões, 30 de junho de 2015.
NUNES
Presidente
PADRE HONÓRIO
Relator
SERGIO MAJESKI
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Em votação o requerimento do Senhor Deputado
Marcelo Santos que pede dispensa de publicação dos pareceres dos itens 27 a 74.
Os Senhores Deputados que os aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 136/2015
Senhor Presidente:
A Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, representada pelos deputados abaixo
assinados, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais, especialmente as previstas no artigo 57, § 2º
da Constituição Estadual, artigo 160, inciso II, artigo 162, artigo 34 Inciso II, artigo 52 Incisos I, III e VIII, todos da
Resolução 2.700/2009, e no intuito de atender ao artigo 85 do Regimento Interno desta Casa de Leis, tendo em
vista a apreciação da Emenda Substitutiva nº 1/2014 ao PL 376/2013, requer a V. Exa.,que encaminhe ao Exmº Sr.
Procurador Geral de Justiça, os seguintes pedidos de informações:
O Ministério Público Estadual está apetrechado para exercer a função fiscalizadora sobre os
efeitos do trabalho aos domingos e feriados, àqueles (as) que vierem a exercer as atividades
nesses dias?
Há algum estudo, parecer ou assemelhado, sobre a questão do trabalho aos domingos por
parte dos supermercados e/ou estabelecimentos comerciais similares? Caso afirmativo
solicitamos cópia.
Palácio Domingos Martins, 30 de junho de 2015.
NUNES
SERGIO MAJESKI
MARCOS BRUNO
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
201
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 137/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que encaminhe
ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação, no prazo constitucionalmente definido, as
informações abaixo elencadas e as cópia de todos os documentos e processos que embasem e comprovem as
correspondentes respostas.
1 – Em recente visita à ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ANTÔNIO DOS SANTOS NEVES, localizada no município de Boa Esperança, foram
identificados problemas, como: a) situação precária da quadra poliesportiva; b) acessibilidade
inadequada para as pessoas com deficiência; c) falta de mobília para o adequado funcionamento do
refeitório; d) falta de um laboratório de ciências para realização das atividades pertinentes ao tema;
e) internet lenta e insuficiente nos laboratórios de informática; f) rede elétrica com problemas,
impossibilitando inclusive a instalação de aparelhos de ar condicionado já disponíveis para a
escola; g) falta de pessoal para realização de um trabalho de limpeza adequado. Desta forma,
requer-se do Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação informações sobre a
existência de projetos para a melhoria dos problemas supracitados, bem como os devidos prazos.
Sala das Sessões, 1º de julho de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 138/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que encaminhe
ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação, no prazo constitucionalmente definido, as
informações abaixo elencadas e as cópia de todos os documentos e processos que embasem e comprovem as
correspondentes respostas.
1 – Em recente visita à ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PEDRO PAULO
GROBÉRIO, localizada no município de Jaguaré, foram identificados problemas, como: a)
inexistência de quadra poliesportiva para uso dos alunos nas aulas de educação física, nos
intervalos entre aulas e nos demais períodos; b) falta de um refeitório apropriado para a realização
das refeições; c) sala de recursos inadequada, sendo esta muito pequena para o atendimento das
pessoas com deficiência; d) número de aparelhos de ar-condicionado insuficiente; e) conexão de
internet de baixa velocidade e instável. Dessa forma, requer-se do Excelentíssimo Senhor
Secretário de Estado da Educação informações sobre a existência de projetos para a melhoria dos
problemas supracitados, bem como os devidos prazos.
Sala das Sessões, 30 de junho de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Oficie-se.
202
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 139/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que encaminhe
ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação, no prazo constitucionalmente definido, as
informações abaixo elencadas e as cópia de todos os documentos e processos que embasem e comprovem as
correspondentes respostas.
1 – Em recente visita à ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO NOSSA SENHORA DE
LOURDES, localizada no município de Pinheiros, foram identificados problemas, como: a) não
existência de um refeitório apropriado, o que obriga que as refeições sejam feitas em um espaço
adaptado no pátio; b) acessibilidade inadequada para alunos com deficiência; c) quadro elétrico
inadequado, necessitando urgentemente que seja instalado um padrão exclusivo para a escola, em
vista que o existente atende também à comunidade; d) salas de aula com climatização insuficiente,
o que gera calor excessivo durante todo o ano, e faz-se necessária a instalação de ares-
condicionados; e) vigilância insuficiente, sendo necessário que seja implantada no período diurno
em vista de problemas com o tráfico e criminalidade da região. Dessa forma, requer-se do
Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação informações sobre a existência de
projetos para a melhoria dos problemas supracitados, bem como os devidos prazos.
Sala das Sessões, 30 de junho de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
(Comparecem os Senhores Deputados Hudson Leal e Raquel Lessa)
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Oficie-se.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) - Senhora Presidenta, pela ordem! Gostaria de pedir a leitura
do texto de cada requerimento para acompanharmos mais detidamente. (Pausa)
(O Senhor 1.º Secretário procede à leitura do Requerimento de Informação n.º 139/2015)
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) - Senhora Presidenta, pela ordem!
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) – O Senhor Deputado Gildevan Fernandes está
com a palavra. Depois, concederei a palavra a V. Ex.ª.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) - Senhora Presidenta, pela ordem! Foi lido o requerimento do
item 78?
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Foi lido o Requerimento de Informação n.º
139/2015.
(A Senhora Presidenta procede à leitura do Requerimento de Informação n.º 139/2015)
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) - Ok.
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Solicito ao Senhor 1.º Secretário que continue a
leitura do Expediente.
203
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 140/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que encaminhe
ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação, no prazo constitucionalmente definido, as
informações abaixo elencadas e as cópia de todos os documentos e processos que embasem e comprovem as
correspondentes respostas.
1 – Em recente visita à ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO DOM JOSÉ DALVIT,
localizada no município de Montanha, foram identificados problemas, como: a) serviços de
limpeza e vigilância insuficientes, sendo urgente uma maior segurança patrimonial; b)
acessibilidade inadequada para as pessoas com deficiência; c) espaços insuficientes para o
adequado funcionamento do refeitório e do laboratório de ciências; d) falta de auditório para
realização de palestras e outras atividades complementares; e) conexão de internet insuficiente e de
baixa velocidade; f) redução de verbas para a escola na ordem de 55 mil reais em relação ao ano
passado. Desta forma, requer-se do Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação
informações sobre a existência de projetos para a melhoria dos problemas supracitados, bem como
os devidos prazos.
Sala das Sessões, 1.º de julho de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
(Comparece o Senhor Deputado Marcos Bruno)
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 141/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que encaminhe
ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação, no prazo constitucionalmente definido, as
informações abaixo elencadas e as cópia de todos os documentos e processos que embasem e comprovem as
correspondentes respostas.
1 – Em recente visita à ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PADRE MANOEL DA NÓBREGA, localizada no município de Montanha, foram identificados
problemas, como: a) falta de uma quadra poliesportiva; b) falta de acessibilidade ao segundo piso,
trazendo dificuldades para as pessoas com deficiência; c) existência de duas turmas multiseriadas,
mesclando alunos de duas séries diferentes na mesma sala; d) falta de um auditório para palestras e
outras atividades complementares; e) falta de um laboratório de ciências para realização das
atividades pertinentes ao tema; f) acesso à internet em apenas um computador da escola, não
havendo internet no laboratório de informática; g) bebedouros e aparelhos de ar condicionado em
quantidade insuficiente para as demandas da escola; h) falta de serviço de vigilância. Desta forma,
204
requer-se do Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação informações sobre a
existência de projetos para a melhoria dos problemas supracitados, bem como os devidos prazos.
Sala das Sessões, 1.º de julho de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
A SR.ª PRESIDENTA - (LUZIA TOLEDO - PMDB) - Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 142/2015
Senhor Presidente:
O Deputado que abaixo subscreve, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais,
especialmente as previstas no artigo 57, § 2º da Constituição Estadual, requer a Vossa Excelência que encaminhe
ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação, no prazo constitucionalmente definido, as
informações abaixo elencadas e as cópia de todos os documentos e processos que embasem e comprovem as
correspondentes respostas.
1 – Em recente visita à ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DE
MUCURICI, localizada no município de Mucurici, foram identificados problemas, como: a) falta
de refeitório adequado para as refeições de estudantes e funcionários; b) falta de um laboratório de
ciências para realização das atividades pertinentes ao tema; c) sala de recursos inadequada, sendo
esta muito pequena para o atendimento das pessoas com deficiência; d) falta de aparelhos de ar-
condicionado para adequada climatização da escola, especialmente no laboratório de informática;
e) conexão de internet insuficiente, disponível apenas para controle administrativo; f) só há
vigilância na escola no período noturno e fins de semana, faltando no período diurno. Desta forma,
requer-se do Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Educação informações sobre a
existência de projetos para a melhoria dos problemas supracitados, bem como os devidos prazos.
Sala das Sessões, 30 de junho de 2015.
SERGIO MAJESKI
Deputado Estadual - PSDB
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Oficie-se.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO N.º 183/2015
Senhor Presidente:
Solicitamos a Vossa Excelência, autorização para estar em Brasília, no próximo dia 02 de julho, às 10h30,
com a Srª Marilene de Oliveira Ramos Murias dos Santos – Presidente do Instituto de Brasileiro do Meio
Ambiente, IBAMA, discutindo a seguinte pauta: Comissão Especial para Discussão e Acompanhamento das Obras
de Duplicação da BR 101 e Serviços Prestados da Concessionária Eco 101.
Atenciosamente,
205
ERICK MUSSO
Deputado Estadual – PP
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Defiro. À Secretaria para providenciar ato de
licença.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
GABINETE DO DEPUTADO
REQUERIMENTO N.º 184/2015
Senhor Presidente:
Edson Magalhães, Deputado Estadual que esta subscreve, comparece à emérita presença de Vossa
Excelência, no uso de suas atribuições regimentais, com fulcro nos artigo 157 e seguintes do Regimento Interno da
Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, apresentar o seguinte REQUERIMENTO:
CONSIDERANDO a previsão constitucional sobre a competência do Deputado Federal que está no o ato
de legislar e manter-se como guardião fiel das leis e dogmas constitucionais nacionais, inclusive podendo propor,
emendar, alterar, revogar, derrogar leis, leis complementares, emenda à Constituição federal e propor emenda para
a constituição de um novo Congresso Constituinte e, inclusive, fiscalizar os atos do Poder Executivo, entre outras;
CONSIDERANDO que a Constituição Federal também confere aos deputados estaduais a função de
legislar, no campo das competências legislativas do Estado, definidas pela Constituição Federal, inclusive podendo
propor, emendar, alterar, revogar e derrogar leis estaduais, tanto ordinárias como complementares, elaborar e
emendar a Constituição estadual, julgar anualmente as contas prestadas pelo Governador do Estado, criar
Comissões Parlamentares de Inquérito, além de outras competências estabelecidas na Constituição Federal e na
Constituição Estadual.
CONSIDERANDO a necessidade da integração da Bancada Estadual com a Bancada Federal permitindo,
em face da coesão de interesse na busca do enfrentamento dos desafios, crescimento e desenvolvimento do Estado
do Espírito Santo;
CONSIDERANDO que cada reunião entabulada poderá resultar na definição dos interesses em potencial
do Estado do Espírito e no alinhamento das diretrizes;
CONSIDERANDO que o postulado constitucional atribuído à Bancada Federal permite maior dinamismo
frente à postulação de recursos perante o governo federal, participação do Estado em projetos sociais, etc.
CONSIDERANDO que o encontro ora engendrado é absolutamente indispensável para os representantes
do povo capixaba, na medida em que esta unidade permitirá o alinhamento e a definição das prioridades do Estado
do Espírito Santo.
CONSIDERANDO o acima descrito, sugiro que os encontros sejam articulados trimestralmente, após a
edição de uma pauta preestabelecida pela Presidência da ALES, mediante prévia discussão com o Colégio de
Líderes, em local a ser definido; REQUER:
A realização de encontro trimestral da Bancada Estadual com a Bancada Federal, visando
integração das mesmas, na forma da fundamentação supra, qual seja, alinhando as diretrizes, troca
de ideias e informações, e comunhão de interesses em favor do Estado do Espírito Santo, mediante
o encaminhamento de solicitação do Presidente da Assembleia Legislativa, aos Líderes da Bancada
Federal .
.
Sala das Sessões, 17 de junho de 2015.
EDSON MAGALHÃES
Deputado Estadual
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Ciente. À Secretaria para providenciar
solicitação.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) – Senhora Presidenta, pela ordem! Peço a retirada da urgência do
Requerimento de Urgência n.º 063/2015.
206
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – É regimental. Defiro.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Requerimento de Urgência n.º 064/2015, do Deputado Sergio Majeski e
outros, ao Projeto de Resolução n.º 29/2015, de sua autoria, que acrescenta parágrafo 5.º ao artigo 144 da
Resolução n.º 2.700, de 15 de julho de 2009, dispondo sobre estudos técnicos elaborados pela Diretoria da
Consultoria Temática. Lido na 58.ª Sessão Ordinária, realizada dia 1.º de julho de 2015, e adiada a votação
por falta de quorum.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Em votação o Requerimento de Urgência n.º
064/2015, lido em sessão anterior.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
Continua a leitura do Expediente.
O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Requerimento n.º 174/2015, da Comissão de Ciência e Tecnologia, com base
no artigo 57 da Constituição Estadual, de convocação do Secretário de Estado de Educação para expor e debater
sobre Ciência, Tecnologia, Inclusão Digital e Qualificação Profissional, dentro do Plano Estadual de Educação,
com data a ser definida pelo Secretário, entre os dias 30 de junho a 10 de julho de 2015. Lido na 58.ª Sessão
Ordinária, realizada dia 1.º de julho de 2015, e adiada a votação por falta de quorum.
(Comparece o Senhor Deputado Guerino Zanon)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Em votação o Requerimento n.º 174/2015, lido
em sessão anterior.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Senhora Presidenta, pela ordem! Na forma regimental, na
qualidade de Líder do Governo, peço a palavra para encaminhar votação.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Gildevan Fernandes.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV – Sem revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, considerando que já aprovamos nesta Casa o Plano Estadual de Educação e o
projeto Escola Viva, encaminhamos contrariamente à convocação do Senhor Haroldo Corrêa, secretário Estadual
de Educação. (Muito bem!)
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB) - Senhora Presidenta, como autor do projeto peço a palavra para
encaminhar votação.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado
Majeski.
O SR. SERGIO MAJESKI – (PSDB – Sem revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, primeiro gostaria de pedir uma retificação: em vez de o prazo ser entre os dias 30
de junho e 10 de julho, que passe a ser de 30 de junho a 17 de julho.
Isso que o Líder do Governo disse não se coaduna com o que estou pedindo. É óbvio que o Plano Estadual
de Educação já foi aprovado, todos sabem disso.
Sou presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Inclusão Digital, Biossegurança,
Qualificação Profissional, Energia, Gás Natural, Petróleo e seus Derivados. E como o secretário de Educação é
também presidente do Fórum Estadual de Educação, gostaria de saber como o Estado pretende; quais os primeiros
planejamentos; quais são as situações em que o Estado pretende alavancar, nos próximos dez anos, a questão da
qualificação profissional, a inclusão digital e a ciência e a tecnologia? Porque são fatores que constam em
praticamente todas as metas e todas as estratégias. Uma coisa não tem relação com a outra e é uma grande
oportunidade de o secretário estar nesta Casa esclarecendo mais sobre o Plano Estadual de Educação.
Não sei o porquê desse temor de conversarmos e esclarecermos. Então, peço aos colegas que votem
favoravelmente. (Muito bem!)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor
207
Deputado Cacau Lorenzoni e peço a palavra para encaminhar votação. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI – PP) – Assumo a presidência dos trabalhos neste
momento para dar continuidade ao rito da sessão e concedo a palavra à Senhora Deputada Luzia Toledo.
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB – Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, com todo o respeito ao Senhor Deputado Sergio Majeski, encaminho contra o
requerimento feito por S. Ex.ª, meu colega, exatamente porque semana passada houve o primeiro seminário
realizado em Brasília, nossa capital, durante todo o dia, para discutir o plano, depois de uma ano da aprovação do
Plano Nacional de Educação.
Acabamos de aprovar o plano. Não temos nada ainda para informar sobre o plano que acabamos de
aprovar. Temos dez anos, Senhor Deputado Sergio Majeski, para fazer inclusões e rediscuti-lo. Já fizemos isso na
Comissão de Educação. Nossa Comissão esteve presente no seminário em Brasília. Portanto, encaminho a votação
pelo voto contrário. (Muito bem!)
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) – Senhor Presidente, pela ordem! Solicito a V. Ex.ª prorrogação
da sessão pelo tempo necessário à votação do Requerimento n.º 174/2015.
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD) – Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para
encaminhar votação na qualidade de Líder do PSD.
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI – PP) – Senhores Deputados, são 15h30min, fica
adiada a votação do Requerimento n.º 174/2015.
Findo o tempo destinado ao Pequeno Expediente, passa-se à fase das Comunicações.
Devolvo a presidência dos trabalhos a 1.ª Vice-Presidenta, Senhora Deputada Luzia Toledo. (Pausa)
* EXPEDIENTE PUBLICADO CONFORME CÓPIAS ENVIADAS PELOS RESPECTIVOS SETORES
DE ORIGEM.
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO - PMDB) – Assumo a presidência dos trabalhos e concedo a
palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho, parabenizando-o pela bela discussão de gestão, promovida em
Guaçuí, envolvendo todo o entorno do Caparaó e outros municípios. Parabéns, Senhor Deputado Rodrigo Coelho,
foi uma bela demonstração de trabalho desta Casa, mostrando a cara da Assembleia Legislativa do Espírito Santo.
V. Ex.ª está de parabéns!
O SR. RODRIGO COELHO – (PT – Sem revisão do orador) – Senhora Presidenta, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, muito obrigado Senhora Deputada Luzia Toledo; venho à tribuna desta Casa
para informar duas atividades que fizemos na semana passada. Uma foi em parceria com os Senhores Deputados
Erick Musso e Marcelo Santos e em outra, tive a alegria de ter a presença do Senhor Deputado Erick Musso e da
Senhora Deputada Luzia Toledo.
Estamos organizando nosso mandato em parceria com o Centro Universitário São Camilo, Senhor
Deputado Hudson Leal, um programa de Formação de Gestores Públicos, que terá quinze módulos em quinze
sábados, com duração das 9h às 17h, totalizando cento e vinte horas presenciais. Esse curso será certificado como
curso de extensão do Centro Universitário São Camilo.
Estamos tentando, primeiro, qualificar o debate sobre a gestão pública, porque as pessoas debatem a
política e a gestão pública sem o devido conjunto de informações, Senhora Deputada Janete de Sá. Então, queremos
que as pessoas debatam a política, a gestão e o que querem para seus municípios, mas com o conjunto de
informações adequadas, para que façam um bom debate e que, no fruto da divergência, possa ter uma contribuição,
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, para aquele que vai governar.
Depois disso, também temos a pretensão de dar condições básicas de preparo para que as pessoas assumam
cargo de gestão. Nosso Executivo, muitas vezes, não conta com pessoas habilitadas ao exercício da gestão. Não é a
regra. Mas ainda temos muito desse caso. E nosso mandato tem a pretensão de minimizar esses casos.
Por terceiro motivo elencamos o fato de que os políticos, Senhor Deputado Euclério Sampaio, neste
momento, estão focados na eleição. Precisamos estar focados nos governos. Precisamos focar no governo que se
instala no Estado e precisamos pensar o futuro do nosso lugar. Então, precisamos discutir o local e a gestão futura.
É preciso que se tenha programas de governo pensados antecipadamente e que as pessoas tenham habilidade para
construí-los. Nosso programa de formação tem esses três objetivos claros.
Quero, de público, agradecer ao nosso Governador Paulo Hartung, que fez a palestra de abertura intitulada:
O comportamento do líder à frente da gestão pública. S. Ex.ª tem muita experiência para compartilhar e
demonstrou isso em nosso programa de formação. Foi extremamente satisfatório e brilhante. Tivemos ainda a
208
participação do doutor Jorge Leopoldo, que falou do Pacto Federativo, Regime de Colaboração e a Situação dos
Entes Federados. E do doutor Mauro Estevam que falou da Situação dos municípios: a oferta de serviços versus a
receita.
Quero, antes de conceder um aparte ao Senhor Deputado Marcelo Santos, entrar no segundo ponto da
minha reflexão, que é uma atividade que fizemos com o Ibama semana passada, em que fomos requerer daquele
órgão agilidade na liberação das licenças prévias de instalação para a execução das obras de duplicação da BR 101.
Fomos extremamente bem recebidos, em uma agenda extremamente produtiva, com desdobramentos futuros.
Concedo um aparte ao Senhor Deputado Marcelo Santos para que V. Ex.ª relate essa experiência.
O Sr. Marcelo Santos – (PMDB) – Senhor Deputado, primeiro justifico minha ausência na reunião de
trabalho que o senhor fez no Município de Guaçuí, pois estava impossibilitado de ir diante de outra agenda. Tentei
me deslocar, mas não consegui. Senti-me representado pelo Senhor Deputado Erick Musso.
Divido a alegria da recepção que tivemos no Ibama, acompanhados dos Deputados Federais Marcus
Vicente e Evair de Melo. Tivemos um retorno muito legal por parte do Ibama, principalmente com relação às
informações necessárias para as obras de duplicação, hoje administradas pela concessionária ECO 101.
Gostaria de registrar isso para o senhor continuar a prestação de contas que estava fazendo.
O SR. RODRIGO COELHO - (PT) – Obrigado, Senhor Deputado Marcelo Santos.
Nós três, eu e os Senhores Deputados Marcelo Santos e Erick Musso, saímos de lá com duas certezas,
primeiro do comprometimento do Ibama para com a liberação das licenças ambientais acerca da duplicação da BR
101, e feliz com a inclusão da duplicação da BR 101 no programa de investimento logístico do Governo Federal,
levando como prioridade para a sala de situação que é organizada na Casa Civil dos programas prioritários. E certo
de que essa duplicação terá a nossa atenção próxima para que seja efetivada, porque sabemos que a concessionária
também precisa de agilidade em seus serviços. (Muito bem!)
(Comparece o Senhor Deputado Almir Vieira)
A SR.ª PRESIDENTA – (LUZIA TOLEDO – PMDB) – Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor
Deputado Cacau Lorenzoni. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI – PP) – Assumo a presidência dos trabalhos neste
momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno Lamas.
O SR. BRUNO LAMAS - (PSB – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, público presente, aqueles que nos visitam nesta tarde e alunos nas galerias, sejam sempre
muito bem-vindos. Hoje falarei sobre o desempenho de uma aluna chamada Francini, da escola Hilda Miranda
Nascimento.
Antes, parabenizo o Senhor Deputado Nunes por seu aniversário.
Gostaria de ocupar esses cinco minutos para também lamentar o falecimento, Senhora Deputada Luzia
Toledo, do Senhor Edinaudo Rabello, de Conceição do Castelo, que conheci por meio de V. Ex.ª. O Estado perdeu
um professor, um educador, que recentemente esteve conosco falando sobre o desempenho e a educação daquela
região. Assim como ser solidário à família da Franciane, pessoa envolvida no acidente que está ferida.
E lamento o final de semana tão violento nas nossas estradas. Isso mostra a irresponsabilidade nas políticas
públicas, principalmente no trânsito, como bem disse o Senhor Fabiano Contarato, diretor do Detran, cobrando dos
municípios, das escolas e do secretário de Educação uma intensidade maior na temática em salas de aula.
Quero também trazer as boas novas: Aluna da rede pública ganha prêmio nacional. Peço a projeção da
matéria do jornal para que todos os capixabas, não só os serranos, possam comemorar conosco esse desempenho
fantástico de uma aluna da escola Hilda Miranda Nascimento, no bairro Porto Canoa, na cidade de Serra.
O nome disso é superação. Apesar de toda as dificuldades, de todas as carências no ensino público
brasileiro, não só capixaba, mas brasileiro, e em um País onde a educação ainda não é levada a sério como deveria,
onde os investimentos basicamente no ensino público não são feitos como deveriam ser. Temos exemplos de países
como a Coréia do Sul que resolveu há duas décadas apostar maciçamente na educação, passando a ser do primeiro
mundo, com tecnologia de ponta, com índices de países de primeiro mundo. E para exemplificar, porque não tenho
muito tempo, com duas montadoras de veículos líder de mercado mundial. Isso é o que se consegue quando se
investe em educação. Um país mais justo, mais humanitário, com mais justiça social.
A Francini Santos Serra, de quatorze anos, desbancou mais de dois mil alunos, estudantes de trinta e seis
colégios públicos de dez estados brasileiros. Francini venceu na categoria crônica no III Concurso de Redação
Jogue Limpo, promovido pela empresa Biopetro. Além de tudo, um tema interessante, atual, sobre o qual a Francini
pôde escrever. Sua redação será publicada por esses dias para que tenhamos acesso.
Ela fala sobre a paixão pela leitura, que herdou dos pais. Acompanhava o pai, que tem amor pela leitura, e
209
herdou isso. A leitura possibilitou e está possibilitando à Francini ser uma vencedora. Isso nos enche de orgulho.
Essa escola está localizada na Serra, uma cidade carente, com mais de quinhentos mil habitantes, com mais
de vinte e cinco mil famílias inscritas no Programa Bolsa Família, onde a renda média das famílias é de apenas
seiscentos e oitenta reais, mas é uma cidade de escolas premiadas.
Recentemente, falei da Escola Clóvis Borges Miguel, que mais aprovou alunos no programa de intercâmbio
do Governo do Estado. Motivo de orgulho. Escola que possui uma rádio modelo para os alunos, com desempenhos
fantásticos no Enem. Agora me reporto à Escola Hilda Miranda Nascimento, também com boa estrutura, de bons
desempenhos e que hoje apresenta para nós, capixabas, esse presente, a Francini Santos, que enche o capixaba e o
serrano de orgulho.
Faço um agradecimento à Francini, uma jovem, que nos encoraja a lutar e trabalhar com consciência,
determinados em promover uma educação melhor. O seu resultado e desempenho, além de me encher de orgulho,
me dá mais motivo e razão para caminhar.
Beijo no coração de vocês! Obrigado pela oportunidade. Cumprimento os alunos, mais uma vez, que estão
nos visitando esta tarde. Tenho dito, Senhor Presidente! (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE - (CACAU LORENZONI - PP) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Euclério
Sampaio.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (PDT - Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, servidores da Casa, profissionais de imprensa, a todos que nos assistem, boa-
tarde!
Registramos, com satisfação, a presença, nas galerias desta Casa, de vinte e quatro alunos da Escola Senac
– Vitória. Acompanhados da professora Maria de Lourdes Sousa Catarinozi e de servidores do projeto Escolas no
Legislativo, da qual é presidente o Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, assistem a uma sessão ordinária. Sejam
bem-vindos a esta Casa!
Senhor Presidente, falarei hoje sobre uma matéria que li no jornal, Pedalada Fiscal. O Tribunal de Contas
da União, Senhores Deputados, detectou, na prestação de contas...
Vou conceder um aparte ao Senhor Deputado Marcelo Santos, Vice-Presidente da Comissão de
Infraestrutura, que esteve em Brasília esses dias.
O Sr. Marcelo Santos – (PMDB) – Muito Obrigado, Senhor Deputado Euclério Sampaio! V. Ex.ª é tão
gentil que até programou a exibição das fotos que eu utilizaria hoje, já que meu tempo não conseguiria alcançar a
fase dos oradores.
Os Senhores Deputados Rodrigo Coelho, Erick Musso e eu estivemos em Brasília em uma missão, junto
com a diretora nacional do Ibama, que nos recebeu na sede do órgão, em Brasília, e pudemos tratar de um assunto
importante: a licença ambiental dos trechos sul e norte, hoje administrados pela concessionária Eco101.
Tivemos a garantia de que não haverá nenhum empecilho do Ibama. Hoje, o modelo de gestão da Senhora
Marilene Ramos é moderno, eficiente e veloz para que tenhamos iniciada a duplicação, principalmente no setor sul
da BR 101.
Logo em seguida, estive com o ministro dos Transportes solicitando, ao lado do Senhor Deputado Evair de
Melo, a estadualização do trecho do Km 0 ao Km 7.8 da BR 262, que corta Cariacica.
Nessa foto sou e o ministro, depois, na próxima foto, está eu, o ministro e o diretor nacional da Agência
Nacional de Transporte Terrestre. Também pedi, reforçando a licença ambiental e o tramitar dos processos da
duplicação da BR 101.
Logo em seguida, eu e o Senhor Deputado Federal Evair de Melo estivemos no seu gabinete conversando
com o diretor da Sudene, para que possamos alcançar o lado sul do Espírito Santo, pela Sudene.
Essa é a cópia do ofício que apresentei ao Ministro Antônio Carlos Rodrigues solicitando a estadualização
do trecho do Km 0 ao Km 7,8 da BR 262, em Cariacica.
Foi muito produtiva, Senhor Presidente Theodorico Ferraço, a nossa visita em Brasília. Tratamos da ECO
101, do trabalho que deve ser desenvolvido de duplicação, de estadualização da BR 262, da região sul do Estado do
Espírito Santo para a área da Sudene e, também, tratamos da nova ferrovia que liga o Estado do Rio de Janeiro ao
Espírito Santo. Recebemos na manhã de sexta-feira o Ministro Antônio Carlos Rodrigues, que anunciou de que
forma será conduzido o trabalho.
Agradeço ao meu colega, Senhor Deputado Euclério Sampaio, que também atua junto com o líder do
Governo e o vice-líder, trabalhando em prol do desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, ter me concedido o
seu tempo para que pudesse divulgar o nosso trabalho em Brasília, que tenho certeza que surtirá um resultado
muito legal em prol do povo capixaba. Muito obrigado, Senhor Deputado Euclério Sampaio.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - (PDT) – Nós é que agradecemos a fala de V. Ex.ª, Senhor Deputado
Marcelo Santos.
210
Voltando ao assunto sobre pedaladas fiscais, o jornal noticiou muito bem que, quanto ao que o Tribunal de
Contas detectou, Senhores Deputados, e Senhor Deputado Dary Pagung, Presidente da Comissão de Finanças, deu
a oportunidade da presidenta se justificar.
Agora, o que me chama a atenção é que no Estado do Espírito Santo está ocorrendo a mesma coisa. Só que
queria questionar ao Tribunal de Contas se ele vai também dar um prazo para o ex-governador. Senhor Deputado
Marcelo Santos, os depoimentos estão sendo colhidos e está confirmando que houve pedaladas fiscais no Estado do
Espírito Santo. Então, temos de dar o amplo direito de defesa, também, ao ex-governador, Senhor Deputado Almir
Vieira, membro da CPI.
Esse é o assunto sobre o qual quero falar, mas é com mais tempo. Gostaria que o Tribunal de Contas do
Estado do Espírito Santo seguisse o exemplo do Tribunal de Contas da União, porque não é razoável que se vote
açodadamente o orçamento e não se dê o direito de defesa, ou o Tribunal de Contas não se manifeste sobre pontos
relevantes, Senhores Deputados e Senhoras Deputadas.
É esse o questionamento que faço ao Tribunal de Contas do Estado, para que possamos dar a quem de
direito, o direito à ampla defesa. Obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI - PP) – Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete
de Sá.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN – Sem revisão da oradora) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, cumprimento todos os deputados que nos acompanham nesta sessão.
Senhor Presidente, pela ordem! Recorro da decisão de V. Ex.ª ao Projeto Lei n.º 285/2015, de minha
autoria, para audiência do Plenário.
Quero dizer que depois dos cachorros serem envenenados no bairro de Jardim Camburi, no Município de
Vitória, agora, com apenas um intervalo de cinco dias, é a vez de outros animais irracionais, os gatinhos, que estão
sendo espancados ou mortos na Grande Vitória.
Sempre se falou que gato tem sete vidas, mas no Estado do Espírito Santo ele não resiste a brutalidade e a
maldade dos seres humanos. Na última quinta-feira, dia 2 de julho, dois funcionários do supermercado Atacadão,
em Vila Velha, Senhor Deputado Hudson Leal, foram flagrados espancando dois gatinhos com requinte de total
crueldade.
Peço que exibam o vídeo, por gentileza.
(É exibido o vídeo)
A SR.ª JANETE DE SÁ – (PMN) – É difícil conviver com uma coisa dessas. Causa revolta e tristeza ver
que seres humanos tiram a vida de animais irracionais para ganhar dinheiro.
A última notícia, que saiu nos jornais de hoje, foi de uma gatinha espancada com uma enxada pelo
proprietário de uma casa luxuosíssima na Mata da Praia, Senhor Deputado Euclério Sampaio. Essa gatinha foi
socorrida por uma senhora chamada Valeria Verardo, que vendo aquela brutalidade caiu em socorro do animal, que
foi levado pelos protetores dos animais para uma clínica, mas veio a óbito porque não aguentou o espancamento.
Gato no Espírito Santo não tem sete vidas! A gatinha não aguentou o espancamento e sua causa mortis foi por
espancamento.
Gostaria de registrar o caso da gatinha que veio a óbito. Na foto, está no baldinho, onde foi colocada
quando veio a óbito por espancamento. Por conta disso, entramos com um projeto de lei que visa a criar delegacia
de proteção e contra maus-tratos de animais, considerado como crime, para que essas pessoas que cometem essa
atrocidade, essa crueldade, essa barbaridade, essa covardia, sejam detidas.
Já marcamos com a chefa da Polícia Civil Gracimeri Gaviorno para que investigue a questão dos cachorros
que estão sendo envenenados com chumbinho no bacon no bairro Jardim Camburi.
Não descansaremos enquanto esse gerente do antigo supermercado Carrefour, hoje Atacadão, também não
for punido com o rigor da lei, porque ele está incentivando seus funcionários pagando-os para matar um animal
irracional, um gatinho que não faz mal a ninguém.
Se há problema de os gatos entrarem nos supermercados, que este faça a proteção devida ou alimente esses
animais que estão famintos, são animais abandonados. Então, que os alimente do lado de fora para não ter esse
problema, mas matar um animal que não tem nenhuma possibilidade de defesa... Como vimos no vídeo, o animal
urinou quando escorraçado por três seres humanos - aquilo não são seres humanos, são criminosos -, três
funcionários que deviam prestar um bom serviço à sociedade e devem ser punidos pelo crime de maus-tratos aos
animais.
Não sossegarei nesta Casa quanto a essa questão, porque, realmente, é inadmissível que, a cada dia que
passa, assistamos a atrocidades como essa e fiquemos pacíficos nesta Casa. Por isso, há necessidade, Senhor
Deputado Doutor Hércules, de uma delegacia especializada que criminalize os maus-tratos contra os animais. Sei
que V. Ex.ª avançou com a questão do departamento que trata dessa questão, na Delegacia de Crimes contra o Meio
211
Ambiente, mas isso não basta. É longe, é distante, fica no CRE, as pessoas têm dificuldade de ir lá. Isso não basta.
Precisamos evoluir para que o Espírito Santo tenha uma delegacia destinada a tratar, com severidade, por meio de
um profissional qualificado, um delegado ou delegada, esta questão, porque isso é crime e tem que haver punição
no nosso estado. Fica aqui o meu abraço e o meu carinho aos protetores de animais, que são incansáveis nesta luta. (Muito
bem!)
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI - PP) – Senhora Deputada Janete de Sá, com relação ao
seu Projeto de Lei n.o 285/2015, defiro e encaminho à Comissão de Justiça. Está recorrido.
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.
O SR. DOUTOR HÉRCULES - (PMDB - Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, telespectadores da TV Educativa e da TV Ales, parabenizo a Senhora Deputada
Janete de Sá por essa luta que é dela e é nossa também há muitos anos. Já fizemos uma indicação há muito tempo
para a criação desta delegacia. Há o departamento, mas realmente é preciso que seja uma delegacia especializada.
O que mais me entristece é que os municípios não tomam providência com relação à castração desses animais
soltos na rua, não só os gatos, mas também os cães também, porque a proliferação aumenta a cada dia e,
infelizmente, o poder público fica de olhos vendados para esta realidade que vemos.
Atualmente, que temos uma audiência com cobertura para quase o estado inteiro, lembro que hoje
estivemos na missa que ocorre toda primeira segunda-feira do mês, a missa dos políticos católicos, na Ponta
Formosa, celebrada sempre por Dom Luiz. Hoje se falou muito na questão do gênero que já foi tirado do texto do
projeto do Plano de Educação. Estiveram presente hoje à missa Helder Salomão, Deputado Federal; Juninho,
prefeito de Cariacica; Serjão, vereador por Vitória; Capitão Aguilar, vereador por Santa Leopoldina; Luciano
Rezende, prefeito da capital, e Jedson, vereador por Guarapari. Aproveito para convidar os políticos católicos para
comparecerem a essa missa, toda primeira segunda-feira do mês. É importante.
Depois da missa, Dom Luiz fez uma reunião conosco e explicou o bom caminho do católico, do cristão,
como ele deve se comportar dentro dos poderes. Na reunião, falei que estamos felizes nesta Casa agora, porque
temos um padre. Há vários pastores, já houve vários pastores, mas hoje temos o Senhor Deputado Padre Honório,
que representa muito bem a Igreja Católica. Falei com Dom Luiz da importância de termos um deputado como o
Padre Honório, pela sua coerência, sua lucidez, seu equilíbrio, sua conduta, nos abençoando em todas as sessões do
plenário.
Solicito ao Senhor Presidente a inclusão, nas notas taquigráficas, do texto do Deputado Federal Lelo
Coimbra, presidente do nosso partido, Taxa de marinha e quebra de acordo, publicado na página 27 do jornal A
Gazeta, de ontem, domingo.
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI - PP) – Defiro.
Solicito à Taquigrafia que inclua como parte integrante do discurso do Senhor Deputado Doutor Hércules o
material que será entregue por S. Ex.ª.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) – Obrigado, Senhor Presidente.
Lembro também que o diretor da Emescam, Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia, doutor
Flávio Takemi Kataoca, e a provedora, minha colega de turma, doutora Maria da Penha Rodrigues D’Avila,
embarcarão sexta-feira, 10 de julho, para Madri, Espanha, para receberem, em nome da escola, o prêmio
Sapientiae, prêmio de Excelência Educativa oferecido pela Organização das Américas. O prêmio Sapientiae, do
latim sabedoria, classifica a Emescam como uma das melhores instituições Ibero-Americanas para se estudar. A
Emescam, fundada em 1968, é reconhecida por ter excelência no ensino em saúde no Espírito Santo.
Muito obrigado. (Muito bem!)
DOCUMENTO ANEXADO
Taxa de marinha e quebra de acordo
A construção da credibilidade política é uma trajetória que costuma estar intimamente ligada à
palavra, entre outras questões também relevantes. Parte significativa da crise política vivida hoje
em nosso país reflete bem o objeto dessa breve reflexão sobre a quebra de acordo para a redução
dos encargos da taxa de marinha. O momento político requer reflexão.
Fomos surpreendidos com o veto da presidente Dilma Rousseff em partes significativas da lei que
reduz os encargos por ocupação de terrenos de marinha. A motivação teria sido uma
“significativa perda de receitas decorrentes da exploração de direitos patrimoniais da União,
inclusive sem a indicação das devidas medidas compensatórias”. Essa questão não cabe agora,
212
pois o projeto foi objeto de negociação entre o Legislativo e o Executivo.
Após mais de um ano presidindo a Comissão Especial de Terreno de Marinha e de negociar
exaustivamente cada passo com a Superintendência do Patrimônio da União para reduzir esse
anacronismo, posso afirmar, infelizmente, que a presidente não cumpriu os acordos de redução de
5% para 2% no valor da taxa anual e o do laudêmio apenas sobre o terreno, excluindo a
benfeitoria feita pelos cidadãos em seus imóveis.
Em um grave momento de crise econômica nacional, quando todos estão buscando fazer ajustes e
reavaliar gastos, a presidente vetou inclusive um importante mecanismo de socorro aos municípios
onde estão localizados os imóveis, a partir do veto dos repasses de 20% do total arrecadado com
as taxas. Um alívio foi constatar as isenções para as Paneleiras e o Instituto Braille.
O projeto que resultou na lei agora sancionada (Lei 13.139/2015) foi apresentado em 2013 pelo
próprio Executivo, pois ele admitia então que as normas funcionavam no sentido contrário ao
esperado, desestimulando a regularização. A nossa incansável luta parlamentar irá recomeçar,
fiquem certos disso, e iremos trabalhar ainda mais para que o veto presidencial seja derrubado no
Congresso Nacional.
A população brasileira não pode pagar pela má gestão das contas públicas. Citar a mudança de
cenário econômico não é desculpa para vetar parte da lei aprovada no Congresso. Afinal, o que
estamos vivendo é o resultado do que foi plantado no passado. Liderança e credibilidade se
constroem com palavras e atitudes responsáveis.
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI - PP) - Findo o tempo destinado à fase das
Comunicações, passa-se à Ordem do Dia.
Votação da redação final do Projeto de Lei n.o 189/2015, oriundo da Mensagem Governamental n.º
54/2015, que dispõe sobre as diretrizes para elaboração e execução da Lei Orçamentária referente ao exercício
financeiro de 2016. Publicado no DPL do dia 07/05/2015. Parecer n.o 18/2015, da Comissão de Finanças, pela
aprovação, publicado no DPL do dia 03/07/2015.
Em votação.
Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovada, contra um voto.
O Senhor Deputado Bruno Lamas votou contra.
À Secretaria para extração de autógrafos.
Discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.º 243/2015, oriundo da Mensagem
Governamental n.º 104/2015, que altera a Lei n.º 10.297, de 20 de novembro de 2014, que institui o Fundo Social
de Apoio à Agricultura Familiar do Estado. Publicado no DPL do dia 09/06/2015. Pareceres orais da Comissão de
Justiça, pela constitucionalidade e da Comissão de Defesa da Cidadania, pela aprovação. Na Comissão de
Agricultura, a Deputada Janete de Sá se prevaleceu do prazo regimental para relatar a matéria na Sessão Ordinária
do dia 30/06/2015. (Prazo até o dia 07/07/2015).
Concedo a palavra à Comissão de Agricultura para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
(Comparece o Senhor Deputado Freitas)
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) - Senhor Presidente, pela ordem! Gostaria de retificar o meu voto ao
Projeto de Lei n.º 189/2015. O meu voto é contrário.
O SR. PRESIDENTE – (CACAU LORENZONI - PP) – Os Senhores Deputados Bruno Lamas e Sergio
Majeski votaram contra ao Projeto de Lei n.º 189/2015.
Senhores Deputados, na sessão ordinária realizada dia 30 de junho de 2015 a Senhora Deputada Janete de
Sá se prevaleceu do prazo regimental para relatar o presente projeto na Comissão de Agricultura. Portanto, tem
prazo até o dia 07 de julho de 2015. Informo que S. Ex.ª continuará se prevalecendo desse prazo para oferecer seu
parecer e passamos para o item seguinte da pauta.
Discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.º 179/2015, do Deputado Euclério Sampaio,
que obriga os supermercados a disponibilizarem álcool em gel próximo aos carrinhos de compras. Publicado no
DPL do dia 13/05/2015. Na Comissão de Justiça, o Deputado Gildevan Fernandes se prevaleceu do prazo
regimental para relatar a matéria na Sessão Ordinária do dia 29/06/2015. (Prazo até o dia 06/07/2015).
Concedo a palavra à Comissão de Justiça, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO - PT) – Convoco os membros da
213
Comissão de Justiça, Senhoras Deputadas Raquel Lessa, Janete de Sá e Eliana Dadalto e os Senhores Deputados
Gildevan Fernandes, Amaro Neto e Marcelo Santos.
Senhores Deputados, na sessão ordinária realizada no dia 29 de junho de 2015, o relator do projeto, Senhor
Deputado Gildevan Fernandes, solicitou prazo regimental para oferecer parecer oral em Plenário. Como esse prazo
vence hoje, concedo a palavra a S. Ex.ª para oferecer seu parecer.
O SR. GILDEVAN FERNANDES - (PV - Sem revisão do orador) – Senhor Presidente e senhores
membros da Comissão de Justiça, passo a relatar o Projeto de Lei n.º 179/2015, de autoria do Senhor Deputado
Euclério Sampaio, que em art. 1.º obriga os supermercados e outros estabelecimentos comerciais a
disponibilizarem, gratuitamente, álcool em gel na área de retirada de carrinhos e cestos de compras.
Relatamos pela constitucionalidade e legalidade do Projeto de Lei n.º 179/2015. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO - PT) – Em discussão o parecer.
(Pausa) Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª RAQUEL LESSA - (SD) – Com o relator.
A SR.ª JANETE DE SÁ - (PMN) - Com o relator.
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) - Com o relator.
O SR. AMARO NETO - (PPS) – Com o relator.
O SR. MARCELO SANTOS - (PMDB) – Com o relator.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (RODRIGO COELHO - PT) – A Presidência acompanha o
voto do relator.
Senhor Presidente, o parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Justiça.
Devolvo o projeto à Mesa.
O SR. PRESIDENTE - (CACAU LORENZONI - PP) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor
Deputado Erick Musso. (Pausa)
O SR. PRESIDENTE - (ERICK MUSSO - PP) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento
para dar continuidade ao rito da sessão.
Concedo a palavra à Comissão de Defesa da Cidadania, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Nunes)
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (SERGIO MAJESKI - PSDB) - Senhor Presidente, na
ausência do Senhor Deputado Nunes, Presidente da Comissão de Defesa da Cidadania, na forma regimental assumo
a presidência e convoco seus membros os Senhores Deputados Doutor Hércules, Dary Pagung, Eliana Dadalto e
Rodrigo Coelho.
Avoco o projeto para relatar. (Pausa)
Senhores membros da Comissão de Defesa da Cidadania, o Projeto de Lei n.º 179/2015, obriga os
Supermercados a disponibilizarem álcool em gel próximo aos carrinhos de compras. Publicado no DPL do dia
13/05/2015.
Como presidente interino desta Comissão, relato pela aprovação do referido projeto. (Muito bem!) (Pausa)
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. DOUTOR HÉRCULES - (PMDB) - Com o relator.
O SR. DARY PAGUNG - (PRP) - Com o relator.
214
A SR.ª ELIANA DADALTO - (PTC) - Com o relator.
O SR. RODRIGO COELHO - (PT) - Com o relator.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (SERGIO MAJESKI - PSDB) - Senhor Presidente, o parecer
foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Defesa da Cidadania.
Devolvo o projeto à Mesa.
O SR. ALMIR VIEIRA - Senhor Presidente, pela ordem! Gostaria de parabenizar o senador Ricardo
Ferraço, o Senhor Deputado Theodorico Ferraço, presidente desta Casa, e o Senhor Deputado Edson Magalhães
pela retomada da construção das obras do hospital e maternidade de Guarapari. Era somente esse o registro que
gostaria de fazer. Muito obrigado.
(Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Gilsinho Lopes)
O SR. PRESIDENTE - (ERICK MUSSO - PP) - Fica registrado.
Concedo a palavra à Comissão de Defesa do Consumidor, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO - (SANDRO LOCUTOR - PPS) - Agradeço a V. Ex.ª, Senhor
Deputado Erick Musso que, momentaneamente, preside de forma tranquila esta sessão. Na ausência do Senhor
Deputado Gilsinho Lopes, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, na forma
regimental assumo a presidência e convoco seus membros os Senhores Deputados Doutor Hércules e Luzia Toledo.
Avoco o projeto para relatar. (Pausa)
Senhores membros da Comissão de Defesa do Consumidor, nosso relato é de acordo com o parecer da
Comissão de Justiça, apesar de algumas restrições, não quanto ao mérito, à boa vontade, ao interesse do Senhor
Deputado Euclério Sampaio, em ajudar a população que frequenta os supermercados, mas até por não ter elementos
técnicos que dão conta da eficácia desse álcool em gel para prevenção de qualquer possibilidade de transmissão de
algum tipo de doença.
Mas concordo com a ideia do mérito em si. Tudo o que for proteção é importante, mas relato de acordo
com o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, apesar de ser comissão de mérito, mas concordo que o
projeto continue sua tramitação, não me comprometendo na hora da votação do projeto, mas relato favoravelmente
à matéria. (Muito bem!) (Pausa)
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
A SR.ª LUZIA TOLEDO – (PMDB) – Com o relator.
O SR. DOUTOR HÉRCULES – (PMDB) – Com o relator.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (SANDRO LOCUTOR – PPS) – Senhor Presidente, o parecer
foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte.
Devolvo o projeto à Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PP) – Concedo a palavra à Comissão de Saúde, para que esta
ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR HÉRCULES – PMDB) – Convoco os membros
da Comissão de Saúde, Senhores Deputados Almir Vieira, Dary Pagung e Amaro Neto.
Avoco o projeto para relatar. (Pausa)
Senhores membros da Comissão de Saúde, relato pela aprovação do Projeto de Lei n.º 179/2015. (Muito
bem!) (Pausa) Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
215
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. ALMIR VIEIRA – (PRP) – Com o relator.
O SR. DARY PAGUNG – (PRP) – Com o relator.
O SR. AMARO NETO – (PPS) – Com o relator.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DOUTOR HÉRCULES – PMDB) – Senhor Presidente, o
parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Saúde.
Devolvo o projeto à Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PP) – Concedo a palavra à Comissão de Finanças, para que
esta ofereça parecer oral ao projeto.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DARY PAGUNG – PRP) – Convoco os membros da
Comissão de Finanças, Senhores Deputados Freitas, Almir Vieira, Euclério Sampaio, Edson Magalhães, Rodrigo
Coelho e Raquel Lessa.
Avoco o projeto para relatar. (Pausa)
Senhores membros da Comissão de Finanças, o Projeto de Lei n.º 179/2015, de autoria do Senhor
Deputado Euclério Sampaio, obriga os supermercados a disponibilizarem álcool em gel próximo aos carrinhos de
compras.
O nosso parecer é pela aprovação do projeto. (Muito bem!) (Pausa)
Em discussão o parecer. (Pausa)
Encerrada.
Em votação.
Como votam os Senhores Deputados?
O SR. FREITAS – (PSB) – Com o relator.
O SR. ALMIR VIEIRA – (PRP) – Com o relator.
O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (PDT) – Com o relator.
O SR. EDSON MAGALHÃES – (DEM) – Com o relator.
O SR. RODRIGO COELHO – (PT) – Com o relator.
A SR.ª RAQUEL LESSA – (SD) – Com o relator.
O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DARY PAGUNG – PRP) – Senhor Presidente, o parecer foi
aprovado à unanimidade pela Comissão de Finanças.
Devolvo o projeto à Mesa.
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PP) – Em discussão o Projeto de Lei n.º 179/2015. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Em votação o Projeto de Lei n.º 179/2015.
Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam como estão; os contrários se manifestem
verbalmente. (Pausa)
Aprovado.
À Secretaria para extração de autógrafos.
Discussão, em 1.º turno, da Proposta de Emenda Constitucional n.º 05/2015, do Senhor Deputado Gilsinho
Lopes e outros, que dá nova redação ao caput do art. 63 da Constituição Estadual, que dispõe sobre a iniciativa das
leis, dentre os legitimados, o Tribunal de Contas do Estado. Publicada no DPL do dia 25/03/2015. Pareceres n.os
216
95/2015, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade, legalidade e admissibilidade e 15/2015, da Comissão de
Finanças, pela aprovação, publicados no DPL do dia 23/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Em votação, em 1.º turno, da Proposta de Emenda Constitucional n.º 05/2015.
O SR. GILDEVAN FERNANDES – (PV) – Senhor Presidente, pela ordem! Requeiro a V. Ex.ª
verificação de quorum para efeito de votação.
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PP) – É regimental.
Solicito aos Senhores Deputados que registrem presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)
(Procede-se ao registro das presenças)
(De acordo com o registrado no painel eletrônico, retiram-se os Senhores Deputados Cacau
Lorenzoni, Da Vitória, Dary Pagung, Edson Magalhães, Eliana Dadalto, Euclério Sampaio, Freitas,
Gildevan Fernandes, Gilsinho Lopes, Hudson Leal, Janete de Sá, Luzia Toledo, Nunes, Pastor
Marcos Mansur, Raquel Lessa, Rodrigo Coelho, Sandro Locutor e Theodorico Ferraço)
(Registram presença os Senhores Deputados Almir Vieira, Amaro Neto, Bruno Lamas, Doutor
Hércules, Enivaldo dos Anjos, Erick Musso, Guerino Zanon, Marcelo Santos, Marcos Bruno e
Sergio Majeski)
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO - PP) – Registraram presença dez Senhores Deputados.
Não há quorum para votação da Proposta de Emenda Constitucional n.º 05/2015, pelo que fica adiada.
Há quorum para manutenção da sessão.
Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 239/2015, do Senhor Deputado Marcos Bruno, que
declara como Patrimônio Cultural do Estado a Biblioteca Pública Estadual. Publicado no DPL do dia 17/06/2015.
(Comparecem os Senhores Deputados Da Vitória, Dary Pagung, Eliana Dadalto, Euclério
Sampaio, Freitas, Gildevan Fernandes, Raquel Lessa e Sandro Locutor)
O SR. SANDRO LOCUTOR – (PPS) – Senhor Presidente, pela ordem! Aproveito a oportunidade para
relatar uma visita importante que fiz ontem ao município de Governador Lindenberg, mais especificamente ao
distrito de Novo Brasil, na abertura do campeonato municipal de futebol. Houve uma partida entre as equipes de
Novo Brasil e de Morelo. Novo Brasil é o distrito onde passei minha infância e adolescência, estudando na Escola
Professor Carlos Mendes.
Pude reencontrar, em Novo Brasil, ontem, vários amigos de infância da época da escola, dentre os quais a
professora Renata Milbratz Bulejan, que foi minha professora na terceira série e me incentivou na leitura, porque
não gostava, naquela época, de leitura de maneira alguma. Essa professora Renata, que ontem abracei, em Novo
Brasil, apresentou-me um livro chamado O amor é um pássaro vermelho, da autora Lucília Junqueira de Almeida
Prado, que conta a história da família Nakamura, que imigrou do Japão para o Brasil. E, na terceira série, aos nove
anos de idade, encantei-me com a leitura. E ontem tive a grata satisfação de, no distrito Novo Brasil, encontrar a
professora.
Também fui à nascente em que buscava água no córrego do Engano, em Novo Brasil, onde morava, para
levar água aos peões que estavam trabalhando na roça. Esse era um serviço de criança: pegar água para levar aos
adultos que trabalhavam na roça. E pude estar na nascente preservada, na casa do senhor Lourival e da dona
Geralda. Pude saborear também uma deliciosa laranja-seleta da boa. E fiz contato com várias pessoas da
comunidade e trouxe algumas reivindicações, inclusive a questão da iluminação pública no distrito de Morelo, que
vou tratar, pois já está sendo capitaneado o projeto pelo vice-governador César Colnago. Vou tratar com S. Ex.ª.
Senhor Presidente, gostaria de reportar que, como sou de Novo Brasil, fui pé quente. Novo Brasil, na
abertura do campeonato, ganhou dois quadros: aspirante e titular. Está indo forte para ser o campeão este ano do
campeonato de Governador Lindenberg. Muito obrigado, Senhor Presidente.
(Comparecem os Senhores Deputados Nunes e Padre Honório)
217
O SR. BRUNO LAMAS – (PSB) – Senhor Presidente, pela ordem! Senhor Deputado Erick Musso, V.
Ex.ª ficou bem nessa cadeira! Meu líder na Assembleia!
Queria registrar a presença da líder comunitária Ludimila Fernandes, do bairro Carapina, uma jovem
atuante de sua comunidade, e de Carlos Alberto Coutinho, nosso querido amigo Carlinhos, do jornal ES Hoje, que
trouxe uma importante matéria retratando um pouco da segurança pública do nosso Estado e o quanto precisamos
avançar nessa questão.
Em recente pronunciamento, relatei, da tribuna, que a cidade de Serra tem obtido em média trezentos e
quarenta e cinco assassinatos por ano. E o jornal, de forma corajosa, relata esse quadro triste, que precisamos
superar, apesar de registrar, com satisfação, que os índices do Estado vêm caindo e que o governo tem conseguido
alguns índices positivos, mas é algo que sempre precisa de um investimento muito forte. Então, o jornal relata com
propriedade. Queria fazer esse registro nesta tarde. Tenho dito, Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO - PP) – Em discussão, em 3.ª sessão, o Projeto de Lei n.º
239/2015. (Pausa)
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória.
O SR. DA VITÓRIA – (PDT – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, agradeço a oportunidade de discutir o projeto, tendo em vista que o Projeto de Lei n.º
239/2015, de autoria do Senhor Deputado Marcos Bruno, declara como Patrimônio Cultural do Estado a Biblioteca
Pública Estadual.
O Senhor Deputado Marcos Bruno é o presidente da Comissão de Cultura e assim tem trabalhado os seus
projetos para essa política pública tão importante. Como vice-presidente desta Comissão, parabenizo V. Ex.ª, que
está sentado ao lado de outro membro, Senhor Deputado Amaro Neto.
Senhor Presidente Erick Musso, esse projeto é importante porque trata de um tema que discutimos na
última reunião ordinária da Comissão. Muitas vezes os governos não dão atenção a essas políticas públicas.
No nosso Estado, temos poucos recursos para trabalhar com a cultura e com o turismo. Os investimentos,
que são mínimos, precisam ser propagados porque a cultura em nosso País é muito rica, assim como em nosso
Estado. Temos, em nosso calendário anual nacional e estadual muitas datas comemorativas, que vamos passar
agora a trabalhar na nossa Comissão de Cultura e apresentar essa riqueza em nossa Comissão.
O Senhor Deputado Marcos Bruno está de parabéns por pontuar alguns projetos. Solicitarei aos nossos
membros que somem ao seu projeto, junto com o Senhor Deputado Amaro Neto, que defende nossa Comissão, para
que o valor dessas políticas públicas seja de intensidade, como a educação, a agricultura e a segurança pública, que
precisamos debater muito também. E nos doar nos investimentos que são feitos oriundos do próprio imposto do
cidadão.
Hoje, presido a Comissão Especial do Pacto Federativo para tratar de assuntos como esse, que são de
obrigação dos governos, para disponibilizar para o cidadão em qualidade de vida, que cobra o seu imposto e tem
que se retornar para ele.
Aproveitando, e nessa mesma linha de raciocínio, seguindo o Regimento Interno e mantendo essa
discussão, gostaria de falar sobre o momento que o Congresso Nacional que vivemos na semana passada, quando
aprovou a redução da maioridade penal.
Ora, vejam os senhores, a cultura também poderia contribuir para isso. Falava há pouco, na reunião da
Comissão de Segurança, que é muito difícil colocar esse tema em discussão. O tema que é mais acolhido pela
sociedade, por noventa por cento, como foi aferido, é ter dado voto aos deputados federais para reduzir a
maioridade penal. Mas por quê?
Imagem os senhores, em suas famílias, ter uma adolescente que tirou a vida, ceifou a vida de um parente,
de um ente querido. Na hora, toda família pensaria na privação de liberdade desse adolescente. Já existe uma regra,
que é o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas porque ainda continua dessa forma? É porque hoje não temos
políticas públicas voltadas para essas crianças e adolescentes que não tiveram um seio familiar, diferente da
maioria dos deputados desta Casa, da totalidade. Todos tivemos um pai e uma mãe que nos dessem educação, uma
formação e hoje estamos nesta Casa deputados estaduais. Todos tivemos a oportunidade de sermos encaminhados
para não estarmos na criminalidade, nas drogas e na prostituição, mas essas crianças, adolescentes e jovens não
tiveram, eles foram lançados à sorte das ruas, sendo acolhidos pelos traficantes, que naturalmente os colocaram no
rumo dessa desgraça: as drogas.
Portanto, quem votou, poderia pensar em colocar em debate. Onde serão colocados os jovens de dezesseis
anos, agora sob a regra da maioridade penal? Não adianta privar a liberdade. O Espírito Santo é um dos Estados
que mais tem condição de ressocializar porque temos unidades prisionais para isso e também unidades
socioeducativas, mas somente três: em Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Centro.
Imaginem agora a cidade de Pinheiros, Senhor Deputado Gildevan Fernandes, que tem trinta e seis
adolescentes no Iases, que se não tiverem condições de ter um psicopedagogo, um assistente social, uma assistência
218
psicológica, voltarão não só cometendo crime de furto e roubo, mas matando, traficando e estuprando, porque não
temos condição, no País, de cuidarmos das nossas dificuldades e mazelas, daqueles que têm desvio de conduta, das
nossas crianças e adolescentes.
Reduzindo a maioridade penal para dezesseis anos, Senhor Deputado Guerino Zanon, ela terá que ser
reduzida para catorze daqui uns dias e depois para doze. E quem enfrentará a eloquência de um discurso de um
Senador, ou Deputado Federal ou Estadual? Todos os cidadãos que não estudam a profundidade desse tema se
renderão à redução da maioridade penal.
Esse tema tem que ser enfrentado e a sociedade tem que ser instruída, porque não adianta não termos
unidades para cuidar dos nossos adolescentes. Imaginem o Programa de Educação e Resistência às Drogas e à
Violência - Proerd, um programa só, oferecido pela Polícia Militar dentro das nossas unidades de ensino
fundamental, públicas ou privadas, Senhor Deputado Dary Pagung. Quantas crianças já passaram pelo Proerd?
Milhares e milhares. V. Ex.ª tem os dados de quantas dessas crianças deixaram de ir para a criminalidade, para as
drogas, para a prostituição? Não tem como aferir.
É hora de investirmos em prevenção. Não adianta remediar depois, porque será muito mais caro.
Senhor Deputado Marcos Bruno, esse projeto fortalece a cultura, envolve a juventude e dá oportunidade
aos nossos jovens, como o projeto Escola Viva, que teve muito debate e divergência, mas que agora propiciará ao
jovem ficar toda a manhã e tarde envolvido com educação, principalmente aquele que não tem dinheiro para
comprar um tênis ou uma calça jeans e que olha o tênis do outro. Ele terá a possibilidade de ter a sua formação,
qualificação profissional e competitividade no mercado de trabalho, tendo sua renda, para não lançar mão de um
tênis ou de uma calça jeans do outro e, posteriormente, do carro do outro para satisfazer seu vício nessas drogas
malditas, que são o crack e a cocaína.
Nossas crianças, Senhor Deputado Marcos Bruno, têm espelho nos seus pais e seguem seu exemplo. E
quem não tem nem pai nem mãe? Seguirá o exemplo do traficante, do criminoso, aquele que mata e rouba e que
será o seu herói, porque a criança não tem outra pessoa em quem se espelhar.
Esse é um tema polêmico e que tem que ser enfrentado. Estou disposto a enfrentá-lo, principalmente com
aqueles que querem levá-lo como um tema de popularidade, para ganhar votos. Esse é um tema de
responsabilidade.
O Sr. Marcos Bruno – (PRTB) – Primeiro, agradeço o elogio feito ao nobre Senhor Deputado que preside
e conduz também a Comissão que estuda e avalia o Pacto Federativo no Estado do Espírito Santo. Senhor
Deputado Da Vitória, esse projeto de valorização da Biblioteca Pública do Espírito Santo é mais um, dentre vários
outros de nossa autoria, de incentivo e estímulo à leitura, à educação.
Acredito que este seja o caminho: valorizar as instituições presentes, acreditar naquelas que precisam
melhorar. Esse é o caminho para a construção de um Estado melhor, de mais oportunidade para nossas crianças e
de melhoria da qualidade de ensino.
Agradeço as palavras do nobre Senhor Deputado, sempre muito sereno, ponderado e objetivo. Muito
obrigado mais uma vez!
O SR. DA VITÓRIA – (PDT) – Mais uma vez, parabéns a V. Ex.ª, Senhor Deputado Marcos Bruno.
Esse é um tema recorrente que precisamos colocar sempre na superfície do debate. Irão privar a liberdade
de adolescentes e colocá-la onde?
Imaginem vocês se o Estatuto da Criança e do Adolescente estivesse sendo aplicado? Cumprimento quem
está nos ouvindo na TV Ales e pergunto: Quem teve a possibilidade, quem teve a curiosidade de ler o Estatuto da
Criança e do Adolescente? Ele, sim, é completo, e precisava ter condições de ser aplicado porque, com certeza, o
nosso País estaria em condição diferente e em paz social. Muito obrigado. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PP) – Irei responder a uma Questão de Ordem levantada em
sessão anterior.
Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, tendo em vista a Questão de Ordem levantada pelo Senhor
Deputado Enivaldo dos Anjos, em sessão anterior, mediante a qual indaga acerca da necessidade de reapreciação
pela Comissão de Constituição e Justiça dos projetos em discussão prévia – que receberam parecer pela
inconstitucionalidade antes da aprovação da Instrução Normativa n.º 02/2015, pela referida Comissão, publicada no
Diário do Poder Legislativo de 24 de junho, de 2015, cujos pareceres ainda não foram votados pelo Plenário, esta
Presidência, respaldado na informação da Secretária-Geral da Mesa de que somente 05 (cinco) projetos se
encontram nesta situação e, ainda, de que não haverá prejuízo para a tramitação legislativa dos mesmos, decide
favoravelmente ao pedido e determina a devolução dos Projetos de Lei de números 270/2014 e 29, 45, 84 e 70,
todos de 2015, à referida comissão para reapreciação sob a ótica da mencionada Instrução Normativa. É como
decido.
Continua em discussão, em 3.ª sessão, o Projeto de Lei n.º 239/2015. (Pausa)
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
219
O SR. ENIVALDO DOS ANJOS – (PSD – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, o Projeto de Lei n.º 239/2015, do Senhor Deputado Marcos Bruno, cuida de
declarar como Patrimônio Cultural do Estado do Espírito Santo a Biblioteca Pública Estadual.
Nos finais de semana, acompanhando o noticiário nacional e internacional, percebemos o quanto se discute
os temas relacionados aos interesses populares apenas com teoria e com o discurso politicamente correto, sem a
menor objetividade de enfrentamento objetivo da questão.
O nosso País passou a viver sob o aspecto de mudança e de providências com as coisas que acontecem no
dia a dia no campo da ideologia de cada um que propõe a discussão. E vemos que a reforma do Estado brasileiro é
tão necessária em todos os campos da sociedade, em todos os movimentos da sociedade, em face, exatamente, da
falta de compromisso com resolver o problema e de estar apenas querendo defender o seu quinhão político-
partidário ou intelectual.
É na área do meio ambiente que os poetas pregam o meio ambiente de quando o mundo começou. É na
economia que os teóricos só se pronunciam para criticar aqueles que estão colocando alguma tese em prática. É na
área da educação, e aí, sim, teorias e mais teorias, e nada objetivamente de solução. É na área da saúde, que
também os teóricos e aqueles pensadores dão palestras caríssimas oferecendo ideias que nunca, efetivamente, são
sucesso na prática. Na parte política, nem se fala. Cada um pensa no seu quinhão, no seu modelo de sucesso pessoal
e partidário, deixando os interesses da nação.
E agora que vivemos uma situação em que a menos de um ano de uma eleição democrática de um
Presidente da República, a oposição se organiza sem o menor compromisso com o caminhar e o sucesso econômico
e financeiro do País com o objetivo apenas de participar, querendo ocupar o lugar que perdeu democraticamente
nas urnas. Daí, passamos a não entender. Onde está o civismo e a cidadania? Onde está realmente o direito da
população?
Quando se discute a redução da maioridade penal, só se vê discurso demagogo de um lado e de outro e
discurso cada vez mais aprofundado no interesse pessoal e partidário.
Essa discussão passou a ser de um problema de segurança pública, de um problema do direito de ir e vir e
de um problema de direito à vida para um problema de falsa intelectualidade. Os que são considerados ou os que
querem ser considerados como muito intelectuais, são contra; aqueles que se sentem acuados e que querem
defender o direito de poder – como cidadão correto, como pagador de impostos e como cidadão que quer viver a
vida respeitando o direito alheio – querem a mudança porque não conseguem sustentar um Estado que não tem
autoridade nem para oferecer à população o seu direito de ir e vir.
Essa questão da maioridade penal virou, na verdade, um circo de discursos sem o menor critério e
objetividade. Tanto é que o presidente da Câmara Federal – e tenho minhas reservas em relação ao comportamento
de S. Ex.ª – está sendo questionado na Justiça, especialmente por ter colocado esse tema para ser votado.
O que os intelectuais – observando-os pelos partidos e por suas histórias – que entram na Justiça para tentar
impedir que isso seja votado consideram como cidadania, como direito da população? Porque nas pesquisas oitenta
e dois por cento da população querem a redução. Quem representa esse pessoal que é a favor da manutenção da
situação atual? Qual é o país que vive sem atender às leis que são feitas sem ser para atender a população? Será que
é preciso que esses oitenta e dois por cento peguem armas, destruam palácios e fechem avenidas para fazer valer o
pensamento deles? Será que o país não está preparado para respeitar a opinião independente de movimentos
sangrentos?
Democracia é o direito de discutir os assuntos e de ceder ao entendimento da maioria. Porque não existe
democracia intelectual, não existe democracia que só vale quando o meu direito é reconhecido, não existe
democracia que preserva apenas o meu pensamento. A democracia é um ato de se permitir que a maioria, após
discutido qualquer assunto, possa se prevalecer diante de ser a maioria.
Se o país tem na sua população... Se fizermos uma pesquisa dos que estão em plenário com os que nos
ouvem sobre essa questão, haverá setenta a oitenta por cento de opiniões pela redução da maioridade. Assim, o que
deve ser discutido não é se em havendo redução da maioridade penal resolverá ou não o problema da violência,
mas que toda sociedade tem que ter uma regra.
Se a regra é que apenas a partir dos dezoito anos a pessoa pode ser processada legalmente, se essa regra
baixar para dezesseis anos alterará muito pouco a causa desses crimes. Agora, não é porque a causa desses crimes
está relacionada à falta de condições de estudo e à falta de oportunidade de emprego que o Estado deva ficar sem
regra.
O Estado Americano, o mais cultuado e o mais divulgado como o berço da sabedoria, tem um conceito
simples em relação ao crime, cuja regra é que se você praticar um crime, responderá por ele independente da idade.
O que é uma lógica de convivência social. Como discutir permissão para que quem tenha abaixo de dezoito anos
possa fazer o que quiser na convivência social? Do que adianta ensinar meus filhos, orientar minha família que não
devem praticar nada errado, mas devo conviver com aquele que, autorizado pela própria lei a fazer o que quiser
com relação ao crime, à violência, não está sujeito a nenhuma punição? Então é uma questão de parâmetro.
220
Quando uma criança começa a andar, é ensinada a não mexer no fogão, a não puxar a panela quente em
cima dela. Isso são regras sociais. No mundo cultural de hoje, com a tecnologia, uma criança de doze anos usa o
aparelho de celular com internet mais perfeitamente do que qualquer adulto de quarenta anos. A criança de quando
a lei foi feita vivia em um tipo de sociedade. Era um tipo de problema. Nem tínhamos a influência do tráfico. Nem
tínhamos tanta corrupção, como temos hoje. O munda era mais inocente, mais fácil de não se preocupar com esse
parâmetro.
Então, entendo que muito maior do que a discussão intelectual ou a discussão partidária sobre a maioridade
penal é discutir que é preciso estabelecer uma regra que seja de dezesseis, de dez, de doze, de vinte ou de quarenta
anos, mas que a pessoa, no país em que vive, na convivência social que tem, saiba o que é possível e o que não é
possível. Mas o que não pode é, em termos de crime e de violência, o Estado dizer que a pessoa pode praticar,
porque até dezoito anos ela não vai ser punida. Ainda mais o argumento fútil de que as cadeias estão cheias. Isso é
outro aspecto da discussão que cabe ao cumprimento daqueles que estão sendo punidos. Ora, se formos avaliar por
este aspecto, qual a pena que tem que dar a quem foi morto por um adolescente, por uma criança? Já foi dada: a
morte. Quem matou não pode ser recolhido pelo fato de ser menor e pelo fato de o Estado não ter condições de
recebê-lo? Quer dizer, a discussão não pode ser por aí. Tem que ser uma discussão baseada em termos de uma regra
social de convivência e essa regra social de convivência tem que ser para que as pessoas saibam que se praticaram
isso, serão punidas; não praticaram, estão dentro do conceito do convívio e em condições de se recuperar, de
estudar, de trabalhar e de progredir na vida, como faz todo mundo que é correto. É a regra que todo mundo
obedece. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO - PP) – Continua em discussão, em 3.ª sessão, o Projeto de Lei
n.º 239/2015. (Pausa)
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Bruno Lamas.
O SR. BRUNO LAMAS - (PSB – Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e
Senhores Deputados, com relação ao Projeto de Lei n.º 239/2015, o Senhor Deputado Marcos Bruno merece nossos
cumprimentos quando declara como patrimônio cultural do Estado a Biblioteca Pública Estadual.
Antes de fazer justificativa do meu elogio, concedo um aparte ao Senhor Deputado Da Vitória.
O Sr. Da Vitória - Obrigado, Senhor Deputado Bruno Lamas, que está debatendo o projeto do Senhor
Deputado Marcos Bruno. V. Ex.a vai discuti-lo pela atenção que sempre deu à educação, de acordo com a atuação,
no Município de Serra, de sua mãe, Márcia Lamas, que foi uma secretária de Educação exemplar, referência não só
naquele município, mas em todo o Estado e até no Brasil. Já participei de grandes eventos em que ela conceituou.
Senhor Deputado Bruno Lamas, faço um contraponto à fala do Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos.
Defendo que deve ser mais bem discutida a maioridade penal. Longe de mim não defender a responsabilização de
qualquer cidadão, inclusive dos nossos adolescentes. Mas, antes de criar uma regra, é necessário criar condição de a
privação de liberdade ter resultado. Não adianta colocar um cidadão de volta na rua sem que ele tenha possibilidade
de ter um melhor convívio social. Hoje, as cadeias, os institutos de internação, na maioria dos Estados, são locais
de faculdade do crime. O Espírito Santo avançou nisso. Inclusive no Governo Paulo Hartung passado com a
construção de muitas unidades prisionais no Espírito Santo. De uma forma arrojada S. Ex.ª enfrentou o debate,
também para as nossas unidades de internação.
Para concluir, não podemos deixar de investir nisso. Se privar a liberdade tem que privar para
ressocializar, para fazer o trabalho socioeducativo. Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, tem quer ter unidade de
internação sim e com condição de dar possibilidade de melhorar o convívio social dessas pessoas quando saírem às
ruas. Então, é um debate para se aprofundar. Não só jogar para a plateia, como na Câmara Federal muitos fizeram
para poder ganhar o voto sem se aprofundar no tema e sem criar regras específicas para cuidar dos nossos
adolescentes. Esta é a defesa que faço, em relação a este tema. Muito obrigado.
O SR. BRUNO LAMAS - (PSB) – Agradeço a intervenção do Senhor Deputado Da Vitória e mais uma
vez parabenizo o Senhor Deputado Marcos Bruno. Tenho visitado muitas escolas, tenho preparado alguns relatórios
junto com a minha equipe sobre essas visitas. Temos pontos positivos como as escolas Hilda Miranda Nascimento
e Clóvis Borges Miguel, mas temos problemas na estrutura, temos coisas a melhorar, porque a educação é uma
construção, é um processo contínuo. Já disse isto desta tribuna. Todos os que passam pelo Governo do Estado vão
construindo, construindo e nunca é o suficiente. Por isso, é sempre importante um olhar criterioso e constante na
educação, que é o único caminho verdadeiro para transformar o Brasil em uma nação mais justa.
Foi por isso que fiz hoje elogios à Francini Santos Serra, da escola Hilda Miranda Nascimento. Senhora
Deputada Eliana Dadalto, que é professora, que tem a educação em seu coração, quando a Francine fala que a
prática da leitura aprendeu com os pais, ela valoriza a leitura, ela acredita na leitura e, certamente, usa a biblioteca
da escola dela.
Tenho visitado as escolas. A biblioteca é o pulmão de uma escola, pública ou privada. Gostaríamos em
221
cima do projeto do Senhor Deputado Marcos Bruno levantar uma bandeira junto ao Governo do Estado. Temos
percebido uma carência muito grande nas bibliotecas do profissional bibliotecário. Hoje dividi com o Senhor
Deputado Sergio Majeski, que existe o técnico em biblioteconomia. S. Ex.ª me disse que a escola Gomes Cardim
forma esse profissional, assim como a universidade forma os profissionais no curso superior. Mas muitas vezes
essa tarefa é desenvolvida dentro da escola pública pelo auxiliar de secretaria escolar. Quando ele é bom, quando a
diretora consegue que esse profissional incorpore e adote a biblioteca, a escola funciona melhorar, mas não é o
correto. E quando não existe sequer esse profissional auxiliar de secretaria escolar?
Quão bom seria se todas as nossas escolas públicas tivessem uma biblioteca na ativa com bons espaços, até
porque não se exige muito para isso, com bibliotecários ou com técnico em biblioteconomia, como foi dito,
trabalhando, atuando. Para isso é importante que o Governo do Estado abra, o quanto antes, um concurso público
nessa área, para contratação de profissionais, não só como forma de geração de renda, de oportunidade, mas para
proporcionar, estimular e tornar a prática da leitura algo melhor para os nossos alunos da rede pública, momentos
de leitura, concursos de leitura, concurso de redação.
Volto a dizer, a biblioteca é o pulmão, é onde tudo se desenvolve dentro de uma escola. É o ponto de apoio
dos professores, dos alunos. É a sala do conhecimento. É a sala do saber. Hoje temos a internet, mas também dentro
da própria biblioteca precisamos valorizar a leitura, os livros.
Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos, ainda peguei a época da enciclopédia Século XX. Todas as
pesquisas de escolas eram feitas em cima daquela coleção. Tudo o que eu precisava tinha ali. Hoje os tempos são
mais modernos. Temos a internet, acesso às informações do mundo. Para os senhores terem uma ideia, o tema da
minha redação, em 1999, quando prestei vestibular era: A Internet. Como evoluímos de lá para cá!
Precisamos de bibliotecas ativas. Essa não é uma crítica destrutiva, não é uma cobrança feita de qualquer
forma, é um despertar, é o lançamento de uma semente que precisamos em cima de um tema muito bem colocado
pelo Senhor Deputado Marcos Bruno. Vamos valorizar, reforçar, estruturar as bibliotecas de nossas escolas
públicas porque assim contribuiremos com a prática da leitura e com a formação de nossos estudantes com melhor
quadro e com melhor desempenho. Tenho certeza disso. Tenho dito! Parabéns, Senhor Deputado Pastor Marcos
Mansur.
O Sr. Enivaldo dos Anjos - (PSD) – Com certeza o Senhor Deputado Da Vitória fez referência ao meu
discurso como jogar para a plateia. Talvez S. Ex.ª não tenha entendido bem, então direi claramente o que acho
com relação a esse assunto. Fugir da solução para a sociedade é querer jogar para a plateia. Ficar dizendo que tem
que ter presídio e não tem presídio, esse é outro problema. A população quer saber o que se resolverá com a
violência, principalmente com relação aos menores. O que a sociedade tem a ver com isto? Se há ou não presídio,
se vai ou não prender. A população quer que resolva essa violência permanente.
Por exemplo, sou a favor de construir cadeia para prender corrupto. Tem corrupto no pátio de guincho, tem
corrupto do recurso público, tem corrupto no radar. Então, a população quer saber que tem dinheiro.
Temos no Espírito Santo mais de quinhentos milhões de reais por mês de sonegação da Vale, da Aracruz,
da Arcelor, dos supermercados, dos postos de gasolina. É quadrilha para todo lado. Todo mundo roubando e
ninguém toma providência sobre isso.
Neste Estado conhecemos pessoas que não tem nada e, após cinco ou seis anos, são milionárias. Esse é o
problema. O recurso que deveria ser destinado para a saúde, cidadania, educação e segurança, está no bolso dessa
cambada de ladrão que vemos hoje: de Brasília até os estados menores. Então, não adianta querermos que a
população fique trabalhando, pagando imposto, sendo roubada por esses políticos safados, por aqueles
comerciantes safados, por esses empreiteiros safados e não ter condições de resolver um problema iminente.
É justo a população ficar presa dentro de casa? É justo a pessoa ficar sem sair porque o país não é capaz de
resolver um problema fácil de ser resolvido? Hoje, no Brasil, se comemora até baixa de índice de violência. Um
secretário de Segurança assume a pasta no Estado com cem pessoas morrendo por mês, e baixa para noventa e oito
e diz que estão resolvendo o problema. S. Ex.ªs tratam a vida humana assim. Se baixou de cem para noventa e oito
pessoas que morrem no mês, comemoram, colocam nas páginas dos jornais.
Então, o que estou debatendo é isso. Não adianta fugir da discussão da maioridade penal, simplesmente
com teorias. Quem é favor, é intelectual; e quem é contra, é boçal. Precisamos saber qual é a saída, como que se
resolverá um problema em que a população paga imposto para o Estado resolver. É isso que tem que fazer.
Secretaria de Segurança e de Saúde têm que ser como time de futebol. No Flamengo é assim: o treinador
será demitido porque não ganhou duas partidas seguidas. Neste Estado é assim: estão morrendo cem pessoas, e
passou a morrer noventa e oito, o secretário deve sair da pasta porque só foram recuperadas duas. E coloca outro
secretário para tentar não matar ninguém. Essa é a realidade. Ninguém aguenta mais pagar imposto para um monte
de gente incompetente à frente da atividade política. Essa é a verdade.
O SR. BRUNO LAMAS - (PSB) - Muito obrigado! (Muito bem!)
222
O SR. PRESIDENTE - (ERICK MUSSO - PP) – Continua em discussão, em 3.ª sessão, o Projeto de Lei
n.º 239/2015. (Pausa)
Concedo a palavra ao Senhor Deputado Sergio Majeski.
O SR. SERGIO MAJESKI - (PSDB) - (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente, Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados, meus cumprimentos à Mesa, aos colegas ainda presentes, aqueles que estão nas
galerias, aos servidores desta Casa, imprensa e aqueles que nos assistem pela TV Ales.
Gostaria também de parabenizar o Senhor Deputado Marcos Bruno por propor tornar a biblioteca pública
um patrimônio porque cumpre uma função importantíssima. Quem conhece a biblioteca estadual sabe do seu
acervo magnífico. Deveria ser incentivado ser frequentada. As pessoas irem e se aproveitarem de um acervo tão
maravilhoso que essa biblioteca possui.
Gostaria de reforçar aquilo que o Senhor Deputado Bruno Lamas disse nesta Casa sobre os bibliotecários e
os técnicos para bibliotecas nas escolas estaduais, porque a leitura é a alma do estudo. Por exemplo, quando se diz
que precisamos informatizar as escolas, precisamos. Isso é fundamental. É importante. Não dá mais para pensar em
evolução do conhecimento sem a tecnologia. No entanto, por mais que a tecnologia seja aprimorada, nada
substituirá a leitura.
Se pensarmos na história da humanidade, a leitura foi importante há mil anos, há quinhentos anos e é
importantíssima hoje e, provavelmente, daqui a quinhentos anos, daqui a mil anos, a leitura continuará tendo um
papel central no desenvolvimento do conhecimento e da educação de qualquer cidadão em qualquer país do mundo.
Haver um especialista, alguém que conheça o trabalho das bibliotecas ou o trabalho nas bibliotecas é fundamental.
Inclusive outro dia tínhamos falado sobre isso neste plenário. Já visitei mais de cinquenta escolas em mais
de trinta municípios; oitenta por cento das escolas estaduais não têm um profissional especializado na função de
bibliotecário. Nas escolas que possuem biblioteca, a diretora aproveita um auxiliar de secretaria para trabalhar na
biblioteca. O que deveria até ser considerado desvio de função, porque essa pessoa foi contratada para trabalhar na
secretaria e não na biblioteca, mas para a biblioteca não ficar fechada, coloca esse profissional ali. Mas ele não
entende daquela função.
Senhor Deputado Bruno Lamas, parece-me que as pessoas entendem que o serviço de alguém que trabalha
em uma biblioteca é mecânico, ou seja, basta anotar o livro que está sendo emprestado ou devolvido. Mas não é
isso. O papel de quem trabalha em uma biblioteca e do profissional que foi capacitado e formado para isso é muito
mais. É catalogar todas as obras existentes; é separar por títulos ou por assuntos; é saber informar aos alunos onde
estão os títulos, onde estão os autores; enfim, tanto assim, que a biblioteconomia é curso superior. É bacharelado.
Hoje, há pós-graduação e mestrado na área de biblioteconomia. Isso é fundamental. O curioso, no caso do
Estado, é que não se lembra do último concurso para bibliotecário no Estado do Espírito Santo. E também não se
contrata. Não tem concurso nem se contrata, porque sempre se aproveita um funcionário da secretaria e coloca na
biblioteca. Já denunciei isso uma vez e volto a dizer que o Estado tem pelo menos duas escolas que consegui
detectar até agora com curso técnico profissionalizante em biblioteca: a Escola Estadual de Ensino Médio Gomes
Cardim, em Vitoria; e a Escola Estadual de Ensino Médio Profissionalizante Conde de Linhares, em Colatina.
Vejam bem o quanto é contraditório e paradoxal. O Estado não aproveita o próprio funcionário ou o
próprio profissional que ele contrata. Tanto os estados quanto as prefeituras deveriam contratar para suas
bibliotecas profissionais formados porque há muito profissional no mercado que poderia ser muito bem
aproveitado.
Haveria de ter, se não um concurso, mas contratos específicos para esses profissionais. O ideal,
obviamente, seria um concurso público para bibliotecário porque temos profissionais formados no Espírito Santo
para isso.
Como disse antes, a leitura é uma parte fundamental. Falo isso por experiência própria. Por exemplo,
estudei a minha vida inteira em escola pública e fui aluno trabalhador desde a antiga sétima série, atualmente oitavo
ano. Peguei uma época em que a situação da educação no Estado estava muito ruim. Na década de 80 já era muito
ruim. E em Santa Maria de Jetibá faltavam muitos professores formados. Contratavam-se profissionais sem
formação somente para ter aquelas aulas mesmo.
Passei no vestibular. Quer dizer, um aluno trabalhador, que estudava em escola estadual, que não era uma
escola com uma estrutura significativa, e passei no vestibular. O que mais me auxiliou – claro que aquilo que as
escolas ofereceram foi importante – foi meu hábito de leitura. Graças a Deus, desde muito cedo adquiri o hábito da
leitura, sempre gostei muito de ler. Acho que aos quinze, dezesseis anos, já tinha lido Os Miseráveis, a obra
completa, não um resumo. Logo comecei a gostar também dos clássicos brasileiros como Machado de Assis e
Rachel de Queiroz. E a leitura é o corpo e deveria ser a alma da escola. Portanto, as bibliotecas deveriam ser
altamente valorizadas para, assim, conseguirmos um ensino muito mais significativo.
Não queria entrar muito na discussão feita anteriormente pelo Senhor Deputado Enivaldo dos Anjos sobre a
223
redução da maioridade penal. Só um complemento ao que está sendo debatido ainda, acho que podemos discutir a
redução da maioridade penal, mas, junto a isso, é fundamental a discussão das causas de tanta violência. Não basta
que apenas discutamos a redução e deixemos de discutir o restante, porque é cômodo para o papel do Estado
simplesmente dar uma resposta à sociedade, porque a maioria da população diz que apoia. Mas lembramos bem
que pesquisas podem ser manipuladas de acordo com o tipo de pergunta que se faça. Mas valeria também, com essa
discussão, discutirmos as causas e oferecermos outras propostas.
Muito obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PP) – Continua em discussão, em 3.ª sessão, o Projeto de Lei
n.º 239/2015. (Pausa)
Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue às Comissões Permanentes.
Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 58/2015, da Senhora Deputada
Janete de Sá, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Marcus Mendes de Magalhães.
Publicado no DPL do dia 30/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue às Comissões Permanentes.
Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 59/2015, do Senhor Deputado
Marcelo Santos, concede Título de Cidadão Espírito-Santense à Senhora Laura Pin. Publicado no DPL do dia
26/06/2015. Publicado no DPL do dia 30/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue às Comissões Permanentes.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 81/2015, da Senhora Deputada Luzia Toledo, que
declara a Moqueca Capixaba como patrimônio imaterial do Estado. Publicado no DPL do dia 17/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 3.ª sessão.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 231/2015, do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, que
regulamenta a proteção do exercício da atividade classista no Serviço Público Estadual, garantida nos arts. 13 e 34
da Constituição Estadual e no art. 8.º, da Constituição Federal, e dá outras providências. Publicado no DPL do dia
17/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 3.ª sessão.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 60/2015, do Senhor Deputado
Euclério Sampaio, que concede título de Cidadão Espírito-Santense ao Senhor Jefferson Cabral. Publicado no DPL
do dia 01/07/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 3.ª sessão.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Resolução n.º 36/2015, do Senhor Deputado Senhor
Rodrigo Coelho e outros, que altera as redações aos §§ 3.º, 4.º, 11 e 12, do art. 59 da Resolução n.º 2.700, de 15 de
julho de 2009, para dispor sobre os prazos e quantitativo máximo das Comissões Parlamentares de Inquérito.
Publicado no DPL do dia 17/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 3.ª sessão.
Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Resolução n.º 37/2015, da Senhora Deputada Eliana
224
Dadalto, que institui a Comenda do Mérito Legislativo Motorista Fábio Alexandre Sousa, em homenagem aos
motoristas profissionais. Publicado no DPL do dia 17/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 3.ª sessão.
Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 208/2015, da Senhora Deputada Luzia Toledo, que
declara as formas de expressão (falares) do povo capixaba como patrimônio imaterial do Estado. Publicado no DPL
do dia 26/05/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 2.ª sessão.
Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 241/2015, da Senhora Deputada Luzia Toledo, que
altera dispositivos da Lei n.º 9.297, de 16.09.2009, para adequar o termo Agricultura Familiar à nova nomenclatura,
Agroindústria Familiar. Publicado no DPL do dia 17/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 2.ª sessão.
Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 256/2015, do Senhor Deputado Euclério Sampaio,
que dispõe sobre pagamento mínimo em contas de energia elétrica. Publicado no DPL do dia 30/06/2015.
Em discussão. (Pausa)
Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O projeto segue à 2.ª sessão.
Finda a Ordem do Dia, passa-se à fase do Grande Expediente, hoje destinado ao uso da Tribuna Popular,
conforme previsto no art. 269 do Regimento Interno.
Autorizo a entrada dos convidados e requerentes, e para tal suspenderei a sessão. (Pausa)
(A sessão é suspensa às 17h02min e reaberta às 17h02min)
(Comparece o Senhor Deputado Doutor Rafael Favatto)
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PP) – Está reaberta a sessão.
Concedo a palavra, por indicação da Senhora Deputada Luzia Toledo, à Senhora Samira Basruha Bortolini
Kill, diretora administrativa e financeira da Prodest, para falar sobre o programa Navegando na Internet na melhor
idade.
A SR.ª SAMIRA BASRUHA BORTOLINI KILL – (Sem revisão da oradora) – Boa-tarde! Agradeço
ao Senhor Deputado Erick Musso, que ora preside a sessão, aos demais Senhores Deputados presentes e à Senhora
Deputada Luzia Toledo, 1.ª Vice-Presidenta, que infelizmente não pôde estar presente, o convite e a oportunidade
de apresentar um programa de cunho social chamado Navegando na Internet na melhor idade.
Esse programa foi criado com intuito de quebrar a barreira digital em pessoas da melhor idade. Fizemos
uma pesquisa e, na época, o Espírito Santo era o terceiro estado em exclusão digital, e o maior problema era com o
pessoal da terceira idade. Então, é um programa, uma ação social do Governo do Estado do Espírito Santo, por
intermédio da Prodest, que tem por finalidade promover gratuitamente o acesso às potencialidades da internet às
pessoas da terceira idade.
O primeiro laboratório foi criado em 2001 e existe até hoje na Prodest. E o segundo, em 2004, na Secretaria
de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Seger.
Os objetivos são propiciar a melhoria da qualidade de vida das pessoas na terceira idade, integrando-as ao
mundo digital e valorizando a cidadania de quem ainda tem muito a aprender e a contribuir em sintonia com o seu
tempo atual; incluir as pessoas da terceira idade e ensinar noções básicas de funcionamento do microcomputador no
enfoque prático, na prática mesmo; ensinar e disponibilizar a navegação na internet como meio de acesso às
informações e ao conhecimento gratuitamente; ensinar a utilizar o correio eletrônico como veículo de comunicação;
e orientar o uso da internet para a utilização de melhores práticas do usuário.
O público alvo do trabalho são pessoas que tenham idade a partir de cinquenta anos, independente do nível
de conhecimento. O requisito é querer aprender, quebrar a barreira digital.
A metodologia utilizada é um método de aprendizagem interativa, com atendimento feito por monitores da
225
Prodest que ensinam noções gerais sobre os componentes, o funcionamento do microcomputador e impressoras. O
material didático são apostilas, inclusive, na época, fomos à Universidade Federal do Espírito Santo para avaliar.
Com relação à aprendizagem específica, temos a navegação na internet, o correio eletrônico e as redes
sociais, que agora é o boom. Eles estão querendo os aplicativos, querendo conhecer, para isso a disponibilidade é de
sessenta minutos por pessoa, mas não é fechado. Quando escrevemos e implantamos esse programa, tivemos o
cuidado de ver que essas pessoas já passaram por aquela fase de ter horário rígido, de ter tudo certinho. Se tiver
vaga, se tiver o tempo livre, pode ficar, não é nada rígido. Isso já passou para aquelas pessoas, para as que estão na
terceira idade.
A participação ocorre com o agendamento de visitas e de horário, por telefone ou pessoalmente. O tempo
de permanência no programa é ilimitado. A capacidade de atendimento na Prodest é de setenta e oito pessoas e na
Seger cinquenta e quatro. A média de visitas geralmente é de duas vezes por semana, mas há pessoas que vão todos
os dia, algumas tiram férias, voltam e continuam. Não é nada muito rígido. O horário é de 9h as 12h e de 14h as
17h. Temos um horário antes para organizar o ambiente e depois também.
Quanto aos resultados, ativos, hoje, na Prodest são oitenta e na Seger são setenta e cinco. O programa
conquistou confiança e melhorou a autoestima dos participantes. Eles venceram o medo e as barreiras na
dificuldade de usar os microcomputadores, a internet, o caixa eletrônico de banco, o celular, fazer declarações de
imposto de renda, etc.
Alguns participantes adquiriam computadores para uso pessoal. Eles tinham muito medo de ir ao banco,
tinham medo de tudo, o objetivo é quebrar essa barreira mesmo.
Em média, já participaram do programa três mil pessoas. Os participantes são dos municípios de Vitória,
Vila Velha, Cariacica e Serra. Descobriram que são capazes de aprender e que podem fazer muito mais do que
imaginam. Propiciou maior socialização entre os participantes do programa e integração com familiares e amigos.
Melhorou o desempenho intelectual. Inclusive, há estudos com pessoas na terceira idade que têm o hábito de usar
internet e computador e os que não têm. Os que não têm, já desenvolveram algum tipo de doença senil.
Fazemos a divulgação do programa, já fui a bailes da terceira idade para fazer divulgação. A mídia, a TV
Gazeta foi à casa de um participante antes de iniciar o programa e depois de participar para mostrar como ele está
agora, interagindo com os netos, com os familiares que moram fora, isso é muito interessante.
E eles adoram fazer festa. A última foi a festa junina, semana passada, e eles adoram, levam lanche, fazem
amigo x, fazem campanha de solidariedade, aniversariante do mês, ou seja, é um programa que tem um resultado
muito bom e muito interessante.
Agradeço mais uma vez aos Senhores Deputados o espaço e a oportunidade de apresentar esse programa
social. O contato no Prodest é com a Ana Paula, que é coordenadora, e também comigo. Na Seger, o contato é com
a Marisa Binda e com a Maria Claudia. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE - (ERICK MUSSO - PP) – Algum Deputado deseja apartear a oradora Samira?
O Sr. Padre Honório – (PT) – Agradeço a oportunidade à Samira. Esse programa pode ser estendido
também aos municípios mais distantes da sede? Percebemos que há muita dificuldade de chegar até os municípios
mais distantes. Temos nossas unidades internas de pessoas idosas que são quase depósitos, não existe nenhuma
atividade, nenhum acesso, principalmente essas atividades propostas.
A SR.ª SAMIRA BASRUHA BORTOLINI KILL – Não vejo problema nenhum. Podemos entrar em
contato com as prefeituras que têm interesse e passar a metodologia, não vejo nenhum tipo de problema. É uma
coisa a ser estudada. A cada dia mais estudos estão sendo feitos e as pessoas da terceira idade que não usam
computador desenvolveram doença senil. Outro dia tinha uma senhora de quase cem anos no Prodest, uma
gracinha, e ela vibrava só em estar falando com o neto pela internet. É gratificante, eles entram no site do Padre
Marcelo, em site de receitas, fazem o bolo e trazem para dividir com os amigos e com as professoras. Estamos à
disposição e podemos ver isso da melhor forma, como chegar com esse programa ao interior. Não tem problema,
eu teria a maior honra de partilhar esse programa, essa ação social.
O Sr. Padre Honório – (PT) – E, tendo acesso aos programas, existe mais facilidade de ter acesso aos
equipamentos? Percebemos que essas unidades de acolhimento das pessoas idosas têm dificuldade em ter essas
atividades, mas também os equipamentos. Vivem quase com o pires na mão pedindo ajuda para sobreviver.
A SR.ª SAMIRA BASRUHA BORTOLINI KILL – O Prodest não pode fazer doação de equipamentos
porque tem que ser via Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos, podemos fazer um contrato de
226
comodato se tivermos algum equipamento que não esteja utilizando, mas geralmente é via Seger. Também não tem
problema nenhum, podemos conversar com a Seger, se tiver no almoxarifado ou no descarte algum equipamento
que sirva.
Outro dia mesmo, no Iases, disponibilizamos um profissional que foi e acertou todos os equipamentos para
os garotos começarem a aprender programação. Estamos abertos para qualquer sugestão, tentando ajudar mesmo,
pois esse é o nosso papel. Somos o meio para as secretarias fazerem o gol. O Prodest está presente para
disponibilizar a tecnologia da informação e comunicação para os órgãos estatais, mas também fazemos esse
programa de responsabilidade social que tem muito a ver conosco.
O Sr. Padre Honório – (PT) – Obrigado, Samira e desejo-lhe bom trabalho.
A SR.ª SAMIRA BASRUHA BORTOLINI KILL – Por nada, estou à disposição. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE - (ERICK MUSSO - PP) – Agradecemos à Senhora Samira a explanação.
A SR.ª SAMIRA BASRUHA BORTOLINI KILL – Eu é quem agradeço e peço desculpas porque não
tenho muito o costume de falar. Obrigada a todos. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE - (ERICK MUSSO - PP) – Concedo a palavra, por indicação do Senhor Deputado
Bruno Lamas, ao Senhor Elias de Souza, líder comunitário da cidade de Serra, para falar sobre saneamento básico e
Parceria Público e Privada/Cesan.
O SR. ELIAS DE SOUZA – (Sem revisão do orador) - Saúdo o Presidente, Senhor Deputado Erick
Musso, e a todos os demais Senhores Deputados. Agradeço ao Senhor Deputado Bruno Lamas pela confiança.
Digo aos nobres edis que a minha vinda a esta Casa Legislativa é para tentar encontrar eco na minha voz.
No ano de 2013, nós, moradores de Serra, fomos prestigiados pelo ex-governador senhor Renato
Casagrande que encaminhou para aquela augusta Casa de Leis, à Câmara de Vereadores de Serra, um projeto de lei
que se tornou a Lei Municipal n.º 4.010, que institui o Plano Municipal de Saneamento Básico e dá outras
providências. A lei é muito grande e vou resumi-la.
O artigo 4.º da mencionada lei diz o seguinte:
Art. 4.º Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar contrato de programa com a Companhia
Espírito-Santense de Saneamento – CESAN, juntamente com o Governo do Estado do Espírito
Santo, conforme previsto na Política Estadual de Saneamento Básico, Lei Estadual n.º 9.096/2008,
na Lei Federal n.º 11.445/2007 e, ainda, a Lei 11.107/2005 e Lei 8.987/1995, no que couber, c/c o
art. 24, XXVI da Lei Federal n.º 8.666/93, delegando-lhe, naquilo que concerne aos interesses
locais, a prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário,
compreendendo, entre outros, a execução de obras de infraestrutura e atividades afins, a operação
e manutenção dos sistemas, pelo prazo de 30 (trinta) anos, prorrogável por igual período,
observados o plano de saneamento vigente.
O § 1.º diz o seguinte:
§ 1º A CESAN fica autorizada a buscar formas de associação com o setor privado, via
subconcessão, parceria público-privada ou outras formas de parceria legalmente admitidas, tudo
em adstringência aos princípios constitucionais em vigor.
Senhores Deputados, em 2013, quando essa lei foi aprovada, todos os moradores do Município de Serra,
independentemente de serem pobres ou ricos, se moram em Feu Rosa, que é Zona Especial de Interesse Social -
ZEIS, ou se moram no bairro de Laranjeiras, Nova Almeida, Parque das Gaivotas, não importa, todos fomos
sobretaxados nas nossas contas de água e trouxe um documento para mostrar para os Senhores.
Os comerciantes pagam cem por cento do valor. Se ele consumir cem reais de água, no final do mês ele
também pagará cem reais de esgoto. Se ele consumir cem reais de água numa residência, ele pagará oitenta reais de
esgoto. Quer dizer, oitenta por cento para residência e cem por cento para comércio.
Alguns meses atrás, no Caneg, Café de Negócios, onde estava presente a senhora Denise Cadete, presidente
227
do Cesan, e os demais empresários, e o tema era meio ambiente, fui falar sobre as poluições dos ecossistemas
litorâneos, até porque fui garoto propaganda do Prodespol quando eu tinha dezoito anos, Programa de Despoluição
dos Ecossistemas Litorâneos. Desde então esse programa já mudou de nomes várias vezes: Programa Águas
Limpas, Prodespol e, hoje, PPP, Parceria Público-Privada, da Cesan. Olha, isso é um crime porque os moradores de
Serra, hoje, estão pagando uma coisa que não recebemos.
Tenho um programa na TV Serra.com, que se chama de Olho na Serra, onde percorremos o rio Guaxindiba,
em Manguinhos, Irema, Laripe, Juara, Jacuném, e todos os rios estão contaminados. Se os Senhores passarem pela
reta do aeroporto, sentirão um odor horrível que vem da estação de tratamento de esgoto de Jardim Camburi. Na
estação de tratamento de esgoto de André Carloni, que deságua no Lameirão, no lado de lá o mangue já está morto,
não tem mais vida. Não precisa ser biólogo para saber que o manguezal é o berço de tudo, é onde se acontece tudo.
Já no lado de Vitória, de Maria Ortiz, ainda tem um pouco de vida.
Muitos dos Senhores talvez vão a Manguinhos, no Maguinhos Gourmet, no baile a fantasia, do banho de
mar à fantasia. Mas se os senhores perceberem, o rio Guaxindiba, que passa por dentro de Manguinhos, ele está
todo poluído de cloriformes fecais. E ali na ES-010, também, perto do radar, tem poluição que vem da estação de
tratamento de esgoto de Feu Rosa, onde o córrego Irema era lindo quando mudei para Feu Rosa, em 1984. Agora
está todo acabado. Acabaram com o córrego, não tem mais vida.
Desafiaria ao Iema a fazer umas placas de balneabilidade na praia de Manguinhos, Jacaraípe, Curva da
Baleia e Bicanga. Naquelas águas não se tem condições de tomar banho. Essas imagens que estão no telão,
Senhores, é ali no contorno, no TIMS, e onde esse esgoto está sendo tratado? Isso está sendo jogado na baía de
Vitória, em Maria Ortiz.
O que quero dizer para os senhores Deputados é que venho a esta Assembleia Legislativa pedir socorro. Da
mesma forma que esta augusta Casa de Leis propôs a CPI do Pó Preto, a CPI da Máfia dos Guinchos e do Transcol,
os moradores de Serra também clamam pela CPI da Cesan em que sejam levantados os investimentos até o que
esse Consórcio Serra Ambiental, que hoje explora o esgoto na Serra, aferiu até agora. As planilhas de investimento
no saneamento básico de Serra. Onde começou e quando vai terminar? Porque eles têm trinta anos para fazer esse
projeto. Já se passaram dois anos e meio. Eu, como morador de Serra, digo para os Senhores que desde quando
mudei para aquele município não vi obra nenhuma em saneamento básico dentro da minha comunidade.
Outra coisa também, Senhores Deputados, que causa revolta e indignação é que não importa se o cidadão
mora nos valados, nos brejões, onde não tem coleta de esgotos e mesmo assim aquele morador, que ganha
pouquinho, ele tem de pagar oitenta por cento também de taxa de esgoto na sua conta de água. Isso é um absurdo!
Acho que a população está cansada de ser enganada. Enquanto moradores, estamos cansados! Esse projeto de lei
veio simplesmente para prejudicar, porque não importa se a pessoa mora em uma mansão em Colinas de
Laranjeiras ou se é morador de Feu Rosa, como eu.
Outra coisa que também me chama a atenção: por que os condomínios relutam a não se ligar à rede de
esgoto? Porque pagarão uma taxa alta! Nós, enquanto moradores, simples mortais, temos que pagar essa taxa,
mesmo que nossas casas não estejam ligadas à rede de esgoto.
Se V. Ex.as
passarem pela ES-010, perto da empresa Antolini do Brasil, onde tem o posto dos guardas de
trânsito, verão a lagoa Maringá coberta de gigoga. Aquilo é coliformes fecais e não precisa ser biólogo, nem expert
em meio ambiente para saber que esse esgoto não está sendo tratado.
Clamo em nome dos quinhentos mil habitantes do Município de Serra que esta Casa de Leis provocasse
uma CPI, Senhor Deputado Bruno Lamas, quem me concedeu esta oportunidade, que convocasse a Comissão de
Meio Ambiente e que fizesse um levantamento desses investimentos feitos pelo Consórcio Serra Ambiental, porque
até agora não vi nada.
Enquanto morador de Serra, tenho andado, tenho feito matérias e vídeos que posso passar para V. Ex.as
,
documentos e não há nada! Manguinhos está todo poluído, o rio Guaxindiba está todo poluído! O rio Irema está
todo poluído! O rio Laripe está todo poluído! E vêm dizer que tem tratamento de esgoto na Serra? Não tem!
Estamos pagando por uma coisa que não estamos recebendo. É a mesma coisa que chegar ao supermercado e
adquirir um alimento, pagar por ele e não levá-lo. É o que acontece na Serra. Peço por isso enquanto morador de
Serra, minha comunidade é simples.
A grande mídia só vai a nossa comunidade para mostrar a violência. Certa vez, uma emissora foi até a
minha cidade fazer uma matéria sobre o esgoto que voltava para dentro das casas, mas, não sei por que abortaram a
matéria, que não foi ao ar.
Convido e me coloco à disposição para levar V. Ex.as
nesses lugares que cito, pois poderão ver com os
próprios olhos que pagamos por uma coisa que não recebemos.
Agradeço a paciência em mim depositada por V. Ex.as
para falar de minha indignação, mas não vim
afrontar nenhum de V. Ex.as
, vim simplesmente para pedir ajuda, para gritar, para pedir socorro, porque, realmente,
estamos calejados de pagar e não levar!
228
O Sr. Bruno Lamas – (PSB) – Primeiro, gostaria de parabenizar o senhor Elias de Souza e o Patrick, que
o acompanha, pela coragem e pela prontidão em trazer um tema tão importante a esta Assembleia Legislativa.
Assim como Elias de Souza, conheço bastante a realidade da Cidade de Serra. Vitória foi contemplada pelo
programa Águas Limpas e teve cem por cento das obras de tratamento de esgoto concluídas pelo Governo do
Estado. A Serra busca o mesmo por meio de uma parceria público-privada, por isso renovou sua concessão com a
Cesan, que publicou na Bolsa de Valores de São Paulo e conseguiu contratar uma empresa que executasse as obras
para que os serranos tivessem cem por cento dos esgotos tratados e cem por cento de água potável.
O Elias de Souza milita muito bem nessa causa e sabe que hoje a Cidade tem sessenta e cinco por cento,
aproximadamente, de cobertura de rede de esgoto. A Cesan levaria algo em torno de trinta e cinco anos para chegar
a ofertar cem por cento, mesmo cobrando do consumidor, como o faz.
A expectativa é que essa parceria realize isso em até oito anos, mas é preciso mostrar velocidade. Hoje se
vê muita ligação... Para asfaltar um bairro, corre-se e faz a parte de esgoto, e outra observação importante é que se
tivéssemos esperando pela Cesan para colocar a rede de esgoto necessária na Serra, não teríamos vinte, trinta por
cento da cobertura de pavimentação que temos hoje. Mas isso tem a parte ruim, a Cidade foi beneficiada com a
pavimentação, mas hoje é cortada em muitos pontos para instalação da rede.
Sabemos que esse trabalho é importante e precisa ser monitorado. O senhor está de parabéns em fazê-lo,
porque depois que essas ligações forem feitas, não teremos mais lançamentos de esgotos, de poluentes nas nossas
lagoas.
Sabemos ainda que há um agravante. Lançar em rios já não é certo, e a Serra nem rio tem; as lagoas já não
suportam mais. Isso trava inclusive o crescimento, Elias de Souza, do mercado da construção civil. As pessoas
estão pensando três vezes antes de começar um empreendimento novo e a economia fica um pouco travada pela
dificuldade e o tamanho da ligação de esgoto que tem que ser feita, encarecendo os empreendimentos. Lembramos
que essa é uma responsabilidade do Governo do Estado. Tenho visitado com frequência a Cesan e avançaremos!
Leve um abraço aos moradores do bairro Feu Rosa! Agradeço mais uma vez a V. S.ª a vinda nesta Casa, e
por todo trabalho importante que tem feito agora como repórter, levando a realidade e mostrando aquilo que
realmente precisa ser mostrado e não só aquilo que é conveniente ser mostrado. Parabéns, Elias. Fico feliz com a
sua determinação e com a oportunidade de ouvi-lo aqui na Assembleia Legislativa.
O Sr. Padre Honório - (PT) – Também gostaria de parabenizar o Elias de Souza, pela oportunidade de as
pessoas que acompanham a sessão pela televisão fazerem uma reflexão. As pessoas dão muito valor, Elias, ao lucro
e se esquecem de valorizar a vida. Ninguém consegue viver sem a água. Costumo dizer que o mesmo país que gasta
bilhões, trilhões para ver se em outro planeta já existiu água algum dia, não consegue investir para preservar o
planeta e a água que ainda existe em qualidade de ser usada.
A exemplo desse córrego, temos milhares no Estado dessa natureza. Em Nova Venécia, o senhor disse que
tem um alto índice de coliformes fecais. Já não é nem um alto índice de coliformes fecais, é merda pura mesmo. Já
secou a água. O que desce são as fezes, para acusar a nossa incompetência, a nossa incoerência, a nossa falta de
responsabilidade com a saúde. Fala-se, fala-se, fala-se na saúde, mas continuam sendo envenenados os recursos
naturais, que são necessários para que tenhamos saúde. No lugar de trazer saúde à humanidade, a água e o alimento
estão sendo fontes de doença.
Então parabenizo o seu trabalho e espero que a Cesan e a Saae tenham consciência de que o que é cobrado
deve ser colocado à disposição da sociedade. Se o tratamento do esgoto é cobrado e não se faz a coleta, ou se não
se faz o tratamento, isso é o quê? Isso é roubo. Então, queremos estender o trabalho que o senhor vem realizando e
dizer que esta luta tem um sentido muito grande. Parabéns pelo seu trabalho, Elias de Souza.
O Sr. Sergio Majeski – (PSDB) – Parabéns, Elias de Souza, pelas suas denúncias, por vir aqui, enfim, por
tornar isso público.
Diz-se que o Brasil é um país jovem. Mas não é tão jovem assim. Quinhentos anos de história é bastante.
Em quinhentos anos de história, conseguimos até agora dar saneamento básico para aproximadamente cinquenta
por cento da população brasileira. É estatístico que, para cada real que se invista em saneamento básico, se
economizem pelo menos cinco a seis reais no atendimento médico hospitalar. Espanta-nos uma empresa do porte
da Cesan que não dê respostas muito mais altas às demandas como esta.
Como bem disse o Senhor Deputado Padre Honório, saneamento básico é uma coisa que normalmente não
dá voto, porque não tem muito como inaugurá-lo. Não aparece. Isso é protelado o tempo inteiro. Então mais vale
construir mais um posto de saúde, sem se importar com que tipo de coisa que terá ali dentro, porque o posto de
saúde pode ser inaugurado, é físico. Pode se fazer uma mídia com ele. Mas a questão do saneamento básico, não.
Infelizmente, o problema não é só de Serra; esse problema é gravíssimo para Serra, que é um município
enorme, como o senhor mesmo disse, com quinhentos mil habitantes, mas esta é uma realidade de grande parte do
229
País e de grande parte dos municípios deste Estado. Então, aí vai uma cobrança, para além da Cesan, aos gestores
públicos, ao Governo do Estado, aos prefeitos, aos parlamentares, para que ajam muito mais com relação a esta
questão. Saneamento básico é mais ou menos como qualidade de educação, não dá voto. Aquilo que não dá voto é
relegado ao segundo plano. Parabéns mais uma vez. Pode contar conosco aqui para esta luta.
O SR. ELIAS DE SOUZA – Permissão, Senhor Presidente, só para encerrar. Vejo muitas vezes o
Governo, o poder público cobrar dos setores privados responsabilidade social.
A Cesan também tem que ter responsabilidade social, tem que ter a sua tarifa social, também tem que dar a
sua contrapartida, porque não é justo que um morador dos bairros Feu Rosa, Gaivotas e Laranjeiras, que são bairros
de pessoas carentes, paguem o mesmo valor dos cidadãos que moram em mansões e em condomínios e serem
sobretaxados dessa forma. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO - PP) – Agradecemos ao Senhor Elias de Souza pela
explanação nesta Casa de Leis, que é a Casa do povo capixaba.
Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados
para a próxima, solene, hoje, dia 06 de julho de 2015, às 19h, em homenagem ao aniversário do Corpo de
Bombeiros Militar, conforme requerimento do Senhor Deputado Da Vitória, aprovado em Plenário, e comunico
que haverá sessão ordinária dia 7 de julho de 2015, para a qual designo Expediente: o que ocorrer.
ORDEM DO DIA: discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.º 243/2015; discussão
única, em regime de urgência, do Projeto de Resolução n.º 29/2015; votação adiada, com discussão em 1.º turno
encerrada, da Proposta de Emenda Constitucional n.º 05/2015; discussão única dos Projetos de Decreto Legislativo
n.os
02/2015, 05/2015, 10/2015, 11/2015, 12/2015, 13/2015, 14/2015, 15/2015, 17/2015, 18/2015, 19/2015,
20/2015, 21/2015, 22/2015, 23/2015, 24/2015, 25/2015, 26/2015, 27/2015, 28/2015, 29/2015, 30/2015, 31/2015,
32/2015, 33/2015, 34/2015, 35/2015, 36/2015, 37/2015, 38/2015, 39/2015, 40/2015, 41/2015, 42/2015, 44/2015,
45/2015, 46/2015, 47/2015, 48/2015, 49/2015, 50/2015, 51/2015, 52/2015, 53/2015, 54/2015, 55/2015, 56/2015 e
57/2015; discussão especial, em 3.ª sessão, dos Projetos de Lei n.os
81/2015 e 231/2015; discussão especial, em 3.ª
sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 60/2015; discussão especial, em 3.ª sessão, dos Projetos de Resolução
n.os
36/2015 e 37/2015; discussão especial, em 2.ª sessão, dos Projetos de Lei n.os
208/2015, 241/2015 e 256/2015;
discussão especial, em 1.ª sessão, dos Projetos de Decreto Legislativo n.os
61/2015, 62/2015 e 63/2015.
Está encerrada a sessão.
Encerra-se a sessão às dezessete horas e trinta e um minutos.